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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Integração Económica Regional em África: Estudo de Caso de


Moçambique na SADC (1992-2018)

Olinda Fernandes Vasco


Código: 708191404

Curso: Licenciatura em Administração


Pública
Disciplina: Teoria Geral do Estado e
Relações Internacionais
Ano de Frequência: 2º

Pemba, Abril, 2020


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Classificação
Categorias Indicadores Padrões Pontuação Nota do
Subtotal
máxima tutor
 Capa 0.5
 Índice 0.5
Aspectos  Introdução 0.5
Estrutura
organizacionais  Discussão 0.5
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(Indicação clara do 1.0
problema)
 Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
 Metodologia
adequada ao objecto 2.0
do trabalho
 Articulação e
domínio do discurso
académico
Conteúdo 2.0
(expressão escrita
cuidada, coerência /
coesão textual)
Análise e
 Revisão bibliográfica
discussão
nacional e
internacionais 2.
relevantes na área de
estudo
 Exploração dos
2.0
dados
 Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
 Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas
Normas APA 6ª
 Rigor e coerência das
Referências edição em
citações/referências 4.0
Bibliográficas citações e
bibliográficas
bibliografia

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Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor
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Índice
1. Introdução................................................................................................................................. 1
2. Análise e discussão dos dados .................................................................................................. 2
Conclusão ........................................................................................................................................ 7
Referências bibliográficas ............................................................................................................... 9
Apêndice ........................................................................................................................................ 10

iv
1. Introdução

O tema do estudo foi Integração Económica Regional em África: Estudo de Caso de


Moçambique na SADC (1992-2018). O objectivo visava avaliar o impacto da integração
económica regional da SADC em Moçambique. Para o alcance do objectivo central do estudo,
foram traçados os seguintes objectivos específicos: identificar os avanços na economia de
Moçambique com a integração económica regional da SADC; descrever como é que a integração
económica regional da SADC influencia no desenvolvimento económico dos países da África
Austral, concretamente de Moçambique; propor medidas estratégicas para o desenvolvimento
integrado dos países membros da SADC.

A investigação teve a sua origem por um lado, pelo facto de se verificar que existem poucos
estudos acerca desta natureza. Por outro lado, pelo facto de a proponente ser uma estudante de
Administração Pública, o que irá constituir fonte de conhecimento na sua futura profissão.

A pesquisa seguiu o método dialéctica, numa natureza aplicada, exploratória, com abordagem
qualitativa e, tendo como procedimentos técnicos o estudo de campo, com recurso à entrevista. A
proponente elaborou perguntas de forma padronizada para que os entrevistados respondessem.
Esta técnica foi adoptada para este grupo porque permitiu recolher os testemunhos, interpretações
dos entrevistados e, permitiu a colocação de questões adicionais complementares.

Os resultados mostram que a SADC é constituída por países muito diferentes entre si em
inúmeros atributos que a abertura dos mercados e a livre concorrência não são suficientes para
provocar uma convergência real entre as diversas economias, na base da qual as taxas tendenciais
de crescimento do PIB podem aumentar, o volume de comércio incrementar-se a as condições
sociais de vida melhorarem e convergirem.

Moçambique situa-se ainda entre os países mais pobres da África Austral, aproximando-se, no
entanto ao nível dos indicadores de desempenho macro-económico da região da SADC. Contudo,
para dimanizar o desenvolvimento integrado dos países membros da SADC, os Estados Membros
da SADC devem implementar projectos de integração de carácter político-estratégicos, que são
um elemento de extrema relevância para a mudança na inserção internacional e no estímulo ao
desenvolvimento em países que sempre foram submetidos a uma lógica desigual no Sistema
Internacional.
2. Análise e discussão dos dados

As questões de entrevistas que foram dirigidas aos representantes do Serviço Distrital das
Actividades Económicas de Montepuez, Direcção de Área Fiscal de Montepuez (Autoridade
Tributária de Moçambique), categorizaram-se em três (3) dimensões (C1, C2 e C3) abertas para
explorar suas experiências e conhecimentos acerca do problema em estudo.

C1: Vantagens e desvantagens de Moçambique na SADC

A categoria tinha como objectivo identificar as vantagens e desvantagens que Moçambique tem
como membro da SADC. Note-se que os participantes da pesquisa são rotulados pela letra (P).
Este exercício fundamenta-se da análise de conteúdo de Bardin (2011). Vejam-se,
sequencialmente, as suas respostas em recortes.

(P1) […como membro da SADC, Moçambique tem muitas vantagens devido a sua localização
geográfica, tornando-se provedor de serviços para a região, com os portos de Maputo, Beira e
Nacala, ligando através de linhas férreas e estradas os países do hinterland (Suazilândia, África
do Sul, Zimbabwe, Zâmbia e Malawi) enquanto a principal desvantagem do país é o freco
desenvolvimento industrial]. (P2) […as receitas que o país arrecada constituem uma grande
vantagem para Moçambique, uma vez que todos os países que usam as nossas estradas e portos
para escoar diversas mercadorias mas, apesar dessa vantagem, a falta de um controlo eficaz das
nossas fronteiras constitui uma grande desvantagem para o país]. (P3) […Moçambique, sendo o
maior produtor de energia eléctrica e tendo grande potencial de gás natural da regiã, entra em
vantagem porque pode exportar a energia e gerar riqueza para o país]. De acordo com os
depoimentos apresentados pelos entrevistados, pode-se aferir que para avaliar a posição
competitiva (vantagens e desvantagens) da economia moçambicana podem ser usados, segundo o
modelo construído por Porter (1990) apud Chichava (2007), quatro (4) aspectos de base: (1) As
Condições dos Factores; (2) As Condições da Procura; (3) As Indústrias Relacionadas e de
Suporte; e (4) A Estratégia, Estrutura e Rivalidade Empresariais.

As Condições dos Factores em Moçambique, ou seja, os factores de produção necessários para


competir a nível da região. A localização geo-estratégica de Moçambique na região Austral de
África constitui uma vantagem competitiva, nomeadamente, os sistemas e relações estabelecidas
durante o colonialismo com os países do hinterland. Os portos moçambicanos com as linhas
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férreas e estradas ligando a maior parte dos países membros da SADC para além de constituir a
espinha dorsal dos corredores de desenvolvimento de Mtwara, Niassa, Beira, e Maputo
constituem a essência da vantagem competitiva de Moçambique no âmbito da integração
regional.

Sob o conceito de Iniciativas de Desenvolvimento Espacial, Moçambique transformou os


Corredores de Transportes em Corredores de Desenvolvimento criando zonas francas especiais e
atraindo investidores nacionais e estrangeiros para projectos na área da agricultura e pecuária,
indústria, turismo e biodiversidade. Merece realce o facto de 10% da área do País ser destinada
para gestão da fauna bravia, incluindo parques nacionais (a exemplo dos Parques Trans-
Fronteiriço do Limpopo e dos Libombos) e parques safaris.

Também constituem vantagens competitivas do País as grandes potencialidades na produção de


energia, principalmente largos hidro-recursos, carvão, gás natural e biomassa. Basta referir que a
hidroeléctrica de Cahora-Bassa tem um potencial estimado em 2.075 megawats dos quais só
cerca de 15% estão sendo consumidos no País através da empresa de Electricidade (EDM), que
mesmo adicionados aos consumos da MOZAL não ultrapassariam os 50%. Com a barragem de
Mpanda Nkuwa este potencial aumentou em mais 2.600 megawats.

A dimensão energética de Moçambique no âmbito das vantagens competitivas também se


circunscreve:
 às reservas de gás da bacia do Rovuma;
 ao pipeline que transporta combustíveis do porto da Beira para o Zimbabwe;
 ao gasoduto que transporta gás natural de Temane (Inhambane) para Secunda, na África
do Sul;
 ao pipeline que transporta combustível do porto de Maputo para Johanesburgo, na àfrica
do Sul;
 ao mega-projecto de alumínio que também estabelece a integração entre Moçambique e a
África do Sul.

Pode ser identificada como uma desvantagem competitiva neste grupo das condições dos
factores, a falta de disponibilidade de mão-de-obra qualificada fruto da herança colonial e da
guerra de desestabilização, mas, também de opções políticas que continuam a adiar a
reformulação curricular de todo o sistema de ensino que dê primazia ao ensino técnico

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profissional, ao ensino profissionalizante que prepare os graduados para os desafios imediatos do
sector produtivo nacional e os que se colocam em cada canto do país, em particular nas zonas
rurais.

Quanto às Condições de Procura, não obstante o país ter altos índices de pobreza absoluta (54%)
em 2003, esforços do Governo e das próprias populações têm sido desenvolvidos e, cada ano que
passa, não obstante o aumento do gap entre os pobres e os ricos, o número de moçambicanos com
crescente melhoria do seu nível de vida tem estado a aumentar no campo e nos centros urbanos.
O contacto constante com a mais dinâmica economia da região (a África do Sul) tem estado a
contribuir para a emergência de um grupo de clientes moçambicanos exigentes e capazes de
pressionar e influenciar o sector produtivo nacional para a inovação e qualidade. É uma vantagem
competitiva que se está erguendo, e com impacto para o processo de integração regional.

Constitui uma desvantagem competitiva do País a situação de Indústrias Relacionadas e de


Suporte, pois, não obstante a campanha “Made in Mozambique” a indústria moçambicana
precisa de uma grande reestruturação e desenvolvimento. Há muitos factores que contribuem para
o estágio atrasado da indústria em Moçambique. A falta de empreendedores arrojados, os altos
custos do capital para investimentos, as altas taxas de tributação ao rendimento, a falta de cultura,
mentalidade e capacidade empresarial associados a uma visão de curto, médio e longo prazo, são
de entre muitos factores aqueles que podem condicionar o surgimento, desenvolvimento e
consolidação de um sector empresarial forte e dinâmico.

No que concerne à Estratégia, Estrutura e Rivalidade Empresariais, há já sinais positivos de se


estarem a revolucionarizar as condições que regulam a criação, organização, desenvolvimento e
gestão das empresas em Moçambique, bem como a forma de dirrimir conflitos entre elas. As
medidas de reforma que o Governo tem estado a implementar desde 2001 na simplificação de
procedimentos, requisitos e regulamentos de actividade têm estado a contribuir para a melhoria
do ambiente de negócios no país, que ainda constitui uma desvantagem competitiva no âmbito da
integração regional.

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C2: Produtos expostados e importados por Moçambique na SADC

De acordo com os nossos entrevistados, os principais produtos exportados de Moçambique para


os países da SADC são:
 Barras e perfis de alumínio;
 Carvão mineral activado;
 Carvão mineral (coques e semicoques) e;
 Energia eléctrica.
Quanto aos produtos importados, o destaque vai para:
 Energia eléctrica;
 Automóveis para mercadoria (da África do Sul);
 Máquinas e equipamentos;
 Combustível;
 Produtos químicos;
 Produtos metálicos;
 Produtos alimentares e têxteis.

C3: Efeitos da integração económica regional (na SADC) em Moçambique

(P1) […a integração regional tem efeitos posistivos para Moçambique, uma vez que, no tocante
às áreas de comércio livre, com a união aduaneira, o país pode fixar os seus próprios direitos
sobre os produtos importados do resto dos países membros da SADC].

A integração regional, quando em sua forma multidimensional (Gudynas & Buonomo, 2007) –
ou seja, englobando tanto aspectos económicos quanto políticos, estratégicos e sociais-, pode
representar uma ferramenta de recuperação do dinamismo económico para os países envolvidos,
além de possibilitar a absorção de economias de escala, sendo uma influência positiva na atração
de investimentos e no aumento da eficiência econômica (Gonçalves, 2004). Desta forma, os
processos de formação de blocos regionais podem ser uma ferramenta para a articulação de
estratégias de desenvolvimento econômico conjunto, implicando, outrossim, ganhos sociais.
Nesta seção buscar-se-á elencar alguns dos possíveis benefícios advindos da integração em países
periféricos, tanto no âmbito económico quanto no político.
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Como lembra Gonçalves (2004):

Os benefícios da integração podem ainda ser extensivos ao conjunto do sistema


económico de cada país, uma vez que o próprio aumento do volume de
transações demanda ajustes em termos institucionais e de infraestrutura. Assim,
a integração regional tem sido vista como uma ferramenta adicional de reforço
aos processos de reforma interna que buscaram elevar a competitividade das
economias em desenvolvimento (p.117).

De acordo com Haffner & Mampava (2010), para uma análise cuidadosa sobre o impacto do
processo de integração regional da SADC, é importante que seja avaliado o nível de cumprimento
das metas de convergência, bem como o desempenho macroeconômico no período antes do início
do processo de integração, assim como sua tendência evolutiva no período após o início desse
procedimento.

Para que Moçambique melhore, e se mantenha integrado com a SADC obtendo vantagens,
precisa continuar tendo estabilidade macroeconómica, sobretudo cumprir com as metas de
convergências traçadas pelo bloco económico. Nesse contexto, o governo moçambicano teve o
desafio de criar um ambiente de negócios favorável como forma de incentivar e atrair
investimentos nacionais e estrangeiros e maximizar a utilização do seu potencial económico.

O desempenho macroeconómico de Moçambique tem piorado nos últimos anos. O próprio


processo de integração não tem favorecido a melhora dos indicadores económicos do país.

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Conclusão

A pesquisa aqui apresentada tinha como objectivo, avaliar o impacto da integração económica
regional da SADC em Moçambique. Entretanto, conclui-se que, a SADC é constituída por países
muito diferentes entre si em inúmeros atributos que a abertura dos mercados e a livre
concorrência não são suficientes para provocar uma convergência real entre as diversas
economias, na base da qual as taxas tendenciais de crescimento do PIB podem aumentar, o
volume de comércio incrementar-se a as condições sociais de vida melhorarem e convergirem.

O país claramente dominante na SADC é a África do Sul, cuja criação anual de riqueza
representa, em média, mais de 70% do total da região. Os desequilíbrios regionais na capacidade
de criação de riqueza a favor dum único país fazem recear que os mais importantes efeitos de
polarização de actividades económicas e de multiplicação de rendimentos, num contexto de
liberalização do comércio e de integração económica, venham a ocorrer, quase integralmente, a
seu favor.

No caso concreto, Moçambique situa-se ainda entre os países mais pobres da África Austral,
aproximando-se, no entanto ao nível dos indicadores de desempenho macro-económico da região
da SADC. A abertura da economia nacional e a sua integração no espaço regional da SADC
colocam problemas importantes às diferentes políticas e exigem modelos de desenvolvimento
específicos às circunstâncias dum país onde faltam os “stocks” mínimos de capital que garantam
uma competitividade comparável à de outros países.

Recomendações/sugestões

Para dimanizar o desenvolvimento integrado dos países membros da SADC, propõe-se as


seguintes medidas estratégicas:

 A introdução de uma única moeda na região pode ser uma estratégia para minimizar a
depriação da moeda nacional face à outras moedas da região;
 Tomando como exemplo de outros blocos económicos do mundo, na SADC deve-se criar
um fundo regional para ajudar os Estados menos estáveis da região e reafirmação de um
projecto comum de controlo pela estabilidade;

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 Sabendo-se que a juventude corresponde a principal massa laboral para o
desenvolvimento de qualquer país, é necessário que haja uma promoção do
Desenvolvimento de Infraestruturas e Empoderamento da Juventude para o
Desenvolvimento Sustentável, onde cada Estado Membro deve priorizar o
desenvolvimento de infra-estruturas como factor essencial para a industrialização, o
comércio e a integração regional;
 Os Estados Membros da SADC devem implementar projectos de integração de carácter
político-estratégicos, que são um elemento de extrema relevância para a mudança na
inserção internacional e no estímulo ao desenvolvimento em países que sempre foram
submetidos a uma lógica desigual no Sistema Internacional.

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Referências bibliográficas

Bardin, Laurence (2011). Análise de conteúdo: edição revista e ampliada. São Paulo: Edições
70.
Chichava, J. (2007). As vantagens e desvantagens competitivas de Moçambique na
integração económica regional. Maputo.
Gonçalves, Reinaldo. et al. (2004). Economia internacional: teoria e experiência brasileira. Rio
de Janeiro: Campus e Elsevier.
Gudynas, Eduardo & Buonomo, Maristela (2007). Integración y Comercio: Diccionario
Latinoamericano de Términos y Conceptos. Montevideo: Coscoroba.
Haffner, J. A. H. & Mampava, I. M. C. (2010). Integração Económica de Moçambique com a
Zona de Livre Comércio da Comunidade para o Desenvolvimento da África. Porto
Alegre.

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Apêndice I: Guião de Entrevista

A presente entrevista surge no âmbito da pesquisa subordinada ao título: Integração


Económica Regional em África: Estudo de Caso de Moçambique na SADC (1992-
2018). A entrevista tem como objectivo avaliar o impacto da integração económica
regional da SADC em Moçambique desde 1992 até o ano de 2018. As respostas e os dados
colhidos através desta entrevista serão confidenciais e utilizados exclusivamente para
fundamentar um trabalho avaliativo da cadeira de Teoria Geral do Estado e Relações
Internacionais, leccionada no curso de Licenciatura em Administração Pública, da
Universidade Católica de Moçambique. Agradeço antecipadamente a colaboração.

1. Quais são as vantagens e desvantagens que Moçambique tem como membro da SADC?
2. Quais são os produtos que o país exporta e importa dos países membros da SADC?
3. Quais são os efeitos da integração regional (na SADC) em Moçambique?
4. Quais são os maiores ganhos que Moçambique tem sendo membro da SADC?

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