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Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor
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Índice
1. Introdução................................................................................................................................. 1
2. Análise e discussão dos dados .................................................................................................. 2
Conclusão ........................................................................................................................................ 7
Referências bibliográficas ............................................................................................................... 9
Apêndice ........................................................................................................................................ 10
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1. Introdução
A investigação teve a sua origem por um lado, pelo facto de se verificar que existem poucos
estudos acerca desta natureza. Por outro lado, pelo facto de a proponente ser uma estudante de
Administração Pública, o que irá constituir fonte de conhecimento na sua futura profissão.
A pesquisa seguiu o método dialéctica, numa natureza aplicada, exploratória, com abordagem
qualitativa e, tendo como procedimentos técnicos o estudo de campo, com recurso à entrevista. A
proponente elaborou perguntas de forma padronizada para que os entrevistados respondessem.
Esta técnica foi adoptada para este grupo porque permitiu recolher os testemunhos, interpretações
dos entrevistados e, permitiu a colocação de questões adicionais complementares.
Os resultados mostram que a SADC é constituída por países muito diferentes entre si em
inúmeros atributos que a abertura dos mercados e a livre concorrência não são suficientes para
provocar uma convergência real entre as diversas economias, na base da qual as taxas tendenciais
de crescimento do PIB podem aumentar, o volume de comércio incrementar-se a as condições
sociais de vida melhorarem e convergirem.
Moçambique situa-se ainda entre os países mais pobres da África Austral, aproximando-se, no
entanto ao nível dos indicadores de desempenho macro-económico da região da SADC. Contudo,
para dimanizar o desenvolvimento integrado dos países membros da SADC, os Estados Membros
da SADC devem implementar projectos de integração de carácter político-estratégicos, que são
um elemento de extrema relevância para a mudança na inserção internacional e no estímulo ao
desenvolvimento em países que sempre foram submetidos a uma lógica desigual no Sistema
Internacional.
2. Análise e discussão dos dados
As questões de entrevistas que foram dirigidas aos representantes do Serviço Distrital das
Actividades Económicas de Montepuez, Direcção de Área Fiscal de Montepuez (Autoridade
Tributária de Moçambique), categorizaram-se em três (3) dimensões (C1, C2 e C3) abertas para
explorar suas experiências e conhecimentos acerca do problema em estudo.
A categoria tinha como objectivo identificar as vantagens e desvantagens que Moçambique tem
como membro da SADC. Note-se que os participantes da pesquisa são rotulados pela letra (P).
Este exercício fundamenta-se da análise de conteúdo de Bardin (2011). Vejam-se,
sequencialmente, as suas respostas em recortes.
(P1) […como membro da SADC, Moçambique tem muitas vantagens devido a sua localização
geográfica, tornando-se provedor de serviços para a região, com os portos de Maputo, Beira e
Nacala, ligando através de linhas férreas e estradas os países do hinterland (Suazilândia, África
do Sul, Zimbabwe, Zâmbia e Malawi) enquanto a principal desvantagem do país é o freco
desenvolvimento industrial]. (P2) […as receitas que o país arrecada constituem uma grande
vantagem para Moçambique, uma vez que todos os países que usam as nossas estradas e portos
para escoar diversas mercadorias mas, apesar dessa vantagem, a falta de um controlo eficaz das
nossas fronteiras constitui uma grande desvantagem para o país]. (P3) […Moçambique, sendo o
maior produtor de energia eléctrica e tendo grande potencial de gás natural da regiã, entra em
vantagem porque pode exportar a energia e gerar riqueza para o país]. De acordo com os
depoimentos apresentados pelos entrevistados, pode-se aferir que para avaliar a posição
competitiva (vantagens e desvantagens) da economia moçambicana podem ser usados, segundo o
modelo construído por Porter (1990) apud Chichava (2007), quatro (4) aspectos de base: (1) As
Condições dos Factores; (2) As Condições da Procura; (3) As Indústrias Relacionadas e de
Suporte; e (4) A Estratégia, Estrutura e Rivalidade Empresariais.
Pode ser identificada como uma desvantagem competitiva neste grupo das condições dos
factores, a falta de disponibilidade de mão-de-obra qualificada fruto da herança colonial e da
guerra de desestabilização, mas, também de opções políticas que continuam a adiar a
reformulação curricular de todo o sistema de ensino que dê primazia ao ensino técnico
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profissional, ao ensino profissionalizante que prepare os graduados para os desafios imediatos do
sector produtivo nacional e os que se colocam em cada canto do país, em particular nas zonas
rurais.
Quanto às Condições de Procura, não obstante o país ter altos índices de pobreza absoluta (54%)
em 2003, esforços do Governo e das próprias populações têm sido desenvolvidos e, cada ano que
passa, não obstante o aumento do gap entre os pobres e os ricos, o número de moçambicanos com
crescente melhoria do seu nível de vida tem estado a aumentar no campo e nos centros urbanos.
O contacto constante com a mais dinâmica economia da região (a África do Sul) tem estado a
contribuir para a emergência de um grupo de clientes moçambicanos exigentes e capazes de
pressionar e influenciar o sector produtivo nacional para a inovação e qualidade. É uma vantagem
competitiva que se está erguendo, e com impacto para o processo de integração regional.
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C2: Produtos expostados e importados por Moçambique na SADC
(P1) […a integração regional tem efeitos posistivos para Moçambique, uma vez que, no tocante
às áreas de comércio livre, com a união aduaneira, o país pode fixar os seus próprios direitos
sobre os produtos importados do resto dos países membros da SADC].
A integração regional, quando em sua forma multidimensional (Gudynas & Buonomo, 2007) –
ou seja, englobando tanto aspectos económicos quanto políticos, estratégicos e sociais-, pode
representar uma ferramenta de recuperação do dinamismo económico para os países envolvidos,
além de possibilitar a absorção de economias de escala, sendo uma influência positiva na atração
de investimentos e no aumento da eficiência econômica (Gonçalves, 2004). Desta forma, os
processos de formação de blocos regionais podem ser uma ferramenta para a articulação de
estratégias de desenvolvimento econômico conjunto, implicando, outrossim, ganhos sociais.
Nesta seção buscar-se-á elencar alguns dos possíveis benefícios advindos da integração em países
periféricos, tanto no âmbito económico quanto no político.
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Como lembra Gonçalves (2004):
De acordo com Haffner & Mampava (2010), para uma análise cuidadosa sobre o impacto do
processo de integração regional da SADC, é importante que seja avaliado o nível de cumprimento
das metas de convergência, bem como o desempenho macroeconômico no período antes do início
do processo de integração, assim como sua tendência evolutiva no período após o início desse
procedimento.
Para que Moçambique melhore, e se mantenha integrado com a SADC obtendo vantagens,
precisa continuar tendo estabilidade macroeconómica, sobretudo cumprir com as metas de
convergências traçadas pelo bloco económico. Nesse contexto, o governo moçambicano teve o
desafio de criar um ambiente de negócios favorável como forma de incentivar e atrair
investimentos nacionais e estrangeiros e maximizar a utilização do seu potencial económico.
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Conclusão
A pesquisa aqui apresentada tinha como objectivo, avaliar o impacto da integração económica
regional da SADC em Moçambique. Entretanto, conclui-se que, a SADC é constituída por países
muito diferentes entre si em inúmeros atributos que a abertura dos mercados e a livre
concorrência não são suficientes para provocar uma convergência real entre as diversas
economias, na base da qual as taxas tendenciais de crescimento do PIB podem aumentar, o
volume de comércio incrementar-se a as condições sociais de vida melhorarem e convergirem.
O país claramente dominante na SADC é a África do Sul, cuja criação anual de riqueza
representa, em média, mais de 70% do total da região. Os desequilíbrios regionais na capacidade
de criação de riqueza a favor dum único país fazem recear que os mais importantes efeitos de
polarização de actividades económicas e de multiplicação de rendimentos, num contexto de
liberalização do comércio e de integração económica, venham a ocorrer, quase integralmente, a
seu favor.
No caso concreto, Moçambique situa-se ainda entre os países mais pobres da África Austral,
aproximando-se, no entanto ao nível dos indicadores de desempenho macro-económico da região
da SADC. A abertura da economia nacional e a sua integração no espaço regional da SADC
colocam problemas importantes às diferentes políticas e exigem modelos de desenvolvimento
específicos às circunstâncias dum país onde faltam os “stocks” mínimos de capital que garantam
uma competitividade comparável à de outros países.
Recomendações/sugestões
A introdução de uma única moeda na região pode ser uma estratégia para minimizar a
depriação da moeda nacional face à outras moedas da região;
Tomando como exemplo de outros blocos económicos do mundo, na SADC deve-se criar
um fundo regional para ajudar os Estados menos estáveis da região e reafirmação de um
projecto comum de controlo pela estabilidade;
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Sabendo-se que a juventude corresponde a principal massa laboral para o
desenvolvimento de qualquer país, é necessário que haja uma promoção do
Desenvolvimento de Infraestruturas e Empoderamento da Juventude para o
Desenvolvimento Sustentável, onde cada Estado Membro deve priorizar o
desenvolvimento de infra-estruturas como factor essencial para a industrialização, o
comércio e a integração regional;
Os Estados Membros da SADC devem implementar projectos de integração de carácter
político-estratégicos, que são um elemento de extrema relevância para a mudança na
inserção internacional e no estímulo ao desenvolvimento em países que sempre foram
submetidos a uma lógica desigual no Sistema Internacional.
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Referências bibliográficas
Bardin, Laurence (2011). Análise de conteúdo: edição revista e ampliada. São Paulo: Edições
70.
Chichava, J. (2007). As vantagens e desvantagens competitivas de Moçambique na
integração económica regional. Maputo.
Gonçalves, Reinaldo. et al. (2004). Economia internacional: teoria e experiência brasileira. Rio
de Janeiro: Campus e Elsevier.
Gudynas, Eduardo & Buonomo, Maristela (2007). Integración y Comercio: Diccionario
Latinoamericano de Términos y Conceptos. Montevideo: Coscoroba.
Haffner, J. A. H. & Mampava, I. M. C. (2010). Integração Económica de Moçambique com a
Zona de Livre Comércio da Comunidade para o Desenvolvimento da África. Porto
Alegre.
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Apêndice I: Guião de Entrevista
1. Quais são as vantagens e desvantagens que Moçambique tem como membro da SADC?
2. Quais são os produtos que o país exporta e importa dos países membros da SADC?
3. Quais são os efeitos da integração regional (na SADC) em Moçambique?
4. Quais são os maiores ganhos que Moçambique tem sendo membro da SADC?
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