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UNIVERSIDADE FERAL DE ALAGOAS

INSTITUTO DE FÍSICA

LABORÁTORIO DE FÍSICA 3

RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA

CAMPO A PARTIR DO POTENCIAL

Aluno: Domingos Clemente Pereira


Professor: Carlos Jacinto da Silva
UNIVERSIDADE FERAL DE ALAGOAS

INSTITUTO DE FÍSICA

LABORÁTORIO DE FÍSICA 3

RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA

CAMPO A PARTIR DO POTENCIAL

Relatório do experimento acima citado realizado por


meio da observação em vídeo do experimento, sob
orientação do professor Carlos Jacinto da Silva,
como requisito para avaliação da disciplina
Laboratório de Física 3.

Maceió – AL
1. INTRODUÇÃO TEÓRICA.............................................................................................................03
2. OBJETIVOS....................................................................................................................................05
3. MATERIAIS E PROCEDIMENTOS..............................................................................................06
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES...................................................................................................07
4.1. ELETRODO CILINDRICO......................................................................................................07
4.2. ANEL DE LATÃO ENTRE OS ELETRODOS.......................................................................08
4.3. PLACAS RETÂNGULARES...................................................................................................09
5. CONCLUSÃO.................................................................................................................................10
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.............................................................................................11
1. INTRODUÇÃO TEÓRICA

Os corpos possuem a capacidade de serem atraídos ou repelidos. Isso se deve a presença de cargas
elétricas nos mesmos, sejam elas positivas ou negativas. Essas cargas, quando aproximadas podem gerar
repulsão ou atração. A atração e a repulsão são ocasionadas por uma força elétrica F, advinda da interação
entre os corpos. A maneira como os corpos se relaciona é determinada pelo campo elétrico.
Campo elétrico: uma partícula eletricamente carregada gera um campo que irá interferir na
interação com outros corpos, e este campo pode ser representado pela equação 1 mostrada a seguir: 𝐄⃗=𝐅
/𝐪𝟎, em que: 𝐄⃗é o campo elétrico, dado em N/C (newtons por coulomb), produzido por uma carga de
prova q0, dada em C (coulomb) e ⃗F é a força elétrica, dada em N (newtons).
Para se representar o campo elétrico, utiliza-se de linhas, conhecidas como linhas de campo elétrico.
Elas servem para uma melhor visualização desse campo. Essas possuem algumas propriedades, tais quais:
 Em qualquer ponto da linha de campo, a orientação da mesma é a orientação do campo
elétrico E⃗nesse campo.
 As linhas de campo são colocadas de forma que o número de linhas por unidade de área é
proporcional ao módulo do campo elétrico E⃗. Nas regiões de maior densidade de linha, o
campo elétrico é maior, e em regiões de densidade menor de linhas, o campo é menor.
 As linhas de campo nunca se cruzam.
 As linhas de campo se afastam das cargas positivas e se aproximam das cargas negativas,
como pode ser mostrado na figura 1.

Figura 1 – A figura demonstra o afastamento das


linhas de campo de cargas positivas e a aproximação de cargas negativas, além de mostrar a direção
tangencial às linhas do campo elétrico.

Potencial Elétrico: Quando uma força eletrostática age entre duas ou mais partículas de um sistema,
pode-se associar uma energia potencial elétrica U ao sistema. Se o sistema muda de uma configuração
inicial i para uma configuração inicial f, a força eletrostática exerce um trabalho W, sobre as partículas: ∆𝐔
= 𝐔𝐟 − 𝐔𝐢 = −𝐖. O potencial elétrico é a capacidade da força exercida pelo campo de realizar trabalho, ele
é a energia potencial por unidade de carga. Ele não depende das cargas inseridas posteriormente, mas
somente da carga de prova q0 geradora do campo elétrico na região. O potencial elétrico V pode ser

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definido: 𝐕 = 𝐔/𝒒𝟎. Entretanto, o potencial elétrico não é muito utilizado, mas sim a diferença entre os
potenciais de dois pontos, conhecida como diferença de potencial (d.d.p): ∆𝐕 = 𝐕𝐟 − 𝐕𝐢 = 𝐔𝐟/𝒒𝟎 – 𝐔𝐢/𝒒𝟎 =
∆𝐔/𝒒𝟎 ou ∆𝐕 = 𝐕𝐟 − 𝐕𝐢 = − 𝐖/𝒒𝟎. Portanto, a diferença de potencial entre dois pontos é o trabalho (com
sinal negativo) realizado pela força eletrostática para deslocar uma carga unitária de um ponto para o outro.
Por fim, têm-se as superfícies equipotenciais. Essas superfícies são caracterizadas por apresentarem mesmo
potencial elétrico em diferentes pontos e qualquer ponto nessa superfície forma um ângulo reto com o
campo elétrico E⃗.

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2. OBJETIVOS

Observar o comportamento do campo eletrostático a partir da determinação experimental de linhas


equipotenciais em meios condutores líquidos.

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3. MATERIAIS E PROCEDIMENTOS

Foi montado o experimento conforme mostra a figura 2, onde A e B representam as pontas fixa e
móvel respectivamente, imersas em solução eletrolítica (CuSO4) contida na cuba. Também na cuba, C e D,
representam os eletrodos que estarão ligados à fonte. O Multímetro (M) se encontra ligado entre as pontas.

Figura 2: Montagem para investigação das linhas de campo entre eletrodos circulares.

Inicialmente o potenciômetro da corrente da fonte de tensão foi posicionado em 1A e a tensão da


fonte em 6V. Foi usado uma folha de papel milimetrado por baixo da cuba para poder identificar os pontos
característicos do espaço que serão mapeados. Foi efetuado então o movimento da ponteira móvel para
observar o comportamento da corrente em função da d.d.p. estabelecida entre as ponteiras. Em seguida foi
obtido 7 pontos do primeiro potencial depois, em 2 potenciais diferentes obtidos 5 pontos de cada com a
finalidade de mapear uma linha equipotencial. Foi efetuado o mapeamento de pelo menos 3 (três) linhas
equipotenciais diferentes. Após foi traçado algumas linhas de campo em função das equipotenciais obtidas.
Após finalizar a primeira etapa foi colocado um anel na cuba entre os eletrodos e observado o
comportamento do potencial na região de fora, próxima e em seu interior. O mesmo procedimento foi feito
usando placas metálicas como eletrodos, montado conforme a figura 3.

Figura 2: Montagem para investigação das linhas de campo entre placas retangulares paralelas.

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4. RESULTADOS E DISCUSSÕES

4.1. Eletrodo Cilíndrico

X Y Voltagem (V) X Y Voltagem (V) X Y Voltagem (V)


-4,4 0 1,25 -3,4 0 0,90 -1,8 -0,2 0,45
-5,4 2,3 1,25 -3,7 1,8 0,90 -2,0 2,5 0,45
-8,5 3,9 1,25 -6,2 6,9 0,90 -2,6 5,8 0,45
-11,9 5,2 1,25 -4,3 -3,9 0,90 -2,0 -3,7 0,45
-5,4 -2,6 1,25 -5,7 -7,3 0,90 -2,5 -6,6 0,45
-7,4 -4,4 1,25
-10,4 -6,9 1,25

Com os dois eletrodos em forma cilíndrica, as superfícies equipotenciais formam círculos


concêntricos em torno dos dois eletrodos, quando próximo ao ponto médio entre eles, essas superfícies
ficam achatadas. As tensões nas superfícies equipotenciais são maiores nas superfícies próximas ao
eletrodo negativo e diminuem gradativamente com a aproximação do eletrodo positivo. As linhas de campo
elétrico saem radiais do eletrodo positivo, corta todas as superfícies equipotenciais perpendicularmente,
exibindo (exceto as linhas sobre a linha que liga o centro dos dois eletrodos) uma forma curva até chegar
radialmente ao eletrodo negativo. Pode-se ver a representação das linhas de campo na fig 4.

Fig. 4: Representação gráfica das linhas de campo usando eletrodos em forma cilíndrica.
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4.2. Anel de latão entre os eletrodos

 Fora do anel as linhas de campo são normais às superfícies metálicas, como se pode observar na fig.
5.

X Y Voltagem (V) X Y Voltagem (V)


-1 -7 0,13 2 -7 -0,28
-1 -5,4 0,13 2,3 -4,6 -0,28
-1,3 -4 0,13 3 -3 -0,28
-2 -3 0,13 3,4 -1,4 -0,28
-2,7 -1,7 0,13 3,5 0 -0,28
-3 0 0,13 3 2 -0,28
-2,7 2,4 0,13 2 3,5 -0,28
-1,4 3,7 0,13 2 5 -0,28
-1 5,8 0,13

Fig. 5: Representação gráfica das linhas de campo em torno do anel metálico

 Dentro do anel, o campo elétrico é nulo então o potencial elétrico é constante. As superfícies
equipotenciais próximas ao eletrodo (placas retangulares) são linhas paralelas ao eletrodo (positivo), à
medida que se afasta deste eletrodo, as linhas começam a contornar o anel metálico conforme na fig.5.
As tensões, novamente são maiores próximas ao eletrodo negativo e menores próximos ao eletrodo
positivo. As linhas de campo saem paralelas de um eletrodo e começam a assumir uma forma curva até
chegarem no anel.
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4.3. Placas retangulares

Observando a tabela abaixo vemos que pontos à mesma distância da placa metálica tinham os
mesmos potenciais, com isso vemos que as linhas equipotenciais além de linhas retas, são paralelas a cada
uma das placas, como pode ser visto na fig. 6, e as tensões nas superfícies são menores próximas ao pólo
positivo da fonte de tensão e aumentam quando se aproxima do eletrodo negativo.

X Y Voltagem(V X Y Voltagem (V) X Y Voltagem(V)


)
-7 -6 1,10 -4 -5,4 0,62 -1 -5 0,15
-7 -3,7 1,10 -4 -3 0,62 -1 -1,7 0,15
-7 -1,1 1,10 -4 -0,3 0,62 -1 -0,3 0,15
-7 1,6 1,10 -4 2,1 0,62 -1 2,5 0,15
-7 4,3 1,10 -4 4,8 0,62 -1 4,5 0,15

X Y Voltagem(V X Y Voltagem (V) X Y Voltagem(V)


)
6 -6,3 -1,00 4 -6,4 -0,65 2 -6,8 0,33
6 -2,7 -1,00 4 -3,3 -0,65 2 -3,2 0,33
6 -0,3 -1,00 4 0 -0,65 2 0 0,33
6 2,4 -1,00 4 2,6 -0,65 2 2,7 0,33
6 5,0 -1,00 4 5,3 -0,65 2 5,5 0,33

Fig. 6: Representação gráfica das linhas de campo originadas por eletrodos ligados à placas
metálicas.
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5. CONCLUSÃO

Com isso foi possível observar uma relação entre o potencial elétrico e o campo elétrico, onde
quanto maior a d.d.p. maior o campo elétrico e vice-versa, além disso também foi observado a relação
inversamente proporcional entre as distâncias dos eletrodos e o campo elétrico. Por meio dos pontos
obtidos foi possível notar que as superfícies equipotenciais assumem a forma dos eletrodos, tanto quando
usado as placas metálicas quanto os eletrodos cilíndricos. Também se pode notar que o campo é
perpendicular à superfície e segue a direção das linhas do campo.
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6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

Halliday, David, 1916-2010 Fundamentos de física, volume 3: eletromagnetismo / David Halliday, Robert
Resnick, Jearl Walker; tradução Ronaldo Sérgio de Biasi. - 10. ed. - Rio de Janeiro: LTC, 2016. il.; 28 cm.

http://fma.if.usp.br/~mlima/teaching/4320292_2012/Cap3.pdf

https://youtu.be/qhvqrChNjJ0
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