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Autor
Marco Filipe Coelho Chaves
Empresa
ARTEBEL
Dezembro, 2015
Estudo de comparação de três esquemas estruturais para lajes
Índice
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 3
2. ELEMENTOS DO ESTUDO ......................................................................................... 4
2.1. Geometria do edifício em estudo .............................................................................. 4
2.1.1. Planta................................................................................................................ 4
2.1.2. Corte do Edifício .............................................................................................. 4
2.2. Materiais Considerados ............................................................................................ 5
2.3. Regulamentação utilizada ........................................................................................ 5
3. Ações a Aplicar .............................................................................................................. 6
3.1. Ações Permanentes .................................................................................................. 6
3.2. Ações Variáveis ....................................................................................................... 6
3.2.1. Ações Variáveis – Pavimentos.............................................................................. 6
3.2.2. Ações Variáveis – Coberturas............................................................................... 8
3.2.3. Ações Variáveis Consideradas .............................................................................. 9
4. Verificação aos Estados Limites ................................................................................... 10
4.1. Estados Limites Últimos ........................................................................................ 11
4.1.1. Combinações de ações para situações de projeto persistentes ou transitórias -
combinações fundamentais ........................................................................................... 11
4.1.2. Combinações de ações para situações de projeto sísmicas ............................... 11
4.2. Estados Limites Utilização ..................................................................................... 13
4.2.1. Combinações de ações característica ............................................................... 13
4.2.2. Combinações de ações frequente ..................................................................... 13
4.2.3. Combinações de ações frequente ..................................................................... 13
5. Método de Cálculo Utilizado ........................................................................................ 14
5.1. Método dos Pórticos Equivalentes.......................................................................... 14
6. Cálculo Estrutural......................................................................................................... 17
6.1. Pré-Dimensionamento ............................................................................................ 17
6.1.1. Lajes ............................................................................................................... 17
6.1.1.1. Considerações ............................................................................................. 17
6.1.1.2. Aplicação ao caso em estudo ....................................................................... 19
6.1.1.3. Peso próprio de cada solução de laje ............................................................ 20
6.1.2. Pilares ............................................................................................................. 21
6.1.3. Sapatas ........................................................................................................... 25
6.2. Modelação estrutural .............................................................................................. 28
6.2.1. Divisão da Estrutura em Pórticos .................................................................... 28
6.2.2. Aplicação do Método dos Pórticos Equivalentes ............................................. 29
6.2.2.1. Aplicação de cargas na estrutura .................................................................. 29
6.3. Cálculo estrutural ................................................................................................... 32
6.3.1. Momentos de dimensionamento - Lajes .......................................................... 32
1. INTRODUÇÃO
A função principal deste estudo é comparar três esquemas estruturais distintos, para lajes de
utilização corrente em edifícios de betão armado, de acordo com as seguintes tipologias: lajes
fungiformes maciças; lajes fungiformes aligeiradas com blocos Fungiblocos de 75 e aligeiradas
com blocos Fungibel de 80.
O estudo tem por objetivos, analisar a diferença na utilização dos dois sistemas de aligeiramento
em substituição de lajes maciças, em termos de:
Poupança de betão nos elementos estruturais;
Poupança de armadura nos elementos estruturais;
Vantagens da utilização destes dois sistemas de aligeiramento.
2. ELEMENTOS DO ESTUDO
2.1.1. Planta
Área de Implantação – 784 m2
Vãos na direção X – 2 vãos extremos com 6m e dois intermédios com 8m
Vãos na direção y – 2 vãos extremos com 6m e dois intermédios com 8m
3. Ações a Aplicar
Para o dimensionamento dos elementos, foram consideradas as ações permanentes refentes aos
seguintes elementos, peso próprio dos elementos estruturais em betão armado, paredes
divisórias a aplicar nos pavimentos, camada de regularização/enchimento do pavimento e
respetivo revestimento.
Foram considerados para estas os seguintes valores:
Betão armado – 25 kN/m3
Revestimentos – 2,5 kN/m2
Para o caso em estudo, foi considerada uma utilização correspondente à categoria C3 (Locais
de Reunião – zonas sem obstáculos para a movimentação de pessoas; por exemplo, em museus,
salas de exposição, etc. e em acessos de edifícios públicos e administrativos, hotéis, hospitais,
e em átrios de entrada de estações de comboios).
No caso da categoria C3, o anexo nacional impõe um valor de qk = 4,0 kN/m2 e Qk = 4,0 kN.
Para os estados limites últimos, os valores de cálculo das ações em situações de projeto
persistentes e transitórias, são os apresentados nos quadros seguintes.
Quadro 11 – Valores de cálculo das ações a utilizar nas situações de projeto acidentais e sísmicas
Para a análise dos esforços de lajes fungiformes existem várias opções de métodos que podem
ser aplicados. No caso em estudo será utilizado o método dos pórticos equivalentes, que é uma
das metodologias propostas pelo Eurocódigo 2, de acordo com o apresentado no Anexo 1.
Como é um método simplificado, só pode ser aplicado quando um conjunto de fatores são
cumpridos. Ou seja, Só deve ser usado quando a geometria da grelha de pilares é regular, e
sujeitos predominantemente a cargas verticais distribuídas.
Os momentos fletores totais obtidos na análise, serão distribuídos por toda a largura da laje,
sendo que os momentos negativos tendem a concentrar-se na vizinhança dos eixos dos pilares.
Para essa distribuição será utilizado o quadro seguinte.
Quadro 13 – Distribuição simplificada dos momentos fletores no caso de uma laje fungiforme
Os painéis serão divididos em faixas sobre os pilares e em faixas centrais de acordo com a
figura seguinte.
Como para o edifício em estudo, não serão consideradas vigas de bordo, os momentos
transferidos para os pilares de bordo ou de canto serão limitados ao momento resistente de uma
secção retangular igual a 0.17 × 𝑏𝑒 𝑑 2 𝑓𝑐𝑘 (ver figura seguinte). O momento positivo do tramo
de extremidade deverá ser calculado em conformidade.
O cálculo dos esforços será obtido com recurso a um simples programa de cálculo de pórtico
em 2D.
O modelo de edifício em estudo cumpre os fatores necessários para se poder aplicar o método,
uma vez que apresenta uma geometria da grelha de pilares regular e as cargas verticais a aplicar
são distribuídas uniformemente pela superfície das lajes.
6. Cálculo Estrutural
6.1. Pré-Dimensionamento
6.1.1. Lajes
6.1.1.1. Considerações
Para sobrecargas correntes em edifícios (sc < 5 kN/m2, no nosso caso 4 kN/m2), a espessura das
lajes fungiformes pode ser determinada a partir das seguintes relações:
𝐿
Lajes maciças: ℎ = 25𝑚𝑎𝑖𝑜𝑟
𝑎 30
𝐿
Lajes aligeiradas: ℎ = 20𝑚𝑎𝑖𝑜𝑟
𝑎 25
Estas expressões têm por base o controlo indireto da deformação e o nível de esforços na laje
(no que se refere principalmente a punçoamento e flexão).
No quadro seguinte apresenta-se quer a gama de vãos em que se utiliza cada um dos tipos de
lajes fungiformes, quer as espessuras adotadas em cada situação.
Segundo o EC2, o controlo da deformação em vigas ou lajes, pode ser efetuado pelo método
simplificado, dispensando o cálculo explícito da flecha, desde que seja cumprida a seguinte
condição:
𝑙
≤ 𝜆0 × 𝐾𝑡 × 𝐾𝑙 × 𝐾𝜎𝑠
𝑑
500 𝐴𝑠,𝑒𝑓𝑓
𝐾𝜎𝑠 = ( )×( )
𝑓𝑦𝑘 𝐴𝑠,𝑐𝑎𝑙
Em que:
KT = 1,0 Para vigas retangulares
KT = 0,8 Para vigas em T
7
𝐾𝑙 = 𝑙 Para vigas e lajes com leff ≥ 7,0m
𝑒𝑓𝑓
Quadro 15 – Valores básicos da relação vão/altura útil para elementos de betão armado sem esforço
normal de compressão (EC2 – Quadro 7.4N)
Nervuras principais
o Espessura das nervuras não inferior a 5,0cm (em geral 15 a 20cm).
o Altura da lajeta não inferior a 5cm.
o Distância entre nervuras não superior a 80cm.
Nervuras transversais
o Distância entre eixos de duas nervuras seguidas:
𝑒 ≤ 10ℎ
o Altura da nervura transversal:
ℎ𝑡𝑎𝑟𝑢𝑔𝑜 ≥ 0.8ℎ
Lajes maciças:
𝑙 7
≤ 26 × 1 × × 1,2 ⟺ 𝑑 ≥ 0,293 ≅ 0,30𝑚
𝑑 8
Em que:
KT = 1,0
7 7
𝐾𝑙 = =
𝑙𝑒𝑓𝑓 8
𝐾𝜎𝑠 = 1,2
𝜆0 = 26
Lajes aligeiradas:
𝑙 7
≤ 26 × 0,8 × × 1,2 ⟺ 𝑑 ≥ 0,366
𝑑 8
Em que:
KT = 0,8
7 7
𝐾𝑙 = =
𝑙𝑒𝑓𝑓 8
𝐾𝜎𝑠 = 1,2
𝜆0 = 26
Adotou-se para as lajes aligeiradas, uma espessura de 35cm.
6.1.2. Pilares
Na figura seguinte, são definidas as áreas de influência de cada pilar. Apenas estão
representados seis pilares, uma vez que os restantes terão uma área de influência idêntica a um
destes seis.
Em que:
𝐴𝑠 𝜎𝑠𝑑 𝐴𝑠 𝑓𝑦𝑑
𝜛= , 𝑜𝑢 𝜛=
𝑏ℎ 𝑓𝑐𝑑 𝑏𝑑 𝑓𝑐𝑑
𝑀𝑅𝑑 𝑀𝑅𝑑
𝜇 = 2 , 𝑜𝑢 𝜇 = 2
𝑏𝑑 𝑓𝑐𝑑 𝑏ℎ 𝑓𝑐𝑑
𝑁𝑅𝑑
𝜐=
𝑏ℎ𝑓𝑐𝑑
Sendo:
𝐴, 𝐴𝑠, 𝐴′ , 𝐴′𝑠 – Área da secção de uma armadura
𝑀𝑅𝑑 – Valor de cálculo do momento fletor resistente
𝑀𝑆𝑑 – Valor de cálculo do momento fletor atuante
𝑁𝑅𝑑 – Valor de cálculo do esforço normal resistente
𝑁𝑆𝑑 – Valor de cálculo do esforço normal atuante
𝜛 – Percentagem mecânica de armadura
𝜇 – Valor reduzido do momento fletor resistente de cálculo
𝜐 – Valor reduzido do esforço normal resistente de cálculo
𝑏 – Largura de uma secção
𝑑 – Altura útil de uma secção transversal
𝑑 – Altura total de uma secção transversal
𝑓𝑐𝑑 – Valor de cálculo da tensão de rotura do betão à compressão
𝑓𝑐𝑘 – Valor característico da tensão de rotura do betão à compressão aos 28 dias
𝑓𝑦𝑑 – Valor de cálculo da tensão de cedência do aço das armaduras ordinárias
𝑓𝑦𝑘 – Valor característico da tensão de cedência do aço das armaduras ordinárias
Para pré-dimensionar os pilares, contabilizou-se apenas nesta fase o valor das cargas verticais,
desprezando assim as cargas horizontais que originariam momentos fletores nos pilares, apesar
de serem bastante importantes no dimensionamento final. No entanto foi adotado um
coeficiente de segurança de forma a ter em conta a ação das forças horizontais.
Considerando a expressão relativa à combinação de ações para o estado limite último, temos:
𝑁𝑠𝑑 = 𝐴𝑖𝑛𝑓𝑃 × [(𝑁 𝑜 𝑝𝑖𝑠𝑜𝑠 − 1) × (1,35 × [𝑃𝑃𝑙𝑎𝑗𝑒 + 𝑅𝑒𝑣. ] + 1,5 × [𝑆𝑜𝑏. 𝑝𝑎𝑣. +𝑃𝑎𝑟. 𝑑𝑖𝑣. ])
+ (1,35 × [𝑃𝑃𝑙𝑎𝑗𝑒 + 𝑅𝑒𝑣. ] + 1,5 × 𝑆𝑜𝑏. 𝑐𝑜𝑏)]
Nesta fase, considerou-se a dimensão mínima de 30cm para a dimensão dos pilares.
𝑁
Considerando a expressão: 𝜐 = 𝑏ℎ𝑓𝑠𝑑 e admitindo que a secção é quadrada (b=h), temos:
𝑐𝑑
P2 30 30 30
5º Pisos
P3 40 40 40
P4 30 30 30
P5 45 40 40
P6 50 45 45
P1 30 30 30
Pilares do 1º e 2º
P2 35 35 35
P3 55 50 50
Pisos
P4 40 35 35
P5 60 55 55
P6 65 60 60
Tabela 2 – Largura da secção do pilar – pré-dimensionamento
6.1.3. Sapatas
O pré-dimensionamento da altura útil da sapata foi realizado com base no ábaco apresentado
na figura seguinte.
Consultando o ábaco anterior, tendo em conta que o valor da tensão admissível do solo é
300kPa, retira-se o valor de K (igual a 3,8).
Como o ábaco é para uma situação de excentricidade nula, adotou-se para d um valor um pouco
superior, de forma a ter em consideração a excentricidade originada pelos momentos nas
sapatas.
𝐴−𝑎
Pela expressão 𝐾 = obtém-se o valor da altura útil de cada sapata, a partir do qual se pré-
𝑑
dimensiona a altura da mesma (H).
Contabilizando o peso próprio dos pilares, obtêm-se as ações a aplicar nas sapatas.
Para uma aproximação inicial, partiu-se do pressuposto que as sapatas serão quadradas (A=B).
Na figura seguinte representa-se a planta de um dos pisos do edifício, com a respetiva definição
dos pórticos equivalentes em uma direção. Como se pode ver, a cada alinhamento de pilares
corresponde um pórtico, sendo a largura das travessas definida, considerando metade da
distância entre alinhamentos, para cada lado.
Como o edifício possui a mesma distribuição de pilares segundo a direção X e Y, apenas serão
analisados em uma dessas direções, mais precisamente três pórticos tipo, uma vez que os
restantes serão uma reprodução destes.
Figura 12 – Definição dos três tipos pórticos equivalentes presentes no edifício (medidas em m)
Para as lajes aligeiradas serão consideradas apenas zonas maciças sobre os pilares. De acordo
com a expressão seguinte:
0.3 ≤ 𝑙𝑝 /𝑙 ≤ 0.5
Teremos então:
𝑝𝑠𝑑_𝑝𝑎𝑣 𝑝𝑠𝑑_𝑐𝑜𝑏
kN/m2 kN/m2
laje.maciça 21,30 14,10
laje.FBL7525 18,28 11,08
laje.FGB8025 18,04 10,84
Tabela 6 – Cargas verticais a aplicar na estrutura
Na tabela seguinte são apresentados os valores lineares da carga a aplicar em cada um dos
pórticos equivalentes.
psd_pav. psd_cob.
kN/m kN/m
maciça Pórtico_1 63,90 42,30
laje
Nas figuras que se seguem, são apresentados os esquemas estruturais para os três pórticos, com
as cargas respeitantes à laje maciça.
Pórtico 1
Pórtico 2
Pórtico 3
Na tabela 8 e 9, são apresentados os momentos fletores mais desfavoráveis obtidos para cada
um dos pórticos, para as lajes de pavimento e para a laje de cobertura respetivamente. Uma vez
que os pórticos, assim como os respetivos esforços, são simétricos relativamente ao pilar central
(neste caso representado pelo “3º Pilar”), apenas são apresentados os esforços de metade do
pórtico.
Como foi explicado anteriormente, é necessário limitar o momento resistente dos pilares de
bordo e de canto, de acordo com a expressão:
0.17 × 𝑏𝑒 𝑑 2 𝑓𝑐𝑘
MRD MRD
MRD laje.maçiça
Pilar laje.FBL7525 laje.FGB8025
kNm kNm kNm
P1 167 235 235
Pilares do 3º, 4º e
P3
P4 223 313 313
P5
P6
Comparando os valores obtidos pelo cálculo dos esforços para os momentos atuantes,
verificamos que se encontram abaixo dos valores apresentados na tabela anterior, logo não será
necessário fazer uma redistribuição de esforços.
Para as restantes tipologias de lajes em estudo, bem como para a laje de cobertura, as tabelas
encontram-se no Anexo B.
1 -252,5
Lateral 5 0,25 -63,1 -12,6
𝑀𝑅𝑑 𝑠𝑒 𝜇 ≤ 0.31 → 𝜔 = 𝜇 + (1 + 𝜇)
𝜇= 𝜔′ =
𝜇−0.31
𝑏𝑑 2 𝑓𝑐𝑑 𝑠𝑒 𝜇 ≥ 0.31 → { 1−
𝑎
𝑑
𝜔=𝜔′ +0.41
{
𝐴𝑠 𝑓𝑦𝑑
𝜛=
𝑏𝑑 𝑓𝑐𝑑
Armadura mínima
𝑓𝑐𝑡𝑚
𝐴𝑠,𝑚𝑖𝑛 = 0.26 𝑏𝑑
𝑓𝑦𝑘 𝑡
𝑏𝑡 – representa a largura média da zona tracionada; no caso de uma viga em T com os banzos
comprimidos, deverá considerar-se apenas a largura da alma no cálculo do valor de bt.
Na tabela seguinte são apresentados os valores obtidos de áreas de armadura necessárias para a
verificação do estado limite último, para o caso da laje maciça de pavimento, para as restantes
tipologias de lajes bem como para a laje de cobertura, os resultados são apresentados no Anexo
C.
Pórtico_2
Seguidamente são apresentados dois quadros resumo, um para lajes de pavimento e o outro para
a laje de cobertura, com as armaduras necessárias para resistir ao momento fletor e respetivas
armaduras mínimas, das diferentes tipologias de lajes em estudo.
Para esta análise, a determinação das armaduras mínimas foi obtida pela seguinte expressão:
𝑓𝑐𝑡𝑚
𝐴𝑠,𝑚í𝑛 = 0.26 𝑏𝑑 𝑚𝑎𝑠 𝑛ã𝑜 𝑖𝑛𝑓𝑒𝑟𝑖𝑜𝑟 𝑎 0.0013𝑏𝑡 𝑑
𝑓𝑦𝑘 𝑡
𝑏𝑡 – representa a largura média da zona tracionada; no caso de uma viga em T com os banzos
comprimidos, deverá considerar-se apenas a largura da alma no cálculo do valor de bt.
2
3,05 4,07 2,19 0,80 2,16 0,76
Pórtico_2
Nas tabelas anteriores, estão indicadas a cor as zonas em que a armadura necessária para resistir
à flexão é superior à armadura mínima, nas restantes zonas será assumida a armadura mínima.
Da análise das tabelas anteriores, pode-se aferir que que as soluções com blocos de
aligeiramento possuem uma redução de armadura relativamente à solução “laje maciça”, que
em algumas zonas se verifica ser uma diminuição considerável.
De acordo com o EC 2, o controlo da deformação das lajes pode ser efetuado pelas expressões
apresentadas em seguida, dispensando-se o cálculo desde que os valores da relação l/d
satisfaçam os limites por elas especificados.
3⁄
𝑙 𝜌0 𝜌0 2
= 𝑘 [11 + 1.5√𝑓𝑐𝑘 + 3.2√𝑓𝑐𝑘 ( − 1) ] 𝑠𝑒 𝜌 ≤ 𝜌0
𝑑 𝜌 𝜌
𝑙 𝜌0 1 𝜌′
= 𝑘 [11 + 1.5√𝑓𝑐𝑘 + √𝑓 √ ] 𝑠𝑒 𝜌 > 𝜌0
𝑑 𝜌 − 𝜌′ 12 𝑐𝑘 𝜌0
Em que:
l/d – valor limite da relação vão altura
K – coeficiente que tem em conta os diferentes sistemas estruturais (Quadro 15)
𝜌0 – taxa de armaduras de referência = √𝑓𝑐𝑘 10−3
𝜌 – taxa de armaduras de tração necessária a meio vão para equilibrar o momento devido às
ações de cálculo
𝜌′ - taxa de armaduras de compressão necessária a meio vão para equilibrar o momento devido
às ações de cálculo
𝑓𝑐𝑘 – em MPa
Pórtico_2
2
35,0 0,27 22,22 220
75,4 0,27 29,63 62
4
46,3 0,27 29,63 139
66,3 0,27 22,22 77
Pórtico_3
2
32,5 0,27 22,22 247
85,6 0,27 29,63 51
4
42,0 0,27 29,63 163
43,7 0,32 18,75 212
Pórtico_1
2
35,8 0,32 18,75 293
56,0 0,32 25,00 142
4
45,8 0,32 25,00 197
48,9 0,32 18,75 177
laje FBL7525
Pórtico_2
2
30,0 0,32 18,75 386
64,7 0,32 25,00 112
4
39,7 0,32 25,00 248
56,9 0,32 18,75 138
Pórtico_3
2
28,0 0,32 18,75 431
73,4 0,32 25,00 91
4
36,0 0,32 25,00 289
43,1 0,32 18,75 217
Pórtico_1
2
35,3 0,32 18,75 299
55,3 0,32 25,00 145
4
45,2 0,32 25,00 201
laje FGB8025
2
29,6 0,32 18,75 394
63,9 0,32 25,00 115
4
39,2 0,32 25,00 253
56,2 0,32 18,75 141
Pórtico_3
2
27,6 0,32 18,75 440
72,5 0,32 25,00 93
4
35,6 0,32 25,00 295
Tabela 15 – Controlo de deformação para as lajes de pavimento
Pórtico_2
2
24,9 0,27 22,22 379
50,5 0,27 29,63 120
4
31,0 0,27 29,63 267
46,3 0,27 22,22 139
Pórtico_3
2
22,8 0,27 22,22 437
57,3 0,27 29,63 98
4
28,1 0,27 29,63 312
27,8 0,32 18,75 436
Pórtico_1
2
22,7 0,32 18,75 596
34,5 0,32 25,00 310
4
28,2 0,32 25,00 425
laje FBL7525
2
19,5 0,32 18,75 753
39,7 0,32 25,00 247
4
24,4 0,32 25,00 534
36,4 0,32 18,75 285
Pórtico_3
2
17,8 0,32 18,75 865
45,0 0,32 25,00 202
4
22,1 0,32 25,00 622
27,2 0,32 18,75 451
Pórtico_1
2
22,2 0,32 18,75 616
33,7 0,32 25,00 321
4
27,6 0,32 25,00 440
laje FGB8025
2
19,1 0,32 18,75 779
38,9 0,32 25,00 256
4
23,9 0,32 25,00 552
35,6 0,32 18,75 295
Pórtico_3
2
17,5 0,32 18,75 895
44,1 0,32 25,00 210
4
21,6 0,32 25,00 643
Tabela 16 - Controlo de deformação para a laje de cobertura
Para a verificação da resistência ao punçoamento, serão verificados os pilares tipo (P1 a P6)
como apresentados anteriormente. Como as lajes consideradas para o pavimento e cobertura
são idênticas para os vários sistemas estruturais, apenas será tido em conta a situação mais
desfavorável, que consiste em obter os esforço de corte mais desfavorável para cada pilar, na
ligação laje-pilar, e a menor área de secção do respetivo pilar.
1. Não é necessário adotar armaduras específicas para resistir ao punçoamento caso vsd ≤
vRd,c, ao longo do perímetro de controlo considerado;
2. Se vsd ≥ vRd,c, será necessário adotar armaduras específicas de punçoamento ou um
capitel, por forma a satisfazer o critério 1;
3. Caso se adotem armaduras, será necessário verificar a condição vsd ≤ vRd,max
(considerando o perímetro do pilar ou o perímetro da área carregada).
Carga centrada
𝑉𝑠𝑑
𝑣𝑠𝑑 = , 𝑐𝑜𝑚 𝑢1 − 𝑝𝑒𝑟í𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜 𝑏á𝑠𝑖𝑐𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑛𝑡𝑟𝑜𝑙𝑜
𝑢1 . 𝑑
Carga excêntrica
𝑉𝑠𝑑
𝑣𝑠𝑑 = 𝛽 , 𝑐𝑜𝑚 𝑢𝑖 − 𝑝𝑒𝑟í𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑛𝑡𝑟𝑜𝑙𝑜 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑖𝑑𝑒𝑟𝑎𝑑𝑜
𝑢𝑖 . 𝑑
1⁄
𝑣𝑅𝑑,𝑐 = 𝐶𝑅𝑑,𝑐 𝑘(100𝜌𝑙 𝑓𝑐𝑘 ) 3 + 𝑘1 𝜎𝑐𝑝 ≥ 𝑣𝑚𝑖𝑛 + 𝑘1 𝜎𝑐𝑝
Onde:
𝐶𝑅𝑑,𝑐 = 0.18/𝛾𝑐 (valor recomendado)
200
𝑘 =1+√ ≤ 2.0 com d em mm
𝑑
𝜌𝑙 = √𝜌𝑙𝑦 ∙ 𝜌𝑙𝑧 ≤ 0.02 (os valores de 𝜌𝑙𝑦 𝑒 𝜌𝑙𝑧 devem ser calculados como valores médios,
considerando uma largura de laje igual à largura do pilar mais 3d para cada lado)
𝑓𝑐𝑘 em MPa
k1 = 0.1 (valor recomendado)
𝜎𝑐𝑝 = (𝜎𝑐𝑦 + 𝜎𝑐𝑧 )/2
𝑣𝑚𝑖𝑛 = 0.035𝑘 3/2 ∙ 𝑓𝑐𝑘 1/2
Para os pilares de bordo e de canto, devido à excentricidade, o perímetro a ser considerado será
o perímetro redizído, de acordo com a figura seguinte.
Como podemos ver pelos resultados apresentados na tabela anterior, para os pilares de bordo
da laje maciça e os pilares de canto de todos os esquemas estruturais, foi necessário realizar
capitéis de modo a laje poder resistir ao punçoamento. Na tabela seguinte são apresentadas as
espessuras totais dos capitéis a realizar.
P3
P4 0,33 2,97 451,9 471,10
P5
P6
P1 0,37 1,46 250,2 256,90
P2
laje FBL7525
P3
P4 0,33 2,97 387,7 395,77
P5
P6
P1 0,37 1,46 247,1 255,79
laje FGB8025
P2
P3
P4 0,33 2,97 382,6 393,99
P5
P6
Tabela 18 – Espessura dos capitéis e verificação da respetiva resistência ao punçoamento
Para a determinação das áreas de armaduras dos pilares foram usadas as expressões seguintes:
0.10𝑁𝐸𝑑
𝐴𝑠,𝑚𝑖𝑛 = 𝑜𝑢 0.002𝐴𝑐 𝑠𝑒 𝑒𝑠𝑡𝑒 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑓𝑜𝑟 𝑚𝑎𝑖𝑜𝑟
𝑓𝑦𝑑
Figura 19 – Imagem retirada das tabelas de dimensionamento, para secções sujeitas a flexão composta
𝑒𝑥 = 𝑒𝑎𝑥 + 𝑒2𝑥
Em que:
𝑙
Excentricidade acidental - 𝑒2𝑥 = 300
0
≥ 2 𝑐𝑚
1 𝑙02 1 5 0.4𝑓𝑐𝑑 𝐴𝑐
Excentricidade de 2ª ordem - 𝑒2𝑥 = 𝑟 ; = ℎ × 10−3 𝜂 ; 𝜂 = ≤1
10 𝑟 𝑁𝑠𝑑
Pela análise da tabela anterior, podemos verificar que existem alguns pilares em que a
percentagem mecânica de armadura é igual a zero, isto significa que não é necessária armadura
para resistir aos esforços considerados, no entanto deverá adotar-se uma aradura mínima de
acordo com o referido pelo EC2. Poderia diminuir-se a dimensão da secção, no entanto como
foi referido anteriormente, irá considerar-se uma dimensão mínima de 30cm para os pilares.
Na tabela seguinte são mostrados os valores das áreas de armadura necessários para resistirem
aos esforços e a respetiva área mínima de armadura.
Como podemos verificar no caso dos pilares, a diferença em termos percentuais de armadura
das soluções com lajes aligeiradas, não é tão explícita e significativa como para as lajes, isto
deve-se ao facto de que os pilares nestas lajes possuem dimensões inferiores logo uma esbelteza
maior, condicionando assim o momento de encurvadura devido às excentricidades, fazendo
com que este seja superior e consequentemente a armadura necessária para resistir ao mesmo.
Para o dimensionamento das sapatas, foram sempre utilizadas dimensões de forma a garantirem
que a mesma se comporta como um corpo rígido, ou seja cumprindo a mesma condição
apresentada anteriormente no pré-dimensionamento.
Os esforços utilizados para o dimensionamento das sapatas, foram obtidos através do programa
“Ftool”, de acordo com as reações de apoio daí resultantes, a estas foram ainda acrescidos o
peso próprio dos pilares e das respetivas sapatas. Os mesmos são apresentados na tabela
seguinte.
Da tabela anterior importa referir que as dimensões apresentadas para as fundações são já as
finais, uma vez que ao serem efetuadas as verificações de segurança, houve necessidade de
alterar as mesmas assim como otimizar. Para cada esforço atuante (momento e axial) são
apresentadas três colunas, uma vez que existem pilares que se repetem nos vários pórticos
estudados, é necessário verificar as várias situações, dado que em alguns casos o esforço axial
é menor mas o momento fletor é maior e vice-versa.
Os valores obtidos são os apresentados na tabela seguinte, que como se pode verificar são
inferiores a 300 kPa (tensão admissível).
Na figura seguinte está representado o diagrama de tensões na base da sapata e a área onde será
verificada a resistência ao esforço transverso.
Para determinação do esforço atuante e respetivo esforço resistente, foram usadas as seguintes
expressões de acordo com o EC2:
Vsd Vrd,c
Sapata
kN kN
P1 199,22 275,56
P2 601,27 716,48
Laje Maciça
P3 1407,25 1582,33
P4 663,20 740,37
P5 1572,33 1809,82
P6 1837,07 1920,63
P1 180,79 234,05
P2 501,57 570,23
laje FBL7525
P3 1078,89 1336,90
P4 532,95 591,35
P5 1204,42 1547,93
P6 1372,13 1616,73
P1 166,40 220,29
laje FGB8025
P2 514,53 570,23
P3 1155,72 1336,90
P4 529,19 630,29
P5 1320,33 1547,93
P6 1489,42 1616,73
Tabela 23 – Resultado da verificação das sapatas ao esforço transverso
Perímetro de controlo
𝑢 = 2 ∙ (𝑏𝑥 + 𝑏𝑦 ) + 4 ∙ 𝜋 ∙ 𝑑
Área de controlo
𝐴𝑢 = (𝑏𝑥 + 4𝑑 ) ∙ (𝑏𝑦 + 4𝑑) − 4𝑑 2 ∙ (4 − 𝜋)
Em que:
∆𝑉𝑆𝑑 = 𝜎𝑆𝑑,0 × 𝐴𝑢
𝑁
𝜎𝑆𝑑,0 =
𝐵𝑥 ∙ 𝐵𝑦
vsd vRd
Sapata
kPa kPa
P1 137,94 450,27
P2 132,22 373,17
Laje Maciça
P3 118,05 330,76
P4 162,05 373,17
P5 99,40 323,99
P6 145,09 323,99
P1 197,63 474,75
P2 154,49 391,10
laje FBL7525
P3 85,62 338,63
P4 170,52 391,10
P5 67,45 330,76
P6 100,24 330,76
P1 153,82 474,75
laje FGB8025
P2 171,90 391,10
P3 113,99 338,63
P4 135,79 381,53
P5 101,39 330,76
P6 135,32 330,76
Tabela 24 – Resultados obtidos da verificação ao esforço de punçoamento das sapatas
No dimensionamento das armaduras das sapatas, foi considerado o método das bielas. Em
seguida são apresentadas as expressões utilizadas.
𝑁𝑆𝑑 (𝐿 − 𝑙 )
𝐹𝑆𝑑 =
8𝑑
𝑁𝑆𝑑,𝑒𝑞 = 𝜎𝑟𝑒𝑓 × 𝐿 × 𝐿
𝐹𝑆𝑑 𝐴𝑆,𝑡𝑜𝑡
𝐴𝑆,𝑡𝑜𝑡 = ; 𝐴𝑆/𝑚 =
𝑓𝑦𝑑 𝐿
𝑓𝑐𝑡𝑚
0.26 ∙𝑏∙𝑑
𝐴𝑠,𝑚𝑖𝑛 ≥{ 𝑓𝑦𝑘
0.0013𝑏 ∙ 𝑑
As áreas de armadura obtidas por metro linear, são as apresentadas na tabela seguinte.
Antes de se proceder à análise de resultados, importa referir que o facto de não terem sido
consideradas ações horizontais na estrutura, as quais variam com a localização geográfica de
implantação estrutura, estas são muito importantes no que se refere ao dimensionamento dos
elementos verticais e respetivas fundações.
Estas ações já não são tão significativo no dimensionamento das lajes, pelo que os resultados
obtidos serão uma aproximação muito boa do que se teria num caso real para estes elementos
estruturais, e que de resto são os principais elementos deste estudo.
Posto isto, os resultados serão apresentados de forma percentual, de modo a avaliar melhor as
diferenças que se poderão obter utilizando cada um dos sistemas estruturais em estudo.
Pórtico_1
64% 63% 70% 69%
3 3
119% 119% 101% 101%
62% 61% 71% 70%
4 4
51% 49% 71% 70%
64% 63% 69% 68%
5 5
119% 119% 93% 93%
119% 119% 91% 91%
1 1
119% 119% 119% 119%
57% 56% 71% 70%
Laje de pavimento
2 2
Laje cobertura
Pórtico_2
Pórtico_3
Da análise da tabela anterior, podemos verificar que existe uma redução bastante considerável
de armadura nas zonas de momentos fletores a meio vão (momentos positivos), tanto nas faixas
centrais dos pórticos como nas laterais. Já na zona dos pilares (momentos negativos), a
diferença não é tão significativa, no entanto continuamos a ter uma redução de armadura
considerável nas faixas centrais dos pilares intermédios, onde se verificam os maiores esforços
negativos de flexão.
Pela análise dos resultados, verifica-se que nas zonas com momentos fletores mais elevados,
tanto positivos como negativos, temos uma redução de armadura na ordem dos 30% e em alguns
casos até superior. O que na prática, apesar de este valor não ser representativo para toda a
estrutura, uma vez que existem muitas zonas em que a armadura colocada é apenas construtiva,
de forma prevenir fissurações e deformações excessivas, traduz-se numa redução significativa
de armadura.
Na tabela seguinte é apresentado o volume de betão necessário para as lajes de cada tipologia
respetiva. Note-se que não foi contabilizada qualquer percentagem de desperdício de betão.
Como podemos ver neste caso, a redução da quantidade de betão muito significativa, na ordem
dos 50%. Não estão neste caso englobados os aumentos de espessura nas lajes na zona onde é
necessário realizar capitéis, uma vez que o volume de betão envolvido é insignificante no global
da estrutura e mesmo para a análise de resultados.
No caso dos pilares, como já foi referido anteriormente, as diferenças não são tão significativas
uma vez que não foram aplicadas cargas horizontais à estrutura.
Pilares do 3º, 4º e
P2 60% 57% P2 0,30 0,30 0,30
5º Pisos
5º Pisos
P3 36% 35% P3 0,40 0,40 0,40
P4 59% 55% P4 0,30 0,30 0,30
P5 165% 154% P5 0,45 0,40 0,40
P6 125% 109% P6 0,45 0,40 0,40
P1 100% 100% P1 0,30 0,30 0,30
Pilares do 1º e 2º
Pilares do 1º e 2º
P2 43% 37% P2 0,35 0,35 0,35
P3 85% 84% P3 0,55 0,50 0,50
Pisos
Pisos
P4 221% 207% P4 0,40 0,35 0,35
P5 85% 84% P5 0,60 0,55 0,55
P6 77% 76% P6 0,60 0,55 0,55
Tabela 28 – Percentagem de armadura para as lajes aligeiradas relativamente à laje maciça e dimensões
dos pilares
Da análise das tabelas anteriores, podemos verificar que em termos de armaduras a diferença
não é significativa, sendo que em alguns casos a quantidade de armadura até é superior no caso
da estrutura de lajes aligeiradas relativamente à de lajes maciças, tal deve-se ao facto de as
dimensões em planta do pilar também serem menores, fazendo com que a percentagem
mecânica de armadura também o seja.
Podemos verificar sim uma redução na quantidade de betão necessária para os mesmo, como
se pode verificar no quadro seguinte.
Laje Maciça laje FBL7525 laje FGB8025
Pilar
Volume de betão (m3)
P1 2,16 2,16 2,16
Pilares do 3º, 4º e
A tabela anterior mostra como foi referido uma redução da quantidade de betão dos pilares das
soluções estruturais das lajes aligeiradas.
Laje Maciça laje FBL7525 laje FGB8025 laje FBL7526 laje FGB8026
As As As Percentagem de armadura
Sapata
cm2/m cm2/m cm2/m relatvia às lajes maciças (%)
P1 4,47 3,82 3,82 85% 85%
P2 8,42 7,10 7,10 84% 84%
P3 13,68 12,37 12,37 90% 90%
P4 8,42 7,10 7,76 84% 92%
P5 15,00 13,68 13,68 91% 91%
P6 15,00 13,68 13,68 91% 91%
Tabela 30 – Área de armadura e percentagem de armadura das sapatas de lajes aligeiradas relativas à
solução com lajes maciças
Analisando os resultados, temos claramente uma redução de armadura na ordem dos 10 a 15%
relativamente à solução com lajes maciças.
Como acontece nos restantes elementos estruturais, também no caso das fundações se nota a
diferença significativa da redução do volume de betão, sendo na ordem dos 25%.
8. CONCLUSÃO
Relativamente a dois dos principais objetivos deste estudo, que era determinar a poupança de
betão e armadura com a utilização dos dois sistemas de aligeiramento, podemos concluir que
essa poupança é visível, obtendo-se uma redução bastante significativa no global da obra.
Como mostra o quadro resumo em seguida, a poupança de betão pode rondar os 55%, não
contabilizando caixas de escadas e de elevadores, que por serem elementos mais resistentes
acabam por absorver mais esforços e consequentemente um gasto de material a ter em conta.
Volume de Betão
Laje Laje Laje
Maciça FBL7525 FGB8025
m3 m3 m3
Lajes 1176 564 553
Pilares 63 56 56
Sapatas 323 242 243
Total 1563 863 852
% 100% 55% 55%
Tabela 32 – Tabela comparativa de quantidade de betão necessária para os diferentes esquemas
estruturais
Apesar das armaduras em algumas zonas dos elementos serem condicionadas pelo mínimo
exigido pelo regulamento, podemos concluir que, para as lajes, essa redução é significativa
podendo situar-se entre os 15 a 20%.
Como se pode verificar pelos resultados obtidos, não existe grande diferença entre a utilização
de um tipo ou de outro relativamente aos sistemas de aligeiramento, pode dizer-se mesmo que
essa diferença no global é nula. A opção por um destes dois sistemas, será apenas uma questão
de análise das vantagens que um poderá ter em relação ao outro relativamente a outros
parâmetros de análise, como conforto térmico ou acústico, custo do tipo de bloco de
aligeiramento, etc…
Como se pode constatar por alguma da bibliografia consultada e pelo presente estudo, para este
tipo de vão uma das principais vantagens, se não a principal no mercado real, as lajes aligeiradas
são sempre mais económicas, com menor gasto de armadura e betão.
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Lajes maciças
Esforço axial
Esforço Transverso
Momento Fletor
Esforço Transverso
Momento Fletor
Esforço Transverso
Momento Fletor
Lajes de pavimentos
Laje de cobertura
Pórtico_2
Lajes de pavimentos
Laje de cobertura
Pórtico_2