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O presente trabalho discorre sobre os impactos que a pandemia do COVID-19 trouxe aos
trabalhadores de saúde. O Covid é um vírus de alta transmissão e que apresenta
sintomas e quadros diferentes, variando de cada indivíduo para outro. No entanto, de
maneira geral, o mesmo tem como sintomas febre, dores na garganta, desconforto
abdominais, e, em quadro mais graves, desconforto respiratório e outros sintomas. O
COVID, por ser uma doença nova, acabou gerando medo, ansiedade e insegurança não
só para a população, mas também para os trabalhadores de saúde. Ao longo do último
ano, percebe-se um aumento de problemas psicológicos nas equipes de profissionais
que atuam na linha de frente. Pesquisas, apontam inúmeros gatilhos que tem
contribuindo para o adoecimento psíquico, sendo eles: a sobrecarga, a falta de
valorização e reconhecimento, a falta de equipamento e o medo de se contaminar e
contaminar os seus familiares. Diante disso, percebe-se que muitos profissionais têm
desenvolvido ansiedade, insônia e depressão. Sendo assim, percebe-se a importância de
um profissional em saúde mental, para dar suporte psicológico e oferecer um espaço de
escuta e acolhimento, para que, esse cenário atual seja compreendido e atravessado da
forma mais leve possível.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
3.
2 .1 Covid-19:
O Coronavírus pelo mundo
4. MARCO METODOLÓGICO
O presente trabalho trata-se de uma pesquisa na abordagem
qualitativa, como é enfatizado por Silva (2008, p. 30), a pesquisa
qualitativa é o produto de entendimento que ocorre de modo mútua,
interligado entre o pesquisador e pesquisado, acontecendo um processo
de percepção e compreensão circular, Silva ainda frisa que a pesquisa
qualitativa é ligada com a contribuição e análise dos materiais que
estando ligada diretamente com o comportamento.
O estudo de pesquisa de bibliográfica, como destaca Lima e Mioto
(2007), a leitura expõe de modo essencial ao método, já que é no decorrer
dela que compreende as ideias e informações integradas nos livros,
artigos e etc, e dessa forma investigar as ligações presente dentre eles
explorar a sua constância e relevância. Os autores ainda ressaltam, que é
fundamental continuar por direções não eventuais, porque esse tipo de
método de pesquisa exige uma atenção maior de analisar, observação e
cautela na escolha técnica e da metodologia.
Gil (2019, p. 34), ressalta que a pesquisa bibliográfica é
desenvolvida com apoio de conteúdos já lançados e publicados, contudo
esse presente artigo foi elaborado com o suporte de artigos, livros
matérias e outros materiais, para confirmação de dados e hipóteses
evidenciadas neste texto.
Foi realizado pesquisa através do Lilacs com perguntas
norteadoras: “Covid-19”, “Covi-19 no Brasil”, “Saúde mental dos
profissionais de saúde” e pelo site do Ministério da Saúde, com a busca
de dados dos primeiros casos, o números de casos e etc.
A seguir, foram aplicados alguns critérios de inclusão e exclusão
para triagem final, os artigos, livros, matérias e entre outros materiais
incluídos nesse artigo foram publicações atualizadas do Covid-19 e que
atestam dados sobre, os artigos excluídos foram aqueles que não tinham
informações suficientes para embasar este trabalho.
5. RESULTADOS
O objetivo desse estudo foi apresentar e discutir achados da literatura
referente ao adoecimento psíquico dos trabalhadores em saúde, bem como,
identificar de que forma a COVID-19 prejudicou a saúde mental dos mesmos.
Para isso, foram selecionados cinco dos artigos pesquisados. Para analise,
foram estabelecidos os seguintes critérios: entender o conceito de saúde
mental; compreender os impactos da saúde mental nos trabalhadores de
saúde; identificar os fatores de riscos ao adoecimento psíquico.
De acordo com Gaiano, et al., (2018) para compreender saúde mental
faz-se necessário entender o conceito de saúde estabelecido pela OMS. A
OMS estabelece saúde como ausência de doença, ou seja, o completo bem-
estar físico, psicológico e social, entretanto, esse conceito vem sendo
discutindo ao longo dos anos, uma vez que, ter saúde vai para além da
condição do sujeito, mas como o mesmo entende e lida com o processo de
adoecimento. Como ressalta Canguilhem (2002) no livro “normal e patológico”
saúde não significa ausência de doença, mas a capacidade do sujeito de
ressiginificar e atravessar o problema.
Canguilhem propõe então que o estado patológico não é a ausência
de uma norma, pois não existe vida sem normas de vida, e o estado
patológico também é uma forma de se viver. O que é patológico então
é uma "norma que não tolera nenhum desvio das condições na qual é
válida, pois é incapaz de se tornar outra norma" (p.145). Assim o
doente o é por ser incapaz de ser normativo. A saúde seria, portanto,
mais do que ser normal, é ser capaz de estar adaptado às exigências
do meio, e ser capaz de criar e seguir novas normas de vida, já que
"o normal é viver num meio onde flutuações e novos acontecimentos
são possíveis" (p.188). A saúde pode por fim ser concebida como um
sentimento de segurança na vida, um sentimento de que o ser por si
mesmo não se impõe nenhum limite (CANGUILHEM, 2002, apud,
SILVA; BRUNNET; LIDERN; PIZINATO, p.1, 2010).
Sendo assim, ter saúde mental é buscar sua própria capacidade para
lidar com os desafios e com o novo. O COVID-19 foi um problema de saúde
mundial, algo novo e com poucas explicações e compreensões, sendo gerador
de angústia e sofrimento. Diante disso, ao pensar o conceito de saúde
discutido por Canguilhem, percebe-se que para os profissionais de saúde que
trabalham na linha de frente ter saúde mental d é necessário criar estratégias
para lidar com o medo, com as incertezas, é buscar maneiras de se conectar
consigo e entender suas fragilidades, para assim, ter capacidade de atravessar
esse momento.
Como enfatizam os profissionais de saúde entrevistados na pesquisa
realizada por Gaiano et al., (2018) a compreensão de saúde mental vai muito
além do conceito de doença, tem que avaliar o todo do ser humano (unidade
de urgência e emergência). Com considerações aproximadas os entrevistados
do centro especializado em saúde mental, trouxeram a seguinte fala:
Eu acho que é muito relativa, a definição leva a padrões de
normalidade da sociedade em geral. Isto tem a ver com os valores e a
educação que cada pessoa tem (Psicóloga, CAPS). [Saúde] não
apenas a ausência de doença [...]. Saúde mental é conseguir conciliar
os desejos e dificuldades, ter fé no futuro, apesar das adversidades
[...] E procurar ajuda quando não se sentir bem (Terapeuta
Ocupacional, CAPS). Saúde mental é você ter vínculo social com
amigos, família, conseguir expressar o que sente, se sentir bem
consigo mesmo (Psicólogo, Ambulatório de Saúde Mental) (GAIANO,
ET AL, p.112, 2018).
6. CONCLUSÃO
Aquino EML, Silveira IH, Pescarini JM, Aquino R, Souza-Filho JA, Rocha
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