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AS DESCULPAS QUE NÃO CONVENCEM A DEUS (Lc. 14.

15-24)

O ser humano herdou de Adão um péssimo defeito, que é o de arrumar um


bode expirató rio para justificar os seus erros:

“Então disse Adão: A mulher que me deste por companheira, ela me deu da árvore,
e comi.” (Gn. 3:12).

O habito de inventar desculpas para se esquivar de suas obrigaçõ es e chamado


de “Síndrome de Adã o”

Há muitos que criam álibis, pretextos, desculpas para não aceitar a Jesus; e
essas desculpas nã o convencem a Deus!

O Senhor Jesus usa costumes do seu contexto social para ilustrar as desculpas
que a s pessoas criavam para nã o se alinharem a o Reino de Deus. Vejamos:

1. Os banquetes na cultura oriental:

No Oriente, o lar não é um recinto isolado. A casa de um senhor abastado, uma


pessoa rica e influente, que convida seus amigos para um banquete, torna-se uma sala
teatral, com entrada franca.

Os curiosos podem entrar e espiar; naturalmente, nã o faltam nunca


espectadores, jovens e velhos, que têm para isso tempo e muito gosto.

Ajuntam-se diante da porta e ficam ali, olhando todo o movimento.

Os assistentes vão entrando e acomodando-se no salão de jantar, quer


pobres, quer mendigos, nã o importa, todos entrando no recinto com a mais digna
naturalidade.

Entre os nômades do deserto, os visitantes se reclinam junto à s paredes das


tendas.
Um xeique abastado nunca deixa de mostrar sua riqueza de modo liberal.

Depois de servir os convidados à mesa, em redor dos pratos, no interior da


tenda, ordena que o mesmo seja feito à s pessoas mais afastadas que se encontram
pró ximas à tenda, do lado de fora, à entrada.

Toda refeição é acompanhada de muita conversa.

Não se pode negar que, deste modo, os diá logos durante as refeiçõ es cedem
lugar a um ambiente mais elevado e espiritualizado.

Como a refeição é símbolo de união, amizade, de comunidade, uma pessoa só


se assentava à mesa com outros homens que consideravam amigos.

Partindo-se desta reflexão, compreende-se melhor o motivo que levou os


fariseus a censurarem Jesus, principalmente porque ele comia com publicanos e
pecadores.

Para eles, seria mais tolerável que o Rabi os tivesse apenas saudado ou
pregado do que ter participado de uma refeiçã o em companhia deles.

2. A recusa a participar da grande ceia:

Esses últimos ensinamentos do Salvador impressionaram alguns


convidados, pelo que um deles, dando livre curso aos seus pensamentos, exclamou: 

Bem-aventurado o que comer pão no Reino de Deus! (Lc 14.15) Em outras


palavras: "Bem-aventurados os eleitos!" Isso deu ocasiã o a Jesus para mais uma liçã o:

As primeiras frases aludem a um costume até hoje usado entre os árabes da


Palestina e que era também praticado pelos romanos:
Chegada a hora do banquete, o anfitrião enviava um mensageiro a dizer aos
convidados que tudo estava preparado.

Recusar-se a participar dele depois de ter aceitado o convite era fazer uma
grosseira injú ria ao pai de família, era uma tremenda desonra.

Este ficou mais irritado ainda pelo fato de todos os convidados se desculparem
com motivos fú teis, já que as ocupaçõ es podiam ter sido previstas ou adiadas.

Mas aquele homem prudente e generoso, que representa Deus, com rá pida
resoluçã o soube preencher os vazios em sua mesa.

Primeiro, ele mandou chamar os que estavam nas ruas e nas praças pú blicas da
cidade; depois, os que estavam fora dos muros da cidade e andavam pelo caminho.

É fácil entender essa parábola apenas recordando o proceder do Salvador no


decurso de sua vida pú blica e os princípios a que se apegava.

3. Os três grupos convidados:

a. Os primeiros convidados figuram os judeus, aos quais Deus primeiro


abriu as portas do reino messiâ nico.

b. Depois da recusa deles, foram convidados membros de categoria inferior,


 Os pobres,
 Os aleijados,
 Os mancos e
 Os cegos na ordem moral;

Quer dizer, os pecadores e publicanos, em oposiçã o aos escribas, fariseus e


demais classes que permaneceram incrédulas.

c. O terceiro convite é ainda mais bondoso, já que se endereça aos pró prios
gentios, aos quais se vai buscar fora do judaísmo, e que, depois de alguma resistência,
vêm em nú mero crescente à festa.
4. Conclusão:

Nenhuma desculpa foi aceita pelo dono da festa, que é Deus, cuja resposta
foi: Porque eu vos digo que nenhum daqueles varões que foram convidados provará
a minha ceia (Lc 14.24)

Isso aponta claramente para a reprovação dos judeus como naçã o sacerdotal e
de todos os que rejeitam o convite de Jesus hoje.

Mas de quem é a culpa senão deles próprios que, apesar dos reiterados
convites, recusaram-se a participar da festa, da salvaçã o em Cristo?

 Hoje, essas desculpas poderiam ser:

a. As riquezas: Um havia comprado terras, fazendas e isso nã o lhe permitia


participar desse banquete – Cristo, o Pã o da vida...

b. As atividades diárias, empregos, compromisso: Outro terminara de


adquiria juntas de boi, o que era usado para trabalhar a terra, arar o campo,
investimento.

c. Os prazeres da vida: O ú ltimo tinha contraído matrimô nio – e a lei


judaica dizia que durante um ano ele nã o poderia fazer outra coisa a nã o ser
consolidar o seu casamento...

 Qual desculpa você daria hoje para nã o aceitar a Jesus?

 O que te impede hoje de firmar uma aliança com Cristo?

 O que seria mais importante na sua vida do que servir a Deus?

 O que poderia te afastar hoje do grande baquete, que é a salvaçã o em


Jesus?

Pense nisso! Que Deus te abençoe.

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