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Sumário

1 - Introdução 4

2 - Gestão Financeira 6
2.1 - Identifique a realidade da sua empresa 8
2.2 - Reveja as suas despesas 9
2.3 - Faça gastos estratégicos 10

3 - Fluxo de Caixa 11
3.1 - Registre toda e qualquer entrada e saída de dinheiro 14
3.2 - Identifique qual atividade exige mais capital 19
3.3 - Tomada de decisão com base em informações 20

4 - Capital de Giro 21
4.1 - Como fazer o controle do capital de giro? 22

5 - Medidas Trabalhistas 25
5.1 - Home office 26
5.2 - Redução da carga horária e do salário 27

5.3 - Auxílio emergencial 28

6 - Medidas Tributárias 29
6.1 - Prazos para recolhimento de impostos 30

6.2 - Prazos para o cumprimento de obrigações acessórias 31


7 - Crédito para Pequenas Empresas 33
7.1 - Como funciona a linha de crédito? 35
7.2 - Como se beneficiar? 36

7.3 - Qual a sua importância? 37

8 - A importância da contabilidade 38

9 - Sobre a Contigo Contabilidade 41

10 - Conclusão 44
INTRODUÇÃO

4
Períodos de crise podem determinar a falência de um
empreendimento.

Isso acontece, principalmente, por causa dos problemas


financeiros, que são reflexos naturais da baixa atividade
econômica e da falta de recursos (reservas financeiras) para se
manter no mercado.

Afinal de contas, com a chegada da pandemia do novo


Coronavírus ao Brasil, diversas empresas precisaram conviver
com uma queda no número de clientes e, consequentemente,
no seu faturamento.

Dessa maneira, é de extrema importância que toda empresa


se atente ao controle das suas finanças, visando sempre se
manter, mesmo diante de uma crise.

Como a sua empresa tem lidado com as finanças? Se você


tem dúvidas sobre como realizar um controle financeiro eficaz,
acompanhe este e-book.

Aqui você vai encontrar diversas medidas para que o seu


empreendimento se mantenha financeiramente saudável.

Acompanhe com bastante atenção cada item abordado aqui e


tire todas as suas dúvidas sobre gestão financeira em tempos
de crise. Vamos?

5
2. Gestão Financeira
6
Dentre todos os fatores que determinam como uma
empresa vai passar por uma crise, é necessário des-
tacar a gestão financeira.

De acordo com o Sebrae, a gestão financeira de


uma empresa é o coração de todos os seus proces-
sos gerenciais.

Desse modo, o primeiro passo que todo pequeno e


médio empreendedor deve fazer ao se deparar com
uma crise financeira é entender quais são os seus
impactos no dia a dia e na administração de um ne-
gócio.

Ou seja, deve-se levar em consideração aspectos


como a redução no número de clientes de uma em-
presa, a consequente queda em sua receita, redução
de despesas, possíveis dispensas de funcionários e,
nestes casos, redução na produção e no ritmo das
vendas e dos serviços prestados.

Essas são só algumas das consequências de uma


crise financeira em uma empresa. Em alguns casos,
ela pode levar à falência de um negócio.

7
Sendo assim, considerando a complexidade de um mo-
mento de crise para uma empresa, é indispensável fazer
uma gestão financeira eficiente.

O gerenciamento das finanças deve ser visto como uma


obrigação para todo e qualquer empresário que deseja
ver o seu negócio se manter no mercado.

3.2. Empresário Individual (EI)


Mais adiante, vamos abordar medidas que podem ga-
rantir a sobrevivência de uma micro e pequena empresa
durante uma crise.

Agora, conheça algumas ações que não podem ficar de


fora da sua gestão financeira:

2.1 - Identifique a realidade da sua


empresa

O primeiro passo para a gestão financeira durante uma


crise é identificar a realidade de uma empresa. Deve-se
analisar todas as informações necessárias para fazer um
diagnóstico da sua real situação.

Ou seja, deve-se atuar em algumas frentes. Primeiro, é


fundamental identificar o faturamento do mês atual, a
fim de se fazer projeções para os próximos meses.

8
Como assim? Entendendo quanto a sua empresa
tem de receita e quais são as suas futuras despesas,
é possível agir de maneira estratégica.

Sendo assim, é possível se planejar para enfrentar os


próximos meses de crise, identificando como a sua
empresa deve agir durante este tempo.

2.2 - Reveja as suas despesas

Diretamente associado ao item anterior, a identifi-


cação de todas as despesas também é de suma im-
portância.

Desse modo, identificando todos os custos de um


negócio, sejam eles fixos ou variáveis, uma empresa
consegue se planejar financeiramente para os seus
próximos meses, mesmo sem um faturamento alto.

Ou seja, um empreendedor pode tomar decisões


como priorizar aquelas despesas com maior impac-
to nas suas operações. Enquanto isso, ele também
pode identificar quais dos seus custos podem ser
negociados.

Este planejamento é de extrema importância para


que uma empresa não fique inadimplente, podendo
gerar impactos em suas operações ou até mesmo
acúmulo de um valor muito alto de dívidas.

9
2.3 - Faça gastos estratégicos

Agora que você já sabe qual é a realidade da sua empre-


sa e do que ela precisa para se manter nos próximos me-
ses, o que fazer com o dinheiro que possui agora?

Faz parte da vida de todo empreendedor o hábito de to-


mar decisões importantes. Assim também acontece com
os seus gastos.

Portanto, considerando o momento de crise, deve-se


buscar negociar com todos os seus fornecedores, visan-
do aumentar os prazos de pagamentos.

Além disso, caso a sua empresa possua dívidas com insti-


tuições financeiras, deve-se buscar renegociar também.

O foco é, assim como o exemplo anterior, aumentar o


período de pagamento, ajustando o valor pago ao fatura-
mento que tem entrado na empresa.

É necessário muito cuidado e fazer as contas correta-


mente numa calculadora financeira, pois, há notícias de
vários bancos que estão renegociando contratos antigos
com taxas de juros muito maiores. E, às vezes, o fato de a
parcela simplesmente baixar não ajuda muito se o prazo
alongar demais.

Por fim, mas não menos importante, toda empresa deve


ter um controle bastante rígido com as suas despesas.
Isto é, não é o momento de gerar novos gastos, a não ser
que eles sejam indispensáveis para a manutenção de
um negócio.

10
3 - Fluxo de Caixa
11
Fazer a gestão financeira de uma empresa, como você já
deve saber, não é uma tarefa das mais simples.

Agora, já pensou em fazer essa mesma gestão com uma


crise afetando a saúde financeira de todas as empresas do
país?

No entanto, existem algumas ferramentas que, utilizadas da


maneira correta, podem se tornar aliadas da gestão financei-
ra. O fluxo de caixa é uma delas, desempenhando um papel
fundamental nas finanças de uma empresa.

O fluxo de caixa se apresenta como uma ferramenta de con-


trole financeiro indispensável para toda micro e pequena
empresa.

É ele que vai direcionar os empreendedores a encontrarem


as melhores oportunidades para o controle das suas movi-
mentações financeiras. A análise do fluxo de caixa e aprofun-
damento em suas informações, tais como: os custos e des-
pesas fixos e variáveis, a margem de contribuição (preço dos
produtos menos os custos variáveis), a geração operacional
de caixa, o ponto de equilíbrio financeiro (em que as vendas
recebidas se equivalem aos custos e despesas pagos) é o que
pode direcionar bem o empresário, sobretudo em momen-
tos de atividade econômica reduzida. Iremos ver mais deta-
lhadamente essas informações no tópico a seguir.

12
Nesse contexto, um fluxo de caixa precisa oferecer o deta-
lhamento de forma tal que cada uma de suas rubricas seja
uma oportunidade de melhorar a performance financeira
da empresa. Cada pagamento e cada recebimento precisa
ser registrado e detalhado adequadamente.

Portanto, o seu controle é de extrema importância em mo-


mentos de crise. Veja a seguir como mantê-lo estruturado
no dia a dia do seu empreendimento.

13
3.1 - Registre toda e qualquer entrada e saída
de dinheiro

Para que uma micro e pequena empresa possa manter o


seu fluxo de caixa controlado em momentos de crise, é in-
dispensável que ela registre todas as entradas e saídas de
dinheiro do seu caixa. Tal prática torna o fluxo de caixa cada
vez mais assertivo.

Uma dica é fazer este registro por categorias, como:

Entradas de Caixa (receitas de vendas de mercadorias, ser-


viços e produtos)
( - ) Custos e Despesas Variáveis
= Margem de Contribuição
( - ) Custos e Despesas Fixos
= Lucro operacional
( - ) Investimentos
+ Entradas não-operacionais
( - ) Saídas não operacionais
= Geração de caixa

As entradas de caixa são as receitas (vendas recebidas no


mês).

14
Os custos e despesas variáveis são aqueles pagamentos
que se relacionam diretamente com o produto, mer-
cadoria ou serviço prestado: custo com matéria-prima,
custo da mercadoria vendida, custos diretos dos serviços
prestados, despesa com comissões de vendedores, taxas
variáveis das maquininhas de cartões de crédito e débito,
etc. ou seja, quanto mais a empresa vender, mais esses
custos aumentarão.

Margem de contribuição é a diferença entre as vendas e


os custos variáveis, ou seja, o valor que a empresa gerou
de caixa para “enfrentar” seus custos e despesas fixas e
gerar lucro. É uma rubrica de extrema importância.

Se a margem de contribuição for muito baixa, significa


que a empresa vai ter que vender uma quantidade mui-
to maior de produtos, mercadorias ou serviços para co-
brir seu custo fixo. E isso tornaria o risco (de não alcançar
a venda necessária) muito maior. Já se há uma margem
de contribuição saudável, há boas chances de se conse-
guir o tão almejado lucro financeiro (geração de caixa).

Para melhorar a margem de contribuição, em termos


percentuais em relação às entradas de caixa, é necessá-
rio ter custos e despesas variáveis menores. E isso se dá
através de intensa pesquisa de fornecedores, boas nego-
ciações com eles de descontos e prazos.

15
Os custos e despesas fixos são aqueles que se re- preciso ter adequados custos e despesas fixos. É preciso
petem todos os meses e são os relacionados à es- cortar custos desnecessários que não contribuem ade-
trutura da empresa. quadamente com a geração de caixa. Desperdícios na
estrutura da empresa não podem ser aceitos como nor-
Não necessariamente o seu valor é sempre igual mais, tais como: aluguéis muito caros, quantidade exces-
aos meses anteriores. Significa que independe de siva de funcionários sem necessidade, tarifas bancárias
a empresa vender, produzir ou prestar serviços, fixas altíssimas com “pacotes de serviços” que não dão di-
eles sempre ocorrerão. Exemplos: aluguéis, salários reito a nada nos bancos, custos com softwares que talvez
fixos de vendedores e de outros funcionários, ho- nem sejam tão bons a ponto de justificar mensalidades
norários contábeis, pró-labore de sócios, energia caras e assim por diante.
elétrica (exceto para indústria, onde energia elétri-
ca normalmente é um insumo que varia conforme Os investimentos são aqueles desembolsos que são mais
a quantidade produzida e seria considerado custo esporádicos e são feitos no objetivo de se melhorar a ge-
variável). ração de caixa da empresa. Se os custos fixos e variáveis
são os que giram a empresa, os investimentos são os que
O lucro operacional é a diferença entre a margem irão fazê-la crescer. Exemplos: compra de máquinas, cur-
de contribuição e os custos e despesas fixas. É um sos de capacitação, melhoria física da estrutura, consulto-
subtotal que atesta a saúde financeira (ou não) do ria de gestão, etc.
empreendimento. É um total muito importante,
pois, se operacionalmente a empresa não conse- Se uma empresa está em dificuldade financeira, normal-
guir gerar caixa, significa que alguma coisa está mente se faz o corte dos investimentos. É bom tomar
errada nas rubricas acima (custos ou despesas, va- cuidado com essa decisão precipitada... Por isso, é impor-
riáveis ou fixos). tante fazer antes uma boa leitura do fluxo de caixa, pois
o problema pode não ter nada a ver com essa importan-
Para melhorar o lucro operacional - se você, em- te rubrica. Obviamente investimentos inúteis devem ser
presário, já melhorou a performance de sua mar- cortados sim, mas dentro de uma escala de prioridades,
gem de contribuição conforme a dica anterior - é objetivos e propósitos da empresa.

16
As entradas e saídas não operacionais são aquelas
que não fazem parte da operação da empresa, tais
como: aumento de capital pelos sócios, distribuição
de lucros, empréstimos obtidos, pagos e concedi-
dos, pagamentos de juros.

Não é por deixar de ser operacional que essa ru-


brica deve ser desprezada. Não raro, grande parte
do problema mora aqui. Imagine o caso de uma
empresa que não está conseguindo pagar seus
empréstimos nos bancos... Isso soa bem comum,
não é? E o caso de sócios que querem retirar todos
os lucros da empresa, desnutrindo sua operação e
também sua capacidade de investimentos, é algo
também comum. Assim, além de cuidar da opera-
ção da empresa, o empresário deve tomar extremo
cuidado com endividamento excessivo, de ficar de-
pendendo demais de empréstimos bancários, de
antecipações de cartões de crédito, pois isso leva
boa parte do caixa que poderia ser gerado e ficar
na empresa e também melhorar as distribuições de
lucros aos sócios.

Por fim, a tão sonhada geração de caixa ou lucro


financeiro, aquele que pode ser reinvestido para o
crescimento da empresa e uma parte distribuída
aos sócios.

17
Espere um pouco, a tarefa ainda não acabou... Uma boa forma de evitar o endividamento, conforme exposto na
dica anterior, é não distribuir lucros em prazos muito curtos. Muitas vezes, o lucro que é distribuído acaba fazen-
do falta nas operações da empresa e ela recorre aos empréstimos de terceiros. É um ciclo vicioso que acaba tendo
um efeito nefasto: diminui os lucros pelo excessivo pagamento de juros... Assim, não é que o sócio não possa ter
seus lucros para melhorar sua qualidade de vida e ter seus investimentos pessoais, mas o melhor caminho é defi-
nir um pró-labore gerencial para viver com parcimônia, sem contar com várias retiradas em períodos muito curtos
para manter um estilo de vida que o negócio não suporte pagar.

Então, a tarefa do empresário precisa abranger a análise constante das informações para que as tomadas de deci-
sões sejam as mais assertivas possíveis.

18
3.2 - Identifique qual atividade exige
mais capital

Pequenos e microempreendedores precisam, cons-


tantemente, identificar todos os valores gastos na sua
gestão operacional.

Dessa forma, considerando o alto fluxo de informa-


ções, é fundamental mantê-las devidamente organi-
zadas. O foco é promover a saúde e a estabilidade de
uma empresa não somente em um período de crise,
mas por toda a sua vida.

Sendo assim, por meio do fluxo de caixa, uma empre-


sa consegue identificar quais atividades demandam
uma maior quantidade de capital. Com isso, é possí-
vel atuar otimizando o tempo de produção e promo-
vendo uma redução de custos.

Além disso, o fluxo de caixa permite, a partir desta


identificação, negociar melhores condições com os
seus fornecedores durante uma crise.

19
3.3 - Tomada de decisão com base em dados acabar desmotivando o empresário ou a pessoa
responsável pelo financeiro de continuar controlando;
informações
a perda de tempo no levantamento dos dados acabar
por mitigar o tempo para a atenção em outras atividades
Outra ação importante na gestão financeira, assim
essenciais à operação (é preciso evitar desfocar do core
como a implementação do fluxo de caixa, é a toma-
business);
da de decisão apoiada nas informações obtidas, de
acordo com a realidade da empresa. Isto é, a partir
uma simples falta de backup diário (cópia de segurança)
do controle do fluxo de caixa, é possível tomar deci-
acabar por acarretar a perda dos dados por motivo de
sões assertivas e que contribuam para a saúde finan-
um HD queimado, de um computador avariado, que seja
ceira de uma empresa.
irreversível.

Um micro e pequeno empreendedor pode decidir,


por exemplo, se é o momento de se resguardar fi-
Hoje, é possível adotar o uso de ERPs a custos muito
nanceiramente ou buscar a obtenção de crédito no
acessíveis que justificam e muito o seu uso e evitam es-
mercado, de forma mais madura e assertiva.
ses quatro principais problemas e muitos outros.

O fluxo de caixa de uma empresa pode ser feito de


diversas maneiras. Recomendamos fortemente o
uso de ferramentas adequadas, simples, de fácil uso
e manuseio, ou seja, sistemas ERPs em nuvem, com
backup automático, focados em micro e pequenas
empresas, para evitar alguns problemas como:

um ou mais dado(s) errado(s) contaminar(em) a aná-


lise por erro(s) de digitação;
a dificuldade e morosidade da digitação de todos os

20
4 - Capital de Giro
21
Além das ferramentas usadas por pequenas e micro-
empresas na gestão financeira, não podemos deixar de
fora o cuidado com o capital de giro.

Entender o que é o capital de giro e como o seu concei-


to pode contribuir com a sobrevivência de uma empre-
sa é fundamental em momentos de crise.

Sendo assim, o que é o capital de giro? Ele basicamen-


te é o montante de dinheiro necessário para fazer com
que uma empresa continue funcionando e se mante-
nha no mercado.

Ou seja, em um momento de crise, é o capital de giro


que vai fazer com que um empreendimento permane-
ça ativo, sem que seja necessário fechar as suas portas.

4.1 - Como fazer o controle do


capital de giro?

Com a crise financeira, muitas empresas estão perden-


do um número muito alto de clientes e vendo o seu
faturamento diminuir drasticamente.

Com isso, é crucial dar a atenção merecida ao capital de


giro para que seja possível sobreviver sem a necessida-
de de obter empréstimos.

22
Para controlar o capital de giro da sua empresa e se
manter no mercado, é fundamental adotar algumas
práticas, como:

Fazer o registro de todas as contas a pagar e a rece-


ber, pagas e recebidas;
Ter o hábito de fazer projeções financeiras;
Identificar todos os custos.

É sempre necessário entender a necessidade de ca-


pital de giro do negócio. Por vezes, a empresa pode
passar por momentos em que precise ser capitali-
zada. Os empresários podem ter que aportar capital
para reforçar o giro do negócio da empresa, até mes-
mo para depender menos de capitais de terceiros,
em especial dos empréstimos bancários, que acarre-
tam juros muito elevados.

Neste sentido, a análise do ciclo financeiro (ou ciclo


de caixa) é essencial. É preciso entender o prazo mé-
dio de pagamento de compras e o prazo médio de
recebimento de vendas.

O ciclo financeiro é o tempo entre o pagamento de


fornecedores e o recebimento de vendas. Ele des-
nuda a necessidade de capital de giro da empresa,
pois, se houver um prazo curto para pagamento de
fornecedores (digamos 15 dias) e, por outro lado, o
parcelamento das vendas para seus clientes no car-
tão de crédito for em 3 vezes, há uma necessidade
de capital de giro para suportar a falta de entrada de
caixa durante esse tempo do desembolso das com-
pras até o embolso das vendas.

23
Não havendo esse capital de giro para pagar os fornecedores antes de receber dos clientes as vendas, pode haver
o severo endividamento da empresa, até porque o prazo médio de estocagem (prazo que demora da chegada da
mercadoria até a sua venda ao cliente) aumenta ainda mais o ciclo financeiro. Por isso, é tão necessário aumentar
o prazo para pagamento aos fornecedores para diminuir a pressão financeira e, consequentemente, a necessida-
de de capital de giro da empresa.

Tendo todos os itens acima alinhados, juntamente com as demais dicas para a gestão financeira, é possível con-
trolar o capital de giro da sua empresa, se mantendo estável no mercado.

O foco de toda empresa, em momentos assim, é passar pela crise com o menor número de impactos possíveis.
Além disso, se manter preparada para o período de retomada e voltar a vender e apresentar bons resultados.

24
5 - Medidas
Trabalhistas
25
Diante da crise que assola todo o país, o Governo Fede-
ral tem anunciado uma série de medidas em prol das
pequenas e microempresas.

Todas elas têm como objetivo tanto impedir o avanço


do vírus no país quanto amenizar os impactos econô-
micos nas empresas.

5.1 - Home Office


Medidas como o isolamento social têm feito com que
diversas empresas adotem o trabalho remoto como
forma de permanecer desempenhando as suas ativi-
dades. Afinal de contas, com o avanço da pandemia,
o contágio comunitário tem se tornado cada vez mais
comum.

Desse modo, o home office é uma maneira de preser-


var a saúde dos funcionários e manter uma empresa
ativa em meio à crise.

26
5.2 - Redução da jornada de trabalho e
salário e suspensão do contrato de
trabalho

A retomada do crescimento não necessariamente


acontecerá na velocidade que todos nós gostaría-
mos. Com isso, é fundamental que toda empresa
procure adotar medidas que influenciam na sua
sobrevivência.

Sendo assim, uma das medidas do Governo Federal


para as empresas é a possibilidade de reduzir em
até 70% o salário e a carga horária dos seus funcio-
nários.

As empresas podem também suspender os contra-


tos de trabalho, sendo que, no caso das micro e pe-
quenas empresas, o governo paga os trabalhadores
nos critérios do cálculo do seguro desemprego, evi-
tando integralmente este gasto.

Até o mês de abril, mais de 1,7 milhão de trabalhado-


res já se encontravam com a sua jornada de traba-
lho e salários reduzidos ou até mesmo suspensos.

27
Além disso, as empresas podem antecipar férias indivi-
duais e conceder férias coletivas para os seus funcioná-
rios.

5.3 - Auxílio emergencial


Outra medida trabalhista durante a crise do Coronavírus
é a disponibilização do que está sendo chamado de auxí-
lio emergencial.

Trata-se de um benefício de R$ 600 por mês, disponibi-


lizado durante três meses a categorias de trabalhadores
afetados pela pandemia.

O auxílio está disponível para os trabalhadores informais,


sem registro na carteira de trabalho, Microempreende-
dores Individuais (MEI), aquele trabalhador que trabalha
por conta própria e que contribui para o INSS de manei-
ra individual ou facultativa, trabalhadores intermitentes e
desempregados.

Dessa forma, os saques devem ser feitos pela Caixa Eco-


nômica Federal, responsável por disponibilizar todo o
atendimento aos trabalhadores.

28
6 - Medidas Tributárias
29
Além das medidas trabalhistas citadas anteriormente, o
Governo também disponibilizou uma série de medidas
tributárias.

Uma das maiores demandas das pequenas e microem-


presas diz respeito a manter os seus compromissos tri-
butários em dia.

Desse modo, diante da crise financeira que assola todo


o país, é de extrema importância usufruir das medidas
disponibilizadas pelo Governo.

Dentre todas as medidas tributárias para as empresas de


todo o país, nós podemos citar as principais. Veja a se-
guir:

6.1 - Prazos para recolhimento de impostos

Todas aquelas empresas optantes pelo Simples Nacional


tiveram todos os seus impostos de âmbito federal dife-
ridos pelo período de seis meses. Ficaram prorrogados
para o último dia útil do mês:

I - de agosto de 2020, para as parcelas com vencimento


em maio de 2020;
II - de outubro de 2020, para as parcelas com vencimen-
to em junho de 2020; e

30
III - de dezembro de 2020, para as parcelas com venci-
mento em julho de 2020.

Além disso, as empresas também podem diferir o Fun-


do de Garantia do Tempo de Serviços (FGTS) referente
aos meses de março a junho, por seis meses.

No entanto, tal decisão deve ser feita à escolha do pró-


prio empregador, que pode optar por parcelar todo o
valor, sem a necessidade de acréscimos, por seis meses.
O vencimento do FGTS, por exemplo, foi só a partir de
julho de 2020.

Por fim, a declaração do FGTS também se encontra


prorrogada. Com isso, toda empresa deve se atentar às
medidas associadas ao recolhimento de impostos para
não sofrer prejuízos financeiros. Nos momentos de cri-
se, caixa é rei. É preciso preservar o caixa da melhor ma-
neira possível para manter a empresa saudável para o
momento da retomada.

6.2 - Prazos para o cumprimento de


obrigações acessórias

Algumas declarações obrigatórias a todas as pequenas


e microempresas também foram prorrogadas. Confira
quais são:

31
-Prazo para apresentação da Declaração de Informações Socioeconômicas e Fiscais (Defis);
-Prazo para a Declaração Anual Simplificada para o Microempreendedor Individual (DASN-Simei);
-Prazo para a Declaração do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF).

Além disso, existem outras medidas tributárias disponíveis para modelos específicos de empresas, o que deman-
da compreender melhor o que o Governo tem anunciado.

32
7 - Crédito para Pequenas
Empresas
33
Momentos de crise e instabilidade financeira obrigam
os empreendedores a buscarem soluções para a sobre-
vivência do seu negócio. Sendo assim, a linha de cré-
dito para micro e pequenas empresas pode acabar se
apresentando como uma salvação.

Um exemplo disso é a linha de crédito especial, aprova-


da no dia 24 de abril de 2020, com o intuito de garantir
a sobrevivência das empresas na crise do Coronavírus.

Dessa forma, a linha de crédito está disponível para to-


das aquelas microempresas com receita bruta anual de
R$ 360 mil. Além disso, ela também vale para as peque-
nas empresas com faturamento de, no máximo, R$ 4,8
milhões por ano (Lei nº 13.999 de 18/05/2020).

Portanto, é de extrema importância entender como


funciona a linha de crédito para micro e pequenas em-
presas.

Continue acompanhando o nosso e-book e descubra!


Vamos?

34
7.1 - Como funciona a linha de crédito?

Diante da crise instaurada no país, a grande maioria das


empresas está lidando com uma queda no número de
clientes. Com isso, o seu faturamento também acaba
sendo afetado negativamente.

Como medida preventiva para se manterem ativas no


mercado, as empresas estão recorrendo à diversas práti-
cas, como o home office, suspensão de contratos de tra-
balho, redução de jornada ou dispensando funcionários.

Outra medida bastante adotada é a obtenção de linha


de crédito para as micro e pequenas empresas. Estamos
falando de um recurso concedido por bancos, fintechs
e cooperativas para que os empreendedores consigam
lidar com o período de recessão econômica.

Desse modo, um dos intuitos desta linha de crédito é


estabelecer o que chamamos de Pronampe (Programa
Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pe-
queno Porte).

Os valores para o Pronampe seriam semelhantes aos as-


sociados ao Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimen-
to da Agricultura Familiar).

35
Sendo assim, a linha de crédito para as micro e peque-
nas empresas será utilizada para a geração e preserva-
ção de empregos. O intuito é salvar as empresas e os
empregos.

7.2 - Como se beneficiar?

A ideia da linha de crédito para as micro e pequenas


empresas é para que os empreendimentos não preci-
sem fechar as suas portas.

Desse modo, é fundamental entender como é feita a


disponibilização desta linha de crédito para as empre-
sas.

O intuito é liberar empréstimos que correspondam a


até 30% do faturamento de uma empresa no ano de
2019.

O período para o pagamento desta linha de crédito é


de 36 meses, sendo que a sua carência é de 8 meses.
Só então as empresas podem começar a pagar as suas
parcelas.

36
Além disso, deve-se ressaltar que a taxa anual utili- 7.3 - Qual a sua importância?
zada para a cobrança será a Selic. Atualmente, ela
corresponde à 2% ao ano, somando ainda 1,25% ao Todas as empresas estão lidando com uma situação ja-
ano sobre o valor total que foi concedido às empre- mais vista antes. A pandemia não somente trouxe uma
sas. grande quantidade de vítimas, mas uma crise que as-
sola todo o país.
Considerando-se que as micro e pequenas empre-
sas só têm acesso a taxas de juros entre 3 a 4% ao Dessa maneira, podemos perceber uma grande quanti-
mês, o que equivale a mais de 40% ao ano, a taxa do dade de empresas se vendo obrigadas a fechar as suas
Pronampe é muito atrativa. portas.

Fato é que nem todas as empresas têm consegui- Sendo assim, para evitar que isso aconteça com uma
do o crédito, cujo recurso liberado chega a 27,9 bi- frequência cada vez maior, é fundamental obter uma
lhões até agosto. Os bancos emprestam com seus linha de crédito para conseguir se manter no mercado.
próprios recursos e o Tesouro Nacional age como
garantidor do crédito, dispensando garantias reais, É de extrema importância que toda empresa procure
avais e fianças. se informar acerca das medidas disponibilizadas em
combate à crise do Coronavírus. Manter-se no mercado
Contudo, as empresas precisam arcar com algumas tem se apresentado como um dos maiores desafios do
responsabilidades para terem acesso à linha de cré- momento e demanda que todo empreendimento se
dito. É necessário manter a mesma quantidade de planeje.
funcionários da data de entrada até 60 dias depois
de receber a última parcela referente ao financia- Portanto, o planejamento para driblar a crise econômi-
mento. ca envolve aproveitar das oportunidades disponíveis no
momento.

37
8 - A importância da
contabilidade
38
Em todo tempo, contar com o apoio e o suporte de um
serviço especializado é de extrema importância para as
pequenas e microempresas.

Uma contabilidade pode atuar ativamente no suporte


à gestão financeira de uma empresa, enquanto os seus
gestores podem focar mais nas suas próprias operações
(foco no core business).

Dessa forma, enquanto a sua gestão financeira recebe


o suporte de contadores especializados no assunto, um
empreendedor pode investir a sua atenção e recursos
em atividades da empresa que também merecem aten-
ção.

As vantagens de contar com uma contabilidade são inú-


meras, afinal de contas, estamos falando de profissio-
nais especializados na gestão financeira e tributária de
uma empresa.

Ou seja, todos os fatores citados acima, que dizem res-


peito às medidas disponibilizadas pelo governo, essen-
cialmente, precisam da assessoria contábil e a própria
gestão financeira pode ser impactada positivamente
pelo uso dos conhecimentos financeiro-contábeis.

39
Uma das maiores dificuldades encontradas em pe-
quenas e microempresas é a falta de conhecimento
técnico para lidar com aspectos como os citados.

Sendo assim, uma empresa pode até contratar fun-


cionários e abrir um setor responsável para lidar com
questões assim, no entanto, a contratação de uma
contabilidade pode sair mais em conta para os em-
preendedores.

Desse modo, além de gerar uma maior confiabilida-


de nos seus setores, é possível reduzir os custos de
uma empresa.

Se você ainda não conhece uma contabilidade de


sua confiança para atuar como uma parceira de ne-
gócios, leia o nosso próximo item.

A Contigo Contabilidade se apresenta como uma


opção para otimizar os processos da sua empresa,
contribuindo para que ela se mantenha no merca-
do, mesmo diante de um momento de crise, como o
atual.

Continue acompanhando o nosso e-book e descu-


bra como nós podemos contribuir com o seu negó-
cio.

40
9 - Sobre a Contigo
Contabilidade
41
Com experiência em suporte empresarial com foco em
crescimento, a Contigo Contabilidade possui diversas
ferramentas, métodos e expertise em controles internos,
gestão de procedimentos, consultoria de gestão e ges-
tão financeira terceirizada (BPO FINANCEIRO).

O nosso foco é ajudar e nos tornarmos parceira de um


negócio no seu processo de crescimento empresarial.

Uma pequena empresa não pode ser administrada so-


mente com foco na legalidade. É necessário ter o su-
porte de uma boa Contabilidade Gerencial e Consultiva,
de forma que as decisões sejam baseadas em números
reais e atualizados.

Saber se a empresa está gerando caixa e bons resulta-


dos é de suma importância para o empreendedor.

Pense bem: você realmente sabe para onde vai o dinhei-


ro da sua empresa? Sabe exatamente quanto gastou, no
mês e no ano, com funcionários, insumos, mercadorias,
fretes?

Confira a seguir uma lista com todos os nossos serviços


prestados para as diversas empresas que atendemos:

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Contabilidade gerencial e consultiva;
Serviços fiscais (apuração e parcelamento de tribu-
tos);
Gestão de folha de pagamento;
Gestão financeira terceirizada;
Consultoria de gestão;
Legalização de empresas.

Desse modo, o nosso objetivo é promover bons


controles financeiros, nos propondo a implantar e
entregar uma consultoria operacional e financeira
de excelente nível.

A nossa missão é mensurar e controlar para proje-


tar, de maneira estratégica, os cenários futuros de
uma empresa, de forma a dar o apoio necessário à
gestão da empresa que você, empreendedor, ne-
cessita. Portanto, conte com a gente nesse grande
desafio do crescimento empresarial!

43
10 - Conclusão
44
Como você pode ter percebido, fazer a gestão financeira de
uma pequena e microempresa em tempos de crise não é
uma tarefa fácil.

Todo empreendedor deve dispor de muita organização


e dedicação para manter o seu negócio financeiramen-
te saudável e pronto para retomar os resultados positivos
após a crise do novo Coronavírus.

A boa notícia é que as empresas não precisam passar por


todo este processo sozinhas. Os serviços especializados,
como o da Contigo Contabilidade, podem contribuir para
que a gestão de uma empresa seja feita de maneira asser-
tiva.

Desse modo, conte com a ajuda de profissionais capazes


de apoiar a sua gestão financeira de modo eficaz, com
controles, números e análises, para que você, empreende-
dor, mantenha a sua empresa viva no mercado e resistente
para o momento da retomada.

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(31) 4141-7553 / (31) 99808-5250

comercial@contigocontabilidade.com.br

Rua Jacuí, 1914 – Loja 9. Floresta – Belo Horizonte/MG

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