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GUIÃO DE LEITURA
1. Exploração do título
• Construção de significado a partir do título do poema
• Inferir o tema/assunto
• Relação com a periodização da literatura angolana
Monangamba Quem?
Naquela roça grande não tem chuva Quem faz o milho crescer
é o suor do meu rosto que rega as e os laranjais florescer
[plantações: - Quem?
Naquela roca grande tem café maduro Quem dá dinheiro para o patrão comprar
e aquele vermelho-cereja maquinas, carros, senhoras
são gotas do meu sangue feitas seiva. e cabeças de pretos para os motores?
O café vai ser torrado Quem faz o branco prosperar,
pisado, torturado, ter barriga grande - ter dinheiro?
vai ficar negro, negro da cor do contratado. - Quem?
Negro da cor do contratado! E as aves que cantam,
os regatos de alegre serpentear
Perguntem às aves que cantam, e o vento forte do sertão
aos regatos de alegre serpentear responderão:
e ao vento forte do sertão: - “Monangambééé..."
Quem se levanta cedo? quem vai à tonga? Ah! Deixem-me ao menos subir às
Quem traz pela estrada longa [palmeiras
a tipóia ou o cacho de dendém? Deixem-me beber maruvo, maruvo
Quem capina e em paga recebe desdém e esquecer diluído nas minhas bebedeiras
fuba podre, peixe podre,
panos ruins, cinqüenta angolares - "Monangambééé..."
"porrada se refilares"?
António Jacinto
3. Intertextualidade
• Pesquisa de um texto da literatura moçambicana que expresse o mesmo sentimento
patente neste poema de António Jacinto (justificação) (HEI)
Literaturas Africanas II AM
1. Exploração do título
• Construção de significado a partir do título do poema
• Inferir o tema/assunto
• Relação com a periodização da literatura angolana
Vadiagem
a vida
peito com peito
beijos e beijos
as vozes cada vez mais bebadas de liberdade
a Maria se chegando
a Maria se entregando
Uma viola a tocar
e a noite quebrada na luz do nosso amor…
António Jacinto