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SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL

CONSELHO FEDERAL DE QUÍMICA


CONSELHO REGIONAL DE QUÍMICA 19ª REGIÃO – CRQ XIX-PB

Manual sobre
Responsabilidade Técnica
Direitos – Deveres – Atribuições

João Pessoa–PB
abril/2021
SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
CONSELHO FEDERAL DE QUÍMICA
CONSELHO REGIONAL DE QUÍMICA 19ª REGIÃO – CRQ XIX-PB

Apresentação

Este manual é o resultado de um trabalho realizado a quatro mãos, cujo


objetivo é apresentar de forma prática e objetiva as atribuições legais do Conselho e
suas obrigações, bem como direitos dos profissionais e empresas da área da Química.
Conforme sua compilação, contemplamos uma ampla legislação e suas resoluções
normativas de forma atualizada para proporcionar uma gama de conhecimento a
todos os profissionais e empresas da área da química, com sua distribuição de forma
gratuita aos profissionais, empresas e entidades ligadas às atividades químicas.
Também o recebem os estudantes e as escolas da área. A expectativa é que seu
conteúdo ajude a dirimir dúvidas e contribua para o fortalecimento do setor químico.
Este manual do químico é resultado do empenho da nova gestão que desde 2019 vem
desenvolvendo melhorias para a categoria, agregando informações pertinentes e
objetivas, que buscou uma padronização e a uniformização da linguagem utilizada
para sanar todas as dúvidas que por ventura surjam, representando um significativo
avanço em nosso modelo de gestão. Com ele traçamos um material orientativo,
abordando o ponto de vista ético da profissão. Sabemos da importância do
profissional da área da Química para a sociedade, pois, tudo que se produz e
encontramos na natureza ou até mesmo em nosso corpo possui uma composição
química, e é por possuir esse grau de importância que todos precisam saber sobre a
profissão e seus pormenores.

Lucia Raquel de Lima


Química Industrial
Presidente CRQ XIX

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Carta aos profissionais

Aos profissionais químicos em geral e àqueles que tencionam assumir


responsabilidade técnica em quaisquer segmentos de atividade econômica, incluídos
em atividades da Química, inicialmente orienta-se ter ciência sobre o conteúdo de
sua própria Carteira de Identidade Profissional — especificamente “livrete da
carteira de identidade de profissional da Química”, conforme citado no Art. 4, alínea
a, da RN 287/2019 do CFQ — a qual deve conter título (formação principal), cursos,
pós-graduações, etc. realizadas, conter as atribuições conforme trabalhos realizados
em empresas; e principalmente quanto à leitura do excerto da RN 36/74 (elenco das
atribuições do profissional da Química) e do Código de Ética: Resolução Ordinária
927/70 do CFQ. Enfim, é a partir da imprescindibilidade do profundo conhecimento
de suas próprias capacidades técnicas, atribuições e âmbito de atuação, que o
profissional poderá desempenhar com excelência as atividades da Química, com
honra e prestígio desta Área, para garantir a melhor qualidade dos produtos e
serviços à sociedade, e agindo pela preservação do meio ambiente.

Fiscalização do CRQ XIX

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• INTRODUÇÃO

De um modo geral, a Lei 2800/56 (conhecida como a Lei dos


Químicos, ou Lei Mater dos Químicos) descreve direitos para os
profissionais no tocante a atuarem em: análises, pesquisas, processos
químico-tecnológicos, responsabilidade técnica; e, essencialmente pelo
Art. 4 do Decreto 24.693/34 citado nesta Lei: no exercício de função
pública ou particular, pareceres, atestados, projetos da especialidade,
direção e responsabilidade de laboratórios ou departamentos químicos
de indústrias e empresas comerciais, magistério em cursos superiores,
engenharia química.
Para efeito deste Manual entenda-se a expressão “competências
do químico” como referente aos direitos do químico.

• ORIENTAÇÕES SOBRE A LEGISLAÇÃO PROFISSIONAL QUÍMICA

• Lei 2800/56
(escopo: cria CFQ/CRQs; sobre o exercício da profissão de químico)
Competência do CRQ
Art 1. A fiscalização do exercício da profissão de químico, regulada no
Decreto-lei n.º 5.452, de 1 de maio de 1943 – Consolidação das Leis do
Trabalho, Título III, Capítulo I, Seção XIII – será exercida pelo Conselho
Federal de Química e pelos Conselhos Regionais de Química, criados por
esta lei.
Art 15. Todas as atribuições estabelecidas no Decreto-Lei 5.452/43 (CLT)
referentes ao registro, à fiscalização e à imposição de penalidades, quanto
ao exercício da profissão de químico, passam a ser de competência dos
Conselhos Regionais de Química (CRQs).
Art 20. Além dos profissionais relacionados no Decreto-Lei 5.452/43
(CLT) são também profissionais da química os bacharéis em química e os
técnicos químicos.

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Especializações da Química
Art 20.
§ 1º Aos bacharéis em química, após diplomados pelas Faculdades de
Filosofia, oficiais ou oficializadas após registro de seus diplomas nos
CRQs, para que possam gozar dos direitos decorrentes do Decreto-Lei n.º
1.190/39, fica assegurada a competência para realizar análises e
pesquisas químicas em geral.
§2º Aos técnicos químicos, diplomados pelos Cursos Técnicos de Química
Industrial, oficiais ou oficializados, após registro de seus diplomas nos
CRQs, fica assegurada a competência para:
a) análises químicas aplicadas à indústria;
b) aplicação de processos de tecnologia química na fabricação de
produtos, subprodutos e derivados, observada a especialização do
respectivo diploma;
c) responsabilidade técnica, em virtude de necessidades locais e a
critérios do CRQ da jurisdição, de fábrica de pequena capacidade que se
enquadre dentro da respectiva competência e especialização.
Art. 22. Os engenheiros químicos registrados no Conselho Regional de
Engenharia e Arquitetura (CREA), nos termos do Decreto-lei n.º 8.620,
de 10 de janeiro de 1946, deverão ser registrados no Conselho Regional
de Química (CRQ), quando suas funções, como químico, assim o
exigirem.
Art 23. Independente de seu registro no Conselho Regional de
Engenharia e Arquitetura, os engenheiros industriais, modalidade
química, deverão registrar-se no Conselho Regional de Química, para o
exercício de suas atividades como químico.
Art 24. O Conselho Federal de Química, em resoluções definirá ou
modificará as atribuições ou competência dos profissionais da química,
conforme as necessidades futuras.
Nota: as “resoluções” tratadas aqui podem ser Resoluções Normativas
(RNs) ou Resoluções Ordinárias (ROs); inclusive é neste sentido (e além

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disto) que o CFQ, a partir das disciplinas (matérias) dos currículos dos
profissionais da área da Química, avalia e determina as
atribuições/competências de cada título (formação acadêmica),
estendendo-as ou limitando-as (ver também Art. 8° RN 36/74 na pág. 23).
Art 33. Aos químicos licenciados, que se registraram em consequência
do Decreto n.º 24.693, de 12 de julho de 1934, ficam asseguradas as
vantagens que lhe foram conferidas por aquele decreto.
____________________
Sobre o Decreto n.º 24.693/34
(escopo: regula o exercício da profissão de químico)
Art. 1º No território da República, só poderão exercer a profissão de
químico os que possuírem diploma de químico, químico industrial
agrícola, químico industrial, ou engenheiro químico, concedido por escola
superior oficial ou oficializado e registrado no Ministério do Trabalho,
Indústria e Comércio. (...)
§2º Como regime de adaptação, gozarão também dos foros de químico
aqueles que, por ocasião da publicação deste decreto, provarem achar-se
no exercício efetivo de função pública, ou no de particular, para a qual
seja exigida a qualidade de químico (...).
Art. 2º No preenchimento de cargos públicos de químico, a partir da
publicação deste decreto, será exigido, como condição essencial e
imprescindível, que os candidatos satisfaçam as prescrições do art. 1º.
(...)
Competências do químico
Art. 4º O exercício da profissão de químico compreende:
a) a fabricação de produtos e subprodutos industriais, em seus diversos
graus de pureza;
b) análise química, pareceres, atestados e projetos da especialidade, e
sua execução, perícia civil ou judiciária; direção e a responsabilidade de
laboratórios ou departamentos químicos de indústrias e empresas
comerciais;
c) magistério nos cursos superiores especializados em química;

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d) engenharia química.
Art. 5º Farão fé pública os certificados de análises químicas, pareceres,
atestados, perícias e projetos da especialidade assinados por
profissionais que satisfaçam as condições do artigo 1º.
Art. 6º É facultado aos químicos habilitados nos termos do art. 1º, o
ensino de sua especialidade nas escolas superiores oficiais e oficializadas,
sendo-lhes, na hipótese de concurso, assegurada a preferência, uma vez
verificada igualdade de condições
Art. 7º Fica atribuída aos químicos habilitados de acordo com o art. 1º a
execução dos serviços não especificados no presente decreto que, por sua
natureza exijam o conhecimento da química.
Nota: ref. a este Art. 7 cabe ressaltar a importância do exercício de
atividades pelo químico (denominadas neste decreto como “serviços”), que
pela natureza sejam identificadas como da área Química.
____________________
• Lei 2800/56 – continuação
Deveres do químico
Anuidades e taxas
Art 25. O profissional da química, para o exercício de sua profissão, é
obrigado ao registro no Conselho Regional de Química a cuja jurisdição
estiver sujeito, ficando obrigado ao pagamento de uma anuidade ao
respectivo Conselho Regional de Química, até o dia 31 de março de cada
ano, acrescida de 20% (vinte por cento) de mora, quando fora deste prazo.

Orientação adicional pertinente, conf. exercício do RT em empresas:


Art 27. As firmas individuais de profissionais e as mais firmas, coletivas
ou não, sociedades, associações, companhias e empresas em geral, e
suas filiais, que explorem serviços para os quais são necessárias
atividades de químico, especificadas no Decreto-lei 5.452/43 (CLT), ou
nesta lei, deverão provar perante os CRQs que essas atividades são
exercidas por profissional habilitado e registrado.

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Art 28. As firmas ou entidades a que se refere o artigo anterior são


obrigadas ao pagamento de anuidades ao CRQ em cuja jurisdição se
situam, até o dia 31 de março de cada ano, ou com mora de 20% (vinte
por cento) quando fora deste prazo.

• Resolução Ordinária (RO) 927/70 – Código de Ética


O profissional da Química deve:
▪ instruir-se permanentemente;
▪ impulsionar a difusão da tecnologia;
▪ apoiar as associações científicas e de classe;
▪ proceder com dignidade e distinção;
▪ ajudar a coletividade na compreensão justa dos assuntos técnicos de
interesse público;
▪ manter elevado o prestígio de sua profissão;
▪ manter o sigilo profissional;
▪ examinar criteriosamente sua possibilidade de desempenho satisfatório
de cargo ou função que pleiteie ou aceite;
▪ manter contato direto com a unidade fabril sob sua responsabilidade;
▪ estimular os jovens profissionais.

O profissional da Química não deve:


▪ aceitar interferência na atividade de colega, sem antes preveni-lo;
▪ usar sua posição para coagir a opinião de colega ou de subordinado;
▪ cometer, nem contribuir para que se cometa injustiça contra colega ou
subordinado;
▪ aceitar acumulação de atividades remuneradas que, em virtude do
mercado de trabalho profissional, venha em prejuízo de oportunidades
dos jovens colegas ou dos colegas em desemprego;
▪ efetuar o acobertamento profissional ou aceitar qualquer forma que o
permita;
▪ praticar concorrência desleal aos colegas;
▪ empregar qualificação indevida para si ou para outrem;

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▪ ser conivente, de qualquer forma, com o exercício ilegal da profissão;


▪ usufruir concepção ou estudo alheios sem fazer referência ao autor;
▪ usufruir planos ou projetos de outrem, sem autorização;
▪ procurar atingir qualquer posição agindo deslealmente;
▪ divulgar informações sobre trabalhos ou estudos do contratante do seu
serviço, a menos que autorizado por ele.

Também, os tópicos dos subitens numéricos do item III:


1— Quanto à responsabilidade técnica
2 — Quanto à atuação profissional
3 — Quanto à remuneração
4 — Na qualidade de colega
5 — Na qualidade de prestador de serviço profissional
6 — Como membro da coletividade

Ainda, estão relacionados os seguintes itens da RO 9593/2000, quanto


às possíveis penalidades aplicadas e às infrações ao Código de Ética:
II — Das Sanções Aplicáveis
1 — Advertência por escrito, confidencial ou pública;
2 — Suspensão do exercício profissional, por períodos variáveis de um
(01) mês a um (01) ano, de acordo com a extensão da falta, ressalvada a
ação da Justiça Pública.
III — Infrações ao Código de Ética
a — improbidade profissional;
b — falso testemunho;
c — quebrar o sigilo profissional;
d — produzir falsificações;
e — concorrer com seus conhecimentos científicos e/ou tecnológicos para
a prática de crimes em atentado contra a pátria, a ordem social ou a
saúde pública;

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f — deixar de requerer, para o exercício da profissão, a revalidação e


registro do diploma estrangeiro, no prazo legal, e/ou registro profissional
no CRQ de sua jurisdição.

A seguir estão descritos os incisos I ao XV do Art. 1 do Decreto


85.877/81, não limitados, mas detalhando e complementando aquelas
competências citadas no Art. 4 do Decreto n.º 24.693/34, sendo este
decreto citado no Art. 33 da Lei 2800/56.

• Decreto 85.877/81
(escopo: estabelece normas para execução da Lei 2800/56 sobre o
exercício da profissão de químico)
Competências do químico (elenco de funções do químico)
Art. lº – O exercício da profissão de químico, em qualquer de suas
modalidades, compreende:
I – direção, supervisão, programação, coordenação, orientação e
responsabilidade técnica no âmbito das respectivas atribuições;
II – assistência, consultoria, formulações, elaboração de orçamentos,
divulgação e comercialização relacionadas com a atividade de químico;
III – ensaios e pesquisas em geral, pesquisa e desenvolvimento de
métodos e produtos;
IV – análise química e físico-química, químico-biológica, fitoquímica,
bromatológica, químico-toxicológica, sanitária e legal, padronização e
controle de qualidade;
V – produção e tratamento prévio e complementar de produtos e resíduos
químicos;
VI – vistoria, perícia, avaliação, arbitramento e serviços técnicos,
elaboração de pareceres, laudos e atestados, no âmbito das respectivas
atribuições;
VII – operação e manutenção de equipamentos e instalações relativas à
profissão de químico e execução de trabalhos técnicos de químicos;

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VIII – estudos de viabilidade técnica e técnico-econômica, relacionados


com a atividade de químico;
IX – condução e controle de operações e processos industriais, de
trabalhos técnicos, montagens, reparos e manutenção;
X – pesquisa e desenvolvimento de operações e processos industriais;
XI – estudo, elaboração e execução de projetos da área;
XII – estudo, planejamento, projeto e especificações de equipamentos e
instalações industriais, relacionados com a atividade de químico;
XIII – execução, fiscalização, montagem, instalação e inspeção de
equipamentos e instalações industriais, relacionadas com a Química;
XIV – desempenho de cargos e funções técnicas no âmbito das respectivas
atribuições;
XV – magistério, respeitada a legislação específica.
Nota: os termos destacados neste Decreto não estão presentes no Art. 1 da
RN 36/74.
Art. 2º – São privativos do químico:
I – análises químicas ou físico-químicas, quando ref. a indústria química;
II – produção, fabricação e comercialização, sob controle e
responsabilidade de produtos químicos, produtos industriais obtidos por
meio de reações químicas controladas ou de operações unitárias,
produtos obtidos através de agentes físico-químicos ou biológicos,
produtos industriais derivados de matéria prima de origem animal,
vegetal, ou mineral, e tratamento de resíduos resultantes da utilização
destas matérias-primas sempre que vinculadas à indústria química;
III – tratamento, em que se empreguem reações químicas controladas e
operações unitárias, de águas para fins potáveis, industriais ou para
piscinas públicas e coletivas, esgoto sanitário e de rejeitos urbanos e
industriais;
IV – o exercício das atividades abaixo discriminadas, quando exercidas
em firmas ou entidades públicas e privadas, respeitado o disposto no art.
6º:
a) análises químicas e físico-químicas;

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b) padronização e controle de qualidade, tratamento prévio de matéria


prima, fabricação e tratamento de produtos industriais;
c) tratamento químico, para fins de conservação, melhoria ou
acabamento de produtos naturais ou industriais;
d) mistura, ou adição recíproca, acondicionamento, embalagem e
reembalagem de produtos químicos e seus derivados, cuja manipulação
requeira conhecimentos de Química;
e) comercialização e estocagem de produtos tóxicos, corrosivos,
inflamáveis ou explosivos, ressalvados os casos de venda a varejo;
f) assessoramento técnico na industrialização, comercialização e emprego
de matérias primas e de produtos de indústria química;
g) pesquisa, estudo, planejamento, perícia, consultoria e apresentação de
pareceres técnicos na área de Química.
V – exercício, nas indústrias, das atividades mencionadas no art. 335 da
Consolidação das Leis do Trabalho;
VI – desempenho de outros serviços e funções, não especificados no
presente Decreto, que se situem no domínio de sua capacitação técnico-
científica;
VII – magistério superior das matérias privativas constantes do currículo
próprio dos cursos de formação de profissionais de Química, obedecida a
legislação do ensino.
Art. 3º – as atividades de estudo, planejamento, projeto e especificações
de equipamentos e instalações industriais, na área de Química, são
privativas dos profissionais com currículo da Engenharia Química.
Art. 4º – Compete ainda aos profissionais de Química, embora não
privativo ou exclusivo, o exercício das atividades mencionadas no Art. 1º,
quando referentes a:
a) laboratórios de análises que realizem exames de caráter químico,
físico-químico, químico-biológico, fitoquímico, bromatológico, químico-
toxicológico, sanitário e químico legal;
b) órgãos ou laboratórios de análises clínicas ou de saúde pública ou a
seus departamentos especializados, no âmbito de suas atribuições;

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Nota: destas alíneas “a” e “b” pode-se entender que tais atividades estão
no âmbito da área bioquímica, farmacêutica ou médica, no sentido de
análises relacionadas a exames (conf. citado) da saúde do ser humano, e
não especificado ao nível industrial.
c) estabelecimentos industriais em que se fabriquem insumos com
destinação farmacêutica para uso humano e veterinário, insumos para
produtos dietéticos e para cosméticos, com ou sem ação terapêutica;
d) firmas e entidades públicas ou privadas que atuem nas áreas de
química e de tecnologia agrícola ou agropecuária, de Mineração e de
Metalurgia;
e) controle de qualidade de águas potáveis, de águas de piscina, praias e
balneários;
Nota: desta alínea “e” ressalta-se que se trata somente do controle de
qualidade, sendo privativo do químico o tratamento, conf. inciso III, Art. 2°.
f) exame e controle da poluição em geral e da segurança ambiental,
quando causadas por agentes químicos e biológicos;
g) estabelecimentos industriais em que se fabriquem produtos cosméticos
sem ação terapêutica, produtos de uso veterinário sem indicação
terapêutica, produtos saneantes, inseticidas, raticidas, antissépticos e
desinfetantes;
h) estabelecimentos industriais que fabriquem produtos dietéticos e
alimentares;
i) segurança do trabalho em estabelecimentos públicos ou particulares,
ressalvada a legislação específica;
j) laboratórios de análises químicas de estabelecimentos metalúrgicos.

• Decreto-Lei 5452/43
(CLT – Consolidação das Leis do Trabalho)
Art 325. É livre o exercício da profissão de químico em todo o território
da República, observadas as condições de capacidade técnica e outras
exigências previstas na presente seção. Vide Lei 2.800/56.

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a) aos possuidores de diploma de químico, químico industrial, químico


industrial agrícola ou engenheiro químico, concedido, no Brasil, por
escola oficial ou oficialmente reconhecida;
b) aos diplomados em química por instituto estrangeiro de ensino
superior, que tenham de acordo com a Lei a partir de 14 de julho de 1934,
revalidado os seus diplomas; (...)
Art 326. Todo aquele que exercer ou pretender exercer as funções de
químico, é obrigado ao uso da Carteira de Trabalho e Previdência Social,
devendo os profissionais que se encontrarem nas condições das alíneas
a e b do Art. 325, registrar os seus diplomas de acordo com a legislação
vigente. (...)
Sujeições à fiscalização profissional química
Art 332. Quem, mediante anúncios, placas, cartões comerciais ou outros
meios capazes de ser identificados, se propuser ao exercício da química,
em qualquer dos seus ramos, sem que esteja devidamente registrado, fica
sujeito às penalidades aplicáveis ao exercício ilegal da profissão.
Art 333. Os profissionais a que se referem os dispositivos anteriores só
poderão exercer legalmente as funções de químicos depois de
satisfazerem as obrigações constantes do Art. 330 desta Seção.
(Art 330. A Carteira de Trabalho e Previdência Social, expedida nos termos
desta Seção, é obrigatória para o exercício da profissão, substitui em todos os
casos o diploma ou título e servirá de carteira de identidade.)
Âmbito de atuação do químico
Art 334. O exercício da profissão de química compreende: (conteúdo
semelhante às alíneas a até d, Art. 4 do Decreto n.º 24.693/34). Vide
Decreto nº 85.877/81.
Art 335. É obrigatória a admissão de químicos nos seguintes tipos de
indústria:
a) de fabricação de produtos químicos;
b) que mantenham laboratório de controle químico;
c) de fabricação de produtos industriais que são obtidos por meio de
reações químicas dirigidas, tais como cimento, açúcar e álcool, vidro,

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curtume, massas plásticas artificiais, explosivos, derivados de carvão ou


de petróleo, refinação de óleos vegetais ou minerais, sabão, celulose e
derivados. (...)
Nota: Reações químicas dirigidas (controladas) podem ser
classificadas de três modos:
(a) transformação de reagentes (geralmente também descritos como
insumos ou matérias-primas) em produtos, os quais apresentam
composição, estrutura e propriedades químicas ou físico-químicas
totalmente novas;
(b) transformação de reagentes em produtos, os quais apresentam
composição, estrutura e propriedades químicas ou físico-químicas
parcialmente novas;
(c) recombinação/processo de materiais (matérias-primas) que se
tornam produtos a partir de operações unitárias, etapas ou cadeias
de processamento, os quais apresentam estrutura e/ou
propriedades físico-químicas diferentes dos materiais (matérias-
primas) iniciais, seja por meio da quebra e/ou da formação de
ligações de Van der Waals, covalentes, iônicas, dipolo-dipolo,
reversíveis ou não reversíveis, sobre o que é necessário
conhecimento da Química.
Além disso, complementando o entendimento deste item c, observem-se os
termos: massa molecular, peso molecular, cadeia molecular, orientação
molecular, ramificação, cristalinidade, morfologia, por estarem diretamente
inerentes às relações entre átomos e moléculas entre si, e portanto ao
conhecimento da matéria, qual é da área/ciência/estudo da Química.

Art 337, Art 338. (conteúdo semelhante, respectivamente, aos Art. 5º e


6º do Decreto n.º 24.693/34).
Art 341. (conteúdo semelhante ao Art. 7º do Decreto n.º 24.693/34). Vide
Decreto nº 85.877/81.

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Sujeições à fiscalização profissional química


Art 339. O nome do químico responsável pela fabricação dos produtos
de uma fábrica, usina ou laboratório, deverá figurar nos respectivos
rótulos, faturas e anúncios, compreendida entre estes últimos a legenda
impressa em cartas e sobrecartas.
Art 340. Somente os químicos habilitados, nos termos do art. 325, alínea
a e b, poderão ser nomeados "ex officio" para os exames periciais de
fábricas, laboratórios e usinas e de produtos aí fabricados.
Parágrafo Único. Não se acham compreendidos no artigo anterior os
produtos farmacêuticos e os laboratórios de produtos farmacêuticos.
Art 342. A fiscalização do exercício da profissão de químico incumbe ao
Departamento Nacional do Trabalho no Distrito Federal e às autoridades
regionais do Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio, nos Estados e
Território do Acre. Revogado pela Lei nº 2.800/56.
Nota: esta responsabilidade de fiscalização passou a ser do sistema
CFQ/CRQs, a partir de sua criação: redação do Art. 1 da Lei 2800/56.
(...)
____________________
Matéria de Competência dos CRQs, nos termos do disposto em Art. 1, 13 e
15 da Lei nº 2.800/56
(para o conhecimento dos profissionais da Química):
Art. 343. São atribuições dos órgãos de fiscalização:
a) examinar os documentos exigidos para o registro profissional de que
trata o Art. 326 e seus § l e 2; e o Art. 327 (Revogado pelo Art. 26 da Lei
nº 2.800/56); proceder à respectiva inscrição e indeferir o pedido dos
interessados que não satisfizerem as exigências desta seção.
b) registrar as comunicações e contratos, a que aludem o Art. 350 e seus
parágrafos e dar as respectivas baixas;
c) verificar o exato cumprimento das disposições desta Seção, realizando
as investigações que forem necessárias, bem como o exame dos arquivos,
livros de escrituração, folhas de pagamento, contrato e outros
documentos de uso de firmas ou empresas industriais ou comerciais, em

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cujos serviços tome parte um ou mais profissionais que desempenhem


função para a qual se deva exigir a qualidade de químico.
____________________
Art 345. Verificando-se, pelo Ministério do Trabalho, Indústria e
Comércio, serem falsos os diplomas ou outros títulos dessa natureza,
atestados, certificados e quaisquer documentos exibidos para os fins de
que trata esta Seção, incorrerão os seus autores e cúmplices nas
penalidades estabelecidas em lei.
Parágrafo Único. A falsificação de diploma ou outros quaisquer títulos,
uma vez verificada, será imediatamente comunicada ao Serviço de
Identificação Profissional, do Departamento Nacional do Trabalho,
remetendo-se-lhe os documentos falsificados, para instrução do processo
que no caso couber.
Art 346. Será suspenso do exercício de suas funções,
independentemente de outras penas em que possa incorrer, o químico,
inclusive o licenciado, que incidir em alguma das seguintes faltas:
a) revelar improbidade profissional, dar falso testemunho, quebrar o
sigilo profissional e promover falsificações, referentes à prática de atos de
que trata esta seção.
b) concorrer com seus conhecimentos científicos para a prática de crime
ou atentado contra a pátria, a ordem social ou a saúde pública;
c) deixar, no prazo marcado nesta Seção, de requerer a revalidação e
registro do diploma estrangeiro, ou o seu registro profissional no
Ministério do Trabalho e Previdência Social (MTPS).
Parágrafo Único. O tempo de suspensão a que alude este artigo variará
entre um mês e um ano, a critério do Departamento Nacional do Trabalho
após processo regular, ressalvada a ação da justiça pública.
Art 347. Àqueles que exercerem a profissão de químico sem ter
preenchido as condições do Art. 325 e suas alíneas, nem promovido o seu
registro, nos termos do Art. 326, incorrerão na multa de 2/5 (dois
quintos) do salário-mínimo a 10 (dez) salários mínimos regionais, que
será elevada ao dobro, no caso de reincidência.

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A Lei 6205 de 29/04/75 descaracterizou o salário-mínimo como fator de


correção monetária.
Art 350. O químico que assumir a direção técnica ou cargo de químico
de qualquer usina, fábrica, ou laboratório industrial ou de análise deverá,
dentro de 24 horas e por escrito, comunicar essa ocorrência ao órgão
fiscalizador, contraindo, desde essa data, a responsabilidade da parte
técnica referente à sua profissão, assim como a responsabilidade técnica
dos produtos manufaturados.
§lº Firmando-se contrato entre o químico e o proprietário da usina,
fábrica ou laboratório, será esse documento apresentado, dentro do
prazo de 30 dias, para registro, ao órgão fiscalizador.
§2º Comunicação idêntica à de que trata a primeira parte deste artigo
fará o químico, quando deixar a direção técnica ou o cargo de químico,
em cujo exercício se encontrava, a fim de ressalvar a sua
responsabilidade e fazer-se o cancelamento do contrato.
Em caso de falência do estabelecimento, a comunicação será feita pela
firma proprietária.
Art 351. Os infratores dos dispositivos do presente capítulo incorrerão
na multa de 1/10 (um décimo) do salário-mínimo a 10 (dez) salários
mínimos regionais, segundo a natureza da infração, sua extensão e a
intenção de quem a praticou, aplicada em dobro no caso de reincidência,
oposição à fiscalização ou desacato à autoridade. As penalidades a que
se refere o artigo passaram a ser de 1 a 100 Valores Regionais de
Referência, de acordo com a Lei 6205/75 combinada com a Lei 6986 de
13/04/82.

• Lei 4950-A/66
(escopo: remuneração de profissionais diplomados em Engenharia,
Química, Arquitetura, Agronomia e Veterinária)
Art. 1º O salário-mínimo dos diplomados pelos cursos regulares
superiores... é o fixado pela presente Lei.

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Art. 2º O salário-mínimo fixado pela presente Lei é a remuneração


mínima obrigatória... com relação de emprego ou função, qualquer que
seja a fonte pagadora.
Art. 3º Para os efeitos desta Lei as atividades ou tarefas desempenhadas
pelos profissionais enumerados no art. 1º são classificadas em:
a) atividades ou tarefas com exigência de 6 (seis) horas diárias de serviço;
salário-base mínimo de 6 (seis) vezes o maior salário-mínimo comum
vigente no País (Art. 5º)

b) atividades ou tarefas com exigência de mais de 6 (seis) horas diárias


de serviço.
fixação do salário-base mínimo será feito tomando-se por base o custo da
hora fixado no art. 5º desta Lei, acrescidas de 25% as horas excedentes
das 6 (seis) diárias de serviços (Art. 6º)
Parágrafo único. A jornada de trabalho é a fixada no contrato de trabalho
ou determinação legal vigente.

Art. 4º Para os efeitos desta Lei os profissionais citados no art. 1º são


classificados em:
a) diplomados pelos cursos regulares superiores mantidos pelas Escolas
de Engenharia, de Química, de Arquitetura, de Agronomia e de
Veterinária com curso universitário de 4 (quatro) anos ou mais;
salário-base mínimo de 6 (seis) vezes o maior salário-mínimo comum
vigente no País (Art. 5º)

b) diplomados pelos cursos regulares superiores mantidos pelas Escolas


de Engenharia, de Química, de Arquitetura, de Agronomia e de
Veterinária com curso universitário de menos de 4 (quatro) anos.
salário-base mínimo de 5 (seis) vezes o maior salário-mínimo comum
vigente no País (Art. 5º)

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Art. 7º A remuneração do trabalho noturno será feita na base da


remuneração do trabalho diurno, acrescida de 25% (vinte e cinco por
cento).

DURAÇÃO DO HORAS
SALÁRIO
CURSO DIÁRIAS

4 anos ou mais 6x salário-mínimo 6

Menos de 4 anos 5x salário-mínimo 6

Valor de uma hora (a partir do valor


Quaisquer tempos
calculado de um salário-mínimo, conf. Mais de 6
de curso
Art. 5°) + 25% as horas excedentes

• Lei 6839/80
Art 1. O registro de empresas e a anotação dos profissionais legalmente
habilitados, delas encarregados, serão obrigatórios nas entidades
competentes para a fiscalização do exercício das diversas profissões, em
razão da atividade básica ou em relação àquela pela qual prestem
serviços a terceiros.
Nota: ressalta-se que a identificação das instituições públicas ou privadas,
industriais, comerciais, de produtos e/ou serviços, na área da Química se
dá tanto pelas atividades básicas quanto pelas atividades secundárias,
identificadas no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica – CNPJ a partir dos
n° CNAE – Classificação Nacional de Atividades Econômicas.
Nota 2: ainda que o local vistoriado pela fiscalização do CRQ apresente
atividade(s) diferente(s) do que consta no(s) CNAE do CNPJ, mesmo assim
o estabelecimento está sujeito à regularização perante o CRQ, enquanto
seja atividade da área química.

• Lei 5524/68
(escopo: exercício da profissão de Técnico Industrial)
Art 2. A atividade profissional do Técnico Industrial de nível médio
efetiva-se no seguinte campo de realizações:

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I - conduzir a execução técnica dos trabalhos de sua especialidade;


II - prestar assistência técnica no estudo e desenvolvimento de projetos e
pesquisas tecnológicas;
III - orientar e coordenar a execução dos serviços de manutenção de
equipamentos e instalações;
IV - dar assistência técnica na compra, venda e utilização de produtos e
equipamentos especializados;
V - responsabilizar-se pela elaboração e execução de projetos,
compatíveis com a respectiva formação profissional.
Art 3. O exercício da profissão de Técnico Industrial de nível médio é
privativo de quem:
I) haja concluído um dos cursos do segundo ciclo de ensino técnico
industrial, tenha sido diplomado por escola oficial autorizada ou
reconhecida, de nível médio, regularmente constituída nos termos da Lei
n° 4.024, de 20 de dezembro de 1961;
II) após curso regular e válido para o exercício da profissão, tenha sido
diplomado por escola ou instituto técnico industrial estrangeiro e
revalidado seu diploma no Brasil, de acordo com a legislação vigente;
III) sem os cursos e a formação atrás referidos, conte na data da
promulgação desta Lei, 5 (cinco) anos de atividade integrada no campo
da técnica industrial de nível médio e tenha habilitação reconhecida por
órgão competente.
Nota: ver Art. 10 da RN 36/74 a seguir, sobre as atribuições dos Técnicos
Químicos, conforme itens do Art. 1 desta mesma RN.

• RESOLUÇÕES NORMATIVAS – quanto às atribuições para várias


modalidades profissionais

RN 36/74
Competências do químico (elenco de funções do químico)

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Art. 1º Fica designado, para efeito do exercício profissional,


correspondente às diferentes modalidades de profissionais da Química, o
seguinte elenco de atividades:
01 — Direção, supervisão, programação, coordenação, orientação e
responsabilidade técnica no âmbito das atribuições respectivas.
02 — Assistência, assessoria, consultoria, elaboração de orçamentos,
divulgação e comercialização, no âmbito das atribuições respectivas.
03 — Vistoria, perícia, avaliação, arbitramento e serviços técnicos;
elaboração de pareceres, laudos e atestados, no âmbito das atribuições
respectivas.
04 — Exercício do magistério, respeitada a legislação específica.
05 — Desempenho de cargos e funções técnicas no âmbito das
atribuições respectivas.
06 — Ensaios e pesquisas em geral. Pesquisa e desenvolvimento de
métodos e produtos.
07 — Análise química e físico-química, químico-biológica, bromatológica,
toxicológica e legal, padronização e controle de qualidade.
08 — Produção; tratamentos prévios e complementares de produtos e
resíduos.
09 — Operação e manutenção de equipamentos e instalações; execução
de trabalhos técnicos.
10 — Condução e controle de operações e processos industriais, de
trabalhos técnicos, reparos e manutenção.
11 — Pesquisa e desenvolvimento de operações e processos industriais.
12 — Estudo, elaboração e execução de projetos de processamento.
13 — Estudo de viabilidade técnica e técnico-econômica no âmbito das
atribuições respectivas.
14 — Estudo, planejamento, projeto e especificações de equipamentos e
instalações industriais.
15 — Execução, fiscalização de montagem e instalação de equipamento.
16 — Condução de equipe de instalação, montagem, reparo e
manutenção.

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Nota: somente os termos e este último item destacados nesta RN não estão
presentes no Art. 1 do Decreto 85.877/81; em síntese, o restante aqui
descrito também está no Decreto.
Art. 2º As atividades citadas no art. 1º são privativas dos profissionais
da Química quando referentes à indústria química e correlatas, bem
como qualquer etapa de produção ou comercialização de produtos
químicos e afins, ou em qualquer estabelecimento ou situação em que se
utilizem reações químicas controladas ou operações unitárias da
Indústria Química.
I — à elaboração e controle de qualidade de produtos químicos de uso
humano, veterinário, agrícola, sanitário ou de higiene do ambiente;
II — à elaboração, controle de qualidade ou preservação de produtos de
origem animal, vegetal e mineral;
III — ao controle de qualidade ou tratamentos de água de qualquer
natureza, de esgoto, despejos industriais e sanitários; ou, ao controle da
poluição e da segurança ambiental relacionados com agentes químicos
ou biológicos; Redação da RN 44/77 – Revogada pela RN 76/84.
IV— a laboratórios de análises que realizam exames de caráter químico-
biológico, bromatológico, químico-toxicológico ou químico legal;
V — ao desempenho de quaisquer outras funções que se situem no
domínio de sua capacitação técnico-científica.
(...)
Art. 4º Para os efeitos do artigo anterior distinguir-se-á entre os
currículos de natureza:
a) “Química”... (Art.5: competências: itens 01 a 07 do Art.1)
b) “Química Tecnológica”... (Art.6: competências: itens 01 a 13 do Art.1)
c) “Engenharia Química”... (Art.7: competências: itens 01 a 16 do Art.1)
Nota: sobre esta alínea “c”, trata-se das engenharias ligadas à área da
Química, tais como: Engenharia de Alimentos, de Materiais, Ambiental,
dentre outras.
Art. 8º Os currículos dos cursos para os profissionais da Química,
mantidos pelas diferentes instituições educacionais, serão examinados

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pelo Conselho Federal de Química que especificará as atividades


profissionais correspondentes, na proporção em que os mesmos
atenderem aos currículos por ele explicitados, para serem atribuídas,
pelos Conselhos Regionais de Química, aos diplomados por estes cursos.
Art. 10º “Compete ao Técnico Químico (técnico de grau médio): O
desempenho de atividades constantes dos n.º 05, 06, 07, 08 e 09”.
Nota: em resumo, algumas competências constantes no Art. 1 podem não
ser aplicadas a determinadas modalidades de profissionais, mas não por
determinação imutável, uma vez que tais profissionais poderão
complementar sua formação com pós-graduações lato sensu ou stricto
sensu, por exemplo, e assim submeter à apreciação do CFQ, o qual avaliará
sobre a inclusão da(s) competência(s) antes não incluída(s) na carteira de
identidade do profissional.
Obs.:
- Cursos de técnico e tecnólogo (Téc., Tecnol.): título acadêmico e diploma
- Cursos de graduação (Bel., Lic.): título acadêmico e diploma;
- Cursos de especialização, MBA (lato sensu): certificado de conclusão;
- Cursos de mestrado (M.e/M.a ou Me./Ma.: mestre/mestra*), doutorado
(D.r/D.ra ou Dr./Dra.: doutor/doutora**), pós-doutorado (stricto sensu):
grau acadêmico e diploma – ressalta-se, não é um título
▪ acadêmico, com ênfase na produção científica;
▪ profissional, com ênfase no atendimento às organizações/empresas).

A complementação curricular está prevista na RN 96/86, conforme:


Art. 1º É assegurado a todo profissional da Química de nível superior o
direito de ampliar as suas atribuições profissionais, mediante
complementação curricular cursada em estabelecimento oficial ou
oficialmente reconhecido.
§1º A ampliação prevista neste artigo será feita, proporcionalmente, em
função das disciplinas cursadas e mediante requerimento do profissional
* do latim: Sc.M. – Scientiae Magister (mestre de/em ciência)
do inglês: MSc. – Master of Science (mestre em ciências)
** do latim: Ph.D. – Philosophiae Doctor (doutor de/em filosofia)
Referência: formas de abreviaturas, i.e. “reduções” pelo Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP)

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interessado ao CRQ a cuja jurisdição pertença, ao qual para este fim,


ficam delegadas as atribuições previstas no art. 8º da R.N. nº 36.

RO 1511/75
(complementa a RN 36/74, para efeito dos Art. 4, 5, 6 e 7)
Ref. necessidade de um critério uniforme na avaliação da competência
dos profissionais da Química para o desempenho das atividades
constantes do Art. 1 da RN 36/74.
Ref. currículos dos diferentes cursos de Química, Química Tecnológica,
Engenharia Química das instituições universitárias brasileiras.
Ref. matérias (disciplinas) com a extensão mínima de créditos.
Obs.: 1 crédito equivale a 15 horas-aula teóricas ou 30 horas-aula práticas.
Ref. denominações “Currículo Mínimo”, “Currículo de Química”, “Currículo
de Química Tecnológica”, “Currículo de Engenharia Química”.

RN 132/92
Também integram a área da Química, conforme aplicável enquanto
atividade relacionada, os profissionais diplomados em Tecnologia
Sanitária ou equivalente, em concordância com o Art. 1 da RN 132/92.

RN 159/97
Art. 1º A fabricação, o controle de qualidade, o manuseio, o
armazenamento, a utilização industrial e o comércio de munições,
pólvora, explosivos e assemelhados, de produtos químicos básicos e
agressivos, bem como de produtos assemelhados tais como fogos de
artificio, artigos pirotécnicos, fósforos de segurança e outros, os quais em
sua produção, controle de qualidade e utilização envolvem reações
químicas controladas e/ou dirigidas, atuais ou potenciais, e/ou
operações unitárias da Tecnologia Química, estão compreendidos na área
de atividade básica da Química nos termos da Lei nº 6.839/80.
Art. 2º O comércio, embalagem, reembalagem, utilização, controle de
qualidade e manuseio de produtos químicos agressivos e produtos

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químicos básicos relacionados no Art. 165 do Decreto nº 55.649/65,


estão igualmente compreendidos na área de atividade básica da Química.
(...)

Art. 4º Os responsáveis técnicos pelas atividades previstas nos Arts. 1º e


2º da presente Resolução Normativa devem ser Profissionais da Química,
(Engenheiro Químico, Engenheiro Industrial modalidade Química,
Química Industrial, Bacharel ou Licenciado em Química com atribuição
Tecnológica, ou Técnico em Química) devidamente habilitados e
registrados em CRQ, conforme determinado no parágrafo único do art.
44 do Decreto nº 55.649/65 na Lei nº 2800/56, e no Decreto-Lei nº
5452/43.

RN 195/2004
Art. 1º São considerados uma atividade da área da Química, os testes de
pressão e outros, com qualquer tipo de material, em tubulações, válvulas,
reatores e vasos de pressão em geral, presentes nas operações unitárias
da área da Química, podendo somente ser executados sob a
responsabilidade de Profissional da Química legalmente habilitado e
registrado em CRQ;
Art. 2º Os profissionais a que se refere o artigo anterior são aqueles com
currículo de natureza em Química Tecnológica e Engenharia Química nos
termos da RN 36/74.
Art. 3º Os contratos de serviços que envolvam as atividades referidas no
artigo 1º desta Resolução devem ser registrados no CRQ da jurisdição a
que pertencem a Empresa e o Profissional da Química responsável pela
atividade.

RN 213/2008
Art. 1º A fabricação, a produção e o controle de qualidade dos produtos
químicos a serem submetidos à irradiação para serem transformados em
radioisótopos são atividades químicas e, como tais, deverão ser

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desenvolvidas por profissionais da Química, nos termos da legislação


vigente.

RN 240/2011
Art. 1º Deverão registrar-se, em CRQs, os profissionais autônomos que
desempenhem as suas funções na área da Química, relacionadas à
Segurança do Trabalho, na avaliação e quantificação dos contaminantes
químicos presentes no ar do ambiente de trabalho, com emissão de
laudos, bem como aqueles que promoverem ou orientarem as atividades
inerentes à Química, destinadas a manter os requisitos mínimos para
proteção dos trabalhadores e do local de trabalho.
Art. 2º Serão exigidos, como títulos obrigatórios, os profissionais da
Química relacionados no Art. 1º da RN 237/2011 e sua retificação de
03/03/2011, do CFQ, ou seja, Químico, Químico Industrial, Engenheiro
Químico, Engenheiro de Segurança do Trabalho e Tecnólogo em
Segurança do Trabalho.
Parágrafo Único Os Engenheiros de Segurança do Trabalho e Tecnólogos
em Segurança do Trabalho, por força da RN nº 198/2004 do Conselho
Federal de Química, para desenvolverem as atividades mencionadas no
Art. 1º supracitado, obrigatoriamente, deverão estar legalmente
habilitados e registrados no Conselho Regional de Química da sua
jurisdição.

RN 224/2009
Art. 1º São de competência dos Profissionais da Química, a execução,
entre outras, das seguintes atividades:
a) a fabricação de insumos com destinação farmacêutica para uso
humano e/ou veterinário, para produtos dietéticos e para cosméticos
com ou sem ação terapêutica;
b) a fabricação de produtos biológicos e químico-oficinais;
c) as análises reclamadas pela clínica médica;
d) a função de Químico bromatologista, biologista e legista;

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e) análises que realizam exames de caráter químico, físico-químico,


químico-biológico, fito-químico, bromatológico, toxicológico, sanitário e
químico-legal.
Nota: observe-se que as descrições nestas alíneas “a” até “e” não são
atribuições privativas ou exclusivas, conf. alíneas do Art. 4 do Decreto
85.877/81.
f) vistoria, perícia, avaliação, arbitramento e serviços técnicos, elaboração
de pareceres, laudos e atestados, no âmbito das respectivas atribuições.

RN 226/2010
Art. 1º Constituem atribuições dos profissionais da Química, a
responsabilidade técnica da produção, nos estabelecimentos que
fabriquem, fracionem ou importem ingredientes destinados à
alimentação animal ou seus aditivos tecnológicos, nutricionais ou
sensoriais destinados a alimentação humana ou animal, e bem assim, a
realização de análises químicas, físico-químicas, microbiológicas, de
aditivos, resíduos e contaminantes eventuais desses produtos.
Art. 2º Constituem também atribuições dos profissionais da Química, as
análises de controle de qualidade, a fabricação e o tratamento em que se
apliquem conhecimentos de Química, “ex vi” do Art. 341 da CLT, de
produtos e serviços como:
a) sal de cozinha, águas naturais (água do mar, rios, córregos, lagos, etc.);
b) águas residuárias industriais, domésticas e cloacais de qualquer
origem;
c) ar ambiente urbano e industrial;
d) águas de hemodiálise e os sais utilizados em sua preparação;
e) alimentos naturais, como o leite, o ovo, frutos, etc.;
f) alimentos produzidos industrialmente;
g) produtos saneantes, inseticidas, raticidas, antissépticos e
desinfetantes;
h) fabricação de produtos dietéticos e alimentares;
i) análises químico-metalúrgicas;

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j) segurança do trabalho, em área de sua especialidade.

RN 245/2012
Considerando a Norma Regulamentadora nº 15 (NR-15) da Portaria
3214/78 do Ministério do Trabalho, cujos Anexos 11, 12 e 13 versam
sobre atividades da área da Química;
Considerando que o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs)
é recomendado na NR–6 do Ministério do Trabalho;
Considerando que o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA)
estatuído na NR–9, envolve aplicação de conhecimentos de Química;
Considerando que a NR–13 estabelece a necessidade de que as caldeiras
e vasos de pressão sejam supervisionados por “Profissional Habilitado”;
Considerando a NR–16 que em seus Anexos 1 e 2 aborda as atividades e
operações perigosas, envolvendo substâncias químicas explosivas e
inflamáveis;
Considerando a NR–25 que prevê a disposição de resíduos industriais
gasosos, líquidos e sólidos;
Considerando que a eliminação dos agentes contaminantes do Ar-
Ambiente, dos cursos d’água e do solo, exigem a aplicação de
conhecimentos de Química, nos termos do Art. 341 da CLT. (...)
Art. 1º São atribuições dos profissionais registrados em CRQs citados na
Resolução Normativa nº 240/11 do CFQ (Químicos, Químico Industrial,
Engenheiro Químico, Engenheiro de Segurança e Tecnólogo de
Segurança do Trabalho), além daquelas explicitadas na referida
Resolução e na Resolução Normativa nº 237/11 do CFQ, as atividades
relacionadas a seguir, relativas à Segurança do Trabalho na área de
Química:
1– Vistoriar, emitir relatórios, pareceres periciais e laudos técnicos, de
áreas insalubres e de periculosidade; indicando as medidas a serem
adotadas, de controle sobre o grau de exposição a agentes químicos,
físicos, biológicos e ergonômicos.

João Pessoa–PB 29
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2– Supervisionar, coordenar e orientar os serviços de Segurança do


Trabalho, referentes à neutralização dos riscos mencionados no item
anterior.
3– Supervisionar as condições de segurança relativas às instalações e
equipamentos, com vistas a prevenir quanto aos riscos químicos e de
evitar ou minimizar a poluição do ambiente de trabalho.
4– Acompanhar os processos da aquisição e expedição de produtos
químicos e de equipamentos, cuja manipulação, armazenamento,
transporte ou funcionamento possam apresentar riscos de poluição ou
contaminação do ambiente de trabalho.
5– Assessorar na elaboração de projetos e reformas de instalações e
equipamentos na área da química, identificando os pontos de riscos, e
indicando os dispositivos de segurança individuais e/ou coletivos,
inclusive quanto a pressões e temperaturas.
6– Elaborar plano de combate a incêndio e de sistema de ventilação em
ambiente de trabalho, na área química da Segurança do Trabalho
conforme NR–23.
7– Elaborar programas e políticas de prevenção na área da Segurança do
Trabalho, estabelecendo diretrizes, com vistas a evitar as doenças
profissionais, e orientando os trabalhadores quanto aos riscos químicos
profissionais e sua prevenção.
8– Executar as Análises químicas de poluentes do Ar-Ambiente do
Trabalho e do tóxico original e seus metabólitos, no trabalhador,
encaminhando os resultados das mesmas, com parecer conclusivo, ao
Médico do Trabalho.

RN 248/2012 (atribuições do Técnico em Segurança do Trabalho)


RN 257/2014 (atribuições dos que laboram na Química de Alimentos)
RN 259/2015 (atribuições dos que laboram na Química do Meio
Ambiente e do Saneamento Ambiental)

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RN 270/2018 (Engenharia Química, Química Industrial e Químico com


Atribuições Tecnológicas*, para processos e operações unitárias de
indústria química envolvidos no sistema de fabricação de gases)
RN 277/2018 (atribuições dos que laboram na Bioquímica, Biotecnologia
e Bioprocesso)
*Nota: entenda-se por “Químico com Atribuições Tecnológicas” os
exemplos: Técnico em Agroindústria, Tecnólogo em Produção
Sucroalcooleira, dentre outros.

• RESOLUÇÕES NORMATIVAS – quanto à responsabilidade técnica

RN 33/73
Art. 1º Todo profissional da Química, ao assinar qualquer documento
que por sua natureza envolva sua responsabilidade profissional, é
obrigado a apor, à sua assinatura, indicação explícita de sua modalidade
profissional, número de sua carteira profissional e sigla do CRQ que a
emitiu.

RN 133/92
(ref. Âmbito da responsabilidade técnica)
(ref. Definição de “Responsável Técnico”)
(ref. Aceitação da indicação de profissional RT e emissão ART, pelo CRQ)
(ref. Limitações da responsabilidade técnica)
(ref. Possibilidade da delegação de atividades, pelo(a) profissional RT)
Art.1º Responsabilidade Técnica no campo da Química envolve o sentido
ético-profissional pela qualidade dos produtos fabricados ou serviços
prestados, de conformidade com normas estabelecidas.
§1º Químico-Responsável ou Responsável Técnico é o profissional da
Química registrado em CRQ, que exerce direção técnica, chefia ou
supervisão de laboratório de controle de qualidade e/ ou controle de
processos, de setores de indústria, da fabricação de produtos e/ ou
serviços químicos, e bem assim de produtos industriais obtidos por meio

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de reações químicas dirigidas (controladas) e operações unitárias de


indústria química.
§2º Sempre que em uma Empresa for constatada a fabricação de
produtos de linhas de produção de naturezas diferente, e/ou de
laboratórios de controle de qualidade diversificados em seus fins, o
Conselho Regional de Química deverá exigir um Responsável Técnico
para cada setor de atividades ou de laboratório, de maneira que a
Responsabilidade Técnica seja factível e efetiva.
§3º A aceitação de indicações de Responsabilidade Técnica, e a
consequente emissão de ART (Anotação Responsabilidade Técnica ou
Função Técnica) pelos CRQs, somente será feita após o cumprimento do
disposto no Art. 2º da RN 12/59*.
* “Os Conselhos Regionais de Química só deverão aceitar indicações de responsabilidade
técnica, depois de examinar cada caso individualmente e de verificar que as funções a
serem exercidas pelo profissional indicado se enquadram dentro das atribuições da
categoria a que o mesmo pertença”. (redação do Art. 2º da RN 12/59)

Art. 3º Os CRQs deverão considerar que a Responsabilidade Técnica é


limitada pela possibilidade de exercê-la, seja em razão da distância entre
as fábricas ou postos de trabalho, seja pelo tempo disponível de
profissional, particularmente quando se tratar de responsabilidade por
mais de uma Empresa ou serviço.
§1º — A execução de tarefas ligadas à Responsabilidade Técnica pode ser
delegada a outro profissional da Química, desde que o mesmo esteja
legalmente habilitado para executá-las.
§2º — A delegação a que se refere o parágrafo anterior não isenta o
Responsável Técnico das obrigações inerentes à responsabilidade
assumida.
§3º — A Responsabilidade Técnica é atribuição do profissional da
Química e não de Pessoa Jurídica, sendo defeso a esta, assumir como
Responsável Técnico.

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RN 252/2013
Art. 1º A Ficha de Informações de Segurança de Produtos Químicos
(FISPQ), Ficha com Dados de Segurança de Resíduos Químicos (FDSR) e
Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP) deverão ser avaliados e
emitidos por profissionais da Química registrados em CRQs.
Parágrafo único. No formulário Perfil Profissiográfico Previdenciário
campo II – Seção de Registros ambientais itens 15 a 16.4 deverão ser
preenchidos por Profissionais da Química registrados em CRQs.

RN 254/2013
(ref. Definições de termos importantes) (ref. Atribuições)
(ref. Âmbito de atuação quanto às atribuições)
Art. 1° Para efeito desta Resolução são adotadas as seguintes definições:
I – Operações Unitárias (ler descrição na própria RN)
II – Matéria-Prima da Área da Química (ler descrição na própria RN)
III – Insumo da Área da Química (ler descrição na própria RN)
IV – Produto Químico (ler descrição na própria RN)
V – Produtos Industriais da Área da Química (ler descrição na própria RN)
VI – Responsabilidade Técnica na Área da Química (ler na própria RN)
VII - Químico-Responsável ou Responsável Técnico (ler na própria RN)
VIII – Correlatos (ler descrição na própria RN)
Art. 2° Constituem atribuições privativas dos profissionais da Química,
a responsabilidade técnica de firmas individuais de profissionais e as
demais firmas, coletivas ou não ou de entidades que têm como atividades
a área da Química:
a) prestação de serviços, produção, fabricação, comercialização,
distribuição, fornecimento, transporte de produtos químicos, produtos
industriais, insumos e correlatos para qualquer finalidade;
b) assessoramento técnico na produção, industrialização,
comercialização, distribuição ou fornecimento dos produtos e insumos
supramencionados;

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c) análise química e físico-química, químico-biológica, fitoquímica,


bromatológica, químico-toxicológica, sanitária e legal, padronização e
controle de qualidade;
Nota: termos destacados são repetidos conf. item 07 da RN 36; todo o
descrito nesta alínea “c” está também citado conf. alínea “a” do Art. 4 do
Decreto 85.877/81.
d) produção e tratamento prévio e complementar de produtos químicos,
produtos industriais, insumos da área da Química e de resíduos
resultantes destas atividades;
e) tratamento, em que se empreguem reações químicas controladas e
operações unitárias, de águas para fins potáveis, industriais ou para
piscinas públicas e coletivas, esgoto sanitário e de rejeitos urbanos e
industriais;
f) mistura, ou adição recíproca, acondicionamento, fracionamento,
embalagem e reembalagem dos produtos químicos e industriais, insumos
e seus derivados, cuja manipulação requeira conhecimentos de Química;
Nota: esta alínea complementa, com os trechos destacados, a alínea “d”,
inciso IV, Art. 2 do Decreto 85.877/81.
g) estocagem de produtos tóxicos, corrosivos, inflamáveis ou explosivos;
Nota: esta alínea omite o termo “comercialização” e o trecho “ressalvados
os casos de venda a varejo” presentes na alínea “e” do inciso IV, Art. 2 do
Decreto 85.877/81.
h) fabricação, fracionamento ou importação de ingredientes destinados à
alimentação ou seus aditivos tecnológicos, nutricionais ou sensoriais
destinados a alimentação humana ou animal, e bem assim, a realização
de análises químicas, físico-químicas, microbiológicas, de aditivos,
resíduos e contaminantes eventuais desses produtos.
Art. 3° Compete aos profissionais de Química, a responsabilidade técnica
do exercício das atividades mencionadas no art. 2°, quando referentes a:
a) órgãos ou laboratórios de análises clínicas ou de saúde pública ou a
seus departamentos especializados, no âmbito de suas atribuições;

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b) estabelecimentos industriais em que se fabriquem insumos com


destinação farmacêutica para uso humano e veterinário, insumos para
produtos dietéticos e para cosméticos, com ou sem ação terapêutica;
c) firmas e entidades públicas ou privadas que atuem nas áreas de
Química e de tecnologia agrícola ou agropecuária, de Mineração e de
Metalurgia;
d) controle de qualidade de águas potáveis, de águas de piscina, praias e
balneários;
e) exame e controle da poluição em geral e da segurança ambiental,
quando causadas por agentes químicos e biológicos;
f) estabelecimentos industriais em que se fabriquem produtos cosméticos
com ou sem ação terapêutica, produtos de uso veterinário sem indicação
terapêutica, produtos saneantes, inseticidas, raticidas, antissépticos e
desinfetantes;
g) estabelecimentos industriais que fabriquem produtos dietéticos e
alimentares;
h) segurança do trabalho em estabelecimentos públicos ou particulares;
i) laboratórios de análises químicas de estabelecimentos metalúrgicos.

RN 263/2015
Art. 2º Para avaliar se os Técnicos de Nível Médio da área da Química
dentro da sua respectiva competência e especialização podem assumir a
responsabilidade técnica de empresas, conforme determina o art. 20, §
2º, alínea c da Lei nº 2.800/56, devem ser considerados os seguintes
critérios para definir “fábrica de pequena capacidade” ou “empresa de
pequeno porte”:
a) complexidade e periculosidade do processo químico;
b) receita bruta do ano-calendário;
c) número de empregados e grau de automatização;
d) potência instalada.

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• RESOLUÇÕES NORMATIVAS – quanto às atividades econômicas


(industriais, comerciais, de produtos, de serviços, e outros) para
atuação do profissional da Química

Os profissionais da área da Química poderão atuar em empresas cujas


descrições de Nome Empresarial e Título do Estabelecimento (Nome de
Fantasia) podem partir de nomes de pessoas físicas ou não, com
atividades econômicas industriais, comerciais, de produtos, serviços, e
outros, desde que tais atividades se utilizem de operações unitárias,
processamento, reações químicas controladas/dirigidas, análises físicas
e/ou físico-químicas, laboratórios, manipulações, tratamentos, assim
como métodos e técnicas, cujos conhecimentos utilizados sejam da área
da Química.
Para isso, segue-se uma lista de RNs e seus respectivos resumos de
conteúdo, nas quais estão descritas diversas atividades econômicas
relacionadas à área da Química, sendo de grande importância que o
profissional químico tenha conhecimento:
RN 3/57
(tipos de indústrias/fábricas);
RN 23/69
(deps. químicos de indústrias ou empresas comerciais);
RN 74/84
(firmas, sociedades, associações, companhias, e suas filiais, entidades
públicas ou particulares, inclusive de lazer, ensino, esportivas, clubes,
condomínios, hotéis e similares – ler Art. 4 na íntegra);
RN 95/86
(fabricação de produtos para utilização como matérias-primas em
indústria de processamento químico, cujas características devam ter
especificações técnicas de natureza química);
RN 105/87
(tipos de empresas com atividades básicas na área química);

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RN 122/90
(tipos de empresas com atividades básicas na área química);
RN 159/97
(fabricação, controle qualidade, manuseio, armazenamento, utilização
industrial e o comércio de munições, pólvora, explosivos e assemelhados,
produtos químicos básicos e agressivos, e assemelhados tais como fogos
de artifício, artigos pirotécnicos, fósforos de segurança e outros:
empresas, filiais, departamentos autônomos ou entidades);
RN 195/2004
(testes de pressão e outros, com qualquer tipo de material, em
tubulações, válvulas, reatores e vasos de pressão em geral, presentes nas
operações unitárias da área da Química);
RN 213/2008
(fabricação, a produção e o controle de qualidade dos produtos químicos
a serem submetidos à irradiação para serem transformados em
radioisótopos);
RN 217/2008
(controle de qualidade de combustíveis e lubrificantes automotivos ou
empresas que os distribuam e/ou comercializem);
RN 237/2011
(vistoria, execução de serviços e a emissão de Certificado de
Desgaseificação em tanques de embarcações e outros espaços sujeitos a
concentrações de gases, vapores ou condições perigosas, durante a
construção, alteração, inspeção, reparo ou desmontagem);
RN 249/2013
(laboratórios que realizam ensaios físico-químicos de biodiesel)
“Art. 1. Fazem fé pública, os laudos analíticos, os certificados de análises
químicas, pareceres, atestados, laudos de perícia e projetos relativos a
área da Química, assinados por profissionais da Química, legalmente
habilitados e registrados nos Conselhos de Química”;
RN 254/2013
(já citado anteriormente: ver a partir da pág. 31);

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Ref. a Águas, e Resíduos/Efluentes


RN 114/89
(órgãos públicos e entidades privadas conf. as operações de: Estação de
Potabilização da Água, Estação de Tratamento de Água para Piscina,
Estação Recuperadora de Qualidade da Água (Tratamento de Esgotos),
Postos de Cloração de Água Potável, Estação ou Setor de Processamento
de Lodos, Estação de Tratamento de Lixo, Estação de Tratamento de
Águas Residuárias);
Nota: observem-se palavras-chave (não ref. à RN): resíduos sólidos
urbanos – RSU (ref. lixo em geral), resíduos sólidos de serviços de saúde –
RSS, resíduos sólidos industriais – RSI, efluentes, despejos, rejeitos; são
largamente conhecidas as siglas ETA e ETE ref. a estações de tratamento
de águas e efluentes, respectivamente)
RN 130/92
(entidades de direito público e empresas que prestem serviços de limpeza
e desinfecção de reservatórios de águas potáveis e industriais, bem como
serviços de captação, recuperação e manutenção de poços, cacimbas,
fontes, surgências, etc. e limpeza e desinfecção de redes de água);
RN 144/94
(empresas de apoio aeronáutico responsáveis pelo abastecimento de água
de aeronaves, empresas de transporte aéreo, e empresa administradora
de aeroportos);
RN 164/2000
(associações, clubes desportivos, sindicatos e departamentos esportivos
do Poder Público, ou outras entidades similares, que executam
tratamento e/ou controle químico ou físico-químico das águas de suas
piscinas e as oferecem como piscinas de uso coletivo a seus filiados ou a
não associados: os registros são como “Departamentos Químicos” dessas
entidades).

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• ORIENTAÇÕES SOBRE O ÂMBITO DE ATUAÇÃO

1) Atividade: ênfase industrial

► Um produto químico fabricado em uma indústria a partir de reações


químicas e/ou operações unitárias, em seu(s) setor(es) de operação da
produção, deve ser acompanhado com os conhecimentos de profissionais
responsáveis técnicos da área da Química, para o tratamento e/ou
controle da qualidade.
Nota: produto químico – pode ser designado como uma substância/um
material orgânico e/ou inorgânico, podendo conter aditivos orgânicos e/ou
inorgânicos, fabricado conf. processo industrial/método, e com
especificações, que devem estar obrigatoriamente sob a supervisão de um
responsável técnico devidamente habilitado perante o CRQ, portanto um
profissional da Química.
São exemplos: produtos de limpeza (desinfetantes, água sanitária, soda
cáustica, etc.); cosméticos; tintas, adesivos e vernizes; embalagens
plásticas flexíveis, artigos plásticos de uso doméstico (bacias, cadeiras,
etc.), resinas; cervejas, aguardentes, refrigerantes, bebidas mistas, sucos;
bebidas lácteas, iogurte, gelados comestíveis (açaí, sorvetes, etc.); pós e
massas alimentícias (salgadinhos, etc.); combustíveis e lubrificantes;
artigos têxteis (malhas, panos, flanelas, etc.); artigos de couro; calçados
(tênis, sandálias, etc.); cimento, cerâmicas; dentre outros.
► Quando uma empresa possuir mais de uma linha de produtos e/ou
for de médio, grande porte, em cada caso e em razão de critérios
específicos o CRQ avaliará os setores de produção no sentido de
comunicar a necessidade de mais de um profissional químico para
assumir as Responsabilidades Técnicas (ler a Resolução Ordinária N°1,
de 19/11/2020, do CRQ XIX) por cada linha (exemplos – principais
áreas/setores de uma empresa: produção, meio ambiente/estação de
tratamento de efluentes - ETE, laboratório; principais linhas de produtos:
sucos e bebidas mistas, doces, iogurtes).

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► A empresa deverá indicar a quantidade necessária de profissionais da


química, como responsáveis técnicos, estando de acordo com o Art. 27
da Lei 2.800/56, e com base na Resolução Ordinária N°1, de 19/11/2020,
do CRQ XIX.

Orientações para o RT em relação ao Produto (industrial, comercial,


importação)
→ Elaborar documentos e/ou preencher formulários para
registro/alteração/atualização do produto, quanto a processos
regulatórios de órgãos de fiscalização (ex.: MAPA, ANVISA (AGEVISA,
Vigilância Sanitária Municipal), IBAMA (SUDEMA, Secretaria do Meio
Ambiente Municipal), etc.);
→ Liberar um produto para comercialização e/ou distribuição somente
quando regularizado perante a legislação, após certificar-se, a partir do
controle de qualidade, que atenda aos melhores padrões possíveis de
qualidade, de preferência por certificações nacionais e/ou internacionais
(ex.: ISO 9001, ISO 14001, etc.);
→ Garantir que os rótulos dos produtos contenham dados técnicos
suficientes (e/ou complementares conforme o caso) para o cliente, quanto
a: uso, manuseio, segurança, armazenamento, atendendo a legislação;
deverão conter a identificação do RT, seu número de registro profissional
da área da Química e o CRQ da jurisdição;
→ Zelar por informações verídicas e objetivas, sempre em respeito à
legislação do Código de Defesa do Consumidor (ver CAPÍTULO IV –
SEÇÃO I – Art. 8, CAPÍTULO V – SEÇÃO II – Art. 31, da Lei 8078/90);
→ Analisar matérias-primas e os produtos finais acabados, mantendo
registros técnicos e/ou científicos, de análises e de processos, em
consonância com a divulgação (marketing) do produto.

Orientações para o RT em relação à Produção, Laboratório, Serviços


→ Observar a infraestrutura da empresa, incluindo laboratório(s) quando
houver, agindo pela manutenção e indicando melhorias das instalações

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e dos maquinários/equipamentos/aparelhos/ferramentas e utensílios às


necessidades técnicas do produto (ou método de análise/serviço) e às
exigências dos órgãos de fiscalização conf. legislação;
→ Zelar pelos parâmetros de trabalho/processamento/reações químicas
em todas as operações unitárias e etapas do processo (ou método de
análise/serviço), ajustando e melhorando as especificações do produto
(ou serviço); ao mesmo tempo zelando pela higiene e segurança das
operações e dos colaboradores envolvidos, disponibilizando
equipamentos de proteção individual – EPIs sempre quando necessário;
→ Zelar pelos procedimentos operacionais padronizados – POPs, os quais
são essenciais para as etapas e os processos/métodos de
análise/serviços como um todo, estando diretamente relacionados à
qualidade do produto acabado (ou método de análise/serviço); neste
sentido é importante promover treinamentos sobre segurança, processos,
limpeza e higiene, boas práticas de fabricação/trabalho em geral aos
operadores/colaboradores, buscando o bem-estar na produtividade, e a
conscientização para a melhoria contínua da qualidade do produto;
→ Agir de forma ética, auxiliando outros setores ligados à área técnica
química, no desenvolvimento e divulgação do produto/serviço, e
buscando sempre agregar o conhecimento químico à qualidade
observada pelo consumidor;
→ Investigar e identificar as causas ou indícios de falhas, equívocos,
alterações em etapas do(s) processo(s)/serviço(s) e nas
características/especificações do(s) produto(s)/serviço(s), a fim de decidir
pela ação corretiva ou preventiva quanto a desvios da qualidade do
produto/serviço;
→ Garantir a confiabilidade da metodologia analítica e dos resultados das
análises/serviços;
→ Zelar pelo critério no armazenamento e na manipulação dos produtos
e reagentes químicos, verificando a compatibilidade química e segurança
das instalações com vistas à proteção dos colaboradores; e zelando para
que após o uso tais produtos e reagentes químicos sejam submetidos a

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tratamento e destinação final (ver definição: Art. 3°, inciso VII, da Lei
12.305/2010, Política Nacional de Resíduos Sólidos – PNRS) conf. a
legislação ambiental;
→ Manter dados técnicos e/ou científicos referentes às análises e aos
ensaios, em consonância com a divulgação (marketing) do
produto/serviço.

Orientações para o RT em relação ao Meio Ambiente


→ Ponderar as condições das instalações, maquinários, aparelhos, de
modo a zelar pela sustentabilidade do meio ambiente (verificando o
impacto dos ruídos, das emissões gasosas, dos efluentes, etc.); avaliando
e reanalisando parâmetros de processamento/método; inclusive
propondo treinamentos individuais ou em conjunto com os treinamentos
referentes ao setor produtivo e/ou laboratorial; quanto aos treinamentos
é importante observar os Arts. 4° e 5° da Lei 9795/99 (Política Nacional
de Educação Ambiental – PNEA);
→ Investigar e identificar as causas ou indícios de falhas, equívocos,
alterações em etapas do processo/método que interfiram negativamente
no controle (ou sistema de controle) de emissão de poluentes,
desregulando-o; a partir disto agir para a decisão pela ação corretiva ou
preventiva quanto a desvios;
→ Caracterizar e classificar os resíduos sólidos, líquidos, gasosos gerados
ao longo do processo/método, e orientar quanto aos tratamentos e
disposições finais conf. legislações (consultar normativas: órgãos
CONAMA, IBAMA, SUDEMA, Secretaria do Meio Ambiente Municipal);
observar a importância da “ordem de prioridade: não geração, redução,
reutilização, reciclagem, tratamento dos resíduos sólidos e disposição
final (ver definição: Art. 3°, inciso VIII, da Lei 12.305/2010 – PNRS)
ambientalmente adequada dos rejeitos” (Art. 9° da Lei 12.305/2010 –
PNRS);
→ Zelar e orientar pelo controle do tratamento, do transporte e da
destinação final dos resíduos gerados na empresa, com atenção à devida

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identificação/rotulagem informando sobre a natureza, a origem, a


periculosidade/toxicidade à saúde e o impacto ao meio ambiente;
→ Zelar pelos parâmetros de trabalho (processo/método/serviço),
ajustando e melhorando as especificações; ao mesmo tempo zelando pela
higiene e segurança no trabalho e para os colaboradores envolvidos,
disponibilizando equipamentos de proteção individual – EPIs sempre
quando necessário;
→ Zelar pelos procedimentos operacionais padronizados – POPs, os quais
são essenciais para o trabalho como um todo, estando diretamente
relacionados à qualidade; neste sentido é importante promover
treinamentos sobre manutenção dos equipamentos, segurança, limpeza
e higiene, boas práticas no trabalho em geral aos
operadores/colaboradores, buscando o bem-estar no cuidado com o meio
ambiente, e a conscientização para a preservação contínua do meio
ambiente, respeitando as leis e normas ambientais.

Orientações para o RT em relação a Operações auxiliares


→ Garantir pelo suprimento de água, vapor, ar comprimido, vácuo,
sistemas de aquecimento, de refrigeração, em todo(s) o(s) setor(es)
ligado(s) à área técnico-química;
→ Garantir pelo suprimento de águas industriais, água potável, água de
processo, entre outras, conf. parâmetros de qualidade exigidos a que se
destinam.
→ Orientar e/ou atuar na instalação, manutenção e controle de sistemas
de águas industriais e potáveis, ar comprimido, vácuo, vapor,
aquecimento, refrigeração, entre outros.
→ Garantir pela execução adequada das atividades de assistência
técnica, considerando sempre o Código de Ética do Profissional da
Química (RO 927/70).

Orientações para o RT em relação ao Armazenamento/Estocagem

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Ref. aos produtos industriais, com destaque para os classificados como:


tóxicos, corrosivos, inflamáveis e/ou explosivos, mesmo que tais
produtos não tenham sido industrializados no local ou que sejam
mantidos na embalagem original (para distribuição).
→ Zelar pelas condições, semelhantes para esta atividade de
armazenamento/estocagem, já citadas anteriormente na seção
“Orientações para o RT em relação à Produção, Laboratório, Serviços”,
para que permitam a manutenção das características/especificações do
produto, também de modo a não ocorrer degradação considerável em
tempo reduzido ou em tempo estendido.

Orientações para o RT em relação à FISPQ


A elaboração da Ficha de Informações de Segurança de Produtos
Químicos (FISPQ) deverá ser feita sob a Responsabilidade Técnica de
Profissional da Química, de acordo com a ABNT NBR 14.725, ou a norma
mais atualizada, de preferência sendo complementada conf. o Sistema
Globalmente Harmonizado de Classificação e Rotulagem de Produtos
Químicos – GHS (conhecido como “Purple Book”, publicado pela ONU –
Organização das Nações Unidas).

2) Atividade: ênfase comercial

Orientações para o RT em relação à Embalagem/reembalagem


► Nestas atividades a Responsabilidade Técnica deve abranger todas as
operações envolvidas: embalagem de produto de uso industrial, logística
no manuseio interno e quanto às orientações no manuseio externo à
empresa, etc., devendo zelar pelo controle das características
químicas/físico-químicas, atendendo a legislação, mantendo os padrões
de classificação, rotulagem, segurança e qualidade do produto.
→ Zelar pelas condições, semelhantes para esta atividade de
embalagem/reembalagem, já citadas anteriormente na seção
“Orientações para o RT em relação à Produção, Laboratório, Serviços”

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(do item 1), para que permitam a manutenção das


características/especificações do produto, também de modo a não
ocorrer degradação considerável em tempo reduzido ou em tempo
estendido.

Orientações para o RT em relação à Rotulagem


► É necessária a indicação de RT mesmo que a empresa não realize as
atividades de fabricação, embalagem ou reembalagem de um produto da
área da Química, mas o identifique com rotulagem própria;
Nota: considere-se que mesmo quando uma empresa mantém ou não um
estoque de produtos químicos, mas os comercializa com rótulo próprio, é
claro o entendimento de que esta empresa assume a condição do
fornecimento de informações, seja por divulgação, seja por ordem de
segurança no transporte/recomendações sobre riscos de acidentes, por
solicitação do próprio cliente/consumidor (agente receptor), uma vez que
tudo isto é inerente à atividade; sobre o que, conforme destacado da RN
23/69, no item e se observa: “Fornecimento de qualquer orientação
técnica ao consumidor, no tocante ao uso ou à manipulação de produtos
do tipo dos referidos no item a”, os quais são: “produtos químicos e de seus
derivados industriais, como lubrificantes, tintas, inseticidas e todos os
outros produtos industriais, cuja manipulação requer conhecimentos de
Química” (item a).
→ Garantir que o produto seja disponibilizado ao mercado conf. padrões
de identidade, qualidade e segurança;
→ Zelar pelas condições, semelhantes para esta atividade de rotulagem,
os três penúltimos tópicos já citados anteriormente na seção “Orientações
para o RT em relação ao Produto (industrial, comercial, importação)”
(do item 1).

Orientações para o RT em relação à Estocagem


→ Zelar pelas condições de estocagem quanto à manutenção das
especificações: identidade, qualidade e segurança do produto.

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→ Zelar pelas condições, semelhantes para esta atividade de estocagem,


já citadas anteriormente na seção “Orientações para o RT em relação à
Produção, Laboratório, Serviços” (do item 1), para que permitam a
manutenção das características/especificações do produto, também de
modo a não ocorrer degradação considerável em tempo reduzido ou em
tempo estendido.

3) Atividade: ênfase na prestação de serviços

► Quando a prestação de serviços ocorrer em mais de um local, ao


mesmo tempo (ex. de segmentos: controle de pragas/imunização,
tratamento de águas de piscinas), em cada caso e em razão de critérios
específicos o CRQ avaliará as informações envolvidas no(s) serviço(s), no
sentido de comunicar a necessidade de mais de um profissional químico
para assumir as Responsabilidades Técnicas (ler a Resolução Ordinária
N°1, de 19/11/2020, do CRQ XIX).
► A empresa deverá indicar a quantidade necessária de profissionais da
química, como responsáveis técnicos, estando de acordo com o Art. 27
da Lei 2.800/56, e com base na Resolução Ordinária N°1, de 19/11/2020,
do CRQ XIX.

Orientações para o RT em relação a Laboratório de instituição de


ensino
→ Zelar pelas condições, semelhantes para esta atividade, já citadas
anteriormente na seção “Orientações para o RT em relação à Produção,
Laboratório, Serviços” (do item 1).

Orientações para o RT em relação ao Meio Ambiente


► Ressalta-se que também para os serviços referentes ao meio ambiente
cujos conhecimentos na área da Química sejam necessários, os mesmos
devem ser executados por um Responsável Técnico devidamente

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habilitado perante o CRQ da jurisdição do local da realização do(s)


serviço(s).
→ Promover análise de riscos (identificação, gerenciamento e
comunicação de riscos) ao meio ambiente e à saúde pública, indicando
quando couber: métodos de remediação, recuperação e preservação,
sistemas de tratamento de águas (potável, industrial, piscinas, etc.),
efluentes, esgotos sanitários e resíduos em geral; caracterizando e
classificando águas, resíduos/efluentes, conduzindo e orientando quanto
a medidas de controle e proteção ambiental sobre os impactos gerados
pelas atividades da empresa, objetivando um serviço com menor impacto
possível (conceito de “produção mais limpa”), atendendo à legislação
ambiental;
→ Garantir a utilização de produtos e insumos químicos aprovados pela
legislação;
→ Zelar pelas condições, semelhantes para esta atividade, já citadas
anteriormente na seção “Orientações para o RT em relação ao Meio
Ambiente” (do item 1).

Orientações para o RT em relação ao Tratamento de águas; Tratamento


de esgotos sanitários, resíduos sólidos urbanos – RSU, de serviços
de saúde – RSS, e industriais – RSI, e rejeitos
→ O tratamento de águas para uso industrial, a operação do sistema de
tratamento para abastecimento público, o serviço de tratamento de águas
de piscinas, o envasamento para consumo humano, devem ser realizados
conf. um criterioso controle de qualidade, para certificar-se de que seja
atendida a legislação, zelando pela saúde pública e a preservação do meio
ambiente;
→ O tratamento de esgotos sanitários, de efluentes industriais, RSU,
RSS, RSI, e rejeitos, devem ser realizados sob o mesmo critério do tópico
anterior; de todo modo, em ambos aspectos o profissional da química
deverá conduzir e orientar tanto as análises quanto, principalmente, o
tratamento em si; ainda, participará dos processos regulatórios, quanto

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a registros, alterações e atualizações de documentos referentes ao


serviço, atendendo a legislação.

Orientações para o RT em relação ao Tratamento e destinação de


resíduos
→ As atividades de classificação, rotulagem, gerenciamento,
armazenamento/estocagem dos resíduos deverão ser realizados
considerando os possíveis impactos ao meio ambiente e à saúde pública,
verificando-se sempre a legislação específica;
→ As atividades de condução e acompanhamento referentes à
documentação quanto à destinação dos resíduos deverão respeitar a
legislação, sempre se utilizando de formulários, recibos, etc., contendo
informações para o devido controle sobre o transporte e possíveis riscos
de acidentes (ex.: nota fiscal de remessa, manifesto de transporte de
resíduos perigosos, ficha de emergência, FISPQ, envelope para a ficha de
emergência, FISPQ; resguardando as responsabilidades do gerador,
transportador,
→ Ressalta-se a importância de que o profissional da química observe os
conceitos de gestão integrada, logística reversa e padrões sustentáveis,
de acordo com o Art. 3, incisos XI, XII e XIII, da Lei 12.305/2010 (PNRS).

Orientações para o RT em relação à Avaliação, Investigação e


Remediação de áreas contaminadas
→ São atividades do RT da área da Química: elaboração de procedimentos
de Auditoria Ambiental; investigação, identificação e quantificação de
riscos para a saúde pública, para o meio ambiente, para as instalações,
etc.; elaboração e execução de métodos/técnicas de remediação;
→ Ainda, o gerenciamento e a elaboração de projetos de remediação,
objetivando sempre reduzir ou eliminar a contaminação, em consonância
com a legislação ambiental.

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Orientações para o RT em relação ao Controle de Pragas (ou


imunização, desinsetização*)/Serviços de Limpeza e Conservação
→ Zelar pela ponderação das condições, semelhantes para esta atividade,
já citadas anteriormente: primeiro tópico na seção “Orientações para o RT
em relação ao Meio Ambiente” (do item 1);
→ Zelar e orientar pelo controle do manuseio, do transporte e da
destinação final dos resíduos gerados na empresa, com atenção à devida
identificação/rotulagem informando sobre a natureza, a origem, a
periculosidade/toxicidade à saúde e o impacto ao meio ambiente;
→ Zelar pelos parâmetros de operação no serviço: manipulação,
armazenamento/estocagem dos produtos químicos; destinação final dos
resíduos químicos; ao mesmo tempo zelando pela higiene e segurança no
trabalho e para os colaboradores envolvidos, disponibilizando os devidos
equipamentos de proteção individual – EPIs;
→ Acompanhar a elaboração de informações técnicas que estarão
disponíveis a clientes sobre a divulgação (marketing) do serviço.

Orientações para o RT em relação a Consultorias


► É obrigatório também o registro de empresa prestadora de serviços de
consultoria da área da Química no CRQ de sua jurisdição, assim como a
indicação de Responsável(is) Técnico(s) pela atividade, o(s) qual(is)
deverá(ão) ser profissional(is) de nível superior na área da Química, com
formação e/ou complementação afim à natureza da atividade, e estar(em)
devidamente registrado(s) no CRQ.
→ É preciso considerar que a prestação de tais serviços deverão estar
conforme o contrato firmado entre as partes, e em consonância com a
legislação e normas técnicas aplicáveis.

Orientações para o RT em relação a Projetos


► É obrigatório também o registro de empresa cujos serviços são os de
projetos de equipamentos, implantações, instalações industriais da área
*O uso do pesticida Dicloro-Difenil-Tricloroetano (DDT) foi proibido por volta dos anos 1970, em virtude de seu
efeito nocivo e acumulativo no organismo, por isso o termo “dedetização” é ultrapassado e foi/deve ser abolido.

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da Química no CRQ de sua jurisdição, assim como a indicação de


Responsável(is) Técnico(s) pela atividade, o(s) qual(is) deverá(ão) ser
profissional(is) com formação em Curso de Engenharia da área da
Química e estar devidamente registrado no CRQ.
→ É preciso considerar que os estudos de viabilidade técnica e técnico-
econômica, a elaboração do projeto em si e o acompanhamento das
operações deverão estar previstos em contrato.

Orientações para o RT em relação ao: Armazenamento/Estocagem/Lo-


gística
→ Zelar pelas condições, semelhantes para esta atividade de
armazenamento/estocagem/logística, já citadas anteriormente na seção
“Orientações para o RT em relação à Produção, Laboratório, Serviços”
(do item 1).

Orientações para o RT em relação ao Transporte de produtos perigosos


→ Zelar pelas condições, semelhantes para esta atividade de transporte,
já citadas anteriormente: primeiro tópico na seção “Orientações para o RT
em relação à Produção, Laboratório, Serviços” (do item 1) quanto ao
tipo de transporte específico;
→ Zelar pela orientação sobre as condições de transporte do
produto/substância química e sobre a compatibilidade química para
diferentes produtos em um mesmo veículo, ou em um mesmo
espaço/pátio da empresa; verificar a classificação e a rotulagem, sempre
atendendo a legislação específica;
→ Verificar: o processo de limpeza dos tanques e carrocerias dos
transportes de produtos, quanto ao risco de contaminação (e quanto a
possíveis interações/reações indesejadas) de outros produtos que serão
transportados na sequência; o processo quanto ao tratamento e
destinação dos resíduos decorrentes dessa limpeza;
→ Elaborar as Fichas de Emergência e FISPQs necessárias, buscando as
informações mais adequadas e atualizadas possíveis quanto a:

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formato/dimensões, tipo e gravidade das descrições, recomendações e


alertas de manuseio, transporte, tratamento e destinação (cada qual que
couber), sobre os riscos de acidentes e sobre a conduta das pessoas que
estiverem em contato com tais produtos perigosos; seguir normas
técnicas e atendendo a legislação específica;
→ Preparar-se a partir do estudo, revisar o conhecimento, atualizar-se
sobre a técnica no transporte de produtos perigosos, para ser hábil no
atendimento das ocorrências de acidentes consequentes do transporte de
produtos químicos.

Orientações para o RT em relação à Terceirização de atividades


► Mesmo quando uma determinada quantidade (parcial) das atividades
químicas de uma empresa seja terceirizada, outra empresa a ser
contratada deverá manter Responsável Técnico da área química, tanto
quanto a que solicitou a terceirização.
Nota: ressalta-se que a empresa qual solicita a terceirização, enquanto
nesta ainda houver qualquer tipo de atividade química, deve manter
Responsável Técnico da área química.
► É importante que os limites para a atuação do Responsável Técnico da
Química relacionados ao prestador de serviços e à empresa contratante
estejam definidos em contrato.

• ORIENTAÇÕES ADICIONAIS SOBRE OS DEVERES

É notória a relação mútua de benefícios entre o Responsável


Técnico da área da Química e a empresa para a qual trabalha, gerando
as importâncias de: qualidade, segurança, prestígio, valorização dos
produtos e/ou serviços prestados à sociedade, ressaltado o cuidado na
preservação do meio ambiente.
Nesse ínterim, seguem-se orientações adicionais aos profissionais
RTs da Química:

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a) Ler e estar atualizado quanto à legislação da atividade química quando


for assumir a RT, além de avaliar criteriosamente sua condição para
atuar na função; e após assumir a RT, ler e atualizar-se sobre as políticas
e missão da empresa em questão, buscando aprimorá-los com as práticas
dos conhecimentos da química e para a sustentabilidade ambiental;
b) Entender que o não cumprimento de sua função, sob os aspectos ético
e profissional, poderá resultar em processo administrativo perante CRQ;
c) Entender que sua responsabilidade técnica existe além do horário
(indicado na Anotação de Responsabilidade Técnica – ART) de sua
permanência na empresa, ou seja, existe durante 24 horas, 7 dias da
semana, 365 dias do ano; portanto o RT está sujeito a responder por
possíveis acidentes diretos ou indiretos ligados à sua função, nos âmbitos
administrativo, civil e/ou criminal;
d) Reunir toda informação, observação, orientação, recomendação
realizada a partir de seu conhecimento técnico, quais sejam úteis como
documentação comprobatória de sua responsabilidade como RT (para o
caso de possíveis ocorrências que possam gerar processos
administrativos junto ao CFQ/CRQ e/ou processos de natureza judicial);
e) Informar ao CRQ de sua jurisdição: nomes de funcionários que
exerçam atividades químicas na empresa em que trabalha;
f) Colaborar para que outros profissionais da Química estejam
devidamente registrados no CRQ de sua jurisdição, para que possam
atuar devidamente em atividades da área da Química;
g) Colaborar junto à empresa para que seja providenciada regularização
de profissionais que exerçam funções da Química, quando identificadas
situações irregulares pelas ações de fiscalização do CRQ;
h) Colaborar com as ações de fiscalização do CRQ de sua jurisdição:
fornecer informações e documentos solicitados em vistorias; indicar um
Profissional da Química, quando estiver ausente por motivo de força
maior, para que tal Profissional acompanhe a vistoria realizada pelo
Agente Fiscal;

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i) Colaborar com as ações de fiscalização do CRQ de sua jurisdição:


informar sobre processos administrativos e/ou judiciais contra a
empresa e também, nestes ou em outros casos, quando houver relação
com outros Conselhos Profissionais ou Órgãos Públicos nos quais haja
dúvidas sobre sua atuação e responsabilidade técnica;
j) Comunicar ao CRQ sempre que se ausentar da empresa, durante curto
ou longo período: por motivo de viagem, férias, enfermidade, etc.;
k) Neste caso (item) anterior: o RT precisa orientar empresa a indicar outro
Profissional da Química, devidamente habilitado, como RT provisório,
respeitando as normas estabelecidas para indicação de RT titular.

• ORIENTAÇÕES SOBRE BAIXA DE ART


(ART: Anotação de Responsabilidade Técnica)

A) Preferencialmente, o profissional Responsável Técnico (RT) quem


deverá proceder com a solicitação de Baixa de ART, junto ao CRQ.
B) A empresa também poderá proceder com a solicitação de Baixa de RT
(ao passo que o próprio RT estará acompanhando esta ação, junto ao
CRQ, para ressalvar/resguardar sua responsabilidade técnica).
Nota: relaciona-se diretamente com o Art. 350 do Decreto-Lei 5452/43.

• ORIENTAÇÕES SOBRE ANUIDADE PROFISSIONAL

É responsabilidade do profissional garantir a realização do pagamento de


sua anuidade no ano corrente, sobre a qual estão previstos descontos ou
não, dependendo do período do ano:
▪ desconto de 20% até o dia 31/01;
▪ desconto de 10% até o dia 28/02 (em caso de ano bissexto é até 29/02);
▪ não há desconto a partir do dia 01/03;
▪ a partir de 01/04 há incidência de juros e multa.

Obs.: considerem-se os seguintes casos:

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a) os profissionais registrados que estejam desempregados e sem


qualquer fonte de renda:
→ estarão isentos de anuidade, para a qual estes profissionais deverão
solicitar isenção do pagamento de anuidade, a cada ano, dentro do
prazo (até dia 31/março), sem perda de seus direitos profissionais e
sociais em relação ao CRQ, desde que comprovem a condição até o
requerimento de isenção.

b) os profissionais registrados que por algum motivo de força maior,


comprovadamente, não estiverem mais realizando quaisquer
atividades da área química:
→ deverão solicitar cancelamento do registro profissional, o que
isentará do pagamento da respectiva anuidade (desde que até o dia
31 de março); observe-se que a qualquer momento, após o cancelamento,
pode-se solicitar reativação do registro profissional.

Nota: não está prevista possibilidade de baixa temporária de registro


profissional.

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