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PSICOEDUCANDO - CONSTRUÇÃO DA CAIXA DA RAIVA

Objetivo da caixa: Trabalhar a raiva e frustrações em crianças e pré-adolescentes.

Importante:

Construí-la junto com a criança e conversar com ela durante o processo de construção da caixa, que
poderá ser de diferentes formas, tamanho ou material.
O responsável pela criança deverá monitorar e conduzi-la a fazer a tarefa no momento em que o
sentimento ruim surgir. Não permita que a criança aja por vontade própria nesse momento, pois ela
pode recusar a fazer a tarefa ou tentar sabotar o resultado.
Estabeleça regras com a criança. Converse, crianças também precisam ser ouvidas e incentivadas a
falar sobre os seus sentimentos, pois ainda não aprenderam a expressar-se adequadamente.
Aprenda a abonar somente os comportamentos adequados e a ignorar os comportamentos que
desviam do que é aceitável!

Lucineia Miranda – Psicologia e Desenvolvimento Pessoal


Não diga “sim” para tudo, mas também não adote o “não” a todo momento. Aprenda a negociar com
a criança.
Não use violência! Corrija no momento adequado sem expor a criança na frente de outras pessoas e
coloque-a de castigo se houver a necessidade, mas antes de fazê-lo, pergunte, questione, justifique as
suas ações e argumente com a criança. Ela precisa saber a sua motivação e você precisa entender as
motivações dela também.
Ninguém nasceu sabendo a expressar-se adequadamente. Geralmente a criança usa a ira para
demonstrar que está insatisfeita com alguma coisa e é dessa forma que ela dirá a você o que sente.

Material a ser utilizado:

Lápis de cor e/ou giz de cera.


Lápis de desenhar (2b ou 4b)
Papel sulfite
1 caixa (pode ser de diferentes formas ou material). Pode ser utilizado uma caixa organizadora, caixa
de papelão e você pode personalizá-la ao gosto da criança.
Se na casa tiver várias crianças que enfrenta o mesmo problema, cada uma delas deverá ter a sua
caixa. Nesse caso, coloque o nome da criança do lado externo da caixa, cole adesivos que a criança
goste, desenhe, pinte e/ou encape a caixa e deixe-a da forma mais atrativa possível.

Procedimento:

Sempre que a criança sentir raiva, sentir-se contrariada ou frustrada com alguma coisa, ela deverá ser
conduzida até a caixa, pegar uma folha de sulfite (as folhas de sulfite devem ser mantidas próxima a
caixa e em um local seguro a fim de que a criança não mexa na caixa sem a sua autorização), pegar
lápis de cor/giz de cera e rabiscar o máximo possível até que a raiva diminua.

Para ajudar a manter o controle da quantidade de bolinhas, o responsável deverá manter anotado todas
as vezes que a caixa da raiva for utilizada. O modelo para anotações encontra-se logo abaixo.

Ao término da tarefa, a folha desenhada deverá ser amassada pela criança que deverá apertá-la ao
máximo possível a fim de extravasar seus sentimentos negativos.

Lucineia Miranda – Psicologia e Desenvolvimento Pessoal


Feito isso, a bolinha de papel amassado deve ser colocada na caixa e lá deve permanecer até o término
do mês. A retirada das bolinhas na caixa deve ser realizada pelo responsável juntamente com a criança
e só deverá ser feita ao término do mês. Para isso, antecipe com a criança as ações envoltas nessa
tarefa e o faça em tom de brincadeira e com diálogo saudável, sem cobranças excessivas.

O responsável deverá manter anotado em um bloco de notas o mês de referência e a quantidade de


bolinhas de papel que foram colocadas na caixa no decorrer daquele mês.

Durante o processo de construção da caixa explique para a criança que a ideia é diminuir os acessos
de raiva e melhorar os seus sentimentos. Portanto, a cada mês a quantidade de bolinhas deverá
diminuir. Dessa forma, será estabelecida uma meta que ela deverá cumprir. Por exemplo: se no mês
de novembro a criança colocou na caixa 6 bolinhas, no mês de dezembro a caixa deverá conter menos
do que 6 bolinhas.

Em caso do não cumprimento da meta, sente-se com a criança, converse com ela a respeito de seus
sentimentos e tente entender o motivo da frustração e por que não conseguira atingir a meta.

Atingida a meta, faça com a criança alguma atividade que ela goste ou queira fazer.

Modelo de anotações:

Lucineia Miranda – Psicologia e Desenvolvimento Pessoal

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