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(3)
(4)
• q = 1, líquido saturado;
• q = 0, vapor saturado;
• 0 < q < 1, mistura líquido mais vapor saturados;
• q > 1, vapor superaquecido;
• q < 0, líquido subresfriado.
(5)
10. Calcular a razão de refluxo de operação: R = kk×Rmin.
(6)
(7)
O Método FUGK é normalmente utilizado para obter uma primeira estimativa para o
projeto da coluna de destilação, a qual será depois refinada através de um método rigoroso
de projeto como, por exemplo, o descrito na seção seguinte (método de Wang-Henke [3]).
(8)
(9)
(10)
(11)
O índice i refere-se ao componente i da mistura, de um total de nc componentes e o
índice j refere-se ao Estágio.
Figura 03: Representação esquemática dos estágios teóricos da coluna de destilação, com
múltiplas alimentações e produtos.
(12)
(13)
Façamos agora a análise dos graus de liberdade do sistema de equações MESH. São
dados N, Fj, xF, j,i, TFj, pj, Uj, W j e Qj (excepto Q1 e QN). As razões de equilíbrio e as
entalpias consideram-se conhecidas através das equações (12) e (13) e, como tal, estas
equações não são contabilizadas. Então, as variáveis do problema são (colocando-se entre
parêntesis o seu número): Lj (N), Vj (N), Tj (N), xj,i (nc×N), yj,i (nc×N) e Q1 e QN (2), o que
totaliza 2×nc×N + 3×N + 2 variáveis. O número de equações é: ncxN (equações M) + ncxN
(equações E) + 2N (equações S) + N (equações H) = 2xncxN + 3N. Portanto, o número de
graus de liberdade é igual a 2. No método de Wang-Henke, especifica-se a razão de refluxo
(R) e o vazão de destilado (igual a V1 no caso de condensador parcial ou U1 no caso de
condensador total). Para os dados de equilíbrio e entálpicos é preciso fixar ainda,
previamente, a pressão de operação da coluna.
Substituindo (9) em (8), de forma a eliminar-se yj,i, obtém-se, para cada componente i,
o seguinte sistema de equações tridiagonal relativamente a xj,i:
(14)
Na forma matricial:
(15
)
As vazões de líquido podem ser calculados a partir dos vazões de vapor, efectuando-
se um balanço global envolvendo o Estágio j e o topo da coluna:
(16)
Combinando (16) e (11), de forma a eliminar Lj-1 e Lj, obtém-se o seguinte sistema de
equações, com estrutura bidiagonal em relação aos vazões de vapor:
(17)
Na forma matricial:
(18)
3. Algoritmo de Cálculo
• Variáveis de entrada:N, Fj, xF, j,i, TFj, pj, Uj, W j , Qj (excepto Q1 e QN), razão de refluxo R
e vazão de destilado D.
• Estimativas iniciais: T1 e TN (ou composição do destilado, calculando-se então a
composição do resíduo respectiva e estimando-se depois T1 e TN por cálculos de equilíbrio).
• Variáveis de saída: Lj, Vj, Tj, xj,i, yj, i, Q1 , QN .
1. Calcular o perfil inicial de temperatura Tj, por exemplo um perfil linear entre T1 e TN.
*
Calcular estimativa das razões de equilíbrio, admitindo modelo ideal: kj, i = p i,j (Tj)/ pj .
2. Calcular estimativa inicial para os vazões de vapor Vj. No caso de uma só alimentação de
líquido saturado é razoável considerar vazões constantes e iguais a (R+1)D.
3. Calcular Lj por (16) e coeficientes A, B, C e D por (14).
4. Para cada componente i, resolver o sistema tridiagonal (15), obtendo então xj,i.
Normalizar as soluções.
5. A partir de cálculos bubble-T, obter novo perfil de temperatura Tj e frações molares yj,i.
Recalcular razões de equilíbrio: kj,i = yj,i /xj,i.
6. Calcular entalpias hj , Hj e hFj , por expressões do tipo (13).
7. Calcular o calor trocado no condensador (Q1) através do balanço entálpico ao Estágio 1 e
o calor trocado no revaporizador (QN) através de um balanço entálpico envolvendo toda a
coluna.
8. Calcular coeficientes α, β e χ por (17).
9. Calcular os vazões de vapor Vj, resolvendo o sistema bidiagonal (18).
10. Voltar a 3. até que o erro no perfil de temperaturas seja inferior a uma tolerância ε:
-3
Uma tolerância ε = 0.5×10 corresponde a uma precisão média na temperatura de 3
casas decimais. A tolerância deve ser função da qualidade (incerteza) dos dados de
equilíbrio e da variação global de temperatura na coluna (uma maior variação de
temperatura admite tolerâncias mais elevadas, enquanto que uma menor variação requer
tolerâncias mais baixas).
Figura 04: Organigrama do método de Wang-Henke.
4. O Simulador Destilação
Quando o simulador converge (ao nível do perfil de temperatura), tal não implica que se
tenham atingido as recuperações desejadas para os componentes chave (LK e HK). Assim,
depois de verificar se a recuperação atingida satisfaz as especificações, o utilizador deverá,
em caso negativo, executar novamente o método de Wang-Henke, alterando os parâmetros
operatórios inicialmente fixados: R, N, NF e/ou p (ver Figura 4). Este ajuste pode ser
orientado de acordo com os seguintes pontos:
Para a coluna funcionar bem e de forma estável, os vazões de líquido e vapor têm de
ser controlados por forma a garantir que:
- Diâmetro da coluna;
- Altura da coluna;
(19)
(20)
Esta correlação, tal qual está aqui apresentada, é válida para eficiências entre 30 e 90%.
3. Diâmetro da coluna
O diâmetro da coluna pode ser estimado com base no critério de evitar o excessivo
arrastamento de líquido pela corrente ascendente de vapor. A velocidade do vapor acima
da qual uma gota líquido será arrastada por ele (uV) é proporcional a .A
determinação rigorosa desta velocidade é um problema complexo, uma vez que ela
depende de inúmeros factores, incluindo a tensão superficial do líquido, os vazões de
líquido e vapor, a geometria do prato e o espaçamento entre os pratos. Numa fase
preliminar do projeto pode obter-se uma estimativa desta velocidade com base apenas no
espaçamento LP, utilizando a correlação de Souders Brown [4]:
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(22)
i) O diâmetro de uma coluna de pratos deve situar-se entre 0.45 e 4.5 metros.
ii) Para diâmetros abaixo de 0.45 m deve optar-se por colunas de enchimento (para
diâmetros entre 0.45 e 1.37 m usam-se tanto colunas de pratos como de enchimento);
iii) Para diâmetros acima de 4.5 m deve aumentar-se o espaçamento entre os pratos ou
redimensionar a coluna;
iv) Para colunas com diâmetro superior a 1m o espaçamento entre pratos deve estar
entre 0.3 e 0.6 metros;
vii) A razão Altura/Diâmetro da coluna (HC/DC) deve ser menor do que 20 a 30.
Para que o vapor se escoe desde a base até ao topo da coluna tem de existir,
necessariamente, um gradiente de pressão ao longo da coluna. Normalmente, na
determinação do número de estágios teóricos esta queda de pressão não é contabilizada.
Contudo, o valor da queda de pressão é um parâmetro importante no dimensionamento
final da coluna.
BIBLIOGRAFIA