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Indicações Indiretas
fernando.osorio@ifsc.edu.br
Tipos medições
• Medições diretas
• Medições indiretas
Motivação
b ± U(b)
• Como estimar a incerteza
do valor de uma grandeza
que é calculada a partir de
c ± U(c)
operações matemáticas
com os resultados de
outras grandezas
medidas?
A=b .c
U(A) = ? Incerteza da área
Considerações Preliminares
CONCEITOS
Medições indiretas
◼ O valor do mensurando é determinado a
partir de operações matemáticas envolvendo
resultados de duas ou mais grandezas de
entrada medidas separadamente.
◼ Exemplos:
◼ A área de um terreno calculada através do produto
entre sua largura pelo seu comprimento.
◼ Determinação da corrente elétrica dividindo a
queda de tensão sobre um resistor pelo valor da
sua resistência.
O Modelo Matemático
◼ É necessário um modelo matemático
que relacione as grandezas de entrada
com o valor do mensurando.
◼ Exemplos:
◼ A = l . H (AREA)
◼ V = d / t (VELOCIDADE)
Dependência estatística &
correlação
• Duas variáveis aleatórias são consideradas
estatisticamente independentes ou não
correlacionadas se as variações aleatórias da
primeira não guardam nenhum tipo de
sincronismo com as da segunda.
• Exemplo:
• a temperatura da água do mar na praia da Joaquina
e a cotação do dólar.
Dependência estatística
◼ Duas variáveis aleatórias são consideradas
estatisticamente dependentes ou
correlacionadas se as variações aleatórias da
primeira ocorrem de forma sincronizada com
as variações aleatórias da segunda.
◼ Exemplos:
◼ Os valores em Real da cotação do Euro e do Dólar
(na verdade quem mais muda é o Real).
◼ A temperatura da água do mar em duas praias
próximas.
Dependência estatística
◼ A grande maioria dos casos de interesse
prático da engenharia é suficientemente bem
modelada considerando medições como
variáveis aleatórias independentes ou não
correlacionadas.
◼ Apenas os casos que envolvem medições
independentes ou não correlacionadas serão
abordados no tópico seguinte:
Estimativa da Incerteza Combinada em
Medições não Correlacionadas (MNC)
Adição e subtração de MNC
◼ O quadrado da incerteza combinada da
adição ou subtração de MNC é calculado
pela soma dos quadrados das incertezas
padrão de cada termo:
MNC
1 2 [U(mT)]2 = [U(m1)]2 + [U(m2)]2
[U(mT)]2 = [6]2 + [8]2 = 100
m1 = (1000 ± 6) g U(mT) = 10 g
m2 = (2000 ± 8) g
MNC
1 2 [U(mc)]2 = [U(m1)]2 + [U(m2)]2
[u(mT)]2 = [6]2 + [8]2 = 100
m1 = (1000 ± 6) g U(mT) = 10 g
m2 = (2000 ± 8) g
mC + m 1 = m 2 mC = (1000 ± 10) g
Multiplicação de MNC
◼ Na multiplicação de MNC o quadrado da
incerteza combinada relativa é calculado
pela soma dos quadrados das incertezas
padrão relativas de cada fator:
2 2 2
u(X 1.X 2 ) u(X 1 ) u(X 2 )
= +
X1.X 2 X1 X 2
u (X1.X 2 ) = u (X1 ) + u (X 2 )
2
R
2
R
2
R
Divisão de MNC
◼ Na divisão de MNC o quadrado da incerteza
combinada relativa é calculado pela soma
dos quadrados das incertezas padrão
relativas do divisor e do dividendo:
2 2 2
u(X 1/X 2 ) u(X 1 ) u(X 2 )
= +
X1/X 2 X1 X 2
u (X1/X 2 ) = u (X1 ) + u (X 2 )
2
R
2
R
2
R
Generalizando: Multiplicação
e Divisão de MNC
◼ Na multiplicação e/ou divisão de qualquer
número de MNC o quadrado da incerteza
combinada relativa é calculado pela soma
dos quadrados das incertezas padrão
relativas de cada termo por:
Determine o volume de
uma pirâmide com base
retangular, cujas
dimensões estão
especificadas na figura, e
altura
a b
h = (200,0 ± 1,0) mm.
a = (100,0 ± 0,8) mm
a.b.h
b = (90,0 ± 0,6) mm V=
3
Exemplo 3: Multiplicação
Cálculo do volume:
a.b.h 100 90 200
V= V= = 600000 mm3
3 3
Incerteza do volume:
2 2 2 2
U (V ) U (a ) U (b) U (h)
V = a + b + h
2 2 2 2
U (V ) 0,8 0,6 1,0
600000 = 100 + 90 + 200 U(V) = 6931 mm³
2
U (V ) V = (600,0 ± 6,9) 10³
600000 = (64 + 44 + 25) 10 -6
mm³
Exemplo 4: Divisão de MNC
V Determine a corrente
elétrica que passa por um
resistor de (500,0 ± 1,0)
sobre o qual foi medida
R I
uma queda de tensão de
(150,0 ± 3,0) V.
V
I= U(R) = 1,0 Ω
R
U(V) = 3,0 V
Exemplo 4: Divisão de MNC
V 2 2 2
U(I) U(V) U(R)
I = V + R
2 2 2
I U(I) 3,0 1,0
0,300 = 150 + 500
R
V = (150,0 ± 3,0) V 2
U(I)
R = (500,0 ± 1,0) 0,300 = 0,0004 + 0,000004
V 150
I= = = 0,300 A U(I) = 0,0060 A
R 500
I = (300 ±6) mA
Caso Geral de MNC
G = f ( X 1 , X 2 ,, X n )
2 2 2
f f f
u (G ) =
2
u ( X 1 ) + u ( X 2 ) + + u ( X n )
X 1 X 2 X n
f
= coeficiente de sensibilidade
X i
Podem ser calculados analitica ou numericamente
Caso Geral de MNC
◼ Se o número de graus de liberdade com
que cada incerteza padrão é determinada é
o mesmo, a equação pode ser escrita em
termos da incerteza expandida como:
2 2 2
f f f
U (G ) =
2
U ( X 1 ) + U ( X 2 ) + + U ( X n )
X 1 X 2 X n
Exemplo: Caso Geral de MNC
• Na determinação da massa específica (ρ) de
um material usou-se um processo indireto,
medindo-se em um laboratório, com uma
balança, a massa (m) de um cilindro cujo
diâmetro (D) e altura (h) foram determinados
por um micrômetro e um paquímetro
respectivamente. Após a compensação dos
erros sistemáticos, foram encontrados os
seguintes resultados e os respectivos números
de graus de liberdade para cada grandeza de
entrada:
Medições Realizadas
Para a massa:
m = (1580 ± 20) g
h Para o diâmetro:
D = (25,423 ± 0,006) mm
Para a altura:
D h = (77,35 ± 0,10) mm
Medições Realizadas
m = (1580 ± 20) g
h
D = (25,423 ± 0,006) mm
h = (77,35 ± 0,10) mm
D
Massa Específica
= f ( m, D , h )
h
m
=
Vol
4m
D
=
D h 2
Cálculo da incerteza combinada
2 2 2
f f f
U ( ) =
2
U (m) + U ( D ) + U (h)
m D h
− 8m − 4m
2 2 2
4
U ( ) = 2 U ( m) + 3 U ( D ) + 2 2 U ( h)
2
D h D h D h
2
U ( ) U ( m) U ( D ) U ( h)
2 2 2
= + 2 +
m D h
Cálculo da incerteza combinada
2
U ( ) U ( m) U ( D ) U ( h)
2 2 2
= + 2 +
m D h
2
U ( ) 20 0,0060 0,10
2 2 2
= +2 +
1580 25,423 77,35
2
U ( )
U ( ) =
2
= (16023,2 + 22,28 + 167,2 ).10 −8 = 16212,8.10 −8
R
Cálculo da incerteza combinada
4 .m 4 .1580
= = = 0,040239 g/ mm
3
. D 2 .h 3,14159 .(25,423 )2 .77,35