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Transformadores

(slide 1) “o que são os transformadores?”


Eles são dispositivos usados para abaixar ou aumentar a tensão e a
corrente. Os transformadores consistem em dois enrolamentos de fios, primário e
secundário, envolvidos em um núcleo metálico. A passagem de uma corrente
elétrica alternada no enrolamento primário induz à formação de uma corrente
elétrica alternada no enrolamento secundário. A proporção entre as correntes
primária e secundária depende da relação entre o número de voltas em cada um
dos enrolamentos.
Exemplos de aplicações mais importantes são no transporte e
distribuição de energia elétrica, subindo os valores no início do transporte e
diminuindo estes valores próximo dos utilizadores. Outras utilizações generalizadas
são na maioria das aparelhagens domésticas e industriais, em que é preciso alterar
o valor da tensão da rede de alimentação para os adaptar aos valores a que o
aparelho funciona.

(slide 2)
Funcionamento: (imagem)
A fonte de tensão V1 é aplicada através do enrolamento primário do
transformador. Seu enrolamento secundário é mantido aberto. Onde N1 e N2 são os
números de voltas de seus enrolamentos primário e secundário, respectivamente.
A corrente Em é a corrente de magnetização que flui através do
enrolamento primário do transformador. A corrente de magnetização produz o fluxo
φm no núcleo do transformador.
funcionamento de Transformador Ideal utilizando as leis e as
relações de transformação

É basicamente um transformador imaginário que não tem perda de núcleo,


resistência ôhmica e nenhum fluxo de vazamento. O transformador ideal tem a
seguinte característica importante.

1. A resistência do enrolamento primário e secundário torna-se zero.


2. O núcleo do transformador ideal tem permeabilidade infinita. O infinito
permeável significa menos corrente magnetizante para magnetizar o
núcleo em si.
3. O fluxo de fuga do transformador torna-se zero, isto é, todo o fluxo induz
no núcleo das ligações do transformador com o seu enrolamento primário
e secundário.
4. O transformador ideal tem 100% de eficiência, isto é, o transformador está
livre de histerese e perda de corrente parasita.

As leis no transformador ideal


(i) a Lei de Lenz estabelece que a força electro-motriz e a corrente induzidas no
secundário são tais, que as linhas de força aí geradas contrariam o fluxo magnético
estabelecido pelo primário;

(ii) a Lei de Faraday estabelece a existência de forças electro-motrizes induzidas no


primário e no secundário (os fenómenos da indução electromagnética e da indução
mútua);

(iii) a Lei de Ohm estabelece a presença de uma corrente no secundário, caso aos
terminais deste se encontre ligada uma impedância.
Por que o transformador não funciona com uma fonte de corrente
contínua?

O transformador não funciona com corrente contínua devido ao fato de que ele tem
funcionamento baseado em princípios do eletromagnetismo, onde um campo
magnético variável produz um fluxo magnético variável, que é responsável pela
corrente induzida.
Ou seja, para haver indução eletromagnética, você precisa de uma variação do
campo magnético ou do condutor dentro do campo. Se você ligar um transformador
em corrente contínua a indução ocorre apenas no momento da comutação.

Perdas no transformador:

- Perdas no cobre: são perdas derivadas do aquecimento resistivo que


acontece nos enrolamentos primário e secundário do transformador
- Perdas por corrente parasita: essas são perdas derivadas do aquecimento
resistivo que ocorre no núcleo do transformador
- Perdas por histerese: acontecem com as alterações das configurações dos
domínios magnéticos que acontecem no núcleo durante cada semiciclo do
transformador
- Perdas por fluxo de dispersão: Os fluxos DP e DS que escapam do núcleo
e passam através de apenas um dos enrolamentos do transformador são
fluxos de dispersão. Os fluxos que se dispersaram produzem uma indutância
de dispersão nas bobinas primária e secundária.
O único fator que pode ser alterado para tentar reduzir as perdas é a
dimensão dos condutores. Então, pode-se reduzir a dimensão, subdividindo
os condutores e isolando-os uns dos outros.
Por que o núcleo do transformador é laminado?

O transformador consta de duas bobinas independentes, enroladas sobre um


núcleo de ferro. Este é laminado para evitar a perda de potência pelas
correntes de Foucault.

Ensaios em Transformadores
Ensaio de curto-circuito: O objetivo do ensaio de curto circuito é determinar
os demais parâmetros do circuito equivalente, além das perdas ocorridas nos
enrolamentos de cobre, sob condições de carga nominal. Nesse ensaio é
aplicado o valor da corrente nominal de menor valor, ou seja, a corrente do
enrolamento de maior tensão, mantendo o outro lado em curto- circuito.
No ensaio de curto-circuito, os terminais de baixa tensão do
transformador são colocados em curto-circuito e os terminais de alta tensão
são ligados a uma fonte de tensão variável. A tensão de entrada é ajustada
até que a corrente no enrolamento em curto-circuito seja igual ao seu valor
nominal. A tensão, a corrente e a potência de entrada podem ser medidas
novamente.
Durante o ensaio de curto-circuito, a tensão de entrada é tão baixa que
uma corrente desprezível circula no ramo de excitação. Se a corrente de
excitação for ignorada, toda a queda de tensão no transformador poderá ser
atribuída aos elementos em série do circuito.

Ensaio a vazio: O ensaio a vazio é realizado a fim de determinar as perdas


que ocorrem no núcleo do transformador, perdas por histerese e perdas por
correntes parasita, PHF, e também os termos do ramo de magnetização do
circuito equivalente, Rm e XLm (reatância indutiva) . Apesar de poder ser
feito tanto do lado de AT quanto de BT, por medida de segurança, esse
ensaio é realizado no lado de menor tensão, já que é necessário aplicar o
valor de tensão nominal, mantendo o outro lado aberto.

No ensaio a vazio ou de circuito aberto, um enrolamento do


transformador é deixado em circuito aberto e o outro enrolamento é
conectado à tensão nominal plena de linha. Nas condições descritas, toda a
corrente de entrada deve circular através do ramo de excitação do
transformador.
Os elementos em série R1 e X1 são pequenos demais, em comparação
com RC e XM, para causar uma queda de tensão significativa, de modo que
essencialmente toda a tensão de entrada sofre queda no ramo de excitação.

(mostrar o desenho)

Uma tensão nominal de linha é aplicada a um lado do transformador. A


seguir, a tensão de entrada, a corrente de entrada e a potência de entrada do
transformador são medidas. (Lado de baixa tensão, porque é mais fácil de
manipular) Com essas informações, vai dar para calcular o fator de potência
da corrente de entrada e também a magnitude e o ângulo da impedância de
excitação.

Explique por que o ensaio de curto-circuito de um transformador


mostra apenas as perdas I^2R, e não as perdas magnéticas?

Como os terminais de baixa tensão do transformador são colocados em


curto-circuito, os de alta tensão daí são ligados a uma fonte de tensão
variável e durante o ensaio, a tensão de entrada acaba sendo tão baixa que
uma só vai ter uma corrente praticamente nula circulando no ramo de
excitação.

Explique por que o ensaio a vazio de um transformador mostra


apenas as perdas magnéticas, e não as perdas I^2R?

Como as perdas no cobre acontecem devido ao aquecimento resistivo nos


enrolamentos primário e secundário do transformador, acontece que toda
corrente de entrada tem que circular através do ramo de excitação do
transformador e os elementos em série RP e XP são pequenos demais, em
comparação com RC e XM, pra fazer uma queda de tensão significativa, de
modo que com que toda a tensão de entrada sofra uma queda no ramo de
excitação. Ou seja, sem esse aquecimento resistivo, apenas as perdas
magnéticas podem ser levadas em conta.

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