Você está na página 1de 12

Início

Notícias
Brasil

PUBLICIDADE

PUBLICIDADE

 
MATÉRIAS DA CAPA
BRASIL

Brasil registra recorde de lançamentos de


filmes nacionais em 2017
 há 4 horas
EDUCAÇÃO

Medidas inclusivas tornam o Enem mais


acessível
 há 6 horas
MATO GROSSO DO SUL

PMA inicia nesta quarta a operação Dia de


Finados
 há 6 horas
DOURADOS

Escola de beleza engaja alunos em ações


sociais
 há 6 horas
BRASIL
Tribunal que melhor cumpre lei de acesso à
informação será premiado
 há 6 horas
 

PUBLICIDADE

FAMÍLIA - João Matos: burocracia


ainda atrapalha processo de adoção
Quase um ano depois da vigência da Lei Nacional de Adoção (12.010/09), o
principal problema para quem quer adotar uma criança ou um adolescente
continua sendo a burocracia e a falta de estrutura nas varas da infância e da
adolescência para atender à demanda de famílias interessadas em adotar.

Na opinião do deputado João Matos (PMDB-SC) - autor de um dos projetos


que resultaram na Lei Nacional da Adoção, publicada em 3 de agosto de 2009
no Diário Oficial da União -, a diferença da fila dos que querem adotar e das
crianças que aguardam uma família substituta existe por conta da burocracia.
“Se a destituição do poder familiar fosse mais rápida, haveria mais crianças
disponíveis para adoção”, garante.

Segundo dados do Conselho Nacional de Justiça, existem hoje no Brasil cerca


de 30 mil pretendentes à adoção e 4,7 mil crianças e adolescentes cadastrados
e aptos a serem adotados. Outro número preocupante é o de menores que
vivem em abrigos, aguardando uma decisão da Justiça. Números da
Associação dos Magistrados do Brasil (AMB) mostram que cerca de 80 mil
crianças e adolescentes estão em abrigos, sendo que apenas 10% desse total
podem ser adotados.

Prazo máximo - Francisco de Oliveira Neto, vice-presidente da AMB para


Assuntos da Infância e a Juventude, acredita que a Lei Nacional da Adoção
promoveu mudanças necessárias na legislação. Em primeiro lugar, disse,
porque criou o prazo máximo de dois anos de permanência das crianças e
adolescentes em abrigos. “Segundo, porque obrigou os juízes a justificar, a
cada seis meses, a permanência dos menores nessas instituições.”

Para Oliveira Neto, a criação do Cadastro Nacional de Adoção mostra a opção


política do Poder Judiciário pela questão social. Mas, completa, faltam
assistentes sociais e psicólogos nas varas da infância e da juventude, que não
conseguem atender à demanda.

Segundo o representante da AMB, esse número de 80 mil é uma avaliação por


baixo, pois não existem estatísticas oficiais sobre os abrigos. “A situação pode
ser muito pior”, avalia. Oliveira Neto, entretanto, acredita que os novos prazos
da Lei Nacional de Adoção poderão, com o tempo, reduzir esse número.
“Temos menos de um ano da lei em vigor, é pouco tempo para mudar a
realidade”, disse.

Apesar dos números, o deputado João Matos também acredita que a nova lei
trouxe muitos avanços. Ele lembra que, depois do prazo de dois anos de
permanência da criança ou adolescente em abrigos, não sendo possível sua
reintegração familiar, o menor entra no Cadastro Nacional de Adoção e só
permanecerá abrigado se não for mesmo possível a adoção.

A lei também torna obrigatória a assistência psicológica à gestante e à mãe no


período pré e pós-natal, inclusive às que se manifestam interessadas em
entregar seus filhos para a adoção. A lei define ainda que o adotado tem o
direito de conhecer sua origem biológica e de obter acesso irrestrito ao
processo de adoção após completar 18 anos. A Câmara realiza hoje, às 10h,
sessão solene para comemorar o Dia Nacional da Adoção (25 de maio).(Jornal
da Câmara)

O corregedor ressaltou que é preciso bom senso por parte dos magistrados ao
equilibrar o legalismo inerente ao assunto e o melhor destino para a criança.“Não
podemos deixar prevalecer a burocracia e retirar a oportunidade de adoção. Por isso,
é preciso um debate democrático como este, que possa nos fornecer o subsídio para
construir um cadastro sem excessos burocráticos, que satisfaça a necessidade das
varas”.

A conta não bate. De acordo com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), no


Ceará, existem 450 pessoas na fila para adotar uma criança e somente 90
meninos e meninas se encontram disponíveis para adoção. Há, em tese, exatos
cinco pretendentes a pais para cada criança. Em outro contexto, caberia aos
pequenos elegerem pessoas ou casais para constituírem suas novas famílias.
Mas a realidade, no Estado e em todo o Brasil, é a de centenas de crianças e
adolescentes que continuam abrigadas em centros de acolhimento por tempo
indefinido, vivendo apenas na esperança de ter um lar novamente ou, em
muitos casos, pela primeira vez.

Se não pela falta de pretendentes, a adoção ainda esbarra em duas outras


dificuldades: a preferência dos pais por crianças dentro de um perfil específico e
a morosidade da Justiça, que, por conta de deficiências estruturais para acelerar
o processo de apadrinhamento, acaba por prolongar a estadia das crianças nos
abrigos.

No que diz respeito ao Judiciário, a demora se divide em várias etapas.


Primeiro, os pretendentes precisam passar por uma série de avaliações até
serem habilitados para a adoção.

Guarda

Por meio de entrevistas, análise de documentação e visitas domiciliares, é


examinada a situação socioeconômica e psicoemocional da família, a qual
também deve fazer um curso preparatório para assumir a guarda da criança.
Depois, começa a busca pelo futuro filho, o que, de acordo com as prioridades
dos pais, pode demorar semanas, meses ou anos.

Mas a grande dificuldade está na disponibilização das crianças para adoção.


Para isso, é necessário haver a destituição do poder familiar, que permite que
meninos e meninas abandonados sejam desvinculados por completo dos pais e
parentes biológicos e liberados para serem adotados.

Procedimento

Segundo Manoel Clístenes, titular da 5ª Vara da Infância e Juventude de


Fortaleza e membro da Comissão de Adoção Internacional do Tribunal de
Justiça do Estado, o procedimento deveria durar, no máximo, seis meses.
Entretanto, devido à lentidão do Judiciário e da longa tentativa de recuperar os
laços da criança com a família de nascimento, a destituição pode levar mais de
um ano.

"Há uma tentativa grande de procurar os pais ou a família ampliada para não
romper esse vínculo, mas, muitas vezes, eles estão em outros Estados e até
Países. Quando chega alguém querendo adotar, é comum aparecer algum
parente alegando que deseja a guarda da criança, mas eles não vão em frente
com o que dizem e isso acaba atrasando mais", explica Clístenes.

Ele destaca, ainda, que, no Ceará, faltam varas exclusivas para assuntos de
Infância e Juventude, causando a sobrecarga daquelas já existentes e a
consequente morosidade no julgamento das ações de destituição. "Em muitos
municípios, apenas um local é responsável por toda a parte cível de crianças e
juventude, que trata não só das crianças desabrigadas, mas também de questões
de guarda, pensão alimentícia e outras. Isso causa dificuldades na própria vara",
afirma.
Burocracia

Enfrentar a burocracia e a demora resume o que a pedagoga Edinete da Costa e


o marido, Jorge da Costa, têm feito nos últimos nove meses, na tentativa de
adotar Mariana (nome fictício), de 12 anos. A menina vive no abrigo municipal
da cidade de Maracanaú há nove anos, mas nunca havia sido disponibilizada,
oficialmente, para adoção. Com uma idade considerada avançada para os
padrões dos pretendentes, as chances de Mariana conseguir novos pais não
eram animadoras.

Abrigo

Edinete e Jorge, que já possuem outra filha adotiva, Erika, de 7 anos, não
cogitavam adotar uma criança acima dos quatro anos de idade. Mas bastou uma
visita ao abrigo para que o casal se encantasse pela menina. "A gente se
apaixonou por ela, e ela pela gente", conta Edinete. Ao contrário da primeira
adoção, rápida e eficiente, a pedagoga e o marido estão lutando há quase um
ano para obter a guarda de Mariana.

"É um processo muito lento, principalmente para uma criança que está há tanto
tempo no abrigo. Infelizmente, acredito que essa dificuldade foi por causa do
descaso do poder público. A demora prejudica tanto as pessoas na fila quanto as
crianças, que acabam perdendo oportunidades", afirma a pedagoga.

Isso porque os anos vão passando, os pequenos vão crescendo e a adoção vai se
tornando cada vez mais difícil. Um agravante ao longo e burocrático processo é
a preferência dos pretendentes por crianças com características específicas.

Perfil procurado é de crianças com até três anos

O número de crianças deixadas em abrigos vem crescendo em proporção


superior à quantidade de processos de adoção que são concluídos. Com a falta
de celeridade na Justiça para consolidar os processos de adoção, as crianças
passam muito tempo nesses espaços e, crescidas, enfrentam mais dificuldades
de serem adotadas. Isso porque o perfil procurado para adoção é principalmente
de crianças com idade até três anos.

Luiza Helena dos Santos, diretora do Abrigo Tia Júlia, uma das unidades de
acolhimento no Estado, conta que todos os dias chegam novos meninos e
meninas abandonadas ao local. Hoje, são 93, a maioria na faixa etária entre 0 e
7 anos de idade. Outras, contudo, foram recebidas pela casa ainda bebês, mas
permanecem até agora, algumas com mais de 20 anos completos.

Problemas

Segundo a diretora, a partir dos quatro anos de idade, e principalmente quando


possuem quaisqier problemas de saúde, as crianças vão perdendo, cada vez
mais, as chances de adoção. O perfil mais procurado pelos pais que visitam a
unidade são aquelas com até 3 anos de idade, do sexo feminino, em perfeito
estado físico e mental.
Na visão de Luiza Helena, mais que as questões jurídicas, esse é o maior
empecilho à adoção de crianças no Estado e em todo o Brasil, atualmente.

"As meninas entre zero e três anos, brancas, são o perfil que os pais querem. Já
as crianças maiores e com comprometimento de saúde são bem mais difíceis de
serem adotadas. Antes, esse segundo tipo de adoção ficava muito para os casais
estrangeiros, mas nos últimos anos estamos tentando incentivar isso por aqui",
diz a diretora do abrigo.

O estímulo à adoção tardia e de crianças com deficiências e problemas de saúde


vêm dando certo. Segundo Luiza Helena dos Santos, das seis crianças adotadas
durante este ano no Abrigo Tia Júlia, quatro são maiores de quatro anos e
outras na mesma faixa etária estão sendo visitadas por famílias interessadas.

Mudança

O número, para a diretora, é promissor. "Graças a Deus, estamos conseguindo


mudar o perfil", diz ela. Ainda assim, Luiza afirma que o abrigo, possivelmente,
sempre estará cheio de crianças em situação de abandono e cultivando
constantemente a esperança de ter uma família pela primeira vez.

Interessados em ingressar com um processo de adoção precisam estar atentos e


procurar a Vara da Infância e da Juventude munido de documentação
necessária. Após realizar petição para dar incício ao processo de adoção, caso
seja aprovado, os dados passarão ao Cadastro NAcional de Adoção (CNA),
ferramenta para auxiliar os juízes na condução dos procedimentos.

Vanessa Madeira
Repórter

A adoção no Brasil ainda é vista como um processo


burocrático e lento. Entre as principais críticas — sendo
motivos que podem desestimular pessoas interessadas em
adotar — estão a demora do processo e a burocracia
existente. No entanto, Rosa Geane Nascimento, juíza titular
da 16ª Vara da Infância e da Juventude de Aracaju (SE), não
considera a adoção burocrática e afirma que a demora não
está no processo em si, mas sim relacionada ao perfil
escolhido pelos pretendentes. A magistrada explica que
tanto o processo de habilitação dos candidatos, quanto o de
adoção tem um prazo de 120 dias. O que pode prolongar a
espera por um filho é o perfil desejado.

Durante o processo de habilitação, o pretendente à adoção


delimita qual perfil deseja adotar ao determinar o sexo, raça,
cor, idade, se aceita ou não grupos de irmãos e crianças com
problemas de saúde. Porém, no Brasil, embora muitos
pretendentes tenham se aberto para a possibilidade de
ampliar a faixa etária de seus perfis, mais de 50% ainda só
aceitam crianças com até três anos. Nestes casos, a espera
será maior, porque além de já existirem muitas pessoas
também no aguardo por esse perfil, entre as 4.902 crianças
disponíveis para adoção, apenas 2,5% delas se encaixam
nessa faixa etária. Assim, quanto mais se aumenta a
abrangência do perfil, menor é o tempo de espera.

No entanto, é preciso chamar atenção para um problema:


alguns pretendentes acabam ampliando seus perfis, com o
intuito de receber logo um filho, mas não estão
verdadeiramente prontos para receber uma criança maior,
que já tem certa autonomia; traz consigo um histórico
marcado pelo abandono, violência, maus tratos ou abusos; e
ainda “testa” os seus pais, pois precisa ter a certeza de que é
verdadeiramente amado por aquela família e não irá viver
outra experiência de abandono. Assim, é possível que o
pretendente entre em contato com adoções que são mais
rápidas, mas nem sempre bem sucedidas.

Os prazos
A redução de prazos, visando garantir a celeridade dos
processos de adoção, tem sido tema de debate entre os
juristas e profissionais que lidam com o tema. Inclusive, em
novembro de 2017, foi sancionada uma lei com o intuito de
acelerar as adoções. Porém é importante destacar que essa
busca por uma agilidade não pode vir a comprometer a
qualidade do serviço prestado pela Justiça. “A busca por
uma tramitação mais célere sempre vai ser algo a ser
perseguido, agora uma tramitação célere que não venha
comprometer a qualidade da prestação jurisdicional”,
defende a juíza Iracy Mangueira, coordenadora da Infância e
da Juventude (CIJ) do Tribunal de Justiça de Sergipe
(TJSE).

A magistrada ressalta a importância destes prazos. Segundo


Iracy, os processos de infância e juventude não podem ser
interpretados de qualquer maneira, deve-se sempre analisar
com cuidado, para que se evite uma nova rejeição e uma
nova violação de direitos. O estágio de convivência, por
exemplo, é importante para que se avalie corretamente
aquela relação que está se formando, a fim de evitar que se
gere uma frustração ou pior, a devolução das crianças. Por
mais que ao conhecer a criança, o pretendente tenha certeza
de que quer adotá-la, é preciso que a Justiça também tenha
certeza de que aquela relação será bem sucedida. É por este
motivo que existe esse período em que a criança tem contato
com aquela família, acompanhado de profissionais como um
psicólogo e uma assistente social.

Iracy Mangueira também destaca como o Judiciário tem


atuado de forma a buscar sempre o cumprimento desses
prazos, principalmente para que se evite a
institucionalização dessas crianças — ou seja, aqueles casos
de crianças que passam sua vida dentro de uma instituição
de acolhimento. “Dentro do que a lei exige, nós temos que
realizar todo um esforço dentro daquela perspectiva de
prioridade absoluta, que rege o ordenamento jurídico da
infância e da juventude, para que esse processo de fato
termine nesse período. E aí sim, se não está terminando,
vamos ver. Então a partir desse enfoque pontual, vai poder
corrigir essas distorções para colocar esse processo num
fluxo de tramitação compatível com o padrão que é
estabelecido pela norma. Lógico que isso é um desafio
constante”, explica.

A destituição do poder familiar prolonga o


processo de  adoção?
A legislação brasileira prioriza o retorno da criança para sua
família, sendo a adoção a última medida a ser tomada. Há
uma ordem de medidas a serem tomadas antes de retirar o
poder desses pais e colocar a criança para adoção. A
primeira delas é a análise da possibilidade de reinserir
aquela criança em sua família biológica. Quando essa se
mostra impossível, há a busca por familiares próximos com
quem a criança tenha laços de afetividade, a chamada
família extensa. E, diante da impossibilidade da família
extensa, há a destituição do poder familiar.

O processo de destituição do poder familiar tem um prazo


de 120 dias. Quando essa criança já se encontra destituída
do poder familiar, ela passa a constar no Cadastro Nacional
da Adoção (CNA), uma ferramenta digital do Conselho
Nacional de Justiça (CNJ), que auxilia os juízes das Varas da
Infância e da Juventude na condução dos procedimentos
dos processos de adoção em todo o país.

Porém, nem todas as adoções acontecem através do CNA.


Juíza titular da 16ª Vara da Infância de Aracaju (SE), Rosa
Geane Nascimento relata que há situações de pessoas que
optam por não se inscrever no cadastro, onde as crianças já
estão destituídas, e acabam se dirigindo à Vara com dois
processos: o de adoção, junto com o de destituição do poder
familiar. Nestes casos, em que há a entrega direta da
criança, antes de permitir que esses pretendentes a adotem,
é preciso que se analise se há a possibilidade de manter essa
criança em sua família biológica ou com parentes próximos,
além de ouvir os genitores para confirmar o seu desejo de
entregar esta criança para adoção.

O problema desse processo de adoção, que vem cumulado


com o de destituição, está no fato de que muitos pais que
realizam a entrega direta dos seus filhos, na maioria dos
casos, residem em um município ou estado diferente dos
pretendentes. Como esta criança não pode ser destituída e
adotada sem antes se ouvir os genitores e ser feito um
estudo social dessa família, esses procedimentos acabam
prologando um processo, chegando a passar do prazo
estipulado. “São esses processos que mais demoram,
infelizmente. E sem contar que ainda corre o risco de o pai e
a mãe se arrependerem, contestar a ação, recorrer. Demora
mais ainda”, comenta a juíza da 16ª Vara de Aracaju.

Demanda x quadro funcional


Além das questões burocráticas e dos perfis idealizados
pelos pretendentes, a baixa na equipe técnica em alguns
estados do país também tem sido apontada com uma das
causas da lentidão dos processos de adoção. Em muitos
estados, faltam assistentes sociais e psicólogos. Estes
profissionais desempenham um papel demasiadamente
importante no processo de adoção, pois além de fazerem a
análise dos candidatos, acompanham os pais adotivos no
processo de adaptação dessa criança. E todos os processos
de adoção dependem dos pareceres destes profissionais. Por
este motivo, quando a demanda se torna maior do que o
número de funcionários, os prazos acabam sendo
comprometidos.

No Juizado da Infância de Aracaju isto também acontece,


principalmente após um corte de equipe. Mas a juíza não
considera o principal problema, já que mesmo com uma
equipe reduzida, se tem conseguido realizar um bom
trabalho. “Nós conseguimos, dentro da medida do possível,
cumprir os prazos ou extrapolar o mínimo possível. Mas
acontece? Acontece. Por quê? Porque quando a demanda
aumenta e você não aumenta o quadro funcional, vai gerar
esse tipo de dificuldade”, conta Rosa Geane Nascimento.

Quanto a essa questão, a coordenadora da Infância e da


Juventude em Sergipe, Iracy Mangueira, cita a alteração
feita pela Lei 13.509, que prevê que na insuficiência de
servidores públicos integrantes do Poder Judiciário, para
realização dos estudos psicossociais ou qualquer outra
espécie de avaliação, a autoridade poderá proceder a
nomeação de perito. Assim, embora o ideal seja que as Varas
tenham sua própria equipe, essa flexibilização da lei traz
celeridade a esses processos.

Você também pode gostar