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ESCOLA DOMINICAL - IGREJA METODISTA PORTO DA ROÇA

... um amor além da razão!


315° Dia do Ano – 11/11/2018
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JESUS CRISTO VOLTARÁ

Texto Bíblico: Mateus 24

Objetivo da Aula
Discorrer sobre a promessa da volta de Jesus; analisar a compreensão que os discípulos e
discípulas do passado tinham sobre isso.

Para início de conversa


Iniciar a aula pedindo aos alunos e alunas que citem de memória, alguma promessa contida na
Palavra de Deus. Em seguida, perguntar se creem nessas promessas, se acreditam que elas se
cumprirão. Apresentar então o tema a ser estudado na aula de hoje: A Volta de Jesus.

Quando falamos da nossa fé e pensamos em Jesus Cristo, podemos pensar em várias coisas,
mas há uma pergunta sempre presente: Quando Ele voltará? Para nós cristãos e cristãs, essa é
uma pergunta bem importante, pois ela também está na base da nossa fé: Jesus Cristo voltará!
Ele nos fez essa promessa.

Fundamento Bíblico
Para o povo cristão do primeiro século a volta de Jesus era iminente, isto é, acreditavam que Ele
iria retornar rapidamente, ainda naquele período histórico. É importante sabermos isso, pois
devemos ler os textos bíblicos que tratam este assunto, por exemplo, as cartas paulinas, sob essa
perspectiva. Se não fizermos assim, podemos cometer erros de interpretação ou não entender
bem o que o texto realmente quer dizer.

Quando falamos de Evangelho, falamos de escritores posteriores às primeiras cartas paulinas e,


portanto, já estamos por volta de 65/67dC. Isso nos mostra que os cristãos e cristãs daquele
tempo já estavam esperando o retorno de Jesus por pelo menos uns 30 anos. E há quanto tempo
nós o estamos esperando, desde que Ele prometeu voltar?

Uma outra coisa importante é que, ao lermos um texto bíblico que se encontra nos evangelhos,
precisamos conferir se a mesma história está narrada em mais de um deles. O motivo para
fazermos isso é percebermos como os evangelistas trabalharam o tema em suas comunidades!
Quando fazemos esse exercício, descobrimos as estratégias e as ênfases trabalhadas por cada
evangelista!

Vejamos os seguintes textos: Mateus 24.36-44; Marcos 13.14-37; Lucas 12.35-40 e Atos 1.11.
Quando observamos um mesmo tema sendo trabalhado nos três evangelhos, tal fato mostra que
o assunto foi bastante importante para aquelas comunidades, tal como é para nós nos dias de
hoje.

O texto de Mateus 24.36-44 está sendo dito por Jesus após a sua saída do Templo (24.1), quando
os seus discípulos começam a falar das belezas do Templo de Jerusalém. Jesus então começa a
falar sobre várias coisas e dentre elas, o assunto do texto que estamos estudando.

Ao fazer isso, Jesus fala sobre a destruição do Templo que ocorreria em 70dC, quando houve o
embate com o Império Romano. Nesse período, *Antíoco Epífanes(215 a.C -162 a.C)profanou o
templo de Jerusalém, colocando uma estátua de Zeus (deus grego) em seu espaço santo. Tal fato
é considerado pelos judeus uma enorme afronta e “abominação” pois ao fazer isso, esse líder
viola a regra da pureza judaica, colocando uma estátua (ídolo) dentro do lugar mais sagrado – o
Templo de Jerusalém! Esse é o abominável da desolação, que nos fala o primeiro versículo
(Mateus 24.15 Quando, pois, virdes que a abominação da desolação, de que falou o profeta
Daniel, está no lugar santo; quem lê, entenda.; Marcos 13.14 Ora, quando vós virdes a
abominação do assolamento, que foi predita por Daniel o profeta, estar onde não deve estar
(quem lê, entenda), então os que estiverem na Judéia fujam para os montes. e Lucas 21.20-21
Mas, quando virdes Jerusalém cercada de exércitos, sabei então que é chegada a sua desolação.
Então, os que estiverem na Judéia, fujam para os montes; os que estiverem no meio da cidade,
saiam; e os que nos campos não entrem nela.).

*Epifânio reinou sobre a Síria entre 175 a.C. e 164 a.C. Em 167 a.C. invadiu Israel e profanou o
Templo, proibindo o culto judaico, a guarda do sábado, além de costumes como a circuncisão.
Saqueou toda Jerusalém de suas riquezas e mandou construir um altar no Templo onde
sacrificava porcos.

Registro de Antíoco Epifanes na Bíblia – I Macabeus 1.11

O embate com o Império Romano traria tanto sofrimento ao povo que: “Não tivessem aqueles dias
sido abreviados, ninguém seria salvo” (Mateus 24.22).
 Primeiro ensinamento: Não devemos confiar em construções humanas (Templo de
Jerusalém), elas são perecíveis e podem ser destruídas repentinamente.

Tal destruição trará um desespero tamanho que a busca pelo verdadeiro Messias, a busca pela
esperança será muito grande; a tal ponto que: “surgirão falsos cristos e falsos profetas operando
grandes sinais e prodígios para enganar” (Mateus 24.24).

 Segundo ensinamento: quando o desespero e a dor são tamanhos, devemos ter muito
cuidado, não devemos confiar em tudo o que ouvimos ou em tudo o que nos é
apresentado!

Mas há uma esperança maior e certa para aqueles e aquelas que creem, pois, o socorro de Deus
virá! Esse socorro poderá vir repentinamente: “Então, aparecerá no céu o sinal do Filho do
Homem; todos os povos da terra se lamentarão e verão o Filho do Homem vindo sobre as nuvens
do céu, com poder e muita glória” (Mateus 24.30).

 Terceiro ensinamento: Confiar em Jesus é completamente diferente de confiar em


construções humanas. Confiar em sua Palavra, em sua Promessa é completamente
diferente de confiar em governos falhos e passíveis de erro.

Para tanto é preciso aprender a observar os sinais de esperança que estão espalhados em todos
os lugares, como por exemplo: “Aprendei, pois, a parábola da figueira: quando já os seus ramos
se renovam e as folhas brotam, sabeis que está próximo o verão” (Mateus 24.32). Quando
estamos em uma estação muito difícil, tal como o inverno por exemplo, sabemos que o mesmo
terá fim. Como? Observando o que acontece ao nosso redor, pois sabemos que o inverno irá
passar. Não há inverno eterno, o verão chegará! Isso é esperança!

Esperança não tem hora e nem dia para chegar, precisa ser vivida todos os dias. Precisa ser
“buscada”, esperada e partilhada todos os dias! Talvez por isso o texto nos diga: “Mas a respeito
daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos dos céus, nem o Filho, senão o Pai” (Mateus
24.36).

Essa Esperança, da vinda de alguém que irá reverter a história, é que motiva! Viver a Esperança é
crer que a estação irá mudar, é crer que Deus sabe o tempo certo para agir.

Palavra que Ilumina a Vida


A vinda do Senhor é certa! O auxílio de Deus em nossa vida, em nossos dilemas, em nossos
momentos de sofrimento e dor são certos. Não há uma hora específica e nem uma data marcada
no calendário, pois o socorro pode vir repentinamente. Para aquele povo, essa palavra gerou
esperança.
Enquanto se espera pelo retorno de Cristo é de grande importância manter uma vida santificada e
em paz, cultivando bom relacionamento com as pessoas ao nosso redor e também com Deus.
Essa espera não é de braços cruzados, não é uma espera passiva. É tempo de praticar o amor, a
exortação, o consolo, a benignidade, a alegria, a oração, a gratidão e os dons do Espírito. É dessa
forma que uma pessoa se mantém conservada, íntegra e irrepreensível para a vinda do Senhor (I
Tessalonicenses 5.23 E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e
alma, e corpo, sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor
Jesus Cristo.).

Como somos pessoas curiosas, normalmente queremos saber como acontecerá a volta de Cristo.
Imaginamos como ocorrerá, se os animais vão ou não; se haverá raios, trovões e terremotos; se
nossos corpos sumirão subitamente e só ficarão as roupas; se vamos conseguir ouvir as
trombetas, etc. Todos esses elementos fazem parte desse tema e do que se fala sobre ele. Para
muitas coisas não temos a revelação do Senhor, pois agora conhecemos em parte (I Coríntios
13.9 Porque, em parte, conhecemos, e em parte profetizamos.). É preciso ter cuidado com o que
se escuta, pedindo discernimento ao Senhor para não nos deixar levar por revelações humanas,
na maioria das vezes irresponsáveis.

Mais importante do que sabermos como vai acontecer, é compreendermos como devemos viver,
para podermos então nos encontrar com Cristo. Mais importante do que a forma é o motivo: para
que Jesus vai voltar? O que isso implica em nossa vida? Por que isso faz parte de nossa fé?

A nossa fé se alimenta de promessas: das que já se cumpriram e das que irão se realizar.
Passado e futuro, o que Deus já fez e ainda fará, certeza e esperança. Como viver neste tempo
intermediário é de suma importância.

Que essa palavra também gere em nós esperança e a certeza de que, no tempo certo Deus agirá!

Conclusão
Falar do retorno de Cristo nos traz esperanças de que nossa vida não se limita aqui. Jesus voltará
para buscar sua Igreja para que ela viva a Plenitude de Cristo. O centro da esperança cristã é a
expectativa de ser recebido na plena comunhão com Deus. Quem morre ou vive em Jesus, terá
um futuro com Ele!

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Por fim
Pensar na volta de Cristo é relembrar a importância e necessidade de permanecermos pacientes
e perseverantes na fé, agindo com prudência e em vigilância.
Se assim vivermos, não precisaremos ter medo do que virá, basta nos mantermos fiéis ao nosso
Senhor e ao seu mandado, proclamando o Evangelho, vivendo em santidade.

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Para refletir
O que a “espera” pela volta de Jesus deve gerar em nós, além da esperança?
Os anos em que esperamos pelo cumprimento de uma promessa é o mais importante, ou o modo
de viver essa esperança enquanto o cumprimento dessa promessa não chega?

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Leia durante a semana
:: Domingo: Mateus 24 :: Segunda-feira: Marcos 13.14-37
:: Terça-feira: Lucas 12.35-40 :: Quarta-feira: Atos 1.11
:: Quinta-feira: I Tessalonicenses 5.12-28 :: Sexta-feira: I Coríntios 13.9
:: Sábado: I Tessalonicenses 1.1-10

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Bibliografia
Em Marcha. O Reino de Deus e o Terceiro Milênio. Revista do/a aluno/a, 2000. Editora Cedro sob
licença da Igreja Metodista.
RIENECKER, Fritz. Evangelho de Mateus. Comentário Esperança. Curitiba: Ed. Evangélica
Esperança, 1993.
TASKER,R.V.G. Evangelho Segundo Mateus. São Paulo: Mundo Cristão, 1982.
Em Marcha. Princípios da Fé Cristã. Revista do/a Professor/a. Igreja Metodista. São Paulo,
2018.2. Angular editora.

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