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Secretaria Municipal da Saúde

Departamento de Atenção à Saúde das Pessoas


Divisão de Enfermagem

“MANUAL DE PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS


PADRÃO - POPs”

RIBEIRÃO PRETO
2020
Versão 7 Atualizado em 03/12/2020
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIBEIRÃO PRETO
SECRETARIA DA SAÚDE

Gestão 2020

Dr. Sandro Scarpelini


Secretário Municipal da Saúde

Enfermeira Jane Aparecida Cristina


Assistente do Secretário

Dra. Suraia Zaki Sammour Vigarani


Departamento de Atenção à Saúde das Pessoas

Enfermeira Maria Alice Freitas de Oliveira Colli


Departamento de Atenção Básica, Núcleo de Educação Permanente

Enfermeira Karina Domingues de Freitas


Chefe da Divisão Enfermagem

Enfermeira Lauren Suemi Kawata


Divisão Enfermagem

Enfermeira Lilian Carla de Almeida


Divisão Enfermagem

Enfermeira Maria de Fátima Paiva Brito


Divisão Enfermagem
AUTORIZAMOS A REPRODUÇÃO E DIVULGAÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESTE
TRABALHO, POR QUALQUER MEIO CONVENCIONAL OU ELETRÔNICO, PARA
FINS DE ESTUDO OU PESQUISA, DESDE QUE CITADA A FONTE.

FICHA CATALOGRÁFICA

Ribeirão Preto. Prefeitura Municipal. Secretaria Municipal de


Saúde. Departamento de Atenção à Saúde das Pessoas.
Divisão de Enfermagem.
Manual: Procedimentos Operacionais Padrão - POPs /
Secretaria Municipal de Saúde. Departamento de Atenção à
Saúde das Pessoas. Divisão de Enfermagem. Ribeirão Preto:
Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto, 2020.
523 p.

Vários autores

1. Enfermagem. 2. Prática profissional. I. Título. II. Título:


procedimentos operacionais padrão.

CDU: 614.21
ELABORAÇÃO

Divisão de Enfermagem da Secretaria Municipal de Saúde de Ribeirão Preto


Karina Domingues de Freitas
Lauren Suemi Kawata
Lilian Carla de Almeida
Maria de Fátima Paiva Brito
Grupo de trabalho Colaboração
Ana Paula Raizaro – DASP / SMS Adrielen Aparecida Silva Calixto – Programa de Doenças
Anazilda Carvalho da Silva – SAMU Crônicas Não Transmissíveis
Cleuza Cunes Mestrinel – Programa de Saúde do Escolar Alessandra Renata Targa Long – UNIP
Daniela Moré Gorzílio – UBS Vila Mariana Andrea Nakamura Prates Gustavo – SAMU
Danielle Cristine Martins – UBDS Vila Virginia / UNIP Cátia Helena Damando Salomão – Comissão de Controle
Emília Maria Paulina Campos Chayamiti – SAD de Infecção (CCI-SMS)
Gabriela Barbosa Pegoraro – UNAERP Cláudia Carvalho Moreira Pinotti – SAMU
Lauren Suemi Kawata – Divisão de Enfermagem Cesar Eduardo Pedersoli – SAMU
Maria Verônica Ferrareze Ferreira – EERP / USP Daniela Thaysa Rodrigues Pimentel – EERP / USP
Mariana Ribeiro Brunherotti Pereira - UNAERP Desie Cristina Lataro Penha - NADEF
Marisa Akiko Iwamoto – Barão de Mauá Elaine Cristina Manini Minto – Laboratório SMS
Miriã Avelino Prado – SAD Elisângela Aparecida Almeida Puga – CCI-SMS
Patrícia Abrahão Curvo – EERP / USP Fabiana Bolela de Souza - EERP / USP
Valdirene Marta Salgueiro Santana – USF Vila Albertina Fátima de Bonifácio Heck – Programa de Saúde da Mulher

Zigmar Borges Nunes – UNIP Helena Megumi Sonobe – EERP / USP


Heloisa d’Affonseca – UBDS Castelo Branco
Ilka Barbosa Pegoraro - DASP
Juliana Pereira Machado – Barão de Mauá
Karemme Ferreira Oliveira - SAD
Kelli Cristina Silva de Oliveira – UNAERP
Responsável pela formatação Lilian Donizete Pimenta Nogueira – Programa de
Departamento de Enfermagem Materno-Infantil e Saúde Aleitamento Materno
Pública da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto - Maria Antonieta Spinos Prado – EERP / USP
USP Maria Cristina Durante - NADEF
Marcelo Aparecido Batista - UNIP
Márcia Cristina Guerreiro dos Reis – Programa de
Aleitamento Materno
Lis Neves – Programa de IST/AIDS, hepatites virais e
tuberculose
Patrícia Lazara Serafim Campos Diegues – Programa
Saúde da Mulher
Rita Canesin Dourado – Programa de Saúde da Mulher
Silvia Sidnéia da Silva - UNAERP
Susana I. Segura Muñoz – EERP / USP
Tatiana Soares Costa – UBS Marincek
Waldomiro Roberto Tavares – Programa de Saúde da
Criança
AGRADECIMENTOS

A todos enfermeiros que participaram do grupo de trabalho.

A Biblioteca Central de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo - USP


pela revisão das referências bibliográficas.

À Gideany Maiara Caetano, egressa da Escola de Enfermagem de Ribeirão


Preto – USP, pela participação no grupo de trabalho e colaboração na formatação
inicial deste material.

À Tatiane Areas da Cruz, egressa da Universidade de Ribeirão Preto, pela


colaboração na formatação do material durante as reuniões do grupo de trabalho
durante seu estágio supervisionado.

Aos cursos de graduação de enfermagem do Centro Universitário Barão de


Mauá, Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto – USP, Universidade de Ribeirão
Preto – UNAERP e Universidade Paulista – UNIP pela participação dos docentes e
enfermeiros no grupo de trabalho.

Ao Departamento Materno-Infantil e Saúde Pública da Escola de Enfermagem


de Ribeirão Preto da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto – USP, pela
formatação final deste manual.

A todos que, direta ou indiretamente, colaboraram na elaboração deste


material.
APRESENTAÇÃO

A Divisão de Enfermagem da Secretaria Municipal de Saúde de Ribeirão Preto


apresenta o Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs para a rede
municipal.

Os primeiros POPs foram elaborados durante a gestão da Enfermeira Jane


Aparecida Cristina em 2011, visando à padronização da assistência de enfermagem
prestada em todos os serviços da rede municipal, considerando a segurança do
usuário, a valorização do servidor e a melhoria da qualidade dos serviços prestados,
além da diminuição de infrações éticas e ocorrência de erros.

A Divisão de Enfermagem – Gestão 2018 estabeleceu, em março de 2018, um


Grupo de Trabalho integrando ensino, pesquisa e assistência, com a participação de
enfermeiros atuantes nas unidades, nos programas de saúde e nas Universidades, a
fim de elaborar um Manual para rede de serviços do município, tendo em vista a
atualização do pessoal de enfermagem bem como a produção e difusão de
procedimentos operacionais que visem padronizar e qualificar o processo de trabalho
da enfermagem.

Ressaltamos que o Grupo de Trabalho desenvolveu as atividades,


considerando informações cientificamente fundamentadas em literatura e normativas
de órgãos regulamentadores, como Conselho de Enfermagem e Agência Nacional de
Vigilância Sanitária.

Considerando que os POPs são instrumentos para a Sistematização de


Assistência de Enfermagem, esperamos que este Manual colabore com a organização
do processo de trabalho e norteie a prática estimulando o raciocínio, a tomada de
decisão e as intervenções de forma humanizada, além de contribuir para avanços na
assistência ao usuário nos diferentes serviços da rede municipal de saúde.

Divisão de Enfermagem – Gestão 2019/2020


Grupo de trabalho POPs
SUMÁRIO

...................................................................................................................................................

Administração de medicamentos por gastrostomia e jejunostomia ......................................... 13

Administração de medicamentos por SNG / SNE ................................................................... 16

Administração de medicamentos tópicos................................................................................ 19

Administração de medicamentos via auricular ........................................................................ 21

Administração de medicamentos via intradérmica (ID) ........................................................... 24

Administração de medicamentos via intramuscular (IM) ......................................................... 28

Administração de medicamentos via intramuscular – Técnica em Z ....................................... 35

Administração de medicamentos via ocular ............................................................................ 40

Administração de medicamentos via retal .............................................................................. 43

Administração de medicamentos via subcutânea ................................................................... 46

Administração de medicamentos via sublingual ..................................................................... 50

Aferição de frequência respiratória ......................................................................................... 52

Aferição de saturação de oxigênio.......................................................................................... 54

Aferição de temperatura ......................................................................................................... 56

Aferição de pressão arterial .................................................................................................... 61

Aferição do pulso .................................................................................................................... 66

Alinhamento e estabilização manual da coluna cervical ......................................................... 69

Anteriorização da mandíbula - abertura das vias aéreas ........................................................ 74

Aplicação da Escala de Coma de Glasgow ............................................................................ 77

Armazenamento, distribuição e inspeção de materiais ........................................................... 82

Aspiração de vias aéreas ....................................................................................................... 85

Aspiração endotraqueal – Sistema Fechado (Trach Care) ..................................................... 91

Assistência ao parto fora do ambiente hospitalar SAMU ........................................................ 96

Autocateterismo vesical intermitente .................................................................................... 100

Avaliação da reatividade pupilar ........................................................................................... 103


Avaliação do enchimento capilar .......................................................................................... 106

Calçar e retirar luvas estéreis ............................................................................................... 108

Cateterismo vesical de alívio feminino .................................................................................. 113

Cateterismo vesical de alívio masculino ............................................................................... 117

Cateterismo vesical de demora feminino .............................................................................. 121

Cateterismo vesical de demora masculino ........................................................................... 127

Cateterismo vesical de demora por cistostomia.................................................................... 132

Coleta de citologia ................................................................................................................ 136

Coleta de escarro para Teste Molecular Rápido (TMR) ........................................................ 142

Coleta de swab para identificação de SARS-CoV2 ou H1N1................................................ 144

Coleta do teste do pezinho ................................................................................................... 148

Conferência de carro/caixa de emergência .......................................................................... 152

Cuidados com o corpo pós-morte: preparo e encaminhamento ............................................ 174

Curativo ................................................................................................................................ 178

Curativo com terapia compressiva inelástica - bota de Unna................................................ 181

Descontaminação da viatura ................................................................................................ 185

Desinfecção de nasofibroscópio ........................................................................................... 187

Desinfecção do conjunto de nebulizadores e materiais plásticos/silicone/borracha .............. 191

Eletrocardiograma – ECG..................................................................................................... 193

Elevação do mento - abertura das vias aéreas ..................................................................... 197

Exame clínico das mamas .................................................................................................... 200

Exame clínico das mamas gravídica e puerperal .................................................................. 203

Exame físico do abdome ...................................................................................................... 208

Exame do pé diabético ......................................................................................................... 212

Exame físico do tórax: coração............................................................................................. 215

Exame físico obstétrico ........................................................................................................ 219

Exame físico tórax: pulmão .................................................................................................. 223

Extricação rápida .................................................................................................................. 229

Fricção antisséptica das mãos ............................................................................................. 237


Higienização simples das mãos............................................................................................ 242

Higiene do coto umbilical ...................................................................................................... 248

Hipodermóclise..................................................................................................................... 251

Identificação do usuário através de pulseiras ....................................................................... 261

Imobilização com o dispositivo KED ..................................................................................... 264

Imobilização dos membros com talas maleáveis .................................................................. 271

Instalação de cânula orofaríngea de Guedel ........................................................................ 274

Instalação de colar cervical .................................................................................................. 277

Instalação de curativo de três pontos ................................................................................... 281

Instalação de dispositivo EZ – IOR para punção intraóssea .................................................. 284

Instalação de dispositivo supraglótico (máscara laríngea) .................................................... 291

Instalação de protetor lateral de cabeça ............................................................................... 298

Instalação máscara oxigenoterapia com reservatório ........................................................... 301

Lavagem intestinal................................................................................................................ 304

Lavagem intestinal via colostomia ........................................................................................ 307

Limpeza da viatura (limpeza concorrente) ............................................................................ 312

Limpeza de autoclave........................................................................................................... 315

Limpeza e desinfecção da viatura (limpeza terminal) ........................................................... 317

Limpeza e desinfecção de cabos e lâminas de laringoscópio ............................................... 321

Limpeza e desinfecção de caixas para transporte e armazenamento de material biológico . 324

Limpeza e desinfecção de cones de otoscópio..................................................................... 327

Limpeza e desinfecção de máscaras de oxigenação e respiradores (ambus) ..................... 329

Limpeza e desinfecção de papagaios, comadres e bacias ................................................... 331

Limpeza e desinfecção de superfícies .................................................................................. 333

Limpeza e desinfecção de ventilador mecânico pulmonar .................................................... 339

Limpeza mecânica ou manual, secagem e inspeção visual de instrumentais cirúrgicos ....... 342

Medida da circunferência abdominal .................................................................................... 345

Medida da estatura ............................................................................................................... 348

Medida do perímetro cefálico ............................................................................................... 352


Medida do perímetro torácico ............................................................................................... 354

Medida do peso .................................................................................................................... 356

Métodos / técnicas para oferecimento de complemento lácteo ao recém-nascido ................ 362

Mistura de insulina................................................................................................................ 367

Monitorização do processo de esterilização através de indicador biológico.......................... 369

Montagem de carga na autoclave para esterilização ............................................................ 374

Montagem do dispositivo de sistema fechado de aspiração (Trach Care) ............................ 378

Orientações e cuidados com a terapia bota de Unna no domicílio........................................ 381

Orientações para autocateterismo vesical intermitente feminino .......................................... 383

Orientações para autocateterismo vesical intermitente masculino ........................................ 386

Orientações para o cuidador para cateterismo vesical intermitente ...................................... 389

Orientações gerais para administração de medicamentos.................................................... 393

Orientações para encaminhamento de lâmina de citologia para o laboratório ...................... 395

Precauções de isolamento ................................................................................................... 397

Precauções padrão .............................................................................................................. 412

Pré-lavagem de instrumentais cirúrgicos .............................................................................. 416

Preparo da solução de Incidin Extra N 1% ........................................................................... 419

Preparo da solução de Surfic 1% ......................................................................................... 422

Preparo de embalagens para esterilização ........................................................................... 425

Preparo de medicamentos a partir de ampolas, solução e frascos contendo pó................... 428

Pressão digital de pulso ....................................................................................................... 432

Prova do laço ....................................................................................................................... 435

Punção arterial para coleta de sangue para análise laboratorial ........................................... 438

Punção venosa periférica para coleta de sangue venoso ..................................................... 441

Punção venosa periférica para medicamentos e soroterapia................................................ 445

Realização de prova tuberculínica ........................................................................................ 449

Reanimação Cardiorrespiratória (RCP) em Suporte Básico de Vida (SBV) com uso do


Desfibrilador Externo Automático (DEA) ............................................................................... 452

Reprocessamento de espaçadores de inalação ................................................................... 459


Retirada de capacete ........................................................................................................... 462

Retirada de pontos ............................................................................................................... 465

Rolamento em bloco e instalação da prancha longa............................................................. 467

Sondagem nasoenteral ........................................................................................................ 473

Sondagem nasogástrica ....................................................................................................... 477

Técnica de ordenha manual das mamas .............................................................................. 486

Terapia de reidratação ......................................................................................................... 490

Teste de microhematócrito ................................................................................................... 492

Teste de SNELLEN .............................................................................................................. 496

Teste rápido de gravidez ...................................................................................................... 500

Transporte de usuário em ventilação mecânica domiciliar .................................................... 503

Troca de cânula de traqueostomia de plástico (PVC) ........................................................... 505

Troca de cânula traqueal metálica ........................................................................................ 510

Ventilação com bolsa valva-máscara (Ambu®) .................................................................... 515

Verificação de glicemia capilar ............................................................................................. 519


Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Administração de medicamentos por gastrostomia e jejunostomia

Administração de medicamentos por gastrostomia e jejunostomia

1 OBJETIVO
Garantir a administração de medicamentos adequadamente pela via gástrica e entérica a
fim de proporcionar tratamento adequado de diversas patologias, em usuários
impossibilitados de deglutição.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO
Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),
Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família
(USF), Serviço de Atenção Domiciliar (SAD), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência
(SAMU).

3 MATERIAL
2.1 Prescrição médica
2.2 Bandeja
2.3 Medicamento
2.4 Recipiente descartável
2.5 2 seringas 20mL
2.6 Luvas de procedimentos
2.7 Estetoscópio

4 PROCEDIMENTO
4.1 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das
mãos ou higienização simples das mãos;
4.2 Verificar a prescrição médica;
4.3 Explicar o procedimento ao usuário;
4.4 Preparar os medicamentos para um usuário de cada vez;
4.5 Conferir o nome do usuário, data de validade, posologia, data da prescrição, carimbo
e assinatura do prescritor;
4.6 É recomendado abrir o medicamento diante do usuário ou acompanhante/cuidador;
4.7 Retirar cada medicamento(s) da embalagem para preparar em um copo descartável;
no caso de múltiplos medicamentos, triturá-los e diluí-los separadamente em água
devido ao risco de incompatibilidade físico-química;
4.8 Dissolver o medicamento em água, se necessário recomenda-se o uso de
macerador de vidro ou cerâmica;

13
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Administração de medicamentos por gastrostomia e jejunostomia

4.9 Usar dispositivos adequados de medida ao entornar os líquidos e verificar a


quantidade de medicamento ao nível dos olhos;
4.10 Limpar a borda do frasco com toalha de papel após dispensação;
4.11 Aspirar o medicamento em seringa;
4.12 Calçar luvas de procedimentos;
4.13 Verificar o posicionamento da Sonda Mickey ou Tubo de gastrostomia/jejunostomia;
4.14 Se estiver em infusão de dieta, antes de passar o medicamento, interromper a dieta;
4.15 Lavar a sonda/tubo com 15 a 30 mL de água;
4.16 Conectar a seringa na ponta da sonda/tubo certificando que está realmente no local
adequado;
4.17 Administrar o medicamento lentamente;
4.18 Administrar água 15 a 30mL para lavar a sonda/tubo após a administração do
medicamento;
4.19 No caso de múltiplos medicamentos, entre um medicamento e outro deverá ser
lavado com 5 a 15 mL de água;
4.20 Medicamentos líquidos mantidos em geladeira, verificar a data de abertura do frasco;
4.21 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das
mãos ou higienização simples das mãos;
4.22 Registrar o procedimento.

5 RESPONSABILIDADE
 Auxiliar de enfermagem
 Técnico de enfermagem
 Enfermeiro
 Médico

6 REGISTRO
Registrar o procedimento realizado, verificação de posicionamento da sonda/tubo,
aceitação ou recusa do usuário, data e horário do procedimento, carimbo e assinatura de
quem realizou a técnica em prontuário ou Ficha de Atendimento Ambulatorial.

REFERÊNCIAS
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Luvas cirúrgicas e luvas de
procedimentos: considerações sobre seu uso. BIT - Boletim Informativo de
Técnovigilância, Brasília, DF, n. 2, abr./maio/jun. 2011.

14
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Administração de medicamentos por gastrostomia e jejunostomia

BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 400, de 16 de novembro de 2009.


Estabelece diretrizes nacionais para atenção à saúde das pessoas ostomizadas no âmbito do
Sistema Único de Saúde-SUS. Disponível em:
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/sas/2009/prt0400_16_11_2009.html.> Acesso
em: 20 fev. 2018.

CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução COFEN nº 453/2014, de 16 de


janeiro de 2014. Aprova a norma técnica que dispõe sobre a atuação da equipe de
enfermagem em terapia nutricional. Disponível em:
<http://www.legisweb.com.br/legislacao/?id=264977>. Acesso em: 21 fev. 2018.

CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SÃO PAULO. Parecer COREN-SP


045/2012 – CT, de 31 de janeiro de 2013. Troca de sonda de gastrostomia, jejunostomia.
Respaldo legal e competência do Enfermeiro. Disponível em: <https://portal.coren-
sp.gov.br/sites/default/files/Parecer%20045-2012.pdf>. Acesso em: 20 fev. 2018.

CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SÃO PAULO. Parecer COREN-SP CAT nº


014/2010, de 18 de fevereiro de 2010. Uso de luvas de procedimento para a administração
de medicamentos. Disponível em: <https://portal.coren-
sp.gov.br/sites/default/files/parecer_coren_sp_2010_14.pdf>. Acesso em: 20 fev. 2018.

HOEFLER, R.; VIDAL, J. S. Administração de medicamento por sonda. Farmacoterapêutica,


Brasília, ano 14, n. 3-4, p. 1-4, mai./ago. 2009. Disponível em:
<http://www.cff.org.br/sistemas/geral/revista/pdf/122/063a068_farmacoterapeutica.pdf>.
Acesso em: 16 mai 2019.

POTTER, P. A. et al. Fundamentos de Enfermagem. 9. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2018.

DADOS DA VERSÃO
ELABORAÇÃO APROVAÇÃO
Cátia Helena Damando Salomão Jane Aparecida Cristina
Enfermeira. COREN-SP:144846 Chefe da Divisão de Enfermagem

ATUALIZAÇÃO – 1 APROVAÇÃO – 1
Danielle Cristine Martins Karina Domingues de Freitas
Enfermeira. COREN-SP: 94671 Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 0126266
Zigmar Borges Nunes
Enfermeira. COREN-SP: 72799

15
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Administração de medicamentos por SNG / SNE

Administração de medicamentos por SNG / SNE

1 OBJETIVO
Garantir a administração de medicamentos adequadamente pela via gástrica e entérica a
fim de proporcionar tratamento adequado de diversas patologias, em usuários
impossibilitados de deglutição.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO
Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),
Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família
(USF), Serviço de Atenção Domiciliar (SAD), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência
(SAMU).

3 MATERIAL
3.1 Prescrição médica
3.2 Bandeja
3.3 Medicamento
3.4 Recipiente descartável
3.5 2 seringas 20mL
3.6 Luvas de procedimentos
3.7 Estetoscópio

4 PROCEDIMENTO
4.1 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das
mãos ou higienização simples das mãos;
4.2 Verificar a prescrição médica;
4.3 Explicar o procedimento ao usuário;
4.4 Preparar os medicamentos para um usuário de cada vez;
4.5 Conferir o nome do usuário, data de validade, posologia, data da prescrição, carimbo
e assinatura do prescritor;
4.6 É recomendado abrir o medicamento diante do usuário ou acompanhante/cuidador;
4.7 Retirar cada medicamento(s) da embalagem para preparar em um copo descartável;
no caso de múltiplos medicamentos, triturá-los e diluí-los separadamente em água
devido ao risco de incompatibilidade físico-química;
4.8 Dissolver o medicamento em água, se necessário recomenda-se o uso de macerador
de vidro ou cerâmica;

16
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Administração de medicamentos por SNG / SNE

4.9 Usar dispositivos adequados de medida ao entornar os líquidos e verificar a


quantidade de medicamento ao nível dos olhos;
4.10 Limpar a borda do frasco com toalha de papel após dispensação;
4.11 Aspirar o medicamento em seringa;
4.12 Calçar luvas de procedimentos;
4.13 Verificar o posicionamento da SNG ou SNE conforme procedimento operacional
padrão;
4.14 Se estiver em infusão de dieta, antes de passar o medicamento, interromper a dieta;
4.15 Lavar a sonda com 15 a 30 mL de água;
4.16 Conectar a seringa na ponta da sonda certificando que está realmente no local
adequado;
4.17 Administrar o medicamento lentamente;
4.18 Administrar água 15 a 30mL para lavar a sonda após a administração do
medicamento;
4.19 No caso de múltiplos medicamentos, entre um medicamento e outro deverá ser
lavado com 5 a 15 mL de água;
4.20 Medicamentos líquidos mantidos em geladeira, verificar a data de abertura do frasco.
4.21 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das
mãos ou higienização simples das mãos;
4.22 Registrar o procedimento.

5 RESPONSABILIDADE
 Auxiliar de enfermagem
 Técnico de enfermagem
 Enfermeiro
 Médico

6 REGISTRO
Registrar o procedimento realizado, incluindo testes de verificação de posicionamento da
sonda, aceitação ou recusa do usuário, data e horário do procedimento, carimbo e
assinatura de quem realizou a técnica em prontuário ou Ficha de Atendimento
Ambulatorial.

REFERÊNCIAS
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Luvas cirúrgicas e luvas de
procedimentos: considerações sobre seu uso. BIT - Boletim Informativo de
Técnovigilância, Brasília, DF, n. 2, abr./maio/jun. 2011.

17
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Administração de medicamentos por SNG / SNE

BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 400, de 16 de novembro de 2009.


Estabelece diretrizes nacionais para atenção à saúde das pessoas ostomizadas no âmbito
do Sistema Único de Saúde-SUS. Disponível em:
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/sas/2009/prt0400_16_11_2009.html.> Acesso
em: 20 fev. 2018.

CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SÃO PAULO-SP. Parecer COREN-SP


045/2012 – CT, de 31 de janeiro de 2013. Troca de sonda de gastrostomia, jejunostomia.
Respaldo legal e competência do Enfermeiro. Disponível em: <https://portal.coren-
sp.gov.br/sites/default/files/Parecer%20045-2012.pdf>. Acesso em: 20 fev. 2018

CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SÃO PAULO. Parecer COREN-SP CAT


nº 014/2010, de 18 de fevereiro de 2010. Uso de luvas de procedimento para a
administração de medicamentos. Disponível em: <https://portal.coren-
sp.gov.br/sites/default/files/parecer_coren_sp_2010_14.pdf>. Acesso em: 20 fev. 2018.

HOEFLER, R.; VIDAL, J. S.. Administração de medicamento por sonda.


Farmacoterapêutica, Brasília, ano 14, n. 3-4, p. 1-4, mai./ago. 2009. Disponível em:
<http://www.cff.org.br/sistemas/geral/revista/pdf/122/063a068_farmacoterapeutica.pdf>.
Acesso em: 15 mai 2019.

POTTER, P. A. et al. Fundamentos de Enfermagem. 9. ed. Rio de Janeiro: Elsevier,


2018.

DADOS DA VERSÃO
ELABORAÇÃO APROVAÇÃO
Cátia Helena Damando Salomão Jane Aparecida Cristina
Enfermeira. COREN-SP: 144846 Chefe da Divisão de Enfermagem

ATUALIZAÇÃO – 1 APROVAÇÃO – 1
Danielle Cristine Martins Karina Domingues de Freitas
Enfermeira. COREN-SP: 94671 Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 0126266
Zigmar Borges Nunes
Enfermeira. COREN-SP: 72799

18
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Administração de medicamentos tópicos

Administração de medicamentos tópicos

1 OBJETIVO
Administrar medicamentos de ação local ou sistêmica absorvíveis pela pele.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO
Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),
Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família
(USF), Serviço de Atenção Domiciliar (SAD), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência
(SAMU).

3 MATERIAL
3.1 Bandeja
3.2 Medicamento (pós, cremes, óleos, loções, adesivos transdérmicos)
3.3 Luvas de procedimento

4 PROCEDIMENTO
4.1 Higienizar as mãos conforme procedimento de fricção antisséptica das mãos ou
higienização simples das mãos;
4.2 Verificar a prescrição;
4.3 Apresentar-se ao usuário e explicar o procedimento;
4.4 Avaliar o histórico de alergias a medicamentos;
4.5 Preparar o medicamento para um usuário de cada vez;
4.6 Conferir o nome do usuário data de validade, posologia, data da prescrição, carimbo e
assinatura do prescritor;
4.7 Ler o nome do medicamento três vezes: quando pegar, preparar e guardar o
medicamento, confrontando a apresentação do medicamento com a posologia e via
prescrita;
4.8 Somente abrir o medicamento diante do usuário;
4.9 Calçar luvas de procedimento ou luvas estéreis (avaliar o local de aplicação);
4.10 Verificar se o local de aplicação está limpo e proceder limpeza com Solução Fisiológica
0,9% ou água e sabão (se necessário);
4.11 Proceder a aplicação do de uma fina camada do medicamento no local prescrito de
maneira asséptica, espalhando-o uniformemente com auxílio de uma espátula,
aplicador e/ou gaze;
4.12 Quando se tratar de adesivos, proceder a aplicação conforme a orientação do
fabricante;
19
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Administração de medicamentos tópicos

4.13 Retirar as luvas;


4.14 Higienizar as mãos conforme procedimento de fricção antisséptica das mãos ou
higienização simples das mãos;
4.15 Checar o medicamento na prescrição médica.

5 OBSERVAÇÃO
 Avaliar a necessidade de oclusão local, com gaze e/ou faixa, a fim de evitar que o contato
com roupas remova o medicamento;
 Em caso de loções e cremes espalhe-os suavemente, pois a fricção pode causar
irritações;
 Em caso de adesivos transcutâneos, remover o anterior antes de aplicar o novo.

6 RESPONSABILIDADE
 Auxiliar de enfermagem
 Técnico de enfermagem
 Enfermeiro
 Médico

7 REGISTRO
Registrar o procedimento realizado, aceitação ou recusa do usuário, data e horário do
procedimento, carimbo e assinatura de quem realizou a técnica em prontuário ou Ficha de
atendimento ambulatorial.

REFERÊNCIA
TAYLOR, C. et al. Fundamentos de Enfermagem: a arte e a ciência do cuidado de
enfermagem. 7. ed. Porto Alegre: Artmed, 2014.

DADOS DA VERSÃO
ELABORAÇÃO APROVAÇÃO
Cátia Helena Damando Salomão Jane Aparecida Cristina
Enfermeira. COREN-SP: 144846 Chefe da Divisão de Enfermagem

ATUALIZAÇÃO – 1 APROVAÇÃO – 1
Maria Verônica Ferrareze Ferreira Karina Domingues de Freitas
Enfermeira. COREN-SP: 0100791 Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 0126266
Patrícia Abrahão Curvo
Enfermeira. COREN-SP: 0115657

20
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Administração de medicamentos via auricular

Administração de medicamentos via auricular

1 OBJETIVO
Garantir a administração de medicamentos adequadamente a fim de proporcionar
tratamento adequado de diversas patologias.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO
Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),
Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família
(USF), Serviço de Atenção Domiciliar (SAD), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência
(SAMU).

3 MATERIAL
3.1 Bandeja
3.2 Medicamento
3.3 Luvas de procedimento (se necessário)
3.4 Gaze estéril
3.5 Solução Fisiológica 0,9% 10 mL

4 PROCEDIMENTO
4.1 Higienizar aas mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das
mãos ou higienização simples das mãos;
4.2 Verificar a prescrição;
4.3 Apresentar-se ao usuário e explicar o procedimento;
4.4 Avaliar o histórico de alergias a medicamentos;
4.5 Preparar os medicamentos para um usuário de cada vez;
4.6 Conferir o nome do usuário, data de validade, posologia, data da prescrição, carimbo
e assinatura do prescritor;
4.7 Ler o nome do medicamento três vezes: quando pegar, preparar e guardar o
medicamento, confrontando a apresentação do medicamento com a posologia e via
prescrita;
4.8 Somente abrir o medicamento diante do usuário ou acompanhante/cuidador, se
possível;
4.9 Colocar luvas de procedimento (se houver secreção), e limpar a orelha externa com
gaze embebida com Solução Fisiológica 0,9%;

21
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Administração de medicamentos via auricular

4.10 Colocar o usuário deitado sobre o lado não afetado ou sentado com a cabeça bem
inclinada para o lado, para que a orelha afetada fique em posição superior;
4.11 Deixar reto o canal auditivo, puxando a porção cartilagínea do pavilhão auditivo para
cima e para traz, no adulto, e para traz no caso de crianças em idade escolar. Puxar
para baixo e para traz no caso de bebês e crianças menores de 3 anos;
4.12 Instilar o medicamento sobre a lateral do canal auditivo, sem contaminar o conta-
gotas/frasco (fica desconfortável para o usuário se o medicamento cair diretamente
na membrana timpânica). Aguardar de dois a três minutos na posição para após
realizar o procedimento na outra orelha, se prescrito;
4.13 Com delicadeza, pressionar o trago (pequena saliência na entrada do ouvido
externo), algumas vezes para ajudar a movimentação do medicamento;
4.14 Se prescrito, inserir um chumaço de algodão na região mais externa do canal, sem
comprimir, deixar por 15 minutos e após retirá-lo;
4.15 Retirar as luvas;
4.16 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das
mãos ou higienização simples das mãos;
4.17 Checar o medicamento na prescrição médica.

5 OBSERVAÇÃO
Não se aplica.

6 RESPONSABILIDADE
 Auxiliar de enfermagem
 Técnico de enfermagem
 Enfermeiro
 Médico

7 REGISTRO
Registrar o procedimento realizado, aceitação ou recusa do usuário, data e horário do
procedimento, carimbo e assinatura de quem realizou a técnica em prontuário ou Ficha de
atendimento ambulatorial.

REFERÊNCIAS
POTTER, P. A. et al. Fundamentos de Enfermagem. 9. ed. Rio de Janeiro: Elsevier,
2018.

TAYLOR, C. et al. Fundamentos de Enfermagem: a arte e a ciência do cuidado de


enfermagem. 7. ed. Porto Alegre: Artmed, 2014.
22
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Administração de medicamentos via auricular

DADOS DA VERSÃO
ELABORAÇÃO APROVAÇÃO
Cátia Helena Damando Salomão Jane Aparecida Cristina
Enfermeira. COREN-SP: 144846 Chefe da Divisão de Enfermagem

ATUALIZAÇÃO – 1 APROVAÇÃO – 1
Maria Verônica Ferrareze Ferreira Karina Domingues de Freitas
Enfermeira. COREN-SP: 0100791 Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 0126266
Patrícia Abrahão Curvo
Enfermeira. COREN-SP: 0115657

23
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Administração de medicamentos via intradérmica

Administração de medicamentos via intradérmica (ID)

1 OBJETIVO
Geralmente é utilizada para realizar teste de hipersensibilidade, PPD (Derivado Proteico
Purificado), processo de dessensibilidade, imunização BCG e para administrações de
anestésicos locais.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO
Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),
Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família
(USF), Serviço de Atenção Domiciliar (SAD), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência
(SAMU).

3 MATERIAL
3.1 Prescrição médica
3.2 Bandeja
3.3 Medicamento
3.4 Recipiente de material perfurocortante
3.5 Seringa 1mL
3.6 Agulha 13x0,45mm
3.7 Algodão
3.8 Álcool a 70%
3.9 Luvas de procedimento

4 PROCEDIMENTO
4.1 Higiene das mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das
mãos ou higienização simples das mãos;
4.2 Identificar o usuário, perguntando seu nome completo;
4.3 Verificar a prescrição e certificar-se de que está completa: verificar o nome do
usuário, o medicamento, a dose, a via e o horário;
4.4 Questionar o usuário ou familiares sobre histórico de alergias;
4.5 Preparar o medicamento para um usuário de cada vez, conferir a sua data de
validade, identificar a seringa com o medicamento, organizar o material na bandeja
e transportá-lo até o usuário;

24
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Administração de medicamentos via intradérmica

4.6 Apresentar-se ao usuário e explicar o procedimento. Nesse momento, quando


possível, comunicar ao usuário qual o medicamento está sendo administrado e qual
a sua ação.
4.7 Somente preparar o medicamento diante o usuário;
4.8 Escolher o local de aplicação preferencialmente na parte anterior do antebraço, que
não seja pigmentado ou tenha muitos pelos;
4.9 Calçar as luvas de procedimento e colocar óculos de proteção (para teste
tuberculínico);
4.10 Solicitar ao usuário que estenda o cotovelo e apoie o antebraço sobre uma
superfície plana;
4.11 Delimitar o local de acordo com o a finalidade do procedimento: três a quatro
centímetros abaixo da fossa antecubital e um palmo acima do punho (terço médio da
face anterior do antebraço) para testes de sensibilidade, processo de
dessensibilização e teste tuberculínico;
4.12 Realizar antissepsia no local da injeção utilizando bola de algodão embebida em
álcool 70%, com movimento circular, firme e único, de dentro pra fora. Após, deixar
secar completamente (30 segundos);
4.13 Abrir a embalagem da seringa e colocar a agulha, mantendo os princípios de
assepsia;
4.14 Aspirar o medicamento da ampola ou frasco-ampola conforme procedimento
operacional;
4.15 Tirar a proteção da agulha com a mão não dominante em um movimento direto;
4.16 Usar a mão não dominante para esticar as dobras da pele no local da injeção;
4.17 Colocar a agulha com bisel para cima formando com a pele um ângulo de 5 a 15°,
colocando a agulha quase paralela à superfície da pele;
4.18 Em seguida avance o bisel da agulha através da epiderme aproximadamente 3mm
abaixo da superfície da pele. A extremidade da agulha poderá ser vista embaixo da
pele;
4.19 Injetar o líquido lentamente, ao mesmo tempo em que observa o surgimento de uma
pápula pálida de aproximadamente 6mm. Normalmente a resistência é sentida.
Quando não, a agulha está muito profunda; remova e recomece o procedimento;
4.20 Retirar a agulha no mesmo ângulo da inserção e não fazer compressão no local.
Caso seja necessário enxugar alguma gota de solução do local, utilizar gaze seca;
4.21 Colocar o usuário em posição confortável;
4.22 Recompor a unidade;
4.23 Descartar os perfurocortantes em recipiente rígido e os demais materiais em local
adequado;
25
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Administração de medicamentos via intradérmica

4.24 Retirar as luvas;


4.25 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das
mãos ou higienização simples das mãos;
4.26 Checar o medicamento administrado na prescrição médica;
4.27 Registrar o procedimento.

5 OBSERVAÇÕES
 A via ID suporta um volume máximo de 0,5mL por injeção.
 Lembrar-se da importância de identificar os nove certos para administração de
medicamentos: usuário certo, medicamento certo, via certa, hora certa, dose certa,
registro certo, ação certa, forma certa e resposta certa.
 Não administrar a injeção se a pele do usuário não estiver completamente seca, pois
a presença de água, álcool ou umidade na pele pode inativar o antígeno. Não injetar
a solução até que o bisel tenha sido introduzido completamente, evitando possível
extravasamento.
 Não é necessária a troca de agulhas no momento da aplicação.
 A região superior do tórax, abaixo das escápulas, também pode ser utilizada como
alternativa de aplicação.
 Para administração de imunobiológicos seguir orientações do protocolo do Programa
de Imunização.
 Para realização de PPD seguir POP específico.

6 RESPONSABILIDADE
 Auxiliar de enfermagem
 Técnico de enfermagem
 Enfermeiro
 Médico

7 REGISTRO
Registrar o procedimento realizado, aceitação ou recusa do usuário, data e horário do
procedimento, carimbo e assinatura de quem realizou a técnica em prontuário ou Ficha de
atendimento ambulatorial.

26
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Administração de medicamentos via intradérmica

REFERÊNCIAS
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Medidas de prevenção de infecção
relacionada à assistência à saúde. Brasília, DF: ANVISA, 2017. (Série segurança do
usuário e qualidade em serviços de saúde).

BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 2.095, de 24 de setembro de 2013. Aprova os


protocolos básicos de segurança do paciente. Anexo 3: protocolo de segurança na
prescrição, uso e administração de medicamentos. Diário Oficial da União, Brasília, DF,
25 dez. 2013.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção


Básica. Atenção ao pré-natal de baixo risco. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2012.
(Série A. Normas e Manuais Técnicos, Cadernos de Atenção Básica, n. 32).

CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SÃO PAULO. Uso seguro de


medicamentos: guia para preparo, administração e monitoramento. São Paulo: COREN-
SP, 2017.

ELLIOTT, M.; LIU, Y. The nine rights of medication administration: an overview. British
Journal of Nursing, London, v. 19, n. 5, p. 300-305, 2010.

POTTER, P. A. et al. Fundamentos de Enfermagem. 9. ed. Rio de Janeiro: Elsevier,


2018.

TAYLOR, C. et al. Fundamentos de Enfermagem: a arte e a ciência do cuidado de


enfermagem. 7. ed. Porto Alegre: Artmed, 2014.

DADOS DA VERSÃO
ELABORAÇÃO APROVAÇÃO
Cátia Helena Damando Salomão Jane Aparecida Cristina
Enfermeira. COREN-SP: 144846 Chefe da Divisão de Enfermagem.
COREN-SP: 44071

ATUALIZAÇÃO – 1 APROVAÇÃO – 1
Maria Verônica Ferrareze Ferreira Karina Domingues de Freitas
Enfermeira. COREN-SP: 0100791 Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 0126266
Patrícia Abrahão Curvo
Enfermeira. COREN-SP: 0115657

27
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Administração de medicamentos via intramuscular

Administração de medicamentos via intramuscular (IM)

1 OBJETIVO
Administrar medicamentos por via intramuscular.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO
Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),
Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família
(USF), Serviço de Atenção Domiciliar (SAD), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência
(SAMU).

3 MATERIAL
3.1 Prescrição médica
3.2 Álcool a 70%
3.3 Bandeja
3.4 Medicamento
3.5 Curativo bandagem s/n
3.6 Recipiente para descarte de material perfurocortante
3.7 Algodão
3.8 Seringa de 3 ou 5mL
3.9 Agulha para aspiração (40x1,2 / 30x0,8 / 25x0,8mm)
3.10 Agulha para aplicação (30x0,8 / 30x0,7 / 25x0,7 / 25x0,6 / 20x0,55mm)
3.11 Luvas de procedimento

4 PROCEDIMENTO
4.1 Acolher o usuário e se apresentar;
4.2 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das
mãos ou higienização simples das mãos;
4.3 Verificar a prescrição e certificar-se que está completa: o nome do usuário, o
medicamento, a dose, a via e o horário;
4.4 Questionar o usuário e família sobre histórico de alergias;
4.5 Preparar o medicamento para um usuário de cada vez, conferir sua data de validade;
4.6 Abrir a embalagem da seringa e colocar a agulha, mantendo os princípios de
assepsia;
4.7 Aspirar o medicamento da ampola ou frasco-ampola conforme procedimento
operacional;

28
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Administração de medicamentos via intramuscular

4.8 Trocar a agulha por uma compatível com o medicamento e as condições da


musculatura do usuário;
4.9 Organizar o material na bandeja e transportá-lo até o usuário;
4.10 Explicar o procedimento ao usuário. Nesse momento, quando possível, comunicar
ao usuário qual o medicamento está sendo administrado e qual a sua ação;
4.11 Identificar o usuário (perguntando o nome completo), orientar o procedimento e
comunicar o início do mesmo;
4.12 Garantir a privacidade do usuário fechando cortinas, biombo, portas etc.
4.13 Selecionar a região apropriada para a injeção;
4.14 Inspecionar o local da pele avaliando existência de equimose, inflamação, edema
entre outros;
4.15 Observar a integridade e o tamanho do músculo;
4.16 Posicionar o usuário dependendo da posição escolhida (ortostática, sentada, sims ou
pronada);
4.17 Calçar as luvas de procedimento;
4.18 Delimitar a área intramuscular de escolha.

Região Ventroglútea:
Posicionar o dedo médio da mão contrária ao lado selecionado (mão direita em região
ventroglútea esquerda e mão esquerda em região ventroglútea direita) sobre crista ilíaca,
deixar a palma da mão cair naturalmente sobre o trocânter maior do fêmur, afastar o dedo
indicador apontando-o para a espinha ilíaca anterossuperior e fazer a aplicação no centro
do triângulo formado pelos dedos médio e indicador, com a agulha ligeiramente voltada à
crista ilíaca em um ângulo aproximado de 72º (volume máximo 4mL).

Fonte: Potter et al. (2018)

29
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Administração de medicamentos via intramuscular

Região da face anterolateral da coxa (músculo vasto lateral):


Traçar uma linha média na parte anterior e uma linha média na parte lateral da coxa, dividir
o espaço entre o trocânter e o joelho em três partes iguais e fazer a aplicação no terço
médio, introduzindo a agulha na direção podálica num ângulo aproximado de 60o (volume
máximo 4mL). Em RN (até 28 dias), lactente (de 28 dias até 24 meses) e crianças (de 24
meses a 10 anos), introduzir a agulha com ângulo de 45° a 60° e em adolescentes (11 a
17 anos), ângulo de 60° a 90°.

Artéria femoral

Trocânter maior

Vasto lateral
Reto femoral

Joelho

Fonte: Potter et al. (2018)

Região deltoidea (músculo deltoide):


Solicitar que o usuário relaxe o braço ao lado do corpo e flexione o cotovelo. Localizar o
acrômio e traçar uma linha horizontal 3,5 a 5,0 cm abaixo do mesmo. Identificar a inserção
inferior do deltoide e, a partir daí, traçar duas linhas diagonais formando um triângulo
imaginário com a linha horizontal. Fazer a aplicação na região central do triângulo,
introduzindo a agulha num ângulo de 90o (volume máximo 1mL).

Fonte: Potter et al. (2018)

30
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Administração de medicamentos via intramuscular

Região dorsoglútea:
Este local está associado a injeções inadvertidas, em muitas pessoas; injetar neste tecido
altera a absorção do fármaco e causa irritação tissular. Mais importante ainda, o local está
associado a lesão significativa, inclusive dor e paralisia temporária ou permanente,
causada por danos ao nervo ciático. Deverá ser usado como última escolha no adulto.
Traçar uma linha imaginária da espinha ilíaca póstero-superior ao trocânter do fêmur e
fazer a aplicação no ponto médio a 2,5 cm acima da linha imaginária, introduzindo a agulha
com ângulo de 90o em relação à superfície em que o usuário estiver deitado (volume
máximo 4mL).

Fonte: Atkinson e Murray (1989)

4.19 Realizar a antissepsia do local com algodão embebido em álcool a 70%, com
movimento firme, único e centrífugo (circular do centro para fora) e deixar secar
completamente;
4.20 Segurar o algodão seco entre o terceiro e quarto dedo da mão não dominante;
4.21 Tirar a proteção da agulha com a mão não dominante em um movimento direto;
4.22 Segurar a seringa, entre o polegar e o dedo indicador da mão dominante como um
dardo com a palma da mão para baixo;
4.23 Com a mão não dominante, estirar a pele e fixar o músculo;
4.24 Introduzir rapidamente a agulha em ângulo adequado para o músculo selecionado;
4.25 Com a mão não dominante, aspirar para verificar se a agulha está alcançando um
vaso sanguíneo e em caso negativo, injetar lentamente o medicamento (1mL/10s).
Caso retorne sangue, desprezar a seringa com o medicamento e recomeçar o
procedimento;
4.26 Colocar o algodão seco na pele próximo da inserção da agulha.
4.27 Esperar 10 segundos e então retirar a agulha no mesmo ângulo que foi inserida em
movimento rápido, único e firme e solte a pele;
4.28 Aplicar algodão seco sobre a região e não massagear;
31
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Administração de medicamentos via intramuscular

4.29 Não reencapar a agulha - utilizar dispositivos de segurança;


4.30 Desprezar os perfurocortantes em recipiente rígido e os demais materiais em local
adequado;
4.31 Avaliar necessidade de curativo bandagem;
4.32 Retirar as luvas, em recipiente e local adequados;
4.33 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das
mãos ou higienização simples das mãos;
4.34 Checar o medicamento e registrar o procedimento.

5 OBSERVAÇÃO
VOLUME

VASTO
IDADE DELTOIDE VENTROGLÚTEO DORSOGLÚTEO
LATERAL

Prematuros - - - 0,5mL

Neonatos - - - 0,5mL

Lactentes - - - 1,0mL

Crianças de 3 a 6 - 1,5mL 1,0mL 1,5mL


anos
Crianças de 6 a 0,5mL 1,5 - 2,0mL 1,5 - 2,0mL 1,5mL
14 anos

Adolescentes 1,0mL 2,0 – 2,5mL 2,0 – 2,5mL 1,5 - 2,0mL

Adultos 1,0mL 4,0mL 4,0mL 4,0mL


Fonte: Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo (2010 a)

CALIBRE DA AGULHA

Calibre da agulha Local Características do usuário


Usuários adultos
Ventroglúteo Homens com peso entre 60 e 118Kg
30 x 0,8mm
Dorsoglúteo Mulheres entre 60 a 90Kg
Usuários adultos
Ventroglúteo Homens com peso entre 60 e 118Kg
30 x 0,7mm
dorsoglúteo Mulheres entre 60 a 90Kg
Deltoide Usuários Adultos
25 x 0,7mm Mulheres com peso superior a 90Kg
Vasto Lateral
Crianças - avaliação clínica é imprescindível
25 x 0,6mm Vasto lateral da coxa para tomada de decisão
Crianças - avaliação clínica é imprescindível
20 x 0,55mm Vasto lateral da coxa para tomada de decisão
Fonte: Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo (2010 a)

32
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Administração de medicamentos via intramuscular

Quando a massa muscular do usuário é pequena, segure o corpo do músculo entre o


polegar e os dedos (prega muscular).
Para administração de imunobiológicos seguir orientações do protocolo do Programa de
Imunização.
Atenção: para os usuários que possuem implantação de prótese de silicone em glúteos e
coxas, utilizar preferencialmente região ventroglútea. Se dúvida, consultar o enfermeiro.

6 RESPONSABILIDADE
 Auxiliar de enfermagem
 Técnico de enfermagem
 Enfermeiro
 Médico

7 REGISTRO
Registrar o procedimento realizado, aceitação ou recusa do usuário, data e horário do
procedimento, local de aplicação, intercorrências (se houver), assinatura e horário de quem
realizou a técnica em prontuário ou Ficha de atendimento ambulatorial.

REFERÊNCIAS
ATKINSON, L. D.; MURRAY, M. E. Fundamentos de Enfermagem: introdução ao
processo de Enfermagem. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1989.

CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Guia de recomendações para registro de


enfermagem no prontuário do usuário ou outros documentos de enfermagem.
Brasília, DF: COFEN, 2015.

CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SÃO PAULO. Administração de


medicamentos por via intramuscular. São Paulo: COREN, 2010a.

CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SÃO PAULO. Parecer COREN-SP CAT


nº 014/2010, de 18 de fevereiro de 2010b. Uso de luvas de procedimento para a
administração de medicamentos. Disponível em: <https://portal.coren-
sp.gov.br/sites/default/files/parecer_coren_sp_2010_14.pdf>. Acesso em: 20 fev. 2018.

CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SÃO PAULO. Parecer COREN-SP


010/2009 – CT, de 10 de setembro de 2009. Troca de agulha para administração de
medicamento por via intramuscular. Disponível em: <https://portal.coren-sp.gov.br/wp-
content/uploads/2015/10/Parecer%2010.2009.pdf>. Acesso em: 15 mai 2019.

FURLAN, M. L. S. et al. Manual de procedimentos técnicos de Enfermagem. Ribeirão


Preto: Centro Universitário Barão de Mauá, 2017.

POTTER, P. A. et al. Fundamentos de Enfermagem. 9. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2018.

33
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Administração de medicamentos via intramuscular

SÃO PAULO (Estado). Secretaria da Saúde. Centro de Vigilância Epidemiológica.


Recomendações para uso de luvas em serviços de saúde. São Paulo: Secretaria da
Saúde, 2016.

DADOS DA VERSÃO
ELABORAÇÃO APROVAÇÃO
Cátia Helena Damando Salomão Jane Aparecida Cristina
Enfermeira. COREN-SP: 144846 Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 44071

ATUALIZAÇÃO – 1 APROVAÇÃO – 1
Lauren Suemi Kawata Karina Domingues de Freitas
Enfermeira. COREN-SP: 126659 Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 0126266
Marisa Akiko Iwamoto
Enfermeira. COREN-SP: 0115839

Patrícia Abrahão Curvo


Enfermeira. COREN-SP: 0115657

34
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Administração de medicamentos via intramuscular – Técnica em Z

Administração de medicamentos via intramuscular – Técnica em Z

1 OBJETIVO
Garantir a administração de medicamentos pela via intramuscular, por meio da técnica em
Z, com a finalidade de reduzir a dor e minimizar a irritação cutânea local pela vedação do
medicamento no tecido muscular.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO
Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),
Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família
(USF), Serviço de Atenção Domiciliar (SAD), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência
(SAMU).

3 MATERIAL
3.1 Prescrição médica;
3.2 Bandeja;
3.3 Medicamento;
3.4 Recipiente de material perfurocortante;
3.5 Seringa;
3.6 Agulha para aspiração (40x1,2 / 30x0,8 / 25x0,8mm);
3.7 Agulha para aplicação (30x0,8 / 30x0,7 / 25x0,7 / 25x0,6 / 20x0,55mm);
3.8 Algodão;
3.9 Álcool a 70%;
3.10 Luvas de procedimento;
3.11 Recipiente descartável ou seringa.

4 PROCEDIMENTO
4.1 Acolher o usuário;
4.2 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica
das mãos ou higienização simples das mãos;
4.3 Identificar o usuário (perguntando o nome completo), orientar o procedimento e
comunicar o início do mesmo;
4.4 Verificar a prescrição e certificar-se de que está completa: verificar o nome do
usuário, o medicamento, a dose, a via e o horário;
4.5 Questionar o usuário ou familiares sobre histórico de alergias;
4.6 Reunir o material;

35
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Administração de medicamentos via intramuscular – Técnica em Z

4.7 Aspirar o medicamento da ampola ou frasco-ampola conforme procedimento


operacional;
4.8 Preparar o medicamento para um usuário de cada vez, conferir a sua data de
validade;
4.9 Trocar a agulha por uma compatível com o medicamento e as condições da
musculatura do usuário;
4.10 Organizar o material na bandeja e transportá-lo até o usuário;
4.11 Apresentar-se ao usuário e explicar o procedimento. Nesse momento, quando
possível, comunicar ao usuário qual o medicamento está sendo administrado e qual
a sua ação;
4.12 Evitar locais com equimose, inflamação, edema, endurecimento ou queixas de dor;
4.13 Avaliar as condições do músculo para aplicação do medicamento e selecionar a
região mais adequada, preferir um músculo grande e profundo (como o músculo
ventroglúteo);
4.14 Garantir a privacidade do usuário fechando cortinas, biombo, portas etc.
4.15 Orientar o usuário sobre a melhor posição para receber o medicamento e ajudá-lo a
ocupar a posição adequada;
4.16 Posicionar o dedo médio da mão contrária ao lado selecionado (mão direita em região
ventroglútea esquerda e mão esquerda em região ventroglútea direita) sobre a crista
ilíaca, deixar a palma da mão cair naturalmente sobre o trocânter do fêmur, afastar o
dedo indicador apontando-o para a espinha ilíaca anterossuperior e fazer a aplicação
no centro do triângulo formado pelos dedos médio e indicador, com a agulha
ligeiramente voltada à crista ilíaca – ângulo aproximado de 72° (Figura 1A).

Figura 1 - Localização da região ventroglútea (1A). Administrando a injeção intramuscular no


músculo ventroglúteo usando o método do trajeto em Z (2A); (3A)
(1A) (2A) (3A)

Fonte: Potter et al. (2018)

36
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Administração de medicamentos via intramuscular – Técnica em Z

4.17 Para utilizar o método do trajeto em Z, coloque a mão não dominante sobre o local e
tracione a pele e os tecidos subcutâneos suprajacentes por aproximadamente 2 a 3
cm lateralmente ou para baixo (Figura 3A).

Figura 2 - Tracionar a pele suprajacente durante a injeção intramuscular move o tecido para
evitar o trajeto posterior. O método de injeção com trajeto em Z impede a deposição de
medicamento no tecido sensível.

Fonte: Potter et al. (2018)

4.18 Manter a pele nesta posição até administrar a injeção;


4.19 Realizar a antissepsia do local com algodão embebido em álcool a 70%, com
movimento firme, único e centrífugo (circular do centro para fora) e deixar secar
completamente;
4.20 Segurar o algodão seco entre o terceiro e quarto dedo da mão não dominante;
4.21 Retirar a capa protetora da agulha e segurar a seringa com a mão dominante, como
se estivesse segurando um dardo;
4.22 Introduzir a agulha profundamente no músculo;

37
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Administração de medicamentos via intramuscular – Técnica em Z

4.23 Com a mão não dominante, aspirar para verificar se a agulha está alcançando um
vaso sanguíneo e em caso negativo, injetar lentamente o medicamento (1mL/10s).
Caso retorne sangue, desprezar a seringa com o medicamento e recomeçar o
procedimento;
4.24 Esperar 10 segundos para a retirada da agulha, para possibilitar que o medicamento
se disperse de modo uniforme em vez de percorrer o canal formado pelo trajeto da
agulha;
4.25 Colocar o algodão seco sobre o local e exercer uma pressão leve, retirando a agulha
no mesmo ângulo em que foi introduzida, em um movimento firme, único e rápido,
sem massagear;
4.26 Soltar a pele ao retirar a agulha (isto deixa uma trajetória em zig-zag que veda o
trajeto da agulha onde os planos teciduais deslizam um sobre o outro);
4.27 Desprezar os perfurocortantes em recipiente rígido e os demais materiais em local
adequado;
4.28 Retirar as luvas, em recipiente e local adequados;
4.29 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das
mãos ou higienização simples das mãos;
4.30 Checar medicamento e registrar o procedimento.

5 OBSERVAÇÃO
O volume máximo a ser administrado na região ventroglútea é de 4mL.

6 RESPONSABILIDADE
 Auxiliar de enfermagem
 Técnico de enfermagem
 Enfermeiro
 Médico

7 REGISTRO
Registrar o procedimento realizado, aceitação ou recusa do usuário, data e horário do
procedimento, carimbo e assinatura de quem realizou a técnica em prontuário ou Ficha de
atendimento ambulatorial.

REFERÊNCIAS
CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SÃO PAULO. Administração de
medicamentos por via intramuscular. São Paulo: COREN, 2010.

38
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Administração de medicamentos via intramuscular – Técnica em Z

HOPKINS, U.; ARIAS, C. Large volume IM injections: a review of best practices. Oncology
Nurse Advisor, New York, jan./feb., p. 32-37, 2013.

NICOLL, L. H.; HESBY, A. Intramuscular injection: an integrative research review and


guideline for evidence-based practice. Applied Nursing Research, Philadelphia, v. 15, n.
3, p. 149-162, 2002.

POTTER, P. A. et al. Fundamentos de Enfermagem. 9. ed. Rio de Janeiro: Elsevier,


2018.

DADOS DA VERSÃO
ELABORAÇÃO APROVAÇÃO
Cátia Helena Damando Salomão Jane Aparecida Cristina
Enfermeira. COREN-SP: 144846 Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 44071

ATUALIZAÇÃO – 1 APROVAÇÃO – 1
Maria Verônica Ferrareze Ferreira Karina Domingues de Freitas
Enfermeira. COREN-SP: 0100791 Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 0126266
Patrícia Abrahão Curvo
Enfermeira. COREN-SP: 0115657

39
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Administração de medicamentos via ocular

Administração de medicamentos via ocular

1 OBJETIVO
Garantir a administração de medicamentos adequadamente a fim de proporcionar
tratamento adequado de diversas patologias através de aplicação de pomada ou colírio na
conjuntiva ocular.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO
Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),
Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família
(USF), Serviço de Atenção Domiciliar (SAD), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência
(SAMU).

3 MATERIAL
3.1 Bandeja
3.2 Medicamento
3.3 Luva de procedimento (se necessário)
3.4 Gaze estéril ou bola de algodão
3.5 Solução Fisiológica 0,9% 10 mL
3.6 Lenços de papel

4 PROCEDIMENTO
4.1 Higienizaras mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das
mãos ou higienização simples das mãos;
4.2 Verificar a prescrição;
4.3 Identificar o usuário pela identificação do leito, perguntar seu nome completo e pela
pulseira de identificação;
4.4 Apresentar-se ao usuário e explicar o procedimento;
4.5 Determinar se usuário tem alergia a algum medicamento;
4.6 Preparar os medicamentos para um usuário de cada vez;
4.7 Conferir o nome do usuário, data de validade, posologia, data da prescrição, carimbo
e assinatura do prescritor;
4.8 Somente abrir o medicamento diante do usuário ou acompanhante/cuidador;
4.9 Ler o nome do medicamento três vezes: quando pegar, preparar e guardar o
medicamento, confrontando a apresentação do medicamento com a posologia e via
prescrita;

40
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Administração de medicamentos via ocular

4.10 Inclinar a cabeça do usuário um pouco para trás, se estiver sentado, ou colocar sua
cabeça sobre um travesseiro, se estiver deitado;
4.11 Oferecer lenço de papel para o usuário retirar o medicamento e as lágrimas que
possam sair dos olhos durante o procedimento;
4.12 Colocar luvas de procedimento;
4.13 Limpar as pálpebras do usuário com gaze embebida em solução fisiológica 0,9%, em
movimento único, da porção interna para o canto externo, evitando o transporte de
resíduos para os dutos lacrimais;
4.14 Descartar a gaze e usar uma para cada limpeza;
4.15 Afastar a pálpebra inferior com o polegar, com o auxílio de uma gaze, apoiando a
mão na face do usuário, solicitando ao usuário para olhar para o teto;
4.16 Se medicamento em gotas, instilar o número de gotas no saco conjuntivo inferior, no
canto externo; sem tocar o conta-gotas na conjuntiva;
4.17 Se o medicamento for apresentado na forma de pomada, depositá-la ao longo de
toda a extensão do saco conjuntivo inferior, sem tocar o aplicador da pomada na
conjuntiva;
4.18 Soltar a pálpebra inferior após a instilação/aplicação e solicitar que o usuário feche
os olhos delicadamente;
4.19 Orientar o usuário a não esfregar o olho;
4.20 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das
mãos ou higienização simples das mãos;
4.21 Checar o medicamento.

5 OBSERVAÇÃO
A solução deve ser direcionada ao saco conjuntivo inferior porque a córnea é sensível e
passível de lesão. Tal procedimento evita o reflexo de piscar.

6 RESPONSABILIDADE
 Auxiliar de enfermagem
 Técnico de enfermagem
 Enfermeiro
 Médico

41
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Administração de medicamentos via ocular

7 REGISTRO
Registrar o procedimento realizado, aceitação ou recusa do usuário, data e horário do
procedimento, carimbo e assinatura de quem realizou a técnica em prontuário ou Ficha de
atendimento ambulatorial.

REFERÊNCIAS
POTTER, P. A. et al. Fundamentos de Enfermagem. 9. ed. Rio de Janeiro: Elsevier,
2018.

TAYLOR, C. et al. Fundamentos de Enfermagem: a arte e a ciência do cuidado de


enfermagem. 7. ed. Porto Alegre: Artmed, 2014.

DADOS DA VERSÃO
ELABORAÇÃO APROVAÇÃO
Cátia Helena Damando Salomão Jane Aparecida Cristina
Enfermeira. COREN-SP: 144846 Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 44071

ATUALIZAÇÃO – 1 APROVAÇÃO – 1
Maria Verônica Ferrareze Ferreira Karina Domingues de Freitas
Enfermeira. COREN-SP: 0100791 Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 0126266
Patrícia Abrahão Curvo
Enfermeira. COREN-SP: 0115657

42
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Administração de medicamentos via retal

Administração de medicamentos via retal

1 OBJETIVO
Garantir a administração de medicamentos adequadamente a fim de proporcionar
tratamento adequado de diversas patologias.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO
Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),
Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família
(USF), Serviço de Atenção Domiciliar (SAD), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência
(SAMU).

3 MATERIAL
3.1 Bandeja
3.2 Supositório
3.3 Luva de procedimento
3.4 Gaze estéril

4 PROCEDIMENTO
4.1 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das
mãos ou higienização simples das mãos;
4.2 Identificar o usuário pela identificação do leito, perguntar seu nome completo e pela
pulseira de identificação;
4.3 Apresentar-se ao usuário. Explique o procedimento em relação ao posicionamento e
às sensações a esperar, como a de defecação;
4.4 Determinar se o usuário tem alergia a algum medicamento;
4.5 Preparar os medicamentos para um usuário de cada vez;
4.6 Conferir o nome do usuário, data de validade, posologia, data da prescrição, carimbo
e assinatura do prescritor;
4.7 Ler o nome do medicamento três vezes: quando pegar, preparar e guardar o
medicamento, confrontando a apresentação do medicamento com a posologia e via
prescrita;
4.8 Cercar o leito com biombos, e fechar a porta quando possível, a fim de garantir a
privacidade;
4.9 Colocar luvas de procedimento. Caso o usuário informe alergia ao látex, utilize luvas
sem látex;

43
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Administração de medicamentos via retal

4.10 Colocar o usuário na posição de decúbito lateral (Sims)*, mantendo-o coberto,


apenas com a região anal exposta;
4.11 Solicitar ao usuário para realizar respirações lentas e profundas pela boca, e relaxar
o esfíncter anal;
4.12 Afastar os glúteos com auxílio de uma gaze, com a mão não dominante;
4.13 Introduzir o supositório, gentilmente pelo ânus até o esfincter interno e contra a
parede do reto, 10cm no adulto e 5 cm na criança e bebê, solicitando ao usuário que
não tente fazer força de evacuar;
4.14 Aplicar uma pressão suave para segurar as nádegas e manter a medicação na
posição;
4.15 Descartar os materiais, remover as luvas e higienizar as mãos conforme
procedimento operacional de fricção antisséptica das mãos ou higienização simples
das mãos;
4.16 O usuário deverá permanecer na mesma posição por 5 minutos, para evitar a
expulsão do supositório;
4.17 Checar o medicamento.

5 OBSERVAÇÃO
Posição Sims*:

Fonte: http://enfcetep.blogspot.com/2010/11/posicao-de-sims.html

O enfermeiro deverá avaliar o histórico do usuário em relação à hemorroidas, fissuras


anais, cirurgia retal ou sangramentos.
O enfermeiro poderá avaliar, quando necessário, as condições do ânus externamente,
palpando as paredes retais, antes de administrar o medicamento.

6 RESPONSABILIDADE
 Auxiliar de enfermagem
 Técnico de enfermagem
 Enfermeiro
 Médico

44
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Administração de medicamentos via retal

7 REGISTRO
Registrar o procedimento realizado, aceitação ou recusa do usuário, data e horário do
procedimento, resultado da evacuação (quantidade, aspecto e consistência das fezes),
carimbo e assinatura de quem realizou a técnica em prontuário ou Ficha de atendimento
ambulatorial

REFERÊNCIAS
POTTER, P. A. et al. Fundamentos de Enfermagem. 9. ed. Rio de Janeiro: Elsevier,
2018.

TAYLOR, C. et al. Fundamentos de Enfermagem: a arte e a ciência do cuidado de


enfermagem. 7. ed. Porto Alegre: Artmed, 2014.

DADOS DA VERSÃO
ELABORAÇÃO APROVAÇÃO
Cátia Helena Damando Salomão Jane Aparecida Cristina
Enfermeira. COREN-SP: 144846 Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 44071

ATUALIZAÇÃO – 1 APROVAÇÃO – 1
Maria Verônica Ferrareze Ferreira Karina Domingues de Freitas
Enfermeira. COREN-SP: 0100791 Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 0126266
Patrícia Abrahão Curvo
Enfermeira. COREN-SP: 0115657

45
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Administração de medicamentos via subcutânea

Administração de medicamentos via subcutânea

1 OBJETIVO
Administrar medicamentos pela via subcutânea.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO
Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),
Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família
(USF), Serviço de Atenção Domiciliar (SAD), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência
(SAMU).

3 MATERIAL
3.1 Agulhas (13x0,45mm / 8x0,30mm)
3.2 Álcool a 70%
3.3 Bandeja S/N
3.4 Curativo bandagem
3.5 Medicamento
3.6 Seringa 1mL
3.7 Algodão
3.8 Luvas de procedimento
3.9 Prescrição do medicamento
3.10 Recipiente para descarte de material perfurocortante.

4 PROCEDIMENTO
4.1 Acolher o usuário;
4.2 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das
mãos ou higienização simples das mãos;
4.3 Verificar a prescrição
4.4 Aspirar o medicamento da ampola ou frasco-ampola conforme procedimento
operacional;
4.5 Identificar o usuário, orientar o procedimento e comunicar o início do mesmo;
4.6 Atentar-se para a privacidade do usuário fechando cortinas, colocando biombos e
fechando portas etc;
4.7 Escolher o local de aplicação realizando rodízio dos locais frequentemente;

46
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Administração de medicamentos via subcutânea

Fonte: Potter et al. (2013)

4.8 Escolher o local de aplicação, verificando se o local escolhido está limpo, palpar o
local em busca de nódulos, rubor ou dor. Inspecione a superfície da pele verificando
a existência de equimose, inflamação ou edema. Evitar estes locais;
4.9 Posicionar o usuário de acordo com a área selecionada para aplicação;
4.10 Calçar as luvas de procedimento;
4.11 Realizar antissepsia da região com algodão embebido em álcool 70%. Posicionar o
chumaço no centro da região a ser limpa e faça movimento circular do centro para
bordas aproximadamente 5 cm;
4.12 Segurar a bola de algodão entre o terceiro e quarto dedos da mão não dominante;
4.13 Tirar a proteção da agulha com a mão não dominante em um movimento direto;
4.14 Pinçar a pele com os dedos polegar e indicador da mão não dominante, mantendo
até o fim da aplicação;
4.15 Segurar a seringa (como um dardo) entre o polegar e indicador da mão dominante;
4.16 Inserir a agulha no ângulo de 45 a 90º; para usuário obeso ângulo de 90º;
4.17 Injetar o medicamento de forma lenta (1mL/10s);
4.18 Soltar a pele e colocar algodão seco na pele próximo da inserção da agulha;
4.19 Retirar a agulha no mesmo ângulo da inserção, aplicando algodão seco;
4.20 Não reencapar a agulha; colocar a seringa na bandeja ou acionar dispositivos
especiais de segurança que protegem a agulha;
4.21 Colocar curativo bandagem, se necessário;
4.22 Descartar a seringa na caixa de perfurocortante;
4.23 Retirar as luvas;

47
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Administração de medicamentos via subcutânea

4.24 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das


mãos ou higienização simples das mãos;
4.25 Registrar o procedimento.

5 OBSERVAÇÃO
 Volume máximo para essa via: 1,5mL;
 Medicamentos anticoagulantes somente devem ser aplicados na região dos flancos;
 Evitar região peri umbilical;
 Para insulina diária alterne os locais de aplicação;
 Perfurar um vaso sanguíneo nesta via é muito raro, por isso aspiração não é necessária.
 Para administração de imunobiológicos seguir orientações do protocolo do Programa de
Imunização;
 Para administração de insulina seguir orientações do protocolo do Programa de
Doenças Crônicas Não Transmissíveis;

Fonte: Oliveira, Montenegro Junior e Venâncio (2017)

6 RESPONSABILIDADE
 Auxiliar de enfermagem
 Técnico de enfermagem
 Enfermeiro
 Médico

48
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Administração de medicamentos via subcutânea

7 REGISTRO
Registrar o procedimento realizado, aceitação ou recusa do usuário, local de aplicação,
intercorrências e providências tomadas, data e horário do procedimento, carimbo e
assinatura de quem realizou a técnica em prontuário ou Ficha de atendimento ambulatorial.
No caso de não administrar o medicamento, anotar o motivo.

REFERÊNCIAS
CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Guia de recomendações para registro de
enfermagem no prontuário do usuário ou outros documentos de enfermagem.
Brasília, DF: COFEN, 2015.

CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SÃO PAULO. Parecer COREN-SP CAT


nº 014/2010, de 18 de fevereiro de 2010. Uso de luvas de procedimento para a
administração de medicamentos. Disponível em: <https://portal.coren-
sp.gov.br/sites/default/files/parecer_coren_sp_2010_14.pdf>. Acesso em: 20 fev. 2018.

OLIVEIRA, J. E. P.; MONTENEGRO JUNIOR, R. M.; VENANCIO, S. (Org.). Diretrizes da


Sociedade Brasileira de Diabetes 2017-2018. São Paulo: Clannad, 2017.

POTTER, P. A. et al. Fundamentos de Enfermagem. 8. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.

POTTER, P. A. et al. Fundamentos de Enfermagem. 9. ed. Rio de Janeiro: Elsevier,


2018.

SÃO PAULO (Estado). Secretaria da Saúde. Centro de Vigilância Epidemiológica.


Recomendações para uso de luvas em serviços de saúde. São Paulo: Secretaria da
Saúde, 2016.

DADOS DA VERSÃO
ELABORAÇÃO APROVAÇÃO
Cátia Helena Damando Salomão Jane Aparecida Cristina
Enfermeira. COREN-SP: 144846 Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 44071

ATUALIZAÇÃO – 1 APROVAÇÃO – 1
Lauren Suemi Kawata Karina Domingues de Freitas
Enfermeira. COREN-SP: 126659 Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 0126266

49
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Administração de medicamentos via sublingual

Administração de medicamentos via sublingual

1 OBJETIVO
Garantir a administração de medicamentos adequadamente a fim de proporcionar tratamento
adequado de diversas patologias.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO
Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),
Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família (USF),
Serviço de Atenção Domiciliar (SAD), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU).

3 MATERIAL
3.1 Bandeja
3.2 Medicamento
3.3 Recipiente descartável
3.4 Espátula de madeira
3.5 Água
3.6 Luvas de Procedimento

4 PROCEDIMENTO
4.1 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das
mãos ou higienização simples das mãos.
4.2 Verificar a prescrição.
4.3 Identificar o usuário pela identificação do leito, perguntar seu nome completo e pela
pulseira de identificação.
4.4 Avaliar o histórico de alergias a medicamentos.
4.5 Explicar o procedimento ao usuário.
4.6 Preparar os medicamentos para um usuário de cada vez.
4.7 Conferir o nome do usuário, data de validade, posologia, data da prescrição, carimbo
e assinatura do prescritor.
4.8 Ler o nome do medicamento três vezes: quando pegar, preparar e guardar o
medicamento, confrontando a apresentação do medicamento com a posologia e via
prescrita.
4.9 Somente abrir o medicamento diante o usuário ou acompanhante/cuidador.
4.10 Colocar o(s) medicamento(s) embalado(s) em um copo descartável.
4.11 Calçar luvas de procedimento se necessário.

50
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Administração de medicamentos via sublingual

4.12 Colocar o medicamento sob a língua do usuário (com a mão enluvada ou com a
utilização de copo descartável). Se necessário, elevar a língua com auxílio da
espátula, caso necessário.
4.13 Orientar o usuário para que aguarde a absorção sem conversar, e sem deglutir a
saliva até dissolver o medicamento.
4.14 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das
mãos ou higienização simples das mãos;
4.15 Checar o medicamento.

5 OBSERVAÇÃO
 Oferecer os medicamentos em separado quando forem mais que um.
 Para administração de imunobiológicos seguir orientações do protocolo do Programa de
Imunização.

6 RESPONSABILIDADE
 Auxiliar de enfermagem
 Técnico de enfermagem
 Enfermeiro
 Médico

7 REGISTRO
Registrar o procedimento realizado, aceitação ou recusa do usuário, data e horário do
procedimento, carimbo e assinatura de quem realizou a técnica em prontuário ou Ficha de
atendimento ambulatorial.

REFERÊNCIA
TAYLOR, C. et al. Fundamentos de Enfermagem: a arte e a ciência do cuidado de
enfermagem. 7. ed. Porto Alegre: Artmed, 2014.

DADOS DA VERSÃO
ELABORAÇÃO APROVAÇÃO
Cátia Helena Damando Salomão Jane Aparecida Cristina
Enfermeira. COREN-SP: 144846 Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 44071

ATUALIZAÇÃO – 1 APROVAÇÃO - 1
Maria Verônica Ferrareze Ferreira Karina Domingues de Freitas
Enfermeira. COREN-SP: 0100791 Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 0126266
Patrícia Abrahão Curvo
Enfermeira. COREN-SP: 0115657

51
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Aferição de frequência respiratória

Aferição de frequência respiratória

1 OBJETIVO
Realizar avaliação física do sistema respiratório, avaliando a frequência respiratória, ritmo
e a qualidade do movimento respiratório, obtendo valores fidedignos para embasamento
das ações de enfermagem e condutas médicas.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO
Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),
Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família
(USF), Serviço de Assistência Domiciliar (SAD), Serviço de Atendimento Móvel de
Urgência (SAMU).

3 MATERIAL
3.1 Luvas de procedimento não estéril, se necessário
3.2 Biombo
3.3 Relógio com ponteiros de segundos

4 AFERIÇÃO DA FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA


4.1 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional padrão;
4.2 Reunir o material;
4.3 Identificar o usuário;
4.4 Colocar o usuário sentado ou em decúbito dorsal, de forma confortável;
4.5 Promover privacidade do usuário;
4.6 Simular verificação do pulso radial do usuário, observando os movimentos
respiratórios;
4.7 Contar o número de inspirações por 30 segundos e multiplicar esse número por 2
para calcular a frequência durante 1 minuto, mas se a frequência, ritmo ou amplitude
estiver anormal, palpar e contar por 1 minuto.
4.8 Higienizar as mãos;
4.9 Comunicar a enfermeira e/ou o médico em caso de eventuais anormalidades, tais
como: assimetria, bradipneia, taquipneia, apneia, entre outras anormalidades
relacionadas a frequência respiratória;

52
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Aferição de frequência respiratória

4.10 Valores de Referência (repouso e sem febre)


Faixa Etária Limites Normais Limite de Alerta

Recém-nascidos 35 a 55 rpm 60 rpm

Lactentes < 6 meses 30 a 50 rpm 50 rpm

Entre 6 meses e 2 anos 25 a 35 rpm 40 rpm

Pré-Escolares e escolares 20 a 30 rpm 35 rpm

Adolescentes 16 a 20 rpm 30 rpm

Adultos 12 a 20 rpm 25 rpm


Fonte: Oliveira (2016)

5 RESPONSABILIDADE
 Auxiliar de Enfermagem
 Técnico em Enfermagem
 Enfermeiro
 Médico

6 REGISTRO
Registrar o procedimento realizado, os resultados apresentados sem arredondamentos,
incluindo o membro utilizado para aferição; data e horário do procedimento, carimbo e
assinatura de quem realizou a técnica em ficha de atendimento e/ou no Sistema Hygia e
lançar procedimento no sistema.

REFERÊNCIAS
OLIVEIRA, R. G. Blackbook Enfermagem. Belo Horizonte: Blackbook, 2016.

POTTER, P. A. et al. Fundamentos de Enfermagem. 8. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.

TAYLOR, C. et al. Fundamentos de Enfermagem: a arte e a ciência do cuidado de


enfermagem. 7. ed. Porto Alegre: Artmed, 2014.

DADOS DA VERSÃO
ELABORAÇÃO APROVAÇÃO
Mayra Fernanda de Oliveira Jane Aparecida Cristina
Enfermeira. COREN-SP: 011255 Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 44071

ATUALIZAÇÃO – 1 APROVAÇÃO – 1
Daniela Moré Gorzílio Karina Domingues de Freitas
Enfermeira. COREN-SP: 0102183 Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 0126266

53
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Aferição de saturação de oxigênio

Aferição de saturação de oxigênio

1 OBJETIVO
Verificar a saturação parcial de oxigênio nos tecidos através de uma monitorização não
invasiva, obtendo valores fidedignos para embasamento das ações de enfermagem e
condutas médicas.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO
Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),
Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família
(USF), Serviço de Atenção Domiciliar (SAD), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência
(SAMU).

3 MATERIAL
3.1 Luvas de procedimento não estéril se necessário
3.2 Bandeja
3.3 Biombo
3.4 Algodão
3.5 Produto padronizado pela CCI - SMS
3.6 Oxímetro de pulso

4 PROCEDIMENTO
4.1 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das
mãos ou higienização simples das mãos;
4.2 Reunir o material;
4.3 Identificar o usuário;
4.4 Explicar ao usuário sobre o procedimento;
4.5 Colocar o usuário sentado ou em decúbito dorsal, de forma confortável;
4.6 Promover privacidade do usuário;
4.7 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das
mãos ou higienização simples das mãos;
4.8 Realizar a desinfecção do sensor do pulso oxímetro com algodão embebido em
produto padronizado pela CCI – SMS;
4.9 Instalar pulso oxímetro em extremidades (quirodáctilos, pododáctilos ou lóbulos
auriculares);
4.10 Realizar a leitura da saturação periférica de oxigênio;

54
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Aferição de saturação de oxigênio

4.11 Realizar a desinfecção do sensor do pulso oxímetro com algodão embebido em


Solução padronizada pela CCI - SMS e guardá-lo em local adequado;
4.12 Comunicar o enfermeiro ou o médico em caso de eventuais anormalidades, tais
como: saturação periférica de oxigênio inferior a 90%, cianose ou frialdade em
extremidades entre outras anormalidades relacionadas à saturação periférica de
oxigênio.

5 RESPONSABILIDADE
 Auxiliar de Enfermagem
 Técnico em Enfermagem
 Enfermeiro

6 OBSERVAÇÕES
A saturação de oxigênio aceitável varia de 95% a 100%; um valor de menos que 90% é
considerável hipoxemia; entretanto, os valores abaixo de 90% podem ser aceitáveis para
certas doenças crônicas.

7 REGISTRO
Registrar o procedimento realizado, os resultados apresentados; data e horário do
procedimento, carimbo e assinatura de quem realizou a técnica em ficha de atendimento
e/ou no Sistema Hygia e lançar procedimento no sistema.

REFERÊNCIAS
OLIVEIRA, R. G. Blackbook Enfermagem. Belo Horizonte: Blackbook, 2016.

POTTER, P. A. et al. Fundamentos de Enfermagem. 9. ed. Rio de Janeiro: Elsevier,


2018.

TAYLOR, C. et al. Fundamentos de Enfermagem: a arte e a ciência do cuidado de


enfermagem. 7. ed. Porto Alegre: Artmed, 2014.

DADOS DA VERSÃO
ELABORAÇÃO APROVAÇÃO
Mayra Fernanda de Oliveira Jane Aparecida Cristina
Enfermeira. COREN-SP: 011255 Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 44071

ATUALIZAÇÃO – 1 APROVAÇÃO – 1
Daniela Moré Gorzílio Karina Domingues de Freitas
Enfermeira. COREN-SP: 0102183 Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 0126266

55
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Aferição de temperatura

Aferição de temperatura

1 OBJETIVO
Realizar avaliação física do sistema termorregulador, obtendo valores fidedignos para
embasamento das ações de enfermagem e condutas médicas.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO
Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),
Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família
(USF), Serviço de Atenção Domiciliar (SAD), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência
(SAMU).

3 MATERIAL
3.1 Luvas de procedimento não estéril se necessário
3.2 Bandeja
3.3 Biombo
3.4 Termômetro digital ou termômetro de infra vermelho
3.5 Algodão
3.6 Produto padronizado pela CCI - SMS
3.7 Papel toalha
3.8 Hastes flexíveis

4 AFERIÇÃO DA TEMPERATURA
4.1 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das
mãos ou higienização simples das mãos;
4.2 Reunir o material;
4.3 Identificar o usuário;
4.4 Explicar ao usuário sobre o procedimento;
4.5 Colocar o usuário sentado ou em decúbito dorsal, de forma confortável;
4.6 Promover privacidade do usuário;
4.7 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das
mãos ou higienização simples das mãos;
4.8 Para termômetro digital: realizar a desinfecção do termômetro com algodão
embebido em produto padronizado pela CCI - SMS no sentido da haste para o bulbo;
4.9 Para termômetro de infra vermelho: limpar o termômetro usando uma haste flexível
com álcool a 70% para limpar o sensor. O restante do termômetro deve ser limpo

56
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Aferição de temperatura

com algodão umedecido com álcool a 70% e manter em contato por pelo menos um
minuto. Assegurar-se de que não entre qualquer líquido no interior do aparelho. Não
utilizar produtos de limpeza abrasivos ou diluentes para limpar o termômetro e nunca
o mergulhe em água ou em qualquer outro líquido.

TEMPERATURA AXILAR
 Secar a região axilar do usuário se necessário, utilizando papel toalha;
 Colocar o bulbo do termômetro na região axilar do usuário, dobrando seu braço sobre o
peito;
 Aguardar o termômetro digital emitir o sinal sonoro, retirar o termômetro e realizar a
leitura;
 Realizar a desinfecção do termômetro com ou solução padronizada pela CCI - SMS da
haste para o bulbo e guardá-lo em local adequado;
 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das
mãos ou higienização simples das mãos;
 Comunicar o enfermeiro ou o médico em caso de eventuais anormalidades, tais como:
hipotermia e hipertermia.

TEMPERATURA ORAL
 Conferir se o usuário não utilizou alimentos quentes ou frios;
 Colocar bulbo do termômetro sob a língua ou no espaço entre os dentes e a bochecha;
 Solicitar ao usuário que feche a boca, mas que não morda o termômetro;
 Aguardar o termômetro digital emitir o sinal sonoro, retirar o termômetro e realizar a
leitura;
 Realizar a desinfecção do termômetro com produto padronizado pela CCI - SMS da
haste para o bulbo e guardá-lo em local adequado.
 Higienizar as mãos.
 Comunicar o enfermeiro ou o médico em caso de eventuais anormalidades, tais como:
hipotermia e hipertermia.

TEMPERATURA TEMPORAL
 Verificar se a lente ou o sensor de infravermelho estão livres de detritos, sujeira ou
condensação que possam afetar a precisão da leitura. Usar haste flexível e álcool à
70% para limpá-lo com cuidado, se necessário. Evitar arranhar a lente ou o sensor;
 Realizar a aferição nas condições ambientes (temperatura e umidade) especificadas
pelo fabricante;
57
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Aferição de temperatura

 Certificar que o usuário não fez ingestão de alimentos ou bebidas e nem realizou
esforço físico. Caso tenha feito, deve-se aguardar no mínimo 5 minutos para que o
usuário possa repousar;
 Ligar o termômetro pressionando o botão Liga/Desliga;
 Certificar que no visor que a aferição da temperatura esteja em <°C>;
 Certificar que o usuário não esteja com a cabelo na testa e que a pele não esteja
úmida;
 Posicionar o sensor conforme orientação do fabricante;
 Certificar para distância conforme orientação do fabricante;
 Assegurar de que a lente ou sensor de infravermelho estejam a um ângulo reto (90°)
da superfície, ou seja, perpendicular à testa. Quando a aferição estiver concluída, um
sinal sonoro será emitido;
 Registrar a temperatura que aparece no visor e informe o resultado ao usuário;
 Caso o termômetro não desligue automaticamente, desligar o termômetro
pressionando ligeiramente o botão Liga/Desliga;
 Aguardar por pelo menos dois minutos para nova mensuração (obrigatoriamente o
termômetro deve ser desligado e ligado novamente entre medições consecutivas);
 Limpar o termômetro usando uma haste flexível com álcool a 70% para limpar o
sensor. O restante do termômetro deve ser limpo com algodão umedecido com álcool
a 70% e manter em contato por pelo menos um minuto. Remover a bateria, caso não
vá utilizá-lo por longo período;
 Armazenar o termômetro em lugar protegido de temperaturas altas e baixas, umidade,
luz direta e poeira.

TEMPERATURA ANAL
 Calçar luvas de procedimento;
 Lubrificar a ponta do termômetro que será inserida no reto;
 Colocar o usuário deitado em decúbito lateral e com as pernas fletidas ou em posição
de Sims, expondo apenas o sulco interglúteo;
 Lubrificar a ponta do termômetro;
 Entreabrir o sulco interglúteo com a mão esquerda;
 Introduzir o bulbo no ânus com a mão direita, cerca de 2,5 cm, cuidadosamente;
 Aguardar o termômetro digital emitir o sinal sonoro;
 Entreabrir o sulco interglúteo, removendo o termômetro;
 Cobrir a área exposta do usuário;
58
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Aferição de temperatura

 Realizar a leitura;
 Colocar o termômetro na cuba-rim;
 Colocar o usuário em posição confortável;
 Recompor a unidade;
 Lavar o termômetro com água e sabão;
 Realizar a desinfecção do termômetro com produto padronizado pela CCI-SMS;
 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das
mãos ou higienização simples das mãos;
 Comunicar o enfermeiro ou o médico em caso de eventuais anormalidades, tais como:
hipotermia e hipertermia.
 Não usar temperatura retal em recém-nascidos ou em usuários submetidos a
intervenções cirúrgicas no reto e períneo, ou com processos inflamatórios presentes no
reto e períneo.

Medida Normal Maior que a axilar Subfebril Febril


Axilar 35,5 a 36,9 C 37,0 a 37,7 C Acima de 37,8 C
Oral 36,0 a 37,3 C 0,5 a 0,6 C 37,4 a 37,7 C Acima de 38,0 C
Retal 36,0 a 37,5 C 0,5 a 0,8 37,6 a 37,9 Acima de 38,0 C
Fonte: Oliveira (2016)

O idoso por conta da perda de massa, diminuição de metabolismo e de células


sudoríparas pode apresentar uma variação de 0,5 a 1°C menos que o adulto jovem e
estar normotérmico ou afebril.

5 OBSERVAÇÃO
Na aferiação de temperatura temporal, seguir os mesmos valores de referência de
temperatura axilar.

6 RESPONSABILIDADE
 Auxiliar de Enfermagem
 Auxiliar odontológico (temperatura axiliar e temporal)
 Técnico em Enfermagem
 Enfermeiro
 Médico
 Dentista (temperatura axiliar e temporal)

59
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Aferição de temperatura

7 REGISTRO
Registrar o procedimento realizado, os resultados apresentados sem arredondamentos;
respectivas características, data e horário do procedimento, carimbo e assinatura de quem
realizou a técnica em ficha de atendimento e/ou no Sistema Hygia e lançar procedimento
no sistema.

REFERÊNCIAS
BARROS, A. L. B. L. et al. (Org.). Anamnese e exame físico: avaliação diagnóstica de
enfermagem no adulto. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2016.

OLIVEIRA, R. G. Blackbook Enfermagem. Belo Horizonte: Blackbook, 2016.

POTTER, P. A. et al. Fundamentos de Enfermagem. 9. ed. Rio de Janeiro: Elsevier,


2018.

DADOS DA VERSÃO
ELABORAÇÃO APROVAÇÃO
Mayra Fernanda de Oliveira Jane Aparecida Cristina
Enfermeira. COREN-SP: 011255 Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 44071

ATUALIZAÇÃO – 1 APROVAÇÃO – 1
Daniela Moré Gorzílio Karina Domingues de Freitas
Enfermeira. COREN-SP: 0102183 Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 0126266

ATUALIZAÇÃO – 2 APROVAÇÃO – 2
Lauren Suemi Kawata Karina Domingues de Freitas
Enfermeira. COREN-SP: 126659 Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 0126266

60
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Aferição de pressão arterial

Aferição de pressão arterial

1 OBJETIVO
Obter o valor fidedigno da pressão arterial para subsidiar as ações de enfermagem e as
condutas médicas.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO
Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),
Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família
(USF), Serviço de Assistência Domiciliar (SAD), Serviço de Atendimento Móvel de
Urgência (SAMU).

3 MATERIAL
3.1 Luvas de procedimento não estéril se indicado;
3.2 Bandeja;
3.3 Biombo;
3.4 Esfigmomanômetro;
3.5 Estetoscópio;
3.6 Algodão;
3.7 Produto padronizado pela CCI-SMS;
3.8 Equipamentos de Proteção Individual.

4 PROCEDIMENTO
4.1 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional padrão;
4.2 Identificar o usuário;
4.3 Explicar o procedimento ao usuário;
4.4 Certificar-se de que o usuário não: está com a bexiga cheia, praticou exercícios
físicos há pelo menos 60 minutos, ingeriu bebidas alcoólicas, café ou alimentos,
fumou nos 30 minutos anteriores;
4.5 Deixá-lo em repouso por, no mínimo, 5 minutos em ambiente calmo, se possível;
4.6 Instruir o usuário a não conversar durante a medida;
4.7 Calçar luvas, se necessário;
4.8 Posicionar o usuário corretamente: posição sentada, se possível, pernas
descruzadas, pés apoiados no chão, dorso recostado e relaxado. O braço deve estar
na altura do coração (nível médio do esterno ou 4º espaço intercostal), livre de
roupas, apoiado, com a palma da mão voltada para cima e cotovelo ligeiramente
fletido;
61
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Aferição de pressão arterial

4.9 Expor o local onde se encontra a artéria braquial;


4.10 Obter a circunferência aproximadamente no meio do braço;
4.11 Selecionar o manguito segundo o quadro abaixo ou seguindo a regra: A largura da
bolsa de borracha deve corresponder a 40% da circunferência do braço e o seu
comprimento, envolver pelo menos 80%;

Circunferência do Denominação do Largura do manguito Comprimento da bolsa


braço (cm) manguito (cm) (cm)
≤6 Recém-nascido 3 6
6-15 Criança 5 15
16-21 Infantil 8 21
22-26 Adulto pequeno 10 24
27-34 Adulto 13 30
35-44 Adulto grande 16 38
45-52 Coxa 20 42
Fonte: 7ª Diretriz... (2016)

4.12 Colocar o manguito, sem deixar folgas, 2 a 3 cm acima da fossa cubital;


4.13 Conferir se a agulha do manômetro aneroide está na marca zero da escala;
4.14 Apertar a válvula aparafusada na bomba de ar;
4.15 Assumir uma posição em que você esteja além de 90 cm em relação ao manômetro;
4.16 Colocar as peças auriculares do estetoscópio nas orelhas. Direcioná-las para o
interior do canal e não para o ouvido em si;
4.17 Palpar o pulso da artéria radial e braquial;
4.18 Inflar o manguito ao mesmo tempo em que continua a palpar a artéria radial com os
dedos indicador e médio e observar o ponto na escala do manômetro em que
desaparece o pulso;
4.19 Situar a campânula ou o diafragma do estetoscópio, com firmeza, embora com o
mínimo possível de pressão, sobre a artéria braquial. Não deixe que o estetoscópio
toque as roupas ou o manguito;
4.20 Bombear a pressão 30mmHg acima do ponto em que a pressão sistólica foi palpada
e estimada. Abrir a válvula no manômetro e deixar o ar sair devagar (possibilitando
que o medidor caia 2-3 mm por segundo);
4.21 Registrar o ponto no medidor em que o primeiro som, ainda que fraco, mas claro
pareça lentamente aumentar de intensidade. Registrar esse número como a pressão
sistólica. Ler a pressão mais próxima do intervalo de 2mmHg;

62
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Aferição de pressão arterial

4.22 Não reinflar o manguito assim que o ar estiver sendo liberado para novamente
verificar os dados da pressão sistólica;
4.23 Determinar a pressão diastólica no desaparecimento dos sons;
4.24 Se os batimentos persistirem até o nível zero, determinar a pressão diastólica no
abafamento dos sons e anotar valores da sistólica/diastólica/zero;
4.25 Realizar pelo menos 2 medidas com intervalo de 1 minuto e considerar a média das
duas aferições;
4.26 No primeiro atendimento do usuário na Atenção Primária, realizar esse procedimento
nos dois braços e considerar o valor mais alto. Nas vezes subsequentes verificar
apenas em um dos braços;
4.27 Informar os valores de pressões arteriais obtidos para o usuário;
4.28 Higienizar as mãos;
4.29 Realizar desinfecção do estetoscópio com algodão embebido em produto
padronizado pela CCI-SMS.

5 OBSERVAÇÃO

Classificação PAS (mmHg) PAD (mmHg)

Normal ≤ 120 ≤ 80

Pré-hipertensão 121 - 139 81 - 89

Hipertensão estágio 1 140 - 159 90 - 99

Hipertensão estágio 2 160 - 179 100 - 109

Hipertensão estágio 3 ≥ 180 ≥ 110


Quando a PAS e a PAD situam-se em categorias diferentes, a maior deve ser utilizada para
classificação da PA.
Considera-se hipertensão sistólica isolada se PAS ≥ 140 mm Hg e PAD < 90 mm Hg, devendo
a mesma ser classificada em estágios 1, 2 e 3.

Fonte: 7ª Diretriz... (2016)

5.1 Em usuários obesos, manguitos mais longos e largos são necessários para não
haver superestimação da pressão arterial. Em braços com circunferência superior a
50 cm, onde não houver manguito disponível, pode-se fazer a medição no antebraço,
devendo o pulso auscultado ser o radial. Há, entretanto, restrições quanto a essa
prática. Especial dificuldade ocorre em braços largos e curtos, em forma de cone,
onde manguitos de grandes dimensões não se adaptam.

63
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Aferição de pressão arterial

5.2 Em gestantes, a pressão arterial deve ser obtida com a mesma metodologia
recomendada para adultos, reforçando-se que ela também pode ser medida no braço
esquerdo na posição de decúbito lateral esquerdo em repouso, não devendo diferir
da obtida na posição sentada.

5.3 Coxa: Colocar o usuário em decúbito ventral, se possível. Se essa posição não for
possível, optar por decúbito dorsal, com o joelho levemente flexionado. Usar um
manguito que seja grande o suficiente para que se faça uma verificação precisa.
Colocar o manguito 2,5 cm acima da artéria poplítea com a bolsa de borracha acima
da porção posterior da parte média da coxa. Seguir o mesmo procedimento de
ausculta recomendado para a artéria braquial. Procurar manter-se relaxado, decúbito
ventral ou dorsal, perna ao nível do coração. A escala do manômetro deve manter-
se visível aos olhos. Local com luminosidade adequada localizar a artéria poplítea e
aferir colocando a campânula ou membrana sobre a artéria poplítea.

Fonte: Jarvis (2002)

6 RESPONSABILIDADE
 Auxiliar de Enfermagem
 Técnico de Enfermagem
 Enfermeiro
 Médico

7 REGISTRO
Registrar o procedimento realizado, os resultados apresentados sem arredondamentos,
incluindo o membro utilizado para aferição; data e horário do procedimento, carimbo e
assinatura de quem realizou a técnica em ficha de atendimento e/ou no Sistema Hygia e
lançar procedimento no sistema.

64
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Aferição de pressão arterial

REFERÊNCIAS
BARROS, A. L. B. L. et al. (Org.). Anamnese e exame físico: avaliação diagnóstica de
enfermagem no adulto. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2016.

JARVIS, C. Exame físico e avaliação de saúde. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara


Koogan, 2002.

POTTER, P. A. et al. Fundamentos de Enfermagem. 9. ed. Rio de Janeiro: Elsevier,


2018.

7a DIRETRIZ brasileira de hipertensão arterial. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, Rio


de Janeiro, v. 107, n. 3, set. 2016. Suplemento 3.

TAYLOR, C. et al. Fundamentos de Enfermagem: a arte e a ciência do cuidado de


enfermagem. 7. ed. Porto Alegre: Artmed, 2014.

DADOS DA VERSÃO
ELABORAÇÃO APROVAÇÃO
Mayra Fernanda de Oliveira Jane Aparecida Cristina
Enfermeira. COREN-SP: 011255 Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 44071

ATUALIZAÇÃO – 1 APROVAÇÃO – 1
Daniela Moré Gorzílio Karina Domingues de Freitas
Enfermeira. COREN-SP: 0102183 Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 0126266
Zigmar Borges Nunes
Enfermeira. COREN-SP: 72799

65
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Aferição do pulso

Aferição do pulso

1 OBJETIVO
Avaliar e monitorar as condições hemodinâmicas do usuário; detectar e monitorar arritmias
cardíacas; avaliar efeitos de medicamentos que alterem a frequência cardíaca e; verificar
a frequência, ritmo e amplitude do pulso, obtendo valores fidedignos para embasamento
das ações de enfermagem e condutas médicas.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO
Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),
Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família
(USF), Serviço de Atenção Domiciliar (SAD), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência
(SAMU).

3 MATERIAL
3.1 Luvas de procedimento não estéril se necessário;
3.2 Bandeja;
3.3 Biombo;
3.4 Estetoscópio;
3.5 Relógio com ponteiros de segundos;
3.6 Algodão;
3.7 Produto padronizado pela CCI - SMS

4 AFERIÇÃO DO PULSO PERIFÉRICO


4.1 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das
mãos ou higienização simples das mãos;
4.2 Reunir o material;
4.3 Identificar o usuário;
4.4 Explicar ao usuário sobre o procedimento;
4.5 Colocar o usuário sentado ou em decúbito dorsal, de forma confortável;
4.6 Promover privacidade do usuário;
4.7 Higienizar as mãos;
4.8 Realizar desinfecção das olivas e do diafragma do estetoscópio com algodão
embebido em produto padronizado pela CCI - SMS;
4.9 Identificar o usuário;
4.10 Colocar o usuário sentado ou em decúbito dorsal, de forma confortável;
4.11 Promover privacidade do usuário;
66
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Aferição do pulso

4.12 Calçar luvas se for o caso;


4.13 Colocar seu primeiro, segundo e terceiro dedos sobre uma artéria superficial,
comprimindo-a levemente. Geralmente as artérias escolhidas são (radial, braquial,
carótida, femoral, poplítea e pediosa);
4.14 Contar os batimentos arteriais durante 30 segundos e multiplicar esse número por 2
para calcular a frequência durante 1 minuto, mas se a frequência, ritmo ou amplitude
estiver anormal, palpar e contar por 1 minuto.
4.15 Determinar frequência, ritmo e amplitude do pulso.
4.16 Comunicar o enfermeiro em caso de eventuais anormalidades, tais como: arritmias,
taquicardias, bradicardias entre outras anormalidades relacionadas ao pulso;
4.17 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das
mãos ou higienização simples das mãos;

AFERIÇÃO DO PULSO APICAL


4.18 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das
mãos ou higienização simples das mãos;
4.19 Reunir o material;
4.20 Identificar o usuário;
4.21 Explicar ao usuário sobre o procedimento;
4.22 Colocar o usuário sentado ou em decúbito dorsal, de forma confortável;
4.23 Promover privacidade do usuário;
4.24 Realizar desinfecção das olivas e do diafragma do estetoscópio com algodão
embebido em produto padronizado pela CCI - SMS;
4.25 Segurar o diafragma contra as mãos durante alguns segundos para aquecer;
4.26 Palpar o espaço entre a 5º e 6º costelas (quinto espaço intercostal) e chegar a linha
clavicular média esquerda;
4.27 Colocar o diafragma sobre o ápice cardíaco;
4.28 Contar os batimentos cardíacos durante 1 minuto;
4.29 Determinar frequência, ritmo e amplitude do pulso.
4.30 Cobrir o usuário e deixa-lo em posição confortável;
4.31 Comunicar o enfermeiro ou o médico em caso de eventuais anormalidades, tais
como: arritmias, taquicardias, bradicardias entre outras anormalidades relacionadas
ao pulso.
4.32 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das
mãos ou higienização simples das mãos;
4.33 Realizar desinfecção das olivas e do diafragma do estetoscópio com algodão
embebido em produto padronizado pela CCI - SMS e guardá-lo em local adequado;
67
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Aferição do pulso

4.34 Valores de referência (repouso sem febre)


Faixa Etária Limites Normais Média Limites de Alerta
Recém-nascidos 100 a 150 bpm 140 < 80 e > 170
Lactentes 80 a 140 bpm 120 < 70 e > 160
Crianças de 1-2 anos 80 a 130 bpm 110 < 60 e > 140
Pré-Escolares 70 a 120 bpm 100 < 60 e > 140
Escolares 70 a 110 bpm 95 < 60 e > 130
Adolescentes 60 a 90 bpm 80 < 55 e > 120
Adultos 60 a 100 bpm 80 < 50 e > 120
Fonte: Oliveira (2016)

5 RESPONSABILIDADE
 Auxiliar de Enfermagem
 Técnico em Enfermagem
 Enfermeiro
 Médico

6 REGISTRO
Registrar o procedimento realizado, os resultados apresentados sem arredondamentos,
incluindo o membro utilizado para aferição; respectivas características, data e horário do
procedimento, carimbo e assinatura de quem realizou a técnica em ficha de atendimento
e/ou no Sistema Hygia e lançar procedimento no sistema.

REFERÊNCIAS
OLIVEIRA, R. G. Blackbook Enfermagem. Belo Horizonte: Blackbook, 2016.

POTTER, P. A. et al. Fundamentos de Enfermagem. 9. ed. Rio de Janeiro: Elsevier,


2018.

TAYLOR, C. et al. Fundamentos de Enfermagem: a arte e a ciência do cuidado de


enfermagem. 7. ed. Porto Alegre: Artmed, 2014.

DADOS DA VERSÃO
ELABORAÇÃO APROVAÇÃO
Mayra Fernanda de Oliveira Jane Aparecida Cristina
Enfermeira. COREN-SP: 011255 Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 44071

ATUALIZAÇÃO – 1 APROVAÇÃO – 1
Daniela Moré Gorzílio Karina Domingues de Freitas
Enfermeira. COREN-SP: 0102183 Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 0126266

68
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Alinhamento e estabilização manual da coluna cervical

Alinhamento e estabilização manual da coluna cervical

1 OBJETIVO
Manter a coluna cervical alinhada em posição anatômica (neutra) sem a utilização de
equipamentos e materiais.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO
Unidades de Suporte Básico de Vida (USB), Unidades de Suporte Avançado (USA) do
Serviço de Assistência Móvel de Urgência – SAMU REGIONAL DE RIBEIRÃO PRETO,
Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),
Unidades de pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família (USF), Serviço de
Assistência Domiciliar (SAD).

3 MATERIAL
Nenhum material em específico faz se necessário para a execução deste procedimento,
apenas a utilização do equipamento de proteção individual.

4 PROCEDIMENTO
Esse procedimento pode ser realizado em diversas abordagens pela frente do paciente
(figura 1), por trás (figura 2), pela lateral (figura 3) ou em posição supina (decúbito dorsal
horizontal – figura 4) e deve ser mantido até instalação do colar cervical em caso de trauma.

Figura 1 - Abordagem pela frente do paciente

Fonte: PHTLS (2014)

4.1 O profissional posiciona-se em pé, a frente do paciente, orientando os pacientes


conscientes sobre a técnica e sua finalidade;

69
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Alinhamento e estabilização manual da coluna cervical

4.2 Utilizando as duas mãos para segurar a cabeça, posicione-as em ambos os lados,
na face do paciente, de forma que os dedos mínimos apoiem a parte posterior da
cabeça, os outros deverão estar posicionados ao longo da superfície da cabeça,
enquanto que a face hipotênar das mãos fique a frente e na altura das orelhas;
4.3 Exerça uma leve tensão no sentido axial e execute o alinhamento em posição neutra;
4.4 Mantenha o posicionamento da cabeça exercendo uma pressão que garanta sua
estabilidade;
4.5 Apoie seus braços (região do cotovelo) sob o tórax do paciente para obter apoio
adicional;
4.6 Mantenha a posição até que ocorra a instalação do colar cervical se indicado e
disponível.

Figura 2 - Abordagem por trás do paciente

Fonte: PHTLS (2014)

4.7 O profissional aproxima-se em pé, por trás do paciente, orientando os pacientes


conscientes sobre a técnica e sua finalidade;
4.8 Utilizando as duas mãos, posicione-as em ambos os lados, na face do paciente, de
forma que os polegares fiquem apoiados na parte posterior do crânio (em nível da
região occipital), os dedos indicadores e médios pressionando a mandíbula,
enquanto que os dois mínimos estejam abaixo do ângulo da mandíbula sem exercer
força de compressão;
4.9 Após o posicionamento das mãos realize uma leve tração longitudinal e o
alinhamento (anteroposterior e lateral) em posição neutra utilizando movimentos
suaves;
4.10 Mantenha o posicionamento da cabeça exercendo uma pressão que garanta sua
estabilidade;

70
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Alinhamento e estabilização manual da coluna cervical

4.11 Mantenha a posição até que ocorra a instalação do colar cervical se indicado e
disponível.

Figura 3 - Abordagem pela lateral do paciente

Fonte: PHTLS (2014)

4.12 O profissional aproxima-se do paciente, posicionando ao seu lado, orientando os


pacientes conscientes sobre a técnica e sua finalidade;
4.13 Passe um dos seus braços por cima do ombro e por trás da cabeça do paciente
apoiando a parte posterior da cabeça com sua mão, evitando movimentos adicionais;
4.14 Coloque a outra mão na parte anterior da face, abaixo da boca, de forma que o
polegar e o dedo indicador fiquem posicionados na chanfradura da face, onde se
juntam os dentes e a mandíbula;
4.15 Exerça uma leve pressão apenas para sustentar e estabilizar a cabeça do paciente,
alinhando-a em posição neutra se não houver restrições;
4.16 Mantenha a posição até que ocorra a instalação do colar cervical se indicado e
disponível.
Figura 4 - Abordagem do paciente em posição supina (decúbito dorsal horizontal)

Fonte: PHTLS (2014)

71
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Alinhamento e estabilização manual da coluna cervical

4.17 O profissional posiciona-se atrás e acima da cabeça do paciente, fletindo os membros


inferiores, ajoelhando- se e orientando os pacientes conscientes sobre a técnica e
sua finalidade;
4.18 Posicionem as mãos em ambos os lados da cabeça, com a face hipotênar cobrindo
as orelhas;
4.19 Coloquem os dedos na face do paciente de forma que promova a estabilização da
cabeça, posicionando os polegares na região frontal, os indicadores sob o maxilar, o
dedo médio logo abaixo da mandíbula e o quarto e quinto dedo deverão envolver a
parte posterior do crânio do paciente;
4.20 Com movimentos leves alinhe a cabeça ao longo do corpo em posição neutra;
4.21 Apoiem os antebraços e cotovelos no chão para melhor sustentação;
4.22 Mantenha a posição até que ocorra a instalação do colar cervical se indicado e
disponível.

5 OBSERVAÇÔES:
5.1 Lembre-se de que para iniciar qualquer procedimento é necessário ter certeza que a
cena (local da ocorrência) está segura.
5.2 Em casos suspeitos de traumatismo cervical estar atento, quando possível, aos
seguintes fatos relatados pelo paciente:
 Formigamento, paralisia ou perda de sensibilidade dos membros;
 Dor espontânea e/ou a palpação local com resistência ao procedimento;
Presença de traumatismos graves acima da clavícula;
 Inconsciência pós-trauma;
 Piora das condições ventilatórias;
 Ocorrência de espasmos musculares no pescoço.
 Na presença de um desses sinais o socorrista deve manter o paciente na posição
inicial, evitando ou interrompendo o procedimento e relatando os achados na
ficha de registro da assistência executada.

6 RESPONSABILIDADE
 Condutor
 Auxiliar de Enfermagem
 Técnico de Enfermagem
 Enfermeiro
 Médico intervencionista

72
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Alinhamento e estabilização manual da coluna cervical

7 REGISTRO
Registrar a assistência prestada em ficha de atendimento do paciente com assinatura e
carimbo constando nome e registro do conselho de classe de quem realizou a técnica.

REFERENCIAS
MARIANI, P. P.; PARANHOS, W. Y. Traumatismo cranioencefálico. In: ATUAÇÃO no
trauma: uma abordagem para enfermagem. São Paulo: Atheneu, 2009.

PHTLS atendimento pré-hospitalar ao traumatizado: básico e avançado. 8. ed. Rio de


Janeiro: Elsevier, 2014.

DADOS DA VERSÃO
ELABORAÇÃO APROVAÇÃO
Rosana Joaquim Fernandes Rosana Joaquim Fernandes
Enfermeira SAMU. COREN-SP: 42637 Enfermeira SAMU. COREN-SP: 42637

ATUALIZAÇÃO - 1 APROVAÇÃO - 1
Cláudia Carvalho Moreira Pinotti Karina Domingues de Freitas
Enfermeira. COREN-SP: 268146 Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 0126266

73
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Anteriorização da mandíbula – abertura das vias aéreas

Anteriorização da mandíbula - abertura das vias aéreas

1 OBJETIVO
Utilizar a técnica de anteriorização da mandíbula em usuários traumatizados para
permeabilizar as vias aéreas, da boca, faringe e laringe permitindo que o ar passe pelas
cordas vocais e traqueia alcançando a via aérea baixa.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO
Unidades de Suporte Básico de Vida (USB), Unidades de Suporte Avançado de Vida (USA)
do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência – SAMU REGIONAL DE RIBEIRÃO
PRETO, Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde
(UBDS), Unidades de pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família (USF),
Serviço de Atenção Domiciliar (SAD).

3 MATERIAL
3.1 Equipamentos de proteção individual (óculos, luvas e máscara facial).

4 PROCEDIMENTO
4.1 Utilizar os equipamentos de proteção individual;
4.2 Posicionar-se atrás da cabeça da vítima (figura 1);
4.3 Posicionar as duas mãos espalmadas uma de cada lado da face da vítima
mantendo o alinhamento da coluna cervical da mesma em posição neutra (figura 1);
4.4 Posicionar os dedos médios e indicadores no ângulo da mandíbula;
4.5 Projetar a mandíbula para frente enquanto os polegares deprimem o lábio inferior,
abrindo a boca (figura 2);
4.6 Pesquisar a presença de corpos estranhos, próteses dentárias ou sangramentos que
possam obstruir as vias aéreas superiores;
4.7 Após esta intervenção, caso necessário, proceda a aspiração de secreções
orofaríngeas e instale a cânula orofaríngea, conforme procedimento operacional
padrão;

74
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Anteriorização da mandíbula – abertura das vias aéreas

Figura 1 Figura 2

Fonte: Arquivos SAMU Regional Ribeirão Preto

5 OBSERVAÇÔES
 Mantenha o pescoço em posição neutra, para evitar trauma secundário de coluna
cervical.

6 RESPONSABILIDADES
 Condutor dentro de suas atribuições
 Técnico de Enfermagem
 Auxiliar de Enfermagem
 Enfermeiro
 Médico

7 REGISTRO
Registrar a assistência prestada em ficha de atendimento de enfermagem com assinatura
e carimbo constando número do COREN de quem realizou a técnica.

REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Protocolos de Intervenção
para o SAMU 192: serviço de atendimento móvel de urgência. Brasília, DF: Ministério da
Saúde, 2016. Disponível em:
<http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2016/outubro/26/livro-basico-2016.pdf>.
Acesso em: 15 mai 2019.

COLÉGIO AMERICANO DE CIRURGIÕES. Comitê de Trauma. Suporte avançado de


vida no trauma para medicos ATLS: manual do curso de alunos. 8. ed. Chicago:
American College of Surgeons, 2008.

PHTLS atendimento pré-hospitalar ao traumatizado: básico e avançado. 8. ed. Rio de


Janeiro: Elsevier, 2016.

75
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Anteriorização da mandíbula – abertura das vias aéreas

DADOS DA VERSÃO
ELABORAÇÃO APROVAÇÃO
Regilene Molina Zacareli Cyrillo Rosana Joaquim Fernandes
Enfermeira. COREN SP: 51636 Enfermeira. COREN SP: 42639

ATUALIZAÇÃO - 1 APROVAÇÃO - 1
Anazilda Carvalho da Silva Karina Domingues de Freitas
Enfermeira. COREN-SP: 46149 Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 0126266

76
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Aplicação da Escala de Coma de Glasgow

Aplicação da Escala de Coma de Glasgow

1 OBJETIVO
Aplicar a técnica de mensuração do nível de consciência em pacientes vítimas de uma
lesão cerebral aguda.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO
Unidades de Suporte Avançado de Vida (USA) do Serviço de Atendimento Móvel de
Urgência – SAMU REGIONAL DE RIBEIRÃO PRETO, Unidades Básicas de Saúde (UBS),
Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS), Unidades de Pronto Atendimento (UPA),
Unidades de Saúde da Família (USF), Serviço de Assistência Domiciliar (SAD).

3 MATERIAL
3.1 Equipamento de Proteção Individual (luvas de procedimento, máscara facial, óculos
de proteção biológica)

4 PROCEDIMENTO
4.1 Utilizar os equipamentos de proteção individual;
4.2 Para pacientes adultos, iniciar a avaliação pela Abertura Ocular e pontuar de acordo
com a melhor resposta obtida:
4.2.1 Observar se o paciente apresenta abertura ocular espontânea: 4 pontos;
4.2.2 Caso o paciente não abra espontaneamente os olhos, usar um comando verbal
“abra os olhos” e observar sua reação, se o paciente atender ao estímulo
verbal: 3 pontos;
4.2.3 Se o paciente não responde ao estímulo verbal, aplicar um estímulo físico:
aplicar pressão na extremidade dos dedos, trapézio ou incisura supraorbitária
e observar a reação, se o paciente abrir os olhos após o estímulo: 2 pontos;
4.2.4 Na ausência de abertura ocular: 1 ponto.
4.2.5 Caso não seja possível obter resposta do paciente por conta de alguma
limitação, marcar “NT” (não testável) na pontuação.
4.3 Avaliar a Resposta Verbal e pontuar de acordo com a melhor resposta obtida.
Formular questões simples, como “qual é o seu nome” ou “o que aconteceu com
você?”, e avaliar a qualidade da resposta;
4.3.1 Considerar “orientado” o paciente que responde coerentemente às perguntas:
5 pontos;

77
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Aplicação da Escala de Coma de Glasgow

4.3.2 Considerar “confuso” o paciente que embora responda às perguntas, demonstra


desorientação no tempo e no espaço e/ou incompreensão da situação atual e/ou
incoerência com a realidade: 4 pontos;
4.3.3 Considerar o uso de palavras inapropriadas: não consegue falar em frases, mas
interage através de palavras isoladas: 3 pontos;
4.3.4 Considerar o uso de sons incompreensíveis, somente produz gemidos: 2 pontos;
4.3.5 Na ausência de resposta verbal: 1 ponto.
4.3.6 Caso não seja possível obter resposta do paciente por conta de alguma limitação,
marcar “NT” (não testável) na pontuação.
4.4 Avaliar a Resposta Motora, utilizar a comunicação verbal, dando ordens simples ao
paciente, como “levante a mão”, e observar a reação.
4.4.1 Se o paciente obedece ao comando, cumpre ordens de atividade motora (duas
ações) como apertar a mão do profissional e colocar a língua para fora: 6 pontos;
4.4.2 Na ausência de resposta ao comando, utilizar um estímulo físico para avaliação
da resposta. Utilizar como estímulos: aplicar pressão na extremidade dos dedos,
trapézio ou incisura supraorbitária. Considerar resposta de “localização” se o
paciente eleva a mão acima do nível da clavícula em uma tentativa de
interromper o estímulo: 5 pontos;
4.4.3 Considerar resposta de “flexão normal”: a mão não alcança a fonte do estímulo,
mas há uma flexão rápida do braço ao nível do cotovelo e na direção externa ao
corpo: 4 pontos;
4.4.4 Considerar resposta de “flexão anormal” se a mão não alcança a fonte do
estímulo, mas há uma flexão lenta do braço na direção interna do corpo: 3
pontos;
4.4.5 Considerar resposta de “extensão” quando há uma extensão do braço ao nível
do cotovelo: 2 pontos;
4.4.6 Considerar “resposta ausente” se o paciente não apresenta nenhuma resposta,
mesmo mediante estímulo físico: 1 ponto.
4.4.7 Caso não seja possível obter resposta do paciente por conta de alguma limitação,
marcar “NT” (não testável) na pontuação.
4.5 Pontuar e somar: Os estímulos que obtiveram a melhor resposta do paciente devem
ser marcados em cada um dos três tópicos da escala. Se algum fator impede a vítima
de realizar a tarefa, marcar NT (Não Testável) e nenhuma pontuação numérica será
dada àquela região. As respostas correspondem a uma pontuação que irá indicar, de
forma simples e prática, a situação do paciente (Ex: O4, V2 e M1 significando
respectivamente a nota para ocular, verbal e motora, com resultado geral igual a 7)

78
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Aplicação da Escala de Coma de Glasgow

ESCALA DE COMA DE GLASGOW


Quadro 1 - Escala de Coma de Glasgow para adultos

CRITÉRIO PONTUAÇÃO

Olhos abertos previamente à estimulação 4


Abertura ocular após ordem em tom de voz normal ou em voz alta 3
ABERTURA Abertura ocular após estimulação da extremidade dos dedos Ausência 2
OCULAR persistente de abertura ocular 1
Olhos fechados devido a fator que interfere na pontuação NT
Resposta adequada relativamente ao nome, local e data 5
Resposta não orientada, mas comunicação coerente 4
MELHOR
Palavras isoladas inteligíveis 3
RESPOSTA
Apenas gemidos 2
VERBAL
Ausência de resposta audível, sem fatores de interferência 1
Fator que interfere com a comunicação NT
Cumprimento de ordens com 2 ações 6
Elevação da mão acima do nível da clavícula para localizar o estímulo 5
Flexão rápida do membro superior ao nível do cotovelo, padrão normal 4
MELHOR
Flexão do membro superior ao nível do cotovelo, padrão predominante 3
RESPOSTA
anormal
MOTORA
Extensão do membro superior ao nível do cotovelo 2
Ausência de resposta 1
Fator que limita resposta motora NT
Fonte: GLASGOW Coma Scale (2015)

4.6 Para crianças, utilizar a escala de Coma de Glasgow Pediátrica, aplicada de acordo
com o quadro abaixo:

ESCALA DE COMA DE GLASGOW MODIFICADA PARA PEDIATRIA


Quadro 2 - Escala de coma de Glasgow modificada para Pediatria

CRIANÇAS BEBÊ (< 1 ANO) PONTUAÇÃO

Espontânea Espontânea 4
ABERTURA Ao estímulo verbal Ao estímulo verbal 3
OCULAR Ao estímulo físico Ao estímulo físico 2
Ausência de resposta Ausência de resposta 1
Palavras apropriadas, orientada Murmura ou balbucia 5
Confusa Inquieta, irritada, chorosa 4
MELHOR Palavras inapropriadas Chora em resposta à estímulo 3
RESPOSTA Palavras incompreensíveis ou Geme em resposta à estímulo 2
VERBAL sons Inespecíficos
Ausência de resposta Ausência de resposta 1
Obedece a comando verbal Move-se espontânea 6
simples intencionalmente
Localiza estímulos físicos Retira o membro ao toque 5
MELHOR Flexão normal à estímulo físico Flexão normal a estímulo físico 4
RESPOSTA Flexão anormal dos braços ao Flexão anormal dos braços ao 3
MOTORA estímulo físico estímulo físico
Extensão dos braços ao estímulo Extensão dos braços ao 2
físico estímulo físico
Ausência de resposta Ausência de resposta 1
Fonte: Brasil (2016 a, b)

79
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Aplicação da Escala de Coma de Glasgow

5 OBSERVAÇÃO
5.1 O escore máximo na Escala de Coma de Glasgow é 15, indicando um paciente sem
dano neurológico, e o menor escore é de 3, indicando um sinal de péssimo
prognóstico. Um escore menor que 8, indica lesão grave e necessidade de via aérea
definitiva. Escores entre 9 e 12, lesão moderada, e de 13 a 14, lesão leve.

5.2 Atualização 2018:


Análise da Reatividade Pupilar:
Este item foi adicionando como uma etapa posterior à contagem tradicional e que
deve ser subtraída da conta geral, resultando em um panorama mais preciso da
situação do paciente e permitindo ações mais rápidas para evitar consequências
drásticas, denominada escala de coma de Glasgow com resposta pupilar (ECG-P).
Assim, Ocular + Verbal + Motora – Pupilar = Total: 1 a 15.

Análise da Reatividade Pupilar (atualização 2018):


(2) Inexistente: nenhuma pupila reage ao estímulo de luz
(1) Parcial: apenas uma pupila reage ao estímulo de luz.
(0) Completa: as duas pupilas reagem ao estímulo de luz.

5.2.1 Pontuar e somar os estímulos que obtiveram a melhor resposta do paciente.


Se algum fator impede a vítima de realizar a tarefa, marcar NT (Não Testável).
As respostas correspondem a uma pontuação que irá indicar, de forma simples
e prática, a situação do paciente (Ex: O4, V2 e M1 significando respectivamente
a nota para ocular, verbal e motora, com resultado geral igual a 7).
5.2.2 Analisar a reatividade pupilar conforme o POP Avaliação da Reatividade
Registrar a nota correspondente à reação ao estímulo. Esse valor será
subtraído da nota obtida anteriormente, gerando um resultando final mais
preciso. (Ex.: um paciente classificado como O1V2M3 pela escala de coma de
Glasgow, dando uma pontuação total de 6, nenhuma das pupilas reage à luz,
gerando uma pontuação de reatividade pupilar igual a 2. Neste caso, a escala
de coma de Glasgow com reação pupilar será de 6 menos 2, ou seja, 4 pontos).

6 RESPONSABILIDADES
 Enfermeiro
 Médico intervencionista

80
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Aplicação da Escala de Coma de Glasgow

7 REGISTRO
Registrar devidamente a assistência prestada na ficha de atendimento de enfermagem com
assinatura e carimbo constando o número do Coren.

REFERENCIAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Protocolos de Intervenção
para o SAMU 192: serviço de atendimento móvel de urgência. Brasília: Ministério da
Saúde, 2016a. Disponível em:
<http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2016/outubro/26/livro-basico-2016.pdf>.
Acesso em: 15 mai 2019.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Protocolos de Intervenção


para o SAMU 192: serviço de atendimento móvel de urgência. 2. ed. Brasília: Ministério
da Saúde, 2016b. Disponível em:
<http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2016/outubro/26/livro-avancado-
2016.pdf>. Acesso em: 15 mai 2019.

GLASGOW Coma Scale. Glasgow: Institute of Neurological Sciences, 2015. Disponível em:
<https://www.glasgowcomascale.org/downloads/GCS-Assessment-Aid-Portuguese.pdf>.
Acesso em: 20 dez. 2018.

PHTLS atendimento pré-hospitalar ao traumatizado: básico e avançado. 8. ed. Rio de


Janeiro: Elsevier, 2016.

DADOS DA VERSÃO
ELABORAÇÃO / ATUALIZAÇÃO - 1 APROVAÇÃO
Anazilda Carvalho da Silva Rosana Joaquim Fernandes
Enfermeira SAMU. COREN-SP: 46149 Enfermeira Responsável Técnica SAMU
Regional Ribeirão Preto
COREN-SP: 42637

APROVAÇÃO - 1
Karina Domingues de Freitas
Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 0126266

81
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Armazenamento, distribuição e inspiração de materiais

Armazenamento, distribuição e inspeção de materiais

1 OBJETIVO
Armazenar materiais na Central de Material e Esterilização e distribuí-los para os devidos
setores na Unidade de Saúde.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO
Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),
Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família
(USF), Serviço de Atenção Domiciliar (SAD), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência
(SAMU).

3 MATERIAL
3.1 Materiais reprocessados
3.2 Caixas rígidas para armazenamento de materiais (Bins) ou caixas organizadoras com
tampa
3.3 Caixas rígidas para transporte

4 PROCEDIMENTO
4.1 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das
mãos ou higienização simples das mãos;
4.2 Após a esterilização, inspecionar todos os pacotes para avaliar a integridade das
embalagens, indicador de esterilização e datas de validade;
4.3 Armazenar os pacotes com artigos estéreis nas caixas rígidas (bins) ou
organizadoras com tampa de modo a não comprimi-los, não torcê-los, não perfurá-
los para não comprometer sua esterilidade;
4.4 Acomodar as caixas nas prateleiras mantendo-os longe da umidade, a uma distância
de 25 cm do piso, 45 cm do teto e 5 cm das paredes;
4.5 Efetuar a inspeção periódica dos itens estocados para verificação de qualquer
degradação, devendo ser considerados contaminados e reprocessados para
posterior utilização. Não utilizar artigos que apresentam as seguintes condições:
 papel grau cirúrgico amassado ou rompidos;
 umidade ou manchas;
 desprendimento de partículas;
 presença de sujidade;
 suspeita de abertura do pacote.

82
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Armazenamento, distribuição e inspiração de materiais

O prazo de validade dentro das condições adequadas descritas acima é de 1 mês


para papel grau cirúrgico;
4.6 Revisar o estoque semanalmente, colocando o pacote que estiver próximo ao
vencimento na frente dos recém esterilizados, seguindo uma ordem pela data de
validade.
4.7 Realizar a dispensação dos itens conforme a rotina estabelecida em cada serviço,
protegendo os artigos da contaminação, de danos físicos e perda durante o
transporte, utilizando-se de recipiente rígido destinado exclusivamente a este fim.

5 OBSERVAÇÃO
 A CME normalmente é responsável pelo armazenamento, transporte e distribuição dos
pacotes estéreis aos diversos setores da Unidade de Saúde, porém cada uma tem sua
peculiaridade, devendo-se adequar a realidade. O mais importante é o método utilizado
para garantir a integridade e esterilidade do artigo.
 A estocagem deve ser feita de preferência em armário ou prateleira fechados para maior
segurança, os materias com data de esterilização mais antiga devem ser armazenados
na frente dos demais. A Central de Materiais Esterilizado (CME) deve ser utilizada para
estocagem, porém os diferentes setores (GO, sala de curativo, sala de urgência, sala de
medicação etc.) devem ser abastecidos diariamente com número de pacotes que
permita novo reabastecimento no próximo turno;
 Prateleiras abertas podem ser utilizadas, devendo apenas merecer maior atenção ao
controle de fluxo de pessoal, à limpeza e ventilação.
 Manusear os pacotes quando estiverem completamente frios antes de estocá-los.
 O número de vezes que o pacote foi manuseado, prateleiras abertas ou fechadas,
condições da área de estocagem, podem interferir na continuidade da esterilidade dos
artigos.
 Artigos estéreis não devem ser transportados junto com artigos contaminados ou sujos,
utilizar caixas de transporte exclusivas para cata tipo de artigo, de acordo com a
padronização de cores:
 Caixa Cinza ou Azul: transporte interno na Unidade de material com sujidade;
 Caixa Preta: transporte de material limpo a ser encaminhado para esterilização;
 Caixa Branca: transporte de material esterilizado.
 Realizar limpeza semanal da área de estoque e das caixas de transporte.

83
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Armazenamento, distribuição e inspiração de materiais

6 RESPONSABILIDADE
 Equipe de enfermagem
 Equipe de odontologia

7 REGISTRO
Qualquer intercorrência durante o processo deve ser registrada em livro ata de registro.

REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO PAULISTA DE ESTUDOS E CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR.
Limpeza, desinfecção e esterilização de artigos em serviços de saúde. São Paulo:
APECIH, 2010.

SOCIEDADE BRASILEIRA DE ENFERMEIROS DE CENTRO CIRURGICO. Práticas


recomendadas. 4. ed. São Paulo: SOBEC, 2007.

DADOS DA VERSÃO
ELABORAÇÃO APROVAÇÃO
Elisângela Aparecida de Almeida Puga Jane Aparecida Cristina
Enfermeira. COREN-SP:0143873 Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 44071

ATUALIZAÇÃO - 1 APROVAÇÃO - 1
Anazilda Carvalho da Silva Karina Domingues de Freitas
Enfermeira. COREN-SP: 46149 Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 0126266

84
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Aspiração de vias aéreas

Aspiração de vias aéreas

1 OBJETIVO
Remover secreções, vômito, sangue ou corpos estranhos e manter a permeabilidade das
vias aéreas em usuários que não são capazes de realizá-la de maneira eficiente.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO
Unidades de Suporte Básico de Vida (USB), Unidades de Suporte Avançado de Vida (USA)
do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência – SAMU, Unidades Básicas de Saúde
(UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS), Unidades de pronto Atendimento
(UPA), Unidades de Saúde da Família (USF), Serviço de Atenção Domiciliar (SAD),
Ambulatórios, Centros de Referência de Especialidades, Centros de Atenção Psicossocial.

3 MATERIAL
3.1 Equipamento de Proteção Individual (luvas de procedimento, máscara facial óculos
de proteção, avental descartável)
3.2 Luvas estéreis
3.3 1 a 2 pacotes de gaze estéril
3.4 Algodão
3.5 Álcool a 70%
3.6 Solução fisiológica 0,9% frasco de 10 mL
3.7 Fonte de vácuo ou aspirador portátil
3.8 Sistema coletor de secreções descartável
3.9 Cateter de aspiração de tamanho apropriado ou cânula de ponta rígida se suspeita/ou
trauma
3.10 Recipiente para descarte de materiais
3.11 Oxímetro de pulso
3.12 Estetoscópio
3.13 Reaminador manual (Bolsa-Valva-Máscara)
3.14 Biombo, se necessário
3.15 Cadarço

4 PROCEDIMENTO
4.1 Higienizar as mãos de acordo com procedimento operacional padrão ou fricção
antisséptica das mãos, se não houver disponibilidade de local adequado para
higienização;

85
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Aspiração de vias aéreas

4.2 Utilizar os equipamentos de proteção individual;


4.3 Identificar sinais e sintomas que indiquem a necessidade da realização do
procedimento: presença de secreções nas vias aéreas superiores (VAS), dispneia,
estertores, roncos, inquietação, presença de vômito e apatia;
4.4 Preparar o material e levar para próximo do usuário;
4.5 Explicar o procedimento ao usuário se este estiver consciente, e ao acompanhante,
se houver;
4.6 Garantir a privacidade do usuário;
4.7 Posicionar o usuário em decúbito dorsal se vítima de trauma, ou com a cabeceira
elevada a 30o para usuários em situação de agravo clínico;
4.8 Instalar o oxímetro de pulso e avaliar a saturação de oxigênio antes e durante o
procedimento. Na ausência do oxímetro de pulso, avaliar os sinais e sintomas do
usuário antes e durante o procedimento;
4.9 Aproximar o recipiente para descarte de material sujo;
4.10 Posicionar-se ao lado do leito de forma que a mão não dominante fique mais próxima
da fonte de vácuo;
4.11 Abrir o pacote do sistema de aspiração e conectá-lo à fonte de vácuo;
4.12 Abrir o pacote de gazes estéreis;
4.13 Abrir o cateter de aspiração de calibre compatível com a situação, com técnica
asséptica e colocá-la no interior do pacote de gaze; se for vítima de trauma, utilizar
ponta rígida estéril;
4.14 Abrir os frascos de solução fisiológica 0,9%, realizando assepsia dos mesmos no
local de abertura com algodão embebido em álcool à 70%;
4.15 Abrir o vácuo canalizado ou ligar o aspirador portátil;
4.16 Calcar as luvas estéreis conforme procedimento operacional padrão (se aspiração
nasotraqueal ou por tubo);
4.17 Com a mão não dominante, conectar a ponta da extensão do sistema de aspiração
e abrir a fonte de vácuo;
4.18 Com a mão dominante, segurar o cateter de aspiração / ponta rígida e conectá-la à
ponta do sistema de aspiração;
4.19 Fechar o cateter de aspiração com o polegar da mão dominante;

Aspiração oral:
Agravos clínicos:
 Introduzir o cateter de aspiração na cavidade oral da vítima, com a extensão de PVC
pinçada;

86
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Aspiração de vias aéreas

 Soltar o polegar para aspirar, retirando o cateter enquanto aspira, em movimentos


circulares, realizando a sucção por 10 a 15 segundos;
 Repetir o processo até a limpeza total da cavidade oral, dando um intervalo entre uma
aspiração e outra, avaliando a condição respiratória do cliente e o padrão de saturação
de oxigênio.
 Com a mão não dominante, instilar Solução Fisiológica 0,9% nos orifícios do cateter de
aspiração para proceder a limpeza de seu lúmen.
Agravos traumáticos:
 Introduzir a cânula de ponta rígida, posicionando-a lateralmente na cavidade oral, com
a extensão de PVC pinçada;
 Soltar o polegar para aspirar, retirando-a lentamente em movimento único; não realizar
movimentos circulares na retirada;
 Devido ao seu tamanho, as cânulas rígidas não são usadas para aspirar narinas.

Aspiração nasotraqueal
 Introduzir o cateter por cerca de 20 cm no adulto, 16 a 20 cm em crianças e 8 a 14 cm
em bebês;
 Soltar o polegar para aspirar, retirando o cateter enquanto aspira, em movimentos
circulares, realizando a sucção por 10 a 15 segundos;
 Repetir o processo até a limpeza total, dando um intervalo entre uma aspiração e outra,
avaliando a condição respiratória do usuário e o padrão de saturação de oxigênio.
 Com a mão não dominante, instilar Solução Fisiológica 0,9% nos orifícios do cateter de
aspiração para proceder a limpeza de seu lúmen.

Aspiração traqueal por tubo oro ou nasotraqueal


 Pré-oxigenar o usuário (Ventilador Mecânico ou Bolsa-Valva-Máscara - BVM);
 Desacoplar o ventilador mecânico ou BVM do tubo traqueal;
 Inserir o cateter estéril clampado através do tubo;
 Soltar o polegar e ir retirando o cateter em movimentos circulares, não prolongando a
aspiração por mais de 10 ou 15 segundos;
 Ventilar o usuário com oxigênio a 100% através da BVM ou reinstalar o ventilador
mecânico se for o caso;
 Com a mão não dominante, instilar Solução Fisiológica 0,9% nos orifícios do cateter de
aspiração para proceder a limpeza de seu lúmen;
 Aguardar alguns segundos, observando o padrão respiratório do usuário, realizar
ausculta pulmonar se necessário;
87
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Aspiração de vias aéreas

 Repetir o procedimento se necessário, analisando o risco de comprometimento da


função cardiopulmonar, náuseas e vômito;
 Desprezar os resíduos no recipiente apropriado;
 Reposicionar o usuário confortavelmente, se possível;

Aspirar cânula traqueal


 Introduzir o cateter de aspiração na cânula até encontrar resistência ou até o usuário
tossir; em seguida recue 1 cm;
 Soltar o polegar para abrir o cateter;
 Realizar movimentos circulares para frente e para trás, com o cateter entre o polegar e
o indicador, à medida que vai retirando lentamente o cateter de aspiração;
 Aspirar por, no máximo, 10 segundos;
 Com a mão não dominante, instilar Solução Fisiológica 0,9% nos furos do cateter de
aspiração para lavar o interior do cateter e do sistema de aspiração;
 Esperar alguns segundos até que o usuário recupere a respiração;
 Repetir o procedimento. Não faça mais do que duas passagens com o cateter, intervalo
mínimo de 1 minuto entre uma aspiração e outra;
 Realize a aspiração nasofaríngea e orofaríngea, se necessário. Após realizar a
aspiração nasofaríngea e orofaríngea o cateter está contaminado; não insira novamente
na traqueostomia;
 Remover as gazes ao redor do estoma;
 Proceder à limpeza externa do estoma com gaze embebida em Solução Fisiológica
0,9%;
 Dobrar duas gazes ao meio e colocá-las ao redor do estoma, protegendo o pescoço do
contato com a cânula;
 Se necessário, trocar o cadarço de fixação da cânula;
 Comparar a saturação de oxigênio antes e após a aspiração;
 Reposicionar o usuário confortavelmente;
Recompor a unidade e higienizar as mãos de acordo com procedimento operacional de fricção
antisséptica das mãos ou higienização simples das mãos.

5 OBSERVAÇÃO
 Não aplicar sucção enquanto o cateter estiver sendo introduzido;
 Mantenha o pescoço em posição neutra em vítimas de trauma, para evitar trauma
secundário na coluna cervical;

88
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Aspiração de vias aéreas

 Vítimas inconscientes apresentam queda da língua e manobras manuais são


necessárias, como a elevação do mento e pronação da mandíbula. A pronação da
mandíbula é uma intervenção mais indicada para usuários vítimas de trauma devido
promover a imobilização da coluna cervical manual;
 Instalar uma cânula orofaríngea se o usuário não for capaz de manter a via aérea
permeável;
 Os membros da equipe de Enfermagem deverão realizar o procedimento Aspiração de
Vias Aéreas de acordo com a normativa descrita na RESOLUÇÃO COFEN Nº
0557/2017 (CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM, 2017):

“Art. 2º Os usuários graves, submetidos à intubação orotraqueal ou traqueostomia, em


unidades de emergência, de internação intensiva, semi intensivas ou intermediárias, ou
demais unidades da assistência, deverão ter suas vias aéreas privativamente aspiradas
por profissional Enfermeiro, conforme dispõe a Lei do Exercício Profissional da
Enfermagem.

Art. 3º Os usuários atendidos em Unidades de Emergência, Salas de Estabilização de


Emergência, ou demais unidades da assistência, considerados graves, mesmo que não
estando em respiração artificial, deverão ser aspirados pelo profissional Enfermeiro,
exceto em situação de emergência, conforme dispõe a Lei do Exercício Profissional de
Enfermagem e Código de Ética do Profissional de Enfermagem – CEPE.

Art. 4º Os usuários em unidades de repouso/observação, unidades de internação e em


atendimento domiciliar, considerados não graves, poderão ter esse procedimento
realizado por Técnico de Enfermagem, desde que avaliado e prescrito pelo Enfermeiro,
como parte integrante do Processo de Enfermagem.

Art. 5º Os usuários crônicos, em uso de traqueostomia de longa permanência ou


definitiva em ambiente hospitalar, de forma ambulatorial ou atendimento domiciliar,
poderão ter suas vias aéreas aspirada pelo Técnico de Enfermagem, desde que
devidamente avaliado e prescrito pelo Enfermeiro, como parte integrante do Processo
de Enfermagem.

Art. 6º Nas hipóteses dos artigos 4º e 5º desta Resolução, deverá ser instituído protocolo
institucional prevendo a observação de sinais e sintomas do padrão respiratório durante
o procedimento, para comunicação imediata ao Enfermeiro.

89
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Aspiração de vias aéreas

6 RESPONSABILIDADES
 Técnico de enfermagem de acordo com Resolução COFEN Nº 0557/2017
(CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM, 2017).
 Enfermeiro
 Médico

7 REGISTRO
Registrar devidamente a assistência prestada na ficha de atendimento de enfermagem com
assinatura e carimbo constando o número do COREN de quem realizou a técnica.

REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Protocolos de Intervenção
para o SAMU 192: serviço de atendimento móvel de urgência. Brasília: Ministério da
Saúde, 2016. Disponível em:
<http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2016/outubro/26/livro-basico-2016.pdf>.
Acesso em: 15 mai 2019.

CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução COFEN nº 0557/2017, de 23 de


agosto de 2017. Normatiza a atuação da equipe de enfermagem no procedimento de
aspiração de vias aéreas. Disponível em: <http://www.cofen.gov.br/resolucao-cofen-no-
05572017_54939.html>. Acesso em: 15 mai 2019.

PERRY, A. G.; POTTER, P. A. Guia completo de procedimentos e competências de


enfermagem. 7. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012.

PHTLS atendimento pré-hospitalar ao traumatizado: básico e avançado. 8. ed. Rio de


Janeiro: Elsevier, 2016.
DADOS DA VERSÃO
ELABORAÇÃO APROVAÇÃO
Anazilda Carvalho da Silva Rosana Joaquim Fernandes
Enfermeira. COREN-SP: 46149 Enfermeira. COREN- SP: 42639

ATUALIZAÇÃO - 1 APROVAÇÃO - 1
Anazilda Carvalho da Silva Karina Domingues de Freitas
Enfermeira. COREN-SP: 46149 Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 0126266
Gabriela Barbosa Pegoraro
Enfermeira. COREN-SP: 353393

90
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Aspiração endotraqueal – Sistema Fechado (Trach Care)

Aspiração endotraqueal – Sistema Fechado (Trach Care)

1 OBJETIVO
Remover secreções traqueais de usuários mecanicamente ventilados que não devem ser
desconectados do Ventilador Mecânico - VM, com precaução por aerossóis (COVID-19,
tuberculose, varicela, sarampo; pacientes soropositivos para HIV e hepatite por vírus C),
usuários com sangramento pulmonar ativo e excesso de secreções nas vias aéreas, através
da introdução de um dispositivo (cateter de aspiração próprio para sistema fechado - Trach
Care) conectado ao sistema de vácuo.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO
Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),
Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família (USF),
Serviço de Atenção Domiciliar (SAD), Unidades de Suporte Avançado (USA) do Serviço de
Atendimento Móvel de Urgência (SAMU).

3 MATERIAL
3.1. Equipamentos de proteção individual (luvas de procedimento, máscara facial – N95
ou PFF2, óculos de proteção biológica, gorro, avental)
3.2. Fonte de vácuo
3.3. 2 ampolas de 10 mL de Solução Fisiológica 0,9%
3.4. 1 seringa de 20 mL de bico Luer Slip;
3.5. 1 agulha 40x12 para aspirar o Solução Fisiológica 0,9%
3.6. Recipiente para descarte de materiais
3.7. Oxímetro de pulso
3.8. Estetoscópio
3.9. Sonda de aspiração sistema fechada (Trach Care) no número compatível com a
sonda endotraqueal (Fig. 1)

91
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Aspiração endotraqueal – Sistema Fechado (Trach Care)

Fig. 1 – Sonda de aspiração Trach Care


4 PROCEDIMENTO

4.1. Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das


mãos ou higienização simples das mãos;
4.2. Reunir o material e disponibilizá-los à beira leito do usuário;
4.3. Utilizar equipamentos de proteção individual conforme procedimento operacional
de precauções padrão. Realizar paramentação na seguinte sequência: avental,
máscara N95, óculos ou protetor facial, gorro, luvas de procedimentos;
4.4. Calçar as luvas de procedimento;
4.5. Posicionar o usuário com cabeceira elevada à 30º - 45º;
4.6. Explicar o procedimento ao usuário e ao acompanhante, se possível;
4.7. Aspirar Solução Fisiológica 0,9% em uma seringa de 20 ml;
4.8. Abrir e testar o funcionamento do sistema de aspiração;
4.9. Conectar a ponta do sistema de aspiração fechado ao sistema de aspiração a
vácuo;
4.10. Girar a trava de segurança do sistema de aspiração fechado para abrir o sistema
de vácuo;
4.11. Introduzir a sonda do sistema de aspiração no tubo orotraqueal ou nasotraqueal ou
traqueostomia, com auxílio da bainha plástica de proteção, quando perceber uma
resistência (carina) elevá-la 1 ou 2 cm e então liberar o vácuo de aspiração
apertando o clamp do sistema, realizar movimentos lentos circulares e retirar
lentamente a sonda, embutindo na bainha de proteção novamente. Não ultrapassar
10 segundos devido ao risco de hipoxemia;

92
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Aspiração endotraqueal – Sistema Fechado (Trach Care)

4.12. Seguir o tutorial do uso do sistema de aspiração fechado, do Hospital das Clínicas
da Faculdade de Medicina de Botucatu:
https://www.youtube.com/watch?v=A4oQmOyLllY
4.13. Adaptar a seringa de 20 ml (solução fisiológica) no injetor;
4.14. Lavar a sonda do sistema injetando a solução fisiológica e sugando ao mesmo
tempo, entre as aspirações e ao final do procedimento. Realizar o procedimento,
quantas vezes for necessário;
4.15. Desconectar a seringa;
4.16. Travar a válvula de segurança do sistema de aspiração fechado;
4.17. Desconectar o vácuo do sistema de aspiração fechado;
4.18. Colocar a tampa protetora do sistema de aspiração fechado;
4.19. Desligar o sistema de vácuo e proteger sua ponta;
4.20. Avaliar saturação de O2 e realizar ausculta pulmonar;
4.21. Organizar o leito do usuário, descartar todo o material no recipiente para descarte
de resíduos apropriado;
4.22. Retirar as luvas e jogá-las no recipiente para descarte de resíduos apropriado;
4.23. Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das
mãos ou higienização simples das mãos;
4.24. Registrar o procedimento.

5 OBSERVAÇÃO
Instalar o sistema de aspiração fechado e filtro HEPA, HMEF ou HME com especificação de
filtragem de vírus acoplado ao ventilador mecânico pulmonar, realizando o pinçamento ou oclusão
do TOT antes da desconexão e conexão aos dispositivos de ventilação e antes de desconectar
realizar a pausa no ventilador mecânico;

Cateteres de Aspiração ou Sistema fechado de aspiração (Trach Care) dispensam a utilização de


luvas estéreis;

O sistema de aspiração fechado deverá ser trocado a cada 72 horas ou antes se apresentar
sujidade, a fim de evitar a contaminação do ambiente e dos profissionais de saúde devido à
desconexão do circuito, SEMPRE promovendo o clampeamento do tubo com uma pinça para que
não haja aerossolização do ambiente;

93
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Aspiração endotraqueal – Sistema Fechado (Trach Care)

6 RESPONSABILIDADE
 Técnico de enfermagem, de acordo com resolução COFEN Nº 0557/2017
 Enfermeiro
 Médico

7 REGISTRO
Registrar o procedimento realizado, data e horário do procedimento, carimbo e assinatura
de quem realizou a técnica em prontuário ou Ficha de Atendimento Ambulatorial.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Medidas de Prevenção de Infecção


Relacionada à Assistência à Saúde. Brasília: Anvisa, 2017. Disponível em
<http://portal.anvisa.gov.br/documents/33852/3507912/Caderno+4+-
+Medidas+de+Preven%C3%A7%C3%A3o+de+Infec%C3%A7%C3%A3o+Relacionada+%C
3%A0+Assist%C3%AAncia+%C3%A0+Sa%C3%BAde/a3f23dfb-2c54-4e64-881c-
fccf9220c373> Acesso em: 02 jun 2020.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância


das Doenças Transmissíveis. Guia para a Rede Laboratorial de Vigilância de Influenza no
Brasil [recurso eletrônico]. Brasília: Ministério da Saúde, 2016.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Especializada à Saúde. Protocolo de


Tratamento do Novo Coronavírus (2019-nCoV). Disponível em:
https://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2020/fevereiro/05/Protocolo-de-
manejoclinico-para-o-novo-coronavirus-2019-ncov.pdf Acesso em 21/08/2020. Acesso em: 02
jun 2020.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Primária à Saúde. Protocolo de manejo


clínico do coronavírus (covid-19) na atenção primária à saúde. Disponível em
<http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2020/marco/24/20200323-ProtocoloManejo-
ver05.pdf> Acesso em: 31 ago. 2020.

CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução COFEN nº 0557/2017, de 23 de


agosto de 2017. Normatiza a atuação da equipe de enfermagem no procedimento de

94
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Aspiração endotraqueal – Sistema Fechado (Trach Care)

aspiração de vias aéreas. Disponível em: <http://www.cofen.gov.br/resolucao-cofen-no-


05572017_54939.html>. Acesso em: 31 ago. 2020.

EBSERH. Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares EBSERH – Ministério da Educação


POP: Fisioterapia Hospitalar no Paciente Adulto – Condutas para Reabilitação Respiratória –
Unidade de Reabilitação do Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian / UFMS –
Campo Grande/MS: 2017. 53p.

HCFMB. Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu. Tutorial O


procedimento de aspiração em sistema fechado, como orientação para atendimento de
pacientes suspeitos ou confirmados de COVID-19. CCIRAS: Disciplina de Pneumologia do
Departamento de Clínica Médica da FMB; Equipe de Fisioterapia - UTI Adulto; Função
Pulmonar; Pronto-Socorro Referenciado; Seção Técnica de Reabilitação. Produção Geral:
Núcleo de Comunicação, Imprensa e Marketing HCFMB - Bruna Carla Fioruci, Guto Albano,
João Lucas, Maíra Masiero, Renato Maia e Vivian Abílio. Disponível em:
<https://www.youtube.com/watch?v=A4oQmOyLllY.> Acesso em: 04 set. 2020.

DADOS DA VERSÃO
ELABORAÇÃO APROVAÇÃO

Anazilda Carvalho da Silva Cátia Helena Damando Salomão


Enfermeira. COREN-SP: 46149 Enfermeira. COREN-SP:144846

Ariadne Beatriz Silvério


Médica Infectologista. CRM-SP: 134084
SAMU Regional de Ribeirão Preto / CCI-SMS

95
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Assistência ao parto for do ambiente hospitalar SAMU

Assistência ao parto fora do ambiente hospitalar SAMU

1 OBJETIVO
Prestar assistência a um parto normal fora do ambiente hospitalar, atuando de acordo com
sua responsabilidade técnica.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO
Unidades de Suporte Básico de Vida (USB) do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência
- SAMU REGIONAL RIBEIRÃO PRETO.

3 MATERIAL
3.1 02 aventais descartáveis
3.2 02 máscaras faciais
3.3 02 pares de luvas estéreis
3.4 02 óculos de proteção biológica
3.5 Luvas de procedimento
3.6 02 lençóis de tecido
3.7 01campo de parto estéril
3.8 Compressas de gaze com algodão (Zobec)
3.9 Pacotes de gaze estéril
3.10 01 touca de algodão para o recém-nascido
3.11 02 mantas térmicas aluminizadas
3.12 03 cord-clamps
3.13 02 conjuntos de pulseiras para identificação (mãe e RN)
3.14 02 sondas para aspiração no. 06, 08 e 10
3.15 01 ambú neonatal com máscara
3.16 01 lâmina de bisturi ou tesoura estéril
3.17 Oxímetro de pulso com sensores adulto e neonatal
3.18 01 saco plástico para a placenta.

4 PROCEDIMENTO
4.1 Utilizar os equipamentos de proteção individual;
4.2 Acolher a gestante, identificando os sinais e sintomas do trabalho de parto iminente
(relato de contrações uterinas, perda de tampão vaginal, rompimento da bolsa com
saída de líquido aminiótico);

96
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Assistência ao parto for do ambiente hospitalar SAMU

4.3 Garantir privacidade para ao usuário;


4.4 Solicitar a presença de um acompanhante autorizado pelo usuário, sempre que
possível;
4.5 Informar e solicitar o consentimento do usuário para a realização de todos os
procedimentos;
4.6 Realizar avaliação primária;
4.7 Realizar avaliação secundária com ênfase para:
• Sinais vitais;
• Entrevista direcionada:
• Realização de pré-natal;
• Idade gestacional e/ou data provável do parto;
• Histórico de paridade: número de filhos e tipo de partos;
• Perda vaginal atual;
• Presença de contração uterina, frequência e duração;
• Presença de comorbidades;
• Inspeção da vulva (sangramentos, perdas líquidas e presença de partes fetais);
4.8 Demonstrar segurança nos seus atos;
4.9 Acalmar a usuário;
4.10 Considerar a realização do parto em ambiente domiciliar ou se estiver em transporte,
estacionar a viatura e realizar os procedimentos de assistência;
4.11 Comunicar o mais rápido possível à Regulação Médica que você se encontra numa
situação de parto expulsivo e receber as orientações do médico regulador;
4.12 Posicionar a usuário em decúbito dorsal, com as pernas e joelhos fletidos e afastados;
4.13 Realizar rápida higiene do períneo (se possível, com água e sabão ou Solução
Fisiológica 0,9%);
4.14 Trocar as luvas de procedimento por luvas estéreis;
4.15 Colocar lençóis sob os glúteos e sobre as coxas e abdome da parturiente;
4.16 Incentivar a parturiente a manter a calma e fazer força nas contrações e descansar
na fase de relaxamento;
4.17 Ao visualizar a cabeça, apoiar com uma mão para evitar desprendimento brusco e
com a outra mão sobre uma compressa dobrada, apoiar firmemente o períneo da
parturiente;
4.18 Após a saída da cabeça, inspecionar a região cervical identificando a presença de
circulares de cordão. Se for identificada a circular, proceder da seguinte forma:
circular frouxa- com delicadeza deve ser desfeita passando o cordão através da
cabeça, se apertada, deve-se realizar a ligadura do mesmo conforme a técnica
descrita abaixo;
97
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Assistência ao parto for do ambiente hospitalar SAMU

4.19 Manter o apoio até a saída completa do bebê (após a saída da cabeça, esta começa
a rodar para facilitar o desprendimento dos ombros, após a saída destes ocorre o
desprendimento do corpo);
4.20 Manter o recém-nascido lateralizado, no mesmo nível da mãe, com cuidado para não
tracionar o cordão umbilical;
4.21 Prevenir a perda de calor, secando o recém-nascido com as compressas e
agasalhando com o campo seco, inclusive a cabeça com o auxílio da touca de
algodão;
4.22 Limpar o nariz e a boca com gaze, só aspirar vias aéreas se necessário;
4.23 Estimular o bebê a chorar;
4.24 Aguardar de 1 a 3 minutos, clampar o cordão umbilical, colocando o primeiro clamp
a 15 cm do abdome do bebê e o segundo 3 dedos acima do primeiro. Proteger com
gaze e cortar entre os dois clamps;
4.25 Mostrar o bebê para a mãe, indicando o sexo;
4.26 Identificar o Recém-nascido e a mãe, utilizando pulseiras de identificação com nome
da mãe, data, hora do nascimento e sexo de recém-nascido;
4.27 Manter mãe e bebê aquecidos;
4.28 Aguardar a dequitação da placenta massageando gentilmente o abdome da mãe
para favorecer a contratilidade uterina, monitorando a perda sanguínea vaginal;
4.29 Se houver dequitação, guarde a placenta em saco plástico identificado e leve-a para
o hospital;
4.30 Realizar novo contato com a Regulação Médica para receber as orientações do
médico regulador para o transporte para Hospital ou Unidade de Saúde;
4.31 Realizar o transporte posicionando a usuário em decúbito dorsal ou posição mais
confortável sob aquecimento. Avaliar as condições da mãe e RN durante o
transporte, instalar o oxímetro de pulso se necessário;
4.32 Passar o plantão no destino, realizar as anotações de enfermagem;
4.33 Realizar a limpeza e desinfecção e recompor a viatura.

5 OBSERVAÇÃO
5.1 Manejo das intercorrências do trabalho de parto na Unidade de Suporte Básico
(USB):
- Parto Pélvico: conduta expectante, proteger o concepto com uma compressa para
prevenir da perda de calor, comunicar à Central de Regulações e aguardar
orientações sobre cuidados complementares e destino da usuária.

98
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Assistência ao parto for do ambiente hospitalar SAMU

- Prolapso de Cordão Umbilical: comunicar à Central de Regulações e aguardar


orientações sobre cuidados complementares e destino da usuária. Transportar a
usuário na posição genupeitoral.
5.2 Em caso de sofrimento fetal, isoimunização ou comorbidades como HIV positivo,
realizar ligadura precoce do cordão umbilical em até 30 segundos;
5.3 Este POP aplica-se também para Unidades de Saúde quando o profissional médico
não estiver presente no momento do parto expulsivo.

6 RESPONSABILIDADES
 Condutor
 Técnico de Enfermagem
 Auxiliar de Enfermagem
 Enfermeiro

7 REGISTRO
Registrar devidamente a assistência prestada na ficha de atendimento de enfermagem com
assinatura e carimbo constando número do COREN.

REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Protocolos de Intervenção
para o SAMU 192: serviço de atendimento móvel de urgência. Brasília: Ministério da Saúde,
2016. Disponível em: <
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/protocolo_suporte_avancado_vida.pdf >. Acesso
em: 21 fev. 2019.

DADOS DA VERSÃO
ELABORAÇÃO APROVAÇÃO
Anazilda Carvalho da Silva Rosana Joaquim Fernandes
Enfermeira. COREN-SP: 46149 Enfermeira. COREN-SP: 42639

ATUALIZAÇÃO - 1 APROVAÇÃO - 1
Anazilda Carvalho da Silva Karina Domingues de Freitas
Enfermeira. COREN-SP: 46149 Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 0126266

99
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Autocateterismo vesical intermitente

Autocateterismo vesical intermitente

1 OBJETIVO
Esvaziar/drenar urina da bexiga urinária em indivíduos com disfunção vesico
esfincteriana.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO
Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),
Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família
(USF), Serviço de Atenção Domiciliar (SAD), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência
(SAMU).

3 MATERIAL (disponibilizado ao usuário para 30 dias)


3.1 01 cateter uretral (sonda vesical) para cada procedimento (menor calibre possível.
Recomenda-se 10 para adulto);
3.2 05 tubos de gel hidrossolúvel lubrificante estéril ou mais se necessário;
3.3 200 compressas hidrófilas de algodão;
3.4 Sabonete neutro líquido;
3.5 Água corrente
3.6 Luvas de procedimentos;
3.7 Local para desprezar a urina (comadre, vaso sanitário e outros).

4 PROCEDIMENTO
4.1 Lavar bem as mãos com água corrente e sabão;
4.2 Colocar todo material que vai utilizar ao alcance das mãos;
4.3 Colocar luvas de procedimento (esse material só é usado quando é cateterismo por
terceiros - se cuidador/profissional);
4.4 Realizar limpeza local com sabonete e água (pode usar a gaze para ajudar na
retirada do sabão se houver);
4.5 Lavar novamente as mãos com água corrente e sabão;
4.6 Conferir número do cateter e abrir a embalagem;
4.7 Colocar luva de procedimento (esse material só é usado quando é cateterismo por
terceiros - se cuidador/profissional);
4.8 Introduzir na uretra de 5 a 10 mL de gel lubrificante para introdução do cateter;

100
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Autocateterismo vesical intermitente

4.9 Passar o cateter como orientado pelo enfermeiro, conforme POP nº 15 ou 16,
massagear a região da bexiga para favorecer a saída da urina. Aguardar o
esvaziamento completo da bexiga (de 5 a10 minutos);
4.10 Retirar o cateter após;
4.11 Lavar novamente as mãos com água corrente e sabão;
4.12 Descartar o material utilizado em lixo adequado.

ORIENTAR USUÁRIO, CUIDADORES E FAMILIARES QUANTO AOS CUIDADOS COM


O AUTOCATETERISMO
4.13 Orientar sobre a técnica limpa e como realizar, informando a necessidade periódica
de realização;
4.14 Ressaltar a importância das lavagens das mãos e do meato uretral antes da
realização do procedimento, para evitar infecções;
4.15 Orientar para mulheres o uso do espelho acomodado entre as pernas para melhor
visualização do meato uretral;
4.16 Informar que aos sinais de sangramento, urina turva ou com odor fétido e sintomas
febris o médico deverá ser consultado;
4.17 Orientar que nos casos de resistência na passagem da sonda deve-se retrair a sonda
ligeiramente e iniciar novamente a introdução com movimento giratório em torno de
si mesmo.

5 OBSERVAÇÕES
Para realizar o procedimento é necessária prescrição médica, a equipe de saúde precisa
conhecer para orientar, prever e prover os materiais necessários para o usuário.

6 RESPONSABILIDADE
 Auxiliar de enfermagem
 Técnico de enfermagem
 Enfermeiro
 Médico
 Usuário e cuidador/ familiar

7 REGISTRO
Anotar no prontuário do serviço data e horário do procedimento, orientações e capacitação
do usuário e do usuário, aceitação ou recusa dos mesmos.

101
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Autocateterismo vesical intermitente

Anotar no prontuário domiciliar data e horário do procedimento, orientações e a


capacitação realizada do usuário e do usuário, se for usuário acompanhado no domicílio.

REFERÊNCIAS
ASSIS, G. M; FARO, A. C. M. Clean intermittent self catheterizationin spinal cord injury.
Revista da Escola de Enfermagem da USP, São Paulo, v. 45, n. 1, p. 282- 286, 2011.

BRASIL. Ministério da Saúde. Hospital alemão Oswaldo Cruz. Orientações para o


cuidado do usuário no ambiente domiciliar. Brasília: Ministério da Saúde, 2018.
Disponível em: <
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/orientacoes_cuidado_paciente_ambiente_dom
iciliar.pdf>. Acesso em: 15 mai 2019.

CAMPOS, C. V. S.; SILVA, K. L. Cateterismo vesical intermitente realizado pelos


cuidadores domiciliares em um serviço de atenção domiciliar. Revista Mineira de
Enfermagem, Belo Horizonte, v. 17, n. 4, 2013. Disponível em:
<http://www.dx.doi.org/10.5935/1415-2762.20130056>. Acesso em: 15 mai 2019.

PAULA, M. A. B.; PAULA, P. R.; CESARETI, I. U. R. (Org.). Estomaterapia em foco e o


cuidado especializado. São Caetano do Sul: Yendis, 2014.

DADOS DA VERSÃO
ELABORAÇÃO APROVAÇÃO
Emília Maria Paulina Campos Chayamiti Karina Domingues de Freitas
Enfermeira. COREN-SP: 44546 Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 0126266

102
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Avaliação da reatividade pupilar

Avaliação da reatividade pupilar

1 OBJETIVO
Avaliar a reatividade pupilar. Observar o diâmetro, a simetria, o reflexo ao estímulo
luminoso e a velocidade da resposta do estímulo a luz.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO
Unidades de Suporte Básico de Vida (USB), Unidades de Suporte Avançado (USA) do
Serviço de Assistência Móvel de Urgência – SAMU REGIONAL DE RIBEIRÃO PRETO,
Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),
Unidades de pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família (USF), Serviço de
Atenção Domiciliar (SAD), Ambulatórios.

3 MATERIAL
3.1 Equipamentos de proteção individual (óculos, luvas e máscara facial)
3.2 Lanterna

4 PROCEDIMENTO
4.1 Utilizar os equipamentos de proteção individual;
4.2 Fechar o olho do usuário ou, se possível, pedir para que o usuário feche;
4.3 Aguardar alguns segundos;
4.4 Levantar rapidamente a pálpebra ou pedir para que abra os olhos, dirigindo o foco
de luz diretamente sobre a área da pupila;
4.5 Repetir no outro olho o mesmo procedimento;
4.6 Avaliar as pupilas quanto à simetria, diâmetro, fotorreatividade e velocidade da
resposta ao estímulo luminoso.

5 OBSERVAÇÔES
Na incidência da luz espera-se que a pupila apresente constricção e na retirada do foco
luminoso retorno à dilatação.
Quanto a velocidade da reação a luz devemos considerar constrição rápida como normal
(fotorreagente), a constrição lenta (bradirreagente) e arreativa ou fixa como dados de
avaliação de anormalidade.
Avalie as pupilas quanto à simetria, diâmetro, fotorreatividade e velocidade da resposta ao
estímulo luminoso – PERRL: Pupilas estão Equivalentes, Redondas e Reativas à Luz?

103
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Avaliação da reatividade pupilar

Ainda quanto à reação ao estímulo luminoso pupilar espera-se que ao incidir a luz em uma
das pupilas a outra produza um reflexo consensual àquela que recebe o foco de luz direto.
O diâmetro da pupila varia de 1 a 9 mm, sendo considerada uma variação normal de 2 a 6
mm, com um diâmetro médio em torno de 3,5 mm.
Quanto à simetria elas serão isocóricas quando possuírem o mesmo diâmetro e
anisocóricas quando uma pupila for maior que a outra.
OBS: Quando anisocóricas, sempre anotar a pupila maior em relação à menor - pupilas
anisocóricas Ex. D>E.

Fonte: acervo do autor

Fonte: acervo do autor

104
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Avaliação da reatividade pupilar

Para realização das intervenções utilize sempre equipamentos de proteção individual (EPI),
como óculos, luvas e máscara facial.
Uma alteração pupilar significa uma situação de gravidade neurológica e, portanto o
médico regulador ou assistencialista deve ser comunicado imediatamente.

6 RESPONSABILIDADES
 Auxiliar de Enfermagem
 Técnico de Enfermagem
 Enfermeiro
 Médico Intervencionista

7 REGISTRO
Registrar a assistência prestada em ficha de atendimento de enfermagem com assinatura
e carimbo constando número do Coren de quem realizou a técnica.

REFERÊNCIAS
MARIANI, P. P., PARANHOS, W. Y. Traumatismo cranioencefálico. In: ATUAÇÃO no
trauma: uma abordagem para enfermagem. São Paulo: Atheneu, 2009.

PHTLS atendimento pré-hospitalar ao traumatizado: básico e avançado. 8. ed. Rio de


Janeiro: Elsevier, 2014.

DADOS DA VERSÃO
ELABORAÇÃO APROVAÇÃO
Regilene Molina Zacareli Cyrillo Rosana Joaquim Fernandes
Enfermeira. COREN-SP: 51636 Enfermeira SAMU. COREN-SP: 42637

ATUALIZAÇÃO - 1 APROVAÇÃO - 1
Cláudia Carvalho Moreira Pinotti Karina Domingues de Freitas
Enfermeira. COREN-SP: 268146 Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 0126266

105
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Avaliação do enchimento capilar

Avaliação do enchimento capilar

1 OBJETIVO
Avaliar a perfusão periférica, sendo esta técnica um requisito da condição hemodinâmica
do usuário.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO
Unidades de Suporte Básico de Vida (USB), Unidades de Suporte Avançado de Vida (USA)
do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência – SAMU REGIONAL DE RIBEIRÃO
PRETO, Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde
(UBDS), Unidades de pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família (USF),
Serviço de Atenção Domiciliar (SAD).

3 MATERIAL
3.1 Equipamento de Proteção Individual (luvas de procedimento, máscara facial, óculos
de proteção biológica).

4 PROCEDIMENTO
4.1 Utilizar os equipamentos de proteção individual (EPI);
4.2 Se possível, explicar o procedimento ao usuário;
4.3 Pressionar o leito ungueal do usuário por aproximadamente 20 segundos (figura 1) e
soltar (figura 2);
4.4 Mensurar em quantos segundos, a região pressionada retorna à coloração inicial.

Figura 1 - Pressão no leito ungueal Figura 2 - Retorno de sangue

Fonte: Olson (1988)

106
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Avaliação do enchimento capilar

5 OBSERVAÇÃO
5.1 O tempo em segundos, para que o leito ungueal ou lábios retorne a coloração inicial,
é considerado o tempo de enchimento capilar.
5.2 Tempo de enchimento maior que 2 segundos é um sinal de perfusão inadequada

6 RESPONSABILIDADES
 Auxiliar de Enfermagem
 Técnico de Enfermagem
 Enfermeiro
 Médico

7 REGISTRO
Registrar devidamente a assistência prestada na ficha de atendimento de enfermagem com
assinatura e carimbo constando o número do Coren.

REFERÊNCIAS
OLSON, T. R. A.D.A.M. Atlas de Anatomia. São Paulo: Guanabara Koogan, 1988.

PHTLS atendimento pré-hospitalar ao traumatizado: básico e avançado. 8. ed. Rio de


Janeiro: Elsevier, 2016.

SOUSA, R. M. C. et al. Atuação no trauma: uma abordagem para a enfermagem. São


Paulo: Atheneu, 2009.

DADOS DA VERSÃO
ELABORAÇÃO APROVAÇÃO
Regilene Molina Zacareli Cyrillo Rosana Joaquim Fernandes
Enfermeira. COREN-SP: 51636 Enfermeira. COREN-SP: 42637

ATUALIZAÇÃO - 1 APROVAÇÃO - 1
Anazilda Carvalho da Silva Karina Domingues de Freitas
Enfermeira. COREN-SP: 46149 Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 0126266

107
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Calçar e retirar luvas estéreis

Calçar e retirar luvas estéreis

1 OBJETIVO
Prevenir a contaminação e transmissão de infecções ao usuário durante a utilização de
materiais estéreis e realização de procedimentos invasivos.
Reduzir o risco de contaminação das mãos dos profissionais de saúde com sangue e outros
fluidos corporais.
Reduzir o risco de disseminação de germes para o ambiente e de transmissão do
profissional de saúde para o usuário e vice-versa, bem como de um usuário para o outro.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO
Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),
Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família
(USF), Serviço de Atenção Domiciliar (SAD), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência
(SAMU).

3 MATERIAL E PROCEDIMENTO
Embalagem de luva estéril com numeração adequada.

4 PROCEDIMENTO
4.1 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das
mãos ou higienização simples das mãos.
4.2 Apoiar embalagem da luva sobre uma superfície limpa.
4.3 Abrir a embalagem de forma correta conforme indicado pelo fabricante verificando
data de validade da esterilização.
4.4 Pegar a embalagem interna e colocá-la sobre a superfície limpa, seca e plana, ao
nível dos punhos. Abrir a embalagem, mantendo as luvas na superfície interna do
invólucro.

108
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Calçar e retirar luvas estéreis

Fonte: Potter et al. (2018)

4.5 Identificar a luva direita e a esquerda. Cada luva tem um punho com cerca de 5cm
de largura. Calçar primeiro a luva da mão dominante.
4.6 Com o polegar e os dois primeiros dedos da mão não dominante, segurar a margem
do punho da luva para a mão dominante.
4.7 Puxar a luva sobre a mão dominante, deixando o punho e certificando-se de que ele
não enrole até o seu pulso. Assegurar que o polegar e os dedos estejam nos espaços
adequados.

Fonte: Potter et al. (2018)

4.8 Com a mão dominante enluvada, deslizar os dedos sob o punho da segunda luva e
puxar cuidadosamente sobre a mão não dominante.

109
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Calçar e retirar luvas estéreis

Fonte: Potter et al. (2018)

Fonte: Potter et al. (2018)

4.9 Após a colocação da segunda luva, entrelaçar as mãos acima do nível do punho. Os
punhos da luva costumam descer após a aplicação. Certificar se de tocar somente
os lados estéreis.

Fonte: Potter et al. (2018)

110
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Calçar e retirar luvas estéreis

4.10 Retirar as luvas após o procedimento.


4.11 Pegar a parte externa de um punho com a outra mão enluvada e puxar. Evitar tocar
no punho.
4.12 Puxar a luva para fora, virando a de dentro para fora e colocando-a na mão enluvada.
4.13 Colocar os dedos da mão sem luva dentro do punho da luva de dentro para fora e
sobre a luva anteriormente removida.

Fonte: Potter et al. (2018)

4.14 Descartar as luvas em recipiente adequado de material contaminado.

5 OBSERVAÇÃO
Luvas de procedimentos devem ser utilizadas para:
 proteção individual, nos casos de contato com sangue e líquidos corporais e contato
com mucosas e pele não íntegra de todos os usuários;
 reduzir a possibilidade de transmissão de microrganismos de um usuário para outro
nas situações de precaução de contato;
Devem ser trocadas:
 durante o contato com um mesmo usuário ao mudar de um sítio corporal contaminado
para outro, limpo;
 quando estiverem danificadas;
 sempre que o profissional entrar em contato com outro usuário;
 O profissional, quando com luvas, não deve tocar desnecessariamente superfícies e
materiais (tais como telefones, maçanetas, portas);
 O uso de luvas não substitui a higienização das mãos.

111
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Calçar e retirar luvas estéreis

6 RESPONSABILIDADE
 Auxiliar de enfermagem
 Técnico de enfermagem
 Enfermeiro
 Médico
 Dentista

REFERÊNCIAS
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Luvas cirúrgicas e luvas de
procedimentos: considerações sobre seu uso. BIT - Boletim Informativo de
Técnovigilância, Brasília, DF, n. 2, abr./maio/jun. 2011.

OPAS. Organização Pan-Americana de Saúde. Higienização das mãos. Disponível em:


<https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=5077:higieniz
acao-correta-das-maos-e-fundamental-para-garantir-seguranca-do-
paciente&Itemid=812>. Acesso em: 20 fev. 2018.

POTTER, P. A. et al. Fundamentos de Enfermagem. 9. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2018.

DADOS DA VERSÃO
ELABORAÇÃO APROVAÇÃO
Zigmar Borges Nunes Karina Domingues de Freitas
Enfermeira. COREN-SP: 72799 Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 0126266
Danielle Cristine Martins
Enfermeira. COREN-SP: 94671

112
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Cateterismo vesical de alívio feminino

Cateterismo vesical de alívio feminino

1 OBJETIVO
Promover o esvaziamento da bexiga impedindo a distensão abdominal e coleta de exames
livres de contaminação.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO
Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),
Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família
(USF), Serviço de Atenção Domiciliar (SAD), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência
(SAMU).

3 MATERIAL
3.1 Bandeja
3.2 Cateter uretral de calibre compatível;
3.3 Gel hidrossolúvel lubrificante ou anestésico gel a 2%;
3.4 Kit de cateterismo vesical estéril contendo 1 cuba rim, 1 cuba redonda, 1 pinça;
3.5 Pacote de gaze estéril;
3.6 Solução antisséptica aquosa de PVPI tópico ou solução de clorexidina a 0,2%;
3.7 Comadre;
3.8 Sabonete neutro;
3.9 Luvas de procedimento;
3.10 Luvas estéreis;
3.11 Bacia com água;
3.12 Duas compressas ou toalha;
3.13 Campo fenestrado (vide observação);
3.14 Biombo;
3.15 Equipamentos de Proteção Individual.

4 PROCEDIMENTO
4.1 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das
mãos ou higienização simples das mãos;
4.2 Preparar o material;
4.3 Reunir todo o material necessário;
4.4 Separar o material necessário para higienização do períneo;

113
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Cateterismo vesical de alívio feminino

4.5 Avaliar as condições da usuária, mobilidade, limitações físicas, nível de consciência,


capacidade de compreensão e cooperação, padrão e última eliminação urinária,
alterações geniturinárias, intercorrências ou alergias;
4.6 Conferir o nome completo da usuária, data de nascimento, número do prontuário;
4.7 Orientar a usuária quanto ao procedimento a ser realizado;
4.8 Fechar a porta do local e/ou colocar biombo para manter a privacidade da usuária;
4.9 Calçar as luvas de procedimento;
4.10 Higienizar a região perineal e genital da usuária, caso necessário, utilizando a bacia
com água, as compressas ou toalha e o sabonete neutro;
4.11 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das
mãos ou higienização simples das mãos, após higiene perineal;
4.12 Separar o material necessário para o cateterismo vesical;
4.13 Posicionar a usuária em decúbito dorsal supina com joelhos flexionados e afastados.
Posição feminina alternativa: decúbito lateral (de Sims), com a parte superior da
perna flexionada no joelho e no quadril;
4.14 Abrir o pacote estéril de cateterismo, com cuidado para não contaminar;
4.15 Abrir o pacote de gaze estéril dentro da cuba redonda;
4.16 Umedecer as gazes com o PVPI tópico;
4.17 Posicionar a cuba rim próxima à região perineal da usuária, em cima do campo
estéril;
4.18 Abrir o cateter uretral em cima do campo/embalagem estéril;
4.19 Despejar o gel hidrossolúvel lubrificante ou anestésico gel a 2% na cuba rim;
4.20 Calçar a luva estéril em cima de uma superfície plana próxima ao campo conforme
procedimento operacional;
4.21 Dobrar as gazes embebidas em PVPI tópico, uma a uma e mantê-las dentro da cuba
redonda;
4.22 Separar cuidadosamente os lábios vaginais com a mão não dominante (agora
contaminada) para expor totalmente o meato urinário, manter a posição da mão não
dominante durante todo o restante do procedimento;
4.23 Com auxílio da pinça limpar os lábios e o meato urinário do clitóris para o ânus. Usar
uma gaze para cada área que limpar;

114
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Cateterismo vesical de alívio feminino

Fonte: Potter et al. (2018)

4.24 Limpar a prega labial mais distante, a prega labial mais próxima e diretamente sobre
o centro do meato uretral;
4.25 Lubrificar o cateter uretral cerca de 2 a 5cm no gel hidrossolúvel lubrificante ou
anestésico gel a 2%;
4.26 Pedir à usuária para fazer força para baixo de leve e introduzir lentamente o cateter
lubrificado no meato uretral da usuária até a saída da urina;
4.27 Liberar os lábios vaginais, mas manter o cateter seguro;
4.28 Verificar a saída de urina pelo cateter, deixando-a cair na cuba rim;
4.29 Realizar movimento de compressão da bexiga para auxiliar na saída da urina;
4.30 Após a saída completa da urina, clampar o cateter com a pinça e removê-lo da uretra;
4.31 Recolher todo o material;
4.32 Recompor a unidade;
4.33 Colocar a usuária em posição confortável;
4.34 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das
mãos ou higienização simples das mãos.

5 OBSERVAÇÃO
Se disponível, pode ser colocado o campo fenestrado estéril ao redor da região genital da
usuária para manter a área mais protegida. O campo fenestrado será removido após a
finalização do procedimento.

6 RESPONSABILIDADE
 Enfermeiro
 Médico
115
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Cateterismo vesical de alívio feminino

7 REGISTRO
Registrar o procedimento realizado, número do cateter, características da diurese e
quantidade, data e horário do procedimento, carimbo e assinatura de quem realizou a
técnica em prontuário e lançar procedimento no Sistema Hygia.

REFERÊNCIAS
POTTER, P. A. et al. Fundamentos de Enfermagem. 9. ed. Rio de Janeiro: Elsevier,
2018.

TAYLOR, C. et al. Fundamentos de Enfermagem: a arte e a ciência do cuidado de


enfermagem. 7. ed. Porto Alegre: Artmed, 2014

DADOS DA VERSÃO
ELABORAÇÃO APROVAÇÃO
Mayra Fernanda de Oliveira Jane Aparecida Cristina
Enfermeira. COREN-SP: 011255 Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 44071

ATUALIZAÇÃO - 1 APROVAÇÃO - 1
Valdirene Marta Salgueiro Santana Karina Domingues de Freitas
Enfermeira. COREN-SP: 68785 Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 0126266

116
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Cateterismo vesical de alívio masculino

Cateterismo vesical de alívio masculino

1 OBJETIVO
Promover o esvaziamento da bexiga impedindo a distensão abdominal e coleta de exames
livres de contaminação.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO
Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),
Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família
(USF), Serviço de Atenção Domiciliar (SAD), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência
(SAMU), Centros de Referência de Especialidades, Centros de Atenção Psicossocial.

3 MATERIAL
3.1 Bandeja
3.2 Cateter uretral de calibre compatível;
3.3 Gel hidrossolúvel lubrificante ou anestésico gel a 2%;
3.4 Kit de cateterismo vesical estéril contendo 1 cuba rim, 1 cuba redonda, 1 pinça;
3.5 Pacote de gaze estéril;
3.6 Solução antisséptica aquosa de PVPI tópico 10% ou solução de clorexidina a 0,2%;
3.7 Uma seringa de 20 mL;
3.8 Comadre;
3.9 Sabonete neutro;
3.10 Luvas de procedimento;
3.11 Luvas estéreis;
3.12 Bacia com água;
3.13 Duas compressas ou toalha;
3.14 Campo fenestrado (vide observação);
3.15 Biombo;
3.16 Equipamentos de Proteção Individual.

4 PROCEDIMENTO
4.1 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das
mãos ou higienização simples das mãos;
4.2 Preparar o material;
4.3 Reunir todo o material necessário;
4.4 Separar o material necessário para higienização do períneo;

117
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Cateterismo vesical de alívio masculino

4.5 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das


mãos ou higienização simples das mãos;
4.6 Orientar o usuário quanto ao procedimento a ser realizado;
4.7 Fechar a porta ou colocar biombo para manter a privacidade do usuário;
4.8 Calçar as luvas de procedimento;
4.9 Higienizar a região perineal e genital do usuário utilizando a bacia com água, as
compressas ou toalha e o sabonete neutro;
4.10 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das
mãos ou higienização simples das mãos, após procedimento;
4.11 Separar o material necessário para o cateterismo vesical;
4.12 Posicionar o usuário em decúbito dorsal com as pernas estendidas e afastadas;
4.13 Abrir o pacote estéril de cateterismo, com cuidado para não contaminar;
4.14 Abrir o pacote de gaze estéril dentro da cuba redonda;
4.15 Umedecer as gazes com o PVPI tópico ou solução de clorexidina a 2%;
4.16 Posicionar a cuba rim próxima à região perineal do usuário, em cima do campo
estéril;
4.17 Abrir o cateter uretral, a seringa de 20 mL e colocar no pacote estéril de cateterismo;
4.18 Calçar a luva estéril em cima de uma superfície plana próxima ao campo; conforme
procedimento operacional;
4.19 Desconectar o êmbolo da seringa;
4.20 Preencher o interior do corpo da seringa com 10 mL de gel lubrificante com auxílio
de gazes estéreis;
4.21 Conectar novamente o êmbolo da seringa com cuidado para que o gel lubrificante
não extravase;
4.22 Dobrar as gazes embebidas em PVPI tópico ou solução de clorexidina a 2%, uma a
uma e mantê-las dentro da cuba redonda;
4.23 Segurar o pênis do usuário com a mão não dominante (essa mão não deverá ser
removida dessa posição até o final da introdução da sonda);
4.24 Com a outra mão pegar a pinça e iniciar a antissepsia da região genital;
4.25 Realizar a antissepsia do meato uretral com uma gaze em movimento circular único;

118
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Cateterismo vesical de alívio masculino

Fonte: Potter et al. (2018)

4.26 Realizar a antissepsia da glande com outra gaze em movimento circular único;
4.27 Pegar a seringa com gel lubrificante;
4.28 Introduzir a seringa com gel lubrificante na uretra do usuário;
4.29 Introduzir o cateter na uretra do usuário até a saída de urina;
4.30 Verificar a saída de diurese pelo cateter, deixando-a cair na cuba rim;
4.31 Realizar movimento de compressão da bexiga para auxiliar na saída da diurese;
4.32 Após a saída completa da diurese, clampar o cateter com a pinça e removê-lo da
uretra;
4.33 Recolher todo o material;
4.34 Recompor a unidade;
4.35 Colocar o usuário em posição confortável;
4.36 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das
mãos ou higienização simples das mãos.

5 OBSERVAÇÃO
Após o item 4.22, se disponível, pode ser colocado o campo fenestrado estéril ao redor da
região genital do usuário para manter a área mais protegida. O campo fenestrado será
removido após a finalização do procedimento.

6 RESPONSABILIDADE
 Enfermeiro
 Médico

119
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Cateterismo vesical de alívio masculino

7 REGISTRO
Registrar o procedimento realizado, número do cateter, características e quantidade da
diurese, data e horário do procedimento, carimbo e assinatura de quem realizou a técnica
em prontuário ou Ficha de atendimento ambulatorial.

REFERÊNCIAS
POTTER, P. A. et al. Fundamentos de Enfermagem. 9. ed. Rio de Janeiro: Elsevier 2018.

TAYLOR, C. et al. Fundamentos de Enfermagem: a arte e a ciência do cuidado de


enfermagem. 7. ed. Porto Alegre: Artmed, 2014

DADOS DA VERSÃO
ELABORAÇÃO APROVAÇÃO
Mayra Fernanda de Oliveira Jane Aparecida Cristina
Enfermeira. COREN-SP: 011255 Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 44071

ATUALIZAÇÃO - 1 APROVAÇÃO - 1
Valdirene Marta Salgueiro Santana Karina Domingues de Freitas
Enfermeira. COREN-SP: 68785 Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 0126266

120
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Cateterismo vesical de demora feminino

Cateterismo vesical de demora feminino

1 OBJETIVO
Realizar técnica asséptica de forma segura para a usuária e profissional, evitando
contaminações e prevenindo infecções urinárias. Tendo como finalidades, promover o
esvaziamento da bexiga, monitorar o débito urinário, preparar para cirurgias, realizar
irrigação vesical, tratar incontinências urinárias, retenções urinárias, distúrbios obstrutivos,
entre outras causas.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO
Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),
Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família
(USF), Serviço de Atenção Domiciliar (SAD), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência
(SAMU).

3 MATERIAL
3.1 Bandeja
3.2 Cateter uretral tipo Foley de 2 ou 3 vias, conforme prescrição médica
3.3 Bolsa coletora
3.4 Kit de cateterismo vesical estéril contendo: 1 cuba rim, 1 cuba redonda, 1 pinça pean
3.5 Pacote de gaze estéril
3.6 Solução antisséptica aquosa de PVPI tópico 10% ou solução de clorexidina a 0,2%;
3.7 Gel hidrossolúvel lubrificante ou anestésico gel a 2%;
3.8 02 seringas de 20 mL com bico Luer Slip
3.9 01 Agulha 40x 1,2 mm
3.10 Uma ou mais ampolas de água destilada frasco de 10 mL, usar a quantidade indicada
no cateter
3.11 Fita adesiva hipoalérgica
3.12 Luvas de procedimento
3.13 Luvas estéreis
3.14 Campo fenestrado estéril com fenda (opcional)
3.15 Biombo
3.16 Equipamentos de Proteção Individual.

121
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Cateterismo vesical de demora feminino

MATERIAL PARA HIGIENE DO PERÍNEO


3.17 Comadre
3.18 Sabonete líquido
3.19 Luvas de procedimento
3.20 Bacia com água
3.21 Duas compressas ou toalha

4 PROCEDIMENTO
4.1 Revisar os registros da usuária, buscando a indicação do procedimento e a
prescrição médica;
4.2 Avaliar as condições da usuária, mobilidade, limitações físicas, nível de consciência,
capacidade de compreensão e cooperação, padrão e última eliminação urinária,
alterações geniturinárias, intercorrências ou alergias;
4.3 Quando possível use um cateter de menor calibre para reduzir ao máximo o trauma
e o desconforto (cateter de grosso calibre pode danificar a uretra e o meato uretral,
aumentar a irritabilidade da bexiga e fazer a urina vazar em torno do cateter devido
a um espasmo);
4.4 Conferir o nome completo da usuária data de nascimento, número do prontuário;
4.5 Checar a prescrição médica, indicação para o cateterismo, calibre do cateter tipo
foley;
4.6 Reunir todo o material necessário;
4.7 Explicar o procedimento e a finalidade do mesmo a usuária e ou acompanhante;
4.8 Promover ambiente iluminado e privativo; utilize o biombo ou foco de luz extra, se
necessário;
4.9 Obter ajuda para posicionar usuárias frágeis, debilitadas, mentalmente confusas;
4.10 Realizar a higiene perineal, caso necessário, utilizando luvas de procedimento,
recipiente com água e sabonete líquido, comadre, toalha ou compressas;
4.11 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das
mãos ou higienização simples das mãos;
4.12 Posicionar a usuária em decúbito dorsal, joelhos flexionados e afastados, deixando
somente a genitália exposta;
4.13 Colocar uma toalha, lençol abaixo das nádegas e coxas da usuária;
4.14 Posição feminina alternativa: decúbito lateral (de Sims), com a parte superior da
perna flexionada no joelho e no quadril.
4.15 Assegurar que a área retal seja coberta para reduzir o risco de contaminação;
4.16 Abrir o pacote estéril de cateterismo, utilizando técnica asséptica, entre as pernas da
usuária, próximo à genitália, tomando o cuidado para não contaminar o material;
122
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Cateterismo vesical de demora feminino

4.17 Abrir o pacote de gazes estéril dentro da cuba redonda;


4.18 Umedecer as gazes com PVPI tópico ou solução de clorexedina a 2%;
4.19 Abrir todo o material estéril colocando em cima do campo do pacote de cateterismo:
o cateter (mantê-lo na embalagem plástica), a bolsa coletora, o campo fenestrado
(se disponível), as seringas, a agulha;
4.20 Despejar o gel hidrossolúvel lubrificante ou anestésico gel a 2% na cuba rim;
4.21 Realizar a desinfecção da ampola de água destilada com álcool a 70% e a abri-la
posicionando-a próxima para a aspiração da mesma;
4.22 Calçar a luva estéril em cima de uma superfície plana próxima ao campo, conforme
procedimento operacional;
4.23 Conectar a agulha na seringa;
4.24 Aspirar o conteúdo da ampola de água destilada em quantidade indicada pelo
fabricante do cateter uretral tipo foley (vide observação);
4.25 Retirar o ar da seringa, desconectar a agulha e conectar a seringa à via do balonete
do cateter;
4.26 Efetuar o teste do balonete do cateter, injetando o volume de água destilada;
4.27 Desinsuflar o balonete após teste, mantendo a seringa conectada ao cateter;
4.28 Conectar o cateter à bolsa coletora, mantendo o sistema de drenagem fechado;
4.29 Verificar o clamp da extensão que deve permanecer aberto e o clamp da bolsa
coletora deve permanecer fechado;
4.30 Posicionar o campo fenestrado com a fenda para baixo sobre o períneo da usuária,
expondo a genitália;
4.31 Separar os lábios vaginais com a mão não dominante, expondo o meato urinário;
4.32 Manter a posição da mão não dominante até terminar o procedimento;
4.33 Com auxílio da pinça inicie utilizando as gazes umedecidas no PVPI tópico ou
solução de clorexidina a 2% e limpe os lábios e o meato uretral em direção ao ânus.
Usar uma gaze para cada área que você limpar, começando pelos grandes lábios,
pequenos lábios e meato uretral;

123
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Cateterismo vesical de demora feminino

Fonte: POTTER et al. (2018)


4.34 Pegar e segurar o cateter uretral de 7,5 a 10 cm pela extremidade, com o cateter
frouxamente enrolado na palma da mão;
4.35 Lubrificar o cateter uretral (cerca de 2,5 a 5cm) no gel hidrossolúvel lubrificante ou
anestésico gel a 2%;
4.36 Pedir para a usuária fazer força para baixo (se possível), introduzir o cateter
lentamente pelo meato uretral, de 5 a 7,5 cm num adulto ou até a urina fluir, não
forçar caso encontre resistência;
4.37 Liberar os lábios vaginais, mas manter o cateter seguro na mão não dominante;
4.38 Injetar a água destilada que está na seringa na via do balonete;
4.39 Tracionar o cateter delicadamente até obter resistência;
4.40 Fixar o cateter com a fita hipoalergênica (de preferência), no nível da bifurcação do
mesmo na face interna da coxa, deixando uma folga permitindo livre movimentação
da perna e evitar tração do cateter;
4.41 Colocar a bolsa coletora na parte inferior da cama da usuária, do mesmo lado em
que foi fixado o cateter, sempre abaixo do nível da bexiga,
4.42 Observar o volume drenado e as características da urina;
4.43 Recolher todo material usado e colocá-lo na bandeja;
4.44 Retirar as luvas;
4.45 Identificar a bolsa coletora com data, número da sonda, volume injetado no balonete,
nome do executor da técnica;
4.46 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das
mãos ou higienização simples das mãos;
4.47 Registrar a anotação de enfermagem.

5 OBSERVAÇÃO

124
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Cateterismo vesical de demora feminino

Não existe recomendação embasada em pesquisa de padronização de tempo para troca


rotineira do cateter, a troca deve considerar a avaliação do usuário e o funcionamento do
cateter. Fatores que influenciam o tempo de permanência do cateter: ingestão hídrica e
alimentar, PH da urina, histórico de incrustações, ITU de repetição. Seguir as
recomendações da CCI-SMS e SAD.
Troca Imediata: Obstrução do cateter ou tubo coletor, sempre que houver violação do
sistema fechado, mal funcionamento do cateter, extravasamentos e presença de febre de
origem indeterminada.
Os cateteres de demora vêm em diversos tamanhos de balão, de 3 mL (para crianças) a
30 mL (para adultos). O tamanho do balão está geralmente impresso na escotilha do
cateter. O tamanho de balão recomendado para um adulto é 10 mL (o balão tem 5 mL e
requer 10 mL para se encher totalmente). O uso prolongado de balões maiores (30 mL) foi
associado a um maior desconforto do paciente, à irritação e ao trauma à uretra, a um risco
aumentado de expulsão do cateter e ao esvaziamento incompleto da bexiga.

6 RESPONSABILIDADE
 Enfermeiro
 Médico

7 REGISTRO
Registrar em prontuário o procedimento realizado anotando as características da diurese,
data e horário do procedimento, tamanho do cateter utilizado, volume injetado no balonete,
colocando o carimbo e assinatura de quem realizou a técnica. Lançar o procedimento no
sistema Hygia.

REFERÊNCIAS
CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução COFEN nº 450/2013, 11 de
dezembro 2013. Normatiza o procedimento de sondagem vesical no âmbito do sistema
Cofen/Conselhos Regionais de Enfermagem. Disponível em:
<http://www.cofen.gov.br/resolucao-cofen-no-04502013-4_23266.html>. Acesso em: 15
mai 2019.

POTTER, P. A. et al. Fundamentos de Enfermagem. 9. ed. Rio de Janeiro: Elsevier,


2018.

TAYLOR, C. et al. Fundamentos de Enfermagem: a arte e a ciência do cuidado de


enfermagem. 7. ed. Porto Alegre: Artmed, 2014.

125
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Cateterismo vesical de demora feminino

DADOS DA VERSÃO
ELABORAÇÃO APROVAÇÃO
Mayra Fernanda de Oliveira Jane Aparecida Cristina
Enfermeira. COREN-SP: 011255 Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 44071

ATUALIZAÇÃO - 1 APROVAÇÃO - 1
Cleuza Cunes Mestrinel Karina Domingues de Freitas
Enfermeira. COREN-SP: 0129987 Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 0126266

126
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Cateterismo vesical de demora masculino

Cateterismo vesical de demora masculino

1 OBJETIVO
Realizar técnica asséptica de forma segura para o usuário e profissional, evitando
contaminações e prevenindo infecções urinárias. Tendo como finalidades, promover o
esvaziamento da bexiga, monitorar o débito urinário, preparar para cirurgias, realizar
irrigação vesical, tratar incontinências urinárias, retenções urinárias, distúrbios obstrutivos,
entre outras causas.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO
Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),
Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família
(USF), Serviço de Atenção Domiciliar (SAD), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência
(SAMU).

3 MATERIAL
3.1 Bandeja
3.2 Cateter uretral tipo Foley de 2 ou 3 vias, conforme prescrição
3.3 Bolsa coletora sistema fechado
3.4 Kit de cateterismo vesical estéril contendo: 1 cuba rim, 1 cuba redonda, 1 pinça pean
3.5 Pacote de gaze estéril
3.6 Solução antisséptica aquosa de PVPI tópico ou solução de clorexidina a 0,2%
3.7 Gel hidrossolúvel lubrificante ou anestésico gel a 2%
3.8 02 seringas de 20 mL com bico Luer Slip
3.9 01 Agulha 40x 1,2 mm
3.10 Ampola de água destilada frasco de 10 mL, usar a quantidade indicada no cateter;
3.11 Fita adesiva hipoalergênica
3.12 Luvas estéreis
3.13 Biombo
3.14 Equipamentos de Proteção Individual

MATERIAL PARA HIGIENE DO PERÍNEO


3.15 Comadre
3.16 Sabonete líquido
3.17 Luvas de procedimento
3.18 Bacia com água
3.19 Duas compressas ou toalha
127
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Cateterismo vesical de demora masculino

4 PROCEDIMENTO
4.1 Revisar os registros do usuário, buscando a indicação do procedimento, a prescrição
médica;
4.2 Avaliar as condições do usuário, mobilidade, limitações físicas, nível de consciência,
capacidade de compreensão e cooperação, padrão urinário, alterações
geniturinárias, intercorrências ou alergias;
4.3 Conferir o nome completo do usuário, data de nascimento, número do prontuário;
4.4 Checar o calibre do cateter. Quando possível, usar um cateter de menor calibre para
reduzir ao máximo o trauma e o desconforto. Cateter de maior calibre pode danificar
a uretra e o meato uretral, aumentar a irritabilidade da bexiga e fazer a urina vazar
em torno do cateter devido a um espasmo;
4.5 Promover ambiente iluminado e privativo. Utilizar o biombo e foco de luz extra, se
necessário;
4.6 Explicar o procedimento e a finalidade do mesmo ao usuário e/ou acompanhante;
4.7 Reunir todo o material necessário;
4.8 Obter ajuda de outro profissional para posicionar usuários frágeis, mentalmente
confusos, debilitados;
4.9 Realizar a higiene intima prévia, utilizando luvas de procedimento, recipiente com
água e sabonete líquido, comadre, toalha ou compressas;
4.10 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das
mãos ou higienização simples das mãos;
4.11 Posicionar o usuário em decúbito dorsal, com as pernas estendidas e ligeiramente
afastadas;
4.12 Colocar uma toalha ou lençol embaixo das nádegas e coxas do usuário;
4.13 Utilizar técnica asséptica para abrir o pacote estéril de cateterismo, preferencialmente
entre as pernas, próximo à genitália do usuário;
4.14 Abrir o pacote de gazes estéril dentro da cuba redonda;
4.15 Umedecer as gazes na cuba redonda com a solução tópica antisséptica;
4.16 Abrir todo o material estéril colocando em cima do campo do pacote de cateterismo:
o cateter (mantê-lo na embalagem plástica), a bolsa coletora, as seringas e a agulha;
4.17 Calçar as luvas estéreis conforme procedimento operacional padrão;
4.18 Conectar a agulha à seringa;
4.19 Solicitar que o auxiliar que proceda com a desinfecção da ampola de água destilada
com álcool a 70% e a abra posicionando-a para a aspiração da mesma;
4.20 Retirar o ar da seringa, desconectar a agulha e conectar a seringa à via do balonete
do cateter;

128
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Cateterismo vesical de demora masculino

4.21 Efetuar o teste do balonete do cateter, injetando o volume de água destilada indicada
pelo fabricante;
4.22 Desinsuflar o balonete após teste, mantendo a seringa conectada ao cateter;
4.23 Com a outra seringa de 20mL, retirar o êmbolo e solicitar que o auxiliar despeje cerca
de 10 a 15mL do gel hidrossolúvel lubrificante ou gel anestésico à 2% dentro da
mesma, desprezando a primeira gota, recolocar o êmbolo e retirar o ar da mesma,
reservar deixando em cima do campo;
4.24 Conectar o cateter à bolsa coletora, mantendo o sistema de drenagem fechado;
4.25 Verificar o clamp da extensão que deve permanecer aberto e o clamp da bolsa
coletora deve permanecer fechado;
4.26 Com a mão não dominante expor o prepúcio (caso não circuncidado) e segurar
cuidadosamente o pênis pelo eixo imediatamente abaixo da glande. Manter o eixo
do pênis em ângulo reto com o corpo. Esta mão permanece nesta posição pelo
restante do procedimento;
4.27 Usando uma pinça estéril na mão dominante, pegar uma gaze umedecida com
solução antisséptica e proceder à antissepsia do meato uretral em movimento circular
em direção externa num movimento em espiral. Repetir 3 vezes usando uma gaze
de cada vez;
4.28 Após a antissepsia, manter a pinça fora do campo estéril;
4.29 Pegar a seringa com gel hidrossolúvel lubrificante ou gel anestésico a 2%, injetando
lentamente 10 a 15 mL pelo meato uretral;
4.30 Manter o pênis posicionado a 90º; pedir para o usuário fazer força para baixo como
se fosse para urinar e introduzir o cateter lentamente pelo meato uretral;
4.31 Avançar com o cateter até sua bifurcação ou até que a urina flua pela extremidade
do cateter. Se houver resistência, não forçar, pedir para o usuário respirar fundo e
lentamente para promover um relaxamento do esfíncter e facilitar a entrada do
cateter;
4.32 Abaixar o pênis e segurar firmemente o cateter com a mão não dominante;
4.33 Injetar a água destilada que está na seringa na via do balonete;
4.34 Se o usuário se queixar de dor no momento da insuflação do balonete, desinsuflar o
balão, avançar um pouco mais com o cateter e reinflar o balão;
4.35 Tracionar o cateter delicadamente até obter resistência;
4.36 Reposicionar o prepúcio;
4.37 Fixar o cateter com a fita hipoalergênica, ao nível da bifurcação do cateter na região
suprapúbica, ou na face anterior da coxa, deixando uma folga, permitindo livre
movimentação dos membros inferiores;

129
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Cateterismo vesical de demora masculino

4.38 Colocar a bolsa coletora na parte inferior da cama do usuário, do mesmo lado em
que foi fixado o cateter, sempre abaixo do nível da bexiga;
4.39 Observar o volume drenado e as características da urina;
4.40 Recolher todo o material usado e colocá-lo na bandeja;
4.41 Retirar as luvas;
4.42 Identificar a bolsa coletora com data, hora, volume injetado no balonete, número da
sonda, nome do executor da técnica;
4.43 Encaminhar o material para desprezo adequado;
4.44 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das
mãos ou higienização simples das mãos.
4.45 Registrar a anotação de enfermagem.

5 OBSERVAÇÃO
Não existe recomendação embasada em pesquisa de padronização de tempo para troca
rotineira do cateter, a troca deve considerar a avaliação do usuário e o funcionamento do
cateter. Fatores que influenciam o tempo de permanência do cateter: ingestão hídrica e
alimentar, pH da urina, histórico de incrustações, ITU de repetição. Seguir as
recomendações da CCI-SMS e SAD.
Troca Imediata: Obstrução do cateter ou tubo coletor, sempre que houver violação do
sistema fechado, mal funcionamento do cateter, extravasamentos e presença de febre de
origem indeterminada.
Os cateteres de demora vêm em diversos tamanhos de balão, de 3 mL (para crianças) a
30 mL (para adultos). O tamanho do balão está geralmente impresso na escotilha do
cateter. O tamanho de balão recomendado para um adulto é 10 mL (o balão tem 5 mL e
requer 10 mL para se encher totalmente). O uso prolongado de balões maiores (30 mL) foi
associado a um maior desconforto do paciente, à irritação e ao trauma à uretra, a um risco
aumentado de expulsão do cateter e ao esvaziamento incompleto da bexiga.

6 RESPONSABILIDADE
 Enfermeiro
 Médico

7 REGISTRO
Registrar o procedimento realizado em prontuário, anotando as características da diurese,
data e horário do procedimento, nº do cateter utilizado, quantidade de água destilada

130
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Cateterismo vesical de demora masculino

colocada no balonete, carimbo e assinatura de quem realizou a técnica. Lançar o


procedimento no sistema Hygia.

REFERÊNCIAS
CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução COFEN nº 450/2013, 11 de
dezembro 2013. Normatiza o procedimento de sondagem vesical no âmbito do sistema
Cofen/Conselhos Regionais de Enfermagem. Disponível em:
<http://www.cofen.gov.br/resolucao-cofen-no-04502013-4_23266.html>. Acesso em: 15
mai 2019.
POTTER, P. A. et al. Fundamentos de Enfermagem. 9. ed. Rio de Janeiro: Elsevier,
2018.

TAYLOR, C. et al. Fundamentos de Enfermagem: a arte e a ciência do cuidado de


enfermagem. 7. ed. Porto Alegre: Artmed, 2014.

DADOS DA VERSÃO
ELABORAÇÃO APROVAÇÃO
Mayra Fernanda de Oliveira Jane Aparecida Cristina
Enfermeira. COREN-SP: 011255 Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 44071

ATUALIZAÇÃO - 1 APROVAÇÃO - 1
Cleuza Cunes Mestrinel Karina Domingues de Freitas
Enfermeira. COREN-SP: 0129987 Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 0126266

131
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Cateterismo vesical de demora por cistostomia

Cateterismo vesical de demora por cistostomia

1 OBJETIVO
Realizar cateterismo vesical de demora por cistostomia.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO
Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),
Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família
(USF), Serviço de Atenção Domiciliar (SAD), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência
(SAMU).

3 MATERIAL
3.1 Bandeja
3.2 Sonda foley ou de silicone de duas vias com calibre adequado, conforme prescrição
3.3 Bolsa coletora sistema fechado
3.4 Kit de cateterismo estéril contendo 01 cuba rim, 1 cuba redonda, 1 pinça ( se for
coletar urina para exames)
3.5 Pacotes de gaze estéril
3.6 Sabonete neutro líquido/ álcool gel
3.7 Solução fisiológica a 0,9%
3.8 PVPI tópico ou solução aquosa clorexidina 0,2%
3.9 Duas seringas de 20 mL
3.10 Agulha 25x0,8 mm
3.11 Água destilada estéril – frasco de 20 mL
3.12 Fita hipoalergênica (micropore)
3.13 Luvas de procedimentos (1 par)
3.14 Luvas estéreis (1 par)
3.15 Equipamento proteção individual (avental, máscara cirúrgica, óculos de proteção)

4 PROCEDIMENTO
4.1 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das
mãos ou higienização simples das mãos;
4.2 Explicar o procedimento para o usuário e cuidador;
4.3 Paramentar-se com os EPIs;
4.4 Preparar o material necessário;
4.5 Promover a privacidade do usuário;

132
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Cateterismo vesical de demora por cistostomia

4.6 Calçar as luvas de procedimento;


4.7 Posicionar o usuário;
4.8 Iniciar o procedimento em duas pessoas, sendo que uma fica paramentada e realiza
o procedimento e a outra auxilia;
4.9 Higienizar a região da estomia, utilizando as gazes, sabonete neutro líquido,
enxaguar com gaze e Solução Fisiológica 0,9% e secar
4.10 Retirar as luvas;
4.11 Higienizar as mãos conforme o procedimento operacional de fricção antisséptica
das mãos ou higienização simples das mãos, após procedimento;
4.12 Abrir o pacote estéril para cateterismo;
4.13 Abrir o pacote de gaze estéril dentro da cuba redonda;
4.14 Umedecer as gazes com PVPI tópico ou solução aquosa de clorexidina 0,2%;
4.15 Abrir a sonda e a bolsa coletora em cima do campo;
4.16 Abrir a seringa de 20 mL e a agulha de 25x0,8 mm em cima do campo;
4.17 Calçar a luva estéril conforme o procedimento operacional padrão;
4.18 Conectar a agulha na seringa;
4.19 Abrir a água destilada e oferecê-la para aspirar (auxiliar);
4.20 Aspirar água destilada, 10-30 mL, conforme fabricante da sonda;
4.21 Desconectar a agulha da seringa;
4.22 Testar o balonete da sonda insuflando-o com água destilada;
4.23 Desinsuflar o balonete da sonda;
4.24 Conectar a sonda à bolsa coletora;
4.25 Verificar o clampe da extensão que deve permanecer aberto e o clampe da bolsa
coletora que deve permanecer fechado;
4.26 Realizar a antissepsia do estoma com PVPI tópico ou solução aquosa clorexidina
0,2%;
4.27 Conectar a seringa, desinsuflar o balonete e retirar a sonda, desprezando-a (auxiliar);
4.28 Introduzir cerca de 10 a 20 cm da sonda na cistostomia;
4.29 Insuflar o balonete com água destilada, 10-20 mL, conforme fabricante;
4.30 Tracionar lentamente a sonda até sentir resistência;
4.31 Verificar a drenagem espontânea e as características da urina;
4.32 Fixar a sonda, proteger o estoma e a base da sonda com gaze estéril e ocluir com
fita hipoalergênica;
4.33 Prender a bolsa coletora na parte inferior da cama após colocar a data, hora e nome
do executante;
4.34 Deixar o usuário confortável;
4.35 Retirar os EPIs;
133
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Cateterismo vesical de demora por cistostomia

4.36 Desprezar o material no lixo adequado e recompor a unidade;


4.37 Higienizar as mãos conforme o procedimento operacional de fricção antisséptica das
mãos ou higienização simples das mãos;
4.38 Orientar o usuário e o cuidador sobre os cuidados com a cistostomia;
4.39 Agendar retorno;
4.40 Registrar o procedimento no prontuário do usuário e no prontuário domiciliar.

5 OBSERVAÇÃO
Cateterismo vesical por cistostomia: drenar urina da bexiga urinária em indivíduos com
obstrução do fluxo urinário normal. Cistostomia suprapúbica ou vesicostomia é uma
abertura cirúrgica feita acima do osso púbico até a bexiga urinária. Um cateter urinário é
introduzido na bexiga e mantido no lugar com um balão e/ou suturas;
Técnica estéril;
Respeitar a privacidade do usuário, mesmo que este esteja inconsciente;
Trocar a sonda a cada 30 dias, ou de acordo com orientação médica ou característica da
sonda ou do sistema fechado;
Existem sondas de calibre (6 a 12FR) para crianças e (14 a 24FR) para adultos;
Realizar o curativo do estoma a cada 24 horas;
Atentar aos cuidados preventivos de complicações, hidratação, estoma, dermatites;
Solicitar ao usuário ou responsável que assine o Termo de Consentimento para realização
do procedimento no domicílio que complementa as orientações da equipe e os riscos do
procedimento;
Cuidados com o resíduo de saúde.

6 RESPONSABILIDADE
 Enfermeiro
 Médico

7 REGISTRO
Registrar o procedimento realizado, aceitação ou recusa do usuário, data e horário do
procedimento, número da sonda, volume insuflado no balonete, carimbo e assinatura de
quem realizou a técnica em prontuário e documentar em prontuário domiciliar.

REFERÊNCIAS
ASSIS, G. M; FARO, A. C. M. Clean intermittent self catheterizationin spinal cord injury.
Revista da Escola de Enfermagem da USP, São Paulo, v. 45, n. 1, p. 282- 286, 2011.

134
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Cateterismo vesical de demora por cistostomia

CAMPOS, C. V. S.; SILVA, K. L. Cateterismo vesical intermitente realizado pelos


cuidadores domiciliares em um serviço de atenção domiciliar. Revista Mineira de
Enfermagem, Belo Horizonte, v. 17, n. 4, 2013. Disponível em:
<http://www.dx.doi.org/10.5935/1415-2762.20130056>. Acesso em: 15 mai 2019.

DADOS DA VERSÃO
ELABORAÇÃO APROVAÇÃO
Emília Maria Paulina Campos Chayamiti Karina Domingues de Freitas
Enfermeira. COREN-SP: 44546 Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 0126266
Miriã Avelino Prado
Enfermeira. COREN-SP: 81737

135
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Coleta de citologia

Coleta de citologia

1 OBJETIVO
Realizar coleta de citologia oncótica em mulheres na faixa etária de 25 a 64 anos.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO
Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),
Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família
(USF).

3 MATERIAL
3.1 Camisola/Avental
3.2 Lençol
3.3 Escova endocervical
3.4 Espátula de Ayre
3.5 Espéculo descartável P, M ou G
3.6 Lâmina de vidro com uma extremidade fosca para identificação e bordas lapidadas
3.7 Lápis preto nº 2 para identificação da lâmina
3.8 Luvas de procedimento
3.9 Papel lençol
3.10 Caixa para acondicionar as lâminas
3.11 Fixador celular
3.12 Pinça Cheron, se necessário
3.13 Gaze, se necessário
3.14 Solução fisiológica 0,9%, se necessário

4 PROCEDIMENTO
3.1 Acolher a usuária. Ao fazer a identificação, checar nome, data de nascimento,
endereço. Observar que o nome que consta no Sistema Hygia deve ser idêntico ao
nome do Cartão Nacional de Saúde (CNS).
3.2 Realizar coleta de dados;
3.3 Orientar a usuária quanto ao procedimento;
3.4 Mostrar os materiais que serão utilizados;
3.5 Identificar, com lápis preto nº 2, a lâmina na extremidade fosca com iniciais do nome
da usuária (letra maiúscula de forma separada por ponto) e número Hygia. Verificar
se a lâmina está limpa. Se necessário, limpá-la com gaze seca antes de realizar a
identificação;

136
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Coleta de citologia

3.6 Entregar camisola/avental a usuária e encaminhá-la ao banheiro/local reservado,


solicitando-a que retire toda a roupa, vista o avental com a abertura para frente e
esvazie a bexiga;
3.7 Higienizar as mãos, conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das
mãos ou higienização simples das mãos;
3.8 Colocar papel lençol sobre a mesa ginecológica;
3.9 Solicitar que a usuária sente-se a mesa ginecológica;
3.10 Realizar exame clínico das mamas conforme procedimento operacional;
3.11 Solicitar que a usuária deite sobre a mesa ginecológica, auxiliando-a a se posicionar
adequadamente, para a coleta do exame citopatológico, cobrindo-a com lençol;
3.12 Selecionar o espéculo de tamanho adequado;
3.13 Abrir a embalagem do espéculo e separar demais materiais, dispondo-os na mesa
auxiliar;
3.14 Ligar o foco de luz, posicionando-o de modo adequado;
3.15 Calçar as luvas de procedimento;
3.16 Introduzir o espéculo, na posição vertical, ligeiramente inclinado (15º). Caso
necessário, proceda à lubrificação do canal vaginal com SF 0, 9%, introduzido no
interior do espéculo. Faça uma rotação de 90º mantendo o espéculo em posição
transversa de modo que a fenda do espéculo fique na posição horizontal, com
regulador de abertura para baixo;
3.17 Abrir o espéculo lentamente e com delicadeza;
3.18 Caso a visualização do colo não seja possível, solicitar que a usuário tussa ou faça
pequena força com o períneo;
3.19 Inspecionar as paredes vaginais e o colo. Verificar se o colo uterino é normal, ausente
ou não visualizado, se está alterado (ectopia, pólipo endocervical e prolapso) e se há
leucorreia (aspecto da secreção, volume e cheiro) para posteriormente registrar na
Requisição de Exame Citopatológico;
3.20 Se ao visualizar o colo uterino houver grande quantidade de muco ou secreção,
seque-o delicadamente com uma gaze montada em uma pinça Cheron, sem
esfregar, para não perder a qualidade da amostra, ou com 02 gazes abertas em X
posicionadas na abertura do espéculo e empurradas para o interior da vagina com
auxílio de uma espátula de madeira comum;
3.21 Encaixar a ponta mais longa da espátula de Ayre no orifício do colo, apoiando-a com
firmeza, e com movimento rotativo único de 360º ao redor de todo o orifício;

137
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Coleta de citologia

Fonte: FOSP - Capacitação Teórico-Prática nas Ações de Rastreamento do Câncer Cervical.


Imagens cedidas pela Dra Margherita Branca-Instituto Superior de Sanitá Roma

3.22 Estender o material ectocervical, dispondo-o no sentido horizontal, ocupando 2/3


iniciais da parte transparente da lâmina, utilizando as duas laterais da espátula;

Fonte: FOSP - Capacitação Teórico-Prática nas Ações de Rastreamento do Câncer Cervical.


Imagens cedidas pela Dra. Margherita Branca-Instituto Superior de Sanitá, Roma.

3.23 Introduzir delicadamente a escova endocervical até cobertura total das cerdas, no
canal cervical realizando movimento circular em 360º de duas a três vezes;

Fonte: FOSP - Capacitação Teórico-Prática nas Ações de Rastreamento do Câncer Cervical.


Imagens cedidas pela Dra. Margherita Branca-Instituto Superior de Sanitá, Roma.

3.24 Estender o material ocupando o 1/3 restante da lâmina, rolando a escova de cima
para baixo, em sentido único, contrário ao sentido utilizado para coleta do material
endocervical.

Fonte: FOSP - Capacitação Teórico-Prática nas Ações de Rastreamento do Câncer Cervical.


Imagens cedidas pela Dra. Margherita Branca-Instituto Superior de Sanitá, Roma.

138
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Coleta de citologia

3.25 Fixar o esfregaço imediatamente após a coleta com produto disponibilizado pela
farmácia;
3.26 Colocar cuidadosamente a lâmina no recipiente de acondicionamento;
3.27 Fechar, retirar o espéculo e desprezar no lixo apropriado;
3.28 Realizar o exame da vulva e períneo, inspecionando para identificar possíveis
alterações, verificar a presença de lesões, verrugas ou feridas e orientar sobre a
prevenção de ISTs;
3.29 Retirar as luvas;
3.30 Higienizar as mãos conforme procedimento padrão de fricção antisséptica das mãos
ou higienização simples das mãos;
3.31 Desligar o foco de luz;
3.32 Auxiliar a usuária a descer da mesa ginecológica, encaminhando-a para vestir-se;
3.33 Orientar a usuária a agendar retorno conforme a rotina da Unidade de Saúde;
3.34 Recompor a unidade;
3.35 Realizar a solicitação de exame no SISCAN. Preencher corretamente os dados nos
formulários para requisição de exame, pois dados incompletos ou ausentes podem
comprometer a análise do material e rejeição da lâmina pelo prestador;
3.36 Registrar o procedimento conforme processo de enfermagem e médico no Sistema
Hygia. Inserir em lançamentos de procedimento o Código 0201020033 (Coleta de
material para exame citopatológico de colo uterino).

5 OBSERVAÇÃO
Recomendações para as 48 horas que antecedem a coleta:
 Não utilizar medicações intravaginais;
 Não utilizar duchas vaginais;
 Não manter relações sexuais, nem mesmo com uso de preservativo;
 Não ter realizado exames como: USG TV, toque vaginal;
 Não estar menstruada;
 Aguardar o 5° dia após o término da menstruação para realização da coleta;
Essas recomendações não se enquadram àquelas usuárias identificadas em situação de
prioridade, ou seja, mulheres que coletaram o exame citopatológico há mais de 03 anos.
Nesses casos o procedimento deve ser realizado de forma oportunística (imediata), salvo
a condição de gestante e fora da faixa etária estipulada, que terão a coleta realizada pelo
profissional médico, após avaliação.

139
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Coleta de citologia

SITUAÇÕES ESPECIAIS
 No caso de mulheres histerectomizadas, verificar se o colo foi mantido. Se houver colo,
o exame deve ser procedido regularmente, seguindo orientações do rastreamento
habitual;
 Em mulheres histerectomizadas sem colo uterino, não será realizado o procedimento;
 Na presença de pequeno sangramento não menstrual durante o procedimento, secar o
sangramento com gaze e proceder à coleta. Lembrar-se de avisar a usuária que isso
pode acontecer e que cessará sozinho.
 Em mulheres idosas, com vagina ressecada recomenda-se molhar o espéculo com
solução salina (SF 0,9%);
 Não lubrificar o espéculo com óleo, glicerina, creme, vaselina ou gel lubrificantes a base
de água;
 O exame não deve ser realizado em usuárias virgens, em qualquer faixa etária.
 Em mulheres com suspeita de gravidez realizar apenas coleta de material ectocervical.
Porém, cabe ao enfermeiro proceder ao teste rápido de gravidez, no caso de resultado
positivo, iniciar o pré-natal precocemente.
 No caso de usuárias grávidas, a coleta não é contraindicada. Entretanto, deve ser
realizado pelo profissional médico, conforme protocolo do Programa Saúde da Mulher
da Secretaria Municipal da Saúde da Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto.

Cuidados com o Fixador:


Observar o prazo de validade do fixador;
Homogeneizar o fixador antes do uso;
Não expor ao sol;
Manter o frasco sempre fechado para evitar evaporação.
Na fixação com spray de polietilenoglicol, deve-se borrifar a lâmina a uma distância de 20
cm. A lâmina deve estar em posição horizontal.

6 RESPONSABILIDADE
 Enfermeiro
 Médico

7 REGISTRO
Registrar: data e hora da realização do procedimento, intercorrências e providências
adotadas; orientações efetuadas; nome completo e registro de classe do responsável pelo
procedimento.

140
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Coleta de citologia

REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Controle dos cânceres do colo do útero e da mama.
Brasília: Ministério da Saúde, 2013. (Cadernos de atenção básica, n. 13).

FOSP. Fundação Oncocentro do Estado de São Paulo. Secretaria do Estado de Saúde de


São Paulo. Capacitação Teórico-Prática nas Ações de Rastreamento do Câncer Cervical. São
Paulo: Secretaria do Estado de Saúde de São Paulo, 2018.

DADOS DA VERSÃO
ELABORAÇÃO APROVAÇÃO
Lauren Suemi Kawata Karina Domingues de Freitas
Enfermeira. COREN-SP:126659 Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 0126266
Fátima Aparecida De Bonifácio Heck
Enfermeira. COREN-SP: 36492

Rita Canesin Dourado


Enfermeira. COREN-SP: 40742

Daniela Taysa Rodrigues Pimentel


Enfermeira. COREN-SP:107905

Patrícia Abrahão Curvo


Enfermeira. COREN-SP:0115657

Patrícia Lázara Serafim Campos Diegues


Enfermeira. COREN-SP: 112730

141
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Coleta de escarro para Teste Molecular Rápido (TMR)

Coleta de escarro para Teste Molecular Rápido (TMR)

1 OBJETIVO
Realizar coleta adequada de material para exame de TMR, para diagnóstico da
tuberculose.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO
Todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde
(UBDS), Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família (USF),
Serviço de Atenção Domiciliar (SAD), Ambulatórios Especializados, devem se
responsabilizar pela realização da busca ativa dos sintomáticos respiratórios, oferecendo
a coleta do escarro para TMR, para diagnóstico da Tuberculose.

3 MATERIAL
3.1 Solicitação de exame – SADT – preenchida pelo médico ou enfermeiro;
3.2 Pote de escarro
3.3 Luvas descartáveis
3.4 Lenço de papel ou papel toalha
3.5 Geladeira ou caixa de térmica para material biológico
3.6 Etiqueta com identificação

4 PROCEDIMENTO
4.1 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das
mãos ou higienização simples das mãos;
4.2 Reunir o material;
4.3 Identificar o pote coletor com etiqueta na parte externa do lado oposto à graduação,
contendo às seguintes informações: nome completo, Hygia e data da coleta;
4.4 Identificar e acolher o usuário;
4.5 Explicar ao usuário sobre o procedimento:
4.5.1 Antes de iniciar, pedir que higienize a cavidade oral com água (não usar creme
dental ou solução anti-séptica) e que lave as mãos; caso use prótese dentária
deve removê-la antes da coleta, entregar o pote identificado e fechado.
4.5.2 Orientações para coleta: Inspirar profundamente pelo nariz, reter o ar por alguns
instantes e expirar, repetir o procedimento três vezes, inspirar profundamente e
expirar com esforço de tosse, após tossir, abrir o pote e expectorar a secreção
dentro dele, sem encostar os lábios no pote, repetir o procedimento até que o
volume mínimo seja alcançado, o volume ideal é de 5 a 10 mL de escarro;
142
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Coleta de escarro para Teste Molecular Rápido (TMR)

4.5.3 Informar que o pote deve ser tampado e colocado em um saco plástico com a
tampa para cima, cuidando para que permaneça nessa posição;
4.5.4 Orientar o usuário a lavar as mãos após o procedimento;
4.5.5 As amostras devem ser coletadas em local aberto de preferência ao ar livre ou
em sala bem arejada;
4.5.6 Orientar o usuário sintomático respiratório a fazer uso de máscara cirúrgica.

5 OBSERVAÇÃO
 Preferencialmente, as amostras devem ser enviadas ao laboratório imediatamente após
a coleta, em caixas térmicas com gelo reciclável;
 Para aquelas amostras coletadas fora da rotina do transporte, conservá-la sob
refrigeração (geladeira ou caixa térmica com gelo) até que seja providenciado o
transporte. O material pode ficar acondicionado em geladeira por até 4 dias.
 Para o transporte de amostras, deve-se considerar o acondicionamento adequado para
evitar derramamento. Nunca colocar a requisição de exame juntamente com o pote,
anexá-las fora da caixa térmica.

6 RESPONSABILIDADE
 Auxiliar de Enfermagem: coleta e encaminhamento do exame, registro e notificação.
 Técnico em Enfermagem: coleta encaminhamento do exame, registro e notificação.
 Enfermeiro: Solicitação, coleta, encaminhamento do exame, registro e notificação.

7 REGISTRO
Registrar o procedimento no Sistema Hygia e anexar ao prontuário do usuário.

REFERÊNCIA
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de
Vigilância Epidemiológica. Tratamento diretamente observado (TDO) da tuberculose
na atenção básica: protocolo de enfermagem. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2011.

DADOS DA VERSÃO
ELABORAÇÃO APROVAÇÃO
Lis Aparecida de Souza Neves Karina Domingues de Freitas
Enfermeira. COREN-SP: 40 985 Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 0126266

143
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Coleta de teste do pezinho

Coleta de swab para identificação de SARS-CoV2 ou H1N1

1 OBJETIVO
Realizar coleta de swab naso-orofaríngeo para identificação de SARS-CoV 2 ou H1N1.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO
Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),
Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família
(USF), Serviço de Atenção Domiciliar (SAD), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência
(SAMU).

3 MATERIAL
3.1 2 unidades de Swabs estéreis, com haste de plástico, do tipo Rayon
(1 para nasofaringe direita e esquerda e 1 para orofaringe)
3.2 1 Tubo Falcon
3.3 Solução Fisiológica 0,9% (1 mL ou 3mL, a depender do laboratório)
3.4 Equipamentos de Proteção Individual (avental, máscara N95, óculos ou protetor
facial, gorro, luvas de procedimentos)
3.5 Etiqueta para identificação do tubo
3.6 Tesoura, se necessário

4 PROCEDIMENTO
4.23 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das
mãos ou higienização simples das mãos;
4.24 Reunir o material;
4.25 Realizar identificação do tubo Falcon:
- para Laboratório Adolfo Lutz: utilizar com etiqueta contendo nome completo e Hygia do
usuário;
- para Laboratório Municipal: o pedido do exame é feito pelo Sistema Hygia. Acessar o
menu requisições. Requisitar o exame para Laboratório Municipal COVID. Gerar amostra
e lote. Imprimir a requisição e um par de etiquetas com código de barras. Colar uma das
etiquetas no tubo alinhada na posição vertical sem rugas, e outra etiqueta na guia do exame
impressa pelo Sistem Higya.
4.26 Realizar paramentação na seguinte sequência: avental, máscara N95, óculos ou
protetor facial, gorro, luvas de procedimentos;

144
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Coleta de teste do pezinho

4.27 Identificar o usuário, perguntando seu nome completo;


4.28 Confirmar se o usuário atende aos critérios para coleta de material para identificação
de SARS CoV-2 ou H1N1;
4.29 Explicar o procedimento ao usuário;
4.30 Posicionar o usuário (deitado ou sentado com a cabeça levemente inclinada para
trás);
4.31 Introduzir o swab de Rayon na narina (cerca de 5 cm), direcionando para cima
(direção dos olhos), com uma angulação de 30 a 45°em relação ao lábio superior).
A coleta deve ser realizada com a fricção do swab na região posterior do meato nasal
tentando obter um pouco das células da mucosa;

Fonte: BRASIL, 2016


4.1 Remover o swab do nariz do usuário, repetir o procedimento com o mesmo swab
na outra narina
4.2 Introduzir o swab imediatamente no tubo Falcon;
4.3 Utilizar o segundo swab para coleta na área posterior da faringe e tonsilas, evitando
tocar na língua;

Fonte: BRASIL, 2016

4.4 Remover o swab da cavidade oral do usuário e introduzi-lo imediatamente no tubo


Falcon;
4.5 Para Laboratório Adolfo Lutz: inserir 3 mL de Solução Fisiológica 0,9% no tubo
Falcon;
Para Laboratório Municipal: inserir 1 mL Solução Fisiológica 0,9% no tubo Falcon;
145
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Coleta de teste do pezinho

4.6 Se necessário, utilize a tesoura para aparar as hastes dos swabs;


4.7 Lacrar o tubo Falcon;
4.8 Realizar desparamentação na seguinte sequência: luvas, avental, higienizar as
mãos, gorro, óculos ou protetor facial, higienizar as mãos, máscara, higienizar as
mãos.
4.9 Para Laboratório Adolfo Lutz, preencher o GAL e ficha de notificação.
4.10 Enviar para laboratório o material coletado e identificado junto com a ficha de
requisição (do GAL para Laboratório Adolfo Lutz e do Sistema Hygia para
Laboratório Municipal) e ficha de notificação.
4.11 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das
mãos ou higienização simples das mãos;
4.12 Registrar o procedimento.

5 OBSERVAÇÃO
A coleta deve ser realizada do 3° ao 7º dia de início dos sintomas.
O envio das amostras ao Laboratório Municipal deve seguir critérios estabelecidos no
“Protocolo de encaminhamento de amostras para diagnóstico de Covid-19 nas
Unidades da Secretaria Municipal de Saúde de Ribeirão Preto – Convênio FIPASE”.
As amostras devem permanecer em geladeira até o envio ao Laboratório e poderão ser
mantidas em geladeira até 72 horas.

6 RESPONSABILIDADE
 Auxiliar de enfermagem, se capacitado
 Técnico de enfermagem, se capacitado
 Enfermeiro
 Médico
 Cirugião-Dentista

7 REGISTRO
Registrar o procedimento realizado, data e horário do procedimento, carimbo e assinatura
de quem realizou a técnica em prontuário ou Ficha de Atendimento Ambulatorial.

146
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Coleta de teste do pezinho

REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento


de Vigilância das Doenças Transmissíveis. Guia para a Rede Laboratorial de
Vigilância de Influenza no Brasil [recurso eletrônico]. Brasília: Ministério da
Saúde, 2016.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Primária à Saúde.


Departamento de Saúde da Família. Coordenação-Geral de Saúde Bucal. Nota
técnica nº 16/2020-CGSB/DESF/SAPS/MS. Assunto - covid-19 e atendimento
odontológico no SUS. Brasília: Ministério da Saúde, 2020.

DADOS DA VERSÃO
ELABORAÇÃO APROVAÇÃO
Elaine Cristina Manini Minto Karina Domingues de Freitas
Farmacêutica. CRF: 15.217 Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 0126266
Camila Balsero Sales
Enfermeira. COREN-SP: 76434

Lauren Suemi Kawata


Enfermeira. COREN-SP: 126659

ATUALIZAÇÃO 1 APROVAÇÃO -1
Lauren Suemi Kawata Karina Domingues de Freitas
Enfermeira. COREN-SP: 126659 Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 0126266
ATUALIZAÇÃO 2 APROVAÇÃO -2
Lauren Suemi Kawata Karina Domingues de Freitas
Enfermeira. COREN-SP: 126659 Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 0126266

Artur Rocha Martini


Chefe da Divisão de Odontologia
CROSP:44329

147
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Coleta de teste do pezinho

Coleta do teste do pezinho

1 OBJETIVO
Colher material para realização do teste do pezinho nos recém-nascidos.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO
Unidades Básicas de Saúde (UBS) e Unidades de Saúde da Família (USF)

3 MATERIAL
3.1 Caixa organizadora contendo
3.2 Papel filtro
3.3 Algodão ou gaze
3.4 Álcool a 70%
3.5 Luvas de procedimento
3.6 Lancetas
3.7 Dispositivo para contenção de sangramento

4 PROCEDIMENTO
4.1 Acolher o binômio mãe/bebê no local para coleta do teste do pezinho, que pode ser
realizada em qualquer ambiente, não exigindo sala específica para o procedimento;
Explicar o que é o teste do pezinho e quais suas finalidades;
4.2 Orientar a mãe a colocar o recém-nascido para amamentar alguns minutos antes do
procedimento (caso esteja em aleitamento materno), pois o procedimento poderá ser
realizado com a criança amamentando, o que diminui a sensação álgica no recém-
nascido;
4.3 Se o recém-nascido não estiver em aleitamento materno, o procedimento deve ser
realizado com a mãe segurando o bebê em posição de arroto;
4.4 Preencher corretamente com caneta azul ou preta todos os dados contidos no cartão
de coleta do teste do pezinho. Não deixar nenhum dado em branco.
4.5 Realizar higiene das mãos conforme procedimento operacional de fricção
antisséptica das mãos ou higienização simples das mãos;
4.6 Calçar luvas de procedimentos após ter preenchido os dados do cartão de coleta;
4.7 Expor o calcâneo do recém-nascido que será realizado a punção;
4.8 Observar se o pé do recém-nascido está aquecido. Em épocas de frio, aconselha-se,
caso necessário, utilizar bolsa térmica ou imergir o pé do recém-nascido em cuba
148
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Coleta de teste do pezinho

com água morna para favorecer a vasodilatação e o fluxo sanguíneo; após, seque o
pé do recém-nascido;
4.9 Determinar o local a ser puncionado, observando o local ideal para a punção;

Fonte: Brasil (2016)

4.10 Fazer a assepsia do local usando algodão ou gaze embebida em álcool 70 %; retirar
o excesso de álcool 70% com o algodão ou gaze secos ou deixe o local secar
espontaneamente; puncionar o local com a lanceta estéril específica fornecida pelo
laboratório de screening do HCRP;

Fonte: Brasil (2016)


Desprezar sempre a primeira gota de sangue com o auxilio de uma gaze ou algodão;

4.11 Encostar gentilmente o lado do papel filtro na gota de sangue, sem esfregar. Permita
que o sangue seja absorvido, preenchendo totalmente os círculos e fique
completamente visível ao outro lado do papel filtro; durante o procedimento evite
espremer o pé do recém-nascido o que pode ocasionar hemólise da amostra do
sangue e mistura com fluidos tissulares e inviabilizar a realização dos testes;
149
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Coleta de teste do pezinho

Fonte: Brasil (2016)

4.12 Terminada a coleta, pressione levemente o local puncionado com algodão ou gaze
para conter o sangramento e colocar o dispositivo de proteção local e contenção do
sangramento (discreto curativo);
4.13 Os materiais utilizados na coleta devem ser descartados seguindo-se as normas de
descarte de material biológico e resíduos infectocontagioso;
4.14 Entregar o comprovante de coleta do teste do pezinho aos pais e orientar sobre o
prazo para retirada do resultado do exame;
4.15 Colocar o cartão de coleta com o sangue coletado em local apropriado para secagem
por pelo menos duas horas, longe de fontes emissoras de calor como estufas,
aquecedores, ar condicionado ou Liz direta do sol;
4.16 Depois de secos, manter os cartões com sangue coletados na geladeira protegidos
da umidade, em sacos plásticos fechados e caixa plástica com tampa até serem
enviados ao laboratório de referência;
4.17 Antes de enviar os exames coletados para o laboratório de referência, preencher a
guia de envio de remessa, contendo o nome/dados de todos os exames enviados
(uma via desta guia deve ser enviada junto com os exames);

5 OBSERVAÇÃO
Todo o material necessário para a coleta do teste do pezinho fica armazenado na caixa
organizadora de plástico resistente com tampa, padronizada para todas as Unidades de
Saúde que realizam o procedimento. Esta caixa deve ser lavada com água e sabão neutro
e realizada a desinfecção com produto padronizado pela CCI-SMS a cada 30 dias.

150
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Coleta de teste do pezinho

6 RESPONSABILIDADE
 Auxiliar de enfermagem
 Técnico em Enfermagem
 Enfermeiro

7 REGISTRO
Registrar anotação em ficha de atendimento e/ou no Sistema Hygia, e lançar procedimento
no sistema.

REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Saúde da criança: crescimento e desenvolvimento. Brasília,
DF: Ministério da Saúde, 2012. (Cadernos de atenção básica, n. 33).

BRASIL. Ministério da Saúde. Triagem neonatal: deficiência de biotinidase. Brasília, DF:


Ministério da Saúde, 2015.

BRASIL. Ministério da Saúde. Triagem neonatal: hiperplasia adrenal congênita. Brasília,


DF: Ministério da Saúde, 2015.

BRASIL. Ministério da Saúde. Triagem neonatal biológica: manual técnico. Brasília, DF:
Ministério da Saúde, 2016.

DADOS DA VERSÃO
ELABORAÇÃO APROVAÇÃO
Waldomiro Roberto Tavares Karina Domingues de Freitas
Enfermeiro. COREN-SP: 70350 Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 0126266

151
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Conferência de carro/caixa de emergência

Conferência de carro/caixa de emergência

1 OBJETIVO
Padronizar a conferência do carro/ caixa de emergência a fim de garantir o funcionamento
adequado do monitor/desfibrilador e a manutenção do controle dos materiais e
medicamentos padronizados para o carro/ caixa de emergência.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO
Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),
Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família
(USF), Ambulatórios.

3 MATERIAL
3.1 Check list
3.2 Caneta
3.3 Lacre
3.4 Pasta

4 PROCEDIMENTO
4.1 O Enfermeiro deverá escalar um técnico/auxiliar de enfermagem para conferência
dos lacres diariamente das caixas/carro de emergência.
4.2 O Técnico ou Auxiliar de Enfermagem deverá conferir o número do lacre de
emergência diariamente e anotar no check list ANEXO 1 (Conferência de Lacre),
se o número do lacre for o mesmo que estiver anotado anteriormente no check list,
anotar novamente o número do lacre.
4.3 Se o número do lacre for diferente do que estiver anotado no check list anterior, o
técnico ou auxiliar de enfermagem deverá verificar se existe justificativa da troca do
lacre. Caso não tenha deverá conferir novamente e colocar novo lacre.
4.4 Mensalmente, a equipe de enfermagem, deverá realizar uma checagem geral,
romper o lacre e realizar a conferência sistemática do carro/caixa de emergência,
contando e checando todos os itens e repondo os necessários, verificando
principalmente QUANTIDADE E DATA DE VALIDADE (ANEXO 2 – 3)
4.5 Trimestralmente, a equipe da farmácia, deverá conferir sistematicamente todos os
itens, no que diz respeito à data de validade e lote, repondo os necessários (controle
qualitativo de materiais e medicamentos do Carro/caixa de emergência).

152
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Conferência de carro/caixa de emergência

4.6 Nas UBS, USF e Centros de Referência uma vez por semana realizar o teste do
laringoscópio e demais equipamentos existentes (ANEXO 6) e conferência dos kits
de procedimento (ANEXO 4).
4.7 Nas UBDS e UPA uma vez por plantão testar o laringoscópio e todos os outros
equipamentos incluindo régua de gases, medicamentos, Kits de enfermagem que
compõem a sala de emergência. (ANEXO 5).

5 OBSERVAÇÃO

Ações em caso de Não Conformidade:


5.1 Caso na conferência esteja faltando qualquer material, medicamento e se detectar o
mau funcionamento do laringoscópio ou do ambú comunicar ao Enfermeiro para
reposição imediata;
5.2 Qualquer intercorrência no funcionamento dos equipamentos comunicar ao
Enfermeiro para solicitar avaliação imediata da manutenção e substituição do
equipamento.

ATENÇÃO:
5.3 Quando utilizado em situação de emergência, deverá ser conferido, reposto e lacrado
logo após o uso.
5.4 Todos medicamentos com vencimento nos próximos 3 meses deverão ser
encaminhados à farmácia para a troca;
5.5 Na conferencia deverá ser testado o funcionamento do laringoscópio e do Ambú.

6 RESPONSABILIDADE
 Enfermeiro: escalar técnico ou auxiliar de enfermagem para conferência dos lacres.
Controle rigoroso dos psicotrópicos e demais itens do carro de emergência. Teste dos
equipamentos da sala de emergência.
 Técnico ou Auxiliar de Enfermagem: realizar a conferencia dos lacres, auxiliar na
conferencia mensal e reposição dos materiais e medicamentos necessários.

7 REGISTRO
Realizar todas as anotações nos referenciandos Check List e Anexos 1, 2, 3, 4, 5 e 6.
Os Check List deverão ser arquivados na Unidade por um ano e depois encaminhados ao
Arquivo Central.

153
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Conferência de carro/caixa de emergência

REFERÊNCIAS
CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SÂO PAULO. Parecer COREN-SP CT
037/2013. PRCI nº 100.547, de 10 de julho de 2013. Ementa: carro de emergência:
composição, responsabilidade pela montagem, conferência e reposição. Disponível em:
<https://portal.coren-sp.gov.br/sites/default/files/parecer_coren_sp_2013_37.pdf>. Acesso
em : 10 ago. 2015.

RIBEIRÃO PRETO. Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto. Secretaria da Saúde.


Protocolos de atendimento de urgência e emergência SAMU- Ribeirão Preto, SP.
Disponível em:
<http://www.ribeiraopreto.sp.gov.br/ssaude/programas/samu/i16protocolo.php>. Acesso
em: 15 jun 2015.

DADOS DA VERSÃO
ELABORAÇÃO APROVAÇÃO
Maria de Fátima Paiva Brito Eliana Maria Fernandes de Aguiar Tonetto
Enfermeira. COREN-SP:44331 Chefe da Divisão de Enfermagem – SMS
COREN-SP: 39113
Anazilda Carvalho da Silva
Enfermeira. COREN-SP: 46149

ATUALZAÇÃO - 1 APROVAÇÃO - 1
Maria de Fátima Paiva Brito Karina Domingues de Freitas
Enfermeira. COREN-SP:44331 Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 0126266

154
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Conferência de carro/caixa de emergência

ANEXO 1

CHECK LIST CONFERÊNCIA DOS CARROS/CAIXA URGÊNCIA UBS/USF


Ribeirão Preto – SP
Mês: Ano: Unidade:

DATA HORÁRIO Nº LACRE ASSINATURA OBSERVAÇÃO


1
2
3

7
8

10

11
12

13

14
15

16
17
18
19
20

LEGENDA
Tipos de Ocorrências
1 Atendimento 5 lacre encontrado rompido
2 Limpeza 6 Aguardando reposição de medicamento
3 Conferência 7 Aguardando reposição de material
4 Auditoria 8 Falta de lacre

155
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Conferência de carro/caixa de emergência

ANEXO 2
CHECK LIST CONFERÊNCIA DOS CARROS/CAIXA URGÊNCIA UBS/USF/
CENTROS DE REFERÊNCIA
Ribeirão Preto – SP
Mês: Ano: Unidade:
QTD MATERIAL VALIDADE C NC OBS
Ambú adulto c/ máscara
Ambú infantil c/ máscara
Máscara p/ O2 adulto
Máscara p/ O2 infantil
GUEDEL 1

GUEDEL 2

GUEDEL 3

GUEDEL 4

ABOCATH 14

ABOCATH 16

ABOCATH 18

ABOCATH 20

ABOCATH 22

ABOCATH 24

AGULHA 40X16

AGULHA 25X0,8
EQUIPO
MACROGOTAS
EQUIPO
MICROGOTAS
ESPARADRAPO/
MICROPORE
GARROTE

SERINGA 5mL

SERINGA 10mL

SERINGA 20mL

TESOURA

TORNEIRINHA

CADARÇO DE ALGODÃO

GEL PARA DESFIBRILAÇÃO

ELETRODOS

FIO GUIA AD.

FIO GUIA INF.

LANTERNA
LARINGOSCÓPIO
AD E INF.
TOT 2,5

TOT 3,0

TOT 3,5

TOT 4,0

156
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Conferência de carro/caixa de emergência

CHECK LIST CONFERÊNCIA DOS CARROS/CAIXA URGÊNCIA


UBS/USF/CENTROS DE REFERÊNCIA
Ribeirão Preto – SP

Mês: Ano: Unidade:


TOT 4,5

TOT 5,0

TOT 5,5

TOT 6,0

TOT 6,5

TOT 7,0

TOT 7,5

TOT 8,0

TOT 8,5

RESPONSÁVEL: NOME/COREN

157
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Conferência de carro/caixa de emergência

ANEXO 3
CHECK LIST CONFERÊNCIA DOS MEDICAMENTOS E PSICOTRÓPICOS DO CARRO/CAIXA
EMERGÊNCIA UBS/USF/ CENTROS DE REFERÊNCIA - Ribeirão Preto – SP
Mês: Ano: UNIDADE:

QTD MATERIAL VALIDADE C* NC* OBS

15 ADRENALINA
01 AAS 100 MG
cartela
01 ATENSINA 0,10 mg (Clonidina)
cartela
08 ATROPINA

02 BICARBONATO DE SÓDIO amp


01 CAPTOPRIL 25 mg
cartela
02 CLORIDRATO DE HIDRALAZINA

05 DEXAMETASONA (Decadron)
05 DOPAMINA
FUROSEMIDA
05

08 GLICOSE 50%
01 GLUCONATO DE CALCIO
04 HIDROCORTIZONA 500 MG(
Solucortef)
01 ISOSSORBIDA 5 MG (Isordil)
cartela
02 PROMETAZINA (Fernergan)
03 TERBUTALINA (Brycanil)
10 SF 0,9% AMP

02 S. RINGER C/ LACTATO
02 MANITOL

02 BICARBONATO DE SÓDIO FRASCO


04 SULFATO DE MAGNÉSIO 10%
PSICOTRÓPICOS

02 CLORPROMAZINA (Amplictil)
02 DIAZEPAM 10 mg injetável
03 FENITOÍNA (Hidantal)

02 FENOBARBITAL(Gardenal)
01 FLUMAZENIL
02 HALOPERIDOL (Haldol)
2 MIDAZOLAN (Dormonid)
2 MORFINA
4 TRAMADOL (Tramal)

10 DIAZEPAM 5 mg comp
10 DIAZEPAM 10 mg comp
NOME *Legenda:
COREN C = Conforme
NC = Não
Conforme

158
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Conferência de carro/caixa de emergência

ANEXO 4

CHECK LIST CONFERÊNCIA DOS KITS E MATERIAIS SALA DE URGÊNCIA UBS/USF e Centros de
REFERÊNCIA - Secretaria Municipal da Saúde de Ribeirão Preto - SP

Mês: Ano: Unidade:


QTD MATERIAL VALIDADE C NC OBS

KIT SONDA NASOGÁSTRICA


SNG 08

SNG 10

SNG 12

SNG 14

SNG 16

SNG 18

SNG 20

CORDONÊ

LIDOCAÍNA GEL

SERINGA 20 mL

ASPIRAÇÃO VIAS AÉREAS

FRASCO COLETOR

S. URETRAL 06

S. URETRAL 08

S. URETRAL 10

S. URETRAL 12

S. URETRAL 14

S. URETRAL 16

GAZE ESTÉRIL

SF 0,9% AMP

159
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Conferência de carro/caixa de emergência

KIT CATETERISMO VESICAL

SONDA FOLEY 12,14,16

BOLSA COLETORA

KIT CAT VESICAL

GAZE ESTÉRIL

LIDOCAÍNA GEL

SERINGA 20 mL

AGULHA 25X0,8

AD

LUVAS CIRÚRGICAS

KIT PARTO + ASSIST. AO RN

AVENTAL DESC.

MÁSCARA CIR.

LUVAS CIRÚRGICAS

CAMPO PARTO

TESOURA ESTÉRIL OU KIT PC

COMPRESSA ZOBEC

GAZE ESTÉRIL

TOUCA ALGODÃO

MANTA TÉRMICA

CORD-CLAMP

PULSEIRA IDENT.

S. URETRAL

AMBÚ NEONATAL

160
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Conferência de carro/caixa de emergência

SOLUÇÕES

SF 0,9% 100 mL

SF 0,9% 500 mL

RINGER LACTATO

SG 5% 500 mL

MANITOL

BIC SÓDIO

COMPRESSAS E FAIXAS

GAZE ESTÉRIL

ZOBEC

FAIXA CREPOM 10cm

FAIXA CREPOM 12cm

FAIXA CREPON 15 cm

COLAR CERVICAL

TAMANHO PP

TAMANHO P

TAMANHO M

TAMANHO G

RESPONSÁVEL
NOME/COREN

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162
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Conferência de carro/caixa de emergência

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Conferência de carro/caixa de emergência

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Conferência de carro/caixa de emergência

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Conferência de carro/caixa de emergência

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Conferência de carro/caixa de emergência

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Conferência de carro/caixa de emergência

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Conferência de carro/caixa de emergência

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Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Conferência de carro/caixa de emergência

170
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Conferência de carro/caixa de emergência
ANEXO 6
PLANILHA DE CONFERÊNCIA DIÁRIA MATERIAL DE URGÊNCIA - CAPS 3
Carinho da sala de urgência
Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto Divisão de Enfermagem
FUNCIONAMENTO FUNCIONAMENTO
Nº DO LACRE DO CARRINHO ASSINATURA E CARIMBO DO
DATA HORA DO ASPIRADOR DO DESFIBRILADOR OBSERVAÇÃO
DE URGÊNCIA RESPONSÁVEL
S (SIM) N (NÃO) S (SIM) N (NÃO)

171
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Conferência de carro/caixa de emergência

ANEXO 7
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIBEIRÃO PRETO SECRETARIA MUNICIPAL DA SAÚDE

CONFERÊNCIA DESFIBRILADOR/ LARINGOSCÓPICO ANEXO 6

MÊS: DATA: UNIDADE:


QTD C NC OBS
CONFERENCIA DO DESFIBRILADOR
MARCAS: ECAFIX /
ITENS
1-Limpeza externa do Desfibrilação
2-Cabos e conectores integros e desembaraçados
3-Cabo conectado na rede elétrica- Led de rede aceso
4-Bateria carregada - Led de Bateria aceso.
5-Carregando na potencia maxima (360 joules)
6-Carregando na potencia (30 joules) P/ Marca ZOLL
7-Teste das Pás adequado - Led de teste aceso
8-Pás limpas e sem corrosão
9-Eletrodos conectados nos cabos
10-Gel condutor ao lado do Desfibrilador
11-Derivação D - I I / Onda 2N / Velocidade 25 mm/s
CONFERÊNCIA DO LARINGOSCÓPIO
ITENS
1-Limpeza dos cabos e lâminas
2- Lâminas sem corrosão
3- Lânimas com lâmpadas
4- Cabo com pilhas
5- Teste do cabo com lâminas funcionando

172
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Conferência de carro/caixa de emergência

*Legenda: C = Conforme / NC = Não Conforme


RESPONSÁVEL NOME/COREN

173
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Cuidados com o corpo pós-morte: preparo e encaminhamento

Cuidados com o corpo pós-morte: preparo e encaminhamento

1 OBJETIVO
Manter o corpo limpo e identificado. Evitar a saída de odores e secreções.
Dispor o corpo em posição adequada antes da rigidez cadavérica.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO
Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),
Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família
(USF), Serviço de Atenção Domiciliar (SAD).

3 MATERIAL
3.1 Equipamentos de Proteção Individual (máscara cirúrgica, óculos protetor, avental e
luvas de procedimento)
3.2 Bandeja
3.3 Biombo
3.4 Algodão e/ou gaze não esterilizada
3.5 Tesoura
3.6 Fita Crepe
3.7 Faixa crepe
3.8 Lençol
3.9 Fita adesiva ou esparadrapo com identificação do usuário (nome completo e Hygia)
ou pulseira de identificação
3.10 Hamper
3.11 Maca

4 PROCEDIMENTO DE ENCAMINHAMENTO
4.1 Médico constata o óbito;
4.2 Médico e/ou enfermeiro comunica o óbito para a família, solicita documento de
identificação com foto do usuário e orienta familiares a providenciar a funerária;
4.3 Médico preenche a guia de encaminhamento ao Serviço de Verificação de Óbito –
SVO (morte natural) ou Instituto Médico Legal - IML (morte violenta e/ou acidental)
em duas vias, devendo uma ser entregue à funerária para fins de registro de Boletim
de Ocorrência (B.O). A outra via deve permanecer na unidade com o registro do
número do B.O e ser anexada ao prontuário após preenchimento do campo
“Transporte do Corpo” e retirada do corpo da unidade;

174
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Cuidados com o corpo pós-morte: preparo e encaminhamento

PROCEDIMENTO DE PREPARO DO CORPO


4.4 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das
mãos ou higienização simples das mãos;
4.5 Colocar EPI;
4.6 Reunir o material;
4.7 Desligar todos os equipamentos após constatação escrita do óbito pelo médico
responsável;
4.8 Identificar o usuário;
4.9 Oferecer ao acompanhante a opção de ver o corpo e despedir-se do usuário;
4.10 Posicionar o corpo em decúbito dorsal;
4.11 Retirar sondas, cateteres, drenos, dispositivos agulhados, traqueostomia (caso
necessário);
4.12 Proceder à higiene do corpo, quando necessário;
4.13 Realizar curativos oclusivos externos nos locais necessários;
4.14 Manter o corpo em decúbito horizontal dorsal com braços fletidos sobre o tórax;
4.15 Fixar mandíbula com faixa crepe, amarrando-a no alto da cabeça;
4.16 Unir as mãos do cadáver, mantendo-as unidas pelos punhos, com faixa crepe sobre
a parte superior do abdome, na altura da cintura;
4.17 Juntar os pés, mantendo-os unidos pelos tornozelos com faixa crepe;
4.18 Proceder à identificação fixando-a no corpo do usuário.
4.19 Envolver o corpo do usuário com lençol, cobrindo-o completamente e fechando com
a fita crepe;
4.20 Fixar a etiqueta de identificação do cadáver, por fora do corpo, sobre o lençol,
devidamente preenchida, com fita adesiva tipo crepe, entre os joelhos e os pés do
cadáver;
4.21 Encaminhar corpo para o morgue, se houver ou aguardar a funerária.
4.22 Entregar os pertences do usuário ao acompanhante;
4.23 Providenciar a limpeza e desinfecção do local conforme procedimento operacional
da Divisão de Enfermagem.

5 OBSERVAÇÃO
SAMU: seguir protocolo de atendimento ao óbito.
Em horário de funcionamento do SAD, em caso de óbito de seus usuários, o atestado de
óbito poderá ser emitido pelo médico da equipe que o acompanhava.

175
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Cuidados com o corpo pós-morte: preparo e encaminhamento

6 RESPONSABILIDADE
 Auxiliar de Enfermagem (somente procedimento de preparo do corpo)
 Técnico de Enfermagem (somente procedimento de preparo do corpo)
 Enfermeiro
 Médico

7 REGISTRO
Registrar na ficha de atendimento o número do boletim de ocorrência.
Registrar anotação em ficha de atendimento e no Sistema Hygia.

176
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Cuidados com o corpo pós-morte: preparo e encaminhamento

REFERÊNCIAS
CHEREGATTI, A. L. et al. Técnicas de Enfermagem. São Paulo: Rideel, 2009.

CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SÃO PAULO. Parecer COREN-SP


003/2016 – CT, de 21 de março de 2016. Ementa: competência do enfermeiro na
comunicação de óbito do paciente. Disponível em: <https://portal.coren-
sp.gov.br/sites/default/files/Parecer%20003.2016%20ENF%20comunicar%20%C3%B3bit
o.pdf>. Acesso em: 15 mai 2019.

OLIVEIRA, R. G. Blackbook Enfermagem. Belo Horizonte: Blackbook, 2016.

POTTER, P. A. et al. Fundamentos de Enfermagem. 9. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2018

DADOS DA VERSÃO
ELABORAÇÃO APROVAÇÃO
Daniela Moré Gorzílio Karina Domingues de Freitas
Enfermeira. COREN-SP: 0102183 Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 0126266

177
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Curativo

Curativo

1 OBJETIVO
Realizar técnica de curativo.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO
Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),
Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família
(USF), Serviço de Atenção Domiciliar (SAD), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência
(SAMU).

3 MATERIAL
3.1 Bandeja
3.2 Kit para curativo estéril, composto por 3 pinças (hemostática, dente de rato e
anatômica);
3.3 Frasco de solução fisiológica 0,9% de 250mL ou 500 mL em temperatura ambiente;
3.4 Agulha 25 x 0,8 mm ou 40 x 1,6 mm;
3.5 Pacotes de gaze estéril;
3.6 Caixa plástica contendo coberturas padronizadas pela SMS;
3.7 Faixa crepe (10 ou 15 cm, conforme necessidade);
3.8 Esparadrapo, fita microporosa, fita crepe;
3.9 Luvas de procedimentos e estéreis;
3.10 Réguas de papel;
3.11 Espátula;
3.12 Lâmina de bisturi (se necessário);
3.13 Tesoura;
3.14 Papel toalha;
3.15 Equipamentos de Proteção Individual (avental, máscara cirúrgica, óculos de
proteção, gorro)

4 PROCEDIMENTO
4.1 Reunir todo o material necessário em uma bandeja;
4.2 Orientar o usuário quanto ao procedimento a ser realizado;
4.3 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das
mãos ou higienização simples das mãos;
4.4 Abrir o pacote de curativos ou instrumentais (pinças) com técnica estéril;
4.5 Calçar a luva estéril conforme procedimento operacional padrão e utilizar
instrumentais;
178
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Curativo

4.6 Colocar o usuário em posição adequada, expondo apenas a área a ser tratada;
4.7 Remover cuidadosamente o curativo anterior com pinça, caso haja aderência aos
tecidos recém-formados, umedeça-o com solução fisiológica a 0,9% até que se
desprenda. Este cuidado reduz as chances de traumatizar o tecido de granulação no
leito da ferida;
4.8 Observar o curativo anterior, quanto às características do exsudato;
4.9 Realizar a limpeza do membro e das adjacências da ferida, com sabonete neutro e
água corrente (encanada e tratada pelo serviço de abastecimento, ou então fervida),
se necessário.
4.10 Trocar /calçar as luvas de procedimentos e se necessário a estéril;
4.11 Realizar a limpeza da ferida com jatos de solução fisiológica a 0,9%, mediante a uma
única perfuração no frasco com uma agulha de calibre 30x0,8 ou 40x1,6
preferencialmente morno ou em temperatura ambiente.
4.12 Secar a pele peri-lesão com gaze
4.13 Remover tecido desvitalizado solto com lâmina (tamanho) e com cuidado para não
provocar sangramento, se necessário (procedimento privativo do enfermeiro);
4.14 Realizar a mensuração com a régua de papel e registro fotográfico (esse último
sempre que possível), dependendo do tamanho da ferida, pode ser mensurada a
cada 15 dias ou semanal;
4.15 Realizar avaliação da fase da ferida e o tipo de tecido presente no leito da ferida, e
escolher a cobertura mais indicada;
4.16 Aplicar a cobertura escolhida;
4.17 Ocluir o curativo, conforme necessidade (cobertura secundária, gazes, compressas
algodoada, ataduras e bota de Unna);
4.18 Reposicionar o usuário confortavelmente;
4.19 Remover todo o material usado e dispense-o em local específico;
4.20 Higienizar as mãos;
4.21 Agendar retorno para nova avaliação;
4.22 Registrar o procedimento no prontuário domiciliar e do serviço.

5 OBSERVAÇÃO
Para a realização de curativos, há a possibilidade de escolher a técnica estéril ou limpa
considerando características da ferida, riscos de contaminação da lesão, características do
usuário e local da realização do curativo.
Para realização de curativo no domicílio e em lesões de pele por queimaduras, consultar o
Manual de Assistência Integral às Pessoas com Feridas – SMS/RP (RIBEIRÃO PRETO,
2011).
179
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Curativo

Quando é necessário o uso de instrumentos de corte, como tesouras e bisturi, a remoção


mecânica assume características de desbridamento instrumental, tornando-se um
procedimento especializado cabível ao enfermeiro com treinamento específico (Resolução
COFEN n. 501/2015) ou estomaterapeuta e aos médicos.

6 RESPONSABILIDADE
 Auxiliar de enfermagem
 Técnico em Enfermagem
 Enfermeiro
 Médico

7 REGISTRO
Registrar o procedimento realizado, aceitação ou recusa do usuário, data e horário do
procedimento carimbo e assinatura de quem realizou a técnica em prontuário ou Ficha de
atendimento ambulatorial. Em domicilio, documentar em prontuário domiciliar.

REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Hospital alemão Oswaldo Cruz. Orientações para o
cuidado do usuário no ambiente domiciliar. Brasília: Ministério da Saúde, 2018.
Disponível em: <
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/orientacoes_cuidado_paciente_ambiente_dom
iciliar.pdf>. Acesso em: 19 mai 2019.

PAULA, M. A. B.; PAULA, P. R.; CESARETI, I. U. R. (Org.).


Estomaterapia em foco e o cuidado especializado. São Caetano do Sul: Yendis,
2014.

POTTER, P. A. et al. Fundamentos de Enfermagem. 9. ed. Rio de Janeiro: Elsevier,


2018.

RIBEIRÃO PRETO (Cidade). Secretaria Municipal da Saúde. Manual de assistência


integral às pessoas com feridas. Ribeirão Preto: SMS, 2011.

DADOS DA VERSÃO
ELABORAÇÃO APROVAÇÃO
Emília Maria Paulina Campos Chayamiti Karina Domingues de Freitas
Enfermeira. COREN-SP: 44546 Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 0126266
ATUALIZAÇÃO – 1 APROVAÇÃO - 1
Emília Maria Paulina Campos Chayamiti Karina Domingues de Freitas
Enfermeira. COREN-SP: 44546 Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 0126266
Miriã Avelino Prado
Enfermeira. COREN-SP: 81737

180
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Curativo com terapia compressiva inelástica – bota de Unna

Curativo com terapia compressiva inelástica - bota de Unna

1 OBJETIVO
Realizar técnica de curativo associando a terapia compressiva inelástica.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO
Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),
Ambulatórios, Unidades de Saúde da Família (USF), Serviço de Atenção Domiciliar (SAD).

3 MATERIAL
3.1 Biombo;
3.2 Material para curativos;
3.3 Sabonete e papel toalha;
3.4 Tesoura ponta arredondada (retirada de gesso);
3.5 Pasta de Unna;
3.6 Recipiente em alumínio para banho-maria, identificado para bota de Unna;
3.7 Espátulas estéreis;
3.8 Faixas elástica e crepom;
3.9 Compressa algodonada;
3.10 Pincel comum largo;
3.11 Fita crepe;
3.12 Luvas de procedimentos;
3.13 Equipamentos de Proteção Individual.

4 PROCEDIMENTO
4.1 Reunir todo o material necessário, conforme o ambiente (domicílio / unidade de
saúde);
4.2 Acolher e orientar o usuário quanto ao procedimento a ser realizado;
4.3 Utilizar o recipiente de alumínio para derreter a pasta de Unna, com pote semiaberto,
em banho-maria, até diluição total do produto, ou em forno micro-ondas a cada 30
segundos para total diluição sem transbordar o frasco;
4.4 Manter a privacidade do usuário, colocar biombo se necessário;
4.5 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das
mãos ou higienização simples das mãos;
4.6 Calçar as luvas de procedimentos e outros EPI´s;

181
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Curativo com terapia compressiva inelástica – bota de Unna

4.7 Remover o curativo anterior, utilizando tesoura de ponta arredondada, em posição


contralateral à localização da ferida;
4.8 Realizar curativo, conforme procedimento operacional padrão; com higienização da
perna a partir da região infra patelar até a base dos dedos, interdigítos e região
plantar; seguindo sempre a cobertura primária segundo a avaliação pelo protocolo
da SMS – PMRP;
4.9 Posicionar o usuário deitado, preferencialmente, com pé em posição anatômica a 90
graus;
4.10 Iniciar o enfaixamento com faixa elástica desde a base dos dedos até região do
maléolo e calcâneo, com proteção desta região, com enfaixamento reforçado e
manter após esta região o enfaixamento a 50%, do dorso do pé até 3 cm abaixo do
joelho. Não deixar dobras na atadura ao enfaixar;
4.11 Testar temperatura da pasta de Unna diluída na face anterior do antebraço do
profissional. Se temperatura tolerável, iniciar a aplicação a partir do dorso do pé,
evitando a região plantar, até 3 cm do joelho, acompanhando o enfaixamento;
4.12 Aplicar o produto, observando o preenchimento dos poros da faixa, em camadas
finas; reforçando a área da ferida;
4.13 Após aplicação da pasta de Unna, usar faixa de crepom para finalizar;
4.14 Em feridas exsudativas, utilizar compressa algodonada e outra faixa de crepom;
orientando que esta última cobertura o paciente/cuidador poderá trocar, se
necessário;
4.15 Colocar o usuário sentado;
4.16 Após, observar marcha e se necessário orientá-lo a caminhar com a planta do pé
inteira no chão;
4.17 Orientar sobre cuidados diários, sinais de complicação, retirada emergencial do
curativo e avaliação por profissional habilitado;
4.18 Recolher todo o material;
4.19 Deixar a unidade/domicílio do usuário em ordem;
4.20 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das
mãos ou higienização simples das mãos;
4.21 Agendar retorno para reavaliação e reaplicação;

5 OBSERVAÇÃO
De acordo com o Manual de Assistência Integral às Pessoas com Feridas da SMS/RP
(RIBEIRÃO PRETO, 2011, p.48-50):

182
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Curativo com terapia compressiva inelástica – bota de Unna

A compressão obtida pela aplicação de bandagem rígida, chamada de Bota de Unna,


constitui uma das formas de terapia compressiva inelástica, utilizada há mais de 300 anos,
eficiente para a melhoria do retorno venoso. Durante a deambulação, ocorre aumento da
pressão contra os músculos da panturrilha, auxiliando o retorno venoso. Portanto, não deve
ser indicada a pacientes que não deambulam.

Este tratamento é absolutamente contraindicado nas patologias arteriais, onde a


compressão agravaria o quadro de isquemia. Necessita de prescrição médica, de
preferência após criteriosa avaliação, cabendo ao enfermeiro a responsabilidade da
execução e acompanhamento de todo o tratamento. O enfermeiro poderá indicar a
aplicação da bota de Unna desde que, na anamnese e exame físico seja identificado o
diagnóstico de insuficiência venosa crônica- IVC, assim como avaliando as características
da úlcera, além da realização do ITB/Doppler, conforme a tabela 1 – página 25 e 26, do
Manual.

Não colocar a bota em presença de infecção;


A periodicidade de troca da bota de Unna deverá ser semanal, no entanto, nas primeiras
aplicações a troca deverá ter intervalo de três dias, aproximadamente.
Após cicatrização da ferida, o paciente deverá ser monitorado e estimulado ao autocuidado
para as medidas de reabilitação e prevenção. Há indicação do uso das meias elásticas,
sob prescrição médica;

Caso a bota seja industrializada, deverá seguir os passos do procedimento 4.1 ao 4.9, após
aplicar a bota industrializada (faixa pronta contendo bandagem impregnada com pasta à
base de óxido de zinco, goma acácia, glicerol, óleo de rícino e água deionizada), pós seguir
a partir do passo 4.13.

6 RESPONSABILIDADE
 Auxiliares e Técnicos de enfermagem podem auxiliar no procedimento de retirada da
bota de Unna e realização do curativo colocando a cobertura primária após a avaliação
e prescrição da cobertura primária.
 Enfermeiro.
 Médico.

183
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Curativo com terapia compressiva inelástica – bota de Unna

7 REGISTRO
Registrar o procedimento realizado, aceitação ou recusa do paciente, data e horário do
procedimento carimbo e assinatura de quem realizou a técnica em prontuário ou Ficha de
Atendimento Ambulatorial. Em domicílio, documentar em prontuário domiciliar.

REFERÊNCIA
RIBEIRÃO PRETO (Cidade). Secretaria Municipal da Saúde. Manual de assistência
integral às pessoas com feridas. Ribeirão Preto: SMS, 2011.

DADOS DA VERSÃO
ELABORAÇÃO APROVAÇÃO
Emília Maria Paulina Campos Chayamiti Karina Domingues de Freitas
Enfermeira. COREN-SP: 44546 Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 0126266

ATUALIZAÇÃO – 1 APROVAÇÃO – 1
Emília Maria Paulina Campos Chayamiti Karina Domingues de Freitas
Enfermeira. COREN-SP: 44546 Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 0126266
Miriã Avelino Prado
Enfermeira. COREN-SP: 81737

184
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Descontaminação da viatura

Descontaminação da viatura

1 OBJETIVO
Realizar a remoção das sujidades e eliminação de microorganismos sempre que algum
material biológico (sangue, fezes, urina, vômitos, secreções) potencialmente contaminado
entrar em contato com qualquer parte da viatura, através do uso de produtos químicos.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO
Unidades de Suporte Básico de Vida (USB), Unidades de Suporte Avançado de Vida (USA)
do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência – SAMU REGIONAL RIBEIRÃO PRETO e
Unidades de Transporte (UT).

3 MATERIAL
3.1 Luvas de limpeza
3.2 Óculos de proteção biológica
3.3 Máscaras faciais
3.4 Aventais descartáveis
3.5 01 balde
3.6 02 ou mais panos de limpeza
3.7 Produto recomendado pela CCI - SMS
3.8 Papel descartável (lençol)
3.9 Saco para lixo infectante (branco leitoso identificado).

4 PROCEDIMENTO
4.1 Preparar um balde com água limpa para o enxágue do pano de limpeza. Esta água
deve ser renovada quando estiver suja;
4.2 Retirar o material biológico com auxílio de papel descartável e desprezar no saco
para lixo infectante, encaminhando o mesmo para o abrigo próprio;
4.3 Aplicar o produto recomendado pela CCI - SMS no local onde foi retirado o material
biológico, deixando agir por 10 minutos, ou o tempo recomendado pelo fabricante;
4.4 Remover o excesso de produto de limpeza;
4.5 Realizar a limpeza do local borrifando e friccionando com o pano para soltar a
sujidade;
4.6 Enxaguar o pano na água de enxágue sempre que necessário e torcer; bem;
4.7 Proceder a limpeza concorrente ou terminal conforme procedimento operacional.

185
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Descontaminação da viatura

5 OBSERVAÇÃO
5.1 Utilizar somente produtos de limpeza recomendados pela Comissão de Controle de
Infecção (CCI) do Município;
5.2 Realizar o procedimento em local com escoamento para calha coletora com
direcionamento para o esgoto, onde haja Sistema de Tratamento de Esgotos que
atenda à RDC nº 222, de 28 de março de 2018 quanto ao tratamento de resíduos
líquidos.

6 RESPONSABILIDADE
 Condutor
 Técnico de Enfermagem
 Auxiliar de Enfermagem
 Enfermeiro

7 REGISTRO
Não se aplica

REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Protocolos de Intervenção
para o SAMU 192: serviço de atendimento móvel de urgência. Brasília: Ministério da
Saúde, 2016. Disponível em:
<http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2016/outubro/26/livro-basico-2016.pdf>.
Acesso em: 19 mai 2019.

BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. RDC 222, de 28


de março de 2018. Regulamenta as Boas Práticas de Gerenciamento dos Resíduos de
Serviços de Saúde e dá outras providências. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2018.

RIBEIRAO PRETO (Cidade). Prefeitura Municipal. Protocolo de processamento de


artigos e superfícies nas unidades de saúde de Ribeirão Preto – SP. Ribeirão Preto:
Prefeitura Municipal, 2007.

DADOS DA VERSÃO
ELABORAÇÃO / ATUALIZAÇÃO - 1 APROVAÇÃO
Anazilda Carvalho da Silva Rosana Joaquim Fernandes
Enfermeira. COREN-SP: 46149 Enfermeira. COREN-SP: 42637

APROVAÇÃO - 1
Karina Domingues de Freitas
Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 0126266

186
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Desinfecção de nasofibroscópio

Desinfecção de nasofibroscópio

1 OBJETIVO
Realizar a limpeza e desinfecção do nasofibroscopio, após relizar exame de
videonasoscopia, videolaringoscopia ou videonasolaringoscopia com ótica rígida ou
flexível.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO
Nasofibroscopio do NADEF/CER, utilizado para realização de exames de imagem.

3 MATERIAL
3.1 Duas caixas de plástico duro para mais de um litro de água (20x30x10
profundidade)
3.2 Um cálice graduado de 1,5 l
3.3 Um suporte para a ótica flexível
3.4 Uma seringa descartável par dosar o sabão neutro
3.5 Detergente neutro líquido com ou sem enzimas
3.6 Escova descartável de cerdas macias
3.7 Luva de borracha
3.8 Luvas descartáveis de vinil ou látex
3.9 Filtro de polipropileno com grau de retenção entre 5 a 10 micra instalado no
encanamento da torneira ou de osmose reversa
3.10 Álcool 70%
3.11 Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s): gorro, óculos de proteção, máscara
cirúrgica, avental impermeável, luvas de borracha e calçado fechado;
3.12 Livro de registro ou impresso próprio;
3.13 Compresas limpas e secas.

4 PROCEDIMENTO
4.1 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das
mãos ou higienização simples das mãos;
4.2 Reunir o material necessário;
4.3 Paramentar-se com EPI's requeridos à técnica;
4.4 Antes de iniciar o exame, pegue com a seringa descartável o detergente líquido
escolhido, na medida orientada pelo fabricante e coloque na caixa plástica,
misturando em seguida com o volume de água filtrada orientado.

187
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Desinfecção de nasofibroscópio

4.5 Verificar o volume final desejado


4.6 Após o exame de videonasoscopia, videolaringoscopia ou videonasolaringoscopia
com ótica rígida ou flexível, imergir imediatamente a ótica na solução de detergente
neutro com ou sem enzimas, diluído em água filtrada, preparada conforme indicado
pelo fabricante. Sempre preparar uma nova diluição para cada equipamento. Deixar
a solução contendo o detergente agir no material durante o tempo recomendado pelo
fabricante no rótulo do produto. Geralmente o tempo de contato é curto, entre 5 a 9
minutos
4.7 Retirar o equipamento da imersão, após o tempo recomendado pelo fabricante e
apoia-lo sobre a bancada da pia aonde será realizado a limpeza. Friccionar a
superfície externa de cada instrumento com auxílio de uma escova de cerdas firmes
e macias, várias vezes, até a eliminação de sujidade visível. Certifique-se de que
todas as partes que estiveram em contato com o paciente foram friccionadas e
limpas. A escova é um artefato de limpeza que serve para remover a matéria orgânica
quebrada pelo detergente. Manter a escova limpa e seca de um uso para o outro,
trocando-as no mínimo semanalmente.
4.8 Após a escovação e verificação da limpeza da ótica e esta estando limpa
visualmente, inicia-se o processo de enxague. Deve se enxaguar abundantemente a
ótica em água filtrada corrente para retirada total de resíduos de sujidade e
detergente. Entende-se por água filtrada aquela que passou por um filtro de
polipropileno com grau de retenção entre 5 a 10 micra, para eliminação de
microorganismos e sólidos em suspensão. Estes filtros devem seguir a manutenção
recomendada pelo fabricante. O uso do filtro praticamente elimina o risco da água
contaminada pelo biofilme dos encanamentos.
4.9 Secar a ótica rigida ou flexivel, com compressa
4.10 Em seguida, troque a luva de limpeza, por uma luva de látex ou vinil para proceder a
desinfecção de nível intermediário com Álcool 70%p/v, devidamente registrado na
ANVISA como saneante (verifique a lista de álcool saneante na ANVISA) Pode-se
embeber uma compressa de algodão, gazes ou toalha descartável de tecido não
tecido com Álcool 70% p/v para realizar a desinfecção. Deve-se friccionar toda a
superfície da ótica durante 30 segundos, em todos os sentidos, de próxima para distal
em movimentos horários e anti-horários e na ponta da ótica durante 30 segundos por
3 vezes consecutivas, com intervalos de 10 segundos entre as aplicações,
esperando-se assim a evaporação do álcool entre cada aplicação
4.11 Deve-se secar as superfícies externas dos materiais com auxílio de compressas de
algodão limpas e macias, gazes ou utilizando-se toalha de tecido não tecido. Neste
momento as óticas devem passar por uma nova inspeção visual.
188
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Desinfecção de nasofibroscópio

4.12 Armazenar o equipamento limpo e desinfetado em um recipiente de plástico duro,


limpo e desinfetado com Álcool 70% p/v, caso os materiais não sejam utilizados
imediatamente. Está proibido transportar ou guardar as óticas nas embalagens
originais como as malas forradas com espuma recortada para o encaixe dos
equipamentos, pois na maioria das vezes, a mesma não é passível de limpeza e
desinfecção
4.13 Identificar externamente o recipiente contendo o nome do material, método de limpeza
e desinfecção realizado no processamento.
4.14 Após a realização da limpeza e desinfecção da ótica, deve-se proceder a limpeza e
desinfecção da porção terminal do cabo de fibra ótica em contato com a ótica, assim
como da micro câmera e do seu cabo com compressa de algodão, gazes ou toalha de
tecido não tecido absorvível descartável embebido em Álcool 70%
4.15 Recomenda-se proceder a limpeza e desinfecção sempre que a ótica ficar guardada
na caixa de armazenamento de um dia para o outro, assim como da própria caixa, que
também deve passar por uma limpeza e desinfecção consecutiva com álcool 70%.

5 OBSERVAÇÃO
POP elaborado segundo as diretrizes da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e
Cirurgia Cervico Facial - ABRL- CCF, seguindo o Protocolo Operacioanal Padrão para
processamento de materias utilzados nos exames de videonasoscopia, videolaringoscopia
ou videonasolaringoscopia nos consultorios e serviços de otorrinolringologia

6 RESPONSABILIDADE
 Auxiliar de enfermagem
 Técnico de enfermagem
 Enfermeiro

REFERÊNCIA

GRAZIANO, K. U. Protocolo operacional padrão (POP) para processamento de


materias utilizados nos exames de videonasoscopia, videolaringoscopia e
videonasolaringoscopia nos consultórios e serviços de otorrinolaringologia. São
Paulo: ABORL-CCF, 2017.

189
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Desinfecção de nasofibroscópio

DADOS DA VERSÃO
ELABORAÇÃO APROVAÇÃO
Deise Cristina Lataro Penha Karina Domingues de Freitas
Enfermeira. COREN-SP: 72879 Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 0126266
Maria Cristina Durante
Enfermeira. COREN-SP: 56505

190
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Desinfecção do conjunto de nebulizadores e materiais pláticos/silicone/borracha

Desinfecção do conjunto de nebulizadores e materiais


plásticos/silicone/borracha

1 OBJETIVO
Promover a limpeza e desinfecção de máscaras e nebulizadores após utilização ou sempre
que necessário, e demais materiais plásticos, polímeros, acrílicos.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO
Seção de preparo e esterilização das Unidades e Serviços de Saúde da Secretaria
Municipal de Saúde de Ribeirão Preto.

3 MATERIAL
3.1 Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s): gorro, óculos de proteção, máscara
cirúrgica, avental impermeável, luvas de borracha, luva de procedimento e calçado
fechado;
3.2 Detergente e água corrente;
3.3 Dois panos limpos e secos;
3.4 Solução de SURFIC ou Solução de produto padronizado pela CCI-SMS;
3.5 Saco plástico transparente e etiqueta de identificação.

4 PROCEDIMENTO
4.1 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das
mãos ou higienização simples das mãos;
4.2 Reunir material;
4.3 Paramentar-se com os EPIs Indicados;
4.4 Lavar o conjunto completo dos nebulizadores/entre outros utensílios minuciosamente
com água corrente e detergente até que não se observe material orgânico conforme
procedimento operacional;
4.5 Enxaguar várias vezes em água corrente;
4.6 Retirar luvas de borracha e proceder higiene das mãos conforme procedimento
operacional padrão;
4.7 Calçar luvas de procedimento:
4.8 Secar com pano limpo e seco;
4.9 Mergulhar em solução de SURFIC preparada e validada, conforme procedimento
operacional padrão, por 10 minutos; (ou mergulhar em solução padronizada pela
CCI-SMS conforme fabricante);
191
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Desinfecção do conjunto de nebulizadores e materiais pláticos/silicone/borracha

4.10 Enxaguar em água corrente;


4.11 Secar novamente com pano limpo e seco;
4.12 Retirar o EPI e higienizar as mãos;
4.13 Acondicionar os utensílios em sacos plásticos transparentes com identificação e data
da desinfecção em etiqueta adesiva, com validade de 1mês.

5 OBSERVAÇÃO
O conjunto corresponde à máscara/copo para medicação/extensão, USO ÚNICO PARA
CADA USUÁRIO. A extensão NÃO deve ser deixada pendurada ao fluxômetro.

6 RESPONSABILIDADE
 Equipe técnica de enfermagem

7 REGISTRO
Proceder à identificação do saco plástico com data e nome do responsável pela
desinfecção e acondicionamento.

REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO PAULISTA DE ESTUDOS E CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR.
Limpeza, desinfecção e esterilização de artigos em serviços de saúde. São Paulo:
APECIH, 2010.

SOCIEDADE BRASILEIRA DE ENFERMEIROS DE CENTRO CIRÚRGICO. Práticas


recomendadas. 4. ed. São Paulo: SOBEC, 2007.

DADOS DA VERSÃO
ELABORAÇÃO / ATUALIZAÇÃO – 1/2 APROVAÇÃO
Cátia Helena Dalmando Salomão Jane Aparecida Cristina
Enfermeira. Presidente da CCI-SMS Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 144846 COREN-SP: 44071

APROVAÇÃO – 1/2
Karina Domingues de Freitas
Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 0126266

192
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Eletrocardiograma - ECG

Eletrocardiograma – ECG

1 OBJETIVO
Avaliar a atividade elétrica cardíaca e a condução dos impulsos elétricos, registradas em
gráficos que indicam as condições de normalidade ou de possíveis alterações.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO
Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),
Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família
(USF), Serviço de Atenção Domiciliar (SAD), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência
(SAMU).

3 MATERIAL
3.1 Aparelho de ECG;
3.2 Eletrodos reutilizáveis com ventosas e clamps plásticos reguláveis e, ou eletrodos
descartáveis;
3.3 Papel toalha, papel lençol e gaze;
3.4 Material para tricotomia (aparelho de barbear);
3.5 Gel para ECG;
3.6 Papel registro

4 PROCEDIMENTO
4.1 Certificar-se de que o aparelho está ligado na tomada na voltagem indicada e, que o
fio terra está conectado ao aparelho e posicionado corretamente;
4.2 Ligar o aparelho e ajustar conforme instruções de funcionamento do mesmo, afixada
na sala;
4.3 Receber o usuário na sala, conferir o nome e a requisição do exame;
4.4 Explicar o procedimento ao usuário, considerando queixa relacionada a sintomas e
motivo de solicitação de exame;
4.5 Solicitar que o usuário retire objetos de metal (brincos, relógios, pulseiras, entre
outros). Instrua-o a relaxar, deitar-se mantendo decúbito dorsal, manter pernas
descruzadas e braços lateralizados em relação ao corpo, respirar normalmente, não
falar e nem se mexer durante o procedimento;
4.6 Manter o usuário em decúbito dorsal. Se ele não puder suportar essa posição, ajude-
o a ficar na posição semisentada. Orientar o usuário a retirar as vestimentas de modo
a expor o tórax, ambos os tornozelos e pulsos para a colocação dos eletrodos.

193
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Eletrocardiograma - ECG

Proteja o usuário cobrindo-o com o papel lençol até que sejam posicionados todos
os eletrodos e aplicadas as derivações;
4.7 Realizar quando necessário, a tricotomia nas áreas com maior concentração de
pelos;
4.8 Se a pele do cliente for excessivamente oleosa ou escamosa, limpe com compressa
de gaze seca, antes de aplicar o eletrodo, ajudando a reduzir a interferência do sinal;
4.9 Aplicar o gel para ECG e colocar os 4 clamps + ventosas ou eletrodos descartáveis
(4 derivações periféricas), sendo um em cada face ventral ou face medial dos pulsos
e na face ventral ou medial das pernas, evitando as proeminências ósseas.
4.10 Atenção: geralmente os equipamentos possuem coloração padronizada para os 4
fios que correspondem a cada uma das derivações: amarelo (acima e à esquerda),
vermelho (acima e à direita), verde (abaixo e à esquerda) e preto (abaixo e à direita).
Vide figura 1.
4.11 Posiocionar os clamps + ventosas ou eletrodos descartáveis nas derivações apicais
no tórax, conforme a sequência:
V1: Quarto espaço intercostal na borda esternal direita – ligado ao cabo vermelho;
V2: Quarto espaço intercostal na borda esternal esquerda – ligado ao cabo amarelo;
V3: metade da distância entre V2 e V4 – ligado ao cabo verde;
V4: Quinto espaço intercostal na linha hemiclavicular – ligado ao cabo marrom;
V5: Quinto espaço intercostal na linha axilar anterior (1/2 a distância entre V4 e V6)
– ligado ao cabo preto;
V6: Quinto espaço intercostal na linha média, nivelado com V4 – ligado ao cabo roxo;
4.12 Calibrar no padrão N velocidade 1mv/s;
4.13 Registrar a calibração;
4.14 Observar se o aparelho automático esta captando os sinais de todas as derivações;
4.15 Acompanhar o registro de todas as derivações certificando-se de que estejam
representadas na impressão;
4.16 Observar se caso alguma das derivações não esteja corretamente representada ou
apareçam artefatos (traçados irregulares que poluem visualmente o traçado de
ECG), neste caso reposicione-se, coloque o fio terra em outro local e recomece.
Atenção: Nos aparelhos operam no modo manual, o profissional deverá selecionar
as derivações e registrá-las uma a uma. Nestes aparelhos, imprimir um D2 longo:
com o eletrodo nessa posição, registrar o traçado por cerca de 4 a 5 segundos;
4.17 Se o usuário for portador de marcapasso definitivo ou em situação de urgência com
marcapasso temporário, anote a presença do mesmo;
4.18 Ao término, retirar os eletrodos do usuário, promovendo a limpeza de todo o gel
residual das extremidades reutilizáveis;
194
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Eletrocardiograma - ECG

4.19 Recomponha o usuário e o local da unidade;


4.20 Realizar a limpeza do aparelho ao final de todos os procedimentos.
4.21 Desligar sempre o equipamento, recolher a extensão do fio terra e e desconectá-lo
da tomada de energia antes de iniciar a limpeza.
4.22 Guardar os cabos de modo organizado e preferencialmente alinhados em 2 feixes,
um para derivações apicais e outro para as derivações periféricas, para facilitar o uso
em uma situação de emergência.

Figura 1 - Posicionamento dos eletrodos para o traçado de ECG

Fonte: Como realizar um exame com o Sistema TEB – ECGPC. Disponível em:
http://www.callecg.com.br/wp-content/uploads/2015/04/Como-realizar-um-exame-com-o-sistema-TEB-
ECGPC.pdf

5 OBSERVAÇÃO
Uma vez por semana lavar os eletrodos utilizando-se água e sabão neutro com uma
escova.
Com a utilização contínua os eletrodos tendem a escurecer. Não utilize abrasivos ou
objetos pontiagudos para limpá-los.
Quando necessário, os cabos poderão ser limpos com água e sabão neutro, tomando-se
sempre o cuidado de não molhar os conectores.
Quando o equipamento não estiver sendo utilizado, mantenha-o coberto, evitando acúmulo
de poeira em seu interior.
Se o equipamento for ficar inativo por um período superior a 30 dias, retirar as pilhas ou
baterias.
Não utilize produtos químicos como derivados da benzina para limpar os acessórios.

195
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Eletrocardiograma - ECG

6 RESPONSABILIDADE
 Auxiliar de enfermagem
 Técnico em Enfermagem
 Enfermeiro
 Médico

7 REGISTRO
Anotar na folha do traçado de ECG: Nome do cliente, idade, número do prontuário e nome
do profissional que realizou o procedimento; anotar no prontuário ou em ficha de
atendimento ambulatorial a data da realização do exame e horário, nome do profissional
que realizou o procedimento, assinar e carimbar.

REFERÊNCIA
SÃO PAULO (Cidade). Secretaria Municipal da Saúde. Manual técnico: normatização das
rotinas e procedimentos de enfermagem nas unidades básicas de saúde. 2. ed. São Paulo:
SMS, 2012. (Série Enfermagem).

DADOS DA VERSÃO
ELABORAÇÃO APROVAÇÃO
Ana Paula Raizaro Karina Domingues de Freitas
Enfermeira. COREN-SP: 114587 Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 0126266
Juliana Pereira Machado
Enfermeira. COREN-SP: 78136

196
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Elevação do mento – abertura das vias aéreas

Elevação do mento - abertura das vias aéreas

1 OBJETIVO
Utilizar a técnica de elevação do mento para permeabilizar as vias aéreas, da boca, faringe
e laringe permitindo que o ar passe pelas cordas vocais e traquéia alcançando a via aérea
baixa.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO:
Unidades de Suporte Básico de Vida (USB), Unidades de Suporte Avançado de Vida (USA)
do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência – SAMU REGIONAL DE RIBEIRÃO
PRETO, Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde
(UBDS), Unidades de pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família (USF),
Serviço de Atenção Domiciliar (SAD).

3 MATERIAL
3.1 Equipamentos de proteção individual (EPI), como óculos, luvas e máscara facial.

4 PROCEDIMENTO
4.1 Utilizar os equipamentos de proteção individual;
4.2 Posicionar uma das mãos na região frontal, sobre a testa, para fixar a cabeça da
vítima (figura 1);
4.3 Posicionar os dedos indicador e médio da outra mão sob o mento (figura 2);
4.4 Tracionar suavemente o mento para cima e para frente, enquanto o polegar da
mesma mão deprime o lábio inferior, para abrir a boca;
4.5 Simultaneamente, efetuar uma leve extensão do pescoço;
4.6 Verificar a necessidade de utilizar a cânula orofaríngea.

Figura 1 Figura 2

Fonte: Silva (2015)

197
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Elevação do mento – abertura das vias aéreas

5 OBSERVAÇÔES
5.1 Indicada para usuários de agravos clínicos nas quais não há suspeita de lesão
raquimedular ou história de trauma. Em casos de suspeita de trauma, mantenha
sempre o pescoço em posição neutra, para evitar trauma secundário de coluna
cervical, ou utilize a Anteriorização da Mandíbula, conforme procedimento
operacional padrão.

6 RESPONSABILIDADES
 Condutor dentro de suas atribuições
 Técnico de Enfermagem
 Auxiliar de Enfermagem
 Enfermeiro
 Médico Intervencionista

7 REGISTRO
Registrar a assistência prestada em ficha de atendimento de enfermagem com assinatura
e carimbo constando número do Coren de quem realizou a técnica.

REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Protocolos de Intervenção
para o SAMU 192: serviço de atendimento móvel de urgência. Brasília: Ministério da
Saúde, 2016. Disponível em:
<http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2016/outubro/26/livro-basico-2016.pdf>.
Acesso em:15 mai 2019.

COLÉGIO AMERICANO DE CIRURGIÕES. Comitê de Trauma. Suporte avançado de


vida no trauma para medicos ATLS: manual do curso de alunos. 8. ed. Chicago:
American College of Surgeons, 2008.

PHTLS atendimento pré-hospitalar ao traumatizado: básico e avançado. 8. ed. Rio de


Janeiro: Elsevier, 2016.

SILVA, A. C. Desenvolvimento de ambiente virtual de aprendizagem para a


capacitação em parada cardiorrespiratória. 2015. Dissertação (Mestrado em Tecnologia
e Inovação em Enfermagem) - Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, Universidade de
São Paulo, Ribeirão Preto, 2015. Disponível em:
<http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22134/tde-02022016-104809/>. Acesso em:
15 mai 2019.

198
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Elevação do mento – abertura das vias aéreas

DADOS DA VERSÃO
ELABORAÇÃO APROVAÇÃO
Regilene Molina Zacareli Cyrillo Rosana Joaquim Fernandes
Enfermeira. COREN-SP: 51636 Enfermeira. COREN-SP: 42639

ATUALIZAÇÃO - 1 APROVAÇÃO - 1
Anazilda Carvalho da Silva Karina Domingues de Freitas
Enfermeira. COREN-SP: 46149 Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 0126266

199
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Exame clínico das mamas

Exame clínico das mamas

1 OBJETIVO
Identificar alterações que necessitem de investigação diagnóstica, condutas e
encaminhamentos.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO
Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),
Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família
(USF), Serviço de Atenção Domiciliar (SAD).

3 MATERIAL
3.1 Ambiente privativo
3.2 Mesa ginecológica ou divã
3.3 01 pacote de gaze

4 PROCEDIMENTO
4.1 Realizar a higiene das mãos conforme procedimento operacional de fricção
antisséptica das mãos ou higienização simples das mãos;
4.2 Apresentar-se a mulher e explicar o procedimento;
4.3 Fazer a anamnese: queixa principal, levantar fatores endócrinos/historia reprodutiva,
fatores comportamentais, risco de câncer de mama devido à radiação inonizante,
fatores genéticos/hereditários, antecedentes cirúrgicos nas mamas, investigar se
tiveram as mamas avaliadas por um profissional de saúde e mamografias anteriores
(rastreamento ou diagnóstica);
4.4 Realizar a inspeção estática e dinâmica. As mamas devem ser inspecionadas com a
usuária sentada, com os braços pendentes ao lado do corpo (inspeção estática) e
com a usuária realizando os seguintes movimentos (inspeção dinâmica): elevação
dos membros superiores acima da cabeça, pressão sobre os quadris, inclinação do
tronco para frente com os membros superiores acima da cabeça.
4.5 Observar se as mamas são simétricas, se a circulação venosa superficial é normal e
simétrica, se existem abaulamentos, retrações ou alterações de pele (hiperemia,
edema, ulceração, descamação ou erosão, tecido com aspectos de “casca de
laranja” e pele grossa);

200
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Exame clínico das mamas

4.6 Identificar alterações na aréola (tamanho, forma, simetria e coloração “vermelhidão”);


alterações na orientação dos mamilos (desvio da direção em que os mamilos
apontam), achatamento ou inversão; ou evidência de secreção mamilar, como
crostas em torno do mamilo;
4.7 Deve verificar a presença de cicatrizes cirúrgicas prévias, nevos cutâneos, marcas
congênitas e tatuagens;
4.8 Realizar a palpação de todas as áreas do tecido mamário e linfonodos axilares e
supraclaviculares, em busca de nódulos, espessamentos, modificações na textura e
temperatura da pele;
4.9 Ao examinar a axila, é importante que os músculos peitorais fiquem relaxados para
que seja feito um exame completo da axila. Músculos contraídos podem obscurecer
discretamente linfonodos aumentados de volume;
4.10 Para examinar os linfonodos axilares direitos o examinador deve suspender o braço
direito da usuária, utilizando o seu braço direito; deve então fazer uma concha com
os dedos da mão esquerda, penetrando o mais alto possível em direção ao ápice da
axila. A seguir, trazer os dedos para baixo pressionando contra a parede torácica. O
mesmo procedimento deve ser realizado na axila contralateral. O examinador deve
observar o número de linfonodos palpados, bem como seu tamanho, consistência e
mobilidade.
4.11 As fossas supraclaviculares são examinadas pela frente da usuária ou por
abordagem posterior.
4.12 Iniciar a palpação da mama com a usuária sentada, entretanto a melhor posição para
examinar as mamas é com a usuária em decúbito dorsal, em mesa firme. Pede-se
para a usuária elevar o membro superior isolateral acima da cabeça para tensionar
os músculos peitorais e fornecer uma superfície mais plana para o exame. O
examinador deve colocar-se no lado a ser palpado. Inicia-se o exame com uma
palpação mais superficial, utilizando as polpas digitais em movimentos circulares no
sentido horário, abrangendo todos os quadrantes mamários. Repete-se a mesma
manobra, porém com maior pressão (não se esquecer de palpar o prolongamento
axilar mamário e a região areolar).
4.13 Expressão: deve ser realizada somente se houver queixa de saída de líquido pelo
mamilo. Fazer a expressão suave da mama, desde a base até o complexo aréolo-
papilar. Ocorrendo a saída de fluxo, observar se é uni ou bilateral e monoductal ou
poliductal. Para verificar adequadamente a cor do fluxo, deve ser absorvido em uma
gaze.
4.14 Ajudar a mulher levantar-se Recompor a unidade.

201
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Exame clínico das mamas

4.15 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das


mãos ou higienização simples das mãos;
4.16 Registrar o procedimento.

5 OBSERVAÇÃO
Realizar orientações para promoção da saúde e prevenção do câncer de mama
Orientar sobre as alterações encontradas e encaminhamentos se necessários. Durante o
exame sinais como: assimetria, abaulamentos, retrações, eczemas, ulcerações, gânglios
linfáticos e nódulos, os casos com suspeita de câncer devem ser referenciados para
investigação diagnóstica definitiva.

6 RESPONSABILIDADE
 Enfermeiro
 Médico

7 REGISTRO
Registrar o procedimento realizado no sistema Hygia, aceitação ou recusa da usuária, data
e horário do procedimento, carimbo e assinatura de quem realizou a técnica.

REFERÊNCIAS
BEREK, J. S. Berek & Novak: tratado de Ginecologia. 15. ed. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2014.

BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva.
Diretrizes para a detecção precoce do câncer de mama no Brasil. Rio de Janeiro: INCA,
2015.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria Nacional de Assistência à Saúde. Instituto


Nacional de Câncer. Falando sobre câncer de mama. Rio de Janeiro: MS: INCA, 2002.

DADOS DA VERSÃO
ELABORAÇÃO APROVAÇÃO
Maria Antonieta Spinos Prado Karina Domingues de Freitas
Enfermeira. COREN-SP: 17166 Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 0126266
Daniela Taysa Rodrigues Pimentel
Enfermeira. COREN-SP: 44546

Fátima Aparecida De Bonifácio Heck


Enfermeira COREN-SP:36492

Patrícia Lázara Serafim Campos Diegues


Enfermeira COREN-SP: 112730

202
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Exame clínico das mamas gravídica e puerperal

Exame clínico das mamas gravídica e puerperal

1 OBJETIVO
Fazer inspeção das mamas e mamilos no início da gravidez e no puerpério imediato;
Identificar anormalidades e alterações nas mamas;
Verificar o tipo de mamilo (bico) e indicar técnicas para melhorar a protratilidade mamilar;
Avaliar, observar os sinais de risco para possíveis dificuldades na amamentação: mamilos
mal formados, cirurgias da mama (mamoplastia reducional, prótese mamária);
Prevenir / diminuir intercorrências mamárias como ingurgitamento mamário, traumas
mamilares e mastite,
Identificar o tipo de trauma mamilar quando este ocorrer.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO
Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),
Ambulatórios, Centros de Referência de Especialidades, Centro de Testagem e
Aconselhamento, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família
(USF), Serviço de Atenção Domiciliar (SAD).

3 MATERIAL
3.1 Biombo ou ambiente privativo;
3.2 Luvas de procedimento;
3.3 Maca ou divã.

4 PROCEDIMENTO
4.1 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das
mãos ou higienização simples das mãos;
4.2 Explicar o procedimento à usuário;
4.3 Atender a usuário em ambiente privativo, caso necessário utilizar biombo;
4.4 Realizar anamnese e registrar em prontuário eletrônico via Hygiaweb e/ou físico;
4.5 Ouvir as experiências anteriores, medos, dúvidas e expectativas com relação
amamentação (preencher a ficha Palma - opcional);
4.6 Solicitar à usuário que sente na maca / divã;
4.7 Realizar a inspeção estática das mamas: observar volume (pequenas, médias,
grandes ou volumosas), forma (firmes, flácidas, túrgidas), simetria (simétricas ou
assimétricas), pele (lesões, alterações na pele, cicatrizes, retrações, edemas,
hiperemia, abaulamentos), tipo de mamilo (protruso, semi-protruso ou plano, pseudo-

203
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Exame clínico das mamas gravídica e puerperal

invertido, invertido, hipertrófico - Figura 1), integridade aréolo-mamilar (no caso de


puérperas), presença de mamilo supranumerário ou glândula mamária
extranumerária;

Figura 1 – Tipos de Mamilo

Protruso Semi-protruso Pseudo-invertido /


Invertido

Fonte: Palma (1997)

4.8 Realizar a inspeção dinâmica das mamas: Solicitar à usuário que abra os braços
paralelos ao corpo e os levante até a cabeça, e com as mãos na cintura contraia a
musculatura peitoral;
4.9 Realizar palpação das axilas, identificando glândula mamária supranumerária
(puérperas); palpação dos linfonodos axilares e supraclaviculares (gestantes) ainda
com a usuário sentada;
4.10 Solicitar à usuário que deite na maca e coloque os braços atrás da cabeça;
4.11 Realizar palpação das mamas, uma de cada vez, com atenção em cada quadrante
mamário (Figura 2), caso haja alguma alteração, descrever e registrar localizando o
quadrante correspondente.

Figura 2 – Quadrantes da mama direita

Fonte: Moore (2001)


204
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Exame clínico das mamas gravídica e puerperal

4.12 Utilizar as polpas digitais do 2º, 3º e 4º dedos para examinar todo o tecido mamário
de forma circular da área distal para proximal do mamilo (Figura 3);

Figura 3 – Palpação com as polpas digitais

Fonte: Rocco (2010)

4.13 A região da aréola e do mamilo deve ser palpada e não pressionada (comprimida) a
menos que haja descarga papilar espontânea;
4.14 Realizar estímulo tátil em região aréolo-mamilar para melhor identificar o tipo de
mamilo;
4.15 Orientar a usuário sobre os achados;
4.16 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das
mãos ou higienização simples das mãos da Divisão de Enfermagem;
4.17 Realizar anotação de enfermagem, registrar em prontuário eletrônico via Hygiaweb
e/ou físico,
4.18 Manter ambiente de trabalho limpo e organizado.

5 OBSERVAÇÃO
Na anamnese, investigar histórico anterior de procedimento nas mamas;
A expressão aréolo-mamilar não deve ser realizada rotineiramente e, no caso de gestantes,
deve ser realizada a partir do 2º trimestre;
No caso das gestantes com mamilos pseudo-invertidos ou invertidos, o profissional poderá
orientar o exercício de Hoffman (a partir do 2º trimestre), que consiste em manobras para
exteriorização do mamilo. A mulher deve posicionar o polegar e o dedo indicador em lados
opostos da base do mamilo e apertar para dentro e puxar suavemente para fora. Em
seguida, traciona-se a pele da aréola, puxando-a para os lados e, depois, para cima e para
baixo (Figura 4);

205
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Exame clínico das mamas gravídica e puerperal

Figura 4 – Exercícios de Hoffman

Fonte: Palma (1997)

Outra possibilidade para gestantes com mamilos semi-protruso, pseudo-invertidos ou


invertidos é o uso de uma seringa descartável para exteriorização. Recomenda-se o uso
de seringa de 20 mL, conforme o passo-a-passo da Figura 5.

Figura 5 – Uso da seringa para exteriorização dos mamilos

Fonte: Imagem do Google

Os exercícios supracitados não garantem o sucesso na amamentação, porém são válidos


para melhoria anatômica do mamilo e para o autoconhecimento da gestante;
Em caso de puérperas com trauma mamilar, identificar e descrever o tipo de trauma e
seguir o protocolo do Programa de Aleitamento Materno;
Orientar gestante e puérpera quanto à importância da exposição das mamas ao sol
(período, tempo, cuidados);
Contraindicar uso de pomadas (exceto a lanolina purificada, indicada para tratamento de
traumas mamilares), buchas, toalhas, óleos, cremes e compressas quentes ou frias nos
mamilos na gestação e puerpério;
206
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Exame clínico das mamas gravídica e puerperal

No caso de ingurgitamento mamário, realizar e / ou orientar puérpera quanto à Ordenha


Manual da Mama conforme procedimento operacional 106;
O uso de luvas é opcional para o exame físico da mama.

6 RESPONSABILIDADE
 Técnico em Enfermagem
 Enfermeiro

7 REGISTRO
Registrar o procedimento realizado, aceitação ou recusa do usuário, data e horário do
procedimento, carimbo e assinatura de quem realizou a técnica em prontuário ou ficha de
atendimento ambulatorial.

REFERÊNCIAS
MOORE, K. L. Anatomia orientada para a prática clínica. 4. ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2001.

PALMA Programa de Aleitamento Materno. Álbum seriado sobre cuidados na


amamentação. Ribeirão Preto: Secretaria da Saúde, 1997.

ROCCO, J. R. Semiologia médica. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.

DADOS DA VERSÃO
ELABORAÇÃO APROVAÇÃO
Márcia Cristina Guerreiro dos Reis Karina Domingues de Freitas
Enfermeira. COREN-SP: 40867 Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 0126266
Lilian Donizete Pimenta Nogueira
Enfermeira. COREN-SP: 0127595

207
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Exame físico do abdome

Exame físico do abdome

1 OBJETIVO
Obter dados anatomofisiológicos do aparelho digestório.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO
Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),
Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família
(USF), Serviço de Atenção Domiciliar (SAD).

3 MATERIAL
3.1 Estetoscópio
3.2 Fita métrica
3.3 Luva de procedimento (se necessário)
3.4 Algodão seco
3.5 Álcool a 70%
3.6 Biombos (se necessário)
3.7 Produto padronizado pela CCI-SMS

4 PROCEDIMENTO
4.1 Higiene das mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das
mãos ou higienização simples das mãos;
4.2 Reunir o material
4.3 Explicar o procedimento e finalidade para o usuário
4.4 Manter a privacidade do usuário
4.5 Posicionar-se do lado direito do usuário
4.6 Posicionar o usuário em decúbito dorsal com os braços estendidos ao longo do
corpo, pode-se usar travesseiros sob a cabeça e joelhos para permitir o relaxamento
da musculatura abdominal.
4.7 Realizar Inspeção: Neste momento o enfermeiro pode posicionar-se a direita do
usuário, no entanto para melhor visualização do abdômen o enfermeiro pode baixar-
se, sentando ao lado do usuário ou permanecer em pé tangencialmente ao usuário.
4.8 Localizar:

208
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Exame físico do abdome

Os quadrantes conforme figura:

Fonte: Barros (2016)

As regiões abdominais conforme figura:

Fonte: Barros (2016)

4.9 Avaliar a pele quanto a: coloração, continuidade ou integridade, simetria, manchas,


estrias
4.10 (mensurar tamanho), verrugas, regiões circunscritas maculares ou papulares
acastanhadas são comuns no abdômen, outros dados normais e anormais;
4.11 Avaliar o abdome quanto ao: formato (plano, globoso, pendular ou avental, ventre de
batráquio - quando o abdome permanece com flacidez muscular fazendo com que
este se projete para ambos os lados e escavado); pulsações, abaulamentos,
retrações, cicatriz umbilical (normalmente invertido e central), circulação colateral,
movimentos visíveis na parede, circunferência abdominal.
4.12 Realizar Ausculta: os sons normais são os Ruídos hidroaéreos (RHA); auscultar 1
minuto em cada quadrante, iniciando pelo QID, em sentido horário. Em caso de
ausência de RHA, auscultar por 5 minutos contínuos, de preferência em QID.

209
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Exame físico do abdome

4.13 Realizar Percussão


Realizar a técnica Digito-digital ou direta:
Iniciar a percussão pelo QID em sentido horário.
Sons normais: timpânico; maciço e submaciço.
Hepatimetria por percussão (em torno de 6 a 12 cm no adulto normal)
 Borda inferior: percutir da crista ilíaca para cima até encontrar som maciço
(geralmente na borda costal direita)
 Borda superior: percutir da linha hemiclavicular em sentido descendente (5º, 6º ou
7º EIC), até encontra som maciço.
Rim: sinal de Giordano (punho percussão direta ou em flanco posterior)
Baço: som maciço (no diagnóstico de esplenomegalia)
Ascite: macicez de decúbito ou Sinal de Piparote positivo
Bexiga: som timpânico e na presença de retenção urinária som maciço
Sinal de Jobert: percussão da linha média axilar sobre a área hepática produz sons
timpânicos ao invés de maciços, indica ar livre na cavidade abdominal por perfuração
de víscera oca.

4.14 Realizar Palpação


Palpar a pele e avaliar: umidade, temperatura, sensibilidade
Palpação superficial
Palpar delicadamente com a mão dominante mantendo os dedos estendidos e
fechados e palma da mão no plano horizontal no abdome com movimentos suaves
no sentido horário iniciando no QID.

Palpação Profunda
Aumentar a profundidade da parede abdominal usando a mão dominante ou as mãos
sobrepostas
Avaliar: sensibilidade, resistência da parede, continuidade da parede, pulsações;
Fígado - Normal – não palpável ou palpável até 1 a 2 cm abaixo do rebordo costal
direito
Baço – normal não palpável
Descompressão brusca dolorosa:
Sinal de Rosving – peritonite – contralateral
Sinal Murphy – dor á palpação em hipocôndrio D – vesícula biliar - colecistite
Sinal de Blumberg – dor á palpação no ponto de Mc Burney – terço médio entre
espinha ilíaca D e cicatriz umbilical – apendicite

210
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Exame físico do abdome

4.15 Reunir material.


4.16 Retirar luvas quando utilizadas.
4.17 Reposicionar o usuário em posição confortável.
4.18 Recompor a unidade.
4.19 Descartar o material em local apropriado, utilizando as luvas de procedimento se
forem necessárias.
4.20 Higiene das mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das
mãos ou higienização simples das mãos;
4.21 Anotar procedimento, ressaltando os achados anormais.

5 OBSERVAÇÃO
Os sons normais são os Ruídos Hidroaéreos (RHA):
- Normoativos: 5 a 35 ruídos/min
- Hipoativos: menor que 5 ruídos/min
- Hiperativos: maior que 35 ruídos/min

6 RESPONSABILIDADE
 Enfermeiro
 Médico

7 REGISTRO
Registrar o procedimento realizado (avaliação da pele, formato do abdome, ausculta e
palpação), aceitação ou recusa do usuário, data e horário do procedimento, carimbo e
assinatura de quem realizou a técnica em prontuário.

REFERÊNCIAS
BARROS, A. L. B. L. et al. (Org.). Anamnese e exame físico: avaliação diagnóstica de
enfermagem no adulto. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2016.

JARVIS, C. Exame físico e avaliação de saúde. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara


Koogan, 2002
DADOS DA VERSÃO
ELABORAÇÃO APROVAÇÃO
Marisa Akiko Iwamoto Karina Domingues de Freitas
Enfermeira. COREN-SP: 0115839 Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 0126266

211
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Exame de pé diabético

Exame do pé diabético

1 OBJETIVO
Identificar precocemente alterações para prevenir complicações como traumas, lesões e
amputações de membros inferiores.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO
Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),
Ambulatórios, Unidades de Saúde da Família (USF), Serviço de Atenção Domiciliar (SAD).

3 MATERIAL
3.1 Luvas de procedimento;
3.2 Monofilamento Semmes-Weinstein de 10g;
3.3 Sabão líquido.

4 PROCEDIMENTO
Exame da sensibilidade dos pés, medida com um Monofilamento Semmes-Weinstein de 10g
4.1 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das
mãos ou higienização simples das mãos;
4.2 Preparar o material;
4.3 Levar o material próximo ao usuário;
4.4 Explicar o procedimento ao usuário;
4.5 Fechar a porta ou colocar biombo para garantir a privacidade do usuário;
4.6 Posicionar o usuário em decúbito dorsal;
4.7 Mostrar o filamento ao usuário e aplique-o em sua mão para que ele reconheça o
tipo de estímulo;
4.8 Solicitar ao usuário para manter os olhos fechados durante o teste e responda sim
ou não;
4.9 Ao aplicar o monofilamento, mantenha-o perpendicularmente à superfície testada, a
uma distância de 1-2 cm; com um movimento suave, faça-o curvar-se sobre a pele e
retire-o. A duração total do procedimento, do contato com a pele e da remoção do
monofilamento, não deve exceder dois segundos;
4.10 Testar 4 pontos na região plantar: hálux (região plantar da falange distal) e 1ª, 3ª e
5ª cabeças de metatarsos;
4.11 Pressionar o monofilamento sobre a pele (quatro pontos padronizados) e pergunte
ao usuário se ele sente a pressão aplicada (sim/não) e onde está sendo aplicada (pé
direito/esquerdo). Repita a aplicação duas vezes no mesmo local e alterne com uma
212
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Exame de pé diabético

aplicação simulada, na qual o monofilamento não é aplicado; faça três perguntas por
local de aplicação, sendo 8 efetivas (aplicação do monofilamento duas vezes em
cada um dos quatro pontos) e 4 aleatórias (uma pergunta sem aplicação do
monofilamento);
4.12 A incapacidade do usuário de sentir o filamento de 10g em um ou mais pontos, entre
os quatro pontos testados, indica Perda da Sensibilidade Protetora (PSP).
4.13 Se o usuário não responder à aplicação do filamento em determinado local, continue
a sequência randômica e volte àquele local para confirmar. Duas respostas corretas
por local testado descartam PSP;
4.14 Se o monofilamento escorregar pelo lado, desconsidere a eventual resposta do
usuário e teste o mesmo local novamente mais tarde;
4.15 Use uma sequência ao acaso nos locais de teste;
4.16 Havendo áreas ulceradas, necróticas, cicatriciais ou hiperceratóticas,
calos/calosidades, avaliar a região circundante, pois os usuários provavelmente não
sentirão o monofilamento nestas regiões;
4.17 Avaliar temperatura e coloração da pele, aspecto da pele, distribuição de pelos,
unhas, calosidades, ulcerações ou macerações, deformidades, pulsos pediosos e
tibiais posteriores;
4.18 Orientar o usuário sobre uso de calçados adequados, não caminhar descalço;
inspeção diária dos pés, corte reto das unhas, não cortar ou usar produtos químicos
em calos, lavar e secar bem os pés e usar creme hidratante (uréia 10% ou
padronizada pela SMS) exceto entre dedos.

Fonte: Ribeirão Preto (2018)


5 OBSERVAÇÃO
Recomenda-se que seja realizada a limpeza do monofilamento com uma solução de sabão
líquido e água morna após cada uso.
213
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Exame de pé diabético

Não há necessidade de o produto passar por processo de esterilização em autoclave.


O uso repetitivo do monofilamento pode ocasionar a perda de sua calibração.
Não se deve usar o monofilamento em mais de 10 usuários ao dia; ademais, um “repouso”
de 24 horas é requerido para assegurar as 500 horas de meia-vida do instrumento em boas
condições.
Para confirmação do diagnóstico de PSP plantar é recomendado a realização do teste com
monofilamento de 10g e um ou mais testes, podendo ser: avaliação da sensibilidade
vibratória (diapasão), reflexos (martelo) ou dor (pino ou palito).
Porém, por necessitarem de materiais ainda não padronizados e nem disponíveis em todas
as unidades de saúde da rede básica, neste momento, optou-se por manter como padrão
somente o teste de sensibilidade com monofilamento 10g.

6 RESPONSABILIDADE
 Enfermeiro
 Médico

7 REGISTRO
Registrar o procedimento realizado, data e horário do procedimento, carimbo e assinatura
de quem realizou a técnica em prontuário e lançar procedimento no sistema hygia.

REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Manual do pé diabético: estratégias para o cuidado da
pessoa com doença crônica. Brasília: Ministério da Saúde, 2016.

BRASIL. Ministério da Saúde. Estratégias para o cuidado da pessoa com doença


crônica: diabetes mellitus. Brasília: Ministério da Saúde, 2014. (Caderno de Atenção
Básica, n. 36)

RIBEIRÃO PRETO (Cidade). Secretaria Municipal da Saúde. Protocolo de hipertensão


e diabetes. Programa de atenção às pessoas com doenças crônicas não
transmissíveis. Ribeirão Preto: SMS, 2018.

SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES. Diretrizes da Sociedade Brasileira de


Diabetes 2017-2018. São Paulo: Clannad, 2017.
DADOS DA VERSÃO
ELABORAÇÃO APROVAÇÃO
Valdirene Marta Salgueiro Santana Karina Domingues de Freitas
Enfermeira. COREN-SP: 68785 Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 0126266

214
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Exame físico do tórax: coração

Exame físico do tórax: coração

1 OBJETIVO
Obter dados anatomofisiológicos do aparelho circulatório

2 CAMPO DE APLICAÇÃO
Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),
Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família
(USF), Serviço de Atenção Domiciliar (SAD).

3 MATERIAL
3.1 Estetoscópio
3.2 Luva de procedimento (se necessário)
3.3 Algodão seco
3.4 Álcool 70%
3.5 Biombos (se necessário)
3.6 Agulha ponta romba
3.7 Produto pardonizado pela CCI-SMS

4 PROCEDIMENTO
4.1 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das
mãos ou higienização simples das mãos.
4.2 Reunir o material
4.3 Explicar o procedimento e finalidade para o usuário
4.4 Manter a privacidade do usuário
4.5 Posicionar-se do lado direito do usuário
4.6 Posicionar o usuário em decúbito dorsal ou sentado
4.7 Realizar Inspeção
4.7.1 Avaliar pele quanto a:
 Coloração
 Continuidade ou integridade
 Distribuição de pelos
 Simetria
 Manchas
 Outras danos normais e anormais
 Abaulamentos (Ex: cardiomegalia)
215
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Exame físico do tórax: coração

 ÍctusCordis (depende do biótipo, pode ser visível entre 4º a 5º Espaço


Intercostal a E na linha hemiclavicular)
 Análise de batimentos ou movimentos visíveis

4.8 Realizar palpação:


Palpar a pele e avaliar:
 Umidade
 Temperatura
 Textura
 Turgescência
 Sensibilidades térmica, dolorosa e tátil
 Palpar o Ictus Córdis (depende do biótipo, pode ser visível entre 4º a 5º Espaço
Intercostal a E na linha hemiclavicular)
Observar:
 Localização: o impulso deve ocupar apenas uma espação intercostal e estar
imediatamente o sob a linha Hemiclavicular.
 Tamanho: normal um centímetro ou dois
 Amplitude: normalmente uma sensação curta e suave
 Duração: curta, normalmente ocupadasomente a primeira metade da sístole
Observação: A posição lateral esquerda também pode ser usada, pois permite
que o coração se desloque para mais próximo da parede torácica.
 O impulso apical é palpável em cerca de metade dos adultos. Ele não é
palpável nas pessoas obesas ou nas pessoas com paredes torácicas
espessas. O impulso apical aumenta de amplitude e duraçãoem estados de
débito cardíaco elevado (ansiedade, febre, hipertireoidismo, anemia)

Fonte: Jarvis (2002)

216
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Exame físico do tórax: coração

 Palpar o Frêmito precordial


- Posicionar a mão espalmada sobre a região precordial usando
preferencialmente a palma da mão.

Fonte: Jarvis (2002)

4.9 Realizar Ausculta


4.9.1 Frequência Cardíaca Apical de acordo com POP 010
4.10 Auscultar bulhas cardíacas
Localizar os focos
 Mitral: 4º ou 5º EIC Na linha hemiclavicular a E (coincide com a região do ictus
cordis).
 Tricúspide: 4º ou 5º EIC na linha paraesternal a E (base do processo xifoide).
 Aórtico: 2º EIC na linha paraesternal a D.
 Pulmonar: 2º EIC na linha paraesternal a E.
4.11 Reunir material.
4.12 Retirar luvas quando utilizadas.
4.13 Reposicionar o usuário em posição confortável.
4.14 Recompor a unidade.
4.15 Descartar o material em local apropriado, utilizando as luvas de procedimento se
forem necessárias.
4.16 Higienizar as mãos de acordo com procedimento operacional de fricção antisséptica
das mãos ou higienização simples das mãos;
4.17 Anotar procedimento, ressaltando os achados anormais.

217
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Exame físico do tórax: coração

5 OBSERVAÇÃO
A presença de frêmito precordial pode significar fluxo turbulento de sangue nas valvas
cardíacas (sopro), contudo sua ausência não afasta necessariamente a presença do sopro.
Os frêmitos são percebidos como vibrações finas, semelhantes as vibrações observadas
na garganta de um gato miando.
Foneticamente as bulhas cardíacas foram consideradas como TUM - TÁ.
Os focos Mitral e Tricúspide correspondem a 1º bulha cardíaca (TUM - fechamento das
valvas atrioventriculares).
Os focos Aórtico e Pulmonar correspondem a 2º bulha cardíaca (TÁ - fechamento das
valvas semilunares: aórtica e pulmonar).
Identificar a presença de sopros (o terceiro tempo nas bulhas).
Em cada foco avaliar a intensidade dos sons (bulhas normofonéticas, hipofonéticas ou
hiperfonéticas) e a presença de 2 tempos (corresponde aos sons TUM e TÁ).

6 RESPONSABILIDADE
 Enfermeiro
 Médico

7 REGISTRO
Registrar o procedimento realizado (avaliação da pele, ausculta e palpação), aceitação ou
recusa do usuário, data e horário do procedimento, carimbo e assinatura de quem realizou
a técnica em prontuário.

REFERÊNCIAS
BARROS, A. L. B. L. et al. (Org.). Anamnese e exame físico: avaliação diagnóstica de
enfermagem no adulto. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2016.

JARVIS, C. Exame físico e avaliação de saúde. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara


Koogan, 2002.

DADOS DA VERSÃO
ELABORAÇÃO APROVAÇÃO
Marisa Akiko Iwamoto Karina Domingues de Freitas
Enfermeira. COREN-SP: 0115839 Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 0126266

218
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Exame físico obstétrico

Exame físico obstétrico

1 OBJETIVO
Avaliar e acompanhar a gestante e o desenvolvimento fetal.
Identificar situações que necessitem cuidados específicos e/ou encaminhamentos para
intervenções precoces.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO
Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),
Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família
(USF), Serviço de Atenção Domiciliar (SAD), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência
(SAMU).

3 MATERIAL
3.1 Balança para adultos (peso/altura)
3.2 Esfigmomanômetro
3.3 Estetoscópio clínico
3.4 Sonar doppler
3.5 Fita métrica flexível
3.6 Lençol
3.7 Maca, mesa ginecológica ou divã.

4 PROCEDIMENTO
4.1 Higiene das mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das
mãos ou higienização simples das mãos;
4.2 Reunir o material, colocando na bancada próxima à maca;
4.3 Apresentar-se a gestante e explicar o procedimento;
4.4 Verificar a estatura e peso, conforme procedimento operacional;
4.5 Aferir a pressão arterial com a gestante sentada, conforme procedimento
operacional;
4.6 Orientar e ajudar a gestante a deitar-se em decúbito dorsal com a cabeceira elevada,
idealmente com a bexiga vazia.
4.7 Realizar a inspeção da pele e das mucosas.
4.8 Realizar a palpação da tireoide e de todo o pescoço, região cervical e axilar (pesquisa
de nódulos ou outras anormalidades).

219
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Exame físico obstétrico

4.9 Realizar o exame clínico das mamas: À inspeção estática e dinâmica: identifique
visualmente achatamentos dos contornos da mama, abaulamentos ou
espessamentos da pele das mamas, assimetrias, diferenças na cor da pele, na
textura e no padrão de circulação venosa; À palpação: consiste em utilizar os dedos
para examinar todas as áreas do tecido mamário e linfonodos axilares e
supraclaviculares, em busca de nódulos, espessamentos, modificações na textura e
temperatura da pele.
4.10 Abaixar a cabeceira, deixando aproximadamente 15 graus, com o abdome
descoberto, utilizando um lençol para cobrir outras áreas expostas, assim
preservando a privacidade da gestante;
4.11 Realizar a mensuração da altura uterina, a partir da 12ª semana de gestação:
Delimitar a borda superior da sínfise púbica e o fundo uterino; Fixar a extremidade
inicial (0 cm) da fita métrica, flexível e não extensível, na borda superior da sínfise
púbica, passando-a entre os dedos indicador e médio. Proceder à leitura quando a
borda cubital da mão atingir o fundo uterino.
4.12 Realizar as manobras de palpação obstétrica (Manobras de Leopold) que consiste
em um método palpatório do abdome materno em 4 passos, a partir da 20ª semana
de gestação: 1) Delimite o fundo do útero com a borda cubital de ambas as mãos e
reconheça a parte fetal que o ocupa; 2) Deslize as mãos do fundo uterino até o polo
inferior do útero, procurando sentir o dorso e as pequenas partes do feto; 3) Explore
a mobilidade do polo, que se apresenta no estreito superior pélvico; 4) Determine a
situação fetal, colocando as mãos sobre as fossas ilíacas, deslizando-as em direção
à escava pélvica e abarcando o polo fetal, que se apresenta. As situações que podem
ser encontradas são: longitudinal (apresentação cefálica e pélvica), transversa
(apresentação córmica) e oblíqua.
4.13 Realizar a ausculta dos batimentos cardíacos fetais com o sonar doppler (a partir da
12ª semana de gestação), conforme recomendações:
 Procure o ponto de melhor ausculta dos BCF na região do dorso fetal;
 Conte os batimentos cardíacos fetais por um minuto, observando sua frequência
e seu ritmo.
 A frequência esperada é de 110 a 160 bpm;
 Controle o pulso da gestante para certificar-se de que os batimentos ouvidos são
os do feto, já que as frequências são diferentes.
4.14 Identificar a presença de movimentação a partir da 20ª semana.
4.15 Realizar dinâmica uterina, se presença ou queixa de contrações:
 Posicionar-se ao lado da gestante;

220
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Exame físico obstétrico

 Colocar a mão dominante sobre o fundo uterino;


 Marcar 10 minutos e contar o número de contrações uterinas e sua duração
neste intervalo de tempo;
 Perceber a intensidade da contração uterina.
4.16 Avaliar presença de edemas.
4.17 Nos membros inferiores:
 Posicionar a gestante em decúbito dorsal ou sentada, sem meias;
 Pressionar a pele na altura do tornozelo (região perimaleolar) e na perna, no
nível do seu terço médio, face anterior (região pré-tibial). O edema fica
evidenciado mediante presença de depressão duradoura no local pressionado.
4.18 Na região sacra:
 Posicionar a gestante em decúbito lateral ou sentada;
 Pressionar a pele, por alguns segundos, na região sacra, com o dedo polegar.
O edema fica evidenciado mediante presença de depressão duradoura no local
pressionado
4.19 Ajudar a gestante a levantar-se;
4.20 Recompor a unidade.
4.21 Realizar higienização das mãos conforme procedimento operacional de fricção
antisséptica das mãos ou higienização simples das mãos.

5 OBSERVAÇÃO
Realizar a anamnese: dados socioeconômicos; antecedentes familiares; antecedentes
pessoais gerais; antecedentes ginecológicos e obstétricos; dados da gestação atual;
Orientar sobre as alterações próprias do período gravídico;
Realizar orientações para o aleitamento materno.

6 RESPONSABILIDADE
 Enfermeiro
 Médico

7 REGISTRO
Registrar o procedimento realizado, aceitação ou recusa do usuário, data e horário do
procedimento, carimbo e assinatura de quem realizou o exame em prontuário ou ficha de
atendimento ambulatorial e na caderneta da gestante.

221
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Exame físico obstétrico

REFERÊNCIA
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção
Básica. Atenção ao pré-natal de baixo risco. Brasília: Ministério da Saúde, 2013. (Série
A. Normas e manuais técnicos) (Cadernos de atenção básica, n. 32).

BRASIL. Ministério da Saúde. Protocolos da atenção básica: saúde das mulheres.


Brasília: Ministério da Saúde, 2016.

SÃO PAULO (Estado). Secretaria da Saúde. Coordenadoria de Planejamento em Saúde.


Assessoria Técnica em Saúde da Mulher. Atenção à gestante e à puérpera no SUS –
SP: manual técnico do pré-natal e puerpério São Paulo: SES, 2010.

DADOS DA VERSÃO
ELABORAÇÃO APROVAÇÃO
Daniela Rodrigues Pimentel Karina Domingues de Freitas
Enfermeira. COREN-SP: 107905 Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 0126266

222
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Exame físico tórax: pulmão

Exame físico tórax: pulmão

1 OBJETIVO
Obter dados anatomofisiológicos do aparelho respiratório.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO
Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),
Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família
(USF), Serviço de Atenção Domiciliar (SAD).

3 MATERIAL
3.1 Estetoscópio
3.2 Luva de procedimento (se necessário)
3.3 Algodão seco
3.4 Álcool a 70%
3.5 Biombos (se necessário)
3.6 Produto padronizado pela CCI-SMS

4 PROCEDIMENTO
4.1 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das
mãos ou higienização simples das mãos;
4.2 Reunir o material;
4.3 Explicar o procedimento e finalidade para o usuário;
4.4 Manter a privacidade do usuário;
4.5 Posicionar-se do lado direito do usuário;
4.6 Posicionar o usuário sentado ou na impossibilidade desta posição, o usuário deverá
permanecer em decúbito dorsal para o exame do tórax anterior e em decúbito lateral
para tórax posterior;
4.7 Realizar inspeção estática. Identificar os marcos anatômicos das regiões anterior,
lateral e posterior do tórax. Localizar linhas torácicas:

223
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Exame físico tórax: pulmão

 linhas divisórias da face anterior: medioesternal e hemiclavicular

Fonte: Jarvis (2002)

 linhas divisórias da face lateral (levante o braço em 90º e divida o tórax lateral
em 3 linhas): axilar anterior, axilar média e axilar posterior.

Fonte: Jarvis ( 2002)

224
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Exame físico tórax: pulmão

 linhas divisórias da face posterior do tórax: vertebral e linha escapular.

Fonte: Jarvis (2002)

4.8 Localizar regiões torácicas: infraclavicular, supraclavicular, precardíaca, traqueal,


interescapular, supraescapular e infraescapular;
4.9 Avaliar pele quanto a: coloração, continuidade ou integridade (cicatrizes e lesões),
distribuição de pelos, simetria, manchas, abaulamentos e retrações;
4.10 Avaliar o formato do tórax (normal, tonel/barril/globoso, funil, pombo ou
cifoescoliótico);
4.11 Realizar a inspeção dinâmica. Avaliar: tipo de respiração (abdominal ou
diafragmática, toracoabdominal ou torácica), expansibilidade torácica simétrica ou
assimétrica; amplitude (normal, superficial ou profunda); ritmo (normal ou regular,
irregular, dispneia, ortopneia, hiperpneia, trepopneia, platipneia, Cheyne-Stokes ou
dispneia periódica, Kussmaul e Biot); frequência respiratória (eupneia, taquipneia,
bradipneia e apneia); musculatura acessória, retrações, simetria;
4.12 Realizar palpação. Palpar a pele e avaliar: umidade, temperatura e sensibilidade;
4.13 Avaliar padrão respiratório em relação à expansibilidade torácica (simétrica ou
assimétrica). Para face posterior do tórax: colocar as mãos aquecidas na parede
torácica póstero-lateral, com os polegares aos níveis de T9 OU T10. Deslizar as mãos
medialmente para apertar para cima uma pequena dobra de pele entre os polegares;

225
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Exame físico tórax: pulmão

Fonte: Jarvis (2002)

4.14 Avaliar sensibilidade ou dor;


4.15 Avaliar frêmito tóracovocal (transmissão da vibração do movimento do ar através da
parede torácica durante a fonação). Usar a base palmar dos dedos ou a face ulnar
de uma das mãos para tocar o tórax do usuário enquanto ele repete palavras
ressonantes (como por exemplo: 33) que causam vibrações fortes.
4.16 Avaliar frêmito brônquico. Provocado pela vibração das secreções nos brônquicos de
médio e grosso calibre durante a respiração (fases inspiratória e expiratória). Pode
desaparecer, diminuir ou mudar de localização com a mobilização das secreções
(tosse, mudança de decúbito). As regiões para localização posterior e anterior do
tórax são demonstradas nas figuras a seguir.

Fonte: Barros (2002)


226
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Exame físico tórax: pulmão

4.17 Realizar percussão digito digital nas regiões demonstradas nas figuras a seguir:

Fonte: Barros (2002)

4.18 Realizar ausculta nas mesmas regiões demostradas na percussão;


4.19 Reunir material;
4.20 Retirar luvas quando utilizadas;
4.21 Reposicionar o usuário em posição confortável;
4.22 Descartar o material em local apropriado;
4.23 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das
mãos ou higienização simples das mãos;
4.24 Anotar procedimento.

5 OBSERVAÇÃO
Não se aplica.

6 RESPONSABILIDADE
 Enfermeiro
 Médico

227
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Exame físico tórax: pulmão

7 REGISTRO
Registrar o procedimento realizado (avaliação da pele, formato do tórax, inspeção
dinâmica, expansibilidade torácica, ritmo, amplitude, frequência respiratória, uso de
musculatura acessória, percussão e ausculta), aceitação ou recusa do usuário, data e
horário do procedimento, carimbo e assinatura de quem realizou a técnica em prontuário.

REFERÊNCIAS
BARROS, A. L. B. L. et al. (Org.). Anamnese e exame físico: avaliação diagnóstica de
enfermagem no adulto. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2016.

JARVIS, C. Exame físico e avaliação de saúde. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara


Koogan, 2002.

DADOS DA VERSÃO
ELABORAÇÃO APROVAÇÃO
Marisa Akiko Iwamoto Karina Domingues de Freitas
Enfermeira. COREN-SP: 0115839 Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 0126266

228
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Extricação rápida

Extricação rápida

1 OBJETIVO
Orientar a retirada manual e rápida, de dentro do veiculo, de usuários críticos e instáveis,
com lesões graves que implicam em risco de vida, com indicação para a imobilização da
coluna, antes de realizar qualquer procedimento.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO
Unidades de suporte básico de vida (USB), unidades de suporte avançado (USA) do
Serviço de Assistência Móvel de Urgência – SAMU Regional de Ribeirão Preto.

3 MATERIAL
Para a realização do procedimento faz se necessário apenas a utilização dos
equipamentos de proteção individual.

4 PROCEDIMENTO
Os princípios deste procedimento (manter, sem interrupção, a estabilização manual da
cabeça e do pescoço e o alinhamento e estabilização da coluna) devem ser mantidos
independente da situação ou das mudanças de posicionamento que se fizerem
necessários.

4.1 Três ou mais profissionais

4.1.1 Abrir a porta do veículo, posicionar a maca da ambulância com a prancha


longa próxima à porta aberta e aproximar-se do usuário, orientando-o sobre
a técnica e sua importância;
4.1.2 Iniciar o procedimento de estabilização e alinhamento manual da cabeça e
do pescoço do usuário, abordando-o por trás ou lateralmente,
movimentando a cabeça e o pescoço sutilmente, trazendo para a posição
de alinhamento neutro e realize a colocação do colar cervical após a
avaliação rápida;

Fonte: PHTLS (2014)


229
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Extricação rápida

4.1.3 Enquanto se mantém a estabilização manual da cabeça, deve-se controlar


a região do tronco e dos membros inferiores, e girar o usuário
cuidadosamente, com movimentos precisos, curtos e controlados até que
não se possa mais manter o controle da estabilização manual;

Fonte: PHTLS (2014)

4.1.4 Um segundo profissional sai do veículo e assume o controle da estabilização


manual, enquanto que o outro que está posicionado no assento traseiro
move-se e assume o controle da região inferior do tronco e das pernas do
usuário;

Fonte: PHTLS (2014)

4.1.5 A rotação do usuário continua até que ele possa ser abaixado para fora da
abertura da porta do veículo e sobre a prancha longa. A prancha longa é
colocada com a extremidade distal sobre o assento do veículo e a
extremidade da cabeça sobre a maca da ambulância ou apoiada pelo outro
profissional enquanto o usuário é deitado sobre ela;

230
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Extricação rápida

Fonte: PHTLS (2014)

4.1.6 Uma vez que o tronco do usuário esteja sobre a prancha, o peso do tórax é
aliviado enquanto se controla a pelve e as pernas. O usuário é movimentado
para cima sobre a prancha longa. O profissional que mantém a estabilização
manual deve ter cuidado para não puxar o usuário, mas sim dar suporte à
cabeça e ao pescoço;

Fonte: PHTLS (2014)

4.1.7 Após o usuário ser posicionado na prancha longa, o profissional pode fixá-
lo na prancha e esta na maca da ambulância. Primeiro, fixa-se a região
superior do tronco; posteriormente a região inferior do tronco, a pelve e
depois a cabeça. As pernas são presas por último. Se a cena não é segura,
o usuário deve ser removido para uma área segura antes de ser fixado na
prancha ou na maca.

231
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Extricação rápida

Fonte: PHTLS (2014)

4.2 Em dois profissionais:

4.2.1 Abrir a porta do veículo, posicionar a maca da ambulância, aproximar-se do


usuário orientando-o sobre a técnica e sua importância;
4.2.2 Se possível, a maca da ambulância com a prancha longa deve ser trazida
para a abertura da porta do veículo e a prancha longa é posicionada debaixo
das nádegas do usuário de forma que uma extremidade esteja seguramente
apoiada no assento do veículo e a outra na maca;
4.2.3 O primeiro profissional mantém a estabilização e alinhamento manual da
cabeça e do pescoço do usuário, enquanto que o segundo profissional
instala o colar cervical adequado e coloca um lençol previamente torcido em
volta do usuário. O meio do lençol é colocado na linha central do usuário
sobre o colar cervical rígido e as extremidades do mesmo são enroladas em
torno do colar cervical e passadas por baixo dos braços do usuário;

Fonte: PHTLS (2014)

4.2.4 Após isso o usuário é girado usando as extremidades do cobertor enrolado


até que as costas do usuário estejam centralizadas com a abertura da porta
do veículo

232
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Extricação rápida

Fonte: PHTLS (2014)

4.2.5 Neste momento o primeiro profissional assume o controle das extremidades


do lençol, movendo-as por baixo dos ombros do usuário, e move-o pelo
lençol enquanto o segundo profissional controla a região inferior do tronco,
da pelve e das pernas do usuário, deslizando-o pela prancha longa e esta
pela maca da ambulância;

Fonte: PHTLS (2014)

4.2.6 Se a cena e as condições hemodinâmicas do usuário permitir realize


rapidamente a fixação dos cintos de segurança e remova o usuário para um
local seguro e inicie o atendimento indicado.

4.3 Em um profissional:

4.3.1 Abrir a porta do veículo, aproximar-se do usuário, orientando-o sobre a


técnica e sua importância;
4.3.2 Iniciar a estabilização da coluna cervical, fixando a região occipital com a
mão dominante ou esquerda;
4.3.3 Fixar a mandíbula, com a outra mão (direita), e passar o antebraço sob a
axila do usuário;

233
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Extricação rápida

Fonte: http://uo.costa.zip.net

4.3.4 Alinhar manualmente, com movimentos sutis, o pescoço e o tronco;


4.3.5 Apoiar a cabeça do usuário no seu ombro esquerdo fazendo o apoio do
occipital para liberar sua mão esquerda;
4.3.6 Passar o braço esquerdo sob a axila do usuário e fixar seu punho esquerdo;
4.3.7 Tracionar o usuário para fora do carro e para cima, erguendo seu corpo,
tendo o cuidado para não derrubar o usuário, uma vez que você deverá
sustentar o peso do mesmo sobre seu corpo e sair de costas do veículo;

Fonte: http://uo.costa.zip.net

4.3.8 Deslocar seu corpo para trás, mantendo o alinhamento da coluna cervical e
do tronco superior do usuário;
4.3.9 Ao atingir uma distância segura do carro, sentar o usuário no solo mantendo
o alinhamento do dorso;

234
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Extricação rápida

4.3.10 Deslocar a mão esquerda que segurava o punho do usuário, para a região
occipital com o objetivo de deitá-la ao solo;
4.3.11 Deitar o usuário ao solo, mantendo o alinhamento cervical, ou deitá-lo sobre
a maca rígida se estiver disponível;
4.3.12 Iniciar os procedimentos ou manobras necessárias conforme os agravos do
usuário.

5 OBSERVAÇÃO
Este procedimento serve para que seja realizado a retirada de um usuário do interior de
um veiculo, nos casos em que o socorro não possa ser executado no local onde ele se
encontra, em decorrência de riscos para o usuário ou para a equipe, devido a insegurança
da cena (riscos de incêndio, explosão), condições hemodinâmicas do usuário (PCR), ou
porque este está atrapalhando o socorro de outro mais grave e o acesso é restrito (PHTLS,
2014).
A retirada rápida é escolhida quando existem condições de risco de vida e não com base
em preferências pessoais (PHTLS, 2014).

6 RESPONSABILIDADES
 Condutor dentro de suas atribuições
 Auxiliar de enfermagem
 Técnico de enfermagem
 Enfermeiro
 Médico Intervencionista.

7 REGISTRO
Registrar devidamente a assistência prestada na ficha de atendimento do usuário com
assinatura e carimbo constando o número de registro no conselho de classe de quem
realizou a técnica.

REFERÊNCIAS
COLÉGIO AMERICANO DE CIRURGIÕES. Comitê do Trauma. Suporte avançado de
vida no trauma ATLS: manual do curso para alunos, São Paulo: Colégio Americano de
Cirurgiões, 2007.

MANTOVANI, M. Suporte básico e avançado de vida no trauma. Atheneu: São Paulo,


2005.

OLIVEIRA, B. F. M. et al. Trauma: atendimento pré-hospitalar. Atheneu: São Paulo, 2004.

235
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Extricação rápida

PHTLS atendimento pré-hospitalar ao traumatizado: básico e avançado. 8. ed. Rio de


Janeiro: Elsevier, 2014.

SOUSA, R. M. C. et al. Atuação no trauma: uma abordagem para a enfermagem. São


Paulo: Atheneu, 2009.

DADOS DA VERSÃO
ELABORAÇÃO APROVAÇÃO
Rosana Joaquim Fernandes Rosana Joaquim Fernandes
Enfermeira. COREN-SP: 42639 Enfermeira. COREN-SP: 42639

ATUALIZAÇÃO - 1 APROVAÇÃO - 1
Cláudia Carvalho Moreira Pinotti Karina Domingues de Freitas
Enfermeira. COREN-SP: 268146 Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 0126266

236
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Fricção antisséptica das mãos

Fricção antisséptica das mãos

1 OBJETIVO
Remover os microrganismos que colonizam as camadas superficiais da pele.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO
Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),
Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família
(USF), Serviço de Atenção Domiciliar (SAD), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência
(SAMU).

3 MATERIAL
3.1 Dispensador com álcool em gel 70% antisséptico ou
3.2 Almotolia com álcool em gel 70% antisséptico para SAMU e equipes de atendimento
domiciliar e beira leito nas UBDS e UPA.

4 PROCEDIMENTO

4.1 Aplicar na palma da mão quantidade suficiente de álcool a 70%;

Fonte: Brasil, 2013

237
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Fricção antisséptica das mãos

4.2 Friccionar as palmas das mãos;

Fonte: Brasil, 2013

4.3 Friccionar o dorso de uma mão com a palma da outra entrelaçando os dedos, e vice-
versa;

Fonte: Brasil, 2013

4.4 Friccionar a palma das mãos entre si com os dedos entrelaçados;

Fonte: Brasil, 2013

238
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Fricção antisséptica das mãos

4.5 Friccionar o dorso dos dedos com a palma da mão oposta e vice-versa;

Fonte: Brasil, 2013

4.6 Friccionar o polegar com a palma da mão oposta com movimentos circulares, em
sentido proximal distal;

Fonte: Brasil, 2013

4.7 Friccionar as polpas digitais e as unhas de cada mão na palma da outra, com a mão
fechada, em concha, com movimentos circulares;

239
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Fricção antisséptica das mãos

Fonte: Brasil, 2013


4.8 Deixar secar naturalmente.

Fonte: Brasil, 2013

5 OBSERVAÇÃO
5.1 Momentos em que o procedimento deve ser realizado:
 Na impossibilidade de higienização das mãos;
 Antes de contato com o usuário;
 Após contato com o usuário;
 Antes de manipular dispositivos invasivos;
 Antes de calçar luvas para procedimentos;
 Após retirar as luvas;
 Durante o cuidado com o mesmo cliente, ao mudar de um local contaminado para
outro local;
 Após contato com superfícies próximas ao cliente.

6 RESPONSABILIDADE
Todos os profissionais das unidades de saúde, do SAMU e que realizam atendimento
domiciliar.

7 REGISTRO
Não se aplica.

REFERÊNCIAS
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Fiocruz. Programa Nacional de
Segurança do Paciente. Anexo 1: protocolo para a prática de higiene das mãos em
serviços de saúde. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2013.

240
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Fricção antisséptica das mãos

BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Segurança do paciente em serviços


de saúde: higienização das mãos. Brasília, DF: Anvisa, 2009.

DADOS DA VERSÃO
ELABORAÇÃO APROVAÇÃO
Mayra Fernanda de Oliveira Jane Aparecida Cristina
Enfermeira. COREN-SP: 011255 Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 44071

ATUALIZAÇÃO - 1 APROVAÇÃO - 1
Cátia Helena Damando Salomão Karina Domingues de Freitas
Enfermeira. Presidente da CCI-SMS Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 144846 COREN-SP: 0126266

Lauren Suemi Kawata


Enfermeira. COREN-SP: 126659

241
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Higienização simples das mãos

Higienização simples das mãos

1 OBJETIVO
Remover os microrganismos que colonizam as camadas superficiais da pele, assim como
o suor, a oleosidade e as células mortas, retirando a sujidade propícia à permanência e à
proliferação de microrganismos (BRASIL, 2013).

2 CAMPO DE APLICAÇÃO
Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),
Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família
(USF), Serviço de Atenção Domiciliar (SAD), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência
(SAMU).

3 MATERIAL
3.1 Pia apropriada para higienização das mãos;
3.2 Dispensador com sabonete líquido;
3.3 Papel toalha;
3.4 Lixeira com tampa para resíduos comuns.

4 PROCEDIMENTO
4.1 Abrir a torneira:
- Se usar torneira manual, ensaboar e fechar o volante da torneira;
- Se usar torneira que possui alavanca ou temporizador, acioná-los com o cotovelo;

Fonte: Brasil, 2013

4.2 Molhar as mãos, sem encostar-se na pia;


4.3 Aplicar na palma da mão quantidade suficiente de sabonete líquido para cobrir toda
a superfície das mãos;

242
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Higienização simples das mãos

Fonte: Brasil, 2013

4.4 Ensaboar as palmas das mãos, friccionando-as, com movimentos circulares e os


dedos fechados;

Fonte: Brasil, 2013

4.5 Esfregar o dorso da mão com a palma da outra mão, entrelaçando os dedos e vice-
versa;

Fonte: Brasil, 2013

243
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Higienização simples das mãos

4.6 Entrelaçar os dedos e friccionar os espaços interdigitais;

Fonte: Brasil, 2013

4.7 Esfregar o dorso dos dedos com a palma da mão oposta e vice-versa, com
movimento de vai e vem;

Fonte: Brasil, 2013

4.8 Esfregar cada polegar com a palma da mão oposta em movimentos circulares, em
sentido proximal-distal;

Fonte: Brasil, 2013

244
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Higienização simples das mãos

4.9 Friccionar as polpas digitais e as unhas de cada mão na palma da outra, com a mão
fechada, em concha, com movimentos circulares;

Fonte: Brasil, 2013

4.10 Abrir/acionar a torneira:


- Se usar torneira manual, enxaguar o sabonete ou solução antisséptica do volante;
- Se usar torneira com temporizador ou alavanca, acioná-los com o cotovelo;

Fonte: Brasil, 2013

4.11 Enxaguar as mãos retirando totalmente o resíduo do sabonete;


4.12 Se usar torneira manual, fechar a torneira, utilizando papel toalha.
4.13 Secar as mãos com papel toalha;

245
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Higienização simples das mãos

Fonte: Brasil, 2013

4.14 Desprezar o papel toalha na lixeira para resíduos comuns.

5 OBSERVAÇÃO
A higienização simples das mãos deve ter duração mínima de 40 a 60 segundos.
Momentos em que o procedimento deve ser realizado:
 Antes e após o contato com o usuário;
 Antes e após manipular dispositivos invasivos;
 Antes de calçar luvas para procedimentos;
 Após retirar as luvas;
 Após risco de exposição a fluidos corporais ou excreções;
 Durante o cuidado com o mesmo usuário, ao mudar de um local contaminado para
outro local;
 Após contato com superfícies próximas ao usuário;
 Quando as mãos estiverem visivelmente sujas;
 Ao iniciar e terminar o turno de trabalho;
 Antes de manipulação e preparo de medicamentos e alimentos.

246
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Higienização simples das mãos

Seguir o esquema abaixo: Os cinco momentos para higienização das mãos

Antes da
realização de
procedimento
asséptico

Antes de Após contato


contato com com o usuário
o usuário

Após risco de
exposição a
fluidos corporais Após contato
com áreas
próximas ao
usuário

Fonte: Brasil (2013)

6 RESPONSABILIDADE
Todos os profissionais envolvidos no cuidado ao usuário das unidades de saúde, do SAMU
e que realizam atendimento domiciliar.

7 REGISTRO
Não se aplica.

REFERÊNCIAS
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Fiocruz. Programa Nacional de
Segurança do Paciente. Anexo 1: protocolo para a prática de higiene das mãos em
serviços de saúde. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2013.

BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Segurança do paciente em serviços


de saúde: higienização das mãos. Brasília, DF: Anvisa, 2009.

DADOS DA VERSÃO
ELABORAÇÃO APROVAÇÃO
Mayra Fernanda de Oliveira Jane Aparecida Cristina
Enfermeira. COREN-SP: 011255 Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 44071
ATUALIZAÇÃO - 1 APROVAÇÃO - 1
Cátia Helena Damando Salomão Karina Domingues de Freitas
Enfermeira. COREN-SP: 144846 Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 0126266
Lauren Suemi Kawata
Enfermeira. COREN-SP: 126659

247
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Higiene do coto umbilical

Higiene do coto umbilical

1 OBJETIVO
Remover sujidades do coto umbilical. Prevenir infecção. Promover a queda no coto
umbilical. Inserir os pais no cuidado.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO
Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),
Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família
(USF), Serviço de Atenção Domiciliar (SAD), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência
(SAMU).

3 MATERIAL
3.1 01 par de luvas de procedimento
3.2 Álcool a 70%
3.3 03 Hastes flexíveis
3.4 Bandeja

4 PROCEDIMENTO
4.1 Reunir o material, colocando-o próximo ao RN;
4.2 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das
mãos ou higienização simples das mãos
4.3 Calçar as luvas;
4.4 Explicar o procedimento e a finalidade aos pais / cuidadores e orientá-los durante o
procedimento;
4.5 Iniciar a higiene após verificar fralda limpa e dobrar a parte anterior da fralda para expor
o coto, mantendo o RN em decúbito dorsal;
4.6 Abrir o invólucro das hastes flexíveis com algodão;
4.7 Retirar uma das hastes flexíveis com algodão do invólucro, sem tocar na parte com
algodão;
4.8 Umedecer as extremidades da haste em álcool 70%;
4.9 Utilizar a mão não dominante para manter o coto longe do abdome, segurando
delicadamente pelo grampo/clamp;
4.10 Utilizando uma das extremidades da haste, proceder à antissepsia da base do coto,
com movimento circular único, girando a haste entre os dedos indicador e polegar;
4.11 Repetir o procedimento, utilizando a outra extremidade da haste;

248
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Higiene do coto umbilical

4.12 Umedecer as extremidades de outra haste e realizar a antissepsia ao longo do coto,


no sentido da base para a extremidade, com movimentos únicos, girando a haste após
cada movimento;
4.13 Umedecer as extremidades de outra haste e utilizar uma delas para realizar a
antissepsia do clamp, com movimentos únicos, girando a haste após cada movimento;
4.14 Utilizar a outra extremidade da haste para realizar a antissepsia da extremidade distal
do coto, com movimentos únicos, girando a haste após cada movimento;
4.15 Soltar o coto e colocar a parte inferior da vestimenta;
4.16 Envolver o RN em uma manta ou cueiro, se necessário e colocá-lo no colo da mãe /
cuidador;
4.17 Reunir e encaminhar ou desprezar o material;
4.18 Retirar as luvas e lavar as mãos;
4.19 Anotar o procedimento realizado.

5 OBSERVAÇÕES
Não se aplica

6 RESPONSABILIDADE
 Auxiliar de enfermagem
 Técnico em Enfermagem
 Enfermeiro
 Médico

7 REGISTRO
Registrar o procedimento realizado, as condições do local (presença de sangramento,
secreções ou hiperemia no coto ou pele adjacente), desempenho da mãe / cuidador e
atitudes promotoras de apego observadas entre mãe / cuidador e bebê.

REFERÊNCIA

BROWDEN, V.R. GREENBERG, C.S. Procedimentos de enfermagem pediátrica. 3 ed. Rio


de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013.

249
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Higiene do coto umbilical

DADOS DA VERSÃO
ELABORAÇÃO APROVAÇÃO
Patrícia Abrahão Curvo Karina Domingues de Freitas
Enfermeira. COREN-SP: 0115657 Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 0126266

250
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Hipodermóclise

Hipodermóclise

1 OBJETIVO
Realizar técnica de hipodermóclise, podendo ser definida basicamente como a
administração lenta de medicamentos e ou soluções isotônicas no tecido subcutâneo.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO
Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),
Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família
(USF), Serviço de Atenção Domiciliar (SAD), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência
(SAMU).

3 MATERIAL
3.1 01 par de luvas de procedimento
3.2 01 microfusor (escalpe ou butterfly) 21 a 25G (observação: o cateter agulhado não
deve conter dispositivo de segurança, pois a movimentação do usuário pode acionar
o dispositivo e ocasionar a retirada acidental do acesso).
3.3 01 equipo de microgotas
3.4 01 cobertura estéril transparente ou micropore
3.5 Álcool a 70%
3.6 Algodão
3.7 Solução fisiológica 0,9% 10 mL
3.8 Agilha para aspiração 40X12.

4 PROCEDIMENTO
4.1 Explicar o procedimento ao usuário e seus familiares/cuidador;
4.2 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional higienização simples das
mãos;
4.3 Confrontar a prescrição médica com o medicamento, verificando também dose, via,
volume, tempo/gotejamento, período de tratamento;
4.4 Reunir todo o material;
4.5 Realizar o preparo da medicação conforme prescrição médica;
4.6 Preencher o lúmen do microfusor (escalpe ou butterfly) com solução fisiológica 0,9%.
Ao usar o microfusor (escalpe, cateter agulhado) manter a seringa acoplada na via
introdutória, isso garante que o lúmen do catéter permaneça preenchido, reduzindo
a possibilidade de contaminação.

251
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Hipodermóclise

4.7 Colocar todo material que vai utilizar ao alcance das mãos;
4.8 Avaliar as regiões anatômicas e escolha o local da punção. Se necessário, realizar
tricotomia com tricótomo ou tesoura. Não usar lâminas de barbear, pois elas
provocam escarificação da pele, o que pode comprometer a avaliação da integridade
do sítio de punção, além de aumentar o risco de infecção local;
4.9 Calçar luvas de procedimento e fazer a antissepsia da pele com álcool 70%;
4.10 Faça uma prega cutânea e introduza o catéter na prega, em um ângulo de 45º com
bisel voltado para cima, em direção centrípeta e voltada para a rede ganglionar local.
Usuários emagrecidos devem ser puncionados com angulação de 30º, observando se há
retorno de sangue no cateter por punção equivocada de algum capilar.
4.11 Aspirar para certificar-se de não ter puncionado um vaso. Se houver retorno
sanguíneo, retirar o cateter e repetir a punção a uma distância de pelo menos 5cm
da punção original.
4.12 Enrolar o intermediário e realizar a fixação do cateter com cobertura estéril,
preferencialmente transparente. Caso não esteja disponível, a fixação poderá ser
realizada com fita micropore ou esparadrapo. Identificar o curativo com data, horário
e nome do profissional responsável.
4.13 Administrar o medicamento em bolus ou conectar o cateter ao equipo da solução.
Após a administração de cada medicamento, injetar 1 mL de Solução Fisiológica
0,9% para garantir que todo o conteúdo do medicamento do circuito do catéter ou do
intermediário tenha sido administrado.
4.14 Sinalizar sítio de punção exclusivo: por exemplo, dexametasona é um glicocorticóide
e inativa outros medicamentos na infusão por via subcutânea;
4.15 Desprezar todo o material em destino correto, lixo comum, lixo infectante e caixa de
perfurocortantes;
4.16 Higienizar das mãos conforme procedimento operacional higienização simples das
mãos;
4.17 Realizar anotação de enfermagem sobre a realização do procedimento: local da
punção, catéter utilizado, aspecto de todo o sítio da punção e após, assinar e
carimbar.

252
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Hipodermóclise

5 CONTRAINDICAÇÕES

Absolutas Relativas
Recusa do paciente Caquexia
Anasarca Síndrome da veia cava superior
Trombocitopenia grave Ascite
Necessidade de reposição grave de Proeminências ósseas
volume (desidratação grave ou choque).

Situações a serem observadas e avaliadas individualmente;


Área com circulação linfática reduzida (após cirurgia ou radioterapia)
Área de infecção, inflamação ou ulceração cutânea;
Proximidades de articulação.

6OBSERVAÇÕES

6.1 Sítios e volume de punção

Figura1. Regiões para punção subcutânea. Fonte: SBGG, 2016.

253
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Hipodermóclise

Não puncionar regiões próximas a articulações.


Avaliar a espessura do tecido subcutâneo que é recomendável que seja de no mínimo 1,0 a
2,5cm.
O catéter deve ser inserido considerando a direção da drenagem linfática para reduzir o risco
de edemas, por isso a inserção deve ser centrípeta, ou seja, no sentido do coração.
Deve-se fazer o rodízio de punção respeitando 5 cm do local da punção anterior.
Diluir sempre o medicamento em solução fisiológica 0,9% em volume igual ou maior que
100%. Exemplo: morfina de 10 mg/mL (ampola de 1 mL) – diluir uma ampola em, no mínimo,
1 mL de Solução Fisiológica 0,9%.
Medicamentos irritantes são indicados diluição em 100mL de Solução Fisiológica 0,9%.

Medicamentos e Soluções para uso subcutâneo (ANEXO 1)

Tabela de compatibilidade entre medicamentos (ANEXO 2)


A compatibilidade entre os medicamentos deve ser rigorosamente observada.
Em caso de incompatibilidade (conforme anexo 2) os medicamentos devem ser administrados
em sítio de punção distintos e distantes uns dos outros, o que por vezes requer duas ou mais
punções. Recomenda-se, ainda, que cada sítio deva receber no máximo três medicamentos
compatíveis entre si.
A incompatibilidade entre medicamentos pode fazer com que, na interação, suas
características possam ser modificadas, causando desde precipitações (que podem ser
invisíveis à olho nu) até alteração de sua eficiência.

7 CUIDADOS DE ENFERMAGEM APÓS PUNÇÃO

7.1 Cuidados gerais


Higienizar as mãos antes e após cada manuseio do cateter para prevenir infecção;
Fazer assepsia da via de acesso sempre que abrir o sistema, friccionando gaze embebida em
álcool a 70% no óstio do lúmen de acesso;
Orientar usuário, familiares e equipe sobre a possibilidade de discreta hiperemia e edema no
local de inserção do cateter logo após a administração de medicamentos ou soluções;
Protejer a punção com plástico durante o banho para manter a área seca.

7.2 Velocidade de infusão

254
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Hipodermóclise

Os medicamentos podem ser administrados em bolus ou em infusão contínua, conforme a


necessidade.
Caso os volumes prescritos sejam superiores a 1500 mL por dia, será necessário um segundo
acesso no lado oposto à primeira instalação (obervar a figura dos possíveis sítios de infusão
e capacidade de volume permitida).
A infusão em bolus deve ser lenta. Para o gotejamento das infusões contínuas por ação
gravitacional, recomenda-se o uso de equipos de microgotas.
Sugere-se velocidade entre 60 e 125 mL/h para a infusão de soluções.

7.3 Tempo de permanencia do catéter

Agulhado: até 5 dias


Não agulhado: até 11 dias
Na suspeita de alguma complicação o catéter deverá ser retirado.
A troca do dispositivo vai variar conforme a cobertura utilizada: filme transparente, fita
micropore ou esparadrapo. No geral, a cobertura estéril transparente pode permanecer por
até sete dias. As demais deverão ser trocadas diariamente, e essa manipulação acarreta
diminuição da vida útil da punção pelo aumento do risco de contaminação e possibilidade de
tração do cateter.
No ambiente hospitalar é preconizada a troca do sítio de punção a cada 72 horas (ANVISA).

7.4 Observação de complicações


Monitorar sinais de irritação local lembrando que a hiperemia é normal no sítio de punção nas
primeiras 4 horas.
Verificar presença de sinais flogísticos: celulite, edema, calor, rubor e dor e também
endurecimento e hematoma local.
Observar relato de cefaléia e ansiedade do usuário;
Observar sinais de sobrecarga cardíaca (taquicardia e turgência jugular);
Na presença de sinais flogísticos, o cateter deve ser retirado e aquele sítio estará
contraindicado para novas punções por, no mínimo, dez dias.
Na presença de edema no local da infusão, reduzir a velocidade e se melhora, manter o
acesso.
A celulite é a complicação mais grave descrita, tem baixa incidência e pode requerer
antibioticoterapia.

255
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Hipodermóclise

8 RESPONSABILIDADE
 Auxiliar de enfermagem
 Técnico em Enfermagem
 Enfermeiro
 Médico

9 REGISTRO
Registrar o procedimento realizado, aceitação ou recusa do usuário, data e horário do
procedimento, carimbo e assinatura de quem realizou a técnica em prontuário ou ficha de
atendimento ambulatorial. Em domicílio, documentar em prontuário domiciliar.

REFERÊNCIAS

AZEVEDO, D.L. Organização. O uso da via subcutânea em geriatria e cuidados


paliativos. Rio de Janeiro: Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG),
2017.2ª ed. 56p.

BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Nacional de Câncer. Terapia subcutânea no


câncer avançado. Rio de Janeiro: INCA; 2009. (Série cuidados paliativos).

BRUNO, V.G. Hipodermóclise: revisão de literatura para auxiliar a prática clínica


Hypodermoclysis: a literature review to assist in clinical practice. Einstein: v. 13, n. 1,
p.122-82, 2015.

CAMPINAS (Cidade). Prefeitura Municipal. Serviço de Atenção Domiciliar. Protocolo da


assistência de Enfermagem. Campinas: Prefeitura Municipal, 2015.

JAIN, S.; MANSFIELD, M.; WILCOX, M. H. Subcutaneous fluid administration – better than
the intravenous approach? The Journal of Hospital Infection, London, v. 41, n. 4, p. 269-
272, 1999.

PEREIRA I. Hipodermóclise. In: CUIDADO paliativo. São Paulo: CREMESP; 2008. p. 259-
272.

QUAGLIO, R.C.; VARALLO, F.R.; LIMA, N.K.C.; JUNQUEIRA, A.F.; IANHEZ JÚNIOR, E.;
MATUMOTO, S.; FORTUNA, C.M. Medicamentos passíveis de infusão por hipodermóclise.
Medicina (Ribeirão Preto, Online.) 2018;51(1):55-68. Disponível em:
http://revista.fmrp.usp.br Acesso em: 25 Nov. 2020.

QUÁGLIO, R. C. Hipodermóclise: aula [fev. 2016]. Aula ministrada na EERP-USP.

SASSON, M.; SHVARTZMAN, P. Hypodermoclysis: an alternative infusion technique.


American Family Physician, Kansas City, v. 64, n. 9, p. 1575-1579, 2001.

YAP, L. K.; TAN, S.H.; KOO, W. H. Hypodermoclysis or subcutaneous infusion revisited.


Singapore Medical Journal, Singapore, v. 42, n. 11, p. 526-529, 2001
256
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Hipodermóclise

.
ANEXO 2

Medicamentos Apresentação Indicação de uso Posologia e dose Diluente e volume Tempo de infusão Observações específicas
Ampola:
Bromoprida Antiemético 20- 60mg SF 0,9% 1:1 ml Bolus: Infusão lenta
10mg/ 2 ml
Reconstituir 1g em 10
Antimicrobiano:
Frasco- mL de água destilada e Infusão contínua, Prática clínica: Não mesclar durante a
Cefepime Infecções bacterianas 1g de 12/12h;
ampola 1g (re) diluir em 100 mL de tempo: 60 minutos. infusão.
sensíveis a Cefepime
SF 0.9%.
Antimicrobiano: Reconstituir 1g em 10 Prática clínica: observar e manter a
Frasco Infecções bacterianas mL de água destilada e Infusão contínua, diluição recomendada e infusão lenta
Ceftriaxona 1g de 12/12h
ampola 1g sensíveis a (re) diluir em 100 mL de tempo: 60 minutos, para evitarirritação local. Não mesclar
ceftriaxona SF 0.9%. durante a infusão.
Anorexia, Astenia,
Medicamento disponível em outras
Aumento da pressão
Dose entre 0,75 a formulações: liberação prolongada.
intracraniana; Bolus: Infusão lenta,
15mg/dia, Frequentemente administrado uma
Ampola: Compressão medular, o tempo de infusão
Dexametazona dependendo da SF 0,9%Bolus 1:1 ml vez ao dia, de preferência pela manhã,
10mg/2,5 ml Dispneia, Dor, preconizado é de 15
indicação evitando o risco de insônia e
Estimulante de min.
terapêutica supressão adrenal. Por se tratar de
apetite; Náusea e
glicocorticoide, administrar em sítio
vômitos refratários,
257
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Hipodermóclise

Obstrução intestinal exclusivo. Pode produzir boca seca e


Edema peritumoral confusão.

Ampola
Dipirona Dor e/ou febre 1g até 6/6h SF 0,9% 1:1 ml Bolus: Infusão lenta
1g/2mL
Reduz produção de
secreção em vias
respiratórias.
Pode causar sedação, por ultrapassar a
Sialorréia; 0,25-120mg/24h, Infusão lenta em
Ampola: barreira hematoencefálica. OBS: a
Escopolamina Antiespasmódico, dependendo da SF 0,9% 1:1 ml bolus ou infusão
20mg/ml administração de buscopan-composto
Antiemético (náuseas indicação contínua
é contraindicada por via SC.
e vômitos);
Estertores pré-morte.
Sedação

258
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Hipodermóclise

ANEXO 2
Tabela de compatibilidade entre medicamento

259
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Hipodermóclise

DADOS DA VERSÃO
ELABORAÇÃO APROVAÇÃO
Emília Maria Paulina Campos Chayamiti Karina Domingues de Freitas
Enfermeira. COREN-SP: 44546 Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 0126266

ATUALIZAÇÃO - 1 APROVAÇÃO - 1
Emília Maria Paulina Campos Chayamiti Karina Domingues de Freitas
Enfermeira. COREN-SP: 44546 Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 0126266
Miriã Avelino Prado
Enfermeira. COREN-SP: 81737

ATUALIZAÇÃO - 2 APROVAÇÃO - 2
Karemme Ferreira Oliveira Miriã Avelino Prado
Enfermeira. COREN-SP: 242729 Enfermeira. COREN-SP: 81737

Fabiana Bolela de Souza


Enfermeira. COREN-SP: 111703

260
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Identificação do usuário através de pulseiras

Identificação do usuário através de pulseiras

1 OBJETIVO
Padronizar a identificação do usuário através do uso de pulseiras a fim de assegurar que
o usuário receba o cuidado correto, reduzindo a ocorrência de incidentes.

2 CAMPOS DE ATUAÇÃO
Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS), Unidades de Pronto-Atendimento (UPA),
Serviço de Atendimento Móvel de Urgência SAMU.

3 MATERIAL
3.1 Pulseira de identificação
3.2 Ficha de atendimento
3.3 Caneta

4 PROCEDIMENTO
4.1 A identificação do usuário ocorrerá na admissão do mesmo na Unidade de Saúde
ao ser recepcionado pelo servidor responsável;
4.2 Na sala de acolhimento o funcionário que estiver escalado neste local deve solicitar
ao usuário que declare seu nome completo e data de nascimento;
4.3 Deverá ser registrado na pulseira de identificação no mínimo 2 (dois) identificadores
(nome completo do usuário sem abreviações, número do hygia, número do
chamado da ambulância – SAMU – 192). Essa informação deve permanecer
durante todo o tempo que usuário (sala de urgência, em unidades de observação,
nos consultórios, nas salas de procedimentos;
4.4 O registro pode ser impresso ou manuscrito com letra legível (letra de forma) na
pulseira de identificação;
4.5 A pulseira deverá ser colocada no pulso para usuários adultos e crianças maiores
de um ano. Para recém-nascidos a pulseira deverá ser colocada preferencialmente
no tornozelo;
4.6 Caso a pulseira caia ou fique ilegível esta deverá ser substituída imediatamente pelo
funcionário que está atendendo o usuário naquele momento;
4.7 A identificação dos acompanhantes deverá ser feita no momento da admissão
colocando uma etiqueta escrita “ACOMPANHANTE”.
4.8 A retirada da pulseira será pelo serviço de portaria no momento da alta, quando o
usuário estiver saindo da unidade.

261
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Identificação do usuário através de pulseiras

5 OBSERVAÇÃO
5.1 No caso da impossibilidade do uso da pulseira no pulso colocar no membro inferior;
5.2 Usuário que entrar na unidade pela sala de urgência, sala de sutura: deverá receber
a pulseira de identificação pelo profissional responsável pelo cuidado.

6 RESPONSABILIDADE
 Auxiliar de enfermagem
 Técnico de enfermagem
 Enfermeiro
 Agente administração

REFERÊNCIAS
CLEOPAS, A. et al. Acceptability of identification bracelets for hospital in patients. Quality
& Safety in Health Care, London, v,13, n. 5, p. 344-348, 2004.

CONSÓRCIO BRASILEIRO DE ACREDITAÇÃO. Joint Commission International. Padrões


de acreditação da Joint Commission Internacional para Hospitais. 4. ed. Rio de
Janeiro: CBA, 2011.

DEPARTMENT FOR HEALTH AND AGEING. South Australia. Policy guideline: patient
identification guideline. South Australia: SA Health, 2011.

NATIONAL LEADERSHIP AND INNOVATION AGENCY FOR HEALTHCARE. National


Patient Safety Agency. 1000 lives plus: reducing patient identification errors. [S.l.]: NHS
Wales, 2012. (Tools for improvement, n. 5). Disponível em:
<http://www.1000livesplus.wales.nhs.uk/sitesplus/documents/1011/T4I%20%285%29%20
Patient%20ID%20%28Feb%202011%29%20Web.pdf> Acesso em: 29 mai 2018.

SCHULMEISTER, L. Patient misidentification in oncology care. Clinical Journal of


Oncology Nursing, Pittsburgh, v. 12, n. 3, p. 495-498, 2008.

SMITH, A. F. et al. Wristbands as aids to reduce misidentification: an ethnographically


guided task analysis. International Society for Quality in Health Care, Oxford, v. 23, n.
5, p. 590-599, 2011.

WORLD HEALTH ORGANIZATION. Joint Commission. Joint Commission International.


Patient Identification. Patient Safety Solutions, Geneva, v. 1, solution 2, 2007.

262
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Identificação do usuário através de pulseiras

DADOS DA VERSÃO
ELABORAÇÃO APROVAÇÃO
Maria de Fátima Paiva Brito Eliana Maria Fernandes de Aguiar Tonetto
Enfermeira. COREN-SP: 44331 Chefe da Divisão de Enfermagem – SMS
COREN-SP: 39113
Jane Aparecida Cristina
Enfermeira. COREN-SP: 44071

Catia Helena Damando Salomão


Enfermeira. COREN: 144846

Heloisa Helena de Almeida Batista


Departamento Administrativo e Financeiro

ATUALIZAÇÃO - 1 APROVAÇÃO - 1
Maria de Fátima Paiva Brito Karina Domingues de Freitas
Enfermeira. COREN: 44331 Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 0126266

263
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Imobilização com o dispositivo KED

Imobilização com o dispositivo KED

1 OBJETIVO
O procedimento tem a finalidade de orientar a instalação do colete de imobilização KED
(Kendrick Extrication Device) em usuário traumatizado, hemodinamicamente estável, com
suspeita de lesão de coluna, antes de movimentá-lo da posição sentada.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO
Unidades de suporte básico de vida (USB), unidades de suporte avançado (USA) do
Serviço de Assistência Móvel de Urgência – SAMU Regional de Ribeirão Preto.

3 MATERIAL
Equipamento de proteção individual;
Colete de imobilização KED (dispositivo de retirada Kendrick).

4 PROCEDIMENTO

4.1 Este procedimento é comumente utilizado para retirar usuários estáveis do interior
de veículos, onde a cinemática do trauma e os sinais e sintomas apresentados pelo
usuário, durante a avaliação primária, suspeitam de lesão de coluna. Para a
realização correta faz se necessário à presença de três profissionais, e o colete KED
deve ser utilizado em conjunto com o colar cervical permitindo a imobilização da
cabeça, pescoço, coluna cervical, dorsal e lombar em uma posição anatômica,
possibilitando que o usuário seja imobilizado, extricado e transportado em posição
sentada, prevenindo lesões adicionais durante as manobras de extricação;

4.2 Após certificar-se de que a cena está segura (local sem riscos a equipe e ao usuário)
e que a equipe de atendimento está devidamente paramentada com os
equipamentos de proteção individual, o primeiro profissional posiciona-se próximo ao
usuário, orientando-o sobre a técnica e sua importância, trazendo o colar cervical e
o dispositivo KED;

264
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Imobilização com o dispositivo KED

4.3 Um segundo profissional entrará no carro, posicionando-se no banco traseiro do


veículo, atrás do usuário, se possível, realizando o alinhamento e a estabilização
manual da cabeça do usuário, enquanto que o outro faz a colocação do colar cervical,
e auxilia no posicionamento correto do mesmo deixando-o sentado, de forma ereta,
com espaço adequado entre as suas costas e o banco do veículo. Este segundo
profissional, responsável pela estabilização da cabeça, permanecerá nesta posição
até a extricação do usuário do veículo;

4.4 Examinar o dorso do usuário passando a mão na sua costa até a região lombar para
procurar ferimentos, fragmentos de vidro, objetos transfixados ou outras lesões. Se
estiver sem lesões aparentes, iniciar a colocação do KED, posicionando o dispositivo
entre o banco do veículo e as costas do usuário, ajustando sua altura pela altura da
cabeça do usuário. Lembrando que o profissional que está garantindo a sustentação
da cabeça com as mãos, permanecerá agora pelo KED já em torno da cabeça do
mesmo;

Fonte: PHTLS, 2014

4.5 Estando o dispositivo posicionado corretamente nas costas do usuário, passar as


abas laterais em torno do tórax ajustando-o de maneira que estas fiquem abaixo das
axilas e inicie o afivelamento das cintas de amarração, fixando primeiramente a cinta
central (abdominal - amarela) ajustando-a;

265
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Imobilização com o dispositivo KED

Fonte: PHTLS, 2014

4.6 Posteriormente ao ajuste da cinta central, realizar o afivelamento da cinta inferior


(pélvica - vermelha). Cada cinta é ajustada após a colocação. Neste momento, o uso
da cinta superior (torácica - verde) é opcional. Se a cinta superior do tórax for
utilizada, então o profissional deve garantir que ela não esteja tão apertada que
impeça a ventilação do usuário. A cinta superior do tórax deve ser apertada
imediatamente antes de mover o usuário;

4.7 Estando às cintas de amarrações do tórax já posicionadas, iniciar a fixação das cintas
longas. Passar uma das cintas longas por baixo do joelho do usuário (de fora para
dentro) e deslizá-la até a raiz da coxa, posicionando-a lateralmente aos genitais e
sob a nádega. Cada cinta da virilha é colocada debaixo da perna do usuário e
conectada ao dispositivo no mesmo lado da sua origem. Uma vez que a cinta da
virilha esteja no local correto, cada cinta é ajustada e apertada. A genitália do usuário
não deve ser colocada sob as cintas, mas sim, ao lado delas. Repetir procedimento
do outro lado da cinta longa;

Fonte: PHTLS, 2014

266
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Imobilização com o dispositivo KED

4.8 Estando às cintas do tórax e das virilhas ajustadas e apertadas, revisá-las e ajustá-
las quando necessário;

4.9 Verificar o espaço existente entre a cabeça e o KED e colocar a almofada ou coxim
neste espaço, sem forçar a cabeça para trás, mantendo a posição neutra alinhada,
posicionando as abas laterais e a fita na testa do usuário logo acima dos olhos e
horizontalmente fixando-a no velcro envolvendo o KED;

4.10 Posicionar a segunda fita (com abertura central) no colar cervical (mento) e fixá-la no
velcro do KED. Observar para não apertar muito impedindo os movimentos da
mandíbula e de abertura de boca;

4.11 Somente agora, o profissional que estava sustentando a cabeça pode soltá-la e
passar a segurar o KED pela alça superior;

4.12 Se possível, a maca da ambulância com a prancha longa deve ser trazida para a
abertura da porta do veículo. A prancha longa é posicionada, pelo terceiro
profissional, debaixo das nádegas do usuário de forma que uma extremidade esteja
seguramente apoiada no assento do veículo e a outra na maca. Se a maca da
ambulância não estiver disponível ou o terreno não permitir o posicionamento da
maca, outros socorristas podem segurar a prancha;

Fonte: PHTLS (2014)

4.13 Girar o usuário em bloco para o lado de fora do veículo, após liberar as extremidades
inferiores, elevando-as para o assento. Se o veículo tem console central, as pernas
do usuário devem ser levantadas por cima do console, uma por vez;

267
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Imobilização com o dispositivo KED

Fonte: PHTLS (2014)

4.14 Uma vez que o usuário tenha sido girado de tal forma que suas costas fiquem
voltadas para o centro da prancha longa, o mesmo é deitado na prancha mantendo
as pernas elevadas. Após colocar o usuário sobre a prancha, as duas cintas da virilha
devem ser soltas, e as pernas do usuário abaixadas. O usuário é posicionado na
medida em que é movimentado para cima na prancha com o colete vestido. O
profissional pode soltar o tirante superior do tórax neste momento;

Fonte: PHTLS (2014)

4.15 Estando o usuário posicionado na prancha, o colete é mantido seguro nele para que
continue imobilizando a cabeça, o pescoço e o tronco, para posteriormente ser fixado
na prancha. As extremidades inferiores do usuário são imobilizadas na prancha, e a
prancha é fixada na maca da ambulância.

268
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Imobilização com o dispositivo KED

Fonte: PHTLS (2014)

5 OBSERVAÇÃO
Este equipamento está disponível nos tamanhos adulto;
Possui resistência para imobilizar e transportar usuários de até 165 Kg;
Deve ser utilizado em usuário estável, com suspeita de lesão de coluna, quando não é
possível utilizar a prancha rígida em decorrência da posição ou localização do usuário e
quando as condições da cena são seguras e o tempo não é a principal preocupação
(PHTLS, 2014);
Quando situações adversas estiverem presentes impondo riscos à equipe e ao usuário, o
dispositivo KED não deve ser utilizado, nestes casos, deve-se seguir as orientações para
retirada rápida.
Os tirantes ou cintas de amarração deverão estar devidamente afivelados para facilitar a
instalação do colete. As duas cintas longas, da região da virilha, deverão estar
posicionadas abertas e atrás do colete, enquanto que as da região toraco-abdominal
deverão estar fechados e presos nas presilhas, para posteriormente serem utilizados.
Em gestantes as cintas inferiores abdominais e torácicas não devem ser afiveladas,
evitando-se assim a compressão abdominal.

6 RESPONSABILIDADE
 Condutor dentro de suas atribuições
 Auxiliar de Enfermagem
 Técnico de Enfermagem
 Enfermeiro
 Médico Intervencionista

269
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Imobilização com o dispositivo KED

7 REGISTRO
Registrar devidamente a assistência prestada na ficha de atendimento do usuário com
assinatura e carimbo constando o nome e número de registro no conselho de classe de
quem realizou a técnica.

REFERÊNCIAS

COLÉGIO AMERICANO DE CIRURGIÕES. Comitê de Trauma. Suporte avançado de


vida no trauma para medicos ATLS: manual do curso de alunos. 8. ed. Chicago:
American College of Surgeons, 2008.

PHTLS atendimento pré-hospitalar ao traumatizado: básico e avançado. 8. ed. Rio de


Janeiro: Elsevier, 2014.

SOUSA, R. M. C. et al. Atuação no trauma: uma abordagem para a enfermagem. São


Paulo: Atheneu, 2009.

DADOS DA VERSÃO
ELABORAÇÃO APROVAÇÃO
Rosana Joaquim Fernandes Rosana Joaquim Fernandes
Enfermeira. COREN-SP: 42639 Enfermeira. COREN-SP: 42639

ATUALIZAÇÃO - 1 APROVAÇÃO - 1
Cláudia Carvalho Moreira Pinotti Karina Domingues de Freitas
Enfermeira. COREN-SP: 268146 Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 0126266

270
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Instalação de colar cervical

Imobilização dos membros com talas maleáveis

1 OBJETIVO
Promover a estabilidade de lesões ortopédicas através do uso de talas maleáveis em
membros inferiores e superiores.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO
Unidades de Suporte Básico de Vida (USB), Unidades de Suporte Avançado de Vida (USA)
do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência – SAMU REGIONAL DE RIBEIRÃO
PRETO, Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde
(UBDS), Unidades de pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família (USF),
Serviço de Atenção Domiciliar (SAD).

3 MATERIAL
3.1 Equipamento de Proteção Individual (luvas de procedimento, máscara facial, óculos
de proteção);
3.2 Talas maleáveis em tamanhos PP, P, M e G;

Fonte: Arquivos SAMU Regional Ribeirão Preto

3.3 Faixa crepe;


3.4 Tesoura.

4 PROCEDIMENTO
4.1 Utilizar os equipamentos de proteção individual;
4.2 Abrir ou cortar a vestimenta da vítima de modo a poder visualizar o membro afetado;
4.3 Remover os anéis e pulseiras, que podem comprometer a vascularização da
extremidade. Cortar anéis que estejam em extremidades edemaciadas;
4.4 Caso identifique uma lesão aberta, proceder a limpeza e proteger com gaze estéril
ou compressa de gaze e algodão antes da imobilização;

271
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Instalação de colar cervical

4.5 Colocar a extremidade em posição anatômica e alinhada, com uma tração delicada
para restaurar seu comprimento normal (caso não apresente resistência). NÃO
reduzir fraturas ou luxações no Atendimento Pré Hospitalar;
4.6 Imobilizar a extremidade uma articulação acima e outra abaixo da lesão, para
garantia de estabilização do seguimento do membro;
4.7 Colocar a tala moldável em baixo do membro e, duas outras, distribuídas lateralmente
à área lesada;
4.8 Antes e depois do alinhamento e imobilização, verificar pulsos distais, enchimento
capilar, sensibilidade e motilidade da área distal do membro;
4.9 Promover o enfaixamento da parte mais distal da fratura para área mais proximal, ou
seja, no sentido dos pés para a cabeça;
4.10 Em caso de luxação ou fratura de articulação, imobilizar a extremidade na posição
em que foi encontrada.

5 OBSERVAÇÔES
5.1 Efetuar a imobilização de todas as lesões suspeitas de extremidades em usuários
estáveis, antes do transporte. Em usuários que apresentam critérios de instabilidade,
a imobilização deve ser feita apenas em imobilizador de corpo inteiro (prancha longa).
Não perder tempo imobilizando uma fratura quando a vida da vítima está em risco.

6 RESPONSABILIDADES
 Condutor dentro de suas atribuições
 Auxiliar de Enfermagem
 Técnico de Enfermagem
 Enfermeiro
 Médico Intervencionista

7 REGISTRO
Registrar a assistência prestada em ficha de atendimento de enfermagem com assinatura
e carimbo constando número do Coren de quem realizou a técnica.

REFERÊNCIA
PHTLS atendimento pré-hospitalar ao traumatizado: básico e avançado. 8. ed. Rio de
Janeiro: Elsevier, 2016.

272
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Instalação de colar cervical

DADOS DA VERSÃO
ELABORAÇÃO APROVAÇÃO
Regilene Molina Zacareli Cyrillo Rosana Joaquim Fernandes
Enfermeira. COREN-SP: 51636 Enfermeira. COREN-SP: 42637

ATUALIZAÇÃO - 1 APROVAÇÃO - 1
Anazilda Carvalho da Silva Karina Domingues de Freitas
Enfermeira. COREN-SP: 46149 Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 0126266

273
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Instalação de colar cervical

Instalação de cânula orofaríngea de Guedel

1 OBJETIVO
Instalar dispositivo que promova a permeabilização das vias aéreas.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO:
Unidades de Suporte Básico de Vida (USB), Unidades de Suporte Avançado de Vida (USA)
do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência – SAMU REGIONAL DE RIBEIRÃO
PRETO, Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde
(UBDS), Unidades de pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família (USF),
Serviço de Atenção Domiciliar (SAD).

3 MATERIAL
3.1 Equipamentos de proteção individual (óculos, luvas e máscara facial);
3.2 Cânula orofaríngea (COF) adequada à faixa etária do usuário, ou seja, cânulas
números. 0,1 e 2 para bebês e crianças respectivamente e em adultos, cânulas
números 3, 4 e 5 (figura 1):

Figura 1

Fonte: Arquivos SAMU Regional Ribeirão Preto

3.3 Abaixador de língua.

4 PROCEDIMENTO
4.1 Utilizar os equipamentos de proteção individual;
4.2 Manter a cabeça e o pescoço do usuário alinhados em posição neutra, abrir as vias
aéreas conforme procedimento operacional;
4.3 Determinar apropriadamente o tamanho ideal da Cânula Orofaríngea (COF)
posicionando a mesma próxima à face do usuário, mensurando da comissura labial
ao lóbulo inferior da orelha da vítima do mesmo lado, conforme a figura 2;

274
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Instalação de colar cervical

Figura 2

Fonte: arquivos SAMU Regional Ribeirão Preto

4.4 Em adultos: introduzir a COF com a concavidade voltada para o palato duro (figura
3), até atingir a parede posterior da faringe, quando deve sofrer uma rotação de 180°
para ser acomodada (figura 4). Dessa forma segue-se o contorno anatômico da
cavidade;

Figura 3 Figura 4

Fonte: arquivos Samu regional Ribeirão Preto

4.5 As abas da COF devem apoiar-se na superfície externa dos dentes, conforme figura 5;

Figura 5

Fonte: arquivos Samu regional Ribeirão Preto


275
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Instalação de colar cervical

4.6 Em crianças: com palato ainda mole (menor de 1 ano), colocar sob visualização
direta, utilizando o abaixador de língua para abaixar a língua e inserir a COF já na
posição que irá ficar.

5 OBSERVAÇÔES
Mantenha sempre o pescoço em posição neutra, para evitar trauma secundário de coluna
cervical.
Vítimas inconscientes apresentam queda da língua e manobras manuais são necessárias,
como a elevação do mento e uso de cânula orofaríngea.
Não deve ser utilizada em usuário consciente, pois pode provocar náuseas, vômitos e
aspiração.

6 RESPONSABILIDADES
 Auxiliar de Enfermagem
 Técnico de Enfermagem
 Enfermeiro
 Médico Intervencionista

7 REGISTRO
Registrar a assistência prestada em ficha de atendimento de enfermagem com assinatura
e carimbo constando número do Coren de quem realizou a técnica

REFERÊNCIAS
AEHLERT, B. PALS Pediatric advanced life support. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Protocolos de intervenção


para o SAMU 192: serviço de atendimento móvel de urgência. Brasília, DF: Ministério da
Saúde, 2016. Disponível em:
<http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2016/outubro/26/livro-basico-2016.pdf>.
Acesso em: 15 mai 2019.

PHTLS atendimento pré-hospitalar ao traumatizado: básico e avançado. 8. ed. Rio de


Janeiro: Elsevier, 2016.

DADOS DA VERSÃO
ELABORAÇÃO APROVAÇÃO
Regilene Molina Zacareli Cyrillo Rosana Joaquim Fernandes
Enfermeira. COREN-SP: 51636 Enfermeira SAMU. COREN-SP: 42639

ATUALIZAÇÃO - 1 APROVAÇÃO - 1
Anazilda Carvalho da Silva Karina Domingues de Freitas
Enfermeira. COREN-SP: 46149 Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 0126266

276
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Instalação de colar cervical

Instalação de colar cervical

1 OBJETIVO
Promover a imobilização da coluna cervical.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO
Unidades de Suporte Básico de Vida (USB), Unidades de Suporte Avançado de Vida (USA)
do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência – SAMU REGIONAL DE RIBEIRÃO
PRETO, Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde
(UBDS), Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família (USF),
Serviço de Atenção Domiciliar (SAD).

3 MATERIAL
3.1 Equipamento de Proteção Individual (luvas de procedimento, máscara facial, óculos
de proteção);
3.2 Colar cervical nos tamanhos PP, P, M e G (figura 1):

Figura 1

Fonte: arquivos SAMU Regional Ribeirão Preto

4 PROCEDIMENTO
4.1 Utilizar os equipamentos de proteção individual;

4.2 Identificar-se e explicar o procedimento ao usuário à medida do possível;

4.3 Profissional 1: realizar a estabilização manual, segurando a cabeça da vítima com


cuidado e movendo-a até uma posição neutra, a menos que seja contraindicado (por
exemplo, quando houver resistência ao movimento, espasmo do músculo do
pescoço, aumento da dor, início do aumento do déficit neurológico, como
adormecimento, formigamento ou perda de habilidade motora, comprometimento das
vias aéreas ou da ventilação);

277
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Instalação de colar cervical

4.4 Profissional 2: realizar a avaliação do pescoço e região mentoniana para rápida


detecção de lesões que necessitem de abordagem antes da instalação do colar ou
que impeçam sua instalação. Utilizando seus dedos, medir o pescoço do usuário,
distância entre a mandíbula e o ombro (figura 2). Usando esta medida aproximada,
selecionar o tamanho adequado do colar. No caso de colares ajustáveis, deve-se
realizar o ajuste o tamanho indicado, certificando-se que este está travado no
tamanho selecionado. É importante o uso do tamanho apropriado, portanto faça a
medida do pescoço para escolha do colar cervical ideal. A medida exata do colar é a
distância entre o ponto de REFERÊNCIA (botão) e a borda inferior do plástico rígido
e não até o emborrachado de espuma (figura 3).

Figura 2 Figura 3

Fonte: Ribeiro (2007)

4.5 Enquanto a estabilização e alinhamento da cabeça são mantidos pelo profissional 1, o


profissional 2 instala o colar. Com o usuário em decúbito dorsal horizontal (DDH), a
colocação se inicia com a passagem do colar por trás, entre o pescoço e a superfície
(figura 4), complementando-se pelo ajuste do apoio mentoniano à frente, sob o mento
(figura 5) sendo o ajuste final realizado através da fita de velcro (figura 6).

Figura 4 Figura 5 Figura 6

Fonte: Ribeiro (2007)

278
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Instalação de colar cervical

4.6 Com o usuário sentado ou em pé, a instalação do colar se inicia pela adequação do
apoio mentoniano do colar sob o mento complementando-se com a passagem por trás
do pescoço sendo o ajuste final realizado através da fita de velcro.
4.7 Finalizar o ajuste do colar pela checagem do correto posicionamento: do apoio
mentoniano do colar sob a mandíbula de um ângulo ao outro; do apoio esternal do
colar sobre a região do esterno no tórax do usuário; e dos apoios laterais do colar sobre
as clavículas e trapézio. Após a colocação do colar cervical, a estabilização manual da
cabeça e do pescoço deve ser mantida até que o usuário seja colocado na prancha e
seja instalado o imobilizador lateral de cabeça.

5 OBSERVAÇÃO
O procedimento deverá ser realizado por duas pessoas em conjunto;
Mantenha sempre o pescoço em posição neutra, para evitar trauma secundário de coluna
cervical;
Vítimas inconscientes apresentam queda da língua e manobras manuais são necessárias
para abertura das vias aéreas, como a elevação do mento e uso de cânula orofaríngea,
conforme procedimento operacional padrão.

6 RESPONSABILIDADES
 Condutor dentro de suas atribuições
 Auxiliar de Enfermagem
 Técnico de Enfermagem
 Enfermeiro
 Médico Intervencionista.

7 REGISTRO
Registrar devidamente a assistência prestada na ficha de atendimento de enfermagem com
assinatura e carimbo constando o número do Coren de quem realizou a técnica.

REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Protocolos de intervenção
para o SAMU 192: serviço de atendimento móvel de urgência. Brasília, DF: Ministério da
Saúde, 2016. Disponível em:
<http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2016/outubro/26/livro-basico-2016.pdf>.
Acesso em: 15 mai 2019.

PHTLS atendimento pré-hospitalar ao traumatizado: básico e avançado. 8. ed. Rio de


Janeiro: Elsevier, 2016.

279
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Instalação de colar cervical

RIBEIRO, M. C. Técnica de imobilização da coluna cervical. Florianópolis: NEU-SC,


2007.
Disponível em: <http://neu.saude.sc.gov.br/index.php/rotinas-atendimento/category/13-
gestos-materiais-e-tecnicas>. Acesso em: 21 fev. 2019.

DADOS DA VERSÃO
ELABORAÇÃO APROVAÇÃO
Regilene Molina Zacareli Cyrillo Rosana Joaquim Fernandes
Enfermeira. COREN-SP: 51636 Enfermeira. COREN-SP: 42639

ATUALIZAÇÃO - 1 APROVAÇÃO - 1
Anazilda Carvalho da Silva Karina Domingues de Freitas
Enfermeira. COREN-SP: 46149 Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 01262663

280
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Instalação de curativo de três pontos

Instalação de curativo de três pontos

1 OBJETIVO
Instalar o curativo de três pontos com a finalidade de promover o tamponamento imediato
da lesão torácica aberta ou aspirativa.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO
Unidades de Suporte Básico de Vida (USB), Unidades de Suporte Avançado de Vida (USA)
do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência – SAMU REGIONAL DE RIBEIRÃO
PRETO, Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde
(UBDS), Unidades de pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família (USF),
Serviço de Atenção Domiciliar (SAD).

3 MATERIAL
3.1 Equipamentos de proteção individual (como óculos, luvas e máscara facial)
3.2 Fita adesiva
3.3 Solução fisiológica 0,9% ou água destilada
3.4 Gaze estéril
3.5 Plástico ou material estéril impermeável

4 PROCEDIMENTO
4.1 Utilizar os equipamentos de proteção individual;
4.2 Explicar o procedimento ao usuário e/ou acompanhante se possível;
4.3 Realizar a limpeza da lesão com Solução Fisiológica 0,9% ou água destilada
utilizando a gaze para passar na lesão depois de umedecida e também ao seu redor,
utilizando técnica para curativos. Nunca realize o movimento contrário, sempre da
ferida para área peri lesão;
4.4 Realizar a cobertura de toda ferida com a cobertura impermeável (p.ex., embalagem
da gaze industrializada face interna- plástico);
4.5 Colar as fitas adesivas em três lados do curativo de forma a permitir a saída de
exsudato da lesão no sentido da gravidade (Fig. 1);
4.6 Monitorar a dinâmica ventilatória.

281
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Instalação de curativo de três pontos

Figura 1

5 OBSERVAÇÔES
5.1 A fixação do curativo oclusivo em apenas três lados produz um efeito de válvula;
desse modo, na expiração, tem-se a saída de ar que é impedido de retornar na
inspiração, evitando, assim, formar um pneumotórax hipertensivo.

6 RESPONSABILIDADES
 Auxiliar de Enfermagem
 Técnico de Enfermagem
 Enfermeiro
 Médico Intervencionista

7 REGISTRO
Registrar a assistência prestada em ficha de atendimento de enfermagem com assinatura
e carimbo constando número do Coren de quem realizou a técnica.

REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Protocolos de intervenção
para o SAMU 192: serviço de atendimento móvel de urgência. Brasília, DF: Ministério da
Saúde, 2016. Disponível em:
<http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2016/outubro/26/livro-basico-2016.pdf>.
Acesso em: 15 mai 2019.

COLÉGIO AMERICANO DE CIRURGIÕES. Comitê do Trauma. Suporte avançado de


vida no trauma ATLS: manual do curso para alunos. São Paulo: Colégio Americano de
Cirurgiões, 2007.

PHTLS atendimento pré-hospitalar ao traumatizado: básico e avançado. 8. ed. Rio de


Janeiro: Elsevier, 2016.

282
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Instalação de curativo de três pontos

DADOS DA VERSÃO
ELABORAÇÃO APROVAÇÃO
Regilene Molina Zacareli Cyrillo Rosana Joaquim Fernandes
Enfermeira. COREN-SP: 51636 Enfermeira. COREN-SP: 42637

ATUALIZAÇÃO - 1 APROVAÇÃO - 1
Anazilda Carvalho da Silva Karina Domingues de Freitas
Enfermeira. COREN-SP: 46149 Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 0126266

283
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Instalação de dispositivo EZ – IOR para punção intraóssea

Instalação de dispositivo EZ – IOR para punção intraóssea

1 OBJETIVO
Realizar a técnica de inserção do dispositivo EZ-IO® para punção intraóssea de
emergência, visando acesso à circulação sistêmica venosa em crianças e adultos (LANE;
GUIMARÃES, 2008).

2 CAMPO DE APLICAÇÃO:
Unidades de Suporte Avançado (USA) do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência –
SAMU REGIONAL DE RIBEIRÃO PRETO.

3 MATERIAL
3.1 Furadeira Elétrica EZ-IO® (perfurador - figura 1)
3.2 Agulhas tamanhos 15 mm (rosa) e 25 mm (azul) (figura 1)
3.3 Luva estéril
3.4 Gazes estéreis
3.5 Solução tópica padronizada pela CCI-SMS para antissepsia (iodo ou clorexedina);
3.6 Ampola de 10 mL de SF0,9%
3.7 Seringa de 10 mL
3.8 SF0,9% ou Ringer Lactato conectado a equipo para infusão
3.9 Equipamentos de Proteção Individual

Figura 1

Fonte: ARROW®... (2017)

284
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Instalação de dispositivo EZ – IOR para punção intraóssea

4 PROCEDIMENTO
4.1 Utilizar os equipamentos de proteção individual;
4.2 Obter o consentimento informado do paciente e/ou responsável (em casos de
emergência, seguir o protocolo institucional e assim que possível, esclarecer ao
paciente e /ou responsável sobre os motivos e finalidades do procedimento
realizado);
4.3 Posicionar o paciente em decúbito dorsal;
4.4 Escolher o dispositivo adequado: para pacientes de 3 a 39 kg: agulha de 15 mm
(dispositivo ROSA), inserção da tíbia proximal em neonatos e bebês pequenos; para
pacientes acima de 39 kg, agulha de 25 mm (dispositivo azul) indicado para acesso
tibial em pacientes adultos;
4.5 Abrir a embalagem do dispositivo;
4.6 Preencher o conjunto de extensão do dispositivo com 10 ml de SF 0,9%;
4.7 Proceder antissepsia da pele com o produto preconizado (PVPI tópico ou clorexidina
tópica);
4.8 Delimitar o local de inserção:
4.8.1 Identificação do local de inserção da tíbia proximal – Adulto (figura 2 A e B)
Estender a perna. Localizar a tuberosidade da tíbia. O local de inserção é 2 dedos
medial à tuberosidade da tíbia, ou, medir 2 dedos abaixo da patela sobre a
tuberosidade da tíbia, e identificar o local de inserção deslizando 2 dedos
medialmente a 90º para o platô tibial (superfície lisa da tíbia)

Figura 2 A

Fonte: ARROW®... (2017)

285
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Instalação de dispositivo EZ – IOR para punção intraóssea

Figura 2 B

Fonte: Arquivo SAMU Regional Ribeirão Preto

4.8.2 Identificação do local de inserção da tíbia proximal – Crianças (figura 3)


Estender a perna. Comprimir a tíbia entre os dedos para identificar as bordas medial
e lateral da tíbia. O local de inserção é cerca de 1 dedo medial para a tuberosidade
da tíbia ou, medir 1 dedo abaixo da patela e identificar o local de inserção deslizando
1 dedo medialmente a 90º ao longo do aspecto liso da tíbia.

Figura 3

Fonte: ARROW®... (2017)

4.9 Segurar o perfurador com sua mão dominante e conectar a agulha alinhando a
agulha magnetizada ao perfurador (figura 4);
4.10 Remover a tampa de segurança do conjunto de agulhas usando as precauções
padrão contra objetos cortantes (figura 4);

286
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Instalação de dispositivo EZ – IOR para punção intraóssea

Figura 4

Fonte: ARROW®... (2017)

4.11 Realizar a inserção da agulha posicionada em um ângulo de 90° em relação ao osso


(figura 5);

Figura 5

Fonte: ARROW®... (2017)

4.12 Empurrar a ponta da agulha através da pele até que a ponta fique encostada ao osso;
4.13 Perfurar aplicando a quantidade mínima de pressão necessária para manter o
perfurador avançando em direção ao osso;
4.14 Segurar o canhão no local e puxar o perfurador para fora. O cateter deve ficar bem
firme no osso (primeira confirmação da colocação) (figura 6);

287
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Instalação de dispositivo EZ – IOR para punção intraóssea

Figura 6

Fonte: ARROW®... (2017)

4.15 Descartar o estilete em um recipiente destinado a objetos cortantes;


4.16 Colocar o estabilizador sobre o canhão (figura 7)
4.17 Conectar o conjunto de extensão preparado ao canhão girando-o no sentido horário
(figura 7);
4.18 Puxar as abas do estabilizador para expor o adesivo e aplicar sobre a pele (figura 7);
4.19 Aspirar o sangue/medula óssea (segunda confirmação da colocação) (figura 7);

Figura 7

Fonte: ARROW®... (2017)

288
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Instalação de dispositivo EZ – IOR para punção intraóssea

4.20 Certificar-se de que o grampo no conjunto de extensão esteja aberto. A incapacidade


de retirar/aspirar o sangue do cateter não significa que a inserção não foi bem-
sucedida. Considerar a ideia de tentar aspirar após a lavagem. A colocação no local
pode ser confirmada pela capacidade de administrar fluidos pressurizados e
observação dos efeitos farmacológicos da administração da medicação após o fluxo
ser estabelecido (figura 8)
4.21 Instalar o soro preparado (figura 8);

Figura 8

Fonte: ARROW®... (2017)

4.22 Retirar luvas, lavar as mãos.

5 OBSERVAÇÔES
5.1 Para realização das intervenções utilize sempre equipamentos de proteção individual (EPI)
- óculos, luvas estéreis e máscara facial.
5.2 Para a remover a agulha, conecte uma seringa com trava luer ao canhão do cateter. Gire
a seringa e o cateter no sentido horário enquanto puxa para fora.
289
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Instalação de dispositivo EZ – IOR para punção intraóssea

5.3 A furadeira apresenta-se vedada e não foi feita para ser aberta. As baterias não são
substituíveis, devendo ser feito contato com o fabricante quando o led indicador de
acionamento, que normalmente é verde, se tornar vermelho piscante. Realizar a limpeza
da mesma com pano limpo e macio, umedecido em solução antimicrobiana recomendada
pela CCI-SMS, secando após.
5.4 A obtenção de outro acesso deve ser providenciada o mais rápido possível para a retirada
da agulha intraóssea.

6 RESPONSABILIDADES
 Enfermeiro;
 Médico intervencionista.

7 REGISTRO
Registrar a assistência prestada em ficha de atendimento de enfermagem com assinatura
e carimbo constando número do Coren de quem realizou a técnica.

REFERÊNCIAS
ARROW® EZ-IO® intraosseous vascular access system: 2017 the science and
fundamentals of intraosseous vascular access including frequently asked questions.
Wayne: Teleflex, 2017. Disponível em:
<https://www.teleflex.com/en/usa/ezioeducation/documents/EZ-
IO_Science_Fundamentals_MC-003266.pdf>. Acesso em: 15 mai 2019.

LANE, J. C.; GUIMARAES, H. P. Acesso venoso pela via intraóssea em urgências médicas.
Revista Brasileira de Terapia Intensiva, São Paulo, v. 20, n. 1, p. 63-67, 2008.

DADOS DA VERSÃO
ELABORAÇÃO APROVAÇÃO
Anazilda Carvalho da Silva Karina Domingues de Freitas
Enfermeira SAMU. COREN-SP: 46149 Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 0126266

290
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Instalação de dispositivo supraglótico (máscara laríngea)

Instalação de dispositivo supraglótico (máscara laríngea)

1 OBJETIVO
Utilizar a técnica de inserção do dispositivo supraglótico denominada máscara laríngea
(ML) visando permeabilização da via aérea, permitindo que o ar alcance a via aérea inferior.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO
Unidade de Suporte Avançado (USA) do Serviço de Assistência Móvel de Urgência –
SAMU REGIONAL DE RIBEIRÃO PRETO, Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades
Básicas Distritais de Saúde (UBDS), Unidade de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de
Saúde da Família (USF), Serviço de Atenção Domiciliar (SAD).

3 MATERIAL
3.1 Unidade bolsa-valva-máscara (BVM) equipada com dispositivo de reservatório de
oxigênio e extensão em PVC
3.2 Fonte de Oxigênio (fixa ou portátil)
3.3 Máscaras laríngeas tamanhos 3, 4, 5, 6
3.4 Seringa de 20mL
3.5 Lubrificante hidrossolúvel (lidocaína gel ou spray, solução fisiológica)
3.6 Estetoscópio
3.7 Cadarço para fixação
3.8 Equipamento de proteção individual
3.9 Oxímetro de pulso

Figura 1 - A máscara laríngea (Laryngeal Mask Airway)

Fonte: Danks e Danks (2004)

291
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Instalação de dispositivo supraglótico (máscara laríngea)

4 PROCEDIMENTO
4.1 Preparo:
4.1.1 PASSO 1: selecionar o tamanho apropriado (figura 2).
Nº. 1: usuários menores que 5Kg;
Nº. 1,5: usuários de 5 a 10Kg;
Nº. 2,5: usuários de 20 a 30Kg;
Nº. 3: usuários de 30 a 50Kg;
Nº. 4: usuários de 30 a 50Kg;
Nº. 5: usuários de 70 a 100Kg
Nº. 6: usuários acima de 100Kg.

Figura 2 - Seleção do tamanho da ML

Fonte: Pedersoli (2013)

4.1.2 PASSO 2: examinar o dispositivo, verificar o conector e presença de corpos


estranhos (figura 3);

Figura 3 - Examinar o dispositivo

Fonte: Pedersoli (2013)

292
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Instalação de dispositivo supraglótico (máscara laríngea)

4.1.3 PASSO 3: testar o funcionamento do cuff (figuras 4);

Figuras 4 - Testagem do cuff

Fonte: Pedersoli (2013)

4.1.4 PASSO 4: lubrificação. Após desinflar o cuff, lubrificar apenas a face posterior
da máscara (não utilizar lubrificantes à base de silicone) (figura 5). Na ausência
de Lidocaína spray ou gel pode ser utilizada solução fisiológica (SF0,9%).

Figura 5 - Lubrificação

Fonte: Pedersoli (2013)

4.2 Inserção:
4.2.1 PASSO 1: segurar o dispositivo como uma caneta (figura 6).

Figura 6 - Modo de segurar o dispositivo

Fonte: Pedersoli (2013)

293
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Instalação de dispositivo supraglótico (máscara laríngea)

4.2.2 PASSO 2: posicionamento. Se o usuário não necessitar de imobilização da


coluna cervical, segurar a cabeça na região occipital com a mão não-
dominante e anteriorizá-la. O objetivo é proporcionar até mesmo um ângulo
de 90º na base da língua (figura 7).

Figura 7 - Fixar a região occipital com a mão não - dominante.

Fonte: Pedersoli (2013)

4.2.3 PASSO 3: inserção. Segurar a ML como se estivesse pegando uma caneta,


próximo à junção entre o tubo e a elipse; apertá-la contra o palato duro, sob
visão direta (figura 8).

Figura 8 - Técnica de inserção da máscara laríngea.

Fonte: Pedersoli (2013)

4.2.4 PASSO 4: pressionar a ML contra o palato duro, avançando até a parede


posterior da faringe (a resistência é percebida quando a máscara atinge a
base da hipofaringe) (figura 9). A máscara segue o mesmo trajeto que um
alimento durante um reflexo normal de deglutição.

294
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Instalação de dispositivo supraglótico (máscara laríngea)

Figura 9 - Inserir o dispositivo até encontrar resistência compatível


com base da língua e glote.

Fonte: Pedersoli (2013)

4.2.5 PASSO 5: enchimento do cuff. O cuff deve ser insuflado com o volume de ar
descrito no dispositivo (figura 10).

Figura 10 - Insuflar o cuff com a quantidade de ar recomendada.

Fonte: Pedersoli (2013)

4.3 Checagem:
4.3.1 Posteriormente, deve-se conectar a unidade bolsa-valva com
suplementação de oxigênio (O2) e iniciar as ventilações (figura 11);
verificar presença de expansão torácica efetiva e auscultar os campos
pulmonares, bem como monitorar a oximetria de pulso (quando
disponível e se indicada). Em seguida fixar de acordo com o protocolo
da instituição (semelhante ao tubo traqueal).
4.3.2 Alguns indicadores que a máscara se encontra adequadamente
posicionada são: a capacidade de ser gerada nas vias aéreas uma
pressão de 20 centímetros de água (cmH2O) sem vazamento e a
possibilidade de ventilar manualmente (POLLACH Jr, 2001).

295
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Instalação de dispositivo supraglótico (máscara laríngea)

Figura 11 - Ventilação com bolsa-valva para checagem do


posicionamento correto

Fonte: Pedersoli (2013)

5 OBSERVAÇÔES
Para realização das intervenções utilize sempre equipamentos de proteção individual (EPI)
- óculos, luvas e máscara facial.
Se usuário for vítima de trauma mantenha sempre o pescoço em posição neutra, para evitar
trauma secundário de coluna cervical.
Vítimas inconscientes apresentam queda da língua e manobras manuais são necessárias
para abertura das vias aéreas, como a elevação do mento e uso de cânula orofaríngea
antes da ventilação com BVM e instalação da ML.
Monitorar a saturação de oxigênio, avaliando se houve melhora da saturação e do padrão
de perfusão periférica (coloração das extremidades).
A ML é uma alternativa rápida e eficaz para manejo da via aérea e é empregada para um
número crescente de indicações clínicas, incluindo a ventilação durante a parada
cardiorrespiratória (PCR). A colocação deste dispositivo é geralmente bem sucedida na
primeira tentativa, portanto, trata-se de um importante procedimento a ser aprendido e
praticado (LIGHTHALL; HARRISON; CHU, 2013).

6 RESPONSABILIDADES
 Enfermeiro
 Médico Intervencionista

7 REGISTRO
Registrar a assistência prestada em ficha de atendimento de enfermagem com assinatura
e carimbo constando número do COREn do enfermeiro que executou a técnica.

REFERÊNCIAS

296
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Instalação de dispositivo supraglótico (máscara laríngea)

BRAIN, A. I. J. The Laryngeal Mask: a new concept in airway management. British Journal
of Anaesthesia, London, v. 55, p. 801-805, 1983.

CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DO DISTRITO FEDERAL. Parecer


Técnico nº 022/2011, 28 de novembro de 2011. Atuação do Enfermeiro quanto a
utilização dos dispositivos de vias aéreas avançadas: combitubo esofagotraqueal (CET),
máscaralaríngea (ML) e tubo endotraqueal (ET). Disponível em: <http://www.coren-
df.gov.br/site/parecer-tecnico-coren-df-222011/>. Acesso em: 15 mai 2019.

CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DO ESPÍRITO SANTO. Parecer Técnico nº


22/2010, de 25 de novembro de 2010. Solicitação de parecer sobre manuseio de máscara
laríngea por enfermeiro em situações de emergência. Vitória: COREN-ES, 2010.

CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DO RIO GRANDE DO SUL. Decisão


COREN-RS nº 128/09, de 7 de outubro de 2009. Dispõe sobre máscara laríngea em
situação emergencial por Enfermeiro. Porto Alegre: COREN-RS, 2009.

DANKS, R. R.; DANKS, B. Laryngeal mask airway: review of indications and use. Journal
of Emergency Nursing, St. Louis, v. 30, n. 1, p. 30-35, 2004.

HAZINSKI, M. F. et al. 2010 International consensus on cardiopulmonary resuscitation


and emergency cardiovascular care science with treatment recommendations.
Circulation, Baltimore, v. 122, p. S250-75, 2010. Suplemento 2.

LIGHTHALL, G.; HARRISON, K.; CHU, L. F. Laryngeal mask airway in medical


emergencies. New England Journal of Medicine, Boston, v. 369, p. e26, 2013.

PEDERSOLI, C. E. Desempenho dos estudantes de enfermagem na inserção de


dispositivo supraglótico (máscara laríngea): um estudo randomizado e controlado em
manequins. 2013. 244 f. Tese (Doutorado) - Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto,
Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2013.

PEDERSOLI, C. E. et al. O uso da máscara laríngea pelo enfermeiro na ressuscitação


cardiopulmonar: revisão integrativa da literatura. Texto contexto - Enfermagem,
Florianópolis, v. 20, n. 2, p. 376-383, 2011.

DADOS DA VERSÃO
ELABORAÇÃO APROVAÇÃO
Cesar Eduardo Pedersoli Rosana Joaquim Fernandes
Enfermeiro. COREN-SP: 88840 Enfermeira. COREN-SP: 42639

297
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Instalação de protetor lateral de cabeça

Instalação de protetor lateral de cabeça

1 OBJETIVO
Proteger a coluna cervical de compressão, impedindo os movimentos de lateralidade da
cabeça, através do uso do imobilizador lateral ou protetor lateral de cabeça.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO:
Unidades de Suporte Básico de Vida (USB), Unidades de Suporte Avançado de Vida (USA)
do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência – SAMU REGIONAL DE RIBEIRÃO
PRETO, Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde
(UBDS), Unidades de pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família (USF),
Serviço de Atenção Domiciliar (SAD).

3 MATERIAL
3.1 Equipamento de Proteção Individual (luvas de procedimento, máscara facial, óculos
de proteção);
3.2 Protetor lateral de cabeça (figura 1);

Figura 1

Fonte: Arquivo SAMU Regional Ribeirão Preto

4 PROCEDIMENTO
4.1 Utilizar os equipamentos de proteção individual;
4.2 Após instalação e ajuste final do colar cervical conforme procedimento operacional e
instalação da prancha longa conforme procedimento operacional, manter a fixação
lateral manual até a instalação do protetor lateral de cabeça (Profissional 1);
4.3 Profissional 2: instalar os blocos direito e esquerdo lateralmente aos ouvidos,
aplicando pressão para fixação do velcro sobre a base apoiada na prancha longa;

298
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Instalação de protetor lateral de cabeça

4.4 Realizar a colocação dos tirantes da testa e mento de acordo com a figura 2, fixando
o velcro de cada tirante na base do protetor lateral de cabeça estabelecido na
prancha rígida. Após a completa fixação do protetor lateral pode-se soltar a cabeça
da vítima.
Figura 2

Fonte: Arquivo SAMU Regional Ribeirão Preto

5 OBSERVAÇÔES
5.1 Mantenha sempre o pescoço em posição neutra, para evitar trauma secundário de
coluna cervical.
5.2 Vítimas inconscientes apresentam queda da língua e manobras manuais são
necessárias para abertura das vias aéreas, como a elevação do mento e uso de
cânula orofaríngea, conforme procedimento operacional padrão.

6 RESPONSABILIDADES
 Condutor dentro de suas atribuições
 Auxiliar de Enfermagem
 Técnico de Enfermagem
 Enfermeiro
 Médico Intervencionista.

7 REGISTRO
Registrar a assistência prestada em ficha de atendimento de enfermagem com assinatura
e carimbo constando número do Coren de quem realizou a técnica.

REFERÊNCIAS
COLÉGIO AMERICANO DE CIRURGIÕES. Comitê do Trauma. Suporte avançado de
vida no trauma ATLS: manual do curso para alunos, São Paulo: Colégio Americano de
Cirurgiões, 2008.

299
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Instalação de protetor lateral de cabeça

PHTLS atendimento pré-hospitalar ao traumatizado: básico e avançado. 8. ed. Rio de


Janeiro: Elsevier, 2016.

DADOS DA VERSÃO
ELABORAÇÃO APROVAÇÃO
Regilene Molina Zacareli Cyrillo Rosana Joaquim Fernandes
Enfermeira. COREN-SP: 51636 Enfermeira. COREN-SP: 42639

ATUALIZAÇÃO - 1 APROVAÇÃO - 1
Anazilda Carvalho da Silva Karina Domingues de Freitas
Enfermeira. COREN-SP: 46149 Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 0126266

300
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Instalação máscara oxigenoterapia com reservatório

Instalação máscara oxigenoterapia com reservatório

1 OBJETIVO
Administrar oxigênio em altas concentrações para usuários com desconforto respiratório.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO:
Unidades de Suporte Básico de Vida (USB), Unidades de Suporte Avançado de Vida (USA)
do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência – SAMU REGIONAL DE RIBEIRÃO
PRETO, Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde
(UBDS), Unidades de pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família (USF),
Serviço de Atenção Domiciliar (SAD).

3 MATERIAL
3.1 Equipamento de Proteção Individual (luvas de procedimento, máscara facial, óculos
de proteção);
3.2 Máscara facial não-reinalante com reservatório (figura 1);

Figura 1

Fonte: Arquivo SAMU Regional Ribeirão Preto

3.3 Extensão em PVC;


3.4 Copo umidificador;
3.5 Fluxômetro de oxigênio;
3.6 Rede de gases (sistema fixo ou portátil);
3.7 Oxímetro de pulso.

4 PROCEDIMENTO
4.1 Utilizar os equipamentos de proteção individual;
4.2 Se possível, explicar o procedimento ao usuário e/ou acompanhante;
4.3 Instalar o oxímetro de pulso e monitorar a saturação de oxigênio;
301
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Instalação máscara oxigenoterapia com reservatório

4.4 Conectar a extensão de PVC à máscara com reservatório, e o conjunto à fonte de


oxigênio, abrindo o fluxômetro até o enchimento do reservatório;
4.5 Regular o fluxo de oxigênio de acordo com a FiO2 prescrita, sendo o mínimo 6 l/min
e o máximo 10 l/min;
4.6 Acoplar a máscara de oxigênio com reservatório à face do usuário, recobrindo a boca
e o nariz, e fixar a máscara à cabeça por meio do elástico, ajustando nas
extremidades;
4.7 Monitorar o usuário avaliando a melhora do agravo, observar os parâmetros de
saturação de oxigênio, após a instalação da máscara.

5 OBSERVAÇÔES
5.1 Mantenha sempre o pescoço em posição neutra, para evitar trauma secundário de
coluna cervical.
5.2 Vítimas inconscientes apresentam queda da língua e manobras manuais são
necessárias, como a elevação do mento e uso de cânula orofaríngea.
5.3 Em unidades móveis de atendimento, utilizar umidificador seco.
5.4 Algumas situações comprometem a leitura dos parâmetros no oxímetro, como
esmalte escuro nas unhas, hipoperfusão sanguínea, coloração do leito ungueal entre
outros.

6 RESPONSABILIDADES
 Auxiliar de Enfermagem
 Técnico de Enfermagem
 Enfermeiro
 Médico Intervencionista

7 REGISTRO
Registrar a assistência prestada em ficha de atendimento de enfermagem com assinatura
e carimbo constando número do Coren de quem realizou a técnica.

REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Protocolos de Intervenção
para o SAMU 192: serviço de atendimento móvel de urgência. Brasília, DF: Ministério da
Saúde, 2016. Disponível em:
<http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2016/outubro/26/livro-basico-2016.pdf>.
Acesso em: 15 mai 2019.

PHTLS atendimento pré-hospitalar ao traumatizado: básico e avançado. 8. ed. Rio de


Janeiro: Elsevier, 2016
302
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Instalação máscara oxigenoterapia com reservatório

SOUSA, R. M. C. et al. Atuação no trauma: uma abordagem para a enfermagem. São


Paulo: Atheneu, 2009.

DADOS DA VERSÃO
ELABORAÇÃO APROVAÇÃO
Regilene Molina Zacareli Cyrillo Rosana Joaquim Fernandes
Enfermeira. COREN-SP: 51636 Enfermeira. COREN-SP: 42637

ATUALIZAÇÃO - 1 APROVAÇÃO - 1
Anazilda Carvalho da Silva Karina Domingues de Freitas
Enfermeira. COREN-SP: 46149 Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 0126266

303
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Lavagem intestinal

Lavagem intestinal

1 OBJETIVO
Promover alívio da distensão abdominal, flatulência e constipação. Preparar o usuário para
cirurgias, tratamentos e exames.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO
Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),
Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família
(USF), Serviço de Atenção Domiciliar (SAD).

3 MATERIAL
3.1 Luvas de procedimento
3.2 Bandeja
3.3 Frasco com a solução glicerinada padronizada, conforme prescrição médica
3.4 Sonda retal própria que vem com o frasco de solução
3.5 Solução hidrossolúvel
3.6 Compressa de gaze
3.7 Comadre
3.8 Lençol, toalha de banho ou camisola
3.9 Papel higiênico
3.10 Biombo
3.11 Equipamentos de Proteção Individual

4 PROCEDIMENTO
4.1 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das
mãos ou higienização simples das mãos;
4.2 Certificar-se da solução prescrita e volume;
4.3 Reunir todo o material necessário;
4.4 Levar o material próximo ao usuário;
4.5 Explicar o procedimento ao usuário;
4.6 Se possível, manter o usuário em leito mais próximo ao banheiro;
4.7 Proteger a unidade com biombo ou fechar a porta;
4.8 Calçar as luvas de procedimento;
4.9 Cobrir o usuário, expondo somente a área retal;

304
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Lavagem intestinal

4.10 Se possível, colocar o usuário na posição Sims (decúbito lateral esquerdo com a
perna direita fletida por cima da perna esquerda);
4.11 Conectar o frasco de solução à sonda retal;
4.12 Colocar um pouco do gel lubrificante em uma gaze e aplicar na ponta da sonda (cerca
de 5 cm);
4.13 Com a mão não dominante afastar a prega intraglútea;
4.14 Com a mão dominante clampar a sonda e introduzi-la cuidadosamente no reto, em
adolescentes e adultos 7,5 a 10 cm e crianças de 5 a 7,5 cm e bebês de 2,5 a 3,75
cm;
4.15 Com a mão não dominante fechar a prega intraglútea;
4.16 Apertar o frasco até que permita entrada de todo o líquido prescrito pela sonda retal;
4.17 Se houver prescrição de outro frasco de solução, clampar a sonda retal com a mão,
remover o frasco vazio e conectar o frasco cheio;
4.18 Após administrado todo o líquido prescrito, manter a prega intraglútea fechada e
retirar cuidadosamente a sonda retal;
4.19 Deixar o cliente na posição por 10 a 15 minutos se possível ou pelo tempo máximo
que conseguir;
4.20 Colocar a comadre ou encaminhá-lo ao banheiro;
4.21 Higienizar o usuário após a evacuação ou fornecer o material para que ele faça a
higienização íntima;
4.22 Observar as características das fezes, como quantidade, coloração, consistência e
presença de melena;
4.23 Recolher todo o material, levar ao expurgo;
4.24 Retirar as luvas de procedimento;
4.25 Deixar a unidade do usuário em ordem;
4.26 Colocar o usuário em posição confortável;
4.27 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das
mãos ou higienização simples das mãos.

5 OBSERVAÇÃO
Não se aplica.

6 RESPONSABILIDADE
 Auxiliar de Enfermagem
 Técnico em Enfermagem
 Enfermeiro

305
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Lavagem intestinal

7 REGISTRO
Registrar o procedimento realizado, os resultados apresentados, características das fezes,
data e horário do procedimento, carimbo e assinatura de quem realizou a técnica em
prontuário, Ficha de atendimento ambulatorial e lançar o procedimento no Hygia.

REFERÊNCIAS
POTTER, P. A. et al. Fundamentos de Enfermagem. 9. ed. Rio de Janeiro: Elsevier,
2018.

CAMPINAS (Cidade). Prefeitura Municipal. Secretaria Municipal de Saúde. Manual de


procedimentos operacionais padrão (POP) de enfermagem. 2. ed. Campinas: SMS,
2016.

DADOS DA VERSÃO
ELABORAÇÃO APROVAÇÃO
Mayra Fernanda de Oliveira Jane Aparecida Cristina
Enfermeira. COREN-SP: 011255 Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 44071
ATUALIZAÇÃO - 1 APROVAÇÃO - 1
Gabriela Barbosa Pegoraro Karina Domingues de Freitas
Enfermeira. COREN-SP: 353393 Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 0126266
Mariana Ribeiro Brunherotti Pereira
Enfermeira. COREN-SP: 100902

Kelli Cristina Silva de Oliveira


Enfermeira. COREN-SP: 58063

306
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Lavagem intestinal via colostomia

Lavagem intestinal via colostomia

1 OBJETIVO
Promover o esvaziamento intestinal por meio de colostomia para preparo de exames,
tratamentos e cirurgias.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO
Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),
Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de Estratégia de Saúde da Família
(ESF), Serviço de Atenção Domiciliar (SAD).

3 MATERIAL
3.1 Bandeja;
3.2 Solução prescrita (em geral, o volume prescrito é de1000 mL) aquecida
aproximadamente com temperatura 37ºC;
3.3 Equipo macrogotas;
3.4 Suporte de soro;
3.5 Biombo;
3.6 Sanito (saco) preto de 60L;
3.7 Gazes;
3.8 Gel Lubrificante;
3.9 Cateter de PVC Nº 14 ou 16 (sonda retal/uretral/aspiração);
3.10 Solução fisiológica 0,9% ou água destilada 10mL – 2 frascos/ampolas;
3.11 Comadres;
3.12 Equipamento coletor (bolsa de colostomia, se possível 2 peças);
3.13 Equipamento de Proteção Individual – EPI (avental, óculos, máscara e luvas de
procedimentos);

4 PROCEDIMENTO
4.1 Identificar-se e conferir o nome completo do usuário que consta na ficha de
atendimento e prescrição médica;
4.2 Verificar se o usuário já realizou este procedimento anteriormente e a ocorrência de
intercorrências, além do funcionamento do estoma intestinal na última semana;
4.3 Conferir a prescrição médica e procedimento a ser realizado;
4.4 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das
mãos ou higienização simples das mãos;

307
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Lavagem intestinal via colostomia

4.5 Reunir todo o material necessário;


4.6 Preparar a solução prescrita para lavagem intestinal na temperatura próxima de 37ºC
(verificar a temperatura da solução derramando uma pequena quantidade sobre a
parte interna do pulso);
4.7 Conectar o equipo ao frasco com a solução preparada e retirar todo ar da extensão
do equipo;
4.8 Manter o frasco da solução em suporte de soro com altura não superior a 70 cm em
relação à cama ou ao estoma;
4.9 Promover a privacidade do usuário colocando biombos ou fechando a porta;
4.10 Explicar o procedimento para o usuário/familiar;
4.11 Colocar os EPI;
4.12 Se possível, encaminhar usuário para o banheiro e colocá-lo sentado na privada;
4.13 Usuários acamados ou com dificuldade em sentar, realizar o procedimento no leito
em decúbito dorsal com cabeceira elevada a 45º e proteger o leito com sanito preto;
4.14 Colocar a comadre abaixo do estoma e nos casos de colostomias de 02 bocas, com
prescrição de lavagem intestinal do estoma distal (não funcionante) colocar uma
comadre para coletar o efluente que sairá pelo ânus ou colocá-lo sentado no vaso
sanitário;
4.15 Remover o equipamento coletor se for de 01 peça; caso seja de 02 peças, remover
somente a parte que acopla na base protetora (guardar a presilha);
4.16 Higienizar o local com gaze embebida em SF 0,9% ou água destilada;
4.17 Lubrificar o 5º dedo da mão dominante com gel lubrificante;
4.18 Realizar toque digital introduzindo o dedo lubrificado delicadamente através do
estoma, para avaliar a perviabilidade e identificar o seguimento do cólon distal e cólon
proximal nos casos de colostomia com 02 bocas;
4.19 Lubrificar o cateter de PVC aproximadamente 10 cm;
4.20 Introduzir o cateter aproximadamente 5 cm no estoma com movimentos suaves e na
ausência de resistência ou desconforto, iniciar infusão lenta, de até 100 ml da
solução. Introduzir mais 5 cm do cateter, até ter uma extensão total de 10 cm
introduzida no estoma;
4.21 Em caso de resistência e/ou sangramento, interromper o procedimento e comunicar
o médico do plantão;
4.22 Abrir a pinça do equipo e infundir a solução lentamente (5 a 10 min) até o término da
solução prescrita. Nos casos de colostomias de 02 bocas (cólon distal e cólon
proximal), infundir a metade da solução em cada boca e proceder a infusão de 1000
mL no outro estoma;

308
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Lavagem intestinal via colostomia

4.23 Observar as reações do usuário durante a infusão. Em casos de dor, distensão


abdominal e resistência, interromper o procedimento e solicitar para que este respire
profundamente. Caso haja melhora do quadro, prosseguir.
4.24 Após o término da infusão, retirar lentamente a sonda e aguardar a drenagem de
todo efluente e o conteúdo infundido;
4.25 Após o término da drenagem, auxiliar o usuário a realizar a higiene;
4.26 Caso o usuário utilize equipamento de 02 peças, conectar a bolsa coletora à base;
4.27 Retirar as luvas e descartar os resíduos nos recipientes adequados;
4.28 Auxiliar o usuário deixando-o confortável.
4.29 Recompor a unidade;
4.30 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das
mãos ou higienização simples das mãos;
4.31 Checar na prescrição médica e anotar o procedimento realizado, registrando volume,
aspecto e coloração das fezes e aspecto do estoma, além das reações do usuário
durante a lavagem intestinal e a presença de um acompanhante familiar adulto na
folha de anotação de enfermagem e/ou no Sistema Hygia.

5 OBSERVAÇÃO
5.1 Atentar para queixa de dor, distensão abdominal e ausência de eliminação via retal,
o que pode indicar sinal de obstrução por fezes, tumores ou estenose no cólon.
5.2 É necessário manter observação do estoma durante todo o procedimento para
detectar sinais de diminuição de irrigação sanguínea no estoma (escurecimento) ou
sangramentos, ou ainda lesões de pele;
5.3 Podem ser necessárias várias lavagens intestinais para a limpeza efetiva do cólon.
5.4 Em caso de intercorrências, o Enfermeiro deverá realizar um relatório explicitando o
ocorrido para a equipe que solicitou o procedimento;
5.5 Para este procedimento o equipamento coletor de 02 peças oferece mais conforto ao
usuário.
5.6 A identificação do cólon distal da colostomia em alça é feita pela observação (não
tem eliminação de fezes, mas por vezes poderá apresentar saída de pequena
quantidade de muco) e pelo toque pode-se identificar o sentido da alça (tem ligação
direta com o ânus), e portanto, o líquido infundido pela boca distal saíra pelo ânus.
5.7 A identificação do cólon proximal da colostomia é feita pela observação (tem
presença de eliminação de fezes), portanto a solução infundida e efluente sairão pelo
mesmo estoma.

309
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Lavagem intestinal via colostomia

5.8 A temperatura de 37º para a solução que será infundida é recomendada para prevenir
cólicas e desconfortos intestinais (verificar a temperatura da solução derramando
uma pequena quantidade sobre a parte interna do pulso).
5.9 Em usuários idosos ou que apresentam desconfortos abdominais, é possível
fracionar o volume da solução a ser infundida, ou seja, infusão de 500 ml em duas
etapas ou de cerca de 300ml em três etapas, com drenagem do volume infundido e
do efluente ao final de cada uma. É imprescindível a observação das suas reações.
5.10 O procedimento não é isento de riscos, uma vez que existe perda de líquido
imediatamente após o preparo, podendo ocorrer distúrbio hidroeletrolítico.
5.11 Existem algumas contraindicações para a realização do procedimento, que estão
ligadas ao quadro clínico do usuário e que podem ser observadas pela enfermagem
e relatada à equipe médica, como por exemplo as complicações no estoma: prolapso,
hérnia, retração e estenose.

6 RESPONSABILIDADE
 Enfermeiro
 Médico

7 REGISTRO
Registrar o procedimento realizado, os resultados apresentados, data e horário do
procedimento, carimbo e assinatura de quem realizou a técnica na Ficha de atendimento
e/ou no Sistema Hygia.

REFERÊNCIAS
CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DA BAHIA. Parecer 013/2016, de 18 de
agosto de 2016. Disponível em: <http://ba.corens.portalcofen.gov.br/parecer-coren-ba-
n%E2%81%B0-0132016_27519.html>. Acesso em: 10 abr. 2018.

CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SÃO PAULO. Orientação


fundamentada 113/2015. Disponível em: <https://portal.coren-
sp.gov.br/sites/default/files/Orienta%C3%A7%C3%A3o%20Fundamentada%20-
%20113_0.pdf>. Acesso em: 15 mai 2019.

CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SÃO PAULO. Parecer COREN-SP CAT.


nº 032/2010, de 01 de setembro de 2010. Lavagem intestinal. Disponível em:
<https://portal.coren-sp.gov.br/sites/default/files/parecer_coren_sp_2010_32.pdf>.
Acesso em: 10 abr. 2018.

GUIMARÃES, M. C. S. S.; GEOVANINI, T. Cuidados específicos a usuários com estomia.


In:
GEOVANINI, T. Tratado de feridas e curativos: enfoque multiprofissional. São Paulo:
Rideel, 2014.

310
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Lavagem intestinal via colostomia

POTTER, P. A. et al. Fundamentos de Enfermagem. 9. ed. Rio de Janeiro: Elsevier,


2018.

ROCHA, J. J. R. Coloproctologia: princípios e práticas. 2. ed. São Paulo: Atheneu, 2011.

DADOS DA VERSÃO
ELABORAÇÃO APROVAÇÃO
Tatiane Soares Costa Karina Domingues de Freitas
Enfermeira. COREN-SP: 400162 Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 0126266
Helena Megumi Sonobe
Enfermeira. COREN-SP: 50353

311
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Limpeza da viatura (limpeza concorrente)

Limpeza da viatura (limpeza concorrente)

1 OBJETIVO
Realizar a remoção das sujidades logo após a exposição e no final de cada turno de
trabalho preparando o ambiente para o atendimento de usuários em ambiente pré-
hospitalar.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO
Unidades de Suporte Básico de Vida (USB), Unidades de Suporte Avançado de Vida (USA)
do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência – SAMU REGIONAL RIBEIRÃO PRETO e
Unidades de Transporte (UT).

3 MATERIAL
3.1 Luvas de limpeza
3.2 Óculos de proteção biológica
3.3 Máscaras faciais
3.4 Aventais descartáveis
3.5 01 balde
3.6 02 ou mais panos de limpeza
3.7 Frasco com solução padronizada da CCI – SMS
3.8 Rodo
3.9 Saco de lixo (branco leitoso para infectantes, conforme orientações do GRSS)
3.10 Recipiente rígido para descarte de perfurocortantes.

4 PROCEDIMENTO
4.1 Comunicar a Regulação Médica sobre a necessidade de realizar o procedimento. A
equipe deverá permanecer disponível em QAP (na escuta) para acionamentos;
4.2 Reunir o material necessário;
4.3 Utilizar os equipamentos de proteção individual: uniforme, botas, avental, luvas,
óculos e máscara;
4.4 Preparar um balde com água limpa para o enxágue do pano de limpeza. Esta água
deve ser renovada quando estiver suja;
4.5 Retirar o lixo se necessário, fechar adequadamente e depositar no abrigo para lixo
hospitalar da base operacional do SAMU ou Unidade de Saúde;

312
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Limpeza da viatura (limpeza concorrente)

4.6 Realizar a limpeza borrifando a solução padronizada da CCI – SMS diretamente


sobre as superfícies, utilizando um pano seco para friccionar e soltar a sujidade, do
local mais alto para o mais baixo, do mais limpo para o mais sujo ou contaminado,
da cabine para a saída do veículo, em sentido único, de cima para baixo ou em linhas
paralelas, nunca em movimentos de vai e vem;
4.7 Realizar o mesmo procedimento para a maca;
4.8 Enxaguar o pano na água de enxágue sempre que necessário e torcer bem;
4.9 Realizar a limpeza do piso, com o auxílio do rodo;
4.10 Colocar novo lençol descartável na maca;
4.11 Recompor a unidade colocando novo saco de lixo, se necessário;
4.12 Realizar a reposição de material, se necessário;
4.13 Limpar e guardar todo o material de limpeza utilizado.

5 OBSERVAÇÃO
5.1 Utilizar somente produtos de limpeza recomendados pela Comissão de Controle de
Infecção (CCI) do município;
5.2 Realizar sempre a limpeza concorrente da maca e do colchonete após cada atendimento.
A limpeza concorrente não implica em suspensão da prontidão;

6 RESPONSABILIDADES
 Condutor
 Técnico de Enfermagem
 Auxiliar de Enfermagem

7 REGISTRO
Não se aplica

REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Protocolos de Intervenção
para o SAMU 192: serviço de atendimento móvel de urgência. Brasília, DF: Ministério da
Saúde, 2016. Disponível em:
<http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2016/outubro/26/livro-basico-2016.pdf>.
Acesso em: 15 mai 2019.

RIBEIRÃO PRETO (Cidade). Prefeitura Municipal. Protocolo de processamento de


artigos e superfícies nas unidades de saúde de Ribeirão Preto – SP. Ribeirão Preto:
PMRP, 2007.

313
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Limpeza da viatura (limpeza concorrente)

DADOS DA VERSÃO
ELABORAÇÃO / ATUALIZAÇÃO - 1 APROVAÇÃO
Anazilda Carvalho da Silva Rosana Joaquim Fernandes
Enfermeira SAMU. COREN-SP: 46149 Enfermeira SAMU. COREN-SP: 42637

APROVAÇÃO - 1
Karina Domingues de Freitas
Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 0126266

314
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Limpeza da autoclave

Limpeza de autoclave

1 OBJETIVO
Realizar limpeza da autoclave na Central de Material e Esterilização.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO
Seção de preparo e esterilização das Unidades e Serviços de Saúde da Secretaria
Municipal de Saúde de Ribeirão Preto.

3 MATERIAL
3.1 Equipamentos de Proteção Individual (gorro, avental impermeável e luvas de
borracha)
3.2 Balde com água e detergente líquido neutro hospitalar
3.3 Balde com água
3.4 Pano úmido
3.5 Pano seco

4 PROCEDIMENTO
4.1 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das
mãos ou higienização simples das mãos;
4.2 Desligar o aparelho da tomada;
4.3 Esperar o resfriamento completo do aparelho;
4.4 Retirar toda água do aparelho;
4.5 Vestir EPIs conforme indicação;
4.6 Lavar com água e sabão todas as superfícies internas e externas, utilizando esponja;
4.7 Enxaguar muito bem com pano úmido;
4.8 Secar com pano seco.
4.9 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das
mãos ou higienização simples das mãos;

5 OBSERVAÇÃO
Manter o equipamento seco, quando não estiver em uso.
Verificar sempre o nível da água antes de nova autoclavação, trocando a água após cada
esterilização.
Freqüência: diariamente ou sempre que houver necessidade.

315
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Limpeza da autoclave

6 RESPONSABILIDADE
 Equipe técnica de enfermagem
 Equipe técnica de odontologia.

7 REGISTRO
Registrar em impresso próprio a data, hora e nome do responsável pela limpeza do
equipamento.

REFERÊNCIA
RIBEIRÃO PRETO (Cidade). Secretaria Municipal da Saúde. Manual de qualificação de
esterilização em autoclaves. Ribeirão Preto: SMS, 2009.

DADOS DA VERSÃO
ELABORAÇÃO APROVAÇÃO
Elisângela Aparecida de Almeida Puga Jane Aparecida Cristina
Enfermeira. COREN-SP: 0143873 Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 44071

ATUALIZAÇÃO - 1 APROVAÇÃO - 1
Anazilda Carvalho da Silva Karina Domingues de Freitas
Enfermeira. COREN-SP: 46149 Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 0126266

316
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Limpeza e desinfecção da viatura (limpeza terminal)

Limpeza e desinfecção da viatura (limpeza terminal)

1 OBJETIVO
Realizar a remoção das sujidades e eliminação de microorganismos, preparando o
ambiente para suas atividades, mantendo a ordem, conservando equipamentos e
instalações limpos e em condições de higiene ideais para o atendimento de usuários em
ambiente pré-hospitalar. Deve ser realizada semanalmente conforme escala e/ou nos
casos de suspeita de doença infectocontagiosa ou sujidade excessiva.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO
Unidades de Suporte Básico de Vida (USB), Unidades de Suporte Avançado de Vida (USA)
do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência – SAMU Regional Ribeirão Preto e
Unidades de Transporte (UT).

3 MATERIAL
3.1 Luvas de limpeza
3.2 Óculos de proteção biológica
3.3 Máscaras faciais
3.4 Aventais descartáveis
3.5 01balde
3.6 02 ou mais panos de limpeza
3.7 Frasco com solução padronizada da CCI – SMS
3.8 Rodo
3.9 Saco de lixo (branco leitoso para infectantes, conforme orientações do GRSS)
3.10 Recipiente rígido para descarte de perfurocortantes.

4 PROCEDIMENTO
4.1 Solicitar e aguardar a liberação pela Central de Regulação para realizar a limpeza da
viatura;
4.2 Utilizar os equipamentos de proteção individual: uniforme, botas, avental, luvas,
óculos e máscara (figura1);
4.3 Reunir o material necessário (figura 2);
4.4 Preparar um balde com água limpa para o enxágue do pano de limpeza. Esta água
deve ser renovada quando estiver suja;
4.5 Retirar todo o material da viatura (figura 3);

317
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Limpeza e desinfecção da viatura (limpeza terminal)

4.6 Retirar o lixo e o coletor de resíduos perfurocortantes, fechar adequadamente e


depositar no abrigo para lixo hospitalar da base operacional do SAMU (figura 4).
4.7 Realizar a descontaminação localizada, se houver presença de matéria orgânica ou
fluidos corporais, conforme o procedimento operacional;
4.8 Realizar a limpeza borrifando a solução padronizada da CCI – SMS diretamente
sobre as superfícies, utilizando um pano seco para friccionar e soltar a sujidade, do
local mais alto para o mais baixo, do mais limpo para o mais sujo ou contaminado,
da cabine para a saída do veículo, em sentido único, de cima para baixo ou em linhas
paralelas, nunca em movimentos de vai e vem (figuras 5,6,7);
4.9 Realizar o mesmo procedimento para a limpeza da maca;
4.10 Enxaguar o pano na água limpa sempre que necessário, torcer bem (figura 8);
4.11 Realizar a limpeza do piso, com o auxílio do pano e do rodo; ou se necessário pode-
se proceder a esfregação (figura 9);
4.12 Recompor a unidade colocando novos sacos de lixo, coletor de perfurocortantes e
todo o material nos seus lugares (figuras 10,11);
4.13 Realizar a reposição de material se necessário;
4.14 Limpar e guardar todo o material de limpeza utilizado;
4.15 Encaminhar a viatura para lavagem externa, em local apropriado, com produtos
automotivos;
4.16 Após o término, comunicar à Central de Regulação a liberação para atendimentos.

Figura 1 Figura 2

Fonte: arquivos SAMU Regional Ribeirão Preto

318
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Limpeza e desinfecção da viatura (limpeza terminal)

Figura 3 Figura 4 Figura 5

Figura 6 Figura 7 Figura 8

Figura 9 Figura 10

Fonte: arquivos SAMU Regional Ribeirão Preto


319
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Limpeza e desinfecção da viatura (limpeza terminal)

5 OBSERVAÇÃO
5.1 Utilizar somente produtos de limpeza recomendados pela Comissão de Controle de
Infecção (CCI) do município;
5.2 Realizar o procedimento em local com escoamento para calha coletora com
direcionamento para o esgoto, onde haja Sistema de Tratamento de Esgotos que atenda
à RDC nº 222, de 28 de março de 2018 quanto ao tratamento de resíduos líquidos.

6 RESPONSABILIDADE
 Condutor
 Auxiliar de Enfermagem
 Técnico de Enfermagem
 Enfermeiro

7 REGISTRO
Não se aplica

REFERÊNCIA
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Protocolos de Intervenção
para o SAMU 192: serviço de atendimento móvel de urgência. Brasília, DF: Ministério da
Saúde, 2016. Disponível em:
<http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2016/outubro/26/livro-basico-2016.pdf>.
Acesso em: 15 mai 2019.

RIBEIRÃO PRETO (Cidade). Prefeitura Municipal. Protocolo de processamento de


artigos e superfícies nas unidades de saúde de Ribeirão Preto – SP. Ribeirão Preto:
PMRP, 2007.

DADOS DA VERSÃO
ELABORAÇÃO / ATUALIZAÇÃO - 1 APROVAÇÃO
Anazilda Carvalho da Silva Jane Aparecida Cristina
Enfermeira. COREN-SP: 46149 Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 44071

APROVAÇÃO - 1
Karina Domingues de Freitas
Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 0126266

320
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Limpeza e desinfecção de cabos e lâminas de laringoscópio

Limpeza e desinfecção de cabos e lâminas de laringoscópio

1 OBJETIVO
Realizar a limpeza e desinfecção de cabos e lâminas de laringoscópio após cada utilização.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO
Seção de preparo e esterilização das Unidades e Serviços de Saúde da Secretaria
Municipal da Saúde de Ribeirão Preto. Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades
Básicas Distritais de Saúde (UBDS), Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento
(UPA), Unidades de Saúde da Família (USF), Serviço de Atenção Domiciliar (SAD), Serviço
de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU).

3 MATERIAL
3.1 Equipamentos de Proteção Individual (EPIs): gorro, máscara cirúrgica, óculos de
proteção, avental impermeável, luvas de borracha e calçados fechados;
3.2 Campos de tecido limpos e secos ou compressa;
3.3 Água e detergente hospitalar;
3.4 SURFIC ou produto padronizado pela CCI - SMS

4 PROCEDIMENTO
4.1 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das
mãos ou higienização simples das mãos;
4.2 Vestir EPIs conforme indicação
4.3 Desmontar todo o conjunto;
4.4 Lavar a lâmina do laringoscópio com campo de tecido, água e detergente hospitalar;
4.5 Enxaguar abundantemente com água corrente;
4.6 Secar lâmina com campo seco, sem deixar umidade ao redor da lâmpada;
4.7 Borrifar e friccionar SURFIC (ou produto padronizado pela CCI-SMS) na lâmina por
30 segundos;
4.8 Limpe o cabo do laringoscópio externamente com um campo ou compressa
umedecido em solução com água e sabão;
4.9 Secar o cabo com uma compressa seca;
4.10 Borrifar e friccionar SURFIC ou produto padronizado pela CCI-SMS na lâmina por 30
segundos;
4.11 Monte o laringoscópio, teste seu funcionamento, certifique-se que não há sujidade
ou umidade;

321
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Limpeza e desinfecção de cabos e lâminas de laringoscópio

4.12 Guarde o laringoscópio em um recipiente limpo e seco com tampa ou em saco


plástico;
4.13 Retire os EPIs e os descarte em local adequado;
4.14 Higienize as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das
mãos ou higienização simples das mãos.

5 OBSERVAÇÃO
Este material deve ter seu funcionamento testado em cada plantão pela equipe de
enfermagem;
Este material não pode ser deixado imerso em soluções;
Solicitar no subalmoxarifado da saúde compressa tipo campo operatório padronizado para
limpeza de materiais e superfícies.

6 RESPONSABILIDADE
 Auxiliar de enfermagem
 Técnico em Enfermagem
 Enfermeiro

7 REGISTRO
Proceder à identificação no recipiente contendo o laringoscópio com data da limpeza,
assinatura e carimbo do responsável pela desinfecção.

REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO PAULISTA DE ESTUDOS E CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR.
Limpeza, desinfecção e esterilização de artigos em serviços de saúde. São Paulo:
APECIH, 2010.

BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Orientações para prevenção de


infecções relacionadas à assistência à saúde. Brasília: Anvisa, 2009.

BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Manual de limpeza e desinfecção da


ANVISA. Brasília: Anvisa, 2010.

RIBEIRÃO PRETO (Cidade). Secretaria Municipal da Saúde. Manual de limpeza,


desinfecção e esterilização em unidades de saúde. Ribeirão Preto: SMS, 2006.

322
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Limpeza e desinfecção de cabos e lâminas de laringoscópio

DADOS DA VERSÃO
ELABORAÇÃO APROVAÇÃO
Karina Aparecida Vilar Eliana Maria Fernandes de Aguiar Tonetto
Enfermeira. COREN-SP: 0099814 Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 39113

ATUALIZAÇÃO – 1/2 APROVAÇÃO – 1/2


Karina Aparecida Vilar Karina Domingues de Freitas
Enfermeira. COREN-SP: 0099814 Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 0126266
Cátia Helena Damando Salomão
Enfermeira. Presidente da CCI-SMS
COREN-SP: 144846

323
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Limpeza e desinfecção de caixas para transporte e armazenamento de material biológico

Limpeza e desinfecção de caixas para transporte e armazenamento


de material biológico

1 OBJETIVO
Realizar a limpeza e desinfecção de caixas para transporte de material biológico e caixas
de armazenamento do material biológico nas Unidades de Saúde.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO
Todas as Unidades de Saúde que realizam coleta de material biológico vinculados a
Secretaria Municipal de Saúde de Ribeirão Preto.

3 MATERIAL
3.1 Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s): gorro, óculos de proteção, máscara
cirúrgica, avental impermeável, luvas de borracha e calçado fechado;
3.2 Compressas ou panos de limpeza;
3.3 Água e detergente hospitalar;
3.4 Solução padronizada pela CCI - SMS

4 PROCEDIMENTO
4.1 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das
mãos ou higienização simples das mãos;
4.2 Vestir EPIs conforme indicação;
4.3 Limpar a caixa com uma compressa de limpeza umedecida em solução de água e
detergente;
4.4 Remover a solução com uma compressa umedecida em água ou proceder enxágüe
em água corrente;
4.5 Secar a caixa com uma compressa seca, após desprezar a compressa;
4.6 Preparar a solução padronizada pela CCI-SMS, conforme o fabricante, usando a
diluidora automatizada;
4.7 Utilizar uma compressa limpa embebida na solução fazendo uso do borrifador e
aplicar dentro e fora da caixa;
4.8 Deixar secar;
4.9 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das
mãos ou higienização simples das mãos;
4.10 Deverá ser realizada semanalmente ou se necessário;
4.11 O dia da semana será padronizado de acordo com cada UNIDADE DE SAÚDE
conforme orientação do enfermeiro do dia de menor movimento;
324
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Limpeza e desinfecção de caixas para transporte e armazenamento de material biológico

5 OBSERVAÇÃO
O procedimento deverá ser realizado semanalmente ou sempre que necessário;
O procedimento de limpeza das caixas deverá acontecer em local adequado (expurgo);
As estantes e caixas para acomodação do material nas Salas de Coleta também deverão
passar pelo mesmo processo deste POP, sendo realizada na própria Unidade de Saúde;
Em unidades onde o transporte é terceirizado, a limpeza das caixas será responsabilidade
da equipe da enfermagem da Unidade.
O Profissional de enfermagem da sala de coleta é responsável por entregar – conferir –
acondicionar o Material biológico dentro da caixa de Transporte, quando o profissional que
o transporta vier buscar.
É de responsabilidade do enfermeiro comunicar ao gerente de sua unidade o estado de
conservação das caixas e outras intercorrências necessárias.

6 RESPONSABILIDADE
 Auxiliar de enfermagem
 Técnico de Enfermagem
 Enfermeiro

7 REGISTRO
Registrar a data da limpeza das caixas em impresso próprio.

REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO PAULISTA DE ESTUDOS E CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR.
Limpeza, desinfecção e esterilização de artigos em serviços de saúde. São Paulo:
APECIH, 2010.

BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. RDC n. 20, de 10


de abril de 2014. Dispõe sobre regulamento sanitário para o transporte de material
biológico humano. Brasil: Ministério da Saúde, 2014.

SOCIEDADE BRASILEIRA DE ENFERMEIROS DE CENTRO CIRÚRGICO. Práticas


recomendadas. 4. ed. São Paulo: SOBEC, 2007.

DADOS DA VERSÃO
ELABORAÇÃO / ATUALIZAÇÃO - 1 APROVAÇÃO
Cátia Helena Damando Salomão Karina Domingues de Freitas
Enfermeira. COREN-SP: 144846 Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 0126266

325
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Limpeza e desinfecção de caixas para transporte e armazenamento de material biológico

ANEXO 1 – Impresso para anotação de desinfecção das caixas de transporte

UNIDADE:___________________________________________________

DATA Identificação da Caixa RESPONSÁVEL

326
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Limpeza e desinfecção de cones de otoscópio

Limpeza e desinfecção de cones de otoscópio

1 OBJETIVO
Realizar a limpeza e desinfecção de cones de otoscópio.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO
Seção de preparo e esterilização, ou nos próprios consultórios das Unidades e Serviços de
Saúde da Secretaria Municipal da Saúde de Ribeirão Preto. Unidades Básicas de Saúde
(UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS), Ambulatórios, Unidades de Pronto
Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família (USF), Serviço de Atenção Domiciliar
(SAD), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU).

3 MATERIAL
3.1 Campos de tecido limpos e secos (Compressas);
3.2 Água e detergente hospitalar;
3.3 Solução padronizada pela CCI - SMS

4 PROCEDIMENTO
4.1 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das
mãos ou higienização simples das mãos;
4.2 Calçar luvas de procedimento;
4.3 Realizar limpeza dos cones com água e detergente neutro se houver sujidade visível.
Caso contrario seguir diretamente para Item 4.5
4.4 Enxaguar abundantemente com água corrente
4.5 Secar com campo seco, sem deixar umidade de dentro para fora em sentido
unidirecional;
4.6 Aplicar solução padronizada pela CCI – SMS diluída conforme fabricante e validade,
com borrifador uma única vez;
4.7 Armazenar em pote com tampa, identificado como material limpo;
4.8 Higienizar as Mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das
mãos ou higienização simples das mãos.

5 OBSERVAÇÃO
Este material deve ser armazenado em local apropriado para este fim.
Deverá ser realizado a desinfecção a cada uso do material, ou seja, entre cada
usuário/exame.

327
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Limpeza e desinfecção de cones de otoscópio

6 RESPONSABILIDADE
 Auxiliar de enfermagem
 Técnico em Enfermagem
 Enfermeiro
 Médico

7 REGISTRO
Não se aplica.

REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO PAULISTA DE ESTUDOS E CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR.
Limpeza, desinfecção e esterilização de artigos em serviços de saúde. São Paulo:
APECIH, 2010.

BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Manual de limpeza e desinfecção da


ANVISA. Brasília, DF: Anvisa, 2010.

RIBEIRÃO PRETO (Cidade). Secretaria Municipal da Saúde. Manual de limpeza,


desinfecção e esterilização em unidades de saúde. Ribeirão Preto: SMS, 2006.

SOCIEDADE BRASILEIRA DE ENFERMEIROS DE CENTRO CIRÚRGICO. Recuperação


Anestésica e Centro de Material e Esterilização. Práticas recomendadas. 6. ed. São
Paulo: SOBECC, 2013.

WIDMER, A. F.; FREI, R. Antimicrobial activity of glucoprotamin: a clinical study of new


disinfectant for instruments. Infection Control and Hospital Epidemiology, Cambridge,
v. 24, n. 10, p. 762-764, 2003.

DADOS DA VERSÃO
ELABORAÇÃO APROVAÇÃO
Cátia Helena Damando Salomão Karina Domingues de Freitas
Enfermeira. COREN-SP: 144846 Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 0126266

328
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Limpeza e desinfecção de máscaras de O2 e ambu

Limpeza e desinfecção de máscaras de oxigenação e respiradores


(ambus)

1 OBJETIVO
Promover a limpeza e desinfecção das Máscaras de oxigenação e respiradores (Ambus).

2 CAMPO DE APLICAÇÃO
Seção de preparo e esterilização das Unidades e Serviços de Saúde da Secretária
Municipal de Saúde de Ribeirão Preto.

3 MATERIAL
3.1 Equipamentos de Proteção Individual (EPIs): gorro, óculos de proteção, máscara
cirúrgica, avental impermeável, luvas de borracha e calçado fechado;
3.2 Esponja não abrasiva ou escova de limpeza;
3.3 Detergente neutro hospitalar e água corrente;
3.4 Panos limpos e secos;
3.5 Solução de SURFIC, conforme procedimento operacional;
3.6 Sacos plásticos transparentes e etiquetas de identificação.

4 PROCEDIMENTO
4.1 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das
mãos ou higienização simples das mãos;
4.2 Reunir os materiais;
4.3 Paramentar-se com EPIs indicados;
4.4 Desmontar as máscaras ou respiradores em maior número de peças, para limpeza
conforme orientação do fabricante;
4.5 Lavar os materiais minuciosamente com solução de água e detergente usando a
esponja de limpeza, realizando limpeza mecânica até retirada total de matéria
orgânica;
4.6 Enxaguar as peças abundantemente em água corrente;
4.7 Colocar para escorrer e secar em um pano limpo e seco, até secarem totalmente;
4.8 Imergir por 10 minutos em solução de SURFIC, preparada e validada conforme
procedimento operacional;
4.9 Enxaguar em água corrente;
4.10 Colocar novamente para escorrer e secar em um pano limpo e seco, até secarem
totalmente;
329
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Limpeza e desinfecção de máscaras de O2 e ambu

4.11 Retirar o EPI e higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção


antisséptica das mãos ou higienização simples das mãos;
4.12 Acondicionar o respirador montado em caixa plástica com tampa e as máscaras de
oxigenação em sacos plásticos transparentes, ambos com identificação e data da
desinfecção. Validade de 30 dias.

5 OBSERVAÇÃO
Não se aplica.

6 RESPONSABILIDADE
 Equipe técnica de enfermagem

7 REGISTRO
Proceder à identificação do saco plástico com data e nome do responsável pela
desinfecção e acondionamento dos materiais. Validade 30 dias.

REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO PAULISTA DE ESTUDOS E CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR.
Limpeza, desinfecção e esterilização de artigos em serviços de saúde. São Paulo:
APECIH, 2010.

SOCIEDADE BRASILEIRA DE ENFERMEIROS DE CENTRO CIRÚRGICO. Práticas


recomendadas. 4. ed. São Paulo: SOBEC, 2007.

WIDMER, A. F.; FREI, R. Antimicrobial activity of glucoprotamin: a clinical study of new


disinfectant for instruments. Infection Control and Hospital Epidemiology, Cambridge,
v. 24, n. 10, p. 762-764, 2003.

DADOS DA VERSÃO
ELABORAÇÃO APROVAÇÃO
Karina Aparecida Vilar Eliana Maria Fernandes de Aguiar Tonetto
Enfermeira. COREN-SP: 0099814 Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 39113

ATUALIZAÇÃO – 1/2/3 APROVAÇÃO – 1/2/3


Cátia Helena Damando Salomão Karina Domingues de Freitas
Enfermeira. COREN-SP 144846 Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 0126266

330
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Limpeza e desinfecção de papagaios, comadres e bacias

Limpeza e desinfecção de papagaios, comadres e bacias

1 OBJETIVO
Realizar a limpeza e desinfecção de papagaios, comadres, bacias de banho/ curativo.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO
Seção de preparo e esterilização das Unidades e Serviços de Saúde da Secretaria
Municipal da Saúde de Ribeirão Preto. Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades
Básicas Distritais de Saúde (UBDS), Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento
(UPA), Odontologia, Unidades de Saúde da Família (USF), Serviço de Atenção Domiciliar
(SAD), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), Centros de Especialidades.

3 MATERIAL
3.1 Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s): gorro, óculos de proteção, máscara
cirúrgica, avental impermeável, luvas de borracha e calçado fechado;
3.2 Campos de tecido limpos e secos (compressas);
3.3 Água e detergente hospitalar;
3.4 Solução padronizada pela CCI-SMS.

4 PROCEDIMENTO
4.1 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das
mãos ou higienização simples das mãos;
4.2 Vestir EPIs conforme indicação;
4.3 Realizar limpeza de comadres, papagaios e bacias com água e detergente neutro e
esponja;
4.4 Enxaguar abundantemente com água corrente
4.5 Secar com campo seco, sem deixar umidade de dentro para fora em sentido
unidirecional;
4.6 Encaminhar para área limpa;
4.7 Borrificar a solução padronizada e diluida conforme o fabricante e validade no pano
limpo e seco e aplicar em toda superfície da comadre e papagaio/bacia;
4.8 Embalar em sacos plásticos ou em papel grau cirúrgico sem filme;
4.9 Retire os EPIs;
4.10 Higienizar as mãos procedimento operacional de fricção antisséptica das mãos ou
higienização simples das mãos.
5 OBSERVAÇÃO
331
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Limpeza e desinfecção de papagaios, comadres e bacias

Este material deve ser armazenado em local apropriado para este fim, não devendo ser
armazenado no mesmo armário dos materiais esterilizados.

6 RESPONSABILIDADE
 Auxiliar de enfermagem
 Técnico de enfermagem
 Enfermeiro

7 REGISTRO
Não se aplica.

REFERÊNCIA
ANVISA. Agência Nacional de Vigilância Sanitária: Manual de Limpeza e Desinfecção da
ANVISA, 2010.

ASSOCIAÇÃO PAULISTA DE ESTUDOS E CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR.


Limpeza, desinfecção e esterilização de artigos em serviços de saúde. 1ª Ed. São Paulo:
APECIH; 2010. p.265 – 302.

RIBEIRÃO PRETO. Secretaria Municipal da Saúde de Ribeirão Preto. Manual de Limpeza,


Desinfecção e Esterilização em Unidades de Saúde. 2006.

SOBECC. Sociedade Brasileira de Enfermeiros de Centro cirúrgico, Recuperação anestésica


e centro de Material e esterilização. Práticas Recomendadas, 6 ed. São Paulo: SOBECC,
2013.

DADOS DA VERSÃO
ELABORAÇÃO / ATUALIZAÇÃO - 1 APROVAÇÃO
Maria de Fátima Paiva Brito Karina Domingues de Freitas
Enfermeira. Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 44331
Cátia Helena Damando Salomão Karina Domingues de Freitas
Enfermeira. Presidente da CCI-SMS Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 144846

332
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Limpeza e desinfecção de superfícies

Limpeza e desinfecção de superfícies

1 OBJETIVO
Realizar a limpeza e desinfecção de superfícies e equipamentos.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO
Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),
Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Odontologia, Unidades de Saúde
da Família (USF), Serviço de Atenção Domiciliar (SAD), Serviço de Atendimento Móvel de
Urgência (SAMU), Centros de Especialidades.

3 MATERIAL
3.1 Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s): gorro, óculos de proteção, máscara
cirúrgica, avental impermeável, luvas de borracha e calçado fechado;
3.2 Compressas ou panos de limpeza;
3.3 Solução padronizada pela CCI-SMS, PHMB neste momento SURFIC 1%;
3.4 Água
3.5 Cálice graduado

4 PROCEDIMENTO
4.11 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das
mãos ou higienização simples das mãos;
4.12 Vestir EPIs conforme indicação;
4.13 Proceder a diluição do produto conforme ANEXO 1;
4.14 Borrifar a compressa e aplicar nas superfícies a serem higienizadas em sentido único.
4.15 Retirar os EPIs;
4.16 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das
mãos ou higienização simples das mãos;
4.17 Proceder a anotação da validade em ANEXO 2. A validade da diluição no borrifador
será de 30 dias;
4.18 Desinfeccção dos borrifadores – ANEXO 3

5 OBSERVAÇÃO
O procedimento deverá ser realizado diariamente ou sempre que necessário;
O produto pode ser aplicado em presença de matéria orgânica;

333
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Limpeza e desinfecção de superfícies

Pode ser aplicado em todos os tipos de materiais, tais como: mesas, cadeiras, mocho, cadeira
de dentista, bancadas, mesa auxiliar, monitores, cardioversores, etc.
Compressas podem ser solicitadas ao sub almoxarifado da Saúde no pedido mensal
com código: 65.5.37.10
Os borrifadores serão fornecidos pelo representante do produto.

6 RESPONSABILIDADE
 Equipe técnica de enfermagem.
 Equipe técnica de odontologia

7 REGISTRO
Não se aplica.

REFERÊNCIA
ASSOCIAÇÃO PAULISTA DE ESTUDOS E CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR.
Limpeza, desinfecção e esterilização de artigos em serviços de saúde. São Paulo:
APECIH, 2010.

BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Segurança do usuário em serviços


de saúde: limpeza e desinfecção de superfícies. Brasília, DF: Anvisa, 2010.

WIDMER, A. F.; FREI, R. Antimicrobial activity of glucoprotamin: a clinical study of new


disinfectant for instruments. Infection Control and Hospital Epidemiology, Cambridge,
v. 24, n. 10, p. 762-764, 2003.

334
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Limpeza e desinfecção de superfícies

ANEXO I

DILUIÇÃO DO SURFIC 1% PARA BORRIFADORES

DILUIÇÃO COM VÁLVULA DOSADORA:

- Primeiro colocar 495 ml de água e após colocar 5ml do produto, ou seja, apertar uma vez a
válvula dosadora até o final.

DILUIÇÃO DOSADORA AUTOMATIZADA:

- Como a dosadora já esta calibrada para 1% apenas preencher o frasco (borrifador), a


dosadora já faz a diluição.

335
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Limpeza e desinfecção de superfícies

ANEXO 2

FICHA DE CONTROLE DE VALIDADE DA DILUIÇÃO DO SURFIC 1% PARA


BORRIFADORES
UNIDADE DE SAÚDE:_____________________________________________________
MARCA:________________________________________________________________
LOTE:__________________________________________________________________
VALIDADE:______________________________________________________________
DATA DA DILUIÇÃO:______________________________________________________
RESPONSÁVEL PELA DILUIÇÃO:___________________________________________

DATA HORA RESPONSÁVEL

- A diluição é mensal ou sempre que necessária e deverá ser anotado na planilha (ANEXO 2)
a data realizada.

- Proceder ao envase de todos os borrifadores no mesmo dia.


336
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Limpeza e desinfecção de superfícies

ANEXO 3
DESINFECÇÃO DOS BORRIFADORES
1 MATERIAL
1.1 Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s): gorro, óculos de proteção, máscara
cirúrgica, avental impermeável, luvas de borracha e calçado fechado;
1.2 Esponja macia não abrasiva ou escova de limpeza;
1.3 Água e detergente;
1.4 Campos de tecido limpos e secos;
1.5 Vasilha com tampa;
1.6 Solução padronizada pela CCI-SMS (SURFIC 1%)

2 PROCEDIMENTO
2.1 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional da Divisão de Enfermagem;
2.2 Vestir EPI conforme indicação.
2.3 Esvaziar os borrifadores, desprezando a solução em pia;
2.4 Lavar externamente o frasco e a tampa com esponja macia, água e sabão;
2.5 Lavar internamente com escova própria de limpeza, água e sabão, desprezando a
solução;
2.6 Enxaguar abundantemente por dentro e por fora em água corrente;
2.7 Colocar os borrifadores para secar em campo limpo e seco;
2.8 Imergir os borrifadores completamente secos em solução de SURFIC 1% conforme
POP, por 30 minutos;
2.9 Retirar os borrifadores da solução de Incidin e após, colocá-los para secar em campo
limpo e seco;
2.10 Retirar as luvas e higienizar às mãos;
2.11 Acondicionar em local limpo e seco e em recipiente com tampa devidamente
identificado com a data da desinfecção e nome do responsável.

3 OBSERVAÇÃO
Realizar o processo de limpeza e desinfecção a cada 30 dias, ou antes se necessário;
Manter os borrifadores com as soluções datadas e identificadas.

4 RESPONSABILIDADE
 Equipe técnica de enfermagem

337
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Limpeza e desinfecção de superfícies

DADOS DA VERSÃO
ELABORAÇÃO / ATUALIZAÇÃO – 1/2 APROVAÇÃO
Cátia Helena Damando Salomão Eliana Maria Fernandes de Aguiar Tonetto
Enfermeira. Presidente da CCI-SMS Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 144846 COREN-SP: 39113

APROVAÇÃO – 1/2
Karina Domingues de Freitas
Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 0126266

338
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Limpeza e desinfecção de ventilador mecânico pulmonar

Limpeza e desinfecção de ventilador mecânico pulmonar

1 OBJETIVO
Reduzir/eliminar a carga microbiana dos artigos, retirar contaminantes orgânicos e
inorgânicos para possibilitar a reutilização, protegendo usuários de infecções cruzadas de
microrganismos patogênicos.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO
Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS), Ambulatórios, Unidades de Pronto
Atendimento (UPA), Serviço de Atenção Domiciliar (SAD), Unidades de Suporte Avançado
(USA) do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU).

3 MATERIAL

3.1 Equipamentos de Proteção Individual (EPIs): gorro, óculos de proteção, máscara


cirúrgica, avental impermeável, luvas de borracha e calçado fechado;
3.2 Caixa plástica com tampa para acondicionar as extensões contaminadas;
3.3 Caixa plástica com tampa para acondicionar o desinfetante;
3.4 Esponja não abrasiva;
3.5 Detergente neutro hospitalar e água corrente;
3.6 Panos limpos e secos;
3.7 Solução desinfetante padronizada pela CCI-SMS;
3.8 Sacos plásticos transparentes e etiquetas de identificação.

4 PROCEDIMENTO

4.1 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das


mãos ou higienização simples das mãos;
4.2 Desligar o aparelho e desconectar as extensões cuidadosamente, para não danificar
o silicone;
4.3 Realizar a limpeza/desinfecção das partes externas do ventilador, utilizando um pano
limpo e macio umedecido em solução desinfetante padronizada pela CCI-SMS,
tomando cuidado para que nenhum resíduo de produto de limpeza se acumule nas
conexões do aparelho. Após a limpeza, fazer a secagem com um pano limpo, macio
e seco;

339
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Limpeza e desinfecção de ventilador mecânico pulmonar

4.4 Encaminhar as extensões para a sala de desinfecção em caixa organizadora plástica


com tampa;
4.5 Desmontar as extensões e desconectar as partes da válvula de ventilação;
4.6 Lavar minuciosamente as extensões e partes da válvula com compressa ou esponja
embebida em detergente, tendo cuidado para não danificar os diafragmas, lavar o
lúmen das extensões de silicone;
4.7 Enxaguar abundantemente em água corrente todas as partes;
4.8 Colocar para escorrer e secar em um pano limpo e seco;
4.9 Imergir totalmente todas as peças por 10 minutos em solução desinfetante
padronizada pela CCI-SM, preparada e validada conforme POP, assegurando que
todo o lúmen seja preenchido com a solução;
4.10 Enxaguar em água corrente;
4.11 Colocar novamente para escorrer e secar em um pano limpo e seco, podendo ser
utilizado ar comprimido para secar as traqueias, porém não utilizar ar comprimido
para secar a válvula de ventilação para não danificar o diafragma;
4.12 Montar e acondicionar em saco plástico, identificar com data, hora e nome de quem
realizou o procedimento;
4.13 Retirar o EPI e higienizar as mãos.

5 OBSERVAÇÃO
Realizar a troca do circuito a cada usuário ou para o mesmo usuário a cada 48h se este
permanecer por período prolongado na unidade de saúde.
Realizar a limpeza concorrente em cada plantão na parte externa do ventilador mecânico.

6 RESPONSABILIDADE
 Auxiliar de enfermagem
 Técnico de enfermagem
 Enfermeiro

7 REGISTRO
Registrar o procedimento realizado, data e horário do procedimento, carimbo e assinatura de
quem realizou a técnica.

340
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Limpeza e desinfecção de ventilador mecânico pulmonar

REFERÊNCIAS

BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Medidas de Prevenção de Infecção


Relacionada à Assistência à Saúde. Brasília: Anvisa, 2017. Disponível em
<http://portal.anvisa.gov.br/documents/33852/3507912/Caderno+4+-
+Medidas+de+Preven%C3%A7%C3%A3o+de+Infec%C3%A7%C3%A3o+Relacionada+%C
3%A0+Assist%C3%AAncia+%C3%A0+Sa%C3%BAde/a3f23dfb-2c54-4e64-881c-
fccf9220c373> Acesso em: 02 jun 2020.

BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução - RDC nº


15, de 15 de março de 2012. Dispõe sobre requisitos de boas práticas para o processamento
de produtos para saúde e dá outras providências. Disponível em
<https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2012/rdc0015_15_03_2012.html >
Acesso em: 02 jun 2020.

SOBECC. SOCIEDADE BRASILEIRA DE ENFERMEIROS DE CENTRO CIRÚRGICO-


SOBECC. Diretrizes de Práticas em Enfermagem Cirúrgica e Processamento de Produtos
para a Saúde – 7ª edição. 2017.

DADOS DA VERSÃO
ELABORAÇÃO APROVAÇÃO

Anazilda Carvalho da Silva Cátia Helena Damando Salomão


Enfermeira. COREN-SP: 46149 Enfermeira. COREN-SP:144846

Jucélia Alves da Silva


Enfermeira. COREN-SP: 115831

341
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Limpeza mecânica ou manual, secagem e inspeção visual de instrumentais cirúrgicos

Limpeza mecânica ou manual, secagem e inspeção visual de


instrumentais cirúrgicos

1 OBJETIVO
Proceder à limpeza mecânica ou manual, secagem e inspeção visual de instrumentais
cirúrgicos durante o processo de reprocessamento.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO
Seção de preparo e esterilização das Unidades e Serviços de Saúde da Secretaria
Municipal de Saúde de Ribeirão Preto.

3 MATERIAL
3.1 Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s): gorro, óculos de proteção, máscara
cirúrgica, avental impermeável, luvas de borracha, luvas de procedimento e calçado
fechado;
3.2 Solução de detergente padronizado (neutro ou de uso hospitalar)
3.3 Seringa de 20 mL
3.4 Água corrente
3.5 Escova de cerdas macias
3.6 Esponja macia não abrasiva

4 PROCEDIMENTO
4.1 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das
mãos ou higienização simples das mãos;
4.2 Vestir EPIs conforme indicação;
4.3 Preparar solução detergente conforme orientação do rótulo do fabricante se
necessário, caso o produto utilizado não seja de pronto uso;
4.4 Friccionar a superfície externa de cada instrumental com uma esponja macia, no
mínimo cinco vezes, do sentido proximal para o distal. Repetir esse procedimento até
a eliminação de sujidade visível, certificando-se de que todas as reentrâncias foram
lavadas;
4.5 Friccionar a superfície interna de cada lúmen com uma escova macia, ajustada ao
tamanho do lúmen, no mínimo cinco vezes, do sentido proximal para o distal. Repetir
esse procedimento até a eliminação de sujidade visível.
4.6 Enxaguar a superfície externa do instrumental com água potável corrente;

342
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Limpeza mecânica ou manual, secagem e inspeção visual de instrumentais cirúrgicos

4.7 Enxaguar a superfície interna dos lumens injetando água potável sob pressão, com
seringa de 20 mL, pelo menos cinco vezes.
4.8 Certificar que o enxágüe retirou todos os resíduos da solução detergente, observar
se ainda há presença de sujidade, caso afirmativo o material deverá iniciar o
processo de pré-limpeza novamente;
4.9 Retirar as luvas de borracha, lavar as mãos e calçar novo par de luvas de
procedimento.
4.10 Proceder à secagem dos instrumentais com um pano limpo e seco de cor clara em
bancada limpa e desinfetada com produto padronizado pela CCI - SMS;
4.11 Verificar a presença de sujidade sobre o pano;
4.12 Verificar a presença de sujidade a olho nu, analisando o instrumental do sentido
proximal para o distal;
4.13 Em caso de presença de sujidade deve-se proceder novamente todo o processo de
limpeza.
4.14 Retirar as luvas de procedimento e higienizar as mãos conforme procedimento
operacional de fricção antisséptica das mãos ou higienização simples das mãos;

5 OBSERVAÇÃO
Antes do processo de esterilização o material deve estar rigorosamente limpo e seco, pois
a sujidade e a presença de umidade interferem no processo de esterilização.

6 RESPONSABILIDADE
 Equipe técnica de enfermagem
 Equipe técnica de odontologia.

7 REGISTRO
Não se aplica.

REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO PAULISTA DE ESTUDOS E CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR.
Limpeza, desinfecção e esterilização de artigos em serviços de saúde. São Paulo:
APECIH, 2010.

BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Informe técnico nº 01/09: princípios


básicos para limpeza de instrumental cirúrgico em serviços de saúde. Brasília, DF: Anvisa,
2009.

RIBEIRAO PRETO (Cidade). Prefeitura Municipal. Protocolo de processamento de


artigos e superfícies nas unidades de saúde de Ribeirão Preto – SP. Ribeirão Preto:
Prefeitura Municipal, 2007.
343
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Limpeza mecânica ou manual, secagem e inspeção visual de instrumentais cirúrgicos

SOCIEDADE BRASILEIRA DE ENFERMEIROS DE CENTRO CIRÚRGICO. Práticas


recomendadas. 4. ed. São Paulo: SOBEC, 2007.

DADOS DA VERSÃO
ELABORAÇÃO APROVAÇÃO
Elisângela Aparecida de Almeida Puga Jane Aparecida Cristina
Enfermeira. COREN-SP: 0143873 Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 44071

ATUALIZAÇÃO - 1 APROVAÇÃO - 1
Andréa Nakamura Prates Gustavo Karina Domingues de Freitas
Enfermeira. COREN-SP: 83986 Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 0126266

344
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Medida da circunferência abdominal

Medida da circunferência abdominal

1 OBJETIVO
Avaliar a distribuição de gordura nos indivíduos, visto que algumas complicações, como as
doenças metabólicas crônicas, estão associadas à deposição da gordura abdominal.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO
Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),
Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família
(USF), Serviço de Atenção Domiciliar (SAD), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência
(SAMU).

3 MATERIAL
3.1 Luvas de procedimento
3.2 Bandeja
3.3 Biombo
3.4 Algodão
3.5 Produto pardonizado pela CCI-SMS
3.6 Fita métrica (não extensível/inelástica)

4 PROCEDIMENTO
4.1 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das
mãos ou higienização simples das mãos;
4.2 Reunir o material;
4.3 Realizar a desinfecção da fita métrica com algodão embebido em produto
padronizado pela CCI-SMS em movimento único;
4.4 Identificar o usuário;
4.5 Explicar procedimento;
4.6 Promover privacidade do usuário;
4.7 Solicitar ao cliente que fique em pé, ereto, abdômen relaxado, braços estendidos ao
longo do corpo e as pernas paralelas, ligeiramente separadas;
4.8 O profissional deve se posicionar lateralmente à pessoa para fazer a leitura;
4.9 Localizar a última costela e solicitar para a pessoa inspirar e segurar a respiração por
alguns segundos;
4.10 Localizar a crista ilíaca e apalpar o ilíaco até encontrar a região mais elevada;
4.11 Colocar a fita horizontalmente ao redor do abdome sobre o ponto médio definido;

345
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Medida da circunferência abdominal

4.12 Segurar a parte inicial da fita com a mão esquerda e posicionar abaixo da parte final
da fita que estará segura pela mão direita;
4.13 Verificar se a fita está no mesmo nível em todas as partes da cintura alinhada em um
plano horizontal, paralelo ao chão;
4.14 Ajustar a fita firmemente em torno do abdome, sem enrugar a pele, nem comprimir
os tecidos subcutâneos;
4.15 Pedir ao cliente que inspire e, em seguida, que expire totalmente, realizando a leitura
ao final da expiração;
4.16 Realizar a desinfecção da fita com produto padronizado pela CCI-SMS e guardá-la
em local adequado;
4.17 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das
mãos ou higienização simples das mãos.

5 OBSERVAÇÃO
Circunferência abdominal Homem Mulher
Risco cardiovascular ≥94 ≥80
Alto risco cardiovascular ≥102 ≥88

6 RESPONSABILIDADE
 Auxiliar de Enfermagem
 Técnico em Enfermagem
 Enfermeiro

7 REGISTRO
Registrar anotação em ficha de atendimento e/ou no Sistema Hygia e lançar procedimento
no sistema.

REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Estratégias para o cuidado da pessoa com doença
crônica. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2014.

BRASIL. Ministério da Saúde. Orientações para coleta e análise de dados


antropométricos em serviços de saúde. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2011.

SÃO PAULO (Cidade). Secretaria da Saúde. Manual técnico: normatização das rotinas e
procedimentos de enfermagem nas unidades básicas de Saúde. 2. ed. São Paulo: SMS,
2012.

346
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Medida da circunferência abdominal

DADOS DA VERSÃO
ELABORAÇÃO APROVAÇÃO
Daniela Moré Gorzílio Karina Domingues de Freitas
Enfermeira. COREN-SP: 0102183 Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 0126266

347
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Medida da estatura

Medida da estatura

1 OBJETIVO
Verificar a medida da estatura.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO
Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),
Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família
(USF).

3 MATERIAL
3.1 Antropômetro horizontal ou vertical
3.2 Produto padronizado pela CCI-SMS
3.3 Papel lençol

4 PROCEDIMENTO
4.1 AFERIÇÃO DO COMPRIMENTO DE CRIANÇAS MENORES DE 2 ANOS
4.1.1 Acolher a criança e mãe/responsável;
4.1.2 Realizar higiene das mãos conforme procedimento operacional de fricção
antisséptica das mãos ou higienização simples das mãos;
4.1.3 Certificar que o antropômetro horizontal esteja apoiado sobre uma superfície
plana, lisa e firme;
4.1.4 Solicitar que a mãe/responsável retire os sapatos e os adereços da criança;
4.1.5 Deitar a criança no centro do antropômetro, descalça e com a cabeça livre de
adereços.
4.1.6 Com a ajuda da mãe/ responsável, manter a criança com:
 a cabeça apoiada firmemente contra a parte fixa do antropômetro, com o
pescoço reto e o queixo afastado do peito, no plano de Frankfurt (margem
inferior da abertura do orbital e a margem superior do meatus auditivo
externo deverão ficar em uma mesma linha horizontal);
 os ombros totalmente em contato com a superfície de apoio;
 braços estendidos ao longo do corpo;
 as nádegas e os calcanhares em pleno contato com a superfície que apóia
o antropômetro;

348
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Medida da estatura

4.1.7 Pressionar, cuidadosamente, os joelhos da criança para baixo, com uma das
mãos, de modo que eles fiquem estendidos. Juntar os pés, fazendo um ângulo
reto com as pernas.
4.1.8 Levar a parte móvel do antropômetro até as plantas dos pés da criança e
realizar a leitura do comprimento quando estiver seguro de que a criança não
se moveu da posição indicada.
4.1.9 Anotar a estatura e registrar o procedimento no Sistema Hygia. Anotar a
estatura também na Caderneta de Saúde da Criança.
4.1.10 Retirar a criança do antropômetro.
4.1.11 Retirar e desprezar o papel lençol no lixo apropriado;
4.1.12 Realizar limpeza do antropômetro, com produto padronizado pela CCI-SMS.

Fonte: Brasil, 2011

4.2 AFERIÇÃO DA ALTURA DE CRIANÇAS MAIORES DE 2 ANOS, ADOLESCENTES


E ADULTOS
4.2.1 Acolher a criança, o adolescente e mãe/responsável ou o adulto;
4.2.2 Solicitar que a criança, o adolescente ou o adulto retire os sapatos e adereços
da cabeça;
4.2.3 Posicionar a criança, adolescente ou adulto descalço e com a cabeça livre de
adereços, no centro do antropômetro. Mantê-lo de pé, ereto, com os braços
estendidos ao longo do corpo, com a cabeça erguida, olhando para um ponto
fixo na altura dos olhos.

4.2.4 A cabeça da criança, do adolescente ou do adulto deve ser posicionada no


plano de Frankfurt (margem inferior da abertura do orbital e a margem
349
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Medida da estatura

superior do meatus auditivo externo deverão ficar em uma mesma linha


horizontal). As pernas devem estar paralelas. Não é necessário que as partes
internas das pernas estejam encostadas. Os pés devem formar um ângulo
reto com as pernas. Idealmente, o indivíduo deve encostar os calcanhares,
as panturilhas, os glúteos, as escápulas e parte posterior da cabeça (região
do occipital) no antropômetro ou parede. Quando não for possível encostar
esses cinco pontos, devem-se posicionar no mínimo três deles
4.2.5 Abaixar a parte móvel do equipamento, fixando-a contra a cabeça, com
pressão suficiente para comprimir o cabelo.
4.2.6 Solicitar que criança, do adolescente ou do adulto desça do antropômetro,
quando tiver certeza de que o mesmo não se moveu.
4.2.7 Realizar a leitura da estatura, sem soltar a parte móvel do equipamento.
4.2.8 Anotar a estatura e registrar o procedimento no Sistema Hygia. Para crianças,
marcar a altura na Caderneta de Saúde da Criança.

Fonte: Brasil, 2011

5 OBSERVAÇÃO

6 RESPONSABILIDADE
 Auxiliar de enfermagem

350
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Medida da estatura

 Técnico de enfermagem
 Enfermeiro

7 REGISTRO
Registrar: data e hora da realização do procedimento e intercorrências e providências
adotadas; orientações efetuadas; nome completo e Coren do responsável pelo
procedimento.

REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção
Básica. Orientações para a coleta e análise de dados antropométricos em serviços
de saúde: norma técnica do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional – SISVAN.
Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2011.

POTTER, P. A. et al. Fundamentos de enfermagem. 8. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.

DADOS DA VERSÃO
ELABORAÇÃO APROVAÇÃO
Lauren Suemi Kawata Karina Domingues de Freitas
Enfermeira. COREN-SP: 126659 Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 0126266
Heloisa d’Affonseca
Enfermeira. COREN-SP: 30917

351
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Medida do perímetro cefálico

Medida do perímetro cefálico

1 OBJETIVO
Identificar anomalias cerebrais nos primeiros meses de vida.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO
Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),
Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família
(USF), Serviço de Atenção Domiciliar (SAD), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência
(SAMU).

3 MATERIAL
3.1 Luvas de procedimento se indicado
3.2 Bandeja
3.3 Biombo
3.4 Algodão
3.5 Produto padronizado pela CCI-SMS
3.6 Fita métrica (não extensível/inelástica)

4 PROCEDIMENTO
4.1 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das
mãos ou higienização simples das mãos;
4.2 Reunir o material;
4.3 Realizar a desinfecção da fita métrica com algodão embebido em produto
padronizado pela CCI-SMS em movimento único;
4.4 Identificar a criança;
4.5 Explicar o procedimento e a finalidade aos pais / cuidadores e criança, se puder
compreender;
4.6 Posicionar a criança em decúbito dorsal ou sentada;
4.7 Posicionar a fita métrica sobre as proeminências occipital, parietal e frontal, para
determinar a circunferência máxima, mantendo a fita ajustada no mesmo nível em
todas as partes da cabeça;
4.8 Não incluir pavilhão auricular;
4.9 Podem ser necessárias várias medidas, selecionando-se a maior;
4.10 Realizar a desinfecção da fita métrica com algodão embebido em produto
padronizado pela CCI-SMS em movimento único;

352
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Medida do perímetro cefálico

4.11 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das


mãos ou higienização simples das mãos.

5 OBSERVAÇÃO
PC - RN a termo Meninas Meninos
Escore Z zero= 34,0cm Escore Z zero = 34,5 cm
Variação = 32,5 a 35,0 cm Variação= 33 a 35,5 cm
- 1o ano = 12 cm 2 cm/mês ( 1o trim. )
1 cm/mês ( 2o trim. )
0,5 cm/mês ( 3o trim.)
Obs.: Pode ocorrer o processo de acavalamento dos ossos do crânio que ocorre durante o
parto vaginal voltando ao normal após 2 a 3 dias

6 RESPONSABILIDADE
 Auxiliar de Enfermagem
 Técnico em Enfermagem
 Enfermeiro
 Médico

7 REGISTRO
Registrar anotação em ficha de atendimento e/ou no Sistema Hygia, no formulário com a
curvas de crescimento e lançar procedimento no sistema.

REFERÊNCIAS
POTTER, P. A. et al. Fundamentos de enfermagem. 8. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.

SÃO PAULO (Cidade). Secretaria da Saúde. Manual técnico: normatização das rotinas e
procedimentos de enfermagem nas unidades básicas de Saúde. 2. ed. São Paulo: SMS,
2012.

DADOS DA VERSÃO
ELABORAÇÃO APROVAÇÃO
Daniela Moré Gorzílio Karina Domingues de Freitas
Enfermeira. COREN-SP: 0102183 Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 0126266

353
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Medida do perímetro torácico

Medida do perímetro torácico

1 OBJETIVO
Identificar anomalias torácicas nos primeiros meses de vida.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO
Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),
Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família
(USF), Serviço de Atenção Domiciliar (SAD), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência
(SAMU).

3 MATERIAL
3.1 Luvas de procedimento se indicado
3.2 Bandeja
3.3 Biombo
3.4 Algodão
3.5 Produto padronizado pela CCI-SMS
3.6 Fita métrica (não extensível/inelástica)

4 PROCEDIMENTO
4.1 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das
mãos ou higienização simples das mãos;
4.2 Reunir o material;
4.3 Realizar a desinfecção da fita métrica com algodão embebido em produto
padronizado pela CCI-SMS em movimento único;
4.4 Identificar a criança;
4.5 Explicar o procedimento e a finalidade aos pais / cuidadores e criança, se puder
compreender;
4.6 Posicionar a criança em decúbito dorsal ou sentada;
4.7 Colocar a fita métrica ao redor do tórax da criança, passando pelas escápulas, abaixo
da axila e em cima dos mamilos. A fita métrica não deve permanecer apertada, para
não aferir medida incorreta.

354
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Medida do perímetro torácico

Fonte: Kenner (2001)

4.8 Realizar a desinfecção da fita métrica com algodão embebido em produto


padronizado pela CCI-SMS em movimento único;
4.9 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das
mãos ou higienização simples das mãos.

5 OBSERVAÇÃO

6 RESPONSABILIDADE
 Auxiliar de Enfermagem
 Técnico em Enfermagem
 Enfermeiro
 Médico

7 REGISTRO
Registrar anotação em ficha de atendimento e/ou no Sistema Hygia, no formulário com as
curvas de crescimento e lançar procedimento no sistema.

REFERÊNCIAS
KENNER, C. Enfermagem Neonatal. 2. ed. Rio de Janeiro: Reichmann & Affonso, 2001.

SÃO PAULO (Cidade). Secretaria da Saúde. Manual técnico: normatização das rotinas e
procedimentos de enfermagem nas unidades básicas de Saúde. 2. ed. São Paulo: SMS,
2012.

DADOS DA VERSÃO
ELABORAÇÃO APROVAÇÃO
Patrícia Abrahão Curvo Karina Domingues de Freitas
Enfermeira. COREN-SP: 0115657 Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 0126266

355
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Medida do peso

Medida do peso

1 OBJETIVO
Verificar a medida do peso corporal.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO
Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),
Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família
(USF).

3 MATERIAL
3.1 Balança antropométrica
3.2 Produto padronizado pela CCI-SMS
3.3 Papel lençol ou papel toalha

4 PROCEDIMENTO
4.1 AFERIÇÃO DE PESO DE CRIANÇAS MENORES DE 2 ANOS, UTILIZANDO
BALANÇA ELETRÔNICA (DIGITAL)
4.1.1 Acolher a criança e mãe/responsável;
4.1.2 Realizar higiene das mãos conforme procedimento operacional de fricção
antisséptica das mãos ou higienização simples das mãos;
4.1.3 Certificar que a balança esteja apoiada sobre uma superfície plana, lisa e
firme;
4.1.4 Cobrir o prato da balança com papel lençol;
4.1.5 Ligar a balança e esperar que a balança chegue ao zero;
4.1.6 Orientar a mãe/responsável sobre o procedimento;
4.1.7 Retirar roupas, adereços e sapatos da criança com o auxílio da
mãe/responsável;
4.1.8 Colocar a criança sentada ou deitada no centro do prato da balança, de forma
que o peso fique distribuído. Manter a criança parada (o máximo possível)
nessa posição.
4.1.9 Orientar a mãe/responsável a manter-se próximo, sem tocar na criança, nem
no equipamento;
4.1.10 Aguardar que o valor do peso esteja fixado no visor e realizar a leitura;
4.1.11 Retirar a criança da balança e solicitar que a mãe/responsável coloque as
roupas e os sapatos na criança;
4.1.12 Anotar o peso e registrar o procedimento no Sistema Hygia. Anotar o peso na
Caderneta de Saúde da Criança;
356
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Medida do peso

4.1.13 Retirar e desprezar o papel lençol no lixo apropriado;


4.1.14 Realizar a limpeza da balança, com produto padronizado pela CCI-SMS;

Fonte: Brasil, 2011

4.2 AFERIÇÃO DO PESO DE CRIANÇAS MAIORES DE 2 ANOS, ADOLESCENTES E


ADULTOS, UTILIZANDO BALANÇA ELETRÔNICA (DIGITAL)
4.2.1 Acolher o usuário e/ou mãe/responsável;
4.2.2 Realizar higiene das mãos conforme procedimento operacional de fricção
antisséptica das mãos ou higienização simples das mãos;
4.2.3 Cobrir o prato da balança com papel lençol;
4.2.4 Ligar a balança e esperar que a balança chegue ao zero;
4.2.5 Orientar o usuário e a mãe/responsável sobre o procedimento;
4.2.6 Solicitar que a criança, adolescente ou adulto retire os sapatos e objetos
pesados tais como chaves, cintos, óculos, telefones celulares e quaisquer
outros objetos que possam interferir no peso total;
4.2.7 Solicitar que a criança, adolescente ou adulto, suba no centro da balança,
com os pés juntos e os braços estendidos ao longo do corpo. Mantê-lo parado
nessa posição;
4.2.8 Realizar a leitura após o valor de o peso estar fixado no visor;
4.2.9 Solicitar que a criança, o adolescente ou adulto desça da balança;
4.2.10 Anotar o peso e registrar o procedimento no Sistema Hygia. Para crianças,
anotar o peso na Caderneta de Saúde da Criança;
4.2.11 Retirar e desprezar o papel lençol no lixo apropriado;

357
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Medida do peso

4.2.12 Realizar a limpeza da balança com produto padronizado pela CCI-SMS.

4.3 AFERIÇÃO DE PESO DE CRIANÇAS MENORES DE 2 ANOS, UTILIZANDO


BALANÇA MECÂNICA
4.3.1 Acolher a criança e mãe/responsável;
4.3.2 Realizar higiene das mãos conforme procedimento operacional de fricção
antisséptica das mãos ou higienização simples das mãos;
4.3.3 Orientar o usuário e a mãe/responsável sobre o procedimento;
4.3.4 Cobrir o prato da balança com papel lençol;
4.3.5 Destravar a balança;
4.3.6 Verificar se a balança está calibrada, observando se a agulha do braço e o
fiel estão na mesma linha horizontal. Caso seja necessário calibrar a balança,
girar lentamente o calibrador e até que a agulha do braço e o fiel estejam
nivelados;
4.3.7 Travar a balança;
4.3.8 Retirar roupas, adereços e sapatos da criança com o auxílio da mãe ou
responsável;
4.3.9 Colocar a criança sentada ou deitada no centro do prato, de modo a distribuir
o peso igualmente;
4.3.10 Destravar a balança, mantendo a criança parada o máximo possível nessa
posição. Orientar a mãe/responsável a manter-se próximo, sem tocar na
criança, nem na balança;
4.3.11 Mover o cursor maior sobre a escala numérica para marcar os quilos;
4.3.12 Mover o cursor menor para marcar os gramas e esperar até que a agulha do
braço e o fiel estejam nivelados;
4.3.13 Travar a balança, evitando, assim, que sua mola desgaste, assegurando o
bom funcionamento do equipamento;
4.3.14 Realizar a leitura de frente para o equipamento com os olhos no mesmo nível
da escala para visualizar melhor os valores apontados pelos cursores;
4.3.15 Anotar o peso e registrar o procedimento no Sistema Hygia. Anotar o peso
também na Caderneta de Saúde da Criança;
4.3.16 Retirar a criança e retornar os cursores ao zero na escala numérica;
4.3.17 Retirar e desprezar o papel lençol no lixo apropriado;

4.4 AFERIÇÃO DO PESO DE CRIANÇAS MAIORES DE 2 ANOS, ADOLESCENTES E


ADULTOS, UTILIZANDO BALANÇA MECÂNICA

358
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Medida do peso

4.4.1 Acolher o usuário e a mãe/responsável;


4.4.2 Realizar higiene das mãos conforme procedimento operacional de fricção
antisséptica das mãos ou higienização simples das mãos;
4.4.3 Orientar o usuário e a mãe/responsável sobre o procedimento;
4.4.4 Certificar que a balança plataforma está afastada da parede;
4.4.5 Destravar a balança;
4.4.6 Verificar se a balança está calibrada (a agulha do braço e o fiel devem estar
na mesma linha horizontal). Se houver necessidade, calibrar a balança,
girando lentamente o calibrador até que a agulha do braço e o fiel estejam
nivelados.
4.4.7 Travar a balança;
4.4.8 Cobrir a plataforma da balança com papel toalha;
4.4.9 Solicitar que o usuário suba na plataforma da balança para ser pesado;
4.4.10 Posicionar o usuário de costas para a balança, descalço, com o mínimo de
roupa possível, no centro do equipamento, ereto, com os pés juntos e os
braços estendidos ao longo do corpo. Mantê-lo parado nessa posição;
4.4.11 Destravar a balança;
4.4.12 Mover o cursor maior sobre a escala numérica, para marcar os quilos;
4.4.13 Mover o cursor menor para marcar os gramas;
4.4.14 Esperar até que a agulha do braço e o fiel estejam nivelados;
4.4.15 Travar a balança, evitando, assim que sua mola desgaste, assegurando o
bom funcionamento do equipamento;
4.4.16 Realizar a leitura de frente para o equipamento, para visualizar melhor os
valores apontados pelos cursores;
4.4.17 Anotar o peso e registrar o procedimento no Sistema Hygia e também anotar
o peso na Caderneta de Saúde da Criança;
4.4.18 Retirar a criança, adolescente ou adulto;
4.4.19 Retornar os cursores ao zero na escala numérica;
4.4.20 Retirar e desprezar o papel toalha no lixo apropriado;

359
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Medida do peso

Fonte: Brasil, 2011

5 OBSERVAÇÃO
As crianças menores de 2 anos devem ser pesadas sempre completamente despidas e na
presença da mãe/responsável, que deverá auxiliar na retirada da roupa da criança e na
verificação da medida.
Uma fralda molhada pode representar até 20% do peso de uma criança.
As crianças maiores de 2 anos devem ser pesadas descalças e com roupas bem leves,
idealmente, usando apenas calcinha, short ou cueca, na presença da mãe ou do
responsável.
Os adultos e adolescentes devem ser pesados descalços e usando roupas leves, sem
adereços ou objetos que possam interferir no peso total.

6 RESPONSABILIDADE
 Auxiliar de enfermagem
 Técnico de enfermagem
 Enfermeiro

360
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Medida do peso

7 REGISTRO
Registrar: data e hora da realização do procedimento e intercorrências e providências
adotadas; orientações efetuadas; nome completo e Coren do responsável pelo
procedimento.

REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção
Básica. Orientações para a coleta e análise de dados antropométricos em serviços
de saúde: norma técnica do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional – SISVAN.
Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2011.

POTTER, P. A. et al. Fundamentos de Enfermagem. 9. ed. Rio de Janeiro: Elsevier,


2018.

DADOS DA VERSÃO
ELABORAÇÃO APROVAÇÃO
Lauren Suemi Kawata Karina Domingues de Freitas
Enfermeira. COREN-SP: 126659 Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 0126266
Heloisa d’Affonseca
Enfermeira. COREN-SP: 30917

361
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Métodos / ténicas para oferecimento de complemento lácteo ao recém-nascido

Métodos / técnicas para oferecimento de complemento lácteo ao


recém-nascido

1 OBJETIVO
Relactação / Translactação:
 Estimular a produção de leite materno em decorrência de hipogalactia; quando a mãe
deixou de amamentar e deseja retomar o aleitamento ou em casos de mães adotivas
que desejam amamentar;
 Auxiliar no retorno ao Aleitamento Materno;
 Aumentar a produção de leite materno;
 Estimular a produção Láctea e em mulheres que desejam iniciar a amamentação
 Auxiliar no ganho de peso adequado de bebês baixo peso.
 Desestimular o uso de bicos artificiais para complementação láctea
Finger Feeding (Sonda–dedo):
 Manter o estímulo de sucção nos casos de intercorrências mamárias (traumas
mamilares e mastite);
 Estimular o recém-nascido com dificuldade na sucção;
 Oferecer leite materno cru ou pasteurizado na impossibilidade da sucção do seio
materno (Traumas mamilares, mastite, internação da mãe ou do RN);
 Oferecer leite materno na transição da alimentação via sonda para amamentação ao
seio materno (em casos de prematuridade, por exemplo),
 Desestimular o uso de bicos artificiais para complementação láctea.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO
Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),
Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família
(USF), Serviço de Atenção Domiciliar (SAD).

3 MATERIAL
3.1 Luvas de procedimento
3.2 Bandeja
3.3 Biombo
3.4 Gorro
3.5 Máscara
3.6 Óculos de proteção
3.7 Sonda gástrica / uretral nº 4
362
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Métodos / ténicas para oferecimento de complemento lácteo ao recém-nascido

3.8 Seringa de 20 mL sem o êmbolo ou outro recipiente limpo e fervido com o leite a ser
oferecido
3.9 Fita adesiva cirúrgica

4 PROCEDIMENTO
4.1 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das
mãos ou higienização simples das mãos;
4.2 Prender o cabelo, vestir gorro, máscara e óculos de proteção;
4.3 Preparar recipiente limpo e fervido ou seringa estéril;
4.4 Reunir o material;
4.5 Identificar e acolher o binômio em ambiente privativo;
4.6 Explicar à puérpera sobre o procedimento;
4.7 Auxiliar a mãe a posicionar o RN para mamar normalmente;
4.8 Após a mamada, colocar o leite materno cru ordenhado (conforme procedimento
operacional 000 do Programa de Aleitamento Materno), pasteurizado ou artificial (de
acordo com a prescrição médica) na seringa de 20 mL (sem o êmbolo) ou recipiente
limpo e fervido;
4.9 Fixar com fita adesiva, na roupa da mãe, na altura das mamas ou entre as mamas
(acomodar o recipiente no soutien). Posicionar a seringa ou o recipiente com o leite,
acoplado a uma sonda gástrica ou cateter uretral nº 4, com a extremidade com furos
colocada ao nível do mamilo, mergulhar a extremidade mais larga da sonda no leite
ou conectar na seringa (Figura 1 e 2).

Figura 1 – Posicionamento da sonda e do recém-nascido

Fonte: imagem Google

4.10 Colocar o bebê no peito, abocanhando a aréola e a sonda (Figura 2);

363
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Métodos / ténicas para oferecimento de complemento lácteo ao recém-nascido

Figura 2 – Relactação / translactação

Fonte: BRASIL, 2011

4.11 O bebê, ao mamar, retirará leite do peito ao mesmo tempo em que recebe o leite que
flui da seringa / recipiente;
4.12 Fechar a sonda dobrando-a quando o bebê fizer pausas. Ao retornar a sucção, libera-
se a sonda;
4.13 Avaliar a mamada e orientar a puérpera quanto à pega, prega e posições adequadas;
4.14 Finalizada a mamada, orientar a mãe a lavar o material com água e sabão, ferver o
frasco / recipiente, passar a sonda na água fervente, injetar água fervente com a
seringa e depois injetar ar para secá-la.
4.15 Se a técnica tratar-se do finger feeding (Sonda-dedo), basta fixar a ponta da sonda
no dedo mínimo ou indicador e oferecer ao RN, encostá-lo no palato duro do RN para
que este tenha estímulo de sucção adequado (Figura 3);

Figura 3 – Finger feeding

Fonte: Imagem Google

4.16 O bebê deverá sugar o dedo do profissional, da mãe ou de outra pessoa, que deverá
fechar a sonda dobrando-a quando ele fizer pausas,
4.17 Ao finalizar o procedimento, organizar a unidade, lavar as mãos e registrar no Hygiaweb
e/ou prontuário físico (de acordo com a rotina do serviço) agendar retornos s/n.

364
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Métodos / ténicas para oferecimento de complemento lácteo ao recém-nascido

5 OBSERVAÇÃO
A Relactação é utilizada para auxiliar no estabelecimento da produção láctea de
mulheres com baixa produção, em casos de indicação de oferta de complemento (bebês
prematuros, PIG, GIG, baixo peso), para mulheres que querem retomar o aleitamento ou
até mesmo mães adotivas que desejam amamentar. Neste caso é utilizado o leite humano
pasteurizado ou artificial;
No caso da Translactação a mulher tem produção de leite, mas necessita
complementar a mamada por algum motivo. Nesta técnica a puérpera pode utilizar o
próprio leite ordenhado ou outro leite. É utilizada em caso de procedimento cirúrgico nas
mamas com comprometimento de ductos ou glândulas, quando o bebê não suga
adequadamente e não promove o estímulo correto das mamas, ou quando é necessária a
suspensão temporária da amamentação de uma das mamas, e a volta gradativa da
amamentação, devido a traumas mamilares ou mastite,
Na técnica de relactação/ translactação deve-se oferecer primeiramente as duas
mamas, e, no fim da mamada colocar a sonda para complementação. Quando não for
possível; fazer a ordenha da mama comprometida e oferecer o leite ordenhado na sonda
na outra mama.
O finger feeding (sonda-dedo) é muito utilizado em caso de RNs prematuros, para
prepará-los para a sucção do seio materno ou RN com dificuldade na sucção diretamente
nas mamas. Pode ser utilizado também em caso de trauma mamilar ou mastite, que
indiquem a suspensão temporária da sucção da mama. Deve ser uma técnica temporária,
como auxilio no manejo do aleitamento materno;
A reutilização da sonda pode ocorrer desde que seja feita a higienização adequada,
por 2 a 3 semanas, a depender da qualidade do material, pois pode obstruir;
Orientar a puérpera quanto aos procedimentos para armazenamento e conservação
do Leite Materno (conforme material educativo / folder de apoio do PALMA – Programa de
Aleitamento Materno, disponíveis no almoxarifado) solicitar e entregá-los à mulher.

6 RESPONSABILIDADE
 Auxiliar de Enfermagem
 Técnico em Enfermagem
 Enfermeiro

365
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Métodos / ténicas para oferecimento de complemento lácteo ao recém-nascido

7 REGISTRO
Registrar o procedimento realizado, aceitação ou recusa do usuário, data e horário do
procedimento, carimbo e assinatura de quem realizou o exame em prontuário ou ficha de
atendimento ambulatorial.

REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Atenção humanizada ao recém-nascido de baixo peso:
método canguru. 2. ed. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2011.

OLIVEIRA, T. L.; MORAES, B. A; SALGADO, L. L. F. Relactação como possibilidade


terapêutica na atenção a lactentes com necessidades alimentares especiais. Demetra:
alimentação, nutrição & saúde, Rio de Janeiro, v. 9, p. 297-309, 2014.

DADOS DA VERSÃO
ELABORAÇÃO APROVAÇÃO
Márcia Cristina Guerreiro dos Reis Karina Domingues de Freitas
Enfermeira. COREN-SP: 40867 Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 0126266
Lilian Donizete Pimenta Nogueira
Enfermeira. COREN-SP: 0127595

366
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Mistura de insulina

Mistura de insulina
1 OBJETIVO
Reduzir o número de aplicações, procedimentos invasivos e lipodistrofia.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO
Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),
Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família
(USF), Serviço de Atenção Domiciliar (SAD), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência
(SAMU) e domicílio.

3 MATERIAL
3.1 Frascos de insulinas
3.2 Seringa de insulina
3.3 Álcool a 70%
3.4 Algodão

4 PROCEDIMENTO
4.1 Verificar a prescrição médica;
4.2 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das
mãos ou higienização simples das mãos;
4.3 Reunir as insulinas prescritas, a seringa, o algodão e álcool 70%;
4.4 Homogeneizar a insulina NPH, realizando 20 movimentos circulares suaves no
frasco. Se a insulina NPH estiver na geladeira, recomenda-se retirá-la de 15 a 20
minutos antes da aplicação, pois quando gelada a homogeneização é comprometida;
4.5 Proceder à desinfecção das borrachas dos frascos de insulinas com álcool 70%;
4.6 Aspirar ar até a graduação correspondente à dose de insulina NPH prescrita;
4.7 Injetar o ar no frasco de insulina NPH e retirar a agulha do frasco sem aspirar a
insulina NPH, reservar;
4.8 Aspirar ar até a graduação correspondente à dose de insulina Regular;
4.9 Injetar o ar no frasco de insulina Regular, virar o frasco e aspirar a insulina Regular
correspondente à dose prescrita;
4.10 Eliminar bolhas se houver;
4.11 Retornar o frasco de insulina Regular à posição inicial e retirar a agulha;
4.12 Posicionar de cabeça para baixo o frasco de insulina NPH, introduzir a agulha da
seringa que já está com a insulina Regular, e aspirar a dose correspondente à
insulina NPH;

367
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Mistura de insulina

4.13 Retornar o frasco para a posição inicial e remover a agulha protegendo-a até o
momento da aplicação.

5 OBSERVAÇÃO
Se após aspirar as duas insulinas houver bolhas de ar ou a dose aspirada for maior que a
soma das doses prescritas, descartar a seringa com a insulina e reiniciar o procedimento
com uma nova seringa.

6 RESPONSABILIDADE
 Equipe de enfermagem
 Enfermeiro
 Médico
 Usuário
 Cuidador ou familiar capacitado.

7 REGISTRO
Registrar o procedimento realizado, as doses administradas de cada insulina, o local, se
ocorreram intercorrências durante o procedimento, data e horário do procedimento,
carimbo e assinatura de quem realizou a técnica em prontuário e lançar no Sistema Hygia.

REFERÊNCIA
SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES. Diretrizes da Sociedade Brasileira de
Diabetes 2017-2018. São Paulo: Clannad, 2017.

DADOS DA VERSÃO
ELABORAÇÃO APROVAÇÃO
Mayra Fernanda de Oliveira Jane Aparecida Cristina
Enfermeira. COREN-SP: 011255 Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 44071

ATUALIZAÇÃO - 1 APROVAÇÃO - 1
Valdirene Marta Salgueiro Santana Karina Domingues de Freitas
Enfermeira. COREN-SP: 68785 Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 0126266

368
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Monitorização do processo de esterilização através de indicador biológico

Monitorização do processo de esterilização através de indicador


biológico

1 OBJETIVO
Realizar monitorização do processo de esterilização através de Indicador Biológico.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO
Seção de preparo e esterilização das Unidades e Serviços de Saúde da Secretaria
Municipal de Saúde de Ribeirão Preto.

3 PERIODICIDADE
3.1 Semanalmente, as terças feiras, no primeiro ciclo do dia;
3.2 Após manutenções preventivas e reparativas.

4 MATERIAL/EQUIPAMENTO
4.1 Equipamentos de Proteção Individual (luvas de procedimento e gorro);
4.2 Nas autoclaves com menos de 50 litros utilizar 1 pacote teste (Ver item 6.1) com
indicador biológico contaminado com Bacillus de G. Stearothermophilus;
Nas autoclaves com mais 50 litros utilizar 3 pacotes teste (Ver item 6.1) com indicador
biológico contaminado com Bacillus de G. Stearothermophilus;
4.3 Uma ampola de indicador biológico a ser empregada como controle do mesmo lote
do pacote desafio;
4.4 Indicador químico externo (fita zebrada);
4.5 Caneta esferográfica;
4.6 Autoclave;
4.7 Computador;
4.8 Incubadora.

5 PROCEDIMENTO
5.1 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional da enfermagem de fricção
antisséptica das mãos ou higienização simples das mãos e paramentar-se com os
EPIs;
5.2 Identificar as ampolas de acordo com a posição colocadas na autoclave: frente meio
e fundo, data e Unidade de Saúde;
5.3 Identificar pacote teste externamente de acordo com sua posição na autoclave,
número da carga e data. Aplicar fita zebrada externamente;
369
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Monitorização do processo de esterilização através de indicador biológico

5.4 Nas autoclaves menores de 50 litros posicionar o pacote teste horizontalmente


próximo ao dreno (10 a 20 cm acima) da autoclave (ponto com menor incidência
possível de vapor) e carrega - lá, com os demais pacotes de artigos a serem
esterilizados;
5.5 Nas autoclaves maiores de 50 litros posicionar os pacotes teste horizontalmente na
frente, meio e fundo da autoclave e carrega - lá, com os demais pacotes de artigos a
serem esterilizados;
5.6 Fechar a porta da autoclave;
5.7 Iniciar o ciclo de acordo com o funcionamento de cada autoclave;
5.8 Aguardar o término do ciclo e o resfriamento da câmara da autoclave;
5.9 Retirar os pacotes teste da autoclave juntamente com os demais pacotes;
5.10 Aguardar resfriamento do pacote desafio por 15 minutos;
5.11 Verificar indicador químico externo do pacote, e abri-lo;
5.12 Inspecionar o indicador químico da etiqueta do IB (Indicador Biológico): uma
alteração da cor inicial indica que o IB foi exposto ao processo de vapor;
5.13 Realizar incubação das ampolas conforme anexo I;
5.14 Arquivar/registrar os resultados em impresso (anexo II) próprio na Unidade por 1 ano
e após encaminhar ao setor de arquivo.
5.15 Descartar as ampolas no coletor de perfurocortante.

6 OBSERVAÇÃO
O pacote teste deve ser feito com envelope auto selante representando o maior pacote
esterilizado na autoclave da Unidade de Saúde, a ampola ATTEST deve ser colocada no
centro do pacote.
Os resultados positivos deverão ser informados imediatamente ao gerente e ao gerente e
cirurgião dentista da Unidade, que deverá abortar o ciclo e refazer o processo em outro serviço
mais próximo; Repetir o teste na autoclave da Unidade, caso seja positivo novamente entrar
em contato com a CCI pelo email: cci@saude.pmrp.com.br e com a divisão odontológica.
Qualquer intercorrência com a autoclave ou em uma das etapas do processamento do IB
deverá ser informado ao enfermeiro responsável, ao gerente e a CCI-SMS.

7 RESPONSABILIDADE
 Equipe técnica de enfermagem
 Equipe técnica de odontologia

370
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Monitorização do processo de esterilização através de indicador biológico

8 REGISTRO
Ver item 5.12 ao 5.14
Retirar os rótulos das ampolas e colar ao lado do resultado (não é necessário uso de cola),
quando incubado na própria unidade.

REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO PAULISTA DE ESTUDOS E CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR.
Limpeza, desinfecção e esterilização de artigos em serviços de saúde. São Paulo:
APECIH, 2010.

RIBEIRÃO PRETO (Cidade). Secretaria Municipal da Saúde. Manual de qualificação de


esterilização em autoclaves. Ribeirão Preto: SMS, 2009.

SOCIEDADE BRASILEIRA DE ENFERMEIROS DE CENTRO CIRÚRGICO. Práticas


recomendadas. 4. ed. São Paulo: SOBEC, 2007.

DADOS DA VERSÃO
ELABORAÇÃO APROVAÇÃO
Ana Célia da Silva Jane Aparecida Cristina
Enfermeira. COREN–SP: 107632 Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 44071

ATUALIZAÇÃO - 1 APROVAÇÃO - 1
Cátia Helena Damando Salomão Karina Domingues de Freitas
Enfermeira Presidente da CCI-SMS Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 144846 COREN-SP: 0126266

Luciana de Paula R. S. Porto


Cirurgiã-dentista
Equipe técnica Subalmoxarifado Saúde

371
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Monitorização do processo de esterilização através de indicador biológico

Anexo I - Como incubar um Indicador Biológico:

 Ligar a incubadora deixar aquecer por no mínimo 15 minutos;


 Após o resfriamento das ampolas, posicioná-las inclinando-as com ângulo de 45°, na
porção central do compartilhamento específico central;
 Incubar os Indicadores Biológicos nos compartimentos laterais;
 Empurrar as ampolas para frente, a ampola de vidro quebrará no interior da ampola de
plástico;
 Proceder da mesma forma para uma ampola não processada para utilizá-la como
controle-positivo;
 Deixar os Indicadores Biológicos por 48h;
 Realizar a leitura:
- Resultado positivo: mudança de cor para amarelo indicará crescimento bacteriano e,
portanto, falha no ciclo de esterilização;
- Resultado negativo: não havendo crescimento bacteriano a cor permanecerá a mesma
(cor roxa), o que indica um ciclo de esterilização eficaz.

372
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Monitorização do processo de esterilização através de indicador biológico

373
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Montagem de carga na autoclave para esterilização

Montagem de carga na autoclave para esterilização

1 OBJETIVO
Montar carga da autoclave e processo de esterilização.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO
Seção de preparo e esterilização das Unidades e Serviços de Saúde da Secretaria
Municipal de Saúde de Ribeirão Preto.

3 MATERIAL/EQUIPAMENTO
3.1 EPI: Gorro
3.2 Materiais embalados para esterilização
3.3 Autoclave

4 PROCEDIMENTO
4.1 Higienizar as mãos antes de iniciar os procedimentos, conforme procedimento
operacional de fricção antisséptica das mãos ou higienização simples das mãos e
vestir EPI conforme indicação;
4.2 Esterilizar têxteis e materiais rígidos em cargas diferentes. Não sendo prático,
coloque têxteis acima e materiais rígidos abaixo, não o contrário;
4.3 A disposição dos artigos no interior dos pacotes é fator primordial para a obtenção
de um processo de esterilização eficaz;
4.4 Materiais articulados e com dobradiças devem ser colocados de forma a
permanecerem abertos;
4.5 Materiais encaixados um no outro devem ser separados por material absorvente de
forma que o vapor possa passar entre eles. Material cirúrgico não deve ser
acondicionado encaixado ou empilhado;
4.6 O uso de proteção (compressas de gaze) nas regiões perfurocortantes dos
instrumentais diminui os riscos de contaminação dos pacotes devido à perda da
integridade da embalagem, além de ser um fator de biossegurança para o
funcionário;
4.7 Materiais côncavos, como cubas e bandejas, devem ser posicionadas de forma que
qualquer condensado que se forme flua em direção ao dreno, por gravidade;
4.8 Os pacotes maiores devem ser colocados na parte inferior da câmara e os menores,
na parte superior. Isto facilita o fluxo do vapor através dos espaços entre os pacotes;

374
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Montagem de carga na autoclave para esterilização

4.9 Caixas de instrumentais devem ser colocados longitudinalmente na cesta da


autoclave, sem empilhar; os materiais e embalagens não devem tocar as paredes e
teto da câmara;
4.10 Não ultrapassar 80% da capacidade da câmara interna do equipamento;
4.11 Iniciar o ciclo para esterilização, conforme orientação do fabricante;
4.12 Após o término do ciclo de esterilização, desligar (quando for manual) e abrir a porta
da autoclave, deixando-a entreaberta para o término da secagem;
4.13 Os pacotes não devem ser tocados ou movidos de 30 a 60 minutos após a
esterilização, devendo ser deixados na máquina ou local sem correntes de ar; se um
material úmido ou morno for colocado em um lugar mais frio pode umedecer o
pacote, comprometendo a esterilização;
4.14 Abrir totalmente a porta após a secagem;
4.15 Retirar todo o material do equipamento;
4.16 Verificar se a fita zebrada apresenta alteração na coloração que indica se o artigo foi
processado. Caso haja dúvida (fita não enegreceu) todo este lote deve ser invalidado.

5 OBSERVAÇÃO
5.1 O operador sempre deve ter em mente ao preparar uma carga a necessidade de
remoção do ar da câmara da autoclave, da penetração do vapor e a saída do vapor
e re-evaporação da umidade do material.
5.2 Não há benefício em fechar novamente a autoclave após a abertura para "secar"
melhor. Isto apenas aumentará o tempo necessário para o resfriamento natural;

6 RESPONSABILIDADE
 Equipe técnica de enfermagem
 Equipe técnica de odontologia

7 REGISTRO
Registrar processo em impresso – Registro do Processo de Esterilização em Autoclaves
na SMS-RP- que deverá ser arquivado na CME da Unidade em pasta.

REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO PAULISTA DE ESTUDOS E CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR.
Limpeza, desinfecção e esterilização de artigos em serviços de saúde. São Paulo:
APECIH, 2010.

MIGUEL, E. A. Validação e montagem de carga desafio “da teoria a prática”. In:


SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE ESTERILIZAÇÃO E CONTROLE DE INFECÇÃO

375
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Montagem de carga na autoclave para esterilização

RELACIONADO À ASSISTÊNCIA À SAÚDE - SOBECC, 10., 2016, São Paulo. Resumos...


São Paulo: SOBECC, 2016.

RIBEIRÃO PRETO (Cidade). Secretaria Municipal da Saúde. Manual de qualificação de


esterilização em autoclaves. Ribeirão Preto: SMS, 2009.

DADOS DA VERSÃO
ELABORAÇÃO APROVAÇÃO
Elisângela Aparecida de Almeida Puga Jane Aparecida Cristina
Enfermeira. COREN-SP: 0143873 Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 44071

ATUALIZAÇÃO - 1 APROVAÇÃO - 1
Cátia Helena Damando Salomão Karina Domingues de Freitas
Enfermeira. Presidente da CCI-SMS Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 144846 COREN-SP: 0126266

376
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Montagem de carga na autoclave para esterilização

Anexo 1 – Registro do Processo de Esterilização em Autoclaves na SMS-RP.


Data N° Tempo do ciclo Temperatura Quanti- Conteúdo Manô- Manovacuô- Uso de Incubação Ocorrência Responsá-
ciclo dade dos vel5
(registrar o horário) durante a metro1 metro2 Indicador Hora Hora de
de de pacotes
esterilização Biológico3 da leitura problema4
pacotes
incuba- (Descrever)
Início Fim Dura- Sim Não ção
Ção

Observações:
1 e 2. Manômetro e Manovacuômetro: registrar o valor alcançado durante a esterilização, quando houver este dispositivo no painel frontal do equipamento.
3. Ocorrência de problema: preencher com NÃO se não foi observado qualquer anormalidade de funcionamento dos dispositivos operacionais. Se ocorrer qualquer
problema registrar SIM e descrevê-lo.
4. Responsável: importante que o funcionário responsável pelo processamento registre de forma legível seu nome e data

377
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Montagem do dispositivo de sistema fechado de aspiração (Tach Care)

Montagem do dispositivo de sistema fechado de aspiração (Trach


Care)
1.6.1 OBJETIVO
Descrever a montagem do dispositivo do sistema fechado de aspiração (Trach Care) acoplado
ao filtro HME em usuários com indicação de IOT (intubação orotraqueal), ou em usuário em
uso de traqueostomia, suspeito ou confirmados de covid-19.

1.6.2 CAMPO DE APLICAÇÃO


Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),
Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família (USF),
Serviço de Atenção Domiciliar (SAD), Unidades de Suporte Avançado (USA) do Serviço de
Atendimento Móvel de Urgência (SAMU).

1.6.3 MATERIAL

3.1 Equipamentos de proteção individual (luvas de procedimento, máscara facial – N95 ou


PFF2, óculos de proteção biológica, gorro, avental)
3.2 Sistema fechado de aspiração
3.3 Filtro HME/HMEF
3.4 Piça para clampar

4 PROCEDIMENTO
4.1 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das
mãos ou higienização simples das mãos;
4.2 Reunir o material conforme figura 1 (sonda de sistema fechado de aspiração; filtro
HME/HMEF, circuito do ventilador mecânico);
Figura 1

Fonte: Acervo das auto


378
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Montagem do dispositivo de sistema fechado de aspiração (Tach Care)

4.3 Utilizar equipamentos de proteção individual conforme procedimento operacional de


precauções padrão. Realizar a paramentação na seguinte sequência: avental,
máscara N95, óculos ou prototer facial, gorro, luvas de procedimentos;
4.4 Conectar o bocal menor de saída da sonda do sistema de aspiração fechado ao filtro
HME/HMEF conforme figura 2.
Figura 2

Fonte: Acervo das autoras

4.5 Conectar o bocal maior da sonda de aspiração fechada, ao tubo endotraqueal ou


traqueostomia, acoplar o circuito do ventilador mecânico ao bocal do filtro HME, já
acoplado a sonda de aspiração fechado, conforme figura 3.

Figura 3

Fonte: Acervo das autoras

5 OBSERVAÇÃO
Observar se a sonda de aspiração está com sua capa protetora íntegra.

379
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Montagem do dispositivo de sistema fechado de aspiração (Tach Care)

6 RESPONSABILIDADE
 Enfermeiro
 Médico

7 REGISTRO
Registrar o procedimento realizado, data e horário do procedimento, carimbo e assinatura
de quem realizou a técnica em prontuário ou Ficha de Atendimento Ambulatorial.

REFERÊNCIA

EBSERH. Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares EBSERH. POP: Utilização do sistema


de aspiração fechado em pediatria e neonatologia. Disponível em <
http://www2.ebserh.gov.br/documents/147715/0/Aspira%C3%A7%C3%A3o+fechado+em+n
eonatologia+final.pdf/bb062409-4f14-444c-a686-98bd796f3508> Acesso em: 16 out 2020.

DADOS DA VERSÃO
ELABORAÇÃO APROVAÇÃO

Ediane Gonçalves de Oliveira Cátia Helena Damando Salomão


Enfermeira. COREN-SP: 299933 Enfermeira. COREN-SP:144846

Ariadne Beatriz Silvério


Médica Infectologista. CRM-SP: 134084
SAMU Regional de Ribeirão Preto / CCI-SMS

380
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Orientações e cuidados com a terapia bota de Unna no domicílio

Orientações e cuidados com a terapia bota de Unna no domicílio

1 OBJETIVO
Nortear equipe de saúde para realizar as orientações ao usuário/cuidador quanto a manter
o curativo com bota de Unna limpo e seco, trocando as compressas de gazes e ataduras
externas.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO
Domicílio.

3 MATERIAL (disponibilizado ao usuário para 3-7 dias)


3.1 10 a 14 ataduras de crepe;
3.2 10 a 14 compressas de gazes;
3.3 01 caixa de luvas de procedimentos (mensal);

4 PROCEDIMENTO
4.1 Orientar o usuário/ cuidador a
 Lavar bem as mãos com água corrente e sabão;
 Colocar todo material que vai utilizar ao alcance das mãos;
 Calçar luvas de procedimento;
 Retirar a faixa crepe externa da bota de Unna, a qual se encontra úmida e com
sujidade;
 Observar a quantidade e características do exsudato (líquido drenado pela ferida);
 Descartar no lixo único;
 Abrir um pacote de compressa de gaze limpa e sobrepor na região da lesão;
 Enfaixar o membro com nova atadura (o enfaixamento deverá sempre ser sentido
retorno venoso, conforme orientação do enfermeiro, que realizou a aplicação da
bota de Unna);
 Retirar luvas de procedimentos e lavar novamente as mãos com água corrente e
sabão.

5 RESPONSABILIDADES
 Enfermeiro e equipe de saúde.

381
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Orientações e cuidados com a terapia bota de Unna no domicílio

6 OBSERVAÇÕES
O procedimento realizado é considerado limpo (não estéril), devido tratar-se de coberturas
secundárias e microbiota presente no domicílio.
Os dados e construção do documento foram baseados na literatura sobre realização de
procedimentos especiais no domicilio e na experiência do Serviço de Atenção Domiciliar
de Ribeirão Preto.

REFERENCIA
RIBEIRÃO PRETO (Cidade). Secretaria Municipal da Saúde. Comissão de Assistência,
Assessoria e Pesquisa em Feridas Manual de assistência integral às pessoas com
feridas. Ribeirão Preto: SMS, 2013.

DADOS DA VERSÃO
ELABORAÇÃO APROVAÇÃO
Emília Maria Paulina Campos Chayamiti Karina Domingues de Freitas
Enfermeira. COREN-SP: 44546 Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 0126266

ATUALIZAÇÃO – 1 APROVAÇÃO - 1
Miriã Avelino Prado Karina Domingues de Freitas
Enfermeira. COREN-SP: 81737 Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 0126266

382
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Orientações para autocateterismo vesical intermitente feminino

Orientações para autocateterismo vesical intermitente feminino

1 OBJETIVO
Esvaziar/ Drenar urina da bexiga urinária em indivíduos com disfunção vesico esfincteriana.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO
Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),
Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família
(USF), Serviço de Atenção Domiciliar (SAD), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência
(SAMU).

3 MATERIAL
3.1 01 cateter uretral (sonda vesical) para cada procedimento (menor calibre possível e
recomenda-se o Nº 10 para adulto) por dia;
3.2 01 tubo de gel hidrossolúvel lubrificante com ou sem anestésico por semana;
3.3 01 pacote de gaze, com 05 unidades por dia;
3.4 Sabonete (preferencialmente neutro e líquido);
3.5 Água corrente;
3.6 Toalha ou papel toalha;
3.7 Local para desprezar a urina (comadre e outros).

4 PROCEDIMENTO
Orientar o usuário:
4.1 Realizar o procedimento com técnica limpa e a necessidade periódica de realização;
4.2 Lavar bem as mãos com água corrente e o sabonete;
4.3 Colocar todo material que será utilizado ao alcance das mãos;
4.4 Conferir número do cateter e abrir a embalagem;
4.5 Colocar gel lubrificante na ponta do cateter, mantendo-o na embalagem original;
4.6 Abrir os grandes lábios com a mão não dominante e realizar higiene no sentido da
região púbica a região perianal, com sabonete e água (pode usar a gaze para ajudar
na retirada do sabonete, se houver);
4.7 Lavar novamente as mãos com água corrente e sabonete;
4.8 Para melhor visualizar o meato uretral, poderá ser utilizado um espelho acomodado
entre as pernas;
4.9 Abrir os grandes lábios com a mão não dominante, identificar o meato uretral e
manter esta posição até introduzir o cateter;

383
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Orientações para autocateterismo vesical intermitente feminino

4.10 Introduzir o cateter na uretra com a mão dominante mantendo a outra extremidade
do cateter no recipiente;
4.11 Massagear com a mão não dominante a região da bexiga para favorecer a saída da
urina e aguardar o esvaziamento completo da bexiga (de 5 a10 minutos);
4.12 Nos casos de resistência na introdução do cateter, sinais de sangramento, urina turva
ou com odor fétido e sintomas febris a equipe de saúde deverá ser consultada;
4.13 Retirar o cateter após esvaziamento completo da bexiga;
4.14 Desprezar a urina em vaso sanitário;
4.15 Lavar novamente as mãos com água corrente e sabonete;
4.16 Descartar o material utilizado em recipiente e local adequados.

5 OBSERVAÇÕES
Para realizar o procedimento é necessária prescrição médica, a equipe de saúde precisa
conhecer para orientar, prever e prover os materiais necessários para o usuário.
Os resíduos gerados no domicílio pelos procedimentos realizados deverão ser
devidamente acondicionados e descartados em lixo comum.

6 RESPONSABILIDADE
 Auxiliar de enfermagem
 Técnico de enfermagem
 Enfermeiro
 Médico

7 REGISTRO
Registrar as orientações quanto capacitação do usuário e ao procedimento realizado,
número do cateter, características e quantidade da diurese, data e horário do
procedimento, carimbo e assinatura em prontuário ou ficha de atendimento ambulatorial.
Registrar no prontuário domiciliar.

REFERÊNCIAS
ASSIS, G. M.; FARO, A. C. M. Clean intermittent self catheterizationin spinal cord injury.
Revista da Escola de Enfermagem da USP, São Paulo, v. 45, n. 1, p. 282- 286, 2011.

BRASIL. Ministério da Saúde. Hospital alemão Oswaldo Cruz. Orientações para o


cuidado do usuário no ambiente domiciliar. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2018.
Disponível em: <
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/orientacoes_cuidado_paciente_ambiente_dom
iciliar.pdf>. Acesso em: 15 mai 2019.

384
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Orientações para autocateterismo vesical intermitente feminino

CAMPOS, C. V. S.; SILVA, K. L. Cateterismo vesical intermitente realizado pelos


cuidadores domiciliares em um serviço de atenção domiciliar. Revista Mineira de
Enfermagem, Belo Horizonte, v. 17, n. 4, 2013. Disponível em:
<http://www.dx.doi.org/10.5935/1415-2762.20130056>. Acesso em: 15 mai 2019.

PAULA, M. A. B.; PAULA, P. R.; CESARETI, I. U. R. (Org.). Estomaterapia em foco e o


cuidado especializado. São Caetano do Sul: Yendis, 2014.

DADOS DA VERSÃO
ELABORAÇÃO APROVAÇÃO
Emília Maria Paulina Campos Chayamiti Karina Domingues de Freitas
Enfermeira. COREN-SP: 44546 Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 0126266

ATUALIZAÇÃO – 1 APROVAÇÃO - 1
Emília Maria Paulina Campos Chayamiti Karina Domingues de Freitas
Enfermeira. COREN-SP: 44546 Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 0126266
Miriã Avelino Prado
Enfermeira. COREN-SP: 81737

385
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Orientações para autocateterismo vesical intermitente masculino

Orientações para autocateterismo vesical intermitente masculino

1 OBJETIVO
Esvaziar/ Drenar urina da bexiga urinária em indivíduos com disfunção vesico esfincteriana.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO
Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),
Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família
(USF), Serviço de Atenção Domiciliar (SAD), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência
(SAMU).

3 MATERIAL
3.1 01 cateter uretral (sonda vesical) para cada procedimento (menor calibre possível e
recomenda-se o Nº 10 para adulto) por dia;
3.2 01 tubo de gel hidrossolúvel lubrificante com ou sem anestésico por dia ou mais, se
necessário;
3.3 01 seringa de 20 mL com bico slip para cada procedimento;
3.4 01 pacote de gaze, com 05 unidades por dia;
3.5 Sabonete (preferencialmente neutro e líquido);
3.6 Água corrente;
3.7 Toalha ou papel toalha;
3.8 Local para desprezar a urina (vaso sanitário e outros).

4 PROCEDIMENTO
Orientar o usuário:
4.1 Realizar o procedimento com técnica limpa e a necessidade periódica de realização;
4.2 Lavar bem as mãos com água corrente e o sabonete;
4.3 Colocar todo material que será utilizado ao alcance das mãos;
4.4 Conferir número do cateter e abrir a embalagem;
4.5 Retirar o embolo da seringa e preencher com 10 ml de gel lubrificante,
aproximadamente;
4.6 Levantar o pênis com a mão não dominante e realizar higiene da glande e do
prepúcio, com sabonete e água (pode usar a gaze para ajudar na retirada do
sabonete, se houver);
4.7 Lavar novamente as mãos com água corrente e sabonete;

386
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Orientações para autocateterismo vesical intermitente masculino

4.8 Levantar o pênis com a mão não dominante, retrair o prepúcio e manter esta posição
até introduzir o cateter;
4.9 Colocar delicadamente, com a mão dominante, o bico da seringa na uretra e
introduzir o gel lubrificante;
4.10 Introduzir o cateter na uretra com a mão dominante mantendo a outra extremidade
do cateter no recipiente;
4.11 Massagear com a mão não dominante a região da bexiga para favorecer a saída da
urina; e aguardar o esvaziamento completo da bexiga (de 5 a10 minutos);
4.12 Nos casos de resistência na introdução do cateter deve-se retrair o cateter
ligeiramente e iniciar novamente a introdução com movimento giratório em torno de
si mesmo;
4.13 Aos sinais de sangramento, urina turva ou com odor fétido e sintomas febris a equipe
de saúde deverá ser consultada;
4.14 Retirar o cateter após esvaziamento completo da bexiga;
4.15 Desprezar a urina em vaso sanitário;
4.16 Lavar novamente as mãos com água corrente e sabonete;
4.17 Descartar o material utilizado em recipiente e local adequado.

5 OBSERVAÇÕES
Para realizar o procedimento é necessária prescrição médica, a equipe de saúde precisa
conhecer para orientar, prever e prover os materiais necessários para o usuário.
Os resíduos gerados no domicílio pelos procedimentos realizados deverão ser
devidamente acondicionados e descartados em lixo comum.

6 RESPONSABILIDADE
 Auxiliar de enfermagem
 Técnico de enfermagem
 Enfermeiro
 Médico

7 REGISTRO
Registrar as orientações quanto capacitação do usuário e ao procedimento realizado,
número do cateter, características e quantidade da diurese, data e horário do
procedimento, carimbo e assinatura em prontuário ou ficha de atendimento ambulatorial.
Registrar no prontuário domiciliar.

387
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Orientações para autocateterismo vesical intermitente masculino

REFERÊNCIAS
ASSIS, G. M.; FARO, A. C. M. Clean intermittent self catheterizationin spinal cord injury.
Revista da Escola de Enfermagem da USP, São Paulo, v. 45, n. 1, p. 282- 286, 2011.

BRASIL. Ministério da Saúde. Hospital alemão Oswaldo Cruz. Orientações para o cuidado
do usuário no ambiente domiciliar. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2018. Disponível em:
<
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/orientacoes_cuidado_paciente_ambiente_domicil
iar.pdf>. Acesso em: 15 mai 2019.

CAMPOS, C. V. S.; SILVA, K. L. Cateterismo vesical intermitente realizado pelos cuidadores


domiciliares em um serviço de atenção domiciliar. Revista Mineira de Enfermagem, Belo
Horizonte, v. 17, n. 4, 2013. Disponível em: <http://www.dx.doi.org/10.5935/1415-
2762.20130056>. Acesso em: 15 mai 2019.

PAULA, M. A. B.; PAULA, P. R.; CESARETI, I. U. R. (Org.). Estomaterapia em foco e o


cuidado especializado. São Caetano do Sul: Yendis, 2014.

DADOS DA VERSÃO
ELABORAÇÃO APROVAÇÃO
Emília Maria Paulina Campos Chayamiti Karina Domingues de Freitas
Enfermeira. COREN-SP: 44546 Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 0126266

ATUALIZAÇÃO – 1 APROVAÇÃO - 1
Emília Maria Paulina Campos Chayamiti Karina Domingues de Freitas
Enfermeira. COREN-SP: 44546 Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 0126266
Miriã Avelino Prado
Enfermeira. COREN-SP: 81737

388
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Orientações para o cuidador para cateterismo vesical intermitente

Orientações para o cuidador para cateterismo vesical intermitente

1 OBJETIVO
Esvaziar/ Drenar urina da bexiga urinária em indivíduos com disfunção vesico esfincteriana.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO
Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),
Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família
(USF), Serviço de Atenção Domiciliar (SAD), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência
(SAMU).

3 MATERIAL
3.1 01 cateter uretral (sonda vesical) para cada procedimento (menor calibre possível e
recomenda-se o Nº 10 para adulto) por dia;
3.2 01 tubo de gel hidrossolúvel lubrificante com ou sem anestésico por dia para uso
masculino e por semana para uso feminino;
3.3 01 seringa de 20 mL com bico slip para cada procedimento para uso masculino;
3.4 01 pacote de gaze, com 05 unidades por dia;
3.5 01 caixa de luvas de procedimento por mês;
3.6 Sabonete (preferencialmente neutro e líquido);
3.7 Água corrente;
3.8 Toalha ou papel toalha;
3.9 Local para desprezar a urina (comadre, vaso sanitário e outros).

4 PROCEDIMENTO
Orientar ao cuidador para o cateterismo vesical intermitente masculino:
4.1 Realizar o procedimento com técnica limpa e a necessidade periódica de realização;
4.2 Lavar bem as mãos com água corrente e o sabonete;
4.3 Colocar todo material que será utilizado ao alcance das mãos;
4.4 Conferir número do cateter e abrir a embalagem;
4.5 Retirar o embolo da seringa e preencher com 10 mL de gel lubrificante,
aproximadamente;
4.6 Calçar as luvas de procedimentos;
4.7 Posicionar o usuário no leito em posição dorsal reclinado, com as coxas ligeiramente
afastadas;

389
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Orientações para o cuidador para cateterismo vesical intermitente

4.8 Levantar o pênis com a mão não dominante e realizar higiene da glande e do
prepúcio, com sabonete e água (pode usar a gaze para ajudar na retirada do
sabonete, se houver);
4.9 Retirar as luvas, descartar em local adequado;
4.10 Lavar novamente as mãos com água corrente e sabonete;
4.11 Calçar luvas de procedimento;
4.12 Levantar o pênis com a mão não dominante, retrair o prepúcio e manter esta posição
até introduzir o cateter;
4.13 Colocar delicadamente, com a mão dominante, o bico da seringa na uretra e
introduzir o gel lubrificante;
4.14 Introduzir o cateter na uretra com a mão dominante, mantendo a outra extremidade
do cateter no recipiente;
4.15 Massagear com a mão não dominante a região da bexiga para favorecer a saída da
urina; e aguardar o esvaziamento completo da bexiga (de 5 a10 minutos);
4.16 Nos casos de resistência na introdução do cateter deve-se retrair o cateter
ligeiramente e iniciar novamente a introdução com movimento giratório em torno de
si mesmo;
4.17 Aos sinais de sangramento, urina turva ou com odor fétido e sintomas febris a equipe
de saúde deverá ser consultada;
4.18 Retirar o cateter após esvaziamento completo da bexiga;
4.19 Desprezar a urina em vaso sanitário;
4.20 Lavar novamente as mãos com água corrente e sabonete;
4.21 Descartar o material utilizado em recipiente e local adequados.

Orientar ao cuidador para o cateterismo vesical intermitente feminino:


4.22 Realizar o procedimento com técnica limpa e a necessidade periódica de realização;
4.23 Lavar bem as mãos com água corrente e o sabonete;
4.24 Colocar todo material que será utilizado ao alcance das mãos;
4.25 Conferir número do cateter e abrir a embalagem;
4.26 Colocar gel lubrificante na ponta do cateter, mantendo-o na embalagem original;
4.27 Calçar as luvas de procedimentos;
4.28 Posicionar a usuária no leito em posição dorsal reclinado, com as pernas afastadas
e os joelhos flexionados;
4.29 O cuidador deverá se posicionar ao lado do leito da usuária, de forma que a mão não
dominante fique mais próxima à região genital do que a mão dominante;

390
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Orientações para o cuidador para cateterismo vesical intermitente

4.30 Abrir os grandes lábios com a mão não dominante e realizar higiene no sentido da
região púbica a região perianal, com sabonete e água (pode usar a gaze para ajudar
na retirada do sabonete, se houver);
4.31 Retirar as luvas, descartar em local adequado;
4.32 Lavar novamente as mãos com água corrente e sabonete;
4.33 Calçar luvas de procedimento;
4.34 Abrir os grandes lábios com a mão não dominante, identificar o meato uretral e
manter esta posição até introduzir o cateter;
4.35 Introduzir o cateter na uretra com a mão dominante, mantendo a outra extremidade
do cateter no recipiente;
4.36 Massagear com a mão não dominante a região da bexiga para favorecer a saída da
urina; e aguardar o esvaziamento completo da bexiga (de 5 a10 minutos);
4.37 Nos casos de resistência na introdução do cateter, sinais de sangramento, urina turva
ou com odor fétido e sintomas febris a equipe de saúde deverá ser consultada;
4.38 Retirar o cateter após esvaziamento completo da bexiga;
4.39 Desprezar a urina em vaso sanitário;
4.40 Lavar novamente as mãos com água corrente e sabonete;
4.41 Descartar o material utilizado em lixo adequado.

5 OBSERVAÇÕES
Para realizar o procedimento é necessária prescrição médica, a equipe de saúde precisa
conhecer para orientar, prever e prover os materiais necessários para o usuário.
Os resíduos gerados no domicílio pelos procedimentos realizados deverão ser
devidamente acondicionados e descartados em lixo comum.

6 RESPONSABILIDADE
 Auxiliar de enfermagem
 Técnico de enfermagem
 Enfermeiro
 Médico

7 REGISTRO
Registrar as orientações quanto capacitação do usuário e ao procedimento realizado,
número do cateter, características e quantidade da diurese, data e horário do
procedimento, carimbo e assinatura em prontuário ou ficha de atendimento ambulatorial.
Registrar no prontuário domiciliar.

391
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Orientações para o cuidador para cateterismo vesical intermitente

REFERÊNCIAS
ASSIS, G. M.; FARO, A. C. M. Clean intermittent self catheterizationin spinal cord injury.
Revista da Escola de Enfermagem da USP, São Paulo, v. 45, n. 1, p. 282- 286, 2011.

BRASIL. Ministério da Saúde. Hospital alemão Oswaldo Cruz. Orientações para o


cuidado do usuário no ambiente domiciliar. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2018.
Disponível em: <
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/orientacoes_cuidado_paciente_ambiente_dom
iciliar.pdf>. Acesso em: 15 mai 2019.

CAMPOS, C. V. S.; SILVA, K. L. Cateterismo vesical intermitente realizado pelos


cuidadores domiciliares em um serviço de atenção domiciliar. Revista Mineira de
Enfermagem, Belo Horizonte, v. 17, n. 4, 2013. Disponível em:
<http://www.dx.doi.org/10.5935/1415-2762.20130056>. Acesso em: 15 mai 2019.

PAULA, M. A. B.; PAULA, P. R.; CESARETI, I. U. R. (Org.). Estomaterapia em foco e o


cuidado especializado. São Caetano do Sul: Yendis, 2014.

DADOS DA VERSÃO
ELABORAÇÃO APROVAÇÃO
Emília Maria Paulina Campos Chayamiti Karina Domingues de Freitas
Enfermeira. COREN-SP: 44546 Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 0126266

ATUALIZAÇÃO – 1 APROVAÇÃO - 1
Emília Maria Paulina Campos Chayamiti Karina Domingues de Freitas
Enfermeira. COREN-SP: 44546 Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 0126266
Miriã Avelino Prado
Enfermeira. COREN-SP: 81737

392
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Orientações gerais para administração de medicamentos

Orientações gerais para administração de medicamentos

1 OBJETIVO
Orientar os profissionais de enfermagem na administração de medicamentos, a fim de proporcionar
tratamento adequado de diversas patologias.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO
Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS), Ambulatórios,
Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família (USF), Serviço de Atenção
Domiciliar (SAD), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU).

3 MATERIAL
3.1 Prescrição do medicamento
3.2 Medicamento
3.3 Outros (verificar demais materiais necessários, de acordo com cada via de administração).

4 PROCEDIMENTO
4.1 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional fricção antisséptica das mãos ou
higienização simples das mãos
4.2 Identificar os nove certos para administração segura de medicamentos: medicamento certo
(confirmar o medicamento com a prescrição e conferir três vezes o rótulo), usuário certo
(utilizar dois identificadores para cada usuário), dose certa, via certa, horário certo, registro
certo, ação certa, forma farmacêutica certa e monitoramento certo;
4.3 Verificar a prescrição (nome do usuário, data da prescrição, nome do medicamento a ser
administrado, dosagem do medicamento, via de administração do medicamento, frequência
de administração do medicamento, assinatura e carimbo do prescritor);
4.4 Explicar o procedimento ao usuário;
4.5 Verificar se o usuário tem alergia a algum medicamento;
4.6 Preparar os medicamentos para um usuário de cada vez; conferir a sua data de validade,
organizar o material na bandeja e transportá-lo até o usuário;
4.7 Somente abrir o medicamento diante do usuário ou acompanhante/cuidador;
4.8 Atentar-se para garantir a privacidade do usuário fechando portas, colocando biombos,
cortinas, quando necessário;
4.9 A depender da via de administração, atentar-se sempre para alterações do local de aplicação
verificando presença de edema local, hematomas, endurações, hiperemias. Evitar esses
locais.

393
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Orientações gerais para administração de medicamentos

5 OBSERVAÇÃO
Na preparação do medicamento para sua administração, verificar se a condição, os sintomas e o
estado de saúde do usuário garantam que ele receba esse fármaco.

6 RESPONSABILIDADE
 Auxiliar de enfermagem
 Técnico de enfermagem
 Enfermeiro
 Médico

7 REGISTRO
Registrar o procedimento realizado, aceitação ou recusa do usuário, data e horário do procedimento,
intercorrências se houver, carimbo e assinatura de quem realizou a técnica em prontuário ou Ficha
de Atendimento Ambulatorial.

REFERÊNCIAS

CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SÃO PAULO. Uso seguro de


medicamentos: guia para preparo, administração e monitoramento. São Paulo: COREN-
SP, 2017.

ELLIOTT, M.; LIU, Y. The nine rights of medication administration: an overview. British
Journal of Nursing, London, v. 19, n. 5, p. 300-305, 2010.

POTTER, P. A. et al. Fundamentos de Enfermagem. 9. ed. Rio de Janeiro: Elsevier,


2018.

PERRY, A. G.; POTTER, P. A. Guia completo de procedimentos e competências de


enfermagem. 7. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012.

394
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Orientações para encaminhamento de lâmina de citologia para o laboratório

Orientações para encaminhamento de lâmina de citologia para o


laboratório

1 OBJETIVO
Orientar profissionais de enfermagem sobre o encaminhamento de lâmina de citologia para
o laboratório.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO
Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),
Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família
(USF).

3 MATERIAL
3.1 Formulários de requisição do SISCAN;
3.2 Caixa com lâminas acondicionadas;
3.3 Luvas de procedimento.

4 PROCEDIMENTO
4.1 Reunir os materiais;
4.2 Calçar luvas de procedimento;
4.3 Checar cada lâmina, conferindo as iniciais do nome, com cadastro no Hygia e
formulário de requisição do SISCAN;
4.4 Imprimir o formulário de laudo do SISCAN no verso da requisição;
4.5 Colocar as lâminas na caixa de acondicionamento na mesma ordem dos formulários
de requisição do SISCAN;
4.6 As lâminas devem ser enviadas ao laboratório o mais breve possível, para que o
tempo entre a coleta e o resultado não seja prolongado desnecessariamente;
4.7 Preencher a guia de remessa;
4.8 Encaminhar as lâminas ao laboratório devidamente acondicionadas e
acompanhadas dos formulários de requisição do SISCAN e guia de remessa;
4.9 Não esperar completar a caixa com lâminas coletadas;
4.10 Recomenda-se o envio das lâminas ao laboratório, no mínimo, duas vezes por
semana, independente do número de lâminas.

395
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Orientações para encaminhamento de lâmina de citologia para o laboratório

5 OBSERVAÇÃO
As lâminas com erros de identificação serão descartadas e, no resultado do SISCAN
publicado: lâmina rejeitada.
Para toda a lâmina rejeitada deverá ser realizada nova coleta e uma nova requisição no
Siscan.

6 RESPONSABILIDADE
 Auxiliar de enfermagem
 Técnico de enfermagem
 Enfermeiro

7 REGISTRO
Armazenar em pasta arquivo a listagem das lâminas enviadas.

REFERÊNCIA
BRASIL. Ministério da Saúde. Controle dos cânceres do colo do útero e da mama.
Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2013. (Cadernos de atenção básica, n. 13).

DADOS DA VERSÃO
ELABORAÇÃO APROVAÇÃO
Lauren Suemi Kawata Karina Domingues de Freitas
Enfermeira. COREN-SP:126659 Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 0126266
Fátima de Bonifácio Heck
Enfermeira. COREN-SP: 36492

Rita Canesin Dourado


Enfermeira. COREN-SP: 40742

396
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Precauções de isolamento

Precauções de isolamento

1 OBJETIVO
Precauções baseadas na via de transmissão são usadas quando a transmissão não pode
ser completamente interrompida usando as precauções padrão isoladamente.
Para maioria das doenças é suficiente a aplicação de um tipo de precaução, porém para
outras, que podem ser transmitidas por várias vias, há necessidade da combinação de 2
ou mais tipos de precauções.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO
Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),
Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família
(USF), Serviço de Atenção Domiciliar (SAD), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência
(SAMU), Unidades de Saúde Mental.

3 PRECAUÇÕES
3.1 PRECAUÇÕES DE CONTATO
 Usar Precauções de Contato para usuários com infecção suspeita ou conhecida
ou evidência de situações, que representem um risco aumentado para
transmissão por contato.
 Sempre que possível colocar o usuário que requer Precauções de Contato em
ambiente privativo ou comum para o mesmo microorganismo.
 Evitar sua acomodação em local de trânsito ou próximo a usuários
imunodeprimidos, neonatos e usuários críticos.
 Quando houver pequena disponibilidade de ambiente privativo priorizar usuários
com condições que possam facilitar a transmissão (ex: drenagem não contida,
incontinência fecal) para uso de ambiente privativo.
 Se for necessário colocar um usuário que requeira precauções de Contato em
um ambiente com outro usuário que não é colonizado ou infectado pelo mesmo
patôgeno, os usuários devem estar acomodados com distância mínima de 1
metro um do outro.
 Trocar o EPI e fazer a higienização das mãos entre contato com usuários no
mesmo quarto.
 Quando o transporte for necessário, as áreas infectadas/colonizadas do corpo
do usuário deverão estar contidas e cobertas com curativo, avental ou lençol.
 Remover e descartar os EPIs contaminados e realizar higienização das mãos
antes de transportar usuários sob Precauções de Contato.
397
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Precauções de isolamento

 Usar EPI limpo para transportar o usuário


 Utilização do Equipamento de Proteção Individual (EPI):
− Luvas e avental
Deverão ser utilizados ao contato com usuário ou material infectante.
Calçar as luvas e vestir o avental ao entrar no local de isolamento.
O avental não deverá ser utilizado pelo profissional/visitante/acompanhante
ao deixar o ambiente de isolamento, ou seja, o mesmo avental não deve ser
utilizado em outras áreas da unidade.
Seguir a técnica para retirar o avental e fazer a higienização das mãos antes
de deixar o ambiente onde está o usuário.
Após a remoção do avental a pele e roupas não devem entrar em contato
com as superfícies potencialmente contaminadas.

3.2 PRECAUÇÕES RESPIRATÓRIAS COM GOTÍCULAS


 Indicadas para o contato próximo (1 metro) com usuários em suspeita ou
confirmação de doenças com transmissão por gotículas (partículas > 5 micra de
diâmetro) eliminadas pelas vias aéreas durante tosse, espirro, fala, e realização
de procedimentos com a aspiração de secreções.
 Ambiente privativo ou compartilhado com usuários infectados pelo mesmo
microorganismo, mantendo a porta fechada. Instruir o usuário a seguir
recomendações de higiene respiratória ao tossir (Ver item 7.3).
 Evitar a saída do usuário da sala de isolamento, quando necessário o usuário
deverá sair do quarto/sala utilizando máscara comum (cirúrgica).
 Não é necessário que o profissional de saúde use máscara para transportar os
usuários sob precauções com gotículas, se o usuário estiver usando máscara.
 Utilização de equipamento de proteção individual:
− Máscara
É obrigatório o uso de máscara comum, durante o período de
transmissibilidade de cada doença, para todas as pessoas que entrarem no
quarto/sala em uma distância menor que 1 metro.
A máscara deverá ser desprezada na saída do quarto.

3.3 PRECAUÇÕES RESPIRATÓRIAS COM AEROSSÓIS


 Indicadas para contato com usuários em suspeita ou confirmação de doenças
com transmissão através de aerossóis (partículas < 5 micra de diâmetro)
eliminados pelas vias aéreas durante tosse, espirro ou fala.

398
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Precauções de isolamento

 Quarto privativo obrigatório, mantendo sempre a porta fechada.


 Após identificação da necessidade de isolamento, deverá ser colocada uma
máscara comum (cirúrgica) no usuário, acomodá-lo em uma sala privativa até
sua transferência para um serviço que disponha de quarto adequado para este
tipo de isolamento: sistema de ventilação com pressão negativa de 6 trocas de
ar por hora, com uso de filtro HEPA.
 Após a transferência do usuário a sala deverá ficar aberta pelo período mínimo
de 1 hora, para permitir uma completa troca de ar.
 Orientar todos os usuários com suspeita ou confirmação de doenças transmitidas
por aerossóis a usar máscara cirúrgica e adotar as medidas de Higiene
respiratória ao tossir (Ver item 8.3).
 Evitar a saída do usuário da unidade de isolamento, quando necessário sair do
quarto o usuário deverá utilizar máscara cirúrgica.
 Utilização de equipamento de proteção individual:
− Máscara
É obrigatório o uso de máscara tipo N95 com capacidade de filtrar partículas
< 5 micrômetros de diâmetro, por todo o profissional que prestar assistência
a usuários com suspeita ou confirmação de doença infecto-contagiosa
transmissível por aerossóis.
A máscara deverá ser colocada antes de entrar na sala e retirada somente
após a saída da mesma.
A máscara não tem uma vida útil pré-estabelecida, podendo ser usada
muitas vezes pelo mesmo profissional. Descartar quando estiver suja,
úmida, com deformações na estrutura física que possam prejudicar a
vedação facial, elásticos danificados.

3.4 PRECAUÇÕES EMPÍRICAS


 Constituem o uso de precauções apropriadas baseadas no potencial modo de
transmissão, logo no momento em que o usuário desenvolve sinais ou sintomas que
sugerem algum tipo de infecção transmissível. Algumas condições clínicas
determinam um alto risco para justificar o uso empírico das precauções até que possa
ser confirmado ou não a presença de determinada patologia. Ver Quadro II -
Situações Clínicas que requerem precauções empíricas.

4 OBSERVAÇÕES
Estender a duração das Precauções para usuários imunossuprimidos com infecções virais
devido ao prolongado período de eliminação dos vírus.
399
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Precauções de isolamento

Artigos e equipamentos deverão ser de uso exclusivo de cada usuário, para reutilização
em outro usuário, quando permitido o reprocessamento, deverão seguir os protocolos de
desinfecção/esterilização conforme protocolo estabelecido.
Higiene respiratória consiste em orientar o usuário a cobrir a boca e o nariz com um lenço
ao tossir, desprezando adequadamente e higienizando as mãos.
A aplicação de qualquer uma destas precauções implica no uso associado das Precauções
Padrão (ver POP nº 050).
Ver Quadro I – Precauções recomendadas segundo a infecção ou agente etiológico, tipo e
duração.

5 RESPONSABILIDADE
 Equipe técnica de enfermagem
 Equipe técnica de odontologia
 Equipe médica

6 REGISTRO
Colocar identificação (cartaz, placa) conforme o tipo de precaução na porta do quarto.
Colocar identificação conforme o tipo de precaução na ficha de atendimento do usuário.
Registros de avaliação, procedimentos e resultados em ficha do usuário com carimbo e
assinatura do responsável.

REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO PAULISTA DE ESTUDOS E CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR.
Precauções e Isolamento. 2. ed. São Paulo: APECIH; 2006.

BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Curso básico de controle de infecção


hospitalar. Brasília, DF: Anvisa, 2000. (Caderno C. Métodos de proteção anti-infecciosa).

BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Precaução padrão, precaução de


contato, precauções para gotículas e precauções para aerossóis. Brasília, DF: Anvisa,
[2019]. Cartaz. Disponível em:
<http://www.anvisa.gov.br/servicosaude/controle/precaucoes_a3.pdf>. Acesso em: 15 mai
2019.

PERRY, A. G.; POTTER, P. A. Guia completo de procedimentos e competências de


enfermagem. 7. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012.

UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIANGULO MINEIRO. Hospital de Clínicas. Comissão


de Controle de Infecção Hospitalar. Protocolos de controle de infecção. Precauções
padrão. Uberaba, UFTM: 2015.

400
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Precauções de isolamento

DADOS DA VERSÃO
ELABORAÇÃO APROVAÇÃO
Elisângela Ap. de Almeida Puga Jane Aparecida Cristina
Enfermeira. COREN-SP: 0143873 Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 44071

ATUALIZAÇÃO - 1 APROVAÇÃO - 1
Elisângela Ap. de Almeida Puga Karina Domingues de Freitas
Enfermeira. COREN-SP: 0143873 Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 0126266

401
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Precauções de isolamento

Quadro I - Precauções recomendadas segundo a infecção ou agente etiológico, tipo e


duração

Precauções
Infecção/Agente Etiológico
Tipo Duração
Abscesso
Com grande drenagem C DD
Com pouca drenagem ou contido2 P
AIDS 3 P
Actinomicose P
Adenovirose em lactente e pré-escolar GC DD
Amebíase P
Ancilostomíase e necatoríase P
Angina de Vincent P
Antrax cutâneo ou pulmonar P
Arbovirose (encefalite, dengue, febre amarela) P4
Ascaridíase P
Aspergilose P
Babesiose P
Blastomicose norte-americana e sul-americana P
Botulismo P
Bronquiolite (ver Infecções respiratórias na criança)
Brucelose P
Candidíase P
Cancro mole P
Caxumba G F15
Celulite (extensa, secreção incontida) C DD
Cisticercose P
Citomegalovirose P
Clostridium perfringens ou Clostridium botulinum P
Clostridium difficile C DH
Clamydia trachomatis (todas as formas) P
Coccidioidomicose P
Conjuntivite P

Conjuntivite hemorrágica aguda C DD

402
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Precauções de isolamento

Precauções
Infecção/Agente Etiológico
Tipo Duração
Coqueluche G F17
Coriomeningite linfocitária P
Coxsackie (ver Enterovirose)
Criptococose P
Criptosporidíose (ver Diarréia)
"Crupe" (ver Doenças respiratórias a infância)
Dengue P4
Dermatomicoses P
Diarréia
Campilobacter sp. P9
Cólera P9
Colite associada a antibiótico (ver C. difficile)
Criptosporidiose P9
E. coli êntero-hemorrágica O157:H7 P9
E. coli com incontinência C DD
E. coli – outras situações P9
Giardíase P9
Rotavírus P9
Rotavírus – incontinente C DD
Salmonelose P9
Shiguelose P9
Shiguelose – incontinente C DD
Vibrio parahemolyticus P9
Viral P9
Yersinia enterocolitica P9

Difteria

Cutânea C CN8

Faríngea G CN8

Doença da arranhadura do gato P

Doença de Creutzfeldt-Jacob P7

Doença de Kawasaki P
Doença de Lyme P

403
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Precauções de isolamento

Precauções
Infecção/Agente Etiológico
Tipo Duração
Encefalite (ver Agentes específicos)
Endometrite P
Enterovirose
Adultos P

Crianças C DD

Enterobíase P
Enterococcus sp. (se multirresistente – ver Organismos
multirresistentes)14

Enterocolite necrotizante P

Epiglotite por H. influenzae G DD


Equinococose P
Eritemia infeccioso P
Escabiose C T24H
Esquistossomose P
Esporotricose P
Estafilococcias
Diarréia P
Enterocolite P
Furunculose em crianças C DD
Pele
ferida extensa1 e grande queimado C T24H
ferida pequena2 e queimados P
Pneumonia P
Síndrome do choque tóxico P
Síndrome da pele escaldada C20 DD
Resistente a múltiplos antimicrobianos (ver Organismos multi-
Resistentes)14
Estreptococcias

Endometrite (febre puerperal) P

Furunculose em crianças C DD
Pele
ferida extensa1 e grande queimado C T24H

404
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Precauções de isolamento

Infecção/Agente Etiológico Precauções


Tipo Duração
ferida pequena2 e queimados P
Pneumonia, faringite ou escarlatina em crianças G T24H
sépsis neonatal . S. agalactiae P
Estrongiloidíase P
Exantema súbito P
Febre amarela (ver arbovirose )
Febre hemorrágica (Lassa, Sabiá, Boliviana, Argentina,
A23/C DD
Venezuelana, Ebola, marburg)
Febre de mordedura de rato P
Febre Q P
Febre recorrente P
Febre reumática P
Gangrena gasosa P
Giardíase (ver Diarréia)
Gonococo (inclusive oftalmia neonatal) P
Granuloma venéreo/donovanose P
Hanseníase P
Hantavirose A,C DD
Hepatite viral
tipo A P
tipo A, usuário incontinente C F10
tipo B, C e demais, incluindo não especificada P
Herpangina (ver Enterovirose)
Herpes simplex
Mucocutâneo recorrente ou encefalite P
Mucocutâneo disseminado ou primário extenso11 C DD
Neonatal C DD
Herpes zoster

Localizado, em usuário imunocompetente P

Localizado, em usuário imunocomprometido/disseminado A,C F5

Histoplasmose P

Impetigo C T24H

405
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Precauções de isolamento

Precauções
Infecção/Agente Etiológico
Tipo Duração
Infecção em cavidade fechada (com ou sem drenagem) P
Infecção de ferida
Extensa1 C DD
Pequena ou limitada2 P
Infecção pelo HIV P
Infecção respiratória aguda (se não abordada em outro item)
Adulto P
Criança3 C DD
Infecção urinária, com ou sem sonda P
Influenza (gripe) G12 DD
Infecção alimentar (botulismo, C. perfringers ou welchii,
P
estafilocóccica)
Legionelose P
Leptospirose P
Listeriose P
Linfogranuloma venéreo P
Malária P
Micoplasma (pneumonia) G12 DD
Micobactériose atípica P
Mieloidose P
Meningite
Asséptica P
Bacteriana (Gram-negativos, em neonatos) P
por H. influenzae (comprovada ou suspeita) G T24H
por Listeria P

por meningococo (comprovada ou suspeita) G T24H

por pneumococo P
tuberculosa P

outras bactérias P

Fúngica P

Meningococcemia G T24H

Molusco contagiosos P

406
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Precauções de isolamento

Precauções
Infecção/Agente Etiológico
Tipo Duração
Mononucleose (e outras infecções pelo Epstein-Barr vírus) P
Murcomicose P
Organismos multirresistentes14 (infecção ou colonização)
trato gastrintestinal C CN

trato respiratório C CN

Pneumococo G CN
pele ou solução de continuidade C CN
Nocardiose P
Parainfluenza (em crianças) C DD
Parvovírus B19 G F16
Pertussis G F17
Pediculose C T24H
Peste
Bubônica P
Pneumônica G T72H
Pleurodínia (ver Enteroviroses)
Pneumonia
Adenovírus G,C DD

outras bactérias P
Clamídia P
Fúngica P
H. influenzae
Adultos P
Crianças G T24H
Legionela P
Meningococo G T24H
Micoplasma G DD

Pneumocócica P
Pneumocystis carinii P18
Burkholderia cepacia em usuários com fibrose cística (incluindo
C19 DH
colonização do trato respiratório)

Stahylococcus aureus P

407
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Precauções de isolamento

Precauções
Infecção/Agente Etiológico
Tipo Duração

Estreptocócica (grupo A)

Adultos P
Crianças G T24H
Viral
Adultos P
Crianças (ver doenças respiratórias da infância)
Poliomielite P
Psitacose (ornitose) P
Raiva P
Riquetsiose (forma vesicular inclusive) P
Rotavírus (ver Diarréias)
Rubéola
Congênita C F6
outras formas G F21
Salmonelose (ver Diarréias)
Sarampo (todas as apresentações) A DD21
SARS C,G DD
Síndrome do choque tóxico P
Síndrome de Guilain-Barré P
Síndrome mão-pé-boca (ver Enteroviroses)
Síndrome de Reye P

Sífilis (qualquer forma) P

Tétano P

Tifo (endêmico ou epidêmico) P


Tínea P
Toxoplasmose P
Tracoma P
Tricomoníase P
Tuberculose
Extrapulmonar (com ou sem drenagem) P13
Pulmonar A F22
PPD reator sem doença pulmonar ou laríngea P

408
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Precauções de isolamento

Precauções
Infecção/Agente Etiológico
Tipo Duração
Tularemia P
Úlcera de decúbito
extensa, com secreção não contida C DD
pequena ou com secreção contida P
Varicela A,C F5
Verminoses P
Vírus marburg A23/C DD
Vírus sincicial (crianças e usuários imunocomprometidos) C DD
Zigomicose (murcomicose, fucomicose) P
Fonte: Brasil (2000)

Tipos de precauções:
P: Precauções padrão
G: Precauções com gotículas (devem ser somadas às precauções padrão).
C: Precauções de contato (devem ser somadas às precauções padrão).
A: Precauções com aerossóis (devem ser somadas às precauções padrão).

Duração das precauções:


DD: Durante toda a duração da doença (em feridas, até o desaparecimento da secreção).
F: Ver notas adicionais.
T: Até o tempo especificado, após início da terapêutica apropriada.
CN: Até que a cultura seja negativa.
DH: Durante todo o período de hospitalização.

Notas adicionais:
 Sem curativo ou curativo que não contém a drenagem.
 Curativos que adequadamente contêm a drenagem.
 Associar outras medidas de precauções caso co-morbidades que justifiquem estiverem presentes.
 Instalar telas em portas e janelas em áreas endêmicas.
 Manter precauções até que todas as lesões estejam na fase de crosta. Usar imunoglobulina (VZIG)
quando apropriado e procurar dar alta hospitalar para expostos suscetíveis antes do 10º dia e até
21 dias após o contato, sendo prorrogado até 28 dias em caso de VZIG. Pessoas suscetíveis não
devem entrar em quarto de contatantes.
 Aplicar precauções em lactentes de um ano de idade, a não ser que a cultura viral seja negativa
aos três meses de idade.

409
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Precauções de isolamento

 Precauções adicionais são necessárias para manipulação e descontaminação de sangue, líquidos


corporais, tecidos e itens contaminados. Utilizar preferencialmente artigos e instrumentais
descartáveis, na impossibilidade de proceder lavagem em lavadora automatizada e esterilizar em
autoclave a 132ºC por 1 hora.
 Até que duas culturas coletadas com intervalo de 24 horas se mostrem
negativas.
 Usar precauções de contato para usuários cujas excreções não possam ser contidas ou crianças
incontinentes com idade inferior a seis anos durante toda a duração da doença.
 Manter precauções para crianças menores de três anos durante a hospitalização. Em crianças de
3-14 anos, até 14 dias após início dos sintomas. Para os demais, até sete dias após.
 Para recém-nascidos de parto normal ou cesárea, esta última no caso de ruptura prematura de
membrana por período superior a 4-6 horas.
 Esta recomendação possui dificuldades práticas para aplicação, especialmente em épocas de
epidemia. Coorte nestas situações deve ser preferida, e contato com usuários de alto risco evitado.
 Tuberculose pulmonar deve ser pesquisada. Se presente, precauções adicionais são necessárias.
 Patógenos multirresistentes devem ser definidos de acordo com critérios epidemiológicos de cada
região ou hospital.
 Até nove dias após o início da parotidite.
 Manter precauções durante toda a hospitalização quando doença crônica em usuário
imunocomprometido.
 Manter por cinco dias após o início de terapêutica adequada.
 Evitar compartilhar quarto com imunocomprometido.
 Evitar coorte ou internação em mesmo quarto que usuário portador de fibrose cística não
colonozado ou infectado por P. cepacea.
 Bolhas são causadas por toxinas, e não pela bactéria. No entanto, muitas vezes o usuário é
maciçamente colonizado por S. aureus.
 Até sete dias após início do exantema.
 Suspender precauções quando o usuário estiver recebendo terapêutica adequada, com melhora
clínica e com três baciloscopias negativas, desde que coletadas em dias consecutivos, ou se
tuberculose for excluída do diagnóstico.
 Precauções com aerossóis são recomendadas até que se afaste com segurança esta via de
transmissão.
 Hantavirose: P, C e A.

410
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Precauções de isolamento

Quadro II – Situações Clínicas que requerem precauções empíricas (APECIH, 2006)

Categoria de Precaução Condição Clínica

Exantema Vesicular*
Precauções Exantema maculopapular com febre e coriza.
para aerossóis Tosse, febre, infiltrado pulmonar em qualquer localização em usuário
infectado pelo HIV (ou com suspeita de HIV positivo).

Meningite.
Precauções Exantema patequial e febre.
para gotículas Tosse persistente paroxística ou severa durante períodos de
ocorrência de coqueluxe.

Diarréia aguda provavelmente infecciosa em usuário incontinente ou


em uso de fralda.
Diarréia em adulto com história de uso recente de antimicrobiano.
Exantema Vesicular*
Infecção respiratória, particulamente bronquiolite, em lactentes e
crianças jovens.
Precauções
História de colonização ou infecção com microorganismos
para contato
multirresistente (exceto M. tuberculosis multirresistente)
Infecção de pele, ferida ou trato urinário em usuários com internação
recente em hospital onde microorganismos multirresistentes são
prevalentes.
Abcessos ou feridas com drenangem de secreção não contida pelo
curativo.
Fonte: APEICH, 2006

*Condição que exige 2 categorias de isolamento

411
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Precauções padrão

Precauções padrão

1 DEFINIÇÃO
São medidas de proteção que devem ser adotadas por todos os profissionais de saúde, no
cuidado de qualquer usuário ou na manipulação de artigos contaminados, quando houver
risco de contato com sangue, secreções e excreções (exceto suor), mucosas e também
pele íntegra.

2 OBJETIVO
Evitar ou diminuir a transmissão de micro-organismos do usuário para o profissional de
saúde, sendo também dirigidas para proteger usuários, ao minimizar o risco de transmissão
de agentes infecciosos dos profissionais de saúde aos usuários através das mãos ou de
equipamentos.

3 CAMPO DE APLICAÇÃO
Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),
Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família
(USF), Serviço de Atenção Domiciliar (SAD), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência
(SAMU), Unidades de Saúde Mental.

4 PRÁTICAS DE CONTROLE DE INFECÇÃO E EPIs (Equipamentos de Proteção


Individual)
4.1 Lavagem das mãos, conforme procedimento operacional higienização simples das
mãos;
4.2 Fricção antisséptica das mãos, conforme procedimento operacional;
4.3 Durante a realização dos cuidados, evite tocar desnecessariamente as superfícies
próximas ao usuário.
4.4 LUVAS:
4.4.1 Usar luvas quando antecipar que contato com sangue ou outro material
potencialmente infectante, membrana mucosa, pele não íntegra, ou pele
íntegra potencialmente contaminada (ex: usuário com incontinência fecal ou
urinária) possa ocorrer.
4.4.2 Usar luvas com tamanho e durabilidade apropriada para tarefa. Usar luvas
descartáveis para cuidado direto com o usuário.
4.4.3 Retire as luvas após contato com um usuário e/ou o ambiente que o cerca,
utilizando técnica adequada para prevenir contaminação das mãos.

412
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Precauções padrão

4.4.4 Trocar as luvas durante a assistência ao usuário entre o contato de um sítio


corporal contaminado com um sítio corporal limpo.

4.5 AVENTAL:
4.5.1 Paramentar com avental, que seja apropriado para a tarefa, para proteger a
pele e evitar sujidade ou contaminação das roupas durante procedimentos ou
cuidados com usuários sempre que exista a possibilidade de contato com
sangue, fluidos corporais, secreções ou excreções.
4.5.2 Usar avental para contato direto com usuário que apresentar secreções ou
excreções não contidas.
4.5.3 Remover o avental e fazer higienização das mãos antes de deixar o ambiente
do usuário.

4.6 ÓCULOS E MÁSCARAS:


4.6.1 Usar EPI para proteção das membranas mucosas dos olhos, nariz e boca
durante procedimentos e cuidados com usuários, na possibilidade de gerar
respingos ou espirros de sangue, fluidos corporais, secreções e excreções.
4.6.2 Utilizar mascara e óculos durante procedimentos que gerem aerossóis (ex:
broncoscopia, aspiração de trato respiratório, intubação endotraqueal) em
usuários que não são suspeitos de estarem infectados com um agente para o
qual proteção respiratória já seja recomendada.

4.7 ACOMODAÇÕES DOS USUÁRIOS


4.7.1 Analisar o potencial de transmitir agentes infecciosos nas decisões quanto à
acomodação do usuário. Colocar usuários que determinam risco de
transmissão para outros em um quarto individual quando disponível.
4.7.2 Determinar a acomodação de usuários baseado nos seguintes princípios:
- Vias de transmissão do agente infeccioso identificado ou sob suspeita.
- Fatores de risco para transmissão num usuário infectado.
- Disponibilidade de quarto individual.

4.8 ARTIGOS E EQUIPAMENTOS


4.8.1 Devem ser manuseados com precauções padrão quando estiverem sujos de
sangue ou fluídos corporais, a reutilização em outro usuário, quando permitido,
deve ser precedida de limpeza e desinfecção ou esterilização de acordo com
protocolos estabelecidos.

413
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Precauções padrão

4.8.2 Odontologia:
Efetuar desinfecção da bancada, do equipo, das canetas de baixa e alta
rotação e seringa tríplice com álcool a 70%, entre o atendimento de um usuário
e outro.
Envolver a haste do refletor, ponteira do aparelho fotopolimerizador e as
canetas do aparelho Profi/Ultrassom com PVC para cada atendimento.
Colocar canudo plástico na seringa tríplice.

4.9 PERFUROCORTANTES
Todo material que perfura ou corta deve ser descartado em caixas apropriadas para
perfurocortantes e resistentes para prevenir acidentes quando transportados, nunca
jogue perfurocortantes no saco de lixo comum;
Não desconecte, reencape ou entorte agulhas usadas;
Não exceda o limite de preenchimento da caixa, lacre a tampa e transporte pelas alças
afastado do corpo.

4.10 ROUPAS
4.10.1 Roupas sujas/contaminadas devem ser manipuladas de modo a evitar
exposição à pele e membranas mucosas, acondicionadas em sacos
impermeáveis, lacrados para encaminhamento a lavanderia.
4.10.2 O risco de transmissão de microrganismos por roupas poderá ser muito
pequeno se sua manipulação for adequada.

4.11 SUPERFÍCIES
4.11.1 A descontaminação de superfícies deve ser feita caso haja presença de
sangue ou fluídos potencialmente infectantes, conforme protocolo
estabelecido.
4.11.2 Implementação de rotina de limpeza e desinfecção de superfícies que não
apresentam sujidade.

5 OBSERVAÇÃO
Evitar contaminação de roupas e pele durante o processo de remoção do EPI.
Antes de deixar a área de cuidado do usuário, remover e descartar o EPI.

6 RESPONSABILIDADE
 Equipe técnica de enfermagem
 Equipe técnica de odontologia
 Equipe médica
414
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Precauções padrão

7 REGISTRO
Registros de avaliação, procedimentos e resultados em ficha do usuário com carimbo e
assinatura do responsável.

REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO PAULISTA DE ESTUDOS E CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR.
Precauções e Isolamento. 2. ed. São Paulo: APECIH; 2006.

BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Curso básico de controle de infecção


hospitalar. Brasília, DF: Anvisa, 2000. (Caderno C. Métodos de proteção anti-infecciosa).

BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Precaução padrão, precaução de


contato, precauções para gotículas e precauções para aerossóis. Brasília, DF: Anvisa,
[2019]. Cartaz. Disponível em:
<http://www.anvisa.gov.br/servicosaude/controle/precaucoes_a3.pdf>. Acesso em: 15 mai
2019.

PERRY, A. G.; POTTER, P. A. Guia completo de procedimentos e competências de


enfermagem. 7. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012.

UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIANGULO MINEIRO. Hospital de Clínicas. Comissão


de Controle de Infecção Hospitalar. Protocolos de controle de infecção. Precauções
padrão. Uberaba, UFTM: 2015.

DADOS DA VERSÃO
ELABORAÇÃO APROVAÇÃO
Elisângela Ap. de Almeida Puga Jane Aparecida Cristina
Enfermeira.COREN-SP: 0143873 Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 44071

ATUALIZAÇÃO - 1 APROVAÇÃO - 1
Mônica M P Martins Liporaci Karina Domingues de Freitas
Médica. Vice- Presidente da CCI/SMS Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 0126266

415
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Pré-lavagem de instrumentais cirúrgicos

Pré-lavagem de instrumentais cirúrgicos

1 OBJETIVO
Submeter os instrumentais cirúrgicos ao processo de pré-lavagem através de processo
desincrustante.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO
Seção de preparo e esterilização das Unidades e Serviços de Saúde da Secretaria
Municipal de Saúde de Ribeirão Preto.

3 MATERIAL
3.1 Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s): gorro, óculos de proteção, máscara
cirúrgica, avental impermeável, luvas de borracha e calçado fechado;
3.2 Solução de detergente enzimático;
3.3 Seringa de 20 mL;
3.4 Recipiente com tampa para imersão;
3.5 Água corrente.

4 PROCEDIMENTO
4.1 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das
mãos ou higienização simples das mãos;
4.2 Vestir EPI conforme indicação;
4.3 Imergir o instrumental cirúrgico em recipiente contendo solução com detergente
enzimático, preparada conforme a orientação do fabricante, após sua utilização.
Deixar o material imerso pelo tempo indicado, expondo todas as partes do mesmo
na solução, observar se os materiais estão desmontados. Ex: (pinças abertas,
cânulas de traqueostomia desmontadas) atentar-se a presença de lúmen, quando
houver;
4.4 Injetar essa solução dentro do lúmen do instrumental com uma seringa de 20 mL;
4.5 Deixar os instrumentais totalmente imersos na solução somente pelo tempo
recomendado pelo fabricante, para evitar danos aos instrumentais;
4.6 Após, enxaguar em abundância removendo todos os resíduos do detergente
enzimático;
4.7 Realizar o procedimento de limpeza mecânica ou manual conforme procedimento
operacional;
4.8 Descartar a solução do detergente enzimático a cada uso.
4.9 Retirar luvas;
416
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Pré-lavagem de instrumentais cirúrgicos

4.10 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das


mãos ou higienização simples das mãos;

5 OBSERVAÇÕES
5.1 Realizar o preparo da solução do enzimático após quantidade suficiente de material
(de acordo com o rotulo do fabricante);
5.2 Trocar a solução preparada com detergente enzimático após a utilização na imersão
(cada uso).
5.3 Entendemos por cada uso, quando colocamos uma quantidade de instrumental
suficiente que fique imersa na solução. Caso haja fluxo de nova quantidade de
instrumental deverá ser preparada outra solução. Não mais deixá-la preparada para
uso posterior ou outro plantão.
5.4 O detergente enzimático não tem ação bactericida nem bacteriostática, somente
desincrustante, sendo assim a solução não deve permanecer para ser utilizada
posteriormente.
5.5 O serviço de enfermagem e odontologia deverão usar o detergente enzimático em
conjunto, para evitar que a validade expire.

6 RESPONSABILIDADE
 Auxiliar de enfermagem
 Técnico em Enfermagem
 Enfermeiro

7 REGISTRO
Proceder a identificação no recipiente contendo o artigo com data da limpeza, assinatura
e carimbo do responsável pela desinfecção.

REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO PAULISTA DE ESTUDOS E CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR.
Limpeza, desinfecção e esterilização de artigos em serviços de saúde. São Paulo:
APECIH, 2010.

BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. RDC 55, de 14 de


novembro de 2012. Dispõe sobre os detergentes enzimáticos de uso restrito em
estabelecimentos de assistência à saúde com indicação para limpeza de dispositivos
médicos e dá outras providências. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2012.

MESIANO, R. A. B. RED 55/12: detergente enzimático. Nova realidade para uso. Porto
Alegre: Anvisa, 2014. Disponível em:
<www.sindihospa.com.br/4jornada/palestras/RosaAiresBorbaMesiano.pdf>. Acesso em:
07 abr. 2017.
417
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Pré-lavagem de instrumentais cirúrgicos

SOCIEDADE BRASILEIRA DE ENFERMEIROS DE CENTRO CIRÚRGICO. Práticas


recomendadas. 4. ed. São Paulo: SOBEC, 2007.

DADOS DA VERSÃO
ELABORAÇÃO APROVAÇÃO
Elisângela Ap. de Almeida Puga Eliana Maria Fernandes de A. Tonetto
Enfermeira. COREN-SP: 0143873 Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 39113

ATUALIZAÇÃO - 1 APROVAÇÃO – 1/2


Cátia Helena Damando Salomão Karina Domingues de Freitas
Enfermeira. Presidente da CCI-SMS. Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 144846 COREN-SP: 0126266

ATUALIZAÇÃO - 2
Andréa Nakamura Prates Gustavo
Enfermeira. COREN-SP: 83986

418
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Preparo da solução de Incidin Extra N 1%

Preparo da solução de Incidin Extra N 1%

1 OBJETIVO
Instruir o preparo da solução de Incidin Extra N a 1%

2 CAMPO DE APLICAÇÃO
Seção de preparo e esterilização de materiais das Unidades e Serviços de Saúde da
Secretaria Municipal de Saúde de Ribeirão Preto.

3 MATERIAL
3.1 Concentrado de Incidin Extra N a 1%;
3.2 Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s): gorro, óculos de proteção, máscara
cirúrgica, avental impermeável, luvas de borracha e calçado fechado;
3.3 Caixa ou balde plástico rígido com tampa e com capacidade relativa ao volume de
materiais do serviço a ser desempenhado (10 L, 20 L ou volume superior),
previamente limpa;
3.4 Água tratada;
3.5 Fita para validação;
3.6 Livro de registro ou impresso próprio;
3.7 Panos limpos e secos.

4 PROCEDIMENTO
4.1 Higienizar as mãos conforme Procedimento Operacional de fricção antisséptica das
mãos ou higienização simples das mãos;
4.2 Reunir o material necessário;
4.3 Paramentar-se com EPI's requeridos à técnica;
4.4 Verificar o volume final desejado;
4.5 Para preparar a solução de Incidin Extra N 1% na Unidade de Saúde que dispor de
frasco com sistema valvulado, deverá acionar o sistema DUAS VEZES, onde cada
aperto (5mL), OU SEJA TOTAL DE 10 mL, para 990mL de água. A unidade que
dispor de DOSADORA AUTOMATIZADA acoplada ao sistema de água, deverá
acionar o equipamento onde o mesmo irá realizar a diluição desejada
automaticamente;
4.6 Para diluição de UBS (10 litros), UBDS e UPA (20 litros);
4.7 Fazer validação com fita própria para medir a concentração de Incidin Extra N 1%,
conforme orientação do fabricante, visando verificar a conformidade da
concentração; em caso de não conformidade, desprezar a solução. A validação

419
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Preparo da solução de Incidin Extra N 1%

deverá ser repetida duas vezes na semana ás segundas e quartas-feiras, o prazo


máximo de utilização da solução é de 30 dias. Mesmo que a validação esteja em
conformidade, após este período desprezar a solução e realizar novo preparo;
4.8 Registrar a validação em impresso próprio (Anexo 1).

5 OBSERVAÇÃO
5.1 O Incidin Extra N 1% deverá ser utilizado para desinfecção apenas em materiais
plásticos e de borracha. Não utilizar em materiais metálicos ou inox;
5.2 Usar somente recipientes de plástico rígido com tampa para o preparo e
acondicionamento da solução.
5.3 Lavar os artigos com indicação minuciosamente e secá-los antes de submergi-los
completamente na solução.
5.4 Os artigos com indicação de desinfecção por Incidin Extra N 1% devem ser imersos
por 30 minutos na solução, após esse tempo proceder o enxágüe abundante,
secagem minuciosa, acondicionamento e identificação dos materiais.

6 RESPONSABILIDADE
 Equipe técnica de enfermagem
 Equipe técnica de odontologia

7 REGISTRO
Identificar o recipiente contendo a solução com data, horário, nome e assinatura de quem
preparou, registrar a validação em impresso próprio (Anexo 1). Este registro deverá ser
arquivado na Unidade, podendo após 1 ano ser encaminhado a setor de arquivo da SMS.

REFERÊNCIA
WIDMER, A. F.; FREI, R. Antimicrobial activity of glucoprotamin: a clinical study of new
disinfectant for instruments. Infection Control and Hospital Epidemiology, Cambridge,
v. 24, n. 10, p. 762-764, 2003.

420
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Preparo da solução de Incidin Extra N 1%

ANEXO 1 – Impresso para validação


VALIDAÇÃO INCIDIN EXTRA N1%
UNIDADE: _________________________________________________________________
MARCA: __________________________________________________________________
LOTE: ____________________________________________________________________
VALIDADE: ________________________________________________________________
DATA DA DILUIÇÃO: ________________________________________________________
RESPONSÁVEL PELA DILUIÇÃO: ____________________________________________

DATA HORA RESULTADO RESPONSÁVEL

DADOS DA VERSÃO
ELABORAÇÃO / ATUALIZAÇÃO - 1 APROVAÇÃO
Cátia Helena Damando Salomão Eliana Maria Fernandes de Aguiar Tonetto
Enfermeira. Presidente da CCI-SMS Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 144846 COREN-SP: 39113
APROVAÇÃO - 1
Karina Domingues de Freitas
Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 0126266

421
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Preparo da solução de Surfic 1%

Preparo da solução de Surfic 1%

1.OBJETIVO
Instruir o preparo da solução de SURFIC (Cloreto de Benzalcônio (máximo de 6%) + PHMB
(mínimo de 3%).

2.CAMPO DE APLICAÇÃO
Seção de preparo e esterilização de materiais das Unidades e Serviços de Saúde da
Secretaria Municipal de Saúde de Ribeirão Preto.

3.MATERIAL
3.8 Concentrado de SURFIC 1%;
3.9 Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s): gorro, óculos de proteção, máscara
cirúrgica, avental impermeável, luvas de borracha e calçado fechado;
3.10 Caixa ou balde plástico rígido com tampa e com capacidade relativa ao volume de
materiais do serviço a ser desempenhado (10 L, 20 L ou volume superior),
previamente limpa;
3.11 Água tratada;
3.12 Fita para validação;
3.13 Livro de registro ou impresso próprio;
3.14 Panos limpos e secos.

4. PROCEDIMENTO
4.9 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das
mãos ou higienização simples das mãos;
4.10 Reunir o material necessário;
4.11 Paramentar-se com EPI's requeridos à técnica;
4.12 Verificar o volume final desejado;
4.13 Para preparar a solução de SURFIC 1% na Unidade de Saúde que dispor de frasco
com sistema valvulado, deverá acionar o sistema DUAS VEZES, em que cada aperto
(5ml), OU SEJA TOTAL DE 10 ML, para 990ml de água. A unidade que dispor de
DOSADORA AUTOMATIZADA acoplada ao sistema de água, deverá acionar o
equipamento onde o mesmo irá realizar a diluição desejada automaticamente;
4.14 Para diluição de UBS (10 litros), UBDS e UPA (20 litros);
4.15 Fazer validação com fita própria para medir a concentração de SURFIC 1%,
conforme orientação do fabricante, visando verificar a conformidade da
422
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Preparo da solução de Surfic 1%

concentração; em caso de não conformidade, desprezar a solução. A validação


deverá ser repetida uma vez. O prazo máximo de utilização da solução é de 30 dias.
Mesmo que a validação esteja em conformidade, após este período desprezar a
solução e realizar novo preparo;
4.16 Registrar a validação em impresso próprio.

5.OBSERVAÇÃO
Usar somente recipientes de plático rígido com tampa para o preparo e acondicionamento da
solução.
Lavar os artigos com indicação minuciosamente e secá-los antes de submergi-los
completamente na solução.
Os artigos com indicação de desinfecção por SURFIC 1% devem ser imersos por 10 minutos
na solução, após esse tempo proceder o enxágüe abundante, secagem minuciosa,
acondicionamento e identificação dos materiais.

6.RESPONSABILIDADE
 Equipe técnica de enfermagem
 Equipe técnica de odontologia

7.REGISTRO
Identificar o recipiente contendo a solução com data, horário, nome e assinatura de quem
preparou, registrar a validação em impresso próprio (Anexo 1). Este registro deverá ser
arquivado na Unidade, podendo após 1 ano ser encaminhado a setor de arquivo da SMS.

REFERÊNCIAS
ANVISA. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Segurança do paciente em serviços de
saúde: limpeza e desinfecção de superfícies – Brasília: ANVISA, 2012.

KRAMER A, SCHWEBK I, KAMPF G. How long do nosocomial pathogenes persist on inanimate


surfaces? A Systematic review. BMC Infect Dis, v. 6, n.130, 2006.

ANEXO 1 – Impresso para validação


VALIDAÇÃO SURFIC
423
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Preparo da solução de Surfic 1%

UNIDADE: _________________________________________________________________
MARCA: __________________________________________________________________
LOTE: ____________________________________________________________________
VALIDADE: ________________________________________________________________
DATA DA DILUIÇO: ________________________________________________________
RESPONSÁVEL PELA DILUIÇÃO: ____________________________________________

DATA HORA RESULTADO RESPONSÁVEL

DADOS DA VERSÃO
ELABORAÇÃO / ATUALIZAÇÃO - 1 APROVAÇÃO / APROVAÇÃO - 1
Cátia Helena Damando Salomão Karina Domingues de Freitas
Enfermeira. Presidente da CCI-SMS Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 144846 COREN-SP: 0126266

424
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Preparo de embalagens para esterilização

Preparo de embalagens para esterilização

1 OBJETIVO
Realizar empacotamento de todo o artigo a ser submetido à esterilização.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO
Seção de preparo e esterilização das Unidades e Serviços de Saúde da Secretaria
Municipal de Saúde de Ribeirão Preto.

3 MATERIAL
3.1 EPIs: Gorro e luvas de procedimento
3.2 Artigos a serem submetidos à esterilização
3.3 Papel grau cirúrgico
3.4 Fita Adesiva para alta temperatura
3.5 Fita com indicador químico de processo de esterilização

4 PROCEDIMENTO
5.1 Higienizar as mãos antes de iniciar o empacotamento dos artigos, conforme
procedimento operacional de fricção antisséptica das mãos ou higienização simples
das mãos.
5.2 Vestir EPIs conforme indicação.
5.3 Inspecionar o artigo antes do empacotamento, verificando limpeza integridade e
funcionalidade.
5.4 Abrir e desmontar o máximo possível os artigos articulados.
5.5 Colocar o material diagonalmente no centro da embalagem.

5.6 Dobrar a ponta voltada para o funcionário, levando-a até o centro do pacote, cobrindo
o material e realizando uma dobra na ponta.

425
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Preparo de embalagens para esterilização

5.7 Trazer uma das laterais até o centro do pacote, deixando uma dobra na ponta.

5.8 Realizar o mesmo procedimento na outra lateral, de modo que cubram todo o artigo.

5.9 Completar o pacote, levando a quarta e última ponta até o centro do pacote. Fechar
com fita indicadora de processo de esterilização, envolvendo todo o pacote, selar o
pacote com duas fitas adesivas para alta temperatura.

5.10 Identificar com uma fita adesiva o pacote com o nome da unidade, conteúdo do
pacote, data da esterilização, data de validade do processo de esterilização e nome
do responsável pelo empacotamento.

426
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Preparo de embalagens para esterilização

5.11 Após embalagem dos artigos retirar as luvas e higienizar as mãos conforme
procedimento operacional de fricção antisséptica das mãos ou higienização simples
das mãos.

5 OBSERVAÇÃO
A utilização da técnica adequada permite proteção, identificação, manutenção da
esterilidade durante o transporte e manuseio do artigo, facilitando a abertura e utilização
segura.
Apenas para Unidades de Saúde que ainda não estão contemplados na terceirização do
Processo.

6 RESPONSABILIDADE
 Equipe técnica de enfermagem
 Equipe técnica de odontologia

7 REGISTRO
Verificar item 4.9.

REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO PAULISTA DE ESTUDOS E CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR.
Limpeza, desinfecção e esterilização de artigos em serviços de saúde. São Paulo:
APECIH, 2010.

BRUNA, C. Q. M. Preparo e embalagem dos materiais para esterilização. Enfermagem em


CME. Disponivel em <
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4168052/mod_resource/content/1/preparo%20e%
20embalagem.pdf> Acesso em 24 mai 2019.

RIBEIRAO PRETO (Cidade). Secretaria Municipal da Saúde. Comissão de Controle de


Infecção. Circular nº 20, de 2008. Ribeirão Preto: Secretaria Municipal da Saúde, 2008.

SOCIEDADE BRASILEIRA DE ENFERMEIROS DE CENTRO CIRÚRGICO. Práticas


recomendadas. 4. ed. São Paulo: SOBEC, 2007.

DADOS DA VERSÃO
ELABORAÇÃO APROVAÇÃO
Elisângela Aparecida de Almeida Puga Jane Aparecida Cristina
Enfermeira. COREN-SP: 0143873 Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 44071
ATUALIZAÇÃO - 1 APROVAÇÃO - 1
Vanessa Van Voltarelli Karina Domingues de Freitas
Enfermeira. Membro CCI/SMS Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 81731 COREN-SP: 0126266

427
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Preparo de medicamentos a partir de ampolas, solução e fracos contendo pó

Preparo de medicamentos a partir de ampolas, solução e frascos


contendo pó

1 OBJETIVO
Administrar adequadamente os medicamentos mantendo os princípios de controle de
infecção.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO
Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),
Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família
(USF), Serviço de Atenção Domiciliar (SAD), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência
(SAMU).

3 MATERIAL
3.1 Bandeja
3.2 Medicamento ampola ou solução (frasco-ampola)
3.3 Recipiente de material perfurocortante
3.4 Algodão
3.5 Seringa de 10 ou 20 mL
3.6 Agulhas 30x0,8 ou 25x0,8
3.7 Álcool a 70%
3.8 Diluente (soro fisiológico 0,9% ou água destilada), para caso de frasco contendo pó
sem diluente.

4 PROCEDIMENTO
4.1 AMPOLA
4.1.1 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção
antisséptica das mãos ou higienização simples das mãos;
4.1.2 Verificar a prescrição (nome do usuário, data da prescrição, nome e dosagem
do medicamento a ser administrado, via de administração do medicamento,
frequência e horário de administração do medicamento, assinatura e carimbo
do prescritor);
4.1.3 Revisar as informações pertinentes relacionadas ao medicamento,
verificando ação, dose e via, finalidade, efeitos colaterais, implicações para a
enfermagem;

428
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Preparo de medicamentos a partir de ampolas, solução e fracos contendo pó

4.1.4 Examinar a história clínica, a história de alergias e a medicamentos do


usuário.
4.1.5 Examinar a constituição corporal, o tamanho do músculo e o peso quando
administrar injeção subcutânea ou intramuscular.
4.1.6 Preparar o medicamento para um usuário de cada vez;
4.1.7 Se possível, somente preparar o medicamento diante o usuário ou
acompanhante/cuidador;
4.1.8 Bater no ápice da ampola de maneira suave e rápida com o dedo, até que o
líquido se desloque do gargalo da ampola;
4.1.9 Colocar um chumaço de algodão ao redor do gargalo da ampola;
4.1.10 Quebrar o ápice da ampola de forma rápida e firme no sentido para longe das
mãos;
4.1.11 Aspirar rapidamente o medicamento, usando uma agulha longa;
4.1.12 Segurar a ampola de cabeça para baixo, ou colocá-la em uma superfície
plana. Não permita que a extremidade ou corpo da agulha toque na borda da
ampola;
4.1.13 Aspirar o medicamento na seringa puxando suavemente o êmbulo;
4.1.14 Manter a extremidade da agulha sob a superfície do líquido. Incline a ampola
para colocar todo o líquido dentro do alcance da agulha;
4.1.15 Quando as bolhas de ar são aspiradas, não retirar o ar dentro da ampola;
4.1.16 Para expelir o excesso de ar, retirar a agulha da ampola. Segurar a seringa
com a agulha apontando para cima, bater levemente na seringa de modo que
as bolhas subam. Puxar ligeriamente para traz o êmbulo e empurre-o no
sentido de ejetar o ar. Não ejete o líquido;
4.1.17 Realizar o reencape passivo da agulha.

4.2 FRASCO CONTENDO SOLUÇÂO


4.2.1 Remover a capa que cobre a tampa do frasco para expor a vedação de
borracha estéril, mantendo a borracha estéril;
4.2.2 Em caso de frasco multidoses que já tiver sido usado anteriormente, a tampa
já foi removida. Limpar de forma firme a superfície da vedação de borracha
com algodão embebido em álcool a 70% e aguardar ficar bem seca;
4.2.3 Pegar uma seringa e conectar a agulha. Remover a capa da agulha, puxar o
êmbulo para trás e aspirar a quantidade de ar equivalente ao volume da
medicação a ser aspirada do frasco;

429
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Preparo de medicamentos a partir de ampolas, solução e fracos contendo pó

4.2.4 Com o frasco em uma superfície plana, inserir a ponta da agulha com o bisel
entrando primeiro no centro da vedação da borracha. Aplique pressão na
ponta da agulha durante a inserção;
4.2.5 Injetar ar no espaço interno do frasco, segurando o êmbulo da seringa, com
uma pressão firme. A pressão de ar dentro do frasco algumas vezes força o
êmbulo para trás;
4.2.6 Inverter o frasco e manter a seringa e o êmbulo firmes. Segurar o frasco entre
o polegar e o indicador da mão não dominante. Apertar a extremidade do tubo
da seringa e o êmbulo com o polegar e o dedo indicador da mão dominante
para contrapor a pressão do frasco.
4.2.7 Manter a ponta da agulha abaixo do nível do líquido.
4.2.8 Permitir que a pressão do ar do frasco preencha a seringa gradualmente com
o medicamento. Se necessário, puxar devagar o êmbulo para obter a
quantidade correta da solução;
4.2.9 Remover a agulha do frasco puxando o tubo da seringa para trás;
4.2.10 Segurar a seringa ao nível dos olhos, em um ângulo de 90º, para assegurar
o volume correto e a ausência de bolhas de ar. Remover qualquer restante de
bolhas de ar, puxando o êmbolo par trás e empurrando-o para ejetar o ar.
4.2.11 Se a medicação for administrada no tecido do usuário, troque de agulha para
o calibre e comprimento adequados, de acordo com a via de administração;
4.2.12 Para frascos de doses múltiplas, faça um rótulo com data da mistura, validade,
assinatura de quem preparou.

4.3 FRASCO CONTENDO PÓ


4.3.1 Remover a capa que estiver cobrindo o frasco de um medicamento em pó e
a tampa do frasco contendo o diluente, apropriado. Limpar firmemente ambas
as vedações com algodão embebido em álcool a 70% e aguardar secar;
4.3.2 Puxar o diluente na seringa segundo a orientação da ampola (4.1)
4.3.3 Inserir no frasco a ponta da agulha através do centro da vedação de borracha
do frasco;
4.3.5 Injetar o diluente no frasco;
4.3.6 Remover a agulha;
4.3.7 Misturar o medicamento completamente, rolando o frasco entre as palmas,
não agitar;
4.3.8 O medicamento reconstituído no frasco está pronto para ser usada;
4.3.9 Ler o rótulo cuidadosamente para determinar a dose a ser aplicada;

430
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Preparo de medicamentos a partir de ampolas, solução e fracos contendo pó

4.3.10 Preparar a medicação na seringa conforme passos 4.2;


4.3.11 Descartar todo material cortante na caixa apropriada.

5 OBSERVAÇÃO
Não se aplica.

6 RESPONSABILIDADE
 Auxiliar de enfermagem
 Técnico de enfermagem
 Enfermeiro
 Médico

7 REGISTRO
Não se aplica

REFERÊNCIAS
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Luvas cirúrgicas e luvas de
procedimentos: considerações sobre seu uso. BIT - Boletim Informativo de
Técnovigilância, Brasília, DF, n. 2, abr./maio/jun. 2011.

POTTER, P. A. et al. Fundamentos de Enfermagem. 9. ed. Rio de Janeiro: Elsevier,


2018.

DADOS DA VERSÃO
ELABORAÇÃO APROVAÇÃO
Cátia Helena Damando Salomão Jane Aparecida Cristina
Enfermeira. COREN-SP: 144846 Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 44071

ATUALIZAÇÃO – 1 APROVAÇÃO - 1
Lauren Suemi Kawata Karina Domingues de Freitas
Enfermeira. COREN-SP: 126659 Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 0126266
Zigmar Borges Nunes
Enfermeira. COREN-SP: 72799

431
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Pressão digital de pulso

Pressão digital de pulso

1 OBJETIVO
Promover a interrupção de fluxo sanguíneo para contenção de hemorragia.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO:
Unidades de Suporte Básico de Vida (USB), Unidades de Suporte Avançado (USA) do
Serviço de Assistência Móvel de Urgência – SAMU REGIONAL DE RIBEIRÃO PRETO,
Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),
Unidades de pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família (USF), Serviço de
Assistência Domiciliar (SAD).

3 MATERIAL
3.1 Gaze ou curativo cirúrgico;
3.2 Bandagem ou faixa crepe.

4 PROCEDIMENTO

Figura 1

4.1 Realize a compressão digital dos seguintes pontos arteriais: artéria braquial para
sangramento de membros superiores; artéria femoral para hemorragia de membros
inferiores; artéria temporal para sangramento do couro cabeludo e artéria radial para
sangramento da mão.
4.2 Realize a compressão continuamente até chegada ao serviço de saúde orientado
pela Central de Regulação Médica.

432
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Pressão digital de pulso

Figura 2

Fonte: http://www.bombeirosemergencia.com

Figura 3

Fonte: http://www.isaudebahia.com.br

5 OBSERVAÇÔES
Quando se cuida de um ferimento com um objeto empalado, a pressão deve ser aplicada
em ambos os lados do objeto, e não sobre o objeto. Nunca remover o objeto;
Caso as mãos estejam realizando atividades vitais, pode ser criado um curativo de
compressão usando chumaços de gaze e uma bandagem elástica ou com a utilização do
manguito do aparelho de pressão, inflando-o até que a hemorragia pare. O curativo
compressivo deve ser identificado com o horário de instalação, sendo seu tempo limite de
10 minutos. O torniquete também deve ter o horário de instalação identificado e seu tempo
limite é de 120 a 150 minutos. Não descomprimir em nenhum momento depois de instalado
seja o curativo compressivo, seja o torniquete, por isso o transporte para tratamento
definitivo é imprescindível (PHTLS, 2014).
A aplicação de compressão direta em uma hemorragia de vulto é prioritária com relação
à realização de acessos venosos e reanimação circulatória, por meio de soroterapia
(PHTLS, 2014).
Para realização das intervenções utilize sempre equipamentos de proteção individual
(EPI), como óculos, luvas e máscara facial.

433
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Pressão digital de pulso

6 RESPONSABILIDADES
 Auxiliar de Enfermagem
 Técnico de Enfermagem
 Enfermeiro
 Médico intervencionista

7 REGISTRO
Registrar a assistência prestada em ficha de atendimento de do usuário com assinatura e
carimbo constando número do registro de classe de quem realizou a técnica.

REFERÊNCIAS
OLIVEIRA, B. M. Hemorragia e choque. In: TRAUMA: atendimento pré-hospitalar. São
Paulo: Atheneu, 2001.

PHTLS atendimento pré-hospitalar ao traumatizado: básico e avançado. 8. ed. Rio de


Janeiro: Elsevier, 2014.

DADOS DA VERSÃO
ELABORAÇÃO APROVAÇÃO
Regilene Molina Zacareli Cyrillo Rosana Joaquim Fernandes
Enfermeira. COREN SP: 51636 Enfermeira. COREN-SP: 42639

ATUALIZAÇÃO - 1 APROVAÇÃO - 1
Cláudia Carvalho Moreira Pinotti Karina Domingues de Freitas
Enfermeira. COREN-SP: 268146 Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 0126266

434
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Prova do laço

Prova do laço

1 OBJETIVO
É utilizada na prática clínica como um dos elementos para triagem dos usuários com
suspeita de Dengue. É uma prova que representa a fragilidade capilar e deve ser realizada,
obrigatoriamente, em todos os casos suspeita clínica da doença não apresentem sinais de
sangramento espontâneo e nem sinal clínico de alarme e/ou choque. Deve ser repetida no
acompanhamento clínico apenas se previamente negativa.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO
Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),
Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família
(USF), Serviço de Atenção Domiciliar (SAD).

3 MATERIAL
3.1 Bandeja
3.2 Esfigmomanômetro
3.3 Estetoscópio
3.4 Caneta esferográfica
3.5 Régua comum ou fita métrica
3.6 Relógio

4 PROCEDIMENTO
4.1 Higienizar as mãos conforme procedimento de fricção antisséptica das mãos ou
higienização simples das mãos;
4.2 Explicar o propósito e procedimento do teste ao usuário;
4.3 Dizer ao usuário que ele pode sentir desconforto e parestesia no membro durante a
realização do procedimento;
4.4 Anotar quaisquer medicamentos que o usuário esteja em uso;
4.5 Escolher o local de realização da prova, no antebraço que não tenha fístula
arteriovenosa, lesões ou esvaziamento ganglionar e que preferencialmente não seja
pigmentado ou tenha muitos pelos. Na impossibilidade desse local, pode-se medir a
pressão arterial em coxa, utilizando manguito mais largo ou de adulto.
4.6 Verificar a Pressão Arterial conforme procedimento operacional 013;
4.7 Calcular o valor médio da Pressão Arterial pela fórmula (PAS + PAD)/2
4.8 Insulflar o manguito até o valor médio.

435
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Prova do laço

4.9 Manter o manguito insulflado durante 5 minutos no adulto e 3 minutos em crianças,


ou até o aparecimento de petéquias ou equimoses. Caso a prova do laço apresente-
se positiva antes do tempo preconizado para adultos e crianças ela pode ser
interrompida.
4.10 Desenhar um quadrado com 2,5 cm2, no antebraço, no local de maior concentração
de petéquias;
4.11 Soltar o ar do manguito, retirá-lo do usuário;
4.12 Proceder à leitura do resultado:
 Contar o número de petéquias formadas dentro do quadrado;
 A prova será positiva se houver 20 ou mais petéquias dentro do quadrado em
adultos e 10 ou mais em crianças
 Atenção para o surgimento de possíveis petéquias em todo o antebraço, dorso
das mãos e nos dedos.
4.13 Higienizar as mãos conforme procedimento de fricção antisséptica das mãos ou
higienização simples das mãos;
4.14 Registrar o procedimento.

5 OBSERVAÇÃO
O resultado positivo pode reforçar a hipótese de dengue e aponta para uma necessidade
de maior atenção ao usuário.
A prova do laço frequentemente pode ser negativa em pessoas obesas e durante o choque.
É importante ressaltar que a prova do laço não confirma e nem exclui o diagnóstico de
dengue.
A prova do laço pode ser realizada por todos os Profissionais de Enfermagem desde que
capacitados, orientados e supervisionados pelo Enfermeiro, entretanto, segundo o
PARECER COREN - SP 013/2014–CTPRCI n°106.428/2013, a leitura e interpretação do
resultado da prova deve ser feita pelo Enfermeiro.

6 RESPONSABILIDADE
 Auxiliar de enfermagem
 Técnico de enfermagem
 Enfermeiro

436
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Prova do laço

7 REGISTRO
Registrar o procedimento realizado bem como o resultado encontrado, aceitação ou recusa
do usuário, data e horário do procedimento, carimbo e assinatura de quem realizou a prova
em prontuário ou ficha de atendimento ambulatorial e no Cartão de Acompanhamento de
Dengue.

REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Dengue: manual de enfermagem. 2. ed. Brasília, DF:
Ministério da Saúde, 2013.

CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SÃO PAULO. Parecer COREN-SP


013/2014 – CT PRCI n° 106.428/2013, de 31 de janeiro de 2014. Realização da prova do
laço por técnico e auxiliar de enfermagem. Disponível em:
<http://ouvidoria.cofen.gov.br/coren-sp/transparencia/19078/download/PDF>. Acesso em:
19 mai 2019.

DADOS DA VERSÃO
ELABORAÇÃO APROVAÇÃO
Maria Verônica Ferrareze Ferreira Karina Domingues de Freitas
Enfermeira. COREN-SP: 0100791 Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 0126266
Patrícia Abrahão Curvo
Enfermeira. COREN-SP: 0115657

Susana I. Segura Muñoz.


Bióloga.

437
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Punção arterial para coleta de sangue para análise laboratorial

Punção arterial para coleta de sangue para análise laboratorial

1 OBJETIVO
Realizar punção arterial para coleta de sangue para exames laboratoriais.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO
Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),
Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família
(USF), Serviço de Atenção Domiciliar (SAD), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência
(SAMU).

3 MATERIAL
3.1 Bandeja;
3.2 Equipamentos de Proteção Individual (luvas de procedimento, óculos);
3.3 Algodão;
3.4 Álcool a 70%;
3.5 Agulha (25x0,7 ou 25x0,8);
3.6 Microfusor (escalpe ou butterfly) 23 ou 25;
3.7 Seringa de acordo com o volume de sangue necessário para os exames;
3.8 Tubos para coleta;
3.9 Grade ou recipiente para acondicionamento dos tubos;
3.10 Requisição de exames;
3.11 Etiquetas para identificação dos tubos;
3.12 Recipiente para descarte de resíduo perfurocortante.

4 PROCEDIMENTO
4.1 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das
mãos ou higienização simples das mãos;
4.2 Preparar o material;
4.3 Identificar-se e explicar o procedimento para o usuário e/ou acompanhante;
4.4 Coleta da amostra de sangue:
 Identificar o usuário pelo nome completo (nome social, quando houver), verificar
exames solicitados, o preparo para os mesmos (se necessário) e proceder à
identificação dos tubos;
 Calçar luvas de procedimento;

438
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Punção arterial para coleta de sangue para análise laboratorial

 Selecionar o local da punção: Realizar o teste de Allen (segurar a mão do usuário


firmemente e o profissional comprime as duas artérias ulnar e radial. O usuário,
então, relaxa e aperta a mão até que ela esteja esbranquiçada. O profissional
libera a pressão da artéria ulnar e observa o retorno da coloração para a mão.
Quando a coloração retornar dentro de 5 a 7 segundos, a circulação ulnar é
adequada. Se demorar mais de 15 segundos para o retorno, o enchimento ulnar
é inadequado e esta artéria radial não deve ser puncionada);
 Selecionar a artéria desejada;
 Realizar a palpação e localização da artéria com os dedos indicador e médio,
efetuando compressão suficiente para imobilizar, sem perder o batimento arterial;
 Realizar a antissepsia da pele no local a ser puncionado com o algodão embebido
em álcool a 70% com movimento centrífugo (circular, único, do centro para fora);
 Aguardar o antisséptico secar espontaneamente;
 Inserir a agulha entre os dedos indicador e médio, com o bisel da agulha voltado
para cima, em um ângulo de 30º na direção do sentido da artéria radial, 45º na da
braquial e 90º na da femoral;
 Puxar delicadamente o êmbolo e realizar a aspiração da quantidade necessária
de sangue para o(s) exame(s);
 Retirar a agulha comprimindo o local da punção com algodão seco por
aproximadamente 5 minutos ou até total estancamento de sangue (hemostasia);
 Colocar o sangue no(s) tubo(s) sem utilização de agulha, através da abertura do(s)
tubo(s), sem contaminação da(s) tampa(s), deixando que o sangue escorra
lentamente pela(s) parede(s) do(s) mesmo(s);
 A ordem correta para coleta nos tubos é: primeiro – tubo citrato (tampa azul);
segundo - tubo com gel (tampa amarela, vermelha); terceiro – tubo com EDTA
(tampa roxa); quarto – tudo com fluoreto (tampa cinza);
 Homogeneizar o tubo (exceto os de tampa amarela ou vermelha) com movimento
inversão de 8 a 10 vezes, mantendo o tubo em posição vertical por 30 minutos em
grade para acondicionamento;
 Descartar o material usado de acordo com as normas de descarte de resíduos;
 Encaminhar as amostras de acordo com os fluxos estabelecidos.

5 RESPONSABILIDADE
 Enfermeiro
 Médico

439
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Punção arterial para coleta de sangue para análise laboratorial

6 REGISTRO
Registrar o procedimento realizado, artéria puncionada, agulha escolhida, amostras
coletadas, data e horário do procedimento, carimbo e assinatura de quem realizou a técnica
em prontuário ou Ficha de atendimento ambulatorial.

REFERÊNCIAS
BARE, B. G.; SUDDARTH, D. S. Brunner: tratado de enfermagem médico – cirúrgico. 12.
ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011.

CHAVES, S. et al. Procedimento operacional padrão de enfermagem para coleta de


sangue arterial. Rio de Janeiro: HUPE/UFRJ, 2014.

MACHADO, A. M. O.; MORALES JUNIOR, A.; FRIGATTO, E. A. M. Manual de coleta de


material biológico. São Paulo: UNIFESP, 2015.

DADOS DA VERSÃO
ELABORAÇÃO APROVAÇÃO
Danielle Cristine Martins Karina Domingues de Freitas
Enfermeira. COREN-SP: 94671 Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 0126266
Zigmar Borges Nunes
Enfermeira. COREN-SP: 72799

440
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Punção venosa periférica para coleta de sangue venoso

Punção venosa periférica para coleta de sangue venoso

1 OBJETIVO
Realizar punção venosa para coleta de sangue para exames laboratoriais, exceto
hemocultura.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO
Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),
Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família
(USF), Serviço de Atenção Domiciliar (SAD), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência
(SAMU).

3 MATERIAL
3.1 Bandeja
3.2 Equipamentos de Proteção Individual (luvas de procedimento, óculos)
3.3 Algodão
3.4 Álcool a 70%
3.5 Dispositivo de coleta de sangue a vácuo (adaptador de coleta de sangue a vácuo, com
agulha distal acoplada para a transferência do sangue diretamente para o tubo, sem a
necessidade de manuseio do sangue e abertura do tubo)
3.6 Garrote
3.7 Tubos para coleta
3.8 Grade ou recipiente para acondicionamento dos tubos
Requisição de Exames
3.9 Etiquetas para identificação dos tubos
3.10 Recipiente para descarte de resíduo perfurocortante com adaptador para desconexão e
descarte de agulha.

4 PROCEDIMENTO
4.1 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das
mãos ou higienização simples das mãos;
4.2 Preparar o material;
4.3 Escolha da agulha:
4.3.1 O calibre agulha acoplada a seringa do sistema à vácuo deve ser compatível
com a veia escolhida;
4.4 Escolha do local de punção:
4.4.1 Local de maior facilidade de higienização e garantia de assepsia;
441
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Punção venosa periférica para coleta de sangue venoso

4.4.2 Sem escoriações e complicações mecânicas (hematoma, equimose,


anastomose);
4.4.3 Vasos mais calibrosos;
4.4.4 Local de maior conforto e segurança;
4.4.5 Evitar locais com possíveis fatores de risco (cateteres pré-existentes,
deformidade anatômica);
4.4.6 Não realizar punção de membros com esvaziamento ganglionar
(mastectomizados) e fístula arteriovenosa;
4.5 Coleta da amostra de sangue:
• Explicar o procedimento ao usuário;
• Identificar o usuário pelo nome completo (nome social, quando houver), verificar
exames solicitados, o preparo para os mesmos (se necessário) e proceder à
identificação dos tubos;
• Calçar luvas de procedimento;
• Selecionar o local da punção;
• Instalar o garrote aproximadamente a 4 cm acima do local escolhido para coleta
de sangue;
• Realizar a antissepsia da pele no local a ser puncionado com o algodão embebido
em álcool a 70% com movimento centrífugo (circular, único, do centro para fora);
• Aguardar o antisséptico secar espontaneamente;
• Estirar a pele com a mão não dominante e introduzir a agulha para punção com o
bisel voltado para cima;
• Introduzir os tubos um a um, de forma que o sangue escorra pela parede do tubo.
Aguardar o adequado enchimento do tubo para retirar do sistema;
• Retirar o garrote assim que o sangue refluir para dentro do tubo para continuar as
demais coletas (não exceder o tempo de 1 minuto com o membro garroteado);
• A ordem correta para coleta nos tubos é: primeiro – tubo citrato (tampa azul);
segundo - tubo com gel (tampa amarela, vermelha); terceiro – tubo com EDTA
(tampa roxa); quarto – tudo com fluoreto (tampa cinza);
• Homogeneizar o tubo (exceto os de tampa amarela ou vermelha) com movimento
inversão de 8 a 10 vezes, mantendo o tubo em posição vertical por 30 minutos em
grade para acondicionamento;
• Com auxílio de um algodão apoiar o local de inserção da agulha retirando-a em
movimento único e solicitando ao usuário que comprima o local sem dobrar o
braço por alguns minutos;
• Descartar o material usado de acordo com as normas de descarte de resíduos;

442
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Punção venosa periférica para coleta de sangue venoso

• Retirar as luvas de procedimento;


• Encaminhar as amostras de acordo com os fluxos estabelecidos.

5 OBSERVAÇÃO
5.1 Na impossibilidade do uso do sistema a vácuo, pode-se utilizar cateter intravenoso,
microfusor (escalpe ou butterfly) ou agulha acoplados à seringa de acordo com o
volume de sangue necessário para os exames. Aspirar a quantidade de sangue
necessária. Colocar o sangue no(s) tubo(s) sem utilização de agulha, através da
abertura do(s) tubo(s), sem contaminação da(s) tampa(s), deixando que o sangue
escorra lentamente pela(s) parede(s) do(s) mesmo(s);
5.2 Para o envio da(s) amostra(s) para o laboratório, é necessário gerar amostra e lote
no Sistema Hygia.

6 RESPONSABILIDADE
 Auxiliar de enfermagem
 Técnico em Enfermagem
 Enfermeiro
 Médico
 Farmacêutico

7 REGISTRO
Registrar o procedimento realizado, membro puncionado, cateter/agulha escolhido,
amostras coletadas, data e horário do procedimento, carimbo e assinatura de quem
realizou a técnica em prontuário ou Ficha de atendimento ambulatorial.

REFERÊNCIAS
MACHADO, A. M. O.; MORALES JUNIOR, A.; FRIGATTO, E. A. M. Manual de coleta de
material biológico. São Paulo: UNIFESP, 2015.

PAULI, C. Procedimento operacional padrão (POP): coleta de sangue venoso para


análise laboratorial. Florianópolis: UFSC, 2017.
DADOS DA VERSÃO
ELABORAÇÃO APROVAÇÃO
Mayra Fernanda de Oliveira Jane Aparecida Cristina
Enfermeira COREN-SP: 0112551 Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 44071
Elisângela Aparecida de Almeida Puga
Enfermeira. COREN-SP: 0143873

Camila Balsero Sales


Enfermeira COREN-SP: 76434
ATUALIZAÇÃO - 1 APROVAÇÃO - 1

443
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Punção venosa periférica para coleta de sangue venoso

Ana Paula Raizaro Karina Domingues de Freitas


Enfermeira COREN-SP: 114587 Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 0126266

444
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Punção venosa periférica para medicamentos e soroterapia

Punção venosa periférica para medicamentos e soroterapia

1 OBJETIVO
Realizar punção venosa para administração de medicamentos e soroterapia.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO
Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),
Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família
(USF), Serviço de Assistência Domiciliar (SAD), Serviço de Atendimento Móvel de
Urgência (SAMU).

3 MATERIAL
3.1 Bandeja
3.2 Luvas de procedimento não estéril
3.3 Cateter intravenoso
3.4 Algodão
3.5 Álcool a 70%;
3.6 Garrote
3.7 Curativo transparente estéril ou micropore ou esparadrapo;
3.8 Equipamentos de Proteção Individual.

4 PROCEDIMENTO
4.1 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das
mãos ou higienização simples das mãos;
4.2 Preparar o material;
4.3 Abrir o pacote do cateter intravenoso com técnica estéril;

4.4 Escolha do cateter:


4.4.1 Devem ser escolhidos preferencialmente cateteres flexíveis;
4.4.2 O calibre do cateter deve ser compatível com a veia escolhida;

4.5 Escolha do local de punção:


4.5.1 Local de maior facilidade de higienização e garantia de assepsia;
4.5.2 Sem escoriações e complicações mecânicas (hematoma, equimose,
anastomose);
4.5.3 Vasos mais calibrosos;

445
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Punção venosa periférica para medicamentos e soroterapia

4.5.4 Local de maior conforto e segurança;


4.5.5 Evitar locais com possíveis fatores de risco (cateteres pré-existentes,
deformidade anatômica);
4.5.6 Evitar áreas com dor, sensibilidade e infecção;
4.5.7 Evitar fossa antecubital;
4.5.8 Não realizar punção de membro previamente afetado por acidente vascular
encefálico, com paralisias, membros com esvaziamento ganglionar
(mastectomizados) e fístula arterio-venosa;

4.6 Inserção do cateter:


4.6.1 Explicar o procedimento ao usuário;
4.6.2 Identificar o usuário pelo nome completo (nome social, quando houver),
verificar a prescrição médica;
4.6.3 Avaliar histórico de alergias;
4.6.4 Preparar o medicamento e/ou soroterapia;
4.6.5 Calçar luvas de procedimento não estéril;
4.6.6 Selecionar o local da punção;
4.6.7 Instalar o garrote aproximadamente a 10 a 15 cm acima do local escolhido
para punção;
4.6.8 Realizar a antissepsia da pele no local a ser puncionado com algodão
embebido em álcool a 70% antisséptico com movimento centrífugo (circular,
único, do centro para fora);
4.6.9 Observar sujidade da pele e, se necessário, realizar novamente antissepsia
com outro algodão;
4.6.10 Aguardar a evaporação do antisséptico espontaneamente;
4.6.11 Remover o protetor do cateter intravenoso;
4.6.12 Estirar a pele com a mão não dominante;
4.6.13 Não tocar no local selecionado para a punção;
4.6.14 Introduzir o cateter com o bisel voltado para cima, num ângulo de 10° a 30°
compatível com a profundidade da veia;
4.6.15 Observar o fluxo de sangue pelo lumen do cateter;
4.6.16 Estabilizar o cateter com uma mão e soltar o garrote com a outra;
4.6.17 Instalar medicação, soroterapia ou salinizar de acordo com prescrição;
4.6.18 Para fixar o cateter, usar curativo transparente estéril;
4.6.19 Na ausência do curativo transparente estéril a fixação do cateter deverá ser
feita com micropore, preferencialmente, ou esparadrapo;

446
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Punção venosa periférica para medicamentos e soroterapia

4.6.20 Identificar o curativo com data, hora de inserção, calibre e identificação do


profissional.

4.7 Manutenção do cateter:


4.7.1 Higienizar as mãos antes de manipular;
4.7.2 Calçar luvas de procedimento não estéril a cada manipulação;
4.7.3 Sempre antes de administrar medicamentos ou soro, realizar a desinfecção
do orifício do dispositivo de infusão com álcool a 70%.

4.8 Troca do cateter venoso periférico:


4.8.1 Rotineiramente a cada 96 horas. Clientes com difícil acesso, solicitar
avaliação do enfermeiro do plantão;
4.8.2 Em caso de quebra de técnica asséptica;
4.8.3 Em caso de sinais de flebite.

4.9 Curativo da punção venosa periférica:


4.9.1 Caso a inserção tenha sido em situação de urgência, observar e, se
necessário, trocá-lo em 24 horas;
4.9.2 O curativo transparente estéril não deverá ser substituído durante todo o
período de permanência do cateter, exceto nas seguintes situações: em
caso de umidade, extravasamento de sangue e sujidade visível;
4.9.3 Nos casos especiais em que o cateter permaneça por mais de 96 horas, o
curativo transparente estéril deverá ser substituído ao completar 7 dias de
permanência;
4.9.4 Nos casos específicos em que seja utilizado micropore ou esparadrapo para
fixação da punção, o curativo deverá ser diário, procedendo-se da seguinte
forma:
4.9.5 Remover o curativo anterior;
4.9.6 Realizar antissepsia do local de inserção com álcool a 70%;
4.9.7 Observar condições do local de inserção do cateter;
4.9.8 Colocar nova cobertura;
4.9.9 Identificar: Data da punção, data e horário da troca do curativo, tipo e
número do dispositivo, responsável pela inserção.

447
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Punção venosa periférica para medicamentos e soroterapia

4.10 Retirada do cateter:


4.10.1 Com auxilio de algodão apoiar o local de inserção do cateter retirando-o em
movimento único e solicitando ao paciente que comprima o local sem dobrar
o braço por alguns minutos;
4.10.2 Descartar o material usado de acordo com as normas de descarte de
resíduos.

5 OBSERVAÇÃO
A avaliação de necessidade de permanência do cateter deve ser diária.

6 RESPONSABILIDADE
 Auxiliar de enfermagem;
 Técnico em Enfermagem;
 Enfermeiro;
 Médico.

7 REGISTRO E INDEXAÇÃO
Registrar o procedimento realizado, membro puncionado, cateter escolhido, data e horário
do procedimento, carimbo e assinatura de quem realizou a técnica em prontuário ou Ficha
de atendimento ambulatorial.

REFERÊNCIA
POTTER, P. A. et al. Fundamentos de Enfermagem. 9. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2018

DADOS DA VERSÃO
ELABORAÇÃO APROVAÇÃO
Mayra Fernanda de Oliveira Jane Aparecida Cristina
Enfermeira COREN-SP: 0112551 Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 44071

ATUALIZAÇÃO - 1 APROVAÇÃO - 1
Lauren Suemi Kawata Karina Domingues de Freitas
Enfermeira COREN-SP: 126659 Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 0126266
Marisa Akiko Iwamoto
Enfermeira. COREN-SP: 0115839

448
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Realização de prova tuberculínica

Realização de prova tuberculínica

1 OBJETIVO
Aplicação e leitura da Prova Tuberculínica – PPD.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO
Unidades de Referência para o tratamento de tuberculose: Centro de Referência José
Roberto Campi, Centro de Referência em Especialidades Central e Centro de Referência
Alexander Fleming.

3 MATERIAL
3.1 Luvas de procedimento
3.2 Frasco com solução de tuberculina
3.3 Agulha 13 x 3,8
3.4 Seringa de 1 mL
3.5 Algodão hidrófilo
3.6 Geladeira para imunobiológicos ou caixa térmica
3.7 Etiqueta com identificação
3.8 Recipiente para descarte
3.9 Óculos

4 PROCEDIMENTO DE APLICAÇÃO
4.1 Orientar o usuário quanto ao procedimento e à leitura em 72 horas;
4.2 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das
mãos ou higienização simples das mãos e utilizar luvas de procedimento;
4.3 Retirar da geladeira/caixa térmica o frasco da tuberculina, conferindo o nome, número
de doses, prazo de validade e aspecto do produto;
4.4 Remover o lacre;
4.5 Ajustar a agulha na seringa descartável;
4.6 Introduzir a agulha no frasco de tuberculina e aspirar 0,1 mL do líquido;
4.7 Realizar o reencape passivo da agulha;
4.8 Retirar o ar contido na seringa fora do frasco;
4.9 Colocar o frasco de tuberculina na caixa térmica/geladeira;
4.10 Aplicar imediatamente a tuberculina, selecionando o terço médio do antebraço
esquerdo, na intraderme, selecionar local com pouco pelo, sem tatuagem, cicatriz ou
lesões de pele. Introduzir o bisel voltado para cima de forma visível ao aplicador até
que o bisel desapareça;

449
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Realização de prova tuberculínica

4.11 Injetar lentamente 0,1 mL de tuberculina;


4.12 Retirar a seringa com agulha e desprezar na caixa coletora
4.13 Agendar a data da leitura.

5 OBSERVAÇÃO
5.1 Em caso de extravasamento importante de líquido durante a aplicação, repetir o
procedimento em local diferente, isto é, dois dedos abaixo ou acima da primeira
aplicação ou no outro braço e registrar o fato;
5.2 Não deixar em repouso a seringa com dose preparada para posterior aplicação;
5.3 Não é necessário trocar agulha para aplicação e não se deve deixar a agulha presa
ao frasco para aspiração
5.4 Informe ao usuário que não deve coçar, nem colocar qualquer substância em caso
de prurido ou dor no local da aplicação. Explique também que a enduração
desaparecerá gradativamente nos dias seguintes.

6 PROCEDIMENTO DE LEITURA
 Verificar se há iluminação suficiente para realização da leitura;
 Manter o antebraço do indivíduo relaxado e levemente fletido;
 Procurar indício de enduração, apalpando suavemente com o dedo indicador,
determinando o contorno da mesma;
 Caso haja enduração, delimitar a borda externa com o dedo indicador e fixar esse
limite com a régua, evitando marcar a pele;
 Delimitar a borda interna com o dedo indicador;
 Retirar a régua do limite externo, marcando visualmente o local;
 Posicionar a régua transversalmente ao eixo do braço e medir e registrar em milímetros
o maior diâmetro transverso da enduração;
 Explicar o resultado ao cliente;
 Registrar o resultado no sistema Hygia e imprimir o laudo.

7 RESPONSABILIDADE
 Auxiliar de enfermagem capacitado
 Técnico de enfermagem capacitado
 Enfermeiro

8 REGISTRO
Registrar o procedimento no sistema Hygia e anexar ao prontuário do usuário.
450
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Realização de prova tuberculínica

REFERÊNCIA
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de
Vigilância das Doenças Transmissíveis. Técnicas de aplicação e leitura da prova
tuberculínica / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de
Vigilância das Doenças Transmissíveis. – Brasília: Ministério da Saúde, 2014.

DADOS DA VERSÃO
ELABORAÇÃO APROVAÇÃO
Lis Aparecida de Souza Neves Karina Domingues de Freitas
Enfermeira. COREN-SP: 40 985 Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 0126266

451
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Reanimação carfiorrespiratória (RCP) em Suporte Básico de Vida (SBV)
com uso do Desfibrilador Externo Automático (DEA)

Reanimação Cardiorrespiratória (RCP) em Suporte Básico de Vida


(SBV) com uso do Desfibrilador Externo Automático (DEA)

1 OBJETIVO
Realizar os procedimentos destinados a manter a circulação de sangue oxigenado para o
cérebro e outros órgãos vitais após uma parada cardíaca, com a inclusão da desfibrilação
elétrica através do uso do Desfibrilador Externo Automático (DEA).

2 CAMPO DE APLICAÇÃO
Unidades de Suporte Básico de Vida (USB) do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência
– SAMU REGIONAL RIBEIRÃO PRETO, Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades de
Saúde da Família (USF), Núcleo de Gestão Assistencial (NGA-59) da Secretaria Municipal
da Saúde de Ribeirão Preto – SP.

3 MATERIAL
3.1 Equipamento de proteção individual (luvas, óculos de proteção biológica, máscaras
de barreira)
3.2 Bolsa valva-máscara com reservatório e extensão de PVC (AmbúR)
3.3 Torpedo/fonte de oxigênio
3.4 Prancha rígida/tábua de RCP
3.5 Desfibrilador Externo Automático com os eletrodos pré-conectados
3.6 Cânulas orofaríngeas (Guedel)
3.7 Aspirador de secreções montado com ponta rígida.
3.8 Tesoura (para cortar as roupas ou pêlos do tórax)

4 PROCEDIMENTO
4.1 Utilizar os equipamentos de proteção individual
4.2 Aproximar-se do usuário após avaliação da cena e certificar-se da segurança do
local;
4.3 Avaliar a responsividade do usuário: se irresponsivo, verificar se respira ou se há
evidência de respiração anormal (“gasping”) ou ruidosa, checar pulso.
4.4 Na presença dos sinais inconsciência, ausência de respiração normal, ausência de
pulso: chamar por ajuda comunicando a ocorrência de uma Parada
Cardiorrespiratória (solicitar a presença de uma Unidade de Suporte Avançado no
local para as USB do SAMU; médico e equipe de enfermagem nas Unidades de
Saúde);
452
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Reanimação carfiorrespiratória (RCP) em Suporte Básico de Vida (SBV)
com uso do Desfibrilador Externo Automático (DEA)

4.5 Iniciar a RCP:


4.5.1 Posicionar o usuário em decúbito dorsal sobre uma superfície rígida;
4.5.2 Remover as roupas que estiverem cobrindo o tórax do usuário;
4.5.3 Posicionar as mãos colocando a face tenar de uma das mãos sobre o tórax
do usuário, entre os mamilos; colocar a outra sobre esta e entrelaçar os
dedos; aplicar movimentos de compressão em um ângulo de 90o em uma
frequência de 100 a 120 compressões por minuto, e profundidade de 5 cm
(no máximo 6 cm) para usuários adultos (figuras 1 e 2);

Figura 1 Figura 2

Fonte: Silva (2015)

4.5.4 Realizar as compressões, permitindo o retorno do tórax após cada


compressão, até a chegada do DEA;
4.5.5 Preparar o DEA para uso (figura 3): ligar o aparelho, abrir a embalagem dos
eletrodos de acordo com as instruções do rótulo, observando se estão no
tamanho adequado para a idade do usuário (adulto ou pediátrico);

Figura 3

Fonte: arquivos SAMU Regional Ribeirão Preto

4.5.6 Certificar-se de que o tórax do usuário esteja seco; se o usuário for do sexo
masculino e se houver necessidade, cortar os pelos do tórax;
453
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Reanimação carfiorrespiratória (RCP) em Suporte Básico de Vida (SBV)
com uso do Desfibrilador Externo Automático (DEA)

4.5.7 PARA OS MODELOS DE DEA QUE POSSUEM SENSOR DE RCP:


posicionar o sensor de RCP sobre o esterno do usuário, orientando-se pelas
linhas cruzadas do mesmo, da seguinte forma: linha horizontal alinhada com
os mamilos e linha vertical alinhada com a linha mediana do corpo, e
pressionar para aderir à pele (figura 4)
4.5.8 Colocar os eletrodos no peito do usuário, pressionando para a aderência
adequada à pele colocando o eletrodo superior à direita da parte superior do
esterno, abaixo da clavícula, e o eletrodo inferior à esquerda, abaixo do
mamilo, sendo que seu centro deve estar na linha média axilar (figura 4);

Figura 4

Fonte: Silva (2015)

4.5.9 Aguardar a análise do ritmo: se choque indicado, o aparelho dará uma


advertência para todos se afastarem do usuário e pressionar o botão de choque,
após aplicado realizar um ciclo de RCP e verificar o pulso, permitir nova análise
pelo DEA, se choque não indicado, verificar pulso, se não encontrado, iniciar a
RCP, sempre pelas compressões; Abrir as vias aéreas e aplicar 2 ventilações
rápidas (1 segundo) através do ambú e máscara conectados a uma rede de
oxigênio conforme procedimentos operacionais (figura 5);

Figura 5

Fonte: Silva (2015)


454
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Reanimação carfiorrespiratória (RCP) em Suporte Básico de Vida (SBV)
com uso do Desfibrilador Externo Automático (DEA)

4.5.10 Realizar esta sequência de 30 compressões e 2 ventilações por 2 minutos


com atenção para minimizar as interrupções nas compressões para as
ventilações, após os quais o aparelho dará novas instruções para interrupção
da RCP e análise do ritmo cardíaco (caso não seja possível, aplicar somente
as compressões num ritmo de 100 a 120min.);
4.5.11 Checar o pulso do usuário após cada ciclo de 2 minutos seguido de análise
do ritmo;
OBS: Os passos desse procedimento estão organizados em um algoritmo no
anexo
4.5.12 Manter os procedimentos até a chegada da Unidade de Suporte Avançado ao
local. Quando o atendimento for realizado pela USB e não houver
disponibilidade de USA naquele momento, realizar 2 a 3 ciclos de 2 min e
preparar o usuário para o transporte até a Unidade de Saúde mais próxima.
4.5.13 Passar o plantão para o profissional que irá assumir o atendimento, desligar
o aparelho e retirar as pás adesivas somente após a instalação de outro
recurso ou da interrupção dos procedimentos pelo médico intervencionista.
4.9 Após o término dos procedimentos, encaminhar o material sujo para limpeza e
desinfecção conforme rotina do serviço.
4.10 Realizar a limpeza e desinfecção do DEA com um pano macio umedecido com
Incidim. Conectar um novo gel adesivo no eletrodo reusável (DEA Zoll Pro) ou um
novo conjunto de eletrodos descartáveis para os demais modelos e guardar o
aparelho em local seguro.
4.11 Providenciar reposição dos eletrodos conforme fluxograma estabelecido pela SMS.

5 OBSERVAÇÔES
5.1 Não coloque os eletrodos diretamente sobre um marcapasso implantado. Caso o
usuário tenha um marca-passo ou desfibrilador implantado no tórax superior à direita,
posicione os eletrodos levemente angulados, evitando coloca-los sobre o dispositivo;
5.2 Mantenha o cabo do eletrodo sempre conectado ao aparelho;
5.3 Usar o eletrodo pediátrico em crianças com menos de 8 anos de idade ou 25 kg, com
atenção ao posicionamento dos eletrodos conforme figura 7.

455
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Reanimação carfiorrespiratória (RCP) em Suporte Básico de Vida (SBV)
com uso do Desfibrilador Externo Automático (DEA)

Figura 7

Fonte: Arquivos SAMU Regional Ribeirão Preto

5.4 Afastar o usuário de superfícies condutivas ou poças de água antes de usar o


aparelho, sempre se afastando do usuário ao realizar a leitura e aplicar o tratamento
(choque).
5.5 As unidades de DEA marca Zoll e CMOS- DRAKE possuem autotestes automáticos
para verificar a integridade e prontidão do aparelho. O aparelho realiza um autoteste
sempre que é ligado, sempre que uma bateria é instalada, ou em intervalos
periódicos quando no modo standby. Os aparelhos marca Zoll possuem a opção de
auto teste manual, que deve ser realizado cada 7 dias, pressionando e segurando o
botão Lig/Deslig. por 5 segundos. A realização deste teste deve ser registrada em
impresso próprio (Checklist SAMU ou procedimento operacional padronizado). Ao
término do teste o DEA envia mensagens de voz e de texto com o diagnóstico do
teste realizado, além disto aparece no visor uma marca de verificação, sendo que
verde (V) indica que os testes foram aprovados e um (X) vermelho indica falha ou
defeito.

6 RESPONSABILIDADES
 Condutor
 Técnico de Enfermagem
 Auxiliar de Enfermagem
 Enfermeiro
 Médico

7 REGISTRO
Registrar devidamente a assistência prestada na FICHA REGISTRO DO ATENDIMENTO
DE ENFERMAGEM (RAE – SAMU) e Ficha atendimento do usuário nas Unidades de
saúde, com assinatura e carimbo constando nº do COREN.

456
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Reanimação carfiorrespiratória (RCP) em Suporte Básico de Vida (SBV)
com uso do Desfibrilador Externo Automático (DEA)

REFERÊNCIAS
AMERICAN HEART ASSOCIATION. American Heart Association guidelines update for
cardiopulmonary resuscitation and emergency cardiovascular care. Circulation,
Hagerstown, v. 132, p. S315-S367, 2015. Supl. 2.

SILVA, A. C. Desenvolvimento de ambiente virtual de aprendizagem para a


capacitação em parada cardiorrespiratória. 2015. Dissertação (Mestrado em Tecnologia
e Inovação em Enfermagem) - Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, Universidade de
São Paulo, Ribeirão Preto, 2015. Disponível em:
<http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22134/tde-02022016-104809/>.

DADOS DA VERSÃO
ELABORAÇÃO / ATUALIZAÇÃO - 1 APROVAÇÃO
Anazilda Carvalho da Silva Leila Aparecida de Castro Pereira
Enfermeira. COREN-SP: 46149 Enfermeira Responsável Técnica
SAMU Regional Ribeirão Preto
COREN-SP: 34516

APROVAÇÃO - 1
Karina Domingues de Freitas
Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 0126266

457
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Reanimação carfiorrespiratória (RCP) em Suporte Básico de Vida (SBV)
com uso do Desfibrilador Externo Automático (DEA)

ANEXO

ALGORITMO DO ATENDIMENTO À PCR POR PROFISSIONAIS DE SAÚDE

Aproxime-se da vítima após avaliação da cena e


segurança do local

Avalie a responsividade da vítima

Vítima responsiva?

Não Sim

Avalie a respiração Apresente-se e pergunte se ela precisa


de ajuda

Respiração normal Sem respiração ou respiração anormal (gasping)

Colocar em posição de recuperação e solicitar Solicite um DEA/Desfibrilador e apoio do SAV.


o Suporte Avançado de Vida (SAV) Verifique o pulso da vítima em menos de 10
seg.

Se a vítima parar de respirar


Verifique o pulso
Ausente Presente

Inicie ciclos de 30 compressões torácicas, Abra via aérea e aplique 1


abra as vias aéreas e aplique 2 ventilações ventilação a cada 6 seg.

Reavalie o pulso a cada


se pulso ausente 2 minutos

Assim que o DEA chegar, ligue-o e siga as instruções

Ritmo chocável?
sim Não

Após todos se afastarem da vítima, pressione o botão e Reinicie a RCP por 2 min.
aplique o choque. Reinicie a RCP por 2 min.

Continue até que uma Unidade de Suporte Avançado chegue ou que a


vítima retorne à consciência. A cada 2 minutos o DEA irá analisar o ritmo,
cheque o pulso e aproveite este momento de pausa para revezar as
compressões com outro socorrista.

Fonte: Silva (2015)

458
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Reprocessamento de espaçadores de inalação

Reprocessamento de espaçadores de inalação

1 OBJETIVO
Proceder a limpeza e desinfecção dos espaçadores de inalação

2 CAMPO DE APLICAÇÃO
Seção de preparo e esterilização das Unidades e Serviços de Saúde da Secretaria
Municipal de Saúde de Ribeirão Preto.

3 MATERIAL
3.1 Equipamentos de Proteção Individual (EPI´s): gorro, óculos de proteção, máscara
cirúrgica, avental impermeável, luvas de borracha e calçado fechado
3.2 Caixa ou balde plástico rígido com tampa e com capacidade relativa ao volume de
materiais do serviço a ser desempenhado (10 L, 20 L ou volume superior),
previamente limpa
3.3 Água tratada ou deionizada ou osmose reversa
3.4 Detergente hospitalar
3.5 Esponja de limpeza
3.6 Panos limpos e secos
3.7 Solução de SURFIC 1% ou produto padronizado pela CCI-SMS

4 PROCEDIMENTO
4.1 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das
mãos ou higienização simples das mãos;
4.2 Reunir o material necessário em pia apropriada na área específica destinada a
lavagem de material (CME);
4.3 Paramentar-se;
4.4 Desmontar os espaçadores conforme orientação do fabricante;
4.5 Realizar limpeza mecânica adequada e retirada de toda matéria orgânica conforme
procedimento operacional;
4.6 Enxaguar abundantemente por dentro e por fora em água corrente;
4.7 Colocar para escorrer sobre o pano limpo e seco, em ar ambiente, sem usar tecido
ou papel até secarem completamente;
4.8 Imergir em produto padronizado pela CCI-SMS;

459
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Reprocessamento de espaçadores de inalação

4.9 Retirar o material da solução, enxaguar abundantemente em água corrente e deixar


escorrer sobre pano limpo e seco, em ar ambiente, sem usar tecido ou papel na
aerocâmara metálica ou plástica;
4.10 Remontar o conjunto e acondicioná-lo individualmente em saquinhos plásticos;
4.11 Armazenar os conjuntos em recipiente seco com tampa;
4.12 Identificar a embalagem com nome do responsável, data e hora do término da
desinfecção,
4.13 Retirar as luvas e higienizar as mãos conforme Procedimento Operacional de fricção
antisséptica das mãos ou higienização simples das mãos;

5 OBSERVAÇÃO
Em espaçadores de material metálico não é necessário instilar a medicação em seu interior
para acondicionamento, já nos espaçadores plásticos é necessário seguir a orientação do
fabricante.

6 RESPONSABILIDADE
 Auxiliar de enfermagem
 Técnico em Enfermagem
 Enfermeiro

7 REGISTRO
Ver item 4.12.

REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO PAULISTA DE ESTUDOS E CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR.
Limpeza, desinfecção e esterilização de artigos em serviços de saúde. São Paulo:
APECIH, 2010.

BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Manual de limpeza e desinfecção da


ANVISA. Brasília, DF: Anvisa, 2010.

RIBEIRÃO PRETO (Cidade). Secretaria Municipal da Saúde. Manual de limpeza,


desinfecção e esterilização em unidades de saúde. Ribeirão Preto: SMS, 2006.

SOCIEDADE BRASILEIRA DE ENFERMEIROS DE CENTRO CIRÚRGICO. Recuperação


anestésica e centro de material e esterilização. Práticas recomendadas. 6. ed. São Paulo:
SOBECC, 2013.

WIDMER, A. F.; FREI, R. Antimicrobial activity of glucoprotamin: a clinical study of new


disinfectant for instruments. Infection Control and Hospital Epidemiology, Cambridge, v.
24, n. 10, p. 762-764, 2003.

460
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Reprocessamento de espaçadores de inalação

DADOS DA VERSÃO
ELABORAÇÃO / ATUALIZAÇÃO - 1 APROVAÇÃO / APROVAÇÃO - 1
Cátia Helena Damando Salomão Karina Domingues de Freitas
Enfermeira. Presidente da CCI-SMS Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 144846 COREN-SP: 0126266

461
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Retirada de capacete

Retirada de capacete

1 OBJETIVO
Remover corretamente o capacete, visando diminuir o risco de lesão adicional, permitir a
avaliação imediata das vias aéreas e da ventilação do usuário, e realizar a imobilização da
coluna se indicado.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO
Unidades de Suporte Básico de Vida (USB), Unidades de Suporte Avançado (USA) do
Serviço de Assistência Móvel de Urgência – SAMU REGIONAL DE RIBEIRÃO PRETO.

3 MATERIAL
Não há necessidade de material ou equipamento especifico para a realização da técnica,
apenas os equipamentos de proteção individual.

4 PROCEDIMENTO
4.1 Para a realização correta do procedimento faz se necessário à presença de dois
profissionais.
4.2 O primeiro profissional posiciona-se atrás e acima da cabeça do usuário, fletindo os
membros inferiores, ajoelhando-se e orientando os usuários conscientes sobre a
técnica e sua finalidade;
4.3 Numa posição o mais estável possível, este profissional, segura com as palmas das
mãos as laterais do capacete, fixando as pontas dos dedos no rebordo do capacete,
estabilizando-o concomitantemente com a cabeça e o pescoço, mantendo numa
posição a mais alinhada e neutra possível;
4.4 O segundo profissional ajoelha-se ao lado do usuário, em nível do tórax e abre a
viseira (se esta existir e estiver fechada), ou ainda dependendo do tipo de capacete
remove a proteção do rosto, inspecionando a face a procura de situações que
requeiram atuação imediata (obstrução da via aérea) e em seguida desaperta ou
corta, se necessário, a fita do queixo ou cinta jugular do capacete;
4.5 Após se certificar do tipo de capacete e de todas as manobras que vai efetuar para
retirá-lo, o profissional deve colocar uma das mãos de forma que fixe a mandíbula do
usuário entre o polegar e os dois primeiros dedos na altura do ângulo da mandíbula,
e a outra mão posicionada por baixo do pescoço do usuário no occipício do crânio
para assumir o controle da estabilização manual, segurando a cabeça do usuário;

462
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Retirada de capacete

Fonte: http://pt.scribd.com/doc/54146077/11/REMOCAO-DO-CAPACETE

4.6 Depois de completada esta manobra e ter garantido uma posição estável, o segundo
profissional informa o primeiro profissional que pode começar a retirada do capacete;
4.7 Após essa certificação o primeiro profissional exerce uma pressão para fora, nas
laterais do capacete, na tentativa de promover seu alargamento, afastando-o da
cabeça do usuário, e de maneira lenta e controlada inicia a retirada do capacete,
movimentando-o para cima e para baixo em movimentos de balanço tracionando-o
para fora da cabeça, para descalçar o capacete. O profissional deve ter o cuidado
para liberar o nariz e a atenção para não levantar involuntariamente a cabeça do
usuário
4.8 Durante o procedimento e após a remoção do capacete, o segundo profissional deve
estar preparado para suportar o peso da cabeça do usuário, mantendo-a imóvel na
posição inicial e realizar o alinhamento cervical, se indicado, para posteriormente
colocar os coxins atrás da cabeça, mantendo-a em posição neutra alinhada, se
disponível. A estabilização manual é mantida até a colocação do colar cervical;
4.9 Para a colocação do colar cervical o primeiro profissional que acabou de retirar o
capacete coloca-o de lado e assume a estabilização manual da cabeça, colocando
as mãos abertas de cada um dos lados da face do usuário, de tal forma que os seus
dedos polegares fiquem posicionados sobre os ossos que formam as maças do rosto
e os outros dedos sobre a região occipital garantindo o alinhamento neutro e estável
da coluna cervical;
4.10 Após essa manobra, o segundo profissional que estava segurando a cabeça,
realizará a colocação do colar cervical.

463
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Retirada de capacete

Fonte: PHTLS (2014)

5 OBSERVAÇÔES
Lembre-se que pode haver cabelos no capacete, se isso ocorrer, o profissional que está
estabilizando a cabeça pode juntá-lo na região occipital, facilitando assim a realização do
procedimento.

6 RESPONSABILIDADES
 Condutor
 Auxiliar de Enfermagem
 Técnico de Enfermagem
 Enfermeiro
 Médico intervencionista

7 REGISTRO
Registrar a assistência prestada em ficha de atendimento do usuário com assinatura e
carimbo constando o nome e registro de classe do profissional que realizou a técnica.

REFERÊNCIA
PHTLS atendimento pré-hospitalar ao traumatizado: básico e avançado. 8. ed. Rio de
Janeiro: Elsevier, 2014.

DADOS DA VERSÃO
ELABORAÇÃO APROVAÇÃO
Rosana Joaquim Fernandes Rosana Joaquim Fernandes
Enfermeira. COREN-SP: 42639 Enfermeira. COREN-SP: 42639
ATUALIZAÇÃO - 1 APROVAÇÃO - 1
Cláudia Carvalho Moreira Pinotti Karina Domingues de Freitas
Enfermeira. COREN-SP: 268146 Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 0126266

464
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Retirada de pontos

Retirada de pontos

1 OBJETIVO
Retirar os pontos minimizando os riscos de infecção, proporcionando um melhor processo
de cicatrização da ferida.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO
Unidades Básicas de Saúde (UBS), Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento (UPA),
Unidades de Saúde da Família (USF), (Unidade Básica Distrital de Saúde (UBDS), Serviço
de Atenção Domiciliar (SAD).

3 MATERIAIS
3.1 Tesoura Íris
3.2 Gazes (estéril)
3.3 Pinça Kelly ou anatômica ou dente de rato ou Kocker (pacote de retirada de pontos)
3.4 Luvas de Procedimento
3.5 Solução Fisiológica 0,9%

4 PROCEDIMENTO
4.1 Orientar o usuário sobre o procedimento;
4.2 Higieniza as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das
mãos ou higienização simples das mãos;
4.3 Preparar o material
4.4 Calçar as luvas de procedimento;
4.5 Abrir pacote de retirada de pontos e pacote de gases usando técnica asséptica;
4.6 Expor a área
4.7 Realizar antissepsia do local de retirada dos pontos com gaze e SF0,9%,
promovendo a limpeza do local, a partir da área menos contaminada;
4.8 Se a ferida estiver limpa, deverá ser iniciada a limpeza no sentido de dentro para
fora;
4.9 Segurar com a mão dominante o ponto cirúrgico;
4.10 Cortando-o com a mão não dominante;
4.11 Tracionar o ponto pelo nó com auxilio da pinça e cortá-lo com a tesoura em um dos
lados próximo à pele;
4.12 Colocar os pontos, já cortados, sobre uma gaze e desprezá-los em saco de lixo
branco;

465
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Retirada de pontos

4.13 Desprezar o material utilizado em local apropriado;


4.14 Retirar EPI e higienizar as mãos
4.15 Registrar o procedimento no prontuário do usuário no sistema Hygia.

5 OBSERVAÇÃO
Antes de realizar a retirada dos pontos, verificar a data da realização da sutura e checar
com o usuário a prescrição médica do procedimento.
Nos casos em que houver sinais flogísticos, comunicar o enfermeiro e ou médico da
Unidade para avaliação.
Realizar curativo oclusivo se presença de sangramento ou secreções.

6 RESPONSABILIDADE
 Auxiliar de enfermagem
 Técnico de enfermagem
 Enfermeiro
 Médico

7 REGISTRO
Registrar o procedimento realizado em prontuário colocando data e horário, assinatura e
carimbo do profissional, anotando as características, local, aspecto da lesão, material
utilizado, orientações ao usuário, intercorrências se houver e providencias adotadas.
Lançar o procedimento no sistema Hygia.

REFERÊNCIAS
CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução COFEN nº 0514/2016, de 5 de
maio de 2016. Guia de Recomendações para os registros de enfermagem no prontuário
do usuário, com a finalidade de nortear os profissionais de enfermagem. Disponível em:
<http://www.cofen.gov.br/resolucao-cofen-no-05142016_41295.html>. Acesso em: 15 mai
2019.

SÃO PAULO (Cidade). Secretaria Municipal da Saúde. Manual técnico: normatização das
rotinas e procedimentos de enfermagem nas unidades básicas de saúde. 2. ed. São Paulo:
SMS, 2012. (Série Enfermagem).

DADOS DA VERSÃO
ELABORAÇÃO APROVAÇÃO
Cleuza Cunes Mestrinel Karina Domingues de Freitas
Enfermeira. COREN-SP: 0129987 Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 0126266

466
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Rolamento em bloco e instalação da prancha longa

Rolamento em bloco e instalação da prancha longa

1 OBJETIVO
Rolar o usuário em bloco com estabilização da coluna cervical, para colocá-lo em prancha
longa para facilitar o transporte, ou virar uma vítima com suspeita de trauma
vertebromedular para examinar o seu dorso.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO
Unidades de Suporte Básico de Vida (USB), Unidades de Suporte Avançado (USA) do
Serviço de Atendimento Móvel de Urgência – SAMU REGIONAL DE RIBEIRÃO PRETO,
Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),
Unidades de pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família (USF), Serviço de
Atenção Domiciliar (SAD).

3 MATERIAL
3.1 Equipamento de Proteção Individual (luvas de procedimento, máscara facial, óculos
de proteção);
3.2 Colar cervical
3.3 Imobilizador lateral de cabeça
3.4 Prancha longa montada com três cintos.

4 PROCEDIMENTO

4.1 ROLAMENTO EM BLOCO 90O (USUÁRIO EM POSIÇÃO SUPINA - DECÚBITO


DORSAL HORIZONTAL)

4.1.1 Utilizar os equipamentos de proteção individual;


4.1.2 Identificar-se e explicar o procedimento ao usuário à medida do possível;
4.1.3 Profissional 1: posicionar-se atrás da cabeça do usuário, com os joelhos e
cotovelos apoiados para melhor estabilidade e realizar o alinhamento e
estabilização manual da cabeça;
4.1.4 Profissional 2: mensurar e colocar o colar cervical no usuário (figura 1)

467
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Rolamento em bloco e instalação da prancha longa

Figura 1

Fonte: PHTLS (2016)

4.1.5 Enquanto o profissional 1 mantém a cabeça do usuário em posição neutra


alinhada, os profissionais 2 e 3 deverão se posicionar à altura do tórax e à
altura dos joelhos respectivamente;
4.1.6 Avaliar os braços do usuário e alinhar junto ao corpo com as palmas das mãos
voltadas para o tronco, alinhar as pernas em posição neutra;
4.1.7 Posicionar a prancha do lado oposto ao rolamento, junto ao usuário com a
borda superior pouco acima da cabeça;
4.1.8 Profissional 2: posicionar uma das mãos em concha na cintura escapular
contralateral e a outra na cintura pélvica contralateral. Profissional 3:
posicionar uma das mãos em concha na cintura pélvica contralateral e a outra
próximo ao joelho contralateral (figura 2);

Figura 2

Fonte: PHTLS (2016)

4.1.9 Profissional 1: confirmar o posicionamento dos demais e efetuar a contagem


para início do rolamento do usuário em bloco à 90º;
4.1.10 Profissional 2: avaliar a região dorsal em busca de possíveis lesões antes
que a prancha seja posicionada;

468
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Rolamento em bloco e instalação da prancha longa

4.1.11 Profissional 3: posicionar a prancha ao longo do dorso do usuário (figura 3);

Figura 3

Fonte: PHTLS (2016)

4.1.12 Após o posicionamento correto da prancha, profissional 1: efetuar


novamente a contagem para posicionar o usuário de volta à posição de
decúbito dorsal (DDH);
4.1.13 Com o usuário em DDH sobre a prancha e mantida a estabilização manual da
coluna, os profissionais 2 e 3 devem segurar firmemente o usuário
respectivamente pela cintura escapular e pélvica para movimentar o usuário
para cima e lateralmente para posicioná-lo adequadamente sobre a prancha,
com movimentos de deslizamento, com objetivo de centralizar o mesmo na
prancha (figuras 4 A e B);
4.1.14 Instalar o imobilizador lateral de cabeça conforme o procedimento
operacional;
4.1.15 Posicionar os cintos de segurança para a correta fixação do usuário à
prancha.

Figura 4 A Figura 4 B

Fonte: PHTLS (2016)

469
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Rolamento em bloco e instalação da prancha longa

4.2 ROLAMENTO EM BLOCO 180O (USUÁRIO EM POSIÇÃO SEMIPRONA OU


DEITADO DE BARRIGA PRA BAIXO)
4.2.1 Utilizar os equipamentos de proteção individual;
4.2.2 Identificar-se e explicar o procedimento ao usuário à medida do possível;
4.2.3 Profissional 1: posicionar-se atrás da cabeça do usuário, com os joelhos e
cotovelos apoiados para melhor estabilidade e realizar o alinhamento e
estabilização manual da cabeça, prevendo a posição final da cabeça após a
rotação completa;
4.2.4 Enquanto o profissional 1 mantém a cabeça do usuário em posição neutra
alinhada, os profissionais 2 e 3 deverão se posicionar à altura do tórax e à
altura dos joelhos respectivamente;
4.2.5 Avaliar os braços do usuário e alinhar junto ao corpo com as palmas das mãos
voltadas para o tronco, alinhar as pernas em posição neutra, considerando a
rotação completa;
4.2.6 Avaliar a região dorsal em busca de possíveis lesões antes que a prancha
seja posicionada;
4.2.7 Profissional 2: posicionar uma das mãos em concha na cintura escapular
contralateral e a outra na cintura pélvica contralateral, ao mesmo tempo em
que segura o punho do usuário. Profissional 3: posicionar uma das mãos em
concha na cintura pélvica contralateral e a outra próximo ao joelho
contralateral (figura 5);
4.2.8 Profissional 3: posicionar a prancha do mesmo lado do rolamento, entre sua
posição e a do usuário (figura 6);

Figura 5 Figura 6

Fonte: PHTLS (2016)

470
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Rolamento em bloco e instalação da prancha longa

4.2.9 Realizar o rolamento em 2 tempos:


4.2.9.1 1º tempo: com a prancha posicionada, o profissional 1 irá
confirmar o posicionamento dos demais e efetuar a contagem para
o rolamento do usuário em bloco à 90º. Nesse rolamento, a cabeça
do usuário sofre uma rotação discretamente menor e mais lenta que
o tronco até que à 90º cabeça e tronco estejam alinhados (figura 7);

Figura 7

Fonte: PHTLS (2016)

4.2.9.2 2º tempo: com o usuário posicionado à 90º e sem atraso, o


profissional 1 irá confirmar o posicionamento dos demais e efetuar
a contagem para complementar o rolamento do usuário em bloco à
180º;
4.2.10 Com o usuário em DDH sobre a prancha e mantida a estabilização manual da
coluna, os profissionais 2 e 3 devem segurar firmemente o usuário
respectivamente pela cintura escapular e pélvica para movimentar o usuário
para cima e lateralmente para posicioná-lo adequadamente sobre a prancha,
com movimentos de deslizamento, com objetivo de centralizar o mesmo na
prancha (figura 8);
Figura 8

Fonte: PHTLS (2016)

471
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Rolamento em bloco e instalação da prancha longa

4.2.11 Profissional 2: mensurar e colocar o colar cervical no usuário;


4.2.12 Instalar o imobilizador lateral de cabeça conforme o procedimento
operacional;
4.2.13 Posicionar os cintos de segurança para a correta fixação do usuário à
prancha.

5 RESPONSÁVEIS
 Condutor dentro de suas atribuições
 Auxiliar de Enfermagem
 Técnico de Enfermagem
 Enfermeiro
 Médico Intervencionista

REFERÊNCIA
PHTLS atendimento pré-hospitalar ao traumatizado: básico e avançado. 8. ed. Rio de
Janeiro: Elsevier, 2016.

DADOS DA VERSÃO
ELABORAÇÃO APROVAÇÃO
Rosana Joaquim Fernandes Rosana Joaquim Fernandes
Enfermeira. COREN-SP: 42639 Enfermeira. COREN-SP: 42639

ATUALIZAÇÃO - 1 APROVAÇÃO - 1
Anazilda Carvalho da Silva Karina Domingues de Freitas
Enfermeira. COREN-SP: 46149 Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 0126266

472
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Sondagem nasoenteral

Sondagem nasoenteral

1 OBJETIVO
Realizar inserção de sonda enteral com fio guia por via nasal para alimentação, hidratação
e administração de medicamentos.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO
Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),
Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família
(USF), Serviço de Atenção Domiciliar (SAD), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência
(SAMU).

3 MATERIAL
3.1 Bandeja
3.2 Luvas de procedimento
3.3 Sonda para nutrição enteral com fio guia (mandril) de poliuretano ou silicone
3.4 Gazes
3.5 Seringa 20 mL para adultos e para RN e crianças seringas de 3mL e 5 mL
3.6 Solução fisiológica 0,9%
3.7 Fita adesiva hipoalergênica ou esparadrapo
3.8 Cordonê
3.9 Estetoscópio
3.10 Abaixador de língua
3.11 Lenço de papel
3.12 Lanterna
3.13 Fita métrica
3.14 Copo plástico
3.15 Biombo se necessário
3.16 Equipamentos de Proteção Individual.

4 PROCEDIMENTO
4.1 Verificar a prescrição médica para a inserção da sonda nasoenteral;
4.2 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das
mãos ou higienização simples das mãos;
4.3 Reunir o material e colocá-lo próximo ao usuário;

473
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Sondagem nasoenteral

4.4 Observar estado geral do usuário (capacidade de cooperar com procedimento, nível
de consciência e sinais vitais);
4.5 Conferir o nome completo do usuário, data de nascimento, número do prontuário;
4.6 Explicar o procedimento ao usuário e/ou acompanhante;
4.7 Fechar a porta ou colocar biombo para garantir a privacidade do usuário;
4.8 Posicionar o usuário em decúbito dorsal em posição Fowler alta;
4.9 Pedir ao usuário que assoe as narinas, se possível ou realizar limpeza das mesmas;
4.10 Pedir ao usuário que respire por uma narina enquanto ocluir a outra; verifique o fluxo
de ar e selecione a narina mais pérvia;
4.11 Medir a extensão da sonda, colocando sua extremidade distal na ponta do nariz,
estendendo ao lóbulo da orelha e deste até o apêndice xifoide. Em crianças menores
de 1 ano de idade, a medição deve se estender até o espaço médio entre a cicatriz
umbilical e o apêndice xifóide;
4.12 Para a introdução na porção superior do intestino delgado, adicione 20 a 30 cm de
comprimento. Marcar este ponto com esparadrapo;
4.13 Marcar o local da medida envolvendo a sonda com esparadrapo ou fita adesiva
hipoalergênica;
4.14 Calçar luvas de procedimento;
4.15 Lubrificar a ponta da sonda com solução fisiológica 0,9%, utilizando as gazes, se
necessário;
4.16 Introduzir a sonda pela narina selecionada até a demarcação da medida, solicitando
que usuário degluta quando possível;
4.17 Com a lanterna e o abaixador de língua verificar a presença da sonda na orofaringe;
4.18 Checar o posicionamento:
Se posicionamento gástrico:
 Com a seringa injetar aproximadamente 10ml de ar na sonda e efetuar a ausculta
com o estetoscópio na região epigástrica;
 Utilizando a seringa, aspirar material pela sonda para obter o conteúdo gástrico
e colocá-lo no copo plástico;

Se posicionamento entérico:
 Orientar o paciente a andar ou colocá-lo deitado sobre o lado direito do corpo
durante pelo menos uma hora, se possível. Esse período permite que a sonda
se mova através do piloro, pela ação da gravidade.
4.19 Se os testes indicarem posicionamento correto da sonda, retirar o fio guia usando
tração suave e guardá-lo enquanto a sonda estiver no paciente;

474
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Sondagem nasoenteral

4.20 Fixar a sonda: prenda a sonda junto ao nariz utilizando o dispositivo de fixação
específico ou colocando um pedaço de esparadrapo sobre a fronte e outro sobre o
dorso nasal do cliente fixando-a com auxílio do cordonê;
4.21 Realizar a medida externa do comprimento da sonda desde o nariz até sua
extremidade,
4.22 Recolher o material;
4.23 Recompor o ambiente;
4.24 Retirar as luvas;
4.25 Colocar o cliente em posição confortável;
4.26 Encaminhar à UBDS com guia de referência para confirmar o posicionamento da
sonda (Raio X).
4.27 Higienizar as mãos.

5 OBSERVAÇÃO
Se o usuário apresentar sinais de angústia respiratória (tosse, dificuldade respiratória,
cianose, agitação), retirar a sonda imediatamente e reintroduzi-la posteriormente.
Evitar a inserção nas narinas em RNs e lactentes com menos de 4 meses.
Diante da necessidade de um novo procedimento ou repasse da sonda em um mesmo
usuário, considerar o rodízio das narinas, quando possível.
Reforçar as orientações sobre os cuidados para manutenção adequada e segura das
sondas para usuários do dispositivo no domicílio.

6 RESPONSABILIDADE
A responsabilidade da técnica de sondagem nasoenteral é do Enfermeiro;
A prescrição do uso de sonda nasoenteral e do Raio X é feita pelo médico;
O auxiliar de enfermagem e o técnico de enfermagem devem auxiliar o enfermeiro no
preparo do material e durante a realização do procedimento, posicionando o usuário e
fornecendo o material.

7 REGISTRO
Registrar o procedimento realizado, número da sonda, por qual narina a sonda foi
introduzida, os testes de posicionamento da sonda, medida externa do comprimento da
sonda desde o nariz até sua extremidade; se ocorreram intercorrências durante o
procedimento, realização do Raio-X, data e horário do procedimento, carimbo e assinatura
de quem realizou a técnica em prontuário e lançar procedimento no sistema hygia.

475
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Sondagem nasoenteral

REFERÊNCIA
CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SÃO PAULO (COREN - SP). Parecer
COREN - SP CAT nº. 005/2018. Assunto: Passagem de sonda nasogástrica/orogástrica.

POTTER, P.A.; PERRY, A.G.; STOCKERT, P.A.; HALL, M.A. Fundamentos de


Enfermagem. Rio de Janeiro: Elsevier, 8ª ed., 2018.

TAYLOR, C.R. et al. Fundamentos de Enfermagem: a arte e a ciência do cuidado de


enfermagem. 7 ed. Porto Alegre: Artmed, 2014.

DADOS DA VERSÃO
ELABORAÇÃO APROVAÇÃO
Mayra Fernanda de Oliveira Jane Aparecida Cristina
Enfermeira. COREN-SP: 011255 Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 44071

ATUALIZAÇÃO - 1 APROVAÇÃO - 1
Maria Verônica Ferrareze Ferreira Karina Domingues de Freitas
Enfermeira. COREN-SP 0100791. Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 0126266
Patrícia Abrahão Curvo
Enfermeira. COREN-SP 0115657.

Valdirene Marta Salgueiro Santana


Enfermeira. COREN-SP: 68785

476
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Sondagem nasogástrica

Sondagem nasogástrica

1 OBJETIVO
Realizar inserção de sonda gástrica sem mandril (PVC ou silicone ou poliuretano) por via
nasal ou oral para drenagem e lavagem gástrica.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO
Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),
Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família
(USF), Serviço de Atenção Domiciliar (SAD), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência
(SAMU).

3 MATERIAL
3.1 Bandeja
3.2 Luvas de procedimento
3.3 Sonda gástrica
3.4 Gazes
3.5 Seringa 20 mL
3.6 Solução fisiológica 0,9%
3.7 Fita adesiva hipoalergênica ou esparadrapo
3.8 Cordonê
3.9 Estetoscópio
3.10 Abaixador de língua
3.11 Lenço de papel
3.12 Lanterna
3.13 Fita métrica
3.14 Copo plástico
3.15 Biombo se necessário
3.16 Equipamentos de Proteção Individual
3.17 Frasco para drenagem

4 PROCEDIMENTO
4.1 Verificar a prescrição médica para inserção da sonda nasogástrica;
4.2 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das
mãos ou higienização simples das mãos;
4.3 Reunir o material e colocá-lo próximo ao usuário;

477
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Sondagem nasogástrica

4.4 Observar estado geral do usuário (capacidade de cooperar com o procedimento,


nível de consciência e sinais vitais);
4.5 Conferir o nome completo do usuário, data de nascimento, número do prontuário;
4.6 Explicar o procedimento ao usuário e/ou acompanhante;
4.7 Fechar a porta ou colocar biombo para garantir a privacidade do usuário;
4.8 Posicionar o usuário em decúbito dorsal em posição Fowler alta;
4.9 Pedir ao usuário que assoe as narinas, se possível ou realizar limpeza das mesmas;
4.10 Pedir ao usuário que respire por uma narina enquanto ocluir a outra; verificar o fluxo
de ar e selecionar a narina mais pérvia;
4.11 Medir a extensão da sonda, colocando sua extremidade distal na ponta do nariz,
estendendo ao lóbulo da orelha e deste até o apêndice xifoide;
4.12 Marcar o local da medida envolvendo a sonda com esparadrapo ou fita adesiva
hipoalergênica;
4.13 Calçar luvas de procedimento;
4.14 Lubrificar a ponta da sonda com a solução fisiológica 0,9%, utilizando as gazes, se
necessário;
4.15 Introduzir a sonda na narina selecionada até chegar à demarcação da medida,
solicitando ao usuário que degluta quando possível;
4.16 Com a lanterna e o abaixador de língua verificar a presença da sonda na orofaringe;
• Com a seringa injetar aproximadamente 10ml de ar na sonda e efetuar a ausculta
com o estetoscópio na região epigástrica;
• Utilizando a seringa, aspirar material pela sonda para obter o conteúdo gástrico e
colocá-lo no copo plástico;
• Se os testes indicarem posicionamento correto da sonda, prenda a sonda junto ao
nariz utilizando o dispositivo de fixação específico ou colocando um pedaço de
esparadrapo sobre a fronte e outro sobre o dorso nasal do cliente fixando-a com
auxílio do cordonê;
4.17 Em caso de prescrição de drenagem de conteúdo gástrico, conectar a ponta da
sonda direto no frasco coletor ou conectar a ponta da sonda em um equipo e este ao
frasco coletor.
4.18 Realizar a medida externa do comprimento da sonda desde o nariz até sua
extremidade,
4.19 Recolher o material;
4.20 Recompor o ambiente;
4.21 Retirar as luvas;
4.22 Colocar o cliente em posição confortável;

478
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Sondagem nasogástrica

4.23 Higienizar as mãos.

5 OBSERVAÇÃO
Se o usuário apresentar sinais de angústia respiratória (tosse, dificuldade respiratória,
cianose, agitação), retirar a sonda imediatamente e reintroduzi-la posteriormente.

6 RESPONSABILIDADE
 Enfermeiro
 Médico

7 REGISTRO
Registrar o procedimento realizado, por qual narina a sonda foi introduzida, os testes de
posicionamento da sonda, se ocorreram intercorrências durante o procedimento, data e
horário do procedimento, carimbo e assinatura de quem realizou a técnica em prontuário
ou Ficha de atendimento ambulatorial.

REFERÊNCIAS
CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM (COFEN). Resolução COFEN nº. 619/2019.
Normatiza a atuação da Equipe de Enfermagem na Sondagem Oro/nasogástrica e
Nasoentérica.

POTTER, P.A.; PERRY, A.G.; STOCKERT, P.A.; HALL, M.A. Fundamentos de


Enfermagem. Rio de Janeiro: Elsevier, 8ª ed., 2018.

TAYLOR, C.R. Fundamentos de Enfermagem: a arte e a ciência do cuidado de


enfermagem. 7 ed. Porto Alegre: Artmed, 2014.

DADOS DA VERSÃO
ELABORAÇÃO APROVAÇÃO

479
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Sondagem nasogástrica

Mayra Fernanda de Oliveira Jane Aparecida Cristina


Enfermeira. COREN-SP: 011255 Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 44071

ATUALIZAÇÃO - 1 APROVAÇÃO - 1
Maria Verônica Ferrareze Ferreira Karina Domingues de Freitas
Enfermeira. COREN-SP 0100791. Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 0126266
Patrícia Abrahão Curvo
Enfermeira. COREN-SP 0115657.

Valdirene Marta Salgueiro Santana


Enfermeira. COREN-SP: 68785

ATUALIZAÇÃO - 2 APROVAÇÃO - 2
Lauren Suemi Kawata Karina Domingues de Freitas
Enfermeira. COREN-SP: 126659 Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 0126266

480
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Soroterapia

Soroterapia

1 OBJETIVO
Restaurar a volemia das vítimas em situação de choque circulatório, administrar
medicamentos e promover o equilíbrio hidroeletrolítico.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO:
Unidades de Suporte Básico de Vida (USB), Unidades de Suporte Avançado (USA) do
Serviço de Assistência Móvel de Urgência – SAMU REGIONAL DE RIBEIRÃO PRETO,
Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),
Unidades de pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família (USF), Serviço de
Atenção Domiciliar (SAD), ambulatórios.

3 MATERIAL
3.1 Rótulo de soro devidamente preenchido;
3.2 Frasco com soro prescrito;
3.3 Ampolas de soluções/ medicamentos a adicionar (se necessário);
3.4 Algodão;
3.5 Álcool;
3.6 Fita adesiva;
3.7 Seringa com agulha (se necessário);
3.8 Equipo de soro (gota /microgota / equipo para bomba).
3.9 Luvas de procedimento
3.10 Prescrições médica

4 PROCEDIMENTO
4.1 Proceder com atenção a escuta/leitura da prescrição médica com o nome do usuário,
tipo e quantidade de liquido intravenoso, aditivos farmacológicos e finalidade da
infusão;
4.2 Transcrever a composição do soro para o rótulo com os seguintes dados: nome do
usuário, hygia, componentes do soro, volume e gotejamento da infusão, hora e data
do início, acrescentando o nome e assinatura de quem realizou o procedimento.
4.3 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das
mãos ou higienização simples das mãos;

481
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Soroterapia

4.4 Preparar o material e seguir procedimento operacional padrão para Orientação geral
para administração de medicamentos e procedimento operacional padrão para
Preparo de medicações a partir de ampolas, soluções e frascos.
4.5 Verificar se o usuário tem alergia ao látex, adesivo ou a algum
medicamento/composto. Na impossibilidade, acompanhar se existe surgimento de
reações alérgicas e interromper o procedimento em caso positivo;
4.6 Proceder à desinfecção com álcool a 70% da ponta do frasco do soro e das ampolas,
quebrando e abrindo as mesmas;
4.7 Aspirar os componentes sem contaminar;
4.8 Abrir a embalagem do equipo, certificar que a pinça rolete esteja fechada [figura 1 -
B], retirar a tampa protetora da ponta de inserção do equipo, não tocando na ponta;
inseri-la na entrada do frasco de soro realizando um movimento de torção;

Figura 1 - A, pinça rolete na posição Figura 1 - B, Inserir ponta do equipo


aberta. B pinça rolete na posição no frasco de soro sem toca-la
fechada.

Fonte: POTTER, P.A; PERRY, A.G. (2013)

4.9 Comprimir a câmara de gotejamento do equipo, permitindo que se encha até a


metade com o líquido de infusão;

482
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Soroterapia

Figura 2 – Apertar câmara de gotejamento para encher o equipo de líquido

Fonte: POTTER, P.A; PERRY, A.G. (2013)

4.10 Retirar o ar da extensão do equipo percutindo, fechar a pinça rolete, proteger a


extremidade do equipo;
Assegurar-se de que o equipo esteja livre de bolhas. Para retirar as bolhas de ar,
percutir o equipo com o dedo onde estão localizadas as bolhas;

Figura 3 – Remoção das bolhas de ar do equipo

Fonte: POTTER, P.A; PERRY, A.G. (2013)

4.11 Injetar os medicamentos/ componentes no frasco de soro prescrito;


4.12 Fixar o rótulo no frasco;
4.13 Datar o equipo com fita adesiva e registrar a hora da instalação/troca do equipo;
4.14 Calçar luvas de procedimento;

483
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Soroterapia

4.15 Verificar a permeabilidade do acesso e se necessário, puncionar/repuncionar


segundo Procedimento Operacional Padrão de Punção Venosa Periférica para
Medicamentos e Soroterapia;
4.16 Retirar a tampa da extremidade distal do equipo e em seguida conectar o equipo ao
acesso venoso;
4.17 Abrir a pinça rolete lentamente;
4.18 Ajustar o gotejamento fazendo a contagem durante 1 minuto, conforme a prescrição
médica utilizando a pinça rolete ou dispositivo eletrônico de infusão (bomba).

5 OBSERVAÇÃO
5.1 Caso não seja prescrito o gotejamento, calcular a velocidade da infusão em mL/h
dividindo o volume total da infusão pelo número de horas: mL/h= volume total da
infusão/horas de infusão.
5.2 Com este resultado, calcular o gotejamento em gotas por minuto, dividindo o volume
em ml que corre em 1 hora por 60 (minutos) - logo o resultado será o volume de soro
que corre em 1 minuto.
5.3 Para calcular o gotejamento em gotas/minuto, calcule o volume em ml em 1 minuto
x 20 (lembrar que 1 ml tem 20 gotas).
5.4 Para calcular o gotejamento em microgotas/minuto, calcule o volume em ml em 1
minuto x 60 (lembrar que 1 ml tem 20 gotas e cada gota= 3 microgotas).
5.5 Instrua o usuário a informar, se:
5.5.1 O curativo não estiver limpo, íntegro e seco;
5.5.2 Presença de ardor, sangramento, edema ou frieza na região da inserção do
cateter.

6 RESPONSABILIDADES
 Auxiliar e Técnico de Enfermagem
 Enfermeiro
 Médico Intervencionista

7 REGISTRO E INDEXAÇÃO
Registrar devidamente a assistência prestada na ficha de atendimento de enfermagem a
data e hora da inserção, local preciso da punção, calibre do cateter, duração da infusão,
velocidade de gotejamento e tipo de curativo. Finalizar com assinatura e carimbo
constando o número do COREN.

484
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Soroterapia

REFERENCIAS
SOUSA, R. M. C. et al. Atuação no trauma: uma abordagem para a enfermagem. São
Paulo: Atheneu, 2009.

POTTER, P.A.; PERRY, A.G.; STOCKERT, P.A.; HALL, M.A. Fundamentos de


Enfermagem. Rio de Janeiro: Elsevier, 8ª ed., 2013.

POTTER, P.A.; PERRY, A.G.; STOCKERT, P.A.; HALL, M.A. Fundamentos de


Enfermagem. Rio de Janeiro: Elsevier, 8ª ed., 2018

DADOS DA VERSÃO
ELABORAÇÃO APROVAÇÃO
Regilene Molina Zacareli Cyrillo Rosana Joaquim Fernandes
Enfermeira. COREN-SP: 51636 Enfermeira RT SAMU. COREN-SP: 42639

ATUALIZAÇÃO - 1 APROVAÇÃO - 1
Lauren Suemi Kawata Karina Domingues de Freitas
Enfermeira. COREN-SP:126659 Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 0126266

485
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Técnica de ordenha manual das mamas

Técnica de ordenha manual das mamas

1 OBJETIVO
− Aliviar o desconforto decorrente de uma mama ingurgitada;
− Estimular a produção de leite materno ou manter a produção láctea quando o bebê não
está mamando;
− Aliviar a região areolar, garantir a flexibilidade do complexo mamilo-areolar para que o
bebê consiga fazer a pega corretamente e mamar (Bebê sente o cheiro e gosto do leite,
facilita a pega);
− Auxiliar no manejo de intercorrências mamárias (Ingurgitamento mamário, bloqueio de
ductos, traumas mamilares e mastite),
− Retirar o leite para ser oferecido posteriormente ao RN ou para doação a um banco de
leite.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO
Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),
Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família
(USF), Serviço de Atenção Domiciliar (SAD).

3 MATERIAL
3.1 Luvas de procedimento
3.2 Bandeja
3.3 Biombo
3.4 Gorro
3.5 Máscara
3.6 Óculos de proteção
3.7 Compressa
3.8 Frasco de vidro com tampa plástica

4 PROCEDIMENTO
4.1 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das
mãos ou higienização simples das mãos;
4.2 Prender o cabelo, vestir gorro, máscara e óculos de proteção;
4.3 Preparar recipiente limpo e fervido e identificar com data e horário o frasco;
4.4 Reunir o material;
4.5 Identificar e acolher a usuário em ambiente privativo;

486
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Técnica de ordenha manual das mamas

4.6 Explicar à usuário sobre o procedimento;


4.7 Se puérpera apresentar dor intensa, encaminhar ao profissional médico para
prescrição de medicamento;
4.8 Orientar a puérpera a ficar em posição confortável e relaxante;
4.9 Orientar a puérpera a pensar no recém-nascido (RN), isso ajuda na ejeção do leite
materno;
4.10 Vestir a luva de procedimento;
4.11 Massagear as mamas com movimentos firmes e circulares da aréola para base da
mama (Figura 1);

Figura 1 – Massagem da mama

Fonte: Rego (2015)

4.12 Posicionar os dedos indicador e polegar nas margens da aréola (Figura 2);

Figura 2 – Posição dos dedos na ordenha manual

Fonte: Imagem do Google

4.13 Comprimir levemente a mama na direção do tórax, pressionando o indicador e


polegar um contra o outro;
4.14 Os movimentos de compressão devem ser firmes e os dedos não devem escorregar
sobre a pele;
4.15 Caso a ordenha tenha a finalidade de extrair leite para o recém-nascido, deve-se
utilizar um vidro esterilizado para coletar este leite (Figura 3). Desprezar os primeiros

487
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Técnica de ordenha manual das mamas

jatos ou gotas e iniciar a coleta no frasco. Em outras situações, pode-se usar uma
compressa para reter o leite com o intuito de não deixar a mãe ou o profissional
molhados;

Figura 3 - Ordenha Manual

Fonte: Brasil (2009)

4.16 Ao finalizar o procedimento, organizar a unidade, higienizar as mãos conforme


procedimento operacional de fricção antisséptica das mãos ou higienização simples
das mãos, e registrar no Hygiaweb e/ou prontuário físico (de acordo com a rotina do
serviço) agendar retornos s/n.

5 OBSERVAÇÔES
Nos casos intercorrências mamárias como: ingurgitamento mamário, traumas mamilares e
mastite é contraindicado o uso de bomba tira leite manual ou elétrica;
Quando a puérpera fizer ordenha para manutenção da produção Láctea (RN internado ou
volta ao trabalho), poderá utilizar bomba desde que não apresente intercorrências
mamárias e saiba manipular o equipamento;
O frasco com o leite retirado deve ser armazenado no congelador ou freezer (quando for
doação); oferecido ao RN ou entregue para mãe levar para casa (acondicionar no gelo
reciclável);
Ensinar a puérpera ou acompanhante (avó, companheiro, etc) como realizar a ordenha
manual no domicílio nos demais horários necessários;
Orientar a puérpera que nas próximas ordenhas deverá utilizar recipiente esterilizado (de
preferência, copo de vidro) e, em seguida, acondicioná-lo em frasco que já está no freezer
ou congelador,
Orientar a puérpera quanto aos procedimentos para armazenamento e conservação do
Leite Materno (conforme material educativo/ folder de apoio do PALMA – Programa de
Aleitamento Materno, disponíveis no almoxarifado) solicitar e entregá-los à mulher.

488
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Técnica de ordenha manual das mamas

6 RESPONSABILIDADE
 Auxiliar de Enfermagem
 Técnico em Enfermagem
 Enfermeiro

7 REGISTRO
Registrar o procedimento realizado, aceitação ou recusa do usuário, data e horário do
procedimento, carimbo e assinatura de quem realizou o exame em prontuário ou ficha de
atendimento ambulatorial.

REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção
Básica. Saúde da criança: nutrição infantil, aleitamento materno e alimentação. Brasília,
DF: Ministério da Saúde, 2009. (Cadernos de Atenção Básica, n. 23).

REGO, J. D. Ordenha de leite: como, quando e por que fazê-la? In: REGO, J. D.
Aleitamento materno. 3. ed. São Paulo: Atheneu, 2015.

DADOS DA VERSÃO
ELABORAÇÃO APROVAÇÃO
Márcia Cristina Guerreiro dos Reis Karina Domingues de Freitas
Enfermeira. COREN-SP: 40867 Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 0126266
Lilian Donizete Pimenta Nogueira
Enfermeira. COREN-SP: 0127595

489
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Terapia de reidratação

Terapia de reidratação

1 OBJETIVO
Realizar a reposição hidroeletrolítica para prevenir a desidratação e/ ou reverter a
desidratação e seus agravos.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO
Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),
Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família
(USF), Serviço de Atenção Domiciliar (SAD).

3 MATERIAL
3.1 Jarra de 1 litro (vidro ou plástico com tampa)
3.2 Água filtrada ou fervida (fria), 1 litro
3.3 Envelope de soro de reidratação oral
3.4 Colher de cabo longo
3.5 Copo descartável/ seringa
3.6 Prescrição médica ou protocolos específicos.

4 PROCEDIMENTO
4.1 Conferir prescrição médica/ protocolo.
4.2 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das
mãos ou higienização simples das mãos;
4.3 Diluir 1 envelope de soro de reidratação oral em 1 litro de água filtrada ou fervida na
jarra;
4.4 Levar o material para a unidade do usuário;
4.5 Explicar o procedimento ao cliente e/ou acompanhante;
4.6 Oferecer solução em intervalos curtos, toda vez que o cliente desejar, após a
evacuação ou de acordo com prescrição médica;
4.7 Recompor a unidade e jogar os resíduos nos recipientes adequados.

5 OBSERVAÇÃO
Se houver vômito oferecer solução mais gradativa, se persistir avisar o médico.

490
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Terapia de reidratação

6 RESPONSABILIDADE
 Auxiliar em Enfermagem
 Técnico em Enfermagem
 Enfermeiro

7 REGISTRO
Registrar o procedimento realizado, volume de SRO que foi ingerido, tempo de duração,
se houve presença de vômitos e/ou outras intercorrências se houver, data e horário do
procedimento, carimbo e assinatura de quem realizou a técnica em prontuário, Ficha de
atendimento ambulatorial e lançar o procedimento no sistema Hygia.

REFERÊNCIAS
CAMPINAS (Cidade). Prefeitura Municipal. Secretaria Municipal de Saúde. Manual de
procedimentos operacionais padrão (POP) de enfermagem. 2. ed. Campinas: SMS,
2016.

POTTER, P. A. et al. Fundamentos de Enfermagem. 9. ed. Rio de Janeiro: Elsevier,


2018.

SÃO PAULO (Cidade). Secretaria Municipal da Saúde. Manual técnico: normatização das
rotinas e procedimentos de enfermagem nas unidades básicas de saúde. 2. ed. São Paulo:
SMS, 2012.

DADOS DA VERSÃO
ELABORAÇÃO APROVAÇÃO
Gabriela Barbosa Pegoraro Karina Domingues de Freitas
Enfermeira. COREN-SP: 353393 Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 0126266
Mariana Ribeiro Brunherotti Pereira
Enfermeira. COREN-SP: 100902

Kelli Cristina Silva de Oliveira


Enfermeira. COREN- SP: 58063

491
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Teste de microhematócrito

Teste de microhematócrito

1 OBJETIVO
É utilizado para auxiliar na triagem e diagnóstico dos casos suspeitos de Dengue;
A palavra hematócrito significa “separar o sangue”, o que justifica o mecanismo do teste
porque o plasma e as células do sangue são separadas por centrifugação. É também parte
do hemograma completo e determina a massa de hemácias (resultado expresso em
porcentagem) contida em volume de sangue total.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO
Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),
Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família
(USF).

3 MATERIAL
3.1 Microcentrífuga
3.2 Bandeja
3.3 Massa de modelar
3.4 Luvas de procedimento
3.5 Agulha 25 x 0,8 mm ou 0,7mm
3.6 Algodão embebido em álcool a 70 %
3.7 Algodão seco
3.8 Microcapilar revestido com anticoagulante
3.9 Régua própria para leitura do teste (cartão do hematócrito)
3.10 Recipiente de material perfurocortante

4 PROCEDIMENTO
4.1 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das
mãos ou higienização simples das mãos;
4.2 Explicar o propósito e procedimento do teste ao usuário;
4.3 Anotar quaisquer medicamentos que o usuário esteja em uso;
4.4 Abrir o invólucro da agulha, mantendo-a com a capa protetora;
4.5 Calçar as luvas de procedimento;
4.6 Realizar a antissepsia da região lateral da polpa digital do segundo, terceiro ou quarto
artelhos com algodão embebido em álcool 70%;
4.7 Retirar o protetor da agulha, sem contaminar a cânula e o bisel da mesma;

492
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Teste de microhematócrito

4.8 Realizar uma punção capilar (punção digital);


4.9 Aproximar o tubo microcapilar diretamente ao local da punção e preencher o seu
conteúdo com pelo menos ¾ de sangue, cuidando para não entrar ar;
4.10 Limpar as paredes do tubo com algodão seco se necessário;
4.11 Vedar a extremidade vazia com a massa de modelar.
4.12 Colocar o microcapilar na microcentrífuga com a extremidade vedada (massa de
modelar) voltada para a borda externa da centrífuga, atentando-se para deixar um
tubo microcapilar sempre ao lado oposto para equilibrar;

Fonte: Manual Procedimentos EERP

4.13 Tampar a centrífuga adequadamente e centrifugar por 5 minutos;


4.14 Proceder à leitura do resultado no cartão do hematócrito da seguinte forma:
4.15 Colocar o tubo microcapilar na régua de leitura com a extremidade vedada junto ao
menisco inferior (hemácias) na linha zero, conforme figura abaixo:

Fonte: Manual Procedimentos EERP

4.16 Deslizar o tubo na extensão da régua até que o menisco superior, ou seja, a
extremidade final do plasma coincida com a linha 100, com cuidado para não retirar
a extremidade inferior do ponto zero;
4.17 Proceder à leitura do valor, identificando na régua (cartão de hematócrito) o ponto de
separação do plasma (capa de leucócitos) e as hemácias sedimentadas.
493
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Teste de microhematócrito

4.18 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das


mãos ou higienização simples das mãos;
4.19 Registrar o procedimento.

5 OBSERVAÇÃO
VALORES DE REFERÊNCIA: Hematócrito aumentado em 10% do valor basal ou, na
ausência deste, de acordo com os valores de referência abaixo:
− crianças: > 38%
− mulheres: > 44%
− homens: > 50%

Alguns fatores podem interferir no resultado e devem ser evitados. Evitar exercício físico
intenso, estresse ou excitação antes do teste. Isso causa números elevados de valor clínico
questionável;
Evitar super-hidratação ou desidratação, se possível. Ambos invalidam os resultados. Se
o usuário estiver recebendo líquidos IV ou terapia, anotar na requisição ou junto ao
resultado.
Para microcapilar seco (sem anticoagulante): preencher seu conteúdo com pelo menos ¾
de sangue, cuidando para não entrar ar. Vedar a extremidade com massa de modelar.
Colocar o microcapilar na centrífuga em até 2 minutos e iniciar a centrifugação
imediatamente.

6 RESPONSABILIDADE
 Auxiliar de enfermagem
 Técnico de enfermagem
 Enfermeiro

7 REGISTRO
Registrar o procedimento realizado bem como o resultado encontrado, aceitação ou recusa
do usuário, data e horário do procedimento, carimbo e assinatura de quem realizou a prova
em prontuário ou ficha de atendimento ambulatorial e no Cartão de Acompanhamento de
Dengue.

REFERÊNCIAS
FISCHBACH, F. Manual de Enfermagem: exames laboratoriais & diagnósticos. 6. ed. Rio
de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002.

494
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Teste de microhematócrito

BRASIL. Ministério da Saúde. Dengue: manual de enfermagem. 2. ed. Brasília, DF: Ministério
da Saúde, 2013.

DADOS DA VERSÃO
ELABORAÇÃO APROVAÇÃO
Elaine Cristina Manini Minto Karina Domingues de Freitas
Farmacêutica. CRF: 15.217 Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 0126266
Maria Verônica Ferrareze Ferreira
Enfermeira. COREN-SP: 0100791

Patrícia Abrahão Curvo


Enfermeira. COREN-SP: 0115657

Susana I. Segura Muñoz


Bióloga.

495
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Teste de SNELLEM

Teste de SNELLEN

1 OBJETIVO
Realizar a técnica da medida da Acuidade visual nos educandos, através da Escala de
sinais de Snellen);
Identificar crianças e jovens matriculados na rede publica de ensino com alterações visuais
como distúrbios de refração que necessitem do uso de óculos e consulta com o
oftalmologista;
Contribuir para a promoção da qualidade de vida identificando problemas visuais que
possam interferir no processo de ensino /aprendizagem, diminuindo assim os riscos para
a evasão escolar.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO
Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),
Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família
(USF), Serviço de Atenção Domiciliar (SAD). Escolas Municipais ou Estaduais de
Educação.

3 FREQUENCIA RECOMENDADA
As crianças devem ser triadas pelo menos uma vez durante o ano no período do ensino
fundamental e no ensino médio.

4 MATERIAIS
4.1 Escala de Sinais de Snellen;
4.2 Um Lápis para apontar os optótipos (símbolos da escala)
4.3 Giz;
4.4 Oclusor;
4.5 Cadeira;
4.6 Metro ou fita métrica;
4.7 Fita Adesiva ou barbante;
4.8 Impresso para anotação dos resultados

5 PREPARO DO LOCAL E REALIZAÇÃO DO TESTE


5.1 O local deve ser calmo, bem iluminado e sem ofuscamento;
5.2 A luz deve vir por trás ou dos lados da pessoa que vai ser submetida ao teste.
5.3 Deve-se evitar que a luz incida diretamente sobre a Escala de Sinais de Snellen;

496
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Teste de SNELLEM

5.4 A Escala de Sinais de Snellen deve ser colocada numa parede a uma distância de
cinco metros da pessoa a ser examinada;
5.5 O profissional responsável pela triagem deve fazer uma marca no piso com giz ou
fita adesiva, colocando a cadeira de exame de forma que as pernas traseiras desta
coincidam com a linha demarcada;
5.6 Em casos de pessoas com deficiência física (cadeirante) o teste poderá ser realizado
na própria cadeira de rodas;
5.7 Deve-se verificar, ainda, se as linhas de optótipos (sinais da escala) correspondentes
a 0,8 a 1,0 estão situadas ao nível dos olhos do examinado;
5.8 Em alguns casos em que o examinado apresente dificuldades de diferenciar qual
optótipos está sendo apontado, sugere-se que o profissional utilize um papel de cor
única para cobrir os optótipos vizinhos;
5.9 O aplicador do Teste deve colocar um estudante de cada vez na sala reservada ao
procedimento;
5.10 A prontidão da resposta ao teste, por parte do examinado, depende da sua
compreensão em relação às instruções recebidas. Por essa razão é conveniente que
haja um adequado preparo coletivo ou individual, como:
5.11 O profissional deve explicar e demonstrar o que vai fazer;
5.12 Deve-se colocar a pessoa próxima à Escala de Sinais de Snellen e pedir-lhe que
indique a direção para onde está voltado cada optotipo;
5.13 O profissional deve ensinar o examinado a cobrir o olho com o oclusor, sem
comprimi-lo, mantendo os dois olhos abertos;
5.14 A pessoa que usar óculos para longe deve mantê-los durante o teste;
5.15 O profissional que aplicara o teste deverá apontar os optótipos com um objeto como
um lápis, caneta, entre outros;
5.16 Para apontar o símbolo a ser visto, o profissional deve colocar o objeto em posição
vertical passando-o em cima e repousando abaixo do símbolo. Mover com segurança
e ritmicamente o objeto de um símbolo para outro;
5.17 A medida da acuidade visual sempre deve ser realizada primeiramente no olho
direito, com o esquerdo devidamente coberto com oclusor;
5.18 O exame deve ser iniciado com os optótipos maiores, continuando a sequência de
leitura até onde a pessoa consiga enxergar sem dificuldade. Utilizar a mesma
conduta para medir a acuidade visual no olho esquerdo;
5.19 O profissional deve mostrar pelo menos dois símbolos de cada linha. Se o educando
tiver alguma dificuldade numa determinada linha, mostrar um número maior de sinais
da mesma linha. Caso a dificuldade continue, voltar à linha anterior;

497
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Teste de SNELLEM

5.20 A acuidade visual registrada será o número decimal ao lado esquerdo da última linha
em que a pessoa consiga enxergar mais da metade dos optótipos. Exemplo: numa
linha com 6 optótipos, o examinado deverá enxergar no mínimo 4;
5.21 Todos os educandos que não atingirem 0,7 devem ser retestados. Valerá o resultado
em que a medida da acuidade visual foi maior;
5.22 Se a pessoa que estiver sendo examinada não conseguir identificar corretamente os
optótipos maiores, ou seja, os optótipos da 1ª linha da escala de Snellen, deverá ser
anotado, Acuidade Visual (AV) como menor que 0, 1;.
5.23 Atenção especial deve ser dada à anotação dos dados. É muito comum a troca da
anotação dos dados do olho direito com o olho esquerdo. Por isso, anotar sempre os
resultados do olho direito, antes de iniciar o teste no olho esquerdo;

6 CRITÉRIOS PARA ENCAMINHAMENTO PRIORITÁRIO


6.1 Acuidade visual (com correção) inferior a 0,1 em qualquer um dos olhos;
6.2 Quadro agudo (olho vermelho, dor, secreção abundante, dentre outros sinais e
sintomas);
6.3 Trauma ocular recente;

7 CRITÉRIOS PARA ENCAMINHAMENTO REGULAR


 Acuidade visual com correção inferior ou igual a 0,7;
 Estrabismo (olho torto);
 Usuário diabético;
 História de glaucoma na família;
 Outros sintomas oculares (coceira (prurido), lacrimejamento ocasional, dor de cabeça,
piscar contínuo dos olhos, testa franzida, olhos semicerrados entre outros.

8 RESPONSABILIDADE
 Auxiliar de Enfermagem
 Agente Comunitário de Saúde
 Enfermeiro

9 REGISTRO
Registro na Ficha de Atendimento Escolar, e na ficha de Atividade coletiva disponível no
ESUS.

498
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Teste de SNELLEM

REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Ministério da Educação. Saúde ocular. Brasília, DF:
Ministério da Saúde, 2016. (Cadernos temáticos do PSE, 8).

DADOS DA VERSÃO
ELABORAÇÃO APROVAÇÃO
Cleuza Cunes Mestrinel Karina Domingues de Freitas
Enfermeira. COREN-SP: 0129987 Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 0126266

499
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Teste de SNELLEM

Teste rápido de gravidez

1 OBJETIVO
Acolher a mulher com uma escuta imparcial, respeitando a sua autonomia, inclusive para
poder lidar com as questões emocionais advindas de um resultado não esperado;
Detectar precocemente a gravidez para início no Pré Natal em tempo oportuno;
Identificar situações oportunas para escolha de método contraceptivo para o uso de
anticoncepção de emergência em caso de relação sexual desprotegida em até cinco
dias, ocorrência da violência sexual, entre outras.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO
Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),
Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família
(USF).

3 MATERIAIS
3.1 Teste rápido de gravidez
3.2 Amostra de urina
3.3 Luvas de procedimento

4 PROCEDIMENTO
4.1 Acolher a mulher
4.2 Orientar a mulher que para a realização do teste ela não deve estar apresentando
sangramento, nem utilizando pomadas ou cremes vaginais.
4.3 Indagar sobre o período de amenorreia, irregularidade menstrual, relação sexual
desprotegida a menos de uma semana da realização do teste;
4.4 Orientar que para detectar a gravidez geralmente deverá ser realizado após 7 dias
de atraso menstrual (seguir orientação do fabricante do teste);
4.5 Encaminhar ao sanitário para coleta da amostra da urina;
4.6 Oferecer o frasco para a coleta da amostra;
4.7 Coletar preferencialmente a primeira urina da manhã, por conter maior concentração
do hormônio Hcg;
4.8 Orientar a cliente a realizar higiene, desprezar o primeiro jato e coletar dois dedos de
urina;
4.9 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das
mãos ou higienização simples das mãos;

500
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Teste de SNELLEM

4.10 Calçar as luvas de procedimento


4.11 Receber a amostra de urina
4.12 Abrir a embalagem do teste, retirar a tira e mergulhar a extremidade da tira indicada
pelas setas na amostra da urina coletada, não permitir que a amostra ultrapasse a
linha indicada;
4.13 Após 3 a 5 segundos retire a fita do recipiente e coloque em uma superfície plana;
4.14 Após 5min. Fazer a leitura do teste. O resultado do teste é invalidado após 5minutos;
4.15 Não interpretar os resultados após 5min, pois baixas concentrações de hCG podem
produzir uma linha fraca após um período de tempo prolongada, gerando confusão
na interpretação do resultado;
4.16 Descartar a tira teste após a interpretação do resultado;
4.17 Para a realização do teste e interpretação do resultado, seguir sempre as instruções
do fabricante, pois podem mudar conforme a marca do teste;
4.18 Após o exame o resultado positivo ou negativo, deverá ser orientado segundo o
protocolo de atendimento da SMS, fluxograma em anexo.

5 OBSERVAÇÕES
Quando realizar o Teste Rápido de Gravidez (TRG)
Entre os diferentes motivos que fazem uma mulher, suspeitar que esteja grávida, o principal
é o atraso menstrual, algumas podem estar no período do climatério, ou na menarca, com
ciclos irregulares e de difícil controle, outras não estão usando métodos contraceptivos, ou
que utilizam de forma incorreta e desconfiam da sua eficácia, outras podem estar tentando
engravidar, e, às vezes, por ansiedade em saber se estão grávidas, desejam fazer o teste.
O tempo de atraso para realização do teste deve observar a indicação do insumo
disponível, sendo em sua maioria igual ou superior a 7 dias.

6 RESPONSABILIDADE
 Enfermeiro
 Médico

7 REGISTRO
Registrar o procedimento realizado colocando data e horário, carimbo do profissional que
realizou o teste em prontuário ou ficha de atendimento ambulatorial.

REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações
Programáticas Estratégicas. Teste rápido de gravidez na atenção básica: guia técnico.
501
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Teste de SNELLEM

Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2014. (Série direitos sexuais e direitos reprodutivos.
Caderno n. 8).

SÃO PAULO (Cidade). Secretaria Municipal da Saúde. Manual técnico: normatização das
rotinas e procedimentos de enfermagem nas unidades básicas de saúde. 2. ed. São Paulo:
SMS, 2012. (Série Enfermagem).

Fluxograma

Fonte: BRASIL (2014)


DADOS DA VERSÃO
ELABORAÇÃO APROVAÇÃO
Cleuza Cunes Mestrinel Karina Domingues de Freitas
Enfermeira. COREN-SP: 0129987 Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 0126266

502
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Transporte de usuários em ventilação mecânica domiciliar

Transporte de usuário em ventilação mecânica domiciliar

1 OBJETIVO
Locomover o usuário em Assistência Domiciliar que faz uso de Ventilação Mecânica para
os diversos serviços de saúde do município, mantendo a continuidade do cuidado ao
usuário, com qualidade de ventilação e oxigenação, evitando complicações durante o
transporte ou como resultado do mesmo.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO
Unidades de Suporte Básico de Vida (USB), Unidades de Suporte Avançado de Vida (USA)
do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência – SAMU REGIONAL RIBEIRÃO PRETO e
Unidades de Transporte (UT).

3 MATERIAL
3.1 Ambulância equipada com inversor de voltagem para alimentação do ventilador;
3.2 Cilindros de oxigênio fixo e portátil;
3.3 BVN- Bolsa- valva-máscara (AmbuR) adulto e infantil;
3.4 Oxímetro de pulso;
3.5 Extensões de PVC;
3.6 Aspirador tipo Venturi ou portátil;
3.7 Frasco coletor de secreções de vias aéreas;
3.8 Sondas para aspiração de diversos calibres;
3.9 Estetoscópio;
3.10 Esfigmomanômetro;
3.11 Equipamento de Proteção Individual (luvas, máscaras, óculos).

4 PROCEDIMENTO
4.1 Utilizar os equipamentos de proteção individual;
4.2 Instalar o oxímetro de pulso no usuário e observar a medida da saturação de O2;
4.3 Avaliar e estabilizar o usuário antes de iniciar o transporte: permeabilidade das vias
aéreas, oxigenação, saturação de oxigênio, realizar aspiração se necessário, atentar
aos cuidados com sondas ou drenos;
4.4 Desconectar o usuário do ventilador e manter sob ventilação com BVM- bolsa-valva-
máscara (AmbúR)
4.5 Acomodar o ventilador na ambulância;
4.6 Ligar o inversor e conectar o plug do aparelho (bivolt);
4.7 Acomodar o usuário na maca e embarcar na ambulância;
503
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Transporte de usuários em ventilação mecânica domiciliar

4.8 Conectar o ventilador, instalando oxigênio suplementar de 2 a 5 L/min, conforme a


necessidade do usuário;
4.9 Verificar os sinais vitais durante o transporte e passar o plantão na chegada ao
destino;

5 OBSERVAÇÃO
Levar no transporte o aparelho (BI LEVEL conhecido como BIPAPR), que será utilizado
durante o transporte e o copo umidificador, que não será usado no transporte, porém
poderá ser útil no destino do usuário.

O aparelho é desprovido de sistemas de baterias, porém o Nobreak só poderá retirado da


residência se houver autorização por parte da empresa fornecedora do aparelho.

6 RESPONSABILIDADE
 Condutor

7 REGISTRO
Registrar o atendimento prestado na ficha de atendimento de enfermagem com assinatura
e carimbo constando nº do Coren de quem prestou a assistência.

REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 2.527, de 27 de outubro de 2011. Redefine a
atenção domiciliar no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Disponível em:
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2011/prt2527_27_10_2011.html >. Acesso
em: 21 jun. 2013.

BRASIL. Ministério da Saúde. Melhor em casa: a segurança do hospital no conforto do


seu lar. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2013. (Caderno de atenção domiciliar, v. 2).
Disponível em:
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/caderno_atencao_domiciliar_melhor_casa.pd
f>. Acesso em: 21 jun. 2013.

DADOS DA VERSÃO
ELABORAÇÃO / ATUALIZAÇÃO - 1 APROVAÇÃO
Anazilda Carvalho da Silva Rosana Joaquim Fernandes
Enfermeira SAMU. COREN-SP: 46149 Enfermeira SAMU COREN-SP: 42637
APROVAÇÃO - 1
Karina Domingues de Freitas
Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 0126266

504
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Troca de cânula de traqueostomia de plástico

Troca de cânula de traqueostomia de plástico (PVC)

1 OBJETIVO
Realizar troca de cânula de traqueostomia de plástico (em PVC) em crianças e adultos.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO
Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),
Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família
(USF), Serviço de Atenção Domiciliar (SAD), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência
(SAMU).

3 MATERIAL
3.1 Bandeja
3.2 Pia para higienização das mãos/ álcool gel
3.3 Conjunto de cânulas de traqueostomia de plástico (em PVC sem cuff / balonete,
conforme prescrição médica) completo no tamanho indicado e de preferência ter em
mãos cânulas com diâmetros abaixo e acima do prescrito;
3.4 Material de curativo estéril (se o procedimento for realizado em Unidades de Saúde)
3.5 Avental descartável
3.6 Gorro
3.7 Máscara cirúrgica
3.8 Luva estéril
3.9 Óculos de proteção
3.10 Luvas de procedimento
3.11 Seringa de bico Luer-Slip
3.12 Gazes estéreis
3.13 Fita de fixação ou cadarço
3.14 Tesoura
3.15 Solução fisiológica a 0,9%
3.16 Reanimador pulmonar
3.17 Cilindro de oxigênio portátil
3.18 Cateter de aspiração nº 10, 12 ou 14;
3.19 Aspirador portátil de vias aéreas
3.20 Estetoscópio
3.21 Saco de lixo.

505
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Troca de cânula de traqueostomia de plástico

4 PROCEDIMENTO
4.1 Explicar o procedimento para o usuário/ cuidador;
4.2 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das
mãos ou higienização simples das mãos;
4.3 Preparar a bandeja com o material;
4.4 Auxiliar no posicionamento do usuário em fowler ou mantendo o tórax em posição
elevada, apoiado por travesseiros com a cabeceira elevada, ou sentado com o
pescoço ligeiramente estendido;
4.5 Realizar o procedimento usando técnica estéril, se realizado em Unidade de Saúde.
Utilizar técnica limpa em domicílio;
4.6 Vestir o avental, colocar a máscara cirúrgica, o gorro e os óculos de proteção;
4.7 Abrir o pacote do material de curativo, de gazes e do conjunto da cânula;
4.8 Abrir o frasco de solução fisiológica a 0,9%;
4.9 Calçar luvas conforme procedimento operacional;
4.10 Se houver um ajudante na equipe, este deve colocar luvas de procedimento para
auxiliar no procedimento;
4.11 Preparar a cânula de traqueostomia seguindo os passos do 4.13 ao 4.15;
4.12 Montar a cânula, caso seja de duas ou três peças;
4.13 Cortar uma das partes da fita em diagonal para fixar a cânula e colocar a fita através
dos orifícios laterais da cânula;
4.14 Lubrificar a cânula com solução fisiológica a 0,9%, se necessário;
4.15 Realizar ausculta pulmonar para identificar a necessidade de aspiração antes do
procedimento;
4.16 Aspirar à cânula de traqueostomia, se necessário;
4.17 Solicitar que o usuário expire profundamente e remova a cânula suja, tendo em
mente a sua curvatura;
4.18 Limpar a pele periestoma com gaze embebida em solução fisiológica 0,9%;
4.19 Avaliar a pele periestoma, se necessário, usar creme barreira/ película protetora;
4.20 Inserir a cânula limpa;
4.21 Imediatamente remova o guia, se houver;
4.22 Girar a cânula interna na posição, se necessário;
4.23 Segurar as pontas da fita com os dedos passando por de trás do pescoço;
4.24 Prender a fita com segurança, ao redor do pescoço;
4.25 Conectar o equipamento de suporte ventilatório, se necessário;
4.26 Realizar proteção do espaço entre a pele, com duas gazes dobradas ao meio e
colocá-las ao redor do estoma, protegendo o pescoço do contato com a cânula;

506
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Troca de cânula de traqueostomia de plástico

4.27 Remover as luvas conforme procedimento operacional;


4.28 Avaliar o padrão respiratório e fazer a ausculta pulmonar;
4.29 Reposicionar o usuário confortavelmente;
4.30 Remover todo o material usado e dispense-o em local específico;
4.31 Registrar o procedimento no prontuário domiciliar e do serviço.

5 OBSERVAÇÕES
Para realização do procedimento no domicílio haverá a necessidade da elaboração do Termo
de Consentimento com a anuência do cuidador/ familiar. Explicar ao usuário ou cuidador/
familiar sobre o Termo de Consentimento. Solicitar ao usuário ou responsável que assine o
Termo de Consentimento para realização do procedimento no domicílio que complementa
as orientações da equipe e os riscos do procedimento.
A troca poderá ser realizada a cada 30 dias ou se a cânula apresentar complicações antes
deste prazo, conforme avaliação médica e indicação do fabricante.
O conjunto de cânulas de traqueostomia de plástico/PVC pode abarcar uma peça ou até três
peças (a depender do tipo de cânula e do fabricante), verificar antes da inserção se há guia
e cânula interna para montar antes do procedimento com técnica estéril. Tenha sempre em
mãos cânulas com diâmetros menores ou maiores do prescrito, para segurança no
procedimento.
Atentar para os usuários em uso de ventilação mecânica invasiva, nesses casos o médico
avaliará o usuário e determinará o local da troca e outros insumos necessários.
Manter o usuário com oxímetro de pulso durante todo o procedimento.
No domicílio, a troca da cânula PVC sem cuff poderá ser realizada pelo enfermeiro. A troca
da cânula de PVC com cuff deverá ser realizada somente pelo médico habilitado.

ORIENTAR USUÁRIO, CUIDADORES E FAMILIARES QUANTO AOS CUIDADOS COM


A TRAQUEOSTOMIA
Orientar sobre a inspeção do curativo quanto à umidade ou drenagem e características das
secreções (cor e odor);
Explicar como realizar a higiene do curativo diário com a troca de gazes e da fita de fixação
com cautela, sem movimentar a cânula;
Orientar sobre sinais e sintomas de alteração respiratória e possíveis complicações após o
procedimento;
Orientar sobre sinais de inflamação local e pedir para entrar em contato com o médico;
Para realizar a troca da cânula de traqueostomia de plástico/PVC, é necessária prescrição
médica com o tipo de cânula e o diâmetro utilizado de acordo com a avaliação da ostomia.

507
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Troca de cânula de traqueostomia de plástico

6 RESPONSABILIDADE
 Enfermeiro;
 Médico.

7 REGISTRO
Anotar no prontuário do serviço data e horário da troca da cânula de traqueostomia de
plástico, a marca utilizada, o diâmetro interno, a pressão do balonete se o mesmo for
insuflado, descrever o padrão respiratório antes da troca, a reavaliação do padrão
respiratório após troca da traqueostomia e se houver intercorrências durante o
procedimento. Deve conter também o registro de aceitação da família perante a
necessidade do procedimento, se houve aceitação ou se negaram a realização do mesmo.
A troca sendo no domicílio, anotar no prontuário domiciliar data e horário da troca da cânula
de traqueostomia de plástico, a marca utilizada, o diâmetro interno, a pressão do balonete
se o mesmo for insuflado e os sinais vitais do usuário após a realização do procedimento.

REFERÊNCIAS
A. C. CAMARGO CANCER CENTER. Centro Integrado de Diagnóstico, Tratamento,
Ensino e Pesquisa. Orientações para pacientes traqueostomia. Disponível em: <
https://accamargo.org.br/sites/default/files/2018-07/manual---traqueostomia.pdf >. Acesso
em: 15 mai 2019.

AVELINO, M. A. G. et al. First clinical consensus and national recommendations on


tracheostomized children of the Brazilian Academy of Pediatric Otorhinolaryngology
(ABOPe) and Brazilian Society of Pediatrics (SBP). Brazilian Journal of
Otorhinolaryngology, São Paulo, v. 83, n. 5, p. 498-506, 2017.

BRASIL. Ministério da Saúde. Hospital alemão Oswaldo Cruz. Orientações para o


cuidado do usuário no ambiente domiciliar. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2018.
Disponível em: <
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/orientacoes_cuidado_paciente_ambiente_dom
iciliar.pdf>. Acesso em: 15 mai 2019.

MITCHELL, R. B. et al. Clinical consensus statement: tracheostomy care. Otolaryngology


Head and Neck Surgery, London, v. 148, n. 1, p. 6-20, 2013.

PAULA, M. A. B.; PAULA, P. R.; CESARETI, I. U. R. (Org.). Estomaterapia em foco e o


cuidado especializado. São Caetano do Sul: Yendis, 2014.

508
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Troca de cânula de traqueostomia de plástico

DADOS DA VERSÃO
ELABORAÇÃO APROVAÇÃO
Emília Maria Paulina Campos Chayamiti Karina Domingues de Freitas
Enfermeira. COREN-SP: 44546 Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 0126266
Miriã Avelino Prado
Enfermeira. COREN-SP: 81737

509
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Troca de cânula de traqueal metálica

Troca de cânula traqueal metálica

1 OBJETIVO
Realizar troca de cânula traqueal metálica, em crianças e adultos, com garantia de
minimização de riscos de infecções e garantindo a permeabilidade do estoma.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO
Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),
Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família
(USF), Serviço de Atenção Domiciliar (SAD), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência
(SAMU).

3 MATERIAL
3.1 Bandeja
3.2 Estetoscópio
3.3 Luvas estéreis ou luvas de procedimento (no domicílio)
3.4 Máscara cirúrgica
3.5 Óculos de proteção individual
3.6 Avental descartável
3.7 Conjunto de cânula metálica com numeração adequada ao estoma
3.8 Um pacote de gaze estéril
3.9 Solução Fisiológica 0,9% ampola de 10 mL
3.10 Cadarço
3.11 Biombo
3.12 Torpedo de oxigênio para procedimento realizado em domicílio, se necessário
3.13 Equipamentos de Proteção Individual

4 PROCEDIMENTO
4.1 Explicar o procedimento para o usuário/ cuidador;
4.2 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das
mãos ou higienização simples das mãos;
4.3 Preparar o material;
4.4 Levar o material para a unidade do usuário;
4.5 Fechar a porta ou colocar biombo para garantir a privacidade do cliente;

510
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Troca de cânula de traqueal metálica

4.6 Auxiliar no posicionamento do usuário em Fowler ou mantendo o tórax em posição


elevada, apoiado por travesseiros com a cabeceira elevada, ou sentado com o
pescoço ligeiramente estendido;
4.7 Vestir o avental, colocar a máscara cirúrgica, e os óculos de proteção;
4.8 Realizar ausculta pulmonar do usuário, conforme procedimento operacional;
4.9 Verificar a necessidade de aspiração da cânula traqueal e, se houver necessidade,
realizar o procedimento conforme Procedimento Operacional “Aspiração de Cânula
Traqueal” da Divisão de Enfermagem;
4.10 Abrir o pacote do conjunto traqueal;
4.11 Abrir as gazes e colocá-las sem a embalagem sobre a embalagem estéril do conjunto
traqueal;
4.12 Abrir a ampola de Solução Fisiológica 0,9%;
4.13 Soltar o cadarço da cânula de traqueostomia que está no usuário;
4.14 Calçar as luvas;
4.15 Montar o conjunto traqueal para testar a adaptação entre as cânulas interna e
externa;
4.16 Desmontar o conjunto;
4.17 Colocar o mandril na cânula externa;
4.18 Retirar o conjunto traqueal do usuário;
4.19 Fazer a limpeza do estoma traqueal com Solução Fisiológica 0,9%;
4.20 Umidificar o mandril e a cânula externa com Solução Fisiológica 0,9%;
4.21 Introduzir o conjunto cânula externa e mandril delicadamente no estoma;
4.22 Retirar o mandril;
4.23 Introduzir a cânula interna e girar com os dedos indicador e médio até que consiga
ser travada;
4.24 Passar o cadarço na cânula externa para posterior fixação;
4.25 Fixar a cânula amarrando o cadarço;
4.26 Dobrar duas gazes ao meio e colocá-las ao redor do estoma, protegendo o pescoço
do contato com a cânula;
4.27 Compare os dados respiratórios antes e após o procedimento através da ausculta
pulmonar;
4.28 Certificar-se que o estoma está pérvio;
4.29 Reposicionar o usuário em confortavelmente;
4.30 Recompor a unidade e jogar os resíduos nos recipientes adequados;

511
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Troca de cânula de traqueal metálica

5 OBSERVAÇÃO
Deverá ser avaliado a necessidade de realizar a esterilização do cadarço para fixação.
Para realização do procedimento no domicílio haverá a necessidade da elaboração do
Termo de Consentimento com a anuência do cuidador/ familiar.
Explicar ao usuário ou cuidador/ familiar sobre o Termo de Consentimento.
Solicitar ao usuário ou responsável que assine o Termo de Consentimento para realização
do procedimento no domicílio que complementa as orientações da equipe e os riscos do
procedimento.
A troca da cânula interna deverá ser realizada diariamente e o conjunto completo a cada
90 dias, após avaliação do médico, ou se apresentar complicações o conjunto de cânulas
será trocado antes.
Manter o usuário com oxímetro de pulso durante todo o procedimento.

Orientar usuário, cuidadores e familiares quanto aos cuidados com a traqueostomia


Orientar sobre a inspeção do curativo quanto à umidade, drenagem e características das
secreções (cor e odor);
Orientar os cuidados durante o banho, proteger a traqueostomia para não entrada de água;
Orientar sobre sinais e sintomas de alteração respiratória e possíveis complicações após
o procedimento;
Orientar sobre sinais de inflamação local e pedir para entrar em contato com o médico;
Orientar a importância da higienização diária da cânula interna e a higiene do curativo diário
com troca de gazes e fita.

6 RESPONSABILIDADE
 Enfermeiro
 Médico

7 REGISTRO
Anotar no prontuário do serviço data e horário da troca da cânula de traqueostomia
metálica, o diâmetro interno, descrever o padrão respiratório antes da troca, a reavaliação
do padrão respiratório após troca da traqueostomia e se houver intercorrências durante o
procedimento.
Deve conter também o registro de aceitação da família perante a necessidade do
procedimento, se houve aceitação ou se negaram a realização do mesmo.

512
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Troca de cânula de traqueal metálica

REFERÊNCIAS
A. C. CAMARGO CANCER CENTER. Centro Integrado de Diagnóstico, Tratamento,
Ensino e Pesquisa. Orientações para pacientes. Traqueostomia. Disponível em: <
https://accamargo.org.br/sites/default/files/2018-07/manual---traqueostomia.pdf>. Acesso
em: 15 mai 2019.

AVELINO, M. A. G. et al. First clinical consensus and national recommendations on


tracheostomized children of the Brazilian Academy of Pediatric Otorhinolaryngology
(ABOPe) and Brazilian Society of Pediatrics (SBP). Brazilian Journal of
Otorhinolaryngology, São Paulo, v. 83, n. 5, p. 498-506, 2017.

BRASIL. Ministério da Saúde. Hospital alemão Oswaldo Cruz. Orientações para o


cuidado do usuário no ambiente domiciliar. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2018.
Disponível em: <
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/orientacoes_cuidado_paciente_ambiente_dom
iciliar.pdf>. Acesso em: 19 mai 2019.

CAMPINAS (Cidade). Prefeitura Municipal. Secretaria Municipal de Saúde. Manual de


procedimentos operacionais padrão (POP) de enfermagem. 2. ed. Campinas: SMS,
2016.

PAULA, M. A. B.; PAULA, P. R.; CESARETI, I. U. R. (Org.). Estomaterapia em foco e o


cuidado especializado. São Caetano do Sul: Yendis, 2014.

POTTER, P. A. et al. Fundamentos de Enfermagem. 9. ed. Rio de Janeiro: Elsevier,


2018.

RODRIGUES FILHO, E. M.; JUNGES, J. R. Traqueostomia no doente crítico na era


do consentimento livre e esclarecido. Revista Bioética, Brasília, v. 25, n. 3, p. 502-
511, 2017. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.1590/1983-80422017253207>.
Acesso em: 15 jun. 2018.

DADOS DA VERSÃO
ELABORAÇÃO APROVAÇÃO
Mayra Fernanda de Oliveira Jane Aparecida Cristina
Enfermeira. COREN-SP: 011255 Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 44071
ATUALIZAÇÃO – 1 APROVAÇÃO - 1
Emília Maria Paulina Campos Chayamiti Karina Domingues de Freitas
Enfermeira. COREN-SP: 44546 Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 0126266
Gabriela Barbosa Pegoraro
Enfermeira. COREN-SP: 353393

Mariana Ribeiro Brunherotti Pereira


Enfermeira. COREN-SP: 100902

513
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Troca de cânula de traqueal metálica

Kelli Cristina Silva de Oliveira


Enfermeira. COREN- SP: 58063

514
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Ventilação com bolsa valva máscara (Ambu®)

Ventilação com bolsa valva-máscara (Ambu®)

1 OBJETIVO
Administrar oxigênio suplementar em alta concentração ao usuário sob pressão positiva,
visando prevenir ou tratar a hipóxia.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO
Unidades de Suporte Básico de Vida (USB), Unidades de Suporte Avançado de Vida (USA)
do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência – SAMU REGIONAL DE RIBEIRÃO
PRETO, Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde
(UBDS), Unidades de pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família (USF),
Serviço de Atenção Domiciliar (SAD).

3 MATERIAL
3.1 Equipamentos de proteção individual (EPI), como óculos, luvas e máscara facial.
3.2 Bolsa valva-máscara- BVM -AMBUR equipada com dispositivo de reservatório de
oxigênio e extensão em PVC
3.3 Fonte de Oxigênio (fixa ou portátil)
3.4 Oxímetro de pulso

4 PROCEDIMENTO
4.1 Utilizar os equipamentos de proteção individual;
4.2 Testar os materiais e observar seu perfeito funcionamento;
4.3 Instalar o oxímetro de pulso no usuário para monitorar a saturação de oxigênio;
4.4 Conectar a fonte de oxigênio à BVM- AMBUR ajustando o fluxômetro entre 10 a 15
l/min promovendo o enchimento do reservatório;
4.5 Posicionar a máscara facial da BVM- AMBUR apropriadamente cobrindo o nariz e a
boca concomitantemente, vedando-os com a mão não dominante e promovendo a
abertura da via aérea (técnica do C + E) (figuras 1, 2, 3);

515
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Ventilação com bolsa valva máscara (Ambu®)

Figura 1 Figura 2

Fonte: Silva (2015)

Figura 3

Fonte: Silva (2015)

4.6 Comprimir a BVM - AMBUR (figura 4) de forma que o usuário apresente a expansão
torácica simétrica e como resultado eleve a saturação de oxigênio;

Figura 4

Fonte: Silva (2015)

516
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Ventilação com bolsa valva máscara (Ambu®)

4.7 Proceder de 10 a 12 ventilações/minuto;


4.8 Monitorar a saturação de oxigênio, avaliando se houve melhora da saturação e do
padrão de perfusão periférica (coloração das extremidades).
4.9 Na presença de 2 profissionais, o profissional 1 deverá posicionar a máscara facial
de maneira firme contra a face do usuário aplicando a técnica do C + E com ambas
as mãos, mantendo simultaneamente a cabeça do usuário em posição adequada,
enquanto o profissional 2 irá pressionar bolsa até haver a expansão do tórax.

5 OBSERVAÇÔES
Se usuário for vítima de trauma mantenha sempre o pescoço em posição neutra, para
evitar trauma secundário de coluna cervical;
Vítimas inconscientes apresentam queda da língua e manobras manuais são necessárias
para abertura das vias aéreas, como a elevação do mento e uso de cânula orofaríngea
antes da ventilação com BVM- AMBUR.

6 RESPONSABILIDADES
 Auxiliar de Enfermagem
 Técnico de Enfermagem
 Enfermeiro
 Médico Intervencionista

7 REGISTRO
Registrar a assistência prestada em ficha de atendimento de enfermagem com assinatura
e carimbo constando número do Coren de quem realizou a técnica.

REFERÊNCIAS
AEHLERT, B. ACLS, advanced cardiac life support. Rio de Janeiro: Elsevier; 2015.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Protocolos de Intervenção


para o SAMU 192: serviço de atendimento móvel de urgência. Brasília, DF: Ministério da
Saúde, 2016. Disponível em:
<http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2016/outubro/26/livro-basico-2016.pdf>.
Acesso em: 19 mai 2019.

PHTLS atendimento pré-hospitalar ao traumatizado: básico e avançado. 8. ed. Rio de


Janeiro: Elsevier, 2016.

SILVA, A. C. Desenvolvimento de ambiente virtual de aprendizagem para a


capacitação em parada cardiorrespiratória. 2015. Dissertação (Mestrado em Tecnologia
e Inovação em Enfermagem) - Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, Universidade de
São Paulo, Ribeirão Preto, 2015. Disponível em:
<http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22134/tde-02022016-104809/>.
517
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Ventilação com bolsa valva máscara (Ambu®)

DADOS DA VERSÃO
ELABORAÇÃO APROVAÇÃO
Regilene Molina Zacareli Cyrillo Rosana Joaquim Fernandes
Enfermeira. COREN SP: 51636 Enfermeira SAMU. COREN-SP: 42639

ATUALIZAÇÃO – 1 APROVAÇÃO - 1
Anazilda Carvalho da Silva Karina Domingues de Freitas
Enfermeira. COREN-SP: 46149 Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 0126266

518
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Verificação de glicemia capilar

Verificação de glicemia capilar

1 OBJETIVO
Obter amostra de sangue capilar para a mensuração dos níveis de glicose sanguíneos
através do uso de glicosímetro.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO
Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),
Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família
(USF), Serviço de Atenção Domiciliar (SAD), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência
(SAMU).

3 MATERIAL
3.1 Bandeja S/N
3.2 Gaze ou algodão
3.3 Álcool a 70%
3.4 Lanceta ou agulha 13X4,5
3.5 Glicosímetro
3.6 Fitas reagentes para glicose, específica ao aparelho utilizado no momento
3.7 Luvas de procedimento
3.8 Recipiente para descarte de material perfurocortante

4 PROCEDIMENTO
4.1 Acolher o usuário;
4.2 Realizar higiene das mãos conforme procedimento operacional de fricção
antisséptica das mãos ou higienização simples das mãos;
4.3 Reunir o material necessário e certificar-se de que a fita reagente está na validade;
4.4 Verificar se existe risco para perfuração da pele em usuários com baixa contagem de
plaquetas, em terapia anticoagulante e distúrbios hemorrágicos;
4.5 Avaliar a área da pele que será usada como local de punção;
4.6 Orientar o usuário sobre o procedimento;
4.7 Calçar as luvas de procedimento;
4.8 Ligar o aparelho e observar a compatibilidade da fita reagente com o número do
código, conforme orientação do fabricante do glicosímetro;
4.9 Posicionar a fita reagente, conforme orientação do fabricante;

519
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Verificação de glicemia capilar

4.10 Fazer uma leve pressão na ponta do dedo escolhido de modo a favorecer o seu
enchimento capilar;
4.11 Com a outra mão limpar a área com algodão embebido em álcool a 70%, aguardar
secagem natural (deixá-lo secar completamente);
4.12 Com a lanceta ou agulha estéril, em posição perpendicular ao local, fazer uma
punção na ponta do dedo escolhido, preferencialmente na lateral do dedo, onde a
dor é minimizada;
4.13 Pressionar levemente o dedo e obter uma gota suficiente para preencher o campo
reagente;
4.14 Pressionar o local da punção com algodão seco até hemostasia e avaliar novamente
o local;
4.15 Atentar para usuários em uso de anticoagulantes;
4.16 Informar o resultado obtido ao usuário;
4.17 Desprezar a fita reagente e a lanceta na caixa específica para material
perfurocortante;
4.18 Limpar o glicosímetro com algodão embebido em produto padronizado pela CCI e
guardá-lo;
4.19 Retirar as luvas;
4.20 Lavar a bandeja com água e sabão, secar com papel toalha;
4.21 Realizar a higienização das mãos conforme procedimento operacional de fricção
antisséptica das mãos ou higienização simples das mãos;
4.22 Registrar o valor obtido no prontuário do usuário ou na ficha de controle de glicemia;
4.23 Registrar o procedimento.

5 OBSERVAÇÃO
Se o usuário apresentar nível glicêmico abaixo de 70 mg/dL comunicar o médico.

6 RESPONSABILIDADE
 Auxiliar de enfermagem
 Técnico de enfermagem
 Enfermeiro
 Médico

7 REGISTRO
Registrar: data e hora da realização do exame; condição do usuário (jejum, alimentado);
aspecto da polpa digital; desconforto decorrente da perfuração necessária para obter a

520
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Verificação de glicemia capilar

gota de sangue; local da punção; valores da glicemia capilar (Mg/dl); intercorrências e


providências adotadas; orientações efetuadas; nome completo e Coren do responsável
pelo procedimento.

REFERÊNCIAS
CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SÃO PAULO. Parecer COREN-SP CAT
nº 002/2010, de 28 de janeiro de 2010. Antissepsia da pele com álcool 70% e a realização
do teste de glicemia capilar. Disponível em: <https://portal.coren-
sp.gov.br/sites/default/files/parecer_coren_sp_2010_2_0.pdf>. Acesso em: 19 mai 2019.

CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SÃO PAULO. Parecer COREN-SP CAT


nº 014/2010, de 18 de fevereiro de 2010. Uso de luvas de procedimento para a
administração de medicamentos. Disponível em: <https://portal.coren-
sp.gov.br/sites/default/files/parecer_coren_sp_2010_14.pdf>. Acesso em: 20 fev. 2018.

POTTER, P. A. et al. Fundamentos de Enfermagem. 9. ed. Rio de Janeiro: Elsevier,


2018.

SÃO PAULO (Estado). Secretaria da Saúde. Centro de Vigilância Epidemiológica.


Recomendações para uso de luvas em serviços de saúde. São Paulo: Secretaria da
Saúde, 2016.

DADOS DA VERSÃO
ELABORAÇÃO APROVAÇÃO
Lauren Suemi Kawata Karina Domingues de Freitas
Enfermeira. COREN-SP: 126659 Chefe da Divisão de Enfermagem
COREN-SP: 0126266
Adrielen Aparecida Silva Calixto
Enfermeira. COREN-SP: 195391

Anazilda Carvalho da Silva


Enfermeira SAMU. COREN-SP: 46149

521
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Verificação de glicemia capilar

“MANUAL DE PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS PADRÃO - POPs” 2020


VERSÃO 1
POPs atualizados:
Desinfeção do conjunto de nebulizadores e materiais pláticos/silicone/borracha
Limpeza e desinfecção de cabos e lâminas de laringosópio
Limpeza e desinfecção de máscaras de oxigenação e respiradores (ambus)
Preparo da solução SURFIC 1%
Reprocessamento de espaçadores de inalação
Sondagem nasogátrica
VERSÃO 2
POPs atualizados:
Conferência de carro/caixa de emergência
Coleta de swab para identificação de SARS-CoV2 ou H1N1
VERSÃO 3
POP atualizado:
Coleta de swab para identificação de SARS-CoV2 ou H1N1
VERSÃO 4
POP atualizado:
Coleta de swab para identificação de SARS-CoV2 ou H1N1: inserido o cirurgião dentista no
item responsabilidade
VERSÃO 5
POP atualizado:
Limpeza e desinfecção de caixas para transporte e armazenamento de material biológico
POP inserido:
Limpeza e desinfecção de ventilador mecânico pulmonar

VERSÃO 6
POPs atualizados:
Aferição de temperatura: inserido temperatura temporal
Conferência de carro/caixa de urgência: inserido Planilha de conferência diária material de
urgência - CAPS 3
POPs inseridos:
Aspiração endotraqueal Sistema Fechado (Trach Care)
Montagem do dispositivo de Sistema Fechado de Aspiração (Trach Care)

522
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs
Verificação de glicemia capilar

VERSÃO 7
POPs atualizados:
Hipodermcóclise
Limpeza e desinfecção de superfície
POP retirado:
Desinfecção manual do endoscópio

523

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