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O DESAFIO DO SÉCULO:
Esta condição demonstra que ainda há muito a ser feito antes de ampliar a fronteira
agrícola, com a abertura de novas áreas para produção. Dentre os fatores de produção de
natureza física, química, biológica e ambientais, o manejo da fertilidade do solo por meio do
uso eficiente de corretivos e fertilizantes são responsáveis, por cerca de 50% do aumento da
produtividade das culturas. Nesse sentido, deve-se sempre procurar aplicar o conceito dos 4
C’s para uso eficiente de fertilizantes: 1) aplicação da fonte certa, 2) na dose certa, 3) na
época certa e 4) no local certo. Além de aumentar a produtividade, o manejo correto dos
fertilizantes permite a preservação do meio ambiente.
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Por outro lado, o Brasil ainda apresenta dependência da importação de fertilizantes,
principalmente de fertilizantes potássicos, na ordem de 80% do que é consumido
anualmente, juntamente com a logística precária para seu recebimento e distribuição, torna a
adubação uma atividade de alto valor no custo final de produção, refletindo no preço final
dos produtos agrícolas ao consumidor.
Para caracterizar esse fato, basta analisar a agricultura brasileira nos últimos 35 anos:
enquanto a área cultivada cresceu 36,2%, a produção aumentou 253%. Esta é uma clara
demonstração de que é possível aumentar a produção de alimentos, fibras e energia pelo uso
de tecnologias já existentes, como o uso adequado e eficiente de fertilizantes, em harmonia
com o meio ambiente. Este é o retrato do país na luta pelo aumento da produção de
alimentos e preservação de seus recursos naturais. Este é o Brasil ajudando a vencer o maior
desafio deste século.
Muito embora esses fatos sejam indiscutíveis, grande parte da população diariamente
é bombardeada com informações equivocadas acerca dos fertilizantes. De forma geral, as
notícias sobre fertilizantes têm conotação negativa e tratam somente do impacto que seu uso
inadequado pode causar ao meio ambiente, fazendo com que problemas muitas vezes
pontuais soem como regras gerais totalmente distorcidas da realidade.
Por fim, destaco que; “quanto mais alimentos conseguirmos tirar da terra, menos
terra iremos tirar da natureza” (AEASP).