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UNIVERSIDADE DA INTEGRAÇÃO INTERNACIONAL DA LUSOFONIA

AFRO- BRASILEIRA
INSTITUTO DE ENGENHARIAS E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
BACHARELADO EM ENGENHARIAS DE ENERGIAS

AUGUSTO SEBASTIÃO PEDRO PACATO

PRÁTICA N° 04: LEI DE OHM E IDENTIFICAÇÃO DE UM RESISTOR NÃO


ÔHMICO

Redenção – CE
2021
AUGUSTO SEBASTIÃO PEDRO PACATO

LEI DE OHM E IDENTIFICAÇÃO DE UM RESISTOR NÃO ÔHMICO

Relatório da aula prática de laboratório de


Eletromagnetismo no curso de Engenharia de
Energias, na universidade Internacional da
Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB).

Prof. Dr. SABI YARI MOÏSE BANDIRI

Redenção- CE
2021

2
Sumário
1. Fundamentação teórica....................................................................................................4

2. Objetivos............................................................................................................................5

3. Materiais e métodos..........................................................................................................5

3.1 Materiais....................................................................................................................5

3.2 Métodos.....................................................................................................................5

4. Resultados e discussões...................................................................................................10

5. CONCLUSÃO.................................................................................................................15

6. REFERENCIAL.............................................................................................................16
1. Fundamentação teórica

RESISTORES

Os resistores (Figura 1) são dispositivos elétricos que possuem a característica de


oferecer oposição à passagem da corrente elétrica. Essa característica é conhecida como
resistência elétrica. Para determinarmos essa resistência, aplicamos uma diferença de potencial
V entre os terminais desse resistor e medimos a corrente i que passa por ele. A resistência R
será, então, definida pela razão V/i (1):
v
R=
i

Fonte: elaboração própria

Os resistores possuem diversas aplicações em circuitos eletrônicos. Entre elas, reduzir a


intensidade de corrente elétrica, fazer cair a tensão elétrica em um circuito e em sistemas de
aquecimento através do efeito Joule.
RESISTORES ÔHMICOS
De acordo com Nussenzveig (1997, p. 104), a resistência de um fio condutor é dada pela

v
equação R= a figura (2) abaixo nos mostra o comportamento de um resistor ôhmico.
i

Fonte: elaboração própria

A equação acima referenciada, ela tem uma relação é válida para todos os condutores,
independente da natureza de tal condutor. Em um condutor metálico, os elétrons no seu interior
encontram-se em um estado de movimento aleatório. Ao ligarmos as extremidades desse
condutor nos terminais de uma bateria, cria-se um campo elétrico E em todos os pontos do
interior desse condutor, produzindo um movimento organizado, que é denominado corrente
elétrica. Nos resistores ôhmicos, a densidade de corrente elétrica j é proporcional ao campo
elétrico E. O fator de proporcionalidade entre j e E é denominada condutividade elétrica (σ) (3):
j =¿ σE. Através da relação (3) chega-se a relação macroscópica para a Lei de Ohm. Resistores
que respeitam a lei de Ohm, mantém a relação, independentes de variáveis externas como
temperatura, luminosidade, são chamados de resistores ôhmicos.
RESISTORES NÃO ÔHMICOS

Um resistor não-ôhmico é um resistor que, quando variamos a tensão elétrica V em seus


terminais, a corrente i também varia, mas não necessariamente de maneira linear. Ou seja, o
resistor não obedece a Lei de Ohm, pois sua resistência não permanece constante e a relação
entre V e i não é linear. Podemos citar como exemplo o díodo emissor de luz (Light Emitting
Diode – LED). Graficamente eles são representados:

Fonte: elaboração própria

2. Objetivos

 Determinar a relação entre a diferença de potencial aplicada aos extremos de uma


resistência elétrica e a intensidade de corrente que circula pela mesma;
 Construir a curva característica de uma resistência ôhmica;
 Identificar uma resistência ôhmica;
 Reconhecer as condições de associação ao circuito, dos medidores amperímetro e
voltímetro;
 Construir a curva característica de um resistor não-ôhmico;
3. Materiais e métodos
3.1 Materiais
 01 painel para eletroeletrônica CC e CA, isolante transparente;
 01 jumper;
 01 resistor de 100 Ohm;
 01 interruptor Liga-Desliga;
 01 cabo preto 1 metro;
 01 cabo preto 0,5 metro;
 01 cabo vermelho 1 metro;
 01 cabo vermelho 0,5 metro;
 02 cabos vermelho 0,20 metro;
 02 multímetros (para leitura de amperagem e voltagem);
 01 lâmpada 4,5 V;
 01 fonte de alimentação CC tipo EQ030 (110V).

3.2 Métodos
1. Lei de Ohm

 Fez-se a montagem conforme mostrado na Figura 1.


Figura 1: Material montado (resistência ôhmica

Fonte: Manual do laboratório de eletromagnetismo


Instruções para a montagem de circuito:

CHAVE LIGA E DESLIGA

 Ligou-se a posição II da chave a entrada positiva da fonte;


 Ligou-se a posição I da chave a posição C1 do
painel. CONECTOR COM PONTE
 Conectou-se entre D1 e E1 do painel.
RESISTOR:
 Conectou-se entre F1 e F2 do painel.
VOLTÍMETRO
 Conexão vermelha (VΩ) ligou-se na posição G1;
 Conexão preta (COM) ligou-se na posição G2 do painel;
AMPERÍMETRO
 Conexão vermelha (mA) ligou-se na posição E2 do painel;
 Conexão preta (COM) ligou-se na saída negativa da fonte;
 Manteve-se a chave auxiliar desligada e observou-se se a polaridade do amperímetro
estava correta em relação a saída da fonte;
 Ligou-se a fonte de alimentação e regulou-se para 0,5 VCC.
A Figura 2 em seguida representa um diagrama esquemático do circuito a ser montado.

Figura 2: Diagrama esquemático do circuito (resistência ôhmico)


Fonte: Manual de prática de laboratório.

a) Como é chamado este tipo de associação elétrica existente entre a chave liga/desliga, a
resistência e o amperímetro?
b) Ligou-se o amperímetro na escala de 200 mA, em seguida fechou-se a chave e
descreveu- se o observado no amperímetro. Em seguida, desligou-se a chave. Anotou-
se os resultados obtidos.
c) Trocou-se os pinos conectados ao amperímetro e ligou-se novamente a chave auxiliar
descreveu-se o observado em relação ao sinal do valor no display.
d) Com base em suas observações anteriores, como se deve ligar um medidor de corrente
(amperímetro) a um circuito de corrente contínua? A polaridade influencia?
e) Ligou-se o voltímetro na escala de 20 V (tensão contínua) e, em seguida, regulou-se a
fonte de alimentação conforme as tensões e escalas fornecidas na Tabela 1 abaixo e
anotou-se (em cada caso) o valor lido no amperímetro na escala 200 mA. Completou-
se a tabela fornecido pelo manual;
Tabela 1:Tensão, corrente e resistência
Tensão Intensidade R = V/
aplicada da corrente (Ω)
(V) (A)
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0
2,5
Fonte: Elaboração própria.

f) Após coletar os dados desligou-se a fonte.


g) Com os dados da Tabela 1, fez-se o gráfico V x I desta resistência e classificou-se a
curva obtida no gráfico.
 Instruções para o gráfico:
 Escolheu-se escalas apropriadas nos eixos do gráfico, de maneira que todo o
espaço milimetrado fosse utilizado;
 Marcou-se os pontos experimentais;
 Traçou-se uma reta que se ajuste aos pontos experimentais, ou seja, tenha a
mesma quantidade de pontos nos dois lados, se comportando como uma reta
mediana.
h) Observando os quocientes obtido na última coluna da Tabela 1. Como as grandezas
tensão e intensidade de corrente estão relacionadas?
i) A constante de proporcionalidade R é chamado de resistência elétrica do trecho
compreendido entre as posições F1 e F2 em que foi conectado um resistor. Esta pode
ser caracterizada como uma resistência ôhmica? Justifique.
j) Indique uma característica principal de uma resistência classificada como ôhmica.
k) Enuncie a lei de Ohm.
l) Qual é o significado físico da declividade do gráfico V x I?

2. Identificação de um resistor não ôhmico


 Realizou-se a montagem do segundo procedimento trocando o resistor pela lâmpada e
colocando os cabos do voltímetro na posição H1 e H2, conforme a Figura 3.
Figura 3: Montagem do painel

Fonte: Manual de prática de laboratório.

A Figura 4 a seguir representa um diagrama esquemático do circuito a ser montado.


Figura 4: Diagrama esquemático do circuito (não ôhmico)

Fonte: Manual de prática de laboratório.

 Regulou-se a fonte de alimentação para 0 VCC;


 Desconectou-se o cabo vermelho no amperímetro e o conectou-se na escala de 20 A e
ligou- se;
a) Ligou-se a chave auxiliar. Variou-se a tensão da fonte de 0,5 em 0,5 volt e completou-
se a Tabela 2. Quando necessário, mudou-se gradativamente o valor da corrente na
fonte para atingir a tensão desejada.
Tabela 2: Tensão, corrente e resistência
Tensão Intensidade R=
aplicada da corrente V/
(V) (A) (Ω
)
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0
2,5
Fonte: Elaboração própria.
b) Fez-se o gráfico V x I da lâmpada e comparou-se o gráfico com o gráfico do resistor
ôhmico.
c) A resistência elétrica oferecida por esta lâmpada é ôhmica ou não ôhmica? Justifica a
resposta.
d) Em que fator(variável) a temperatura pode influenciar nesta observação?
e) Em que tensão você observou que a lâmpada começou a encandece
4. Resultados e discussões
1. Lei de Ohm
 Fizemos a montagem conforme mostrado na Figura 5.
Figura 5: Material montado (resistência ôhmica)

Fonte: aula virtual

a) Como é chamado este tipo de associação elétrica existente entre a chave liga/desliga, a
resistência e o amperímetro?
R: Podemos chama-lo de associação de circuito elétrico em série.
b) Quando ligamos o amperímetro na escala de 200 mA verificamos que este marcava
uma amperagem de 5,1 mA.
c) Ao trocarmos os pinos conectados ao amperímetro verificamos que o valor
apresentado no display se tornou negativo, ou seja, tivemos uma amperagem de -5
mA.
d) Com base em suas observações anteriores, como se deve ligar um medidor de corrente
(amperímetro) a um circuito de corrente contínua? A polaridade influencia?
R: Com base nas observações, o vermelho deve ser ligado no vermelho e o preto no preto.
Podemos afirmar que a polaridade influência sim no resultado, porque quando se trocou
os pinos conectados ao amperímetro, invertemos também a polaridade e notamos que isso
influenciou no valor mostrado no display.
e) Ligamos o voltímetro na escala de 20 V (tensão contínua) e, em seguida, regulamos a
fonte de alimentação conforme as tensões e escalas fornecidas na Tabela 1 abaixo e
anotamos o valor lido no amperímetro na escala 200 mA.
Tabela 3:Tensão, corrente e resistência
Tensão aplicada Intensidade da corrente R = V/i(Ω)
(V) (A)
0 0,0002 0
0,5 0,0051 98,039215
69
1 0,0102 98,039215
69
1,5 0,0153 98,039215
69
2 0,0204 98,039215
69
2,5 0,0255 98,039215
69
Fonte: Elaboração própria.

f) Após de termos coletados os dados desligamos a fonte.


g) Com os dados da Tabela 1, fizemos o gráfico V x I desta resistência e analisando a
curva obtida no gráfico podemos chamar este resistor de Resistor ôhmico.
Gráfico 3: Tensão(V) x Intensidade(I)

Tensão(V) x Intensidade(I)
0,03

0,02
Intensidade da corrente (A)

0,02

0,01
5

0,01

0,00
5

0 0 0,5 1 1,5 2 2,5 3


Tensão (V)

Fonte: Elaboração própria.

h) Observando os quocientes obtido na última coluna da Tabela 1. Como as grandezas


tensão e intensidade de corrente estão relacionadas?
R: Ao efetuarmos uma observação dos quocientes obtidos na última coluna da tabela
1, podemos ver que a aleatoriedade entre os valores obtidos é aproximadamente
alguns valores constante, logo, podemos aceitar que os quocientes obtidos alteram de
forma constante, portanto, as grandezas tensão e a intensidade de corrente, têm uma
correlação linear, se aumentamos um, o outro aumenta também.
i) A constante de proporcionalidade R é chamado de resistência elétrica do trecho
compreendido entre as posições F1 e F2 em que foi conectado um resistor. Esta pode
ser caracterizada como uma resistência ôhmica? Justifique.
R: Sim, pode ser caracterizada como uma resistência ôhmica, porque a correlação
entre a tensão e intensidade é linear, podemos confirmar esta caracterização
analisando a curva obtida no gráfico 1, a curva é uma resistência linear, ou seja, é
uma resistência ôhmica, e a partir do conceito da resistência ohmico, nós podemos
determinar analisando a figura, ou seja, a sua linearidade.
j) Indique uma característica principal de uma resistência classificada como ôhmica.
R: A característica principal de uma resistência ôhmica, é quando a intensidade da
corrente e a tensão seguem um certo equilíbrio, se aumentamos um, o outro
aumenta também.
k) Enuncie a lei de Ohm.
R: Segundo Halliday e Resnick (2016), A lei de ohm diz que “[...]a corrente que
atravessa um dispositivo é sempre diretamente proporcional à diferença de potencial
aplicada ao dispositivo”
l) Qual é o significado físico da declividade do gráfico V x I?
R: O significado físico da declividade do gráfico V x I, é que ela representa a
Resistência.
2. Identificação de um resistor não ôhmico
 Realizou-se a montagem do segundo procedimento trocando o resistor pela lâmpada e
colocando os cabos do voltímetro na posição H1 e H2, conforme a Figura 6.
Figura 6: Montagem do painel

Fonte: aula virtual


 Regulou-se a fonte de alimentação para 0 VCC;
 Desconectou-se o cabo vermelho no amperímetro e o conectamos na escala de 20 A e
ligamos;
a) Ligou-se a chave auxiliar. Variamos a tensão da fonte de 0,5 em 0,5 volt e
completamos a Tabela 2.
Tabela 2: Tensão, corrente e resistência

Tensão aplicada Intensidade da corrente R=


(V) (A) V/i(Ω)
0 0 0
0,5 0,12 4,1666666
67
1 0,17 5,8823529
41
1,5 0,22 6,8181818
18
2 0,25 8
2,5 0,29 8,6206896
55
Fonte: Elaboração própria.

b) Executou-se o gráfico V x I da lâmpada e comparamos o gráfico com o gráfico do


resistor ôhmico, verificamos que a curva obtida no gráfico 2 não era linear.
Gráfico 4: Tensão(V) x Intensidade(I)

Tensão(V) x Intensidade(I)
0,03

0,02
Intensidade da corrente (A)

0,02

0,01
5

0,01

0,00
5

0 0 0,5 1 1,5 2 2,5 3


Tensão (V)

Fonte: Elaboração própria.

c) A resistência elétrica oferecida por esta lâmpada é ôhmica ou não ôhmica? Justifica a
resposta.
R: Sendo que quando variamos a tensão elétrica V em seus terminais, a corrente i
também varia, mas não necessariamente de maneira linear, neste caso a resistência
elétrica oferecida por esta lâmpada é não ôhmica, porque a curva obtida no gráfico
não é linear.
d) Em que fator(variável) a temperatura pode influenciar nesta
observação? R: Sim. A temperatura pode influenciar na Resistência.
e) Em que tensão você observou que a lâmpada começou a encandecer?
R: Na tensão 1 volt, observou-se que a lâmpada começou a
encandecer.
5. CONCLUSÃO

Para chegar ao do relatório, apraz-nos dizer que de acordo com (Halliday, 1994, p.123)
“Semicondutores são materiais com poucos elétrons de condução, mas com níveis de condução
disponíveis próximos, em energia, às suas bandas de valência. Tornam-se condutores pela
agitação térmica dos elétrons ou, mais importante ainda, pela dopagem do material com outros
átomos que contribuem com elétrons para a banda de condução”. Na indústria, são de grande
importância na fabricação de componentes eletrônicos como diodos e transistores. São de
particular interesse os semicondutores que podem ter sua resistência elétrica variável com
parâmetros externos ao circuito, como luminosidade, temperatura, pressão, etc. Estes podem ser
utilizados como sensores de variáveis ambientais.
Com os experimentos feitos e os resultados obtidos, foi possível apreendemos a
identificar os resistores ôhmicos e resistor não ôhmico, por intermédio do gráfico e através
das suas curvas e característica. No entanto, notou-se que elas apresentam características
muito diferentes e bem claras. Para esse fim, é muito importante nos apreendemos a
identificar os resistores ôhmicos e resistores não ôhmicos, para podermos saber usar
adequadamente algumas situações.
6. REFERENCIAL

 HALLIDAY, David, RESNICK, Robert. Fundamentos de Física, 3ed., Riode


Janeiro:Livros Técnicos e Científic os, Editora SA, 1993. V.03, p.115-125.
 SILVA, Claudio Xavier da; BARRETO FILHO, Benigno. Física: Aula Por Aula:
eletromagnetismo, ondulatória e física moderna. São Paulo: Ftd, 2010.

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