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FURTO: PRIVILÉGIO X PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA

FURTO PRIVILEGIADO
Art. 155, § 2º - Se o criminoso é primário, e é de pequeno valor a coisa furtada, o juiz pode
substituir a pena de reclusão pela de detenção, diminuí-la de um a dois terços, ou aplicar somente
a pena de multa.

PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA
O princípio da insignificância tem natureza jurídica de causa de exclusão de tipicidade material.
QUESTÃO 01
(CESPE/2011 – PC-ES - Perito) Acerca dos crimes contra o patrimônio, e sua tipicidade, julgue o
item que se segue.

O furto privilegiado não se confunde com a aplicação do princípio da bagatela, pois, ao contrário
do que se dá nas hipóteses de aplicação deste último, não há exclusão da tipicidade, e mantêm-
se presentes os elementos do crime, ainda que a pena ao final aplicada seja tão somente de
multa.
ESTELIONATO X FURTO MEDIANTE FRAUDE
ESTELIONATO
Art. 171 - Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou
mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento:
Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa, de quinhentos mil réis a dez contos de réis.

FURTO MEDIANTE FRAUDE


Art. 155, § 4º - A pena é de reclusão de dois a oito anos, e multa, se o crime é cometido:
(...)
II - com abuso de confiança, ou mediante fraude, escalada ou destreza;
ESTELIONATO X FURTO MEDIANTE FRAUDE
QUESTÃO 02
(CESPE/2011 – PC-ES - Perito) Acerca dos crimes contra o patrimônio, e sua tipicidade, julgue o
item que se segue.

No crime de estelionato, a fraude, ou ardil, é usada pelo agente para que a vítima, mantida em
erro, entregue espontaneamente o bem, enquanto, no furto mediante fraude o ardil é uma forma
de reduzir a vigilância da vítima, para que o próprio agente subtraia o bem móvel.
ROUBO: CONSUMAÇÃO

Súmula 582 STJ - Consuma-se o crime de roubo com a inversão da posse do bem mediante
emprego de violência ou grave ameaça, ainda que por breve tempo e em seguida à perseguição
imediata ao agente e recuperação da coisa roubada, sendo prescindível a posse mansa e pacífica
ou desvigiada.
QUESTÃO 03
(CESPE/2013 – DPF-DF – Defensor Público) Julgue os seguintes itens, relativos aos crimes de porte
ilegal de arma de fogo, roubo e falsificação.

Conforme a mais recente jurisprudência do STF, o crime de roubo se consuma quando o agente,
depois de cessada a violência ou a grave ameaça, tem a posse pacífica e desvigiada da coisa
subtraída.
CONCUSSÃO X EXTORSÃO
QUESTÃO 04
(CESPE/2012 – TJ-AC – Técnico Judiciário) Em relação aos crimes em espécie, julgue os itens
subsequentes.

Pratica crime de extorsão o funcionário público que, em atividade de fiscalização, constranja,


mediante violência, a vítima a entregar-lhe determinada soma em dinheiro para evitar a
aplicação de penalidade administrativa.
FURTO X APROPRIAÇÃO INDÉBITA
FURTO
Art. 155 - Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel:
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.

APROPRIAÇÃO INDÉBITA
Art. 168 - Apropriar-se de coisa alheia móvel, de que tem a posse ou a detenção:
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
QUESTÃO 05
(CESPE/2011 – PC-ES - Perito) Acerca dos crimes contra o patrimônio, e sua tipicidade, julgue o
item que se segue.

No crime de apropriação indébita, o agente consegue ou recebe a posse ou detenção do bem


móvel de outrem já inicialmente de forma clandestina, e o crime se consuma quando logra ter a
posse tranquila do objeto material do crime.
RECEPTAÇÃO
RECEPTAÇÃO SIMPLES
Art. 180 - Adquirir, receber, transportar, conduzir ou ocultar, em proveito próprio ou alheio, coisa
que sabe ser produto de crime, ou influir para que terceiro, de boa-fé, a adquira, receba ou
oculte:
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.

RECEPTAÇÃO QUALIFICADA
§ 1º - Adquirir, receber, transportar, conduzir, ocultar, ter em depósito, desmontar, montar,
remontar, vender, expor à venda, ou de qualquer forma utilizar, em proveito próprio ou alheio, no
exercício de atividade comercial ou industrial, coisa que deve saber ser produto de crime:
Pena - reclusão, de três a oito anos, e multa.
QUESTÃO 06
(CESPE/2011 – PC-ES - Perito) Acerca dos crimes contra o patrimônio, e sua tipicidade, julgue o
item que se segue.

A imputação, no crime de receptação, em qualquer de suas formas, só se dará se houver prova de


que o agente tinha ciência de que o bem objeto do delito era produto de crime, inadmitindo-se a
presunção nesse sentido.
FALSIDADE: MATERIAL X IDEOLÓGICA

MATERIAL IDEOLÓGICA

Aspectos
Conteúdo
físicos

Agente não
Agente tem
tem
legitimidade
legitimidade

Cabe prova Não cabe


pericial prova pericial
QUESTÃO 07
(CESPE/2021 – TCE-RJ – Analista de Controle Externo) No que se refere aos crimes em espécie,
julgue o item que se segue.

No crime de falsidade ideológica, a forma material do documento é inalterada, sendo falso


apenas o conteúdo nele inserido.
FALSA IDENTIDADE
Art. 307 - Atribuir-se ou atribuir a terceiro falsa identidade para obter vantagem, em proveito
próprio ou alheio, ou para causar dano a outrem:
Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa, se o fato não constitui elemento de crime
mais grave.

Súmula 522-STJ: A conduta de atribuir-se falsa identidade perante autoridade policial é típica,
ainda que em situação de alegada autodefesa.
QUESTÃO 08
(CESPE/2013 – PC-BA – Investigador) Julgue o próximo item, relativo a crimes contra a fé
pública. Considere a seguinte situação hipotética.

Celso, maior, capaz, quando trafegava com seu veículo em via pública, foi abordado por policiais
militares, que lhe exigiram a apresentação dos documentos do veículo e da carteira de
habilitação. Celso, então, apresentou habilitação falsa.

Nessa situação, a conduta de Celso é considerada atípica, visto que a apresentação do


documento falso decorreu de circunstância alheia à sua vontade.
USO DE DOCUMENTO FALSO
Art. 304 - Fazer uso de qualquer dos papéis falsificados ou alterados, a que se referem os arts. 297
a 302:
Pena - a cominada à falsificação ou à alteração.

USO DE USO DE
FALSA
DOCUMENTO DOCUMENTO
IDENTIDADE
FALSO ALHEIO

Utilização de
Utilização de um documento Sem utilização de
documento falso verdadeiro de documento
terceiro
QUESTÃO 09
(CESPE/2021 – Polícia Federal – Delegado) Com relação aos crimes contra a fé pública, julgue o
item que se segue.

O indivíduo foragido do sistema carcerário que utiliza carteira de identidade falsa perante a
autoridade policial para evitar ser preso pratica o crime de falsa identidade.
QUESTÃO 10
(CESPE/2013 – Polícia Federal – Delegado) Com relação aos crimes previstos no CP, julgue os itens
que se seguem.

A falsa atribuição de identidade só é caracterizada como delito de falsa identidade se feita


oralmente, com o poder de ludibriar; quando formulada por escrito, constitui crime de
falsificação de documento público.

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