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FERRAMENTAS E
TÉCNICAS
UNIDADE II
RAFAEL GUSTAVO SCHREINER
RUTH CÁSSIA SCHREINER
SOBRE OS AUTORES
Esse questionamento será respondido ao longo das quatro unidades. Assim, na
primeira unidade deste material, buscaremos exemplificar parte dessas ferramentas,
correspondentes às metas, aos objetivos pessoais e aos planos de ação, como elaborá-
los e pensá-los para uma prática efetiva e uma mudança nos resultados finais. Mas
quais são os resultados finais? Seriam eles os objetivos previamente estabelecidos em
um plano? Abordaremos esses e outros questionamentos na primeira unidade.
Visto o que é e como estabelecer metas e objetivos claros, sistematizando-os em um
plano de ação, fica a cargo da segunda unidade desse material a problemática
envolta à tomada de decisões e ao planejamento estratégico, que caracterizará
ferramentas que promoverão a eficácia do processo, dinamizando-o por meio da
interação e de adaptações cabíveis a cada momento.
Cabem à última unidade os estudos e os diálogos sobre o foco e a autoconfiança,
pois de nada adianta ter metas, planejar, gerir o tempo e não ter bem estabelecido
o foco e, principalmente, acreditar no potencial, seja pessoal, profissional, de um
objetivo de vida ou de atividades do trabalho, de obter êxito. Assim, a
autoconfiança é um pressuposto para que todos os outros tópicos aqui estudados
tornem-se, na prática, ferramentas verdadeiramente eficazes.
Esperamos que, após a leitura, tenham bem compreendidos os saberes aqui
abordados e que isso possa contribuir positivamente em sua vida, seja pessoal ou
profissional.
Boa leitura!
UNIDADE II
Tomada de decisões e
Planejamento Estratégico
Rafael Gustavo Schreiner;
Ruth Cássia Schreiner.
Tomar decisões gera consequências e, talvez, seja esse o maior medo que nos
bloqueia ou nos faz questionar se estamos no caminho certo ou não. Líderes
tomam decisões constantemente e são cobrados pela assertividade ou não delas.
Com base no texto do autor, podemos compreender em que termos a tomada de
decisão é importante para o bom andamento de uma empresa e compreender que a
base de sua existência está na dicotomia ora abordada entre o planejamento e a
tomada de decisões. Nesse aspecto, conforme Chiavenato (2007), podemos considerar
essas tomadas de decisões fundamentais dentro de um ambiente empresarial ou na
execução de um projeto, por exemplo, e sua prática exige atenção e conhecimento,
tendo vista suas etapas e considerando que não acontecem ao acaso.
Para Chiavenato (2014), a tomada de decisões está subdividida em: identificar a
situação que envolve a definição do possível problema, seus diagnósticos e os
objetivos da decisão; obter informação sobre a situação; gerar soluções ou cursos
alternativos de ação; avaliar as alternativas e escolher a solução ou curso de ação
preferido; transformar a solução ou curso de ação escolhido em ação efetiva; avaliar
os resultados obtidos.
Assim, podemos considerar que as etapas do processo de tomada de decisão são
basicamente:
Quanto à forma da tomada de decisão, podemos considerar dois eixos, das decisões
programáveis e das não programáveis. As programáveis têm como base
experiências e a normativa para cada caso; já as não programáveis podem ser
novas, colocam a equipe ou o tomador de decisão em uma nova realidade e, por
isso, exigem maior cautela e análise prévia, consoante Chiavenato (2007).
No mundo dos negócios, percebemos que as decisões seguem modelos e estão
fundamentadas pelos valores e pela cultura estabelecida dentro de uma
organização. Nas etapas apresentadas anteriormente, temos, de acordo com a
cultura organizacional, prioridades distintas quanto à caracterização das etapas. Em
seguida, veremos alguns modelos práticos que observamos na administração de
empresas.
Dentro de uma organização, acredito que a maior vantagem desse tipo de processo
seria a maior robustez das ações e, principalmente, dos resultados obtidos. Por outro
lado, esse processo é lento e a tomada de decisões se estende por toda a avaliação do
processo. Em um ambiente corporativo, isso pode permitir, por exemplo, que o
concorrente seja mais rápido e antecipe o que você julgava ser um diferencial no
futuro.
Outro modelo muito praticado pelas Indústrias em geral é fundamentado pela
praticidade e pelas ferramentas disponíveis. Esse processo não deixa de ser racional,
porém a avaliação de riscos não é completa. Tentativas são realizadas e, por meio
de respostas, novas adaptações são executadas, até que o objetivo seja alcançado.
Esse processo é muito mais dinâmico e não aguarda que todas as variáveis sejam
cobertas.
Como sugestão de observação da tomada de decisões, sugere-se assistir alguns
capítulos da série “HOUSE”. Nessa série, um médico, junto da sua equipe, trabalha
em uma área dedicada a tratar de pacientes com doenças de extrema dificuldade
de diagnóstico. Resumindo, você poderá observar como na, área médica, a tomada
de decisões é complexa e de extrema importância, porém não deixa de passar pelo
modelo apresentado anteriormente.
não é mesmo? Caso queira aprofundar um pouco mais suas leituras nesse
<http://www.portal-administracao.com/2014/03/o-processo-decisorio-
nas-organizacoes.html> .
Planejamento estratégico
Ates de iniciarmos nossa leitura sobre o planejamento estratégico propriamente
dito, veremos um pouco a respeito do planejamento em si, seu conceito e
importância. Segundo estudos de Chiavenato (2014, p.16),
Percebamos o quão importante é o planejamento para uma empresa, visto que é
por meio dele que a empresa surge e se solidifica no mercado, valendo ressaltar que
o planejamento é algo flexível e dinâmico, agindo, assim, de acordo com as
demandas internas e externas, adaptando-se às necessidades que são percebidas ao
longo de sua aplicação, até sua execução final.
Um exemplo que retrata bem e, possivelmente, dá início ao planejamento
estratégico são as guerras. A estratégia de como conquistar o território vencendo o
inimigo era rigorosamente estudada e planejada. As conquistas eram, muitas vezes,
lentas, porém o objetivo era alcançado. Cabia ao General a definição de como
proceder, dar a condição adequada aos subordinados e recompensar as conquistas.
Mais tarde, esse conceito começou a ser aplicado nas empresas, principalmente pelo
setor financeiro, quando definia quanto deveria ser gasto durante o ano e quanto se
esperava lucrar. Esse conceito e muitos modelos foram estudados e aplicados.
Atualmente, a estratégia é item obrigatório em qualquer corporação, bem como na
vida pessoal de cada um.
A concepção de visão é o ponto de partida para a elaboração de estratégias, ao
considerar como sua base de referência o futuro, conforme nos traz Chiavenato (2007),
pois só se deve desenvolver uma estratégia quando se sabe aonde se quer chegar.
Tal abordagem é a premissa para o início de um planejamento estratégico, seja ele
de negócios ou pessoal. Na Unidade I, aprendemos como definir Objetivos e Metas.
O caminho a ser percorrido até a meta pode ser uma das estratégias definidas. A
melhor estratégia depende das condições internas e externas a serem ultrapassadas.
Uma ferramenta usada muito comumente por grandes empresas na formulação
estratégica é a análise SWOT, em que fatores INTERNOS, Strengths (Forças) e
Weaknesses (Fraquezas), e EXTERNOS, Opportunities (Oportunidades) e Threats
(Ameaças), deverão ser avaliados, conforme Paganotti (2015).
Porém essa ferramenta pode ser usada da mesma maneira
INTERNO – FORÇAS INTERNO – na sua vida pessoal,
FRAQUEZAS
seja para conseguir um novo emprego, subir na carreira, dentre outros. Vejamos o
exemplo que segue:
Você deverá responder a cada uma dessas perguntas: quais são minhas Forças e
Fraquezas? Quais são as Oportunidades e Ameaças que possam me atrapalhar a
alcançar o objetivo? A avaliação das respostas permite definir a estratégia correta.
Por exemplo, para conquistar um novo emprego, compare suas forças/fraquezas com
os requisitos da vaga. Valorize as oportunidades identificadas ou prepara-se para as
ameaças. Esses são alguns pontos para serem refletidos.
Portanto não existe decisão a ser tomada se não houver alternativas ou estratégias.
As ferramentas anteriores ajudam a organizar e a estruturar uma decisão. Quando
não usamos essas ferramentas, certamente, corremos um grande risco de não sermos
eficazes, perdendo dinheiro e, principalmente, tempo. Se você quer ser mais assertivo
em suas decisões e melhorar sua estratégia para alcançar resultados, pratique os
modelos apresentados.
deficiências.
indicado e confira!
Prezado(a) leitor(a), esperamos que a partir da leitura desta unidade tenha
expandido sua compreensão sobre o processo de tomada de decisões, bem como sobre
o planejamento estratégico.
O intuito é que percebam como ambos são importantes para o desenvolvimento de
uma empresa ou um projeto, visto que, sem eles, não seria possível iniciar, tampouco
dar sequência e alçar voos com foco no futuro. A ferramenta estratégica
apresentada nesse momento foi, então, a análise Swot, que servirá de apoio para as
eventuais mudanças e adaptações do planejamento.
Lembrem-se de que o planejamento é a base para quaisquer ações que almejem,
pois, se ele estiver bem estruturado, ou seja, for pensado e elaborado com calma,
sempre levando em consideração os pontos forte e fracos, bem como as
oportunidades e as ameaças, quando posto em prática, os riscos serão menores e o
processo de tomada de decisões não será um problema, além de subsidiar
fortemente o sucesso do projeto.
Indicação de leitura
Nome do livro: A arte da Guerra.
ISBN: 856001800X
tempos. Escrito pelo general chinês Sun Tzu, a partir do resultado de sua
Dessa forma, estudamos aspectos importantes relacionados ao conceito de aplicação
de metas, objetivos pessoais e planos de ação, para, posteriormente, compreendermos
o processo de tomada de decisões e o planejamento estratégico, suas características
principais e a aplicabilidade em nossas vidas.
Por fim, e não menos importante, estudamos sobre a gestão do tempo e seu
impacto em nossa vida pessoal e profissional, juntamente com o foco e a
autoconfiança, que garantirão não somente chegar ao final de um planejamento,
mas fomentar, de forma relevante, nossas estratégias para obter êxito nesse percurso
estabelecido.
Referências
BARBOSA, Christian. A tríade do tempo. Rio de Janeiro: Sextante, 2012.
CHIAVENATO, Idalberto. Administração nos novos tempos. 2. ed. Rio de Janeiro:
Elsevier, 2004.
CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de pessoas: o novo papel dos recursos humanos
nas organizações. 3 ed. Rio de Janeiro, RJ: Elsevier, 2008.
DRUCKER, Peter Ferdinand. Drucker: “o homem que inventou a administração”. Rio
de Janeiro: Elsevier, 2006.
DRUCKER, Peter Ferdinand. O melhor de Peter Drucker: obra completa. São Paulo:
Nobel, 2002.
FERNANDES, Virgínia. Como manter o foco alcançar seus objetivos. São Paulo,
SP: Clube dos Autores, 2015.
KRAUSZ, Rosa R. Coaching executivo: a conquista da liderança. São Paulo: Nobel,
2007.
MARTINS, Vera. Seja assertivo! – como ser direto, objetivo e fazer o que tem que
ser feito: como construir relacionamentos saudáveis usando a assertividade. Rio de
Janeiro: Elsevier, 2005.
SANTOS, António J. Robalo. Gestão estratégica: Conceitos, modelos e instrumentos.
Lisboa: Escolar Editora, 2008.
Atividades - Unidade II
Sobre o processo de tomada de decisões, analise as
afirmativas a seguir e assinale a alternativa correta:
A) Ninguém encontra dificuldades em tomar decisões, o que acaba por cria um bloqueio em todo o
processo.
E) Para tomar decisões de maneira eficaz, primeiramente, é necessário deixar se levar pelas emoções.
Analise as alternativas a seguir e assinale a que considerar
correta:
B) Administrar é escolher opções, definir entre várias alternativas o curso da ação de forma rápida,
D) Seja ao estabelecer objetivos, alocar recursos ou resolver problemas que surgirem pelo caminho, o
B) O processo de Liderança norteia as organizações na busca das mais fáceis alternativas para
E) O processo de Tomada de decisões norteia as organizações na busca das piores alternativas para
sustentar a lucratividade.
D) Avaliar os resultados obtidos após a decisão não é importante e, por isso, não faz parte das etapas.
Analise as afirmativas a seguir e assinale a INCORRETA:
A) Quanto à forma da tomada de decisão, podemos considerar dois eixos, das decisões programáveis
B) No mundo dos negócios, percebemos que as decisões seguem modelos e estão fundamentadas
C) Nem todas as variáveis são previstas, porém a execução de testes permite avaliar as respostas e a
E) O modelo racional é caracterizado pela estruturação completa de todo o cenário em que estamos.
A) O planejamento define o que a organização pretende fazer no futuro e como deve fazê-lo.
futuro.
objetivos adequadamente.
percebidas.
D) Atualmente, a estratégia não é item obrigatório em qualquer corporação, bem como na vida
considerando no todo.
A) Dinamicidade.
B) Foco no desenvolvimento.
C) Imprescindível.
D) Analítico.
A) 5w2h.
B) Diagrama de Pareto.
C) Portfólio.
D) Análise de SWOT.
E) PDCA
C) A melhor estratégia não depende das condições internas e externas a serem ultrapassadas.
D) Ferramentas como a análise SWOT e a 5W2H não contribuem com o processo de tomada de
decisões e de planejar.