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Inteligência
Ano: 2º
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Universidade Católica de Moçambique
Inteligência
Ano: 2º
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Categorias Indicadores Padrões
Pontuação Nota do
Subtotal
máxima tutor
Índice 0.5
Introdução 0.5
Aspectos
Estrutura Discussão 0.5
organizacionais
Conclusão 0.5
Bibliografia 0.5
Contextualização
(Indicação clara do 2.0
problema)
Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
Metodologia
adequada ao objecto 2.0
do trabalho
Articulação e
domínio do discurso
Conteúdo académico (expressão
3.0
escrita cuidada,
coerência / coesão
Análise e textual)
discussão Revisão bibliográfica
nacional e
internacional 2.0
relevante na área de
estudo
Exploração dos dados 2.5
Contributosteóricospr
Conclusão 2.0
áticos
Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos gerais Formatação paragrafo, 1.0
espaçamento entre
linhas
Normas APA 6ª
Rigor e coerência das
Referências edição em
citações/referências 2.0
Bibliográficas citações e
bibliográficas
bibliografia
Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor
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Índice
i. Introdução.................................................................................................................................6
ii. Objectivos.................................................................................................................................7
iii. Metodologia..........................................................................................................................7
1. Inteligência...............................................................................................................................8
iv. Conclusão...........................................................................................................................16
v. Referencias Bibliográficas.....................................................................................................17
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i. Introdução
O presente trabalho aborda sobre a inteligência e o papel que ela possui no processo de ensino e
aprendizagem, onde, nos últimos anos, alguns autores têm apontado
uma relação alternativa entre inteligência e aprendizagem. À relação linear tradicional de que
a inteligência explica a aprendizagem escolar, outra de sentido inverso se tem vindo a constituir
no sentido da influência da aprendizagem na inteligência. As teorias de aprendizagem buscam
reconhecer a dinâmica envolvida nos actos de ensinar e aprender, partindo do reconhecimento da
evolução cognitiva do homem, e tentam explicar a relação entre o conhecimento pré-
existente e o novo conhecimento.
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ii. Objectivos
Geral:
Específicos:
Definir a inteligência;
Caracterizar a concepção quantitativa da inteligência e aprendizagem;
Especificar a inteligência e a aprendizagem segundo o modelo da complexidade.
iii. Metodologia
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1. Inteligência
A despeito das várias definições para a inteligência, a abordagem mais importante para o
entendimento desse conceito (ou melhor, a que mais gerou estudos sistemáticos) é baseada em
testes psicométricos[ CITATION DEM00 \l 1033 ].
O factor genérico medido por cada teste de inteligência é conhecido como g (ver teoria g). É
importante deixar claro que o factor g, criado por Charles Spearman, é determinado pela
comparação múltipla dos itens que constituem um teste ou pela comparação das pontuações em
diferentes testes; portanto, trata-se de uma grandeza definida relativamente a outros testes ou em
relação aos itens que constituem um mesmo teste[ CITATION GAR02 \l 1033 ].
Isso significa que, se um teste for comparado a um determinado conjunto de outros testes, pode-
se mostrar mais (ou menos) saturado em g do que se fosse comparado a um conjunto diferente de
outros testes. Um exemplo: um teste como G36, que é um teste de matrizes, se comparado a
testes como Raven, Cattell, G38 e similares, ficará mais saturado em g do que se for comparado
a testes como WAIS, Binet, DAT, SAT, GRE, ACT, que incluem mais conteúdo verbal e
aritmético.
Com relação ao g interno do teste, um caso como o Raven Standard Progressive Matrices, em
que os itens apresentam pouca variabilidade de conteúdo, tende a apresentar um fator g mais alto
do que um teste como o WAIS-III, que é constituído por catorze subtestes com conteúdos
bastante distintos. Portanto, o factor g não tem um sentido absoluto[ CITATION FON98 \l 1033 ].
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Esse factor, que é uma construção hipotética, é chamado g ou, algumas vezes, chamado de
habilidade cognitiva geral ou inteligência geral[ CITATION LYO98 \l 1033 ].
A concepção filosófica positivista vai influenciar os estudos sobre a inteligência humana porque,
para explicar, necessita compreender, o que diz respeito à intuição do psíquico.
Parece fácil estabelecer relações entre estas proposições e o pensamento positivista, na medida
em que, como já foi dito, esta corrente filosófica sustentava um pensamento científico que
considerava verdadeiro o que pudesse ser medido e expresso por meio de linguagem matemática.
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quociente de inteligência estão mais aptos para a aprendizagem do que aqueles menos dotados e
influenciando sobremaneira o sistema escolar. Considera que a inteligência é um componente
inato, porém distinto, e por isso mesmo diferenciador entre os seres humanos e que isso é uma lei
natural. A avaliação crítica denuncia a focalização da capacidade mental humana como um
atributo ou traço fixo, associado enfaticamente ao potencial genético.
Há uma ordem linear e causal que sustenta a visão científica moderna: todo fenómeno é efeito de
uma causa. Do encadeamento entre causas e efeitos progride o pensamento humano na busca da
verdade. O termo linear origina-se de “linha”, cuja definição básica é a de ser “distância entre
dois pontos.” Pressupõe um espaço no qual os pontos estão situados e um tempo que decorre em
seu traçado. Esse conceito traz em si a ideia de continuidade, presente nas paralelas e na espiral.
O que se denomina de pensamento linear é, portanto, uma forma de encarar a realidade como
fenómeno situado entre dois pontos. Isto fica patente na sistematização histórica, dividida em
períodos cronológicos a partir de eventos significativos, formando uma série expressa em uma
“linha de tempo”. O pensamento linear implica num espaço contíguo e num tempo imediato. A
linearidade se expressa pela ideia de que há sempre um sujeito que pratica uma acção da qual
deriva uma consequência que mobiliza o sujeito para outra acção, levando ao progresso e à
evolução sucessiva. O conceito de linearidade implica em que a cada causa corresponda uma
consequência, numa série infinita. Implica também numa visão sempre dicotómica, posto que
separe sujeito de objecto e acção de reacção. Traz como consequência o afastamento entre a
teoria e a prática, o que vai servir para justificar os sistemas de exploração colonial que se
formam na modernidade, baseados na dicotomia entre trabalho intelectual e trabalho manual. A
ciência moderna realizou a tarefa de criar teorias para fundamentar as práticas existentes, o que é
absolutamente novo na história da humanidade.
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Ainda hoje se vive sob a influência desta visão, expressa em tendências presentes na sociedade
ocidental. Os sistemas de ensino são seriados, registros os mais diversos também o são; a
sociedade é dividida em classes e os partidos políticos em facções.
Propostas sócio construtivistas imperam a partir da década de setenta do século passado, com as
teorias de Piaget, Vygotsky e Wallon, os quais, mesmo se identificando com os modelos
positivistas de pensamento, inauguram nova visão acerca destas questões. Estes autores, apesar
de muitas vezes serem considerados antagónicos, podem ser analisados numa perspectiva de
coautoria, trazendo um novo enfoque a respeito da inteligência e aprendizagem humanas.
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constante de construções activas das gerações anteriores, pertinentes ao processo de formação
das novas gerações.
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da realidade, com o auxílio de seus sentidos, as características que ela possui e estabelece
relações com as informações armazenadas em seu cérebro; por intermédio do segundo é capaz de
utilizar o que assimilou em situações novas, apresentando um comportamento adequado e
eficiente, adaptando-se às mudanças.
Wallon acrescenta que a inteligência humana é mobilizada para a acção transformadora sobre a
realidade, de acordo com as emoções suscitadas pelos problemas a serem solucionados. Acredita
que a emoção tem o poder de desenvolver ou atrasar o funcionamento cognitivo e que não é
possível separar no homem os aspectos objectivos dos subjectivos.
Dentre estes três autores, Piaget foi aquele cujo pensamento mais interferiu na formação das
novas visões sobre inteligência e aprendizagem. Em seu último livro publicado, quando ainda
vivia (1980), ele apresenta contribuições acerca dos processos de desenvolvimento do
conhecimento humano, incluindo neles a dialéctica em sua tríplice dimensão: interiorizável
(perspectiva do sujeito), exteriorizável (perspectiva do objecto) e sintetizante (modelos).
A partir destes três enfoques, novos porque não destacam apenas aspectos de natureza orgânica,
ganha contorno uma visão da inteligência humana que acabará por influenciar toda a concepção
sobre a própria natureza do homem como um ser distinto dos demais animais, porque não nasce
dotado de todas as habilidades e conhecimentos necessários à sua sobrevivência. Um ser que
precisa aprender a ser e a viver como os demais de sua espécie e que tem uma natureza cultural
tão importante quanto à física; um ser que se constrói diariamente em face dos problemas que
enfrenta, tendo sempre uma resposta diferente para oferecer; um ser que tem na capacidade de
mudar, criar, inovar, a sua característica mais marcante.
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adaptação, aquele recurso que garante as interacções com o meio ambiente. Ora,
todos sabemos que não há, para o ser humano, um ambiente particular a
relacionar-se com a habilidade particular. Os humanos habitam um meio
ambiente cultural e não natural. Portanto, nosso ambiente não possui as
características um tanto inflexíveis que caracterizam os meios naturais: sendo
cultural, esse meio caracteriza-se pela plasticidade típica das coisas sujeitas à
criação permanente do homem."
Freire relaciona tais progressos a Piaget, estabelecendo um paralelismo entre seus últimos
estudos e os de Monod acerca das mutações genéticas. Lembra que em seu texto O possível e o
Necessário (1985) ele falava de mutações cognitivas que ocorrem em função do contacto dos
seres humanos com o novo, que está sempre presente no contexto social e cultural.
“Creio que se pode dizer que Piaget falou de verdadeiras mutações cognitivas e
da diversidade que se seguia a isso. A diferença básica é que, enquanto os genes
sofrem perturbações de várias ordens, provocando mutações que se acumulam,
as estruturas cognitivas sofreriam perturbações incessantes acarretadas pela
novidade, isto é, o sujeito do conhecimento depara-se a cada instante com
situações originais, ao menos parcialmente; novas, portanto, provocando
transformações internas no sistema cognitivo, chamadas por Piaget de possíveis,
porque, perante essas situações, antes de agir o sujeito torna suas acções
possíveis. Ora, um novo possível na pessoa não se forma do nada; a partir das
interacções de possíveis existentes com a novidade, um ou alguns deles,
certamente os que mais se aproximam do problema, actuam no sentido de, tanto
conservarem-se como são, como diferenciarem-se em tantos outros
assemelhados, porém diferentes o suficiente para aumentar as chances de darem
conta da nova situação.”
Por isso é que se pode considerar Piaget como um dos pensadores que, apesar de expressar um
pensamento moderno, abre possibilidades para que as ideias pós-modernas acerca de sistema,
rede, complexidade cheguem até a Detterman18 será dos primeiros a incorporar uma visão
sistêmica da inteligência. Esse autor a considera como uma qualidade da mente humana, um
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sistema complexo integrado por numerosos processos cognitivos independentes, os quais
contribuem para o que ele denomina factor geral, ou factor g. Para ele, a inteligência é uma
qualidade geral e, como tal, emerge de muitos elementos inter-relacionados que actuam
independentemente ou em conjunto e que, portanto, não pode ser expressa em termos de um
coeficiente porque este não é capaz de expressar suas bases formadoras. Defende a necessidade
de se desenvolver medidas mais precisas, moleculares e independentes, sobre as distintas funções
do sistema de inteligência; medidas complexas, que reflictam as actividades de todas as demais
partes interrelacionadas.
Outro autor de suma importância para a concepção pós-moderna de inteligência é Sternberg. Ele
desenvolve o conceito de inteligência estabelecendo um paralelismo com as funções de governo
de um país: a inteligência seria um autogoverno mental. Em sua opinião, a inteligência fornece
meios de o homem se autogovernar, organizando de forma coerente e intencional os
pensamentos e as acções, tendo em vista as suas necessidades internas e as do meio ambiente.
Sua teoria, segundo Fonseca (1998), é pautada no ponto de vista de que as anteriores foram
insuficientes para explicar o funcionamento da mente. Esboça uma concepção triárquica,
segundo a qual os componentes, as experiências e os contextos são distintos da própria
inteligência aplicada às situações práticas.
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iv. Conclusão
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v. Referencias Bibliográficas
FREIRE, J. B. (2002). O Jogo entre o Riso e o Choro. São Paulo: Editora Autores Associados.
GARDNER, H. (1994). Estruturas da Mente: a teoria das inteligências múltiplas. Porto Alegre:
Artes Médicas.
LÉVY, P. (1998). A Inteligência Coletiva: por uma antropologia do ciberespaço. São Paulo:
Loyola.
UCS, C. d., & SANTOS, B. S. (2000). A Crítica da Razão Indolente. São Paulo, Cortez: Contra
o desperdício da experiência. Para um novo senso comum. A ciência, o direito e a política
na transição paradigmática .
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