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Farmácia Hospitalar

Administração de Recursos Humanos e


Recursos Materiais
Profª Luciane Dalarmi
1. Administração de Recursos Humanos
(Gestão de Pessoas) na Farmácia Hospitalar

Profª Luciane Dalarmi


Gestão de Pessoas
 permite a colaboração
eficaz das pessoas para
alcançar os objetivos
organizacionais e
pessoais
contingencial
Principais Mecanismos da Gestão de Pessoas:

Planejamento de RH
Gestão de competências
Capacidade continuada com base na competência
Avaliação de desempenho e competência
Principais Mecanismos da Gestão de Pessoas:

Planejamento de RH
Gestão de competências
Capacidade continuada com base na competência
Avaliação de desempenho e competência

C onhecimento
H abilidades Competências
A titudes
Principais Mecanismos da Gestão de Pessoas:

Planejamento de RH
Gestão de competências
Capacidade continuada com base na competência
Avaliação de desempenho e competência
Gestão de Pessoas

“Permitir que os objetivos da organização, em


conjunto com os objetivos pessoais, sejam
alcançados.”
Gestão de Pessoas

Aspectos Aspectos
internos externos
Gestão de Pessoas

Monitorar Agregar

Manter Aplicar

Desenvolver Recompensar
GESTÃO DE PESSOAS

“Conjunto integrado de processos


dinâmicos e interativos.”
(Chiavenato)
PROCESSOS DE AGREGAR PESSOAS

•Incluir novas pessoas


na farmácia.
•Recrutamento e seleção
de pessoas.
PROCESSOS DE APLICAR PESSOAS

Define o que as
pessoas irão fazer na
farmácia hospitalar

Inclui DESENHO do
cargo (descrição de
cargos / organograma)
Descrição do cargo / Desenho do cargo

•Resumo do cargo (descrição)


•Lista de funções ou tarefas
-descrição detalhada das responsabilidades
•Especificações do cargo
•Outras informações: posições na estrutura
organizacional (hospital e farmacia), local e
horário de trabalho, equipamentos, etc.
PROCESSOS DE RECOMPENSAR PESSOAS

•Consiste em incentivar as
pessoas e satisfazer suas
necessidades individuais mais
elevadas.
•Recompensas, remuneração,
benefícios e serviços sociais.
Diretas
Financeiras
Indiretas
Recompensas
Não Financeiras

Recompensa financeira indireta = cláusulas e acordos trabalhistas


PROCESSOS DE DESENVOLVER PESSOAS

•Incluem treinamento e desenvolvimento:


processo de aprendizagem – mudança de
comportamento.
PROCESSOS DE MANTER PESSOAS

•Condições ambientais e psicológicas satisfatórias para


as atividades das pessoas.
•Incluem a administração da disciplina, higiene,
segurança e qualidade de vida e manutenção de
relações sociais.
PROCESSOS DE MONITORAR PESSOAS

Monitorar o desempenho / Avaliação do desempenho:

“A avaliação do desempenho é uma apreciação


sistemática do desempenho de cada pessoa em função
das atividades que ele desempenha, das metas e
resultados a serem alcançados e do seu potencial de
desenvolvimento.”
Quem deve avaliar o desempenho?

•Auto-avaliação do desempenho
•O supervisor direto
•Funcionário e o supervisor direto
•A equipe de trabalho
•Avaliação 360º
•A avaliação para cima ou avaliação invertida
•O órgão de Recursos Humanos
Avaliação do desempenho – objetivos:

• fazer análise de performance do profissional;


• fornecer subsídios para a área de Recursos Humanos;
• promover feedback comportamental para colaborador e
liderança;
• identificar e corrigir atitudes que comprometam o
desempenho profissional;
• estimular o desenvolvimento de novas potencialidades;
• promover mudança comportamental individual e de
equipe.
2. Administração de Recursos Materiais

Profª Luciane Dalarmi


Administração de materiais e medicamentos no hospital

Recursos financeiros escassos

75% do que se Farmacêutico


consome em um com um perfil
hospital geral gerencial
(Bisson, 2002)
Material médico hospitalar Medicamentos

O objetivo da administração de materiais é colocar


recursos necessários para que os serviços ocorram
com qualidade, em quantidades adequadas, no
tempo correto e com o menor custo. O processo de
compra de materiais e medicamentos devem ser
realizados não só para minimizar problemas de
desabastecimento, mas também para certificar a
qualidade, a eficácia e a necessidade.
PROGRAMAÇÃO
Perfil epidemiológico
Consumo histórico
Capacidade de serviço
instalada
Fenômenos de sazonalidade
Abordagem logística-hospitalar

1. Administração de Materiais e Distribuição Física:


compras; recebimento; planejamento; controle de produção
(manipulação), transporte e estoques.
Abordagem logística-hospitalar

2. Coordenação Demanda/Suprimento: transporte;


armazenagem; movimentação física de materiais; controle de
estoques; seleção de locais para armazenagem; processamento
de pedidos; atendimento ao cliente.
Razões de Interesse pela logística

• Crescimento dos custos – equipamento de informática

• No gerenciamento de estoque, é muito importante é ter


precisão de informações
Os maiores problemas gerados pela imprecisão de dados são:

• má localização dos estoques;


• armazenamento inadequado;
• erros de cálculo nos relatórios de entrada e saída de materiais;
• erros no recebimento;
• esquecimento e atraso na emissão de documentos relativos a
entrada e saída de materiais;
• procedimentos inadequados de contagem física.
DIMENSIONAMENTO E CONTROLE DE ESTOQUES
FUNÇÃO E OBJETIVOS DO ESTOQUE

•Como empresa, o hospital quer obter lucro


DIMENSIONAMENTO E CONTROLE DE ESTOQUES
FUNÇÃO E OBJETIVOS DO ESTOQUE

“A administração de estoques dentro do hospital deve


reduzir ao mínimo o capital total investido, pois é um
montante alto e crescente. Paralelamente, deve elevar ao
máximo a qualidade e a segurança da prestação de
serviços, visando ao bem-estar dos pacientes. O objetivo
final, portanto, é tirar o máximo proveito do investimento
em estoques, incrementando o uso eficiente dos meios
internos da empresa e minimizando as necessidades de
investimento de capital.”
(Cavallini; Bisson, 2002)
PRINCÍPIOS BÁSICOS PARA O CONTROLE DE ESTOQUE

1. Determinar o que deve permanecer em estoque


2. Determinar quando se devem reabastecer os estoques
3. Determinar quanto de estoque será necessário para um
período predeterminado.
4. Acionar o departamento de compras para executar a
aquisição de estoque.
5. Receber, armazenar e atender os materiais estocados de
acordo com as necessidades.
PRINCÍPIOS BÁSICOS PARA O CONTROLE DE ESTOQUE

6. Controlar os estoques em termos de quantidade e


valor, e fornecer informações sobre posição do estoque.
7. Manter inventários periódicos para avaliação da
quantidade e do estado dos materiais estocados.
8. Identificar e retirar do estoque os itens obsoletos ou
danificados.
Alguns sintomas de descontrole de estoque:

Impossibilidade de
atendimento aos pacientes por
desabastecimento

Aumento da quantidade de
itens estocados sem variação no
consumo

Perda por vencimento


Previsão de estoque:

Conta com a projeção de consumo


(evolução de consumo futuro)
Previsão de estoque:

Conta com a projeção de consumo


(evolução de consumo futuro)

Formas de evolução do consumo:


1. Evolução Horizontal
2. Evolução Sujeita a Tendência (crescente ou decrescente)
3. Evolução Sazonal: o consumo com oscilações, tanto + como -;
a denominação sazonal aplica-se aos casos em que o desvio é,
no mínimo, de 25% do consumo médio e está condicionado a
determinadas causas
Previsão baseada nas Médias móveis

CM = C1 + C2 + C3+ ... + Cn
n

Em que:
CM = consumo médio;
C = consumo nos períodos anteriores;
n = número de períodos
Custo de Estoque

Investimento → capital empregado → custo


Custo de Armazenagem / Estoque

Existem duas variáveis que aumentam os custos de estoques:

• quantidade em estoque
• tempo de permanência em estoque
Custo de Pedido:
Ex. Mão de obra, materiais de escritórios, custos indiretos
(energia, telefone,...)

Custo de aquisição: custo de “reabastecimento” do


estoque
Ex. Transporte

Custo de falta de estoque:


Ex. multas, utilização
de planos de
contingência
Custos de Estoque

Armazenagem  quanto mais estoque  mais área necessária  mais


custo de aluguel.
Manuseio  quanto mais estoque  mais pessoas e equipamentos
necessários para manusear os estoques  mais custo de mão de obra e de
equipamentos.
Perdas  quanto mais estoque  maiores as chances de perdas  mais
custo decorrente de perdas.
Obsolescência  quanto mais estoque  maiores as chances de materiais
tornarem-se obsoletos  mais custos decorrentes de materiais que não mais
serão utilizados.
Furtos e Roubos  quanto mais estoques  maiores as chances de
materiais serem furtados e/ou roubados  mais custos decorrentes.
Comissão de
Padronização de
Materiais Médico
Hospitalar

Comissão de
Farmácia e
Terapêutica
Níveis de Estoque

• Estoque de segurança: é a quantidade mínima,


Estoque destina a cobrir eventuais atrasos no suprimento,
objetivando a garantia do funcionamento
mínimo ininterrupto e eficiente do serviço, sem o risco de
faltas. Ponto do pedido.

Estoque • É o resultado da soma do estoque de segurança


mais o lote de compra.
máximo
Classificação ABC
•Processo de divisão de itens em três classes, de acordo
com a quantia demandada e a utilização de capital.

Classe A: itens mais importantes, que devem ser tratados


com atenção especial pela administração, representam 8%
dos itens e correspondem a 70% do custo total.

Classe B: itens em situação intermediária; representam 20%


dos itens e correspondem a 20% do custo total.

Classe C: itens menos importantes, que não justificam


grande atenção por parte da administração; representam
72% dos itens e correspondem a 10%.
Indicadores de estoque
Fazer a acurácia do inventário:
itens corretos/total itens

Inventário físico (contagem


física dos estoques)
Periódico (normalmente no
encerramento de períodos
fiscais)
Força-tarefa (fazer a contagem
no menor tempo possível)

Indicadores da gestão de estoque


Nº de requisições/solicitações/pedidos
não atendidos por falta de insumos,.....
ARMAZENAMENTO DE MATERIAIS

Método adequado → diminui


os custos de operação,
melhorar a qualidade dos
serviços acelerando o ritmo do
trabalho, garante também a
diminuição dos acidentes de
trabalho, a redução no desgaste
dos demais sistemas (dose unitária, manipulação,
farmácias- satélites) e um menor número de problemas
de administração.
ARMAZENAMENTO DE MATERIAIS

As características do
almoxarifado dependem do
material armazenado.
Conhecer o layout →
propiciar o máximo de
economia e rendimento
Medicamento → preceitos
legais; boas práticas de
armazenamento
Almoxarifado da farmácia
do Hospital Municipal de
São José (Joinvile - SC)

Almoxarifado da farmácia
da Santa Casa de Porto
Feliz - SP
CAF – Hospital Tacchini
- RS

CAF - Hospital Dr. Altino


Lemos Santiago - BA
SISTEMA DE LOCALIZAÇÃO DE MEDICAMENTOS E MATERIAIS

Codificação e catalogação

Exemplo: X
XXX
XXX
XXX

AA – Código do Almoxarifado ou Área de


GRU
PO SUBG
RUPO S
EQUEN
CIA
L Estocagem
C
LASSE S
UBCLAS
SE CON
TROLE

B – Número da Rua
Forma de endereçamento dos
C – Número da Prateleira ou Estante
itens estocados para fácil
localização no almoxarifado. D – Posição Vertical
E – Posição Horizontal dentro da posição
AA.B.C.D.E
vertical.
Classificação e Codificação de medicamentos

Para fins de armazenagem, os medicamentos


podem estar classificados em:
• grupo farmacológico;
• ordem alfabética (nome genérico);
• forma farmacêutica;
• laboratório;
• combinação dos anteriores.

Para fins terapêuticos e de catalogação, os


medicamentos obrigatoriamente devem ser
classificados por grupo farmacológico.
Referencias bibliográficas

SANTOS, Gustavi A. A. Gestão de Farmácia Hospitalar. São Paulo: SenacSP,


2006.

CAVALLINI,Miriam; BISSON, Marcelo P. Farmácia Hospitalar: um enfoque em


sistemas de saúde. São Paulo: Manole, 2002.

CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à Teoria Geral da Administração. 6ª ed.


Rio de Janeiro: Campus, 2000.

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