José Carlos da Silva Pereira | Recursos para Matemática

EXAME NACIONAL DE MATEMÁTICA A

1.ª FASE | 2020 | PROPOSTA DE RESOLUÇÃO

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EXAME NACIONAL DE MATEMÁTICA A

1.ª FASE | 2020

PROPOSTA DE RESOLUÇÃO

Exame Nacional Matemática A | 2020 | 1.ª Fase | Proposta de Resolução | 1

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1.

1.1. Para estudarmos a monotonia da sucessão  un  vamos estudar o sinal de un 1  un . Tem-se:

8  n  1  4 8n  4 8n  4 8n  4 8n  4  n  1  8n  4  n  2 
un 1  un      
n 11 n 1 n2 n 1  n  2  n  1

8n2  8n  4n  4  8n2  16n  4n  8 12n  12n  12 12

  
 n  2 n  1  n  2 n  1  n  2  n  1

12
Como para todo o n ,  n  2 n  1  0 e como 12  0 , vem que  0 , ou seja, un 1  un  0 ,
 n  2  n  1
para todo o n , e portanto conclui-se que a sucessão  un  é monótona crescente.

8n  4 8n
1.2. Tem-se que lim  un   lim  lim  8 e como  un  é monótona crescente, vem que un  8 .
n 1 n

De uma outra maneira:

4

8n  4 8n  8  12  8  n  1 12   12  12
lim  un   lim  lim  lim    lim  8   8  8  0   8
n 1 n 1  n 1 n 1  n  1   
 

Logo, lim f  un   lim f  x  lim log 2 8  8   log 2  0   

x 8 x 8

Outra resolução:

  8n  4    8n  8  8n  4 
lim f  un   limlog 2 8  un   log 2  lim 8  un    log 2  lim  8     log 2  lim 
y  log 2 x
é contínua   n 1   n 1 

 12   12 
  log 2  0   

 log 2  lim   log 2 
 n  1     

Resposta correcta: A

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2. O número de casos possíveis é 5  5  5  5  54 , dado que cada uma das quatro pessoas pode escolher qualquer
um dos cinco números.

Para o número de casos favoráveis começamos por escolher as duas pessoas que escolhem o 5 , o número de
maneiras de o fazer é 4C2 . Para cada uma destas maneiras, há apenas uma hipótese para cada uma das pessoas que
escolhe o 5 e quatro hipóteses (o 1 , o 2 , o 3 ou o 4 ) para as restantes duas pessoas.

4
C2  42
Logo, o número de casos favoráveis é 4C2 11 4  4  4C2  42 e a probabilidade pedida é  0,1536 .
54

Resposta correcta: D

3.

3.1. Sejam a o número de bolas azuis e b o número de bolas brancas que estão inicialmente no saco, com a, b .
Assim, inicialmente estão no saco a  b bolas.

Portanto:

▪ P  A  B  é a probabilidade de a primeira bola ser azul e a segunda ser branca, pelo que:

ab
P  A  B 
 a  b  a  b  1

a
▪ P  A é a probabilidade de a primeira bola ser azul, pelo que P  A 
ab

Logo:

1 a b 1 a b 1
P  A  B   P  A       3b  a  b  1  a  2b  1
3  a  b   a  b  1 3 a  b a  b  0 a  b  1 3 a  b 1 0
a  0

Portanto, dado que b , vem que 2b  1 é um número ímpar, isto é, a é um número ímpar e portanto, inicialmente
estavam na caixa um número ímpar de bolas azuis.

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Outra maneira:

P  A  B 1
  P  B A   , ou seja, a probabilidade de a segunda bola
1 1
Tem-se que P  A  B   P  A 
3 P  A 3 3
P  B A

1
ser branca, sabendo que a primeira bola foi azul é . Assim, como a primeira bola foi azul, para a segunda extracção
3

ficaram no saco a  b  1 bolas, sendo que dessas, b são brancas e portanto, P  B A 

b
.
a  b 1

Logo, P  B A 
1 b 1
   3b  a  b  1  a  2b  1 , pelo que, dado que b , vem que 2b  1
3 a  b  1 3 a  b 1 0
é um número ímpar, isto é, a é um número ímpar e portanto, inicialmente estavam na caixa um número ímpar de bolas
azuis.

3.2. Vamos começar por colocar uma bola azul em cada caixa numerada com um número par e uma bola branca em
cada caixa numerada com um número ímpar. Só há uma maneira de o fazer, dado que as bolas da mesma cor são
indistinguíveis.

Assim, sobram três bolas azuis (eram oito e cinco já foram distribuídas pelas cinco caixas numeradas com números
pares) e duas brancas (eram sete e cinco já foram distribuídas pelas cinco caixas numeradas com números ímpares)

Portanto, faltam distribuir três bolas azuis e duas brancas por dez caixas distintas: das dez caixas escolhem-se três
para as três bolas azuis, o número de maneiras de o fazer é 10
C3 ; e para cada uma destas formas, existem 7C2
maneiras distintas de escolher duas caixas entre as restantes sete caixas para as duas bolas brancas.

Logo, uma resposta é 10C3  7C2  2520 .

Resposta correcta: B

4.

4.1. Seja z  r ei , com r  0 e   , então z 2  r 2ei  2  e z  r ei    e portanto:

r  r  1  0

r  r
2

r  r  0
2

2 i  2  i   
z z r e
2
 re    2 k 

 2     2 k  , k  
3  2 k  , k    , k 
 3

r  0  r  1  0 r  0  r  1
 
 2k  2k
  , k   , k
 3  3

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Se r  0 , então z  0 e se r  1 , então para:

▪ k  0 , vem   0 , pelo que z0  ei 0  1

2
2 i  2   2  1 3
▪ k  1 , vem   , pelo que z1  e 3  cos    i sen    i
3  3   3  2 2

4
4 i  4   4  1 3
▪ k  2 , vem   , pelo que z2  e 3  cos    i sen    i
3  3   3  2 2

Logo, as soluções não nulas da equação dada são z0 , z1 e z2 , pelo que o polígono é um triângulo equilátero centrado
na origem do plano complexo:

3 3 1 3 1 3
A medida do lado do triângulo é igual a BC    3 (ou BC  z1  z2    i   i  3 i  3 ),
2 2 2 2 2 2

pelo que o perímetro do triângulo é 3 3 .

1
4.2. Tem-se que Re  z   Im  z   1  Im  z   , pelo que Re  z  e Im  z  são inversamente proporcionais
Re  z 
com o mesmo sinal, dado que Re  z   Im  z   0 (por ser igual 1 ), e portanto o conjunto de pontos definido pela
condição dada representa uma hipérbole situada nos primeiro e terceiro quadrantes.

Resposta correcta: D

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5.

5.1. Comecemos por determinar as coordenadas dos pontos A e B :

▪ como o ponto A pertence ao eixo Oy , as suas coordenadas são da forma A  0, y A ,0  e como também pertence ao
plano ABC vem que:

3  0  4 yA  4  0  12  0  4 yA  12  yA  3  A  0,3,0 

▪ como o ponto B pertence ao eixo Ox , as suas coordenadas são da forma B  xB ,0,0  e como também pertence ao
plano ABC vem que:

3xB  4  0  4  0  12  0  3xB  12  xB  4  B  4,0,0 

A medida da altura do cilindro, AB , é dada por AB   0  3   4  0    0  0   25  5 .

2 2 2

2 2 2 2
Assim, Vcilindro  Abase  altura    BC  AB  5  BC , pelo que 5   BC  10   BC  2  BC  2
BC  0

5.2. Seja Q o ponto do plano ABC que se encontra mais próximo do ponto P . Q é a projecção ortogonal de P no
plano ABC , que pode ser obtido fazendo a intersecção do plano ABC com a recta r , que contém o ponto P e é
perpendicular a esse plano:

Como a recta r é perpendicular ao plano ABC , vem que um vector director de r é n  3,4,4  (vector normal a
ABC ), pelo que a recta r pode ser definida por  x, y, z    3,5,6  k  3,4,4 , k  e as coordenadas de um
ponto genérico de r são  3  3k ,5  4k ,6  4k  , k 

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Substituindo na equação do plano ABC , obtém-se:

3   3  3k   4   5  4k   4   6  4k   12  0  9  9k  20  16k  24  16k  12  0  41k   41  k  1

Logo, Q  3  3   1 ,5  4   1 ,6  4   1  , ou seja Q  0,1,2  , pelo que as coordenadas do ponto do plano
ABC que se encontra mais próximo do ponto P são  0,1,2  .

6. A amplitude do ângulo STU , em radianos, é igual a    , em que  é a inclinação da recta r .

Como o declive da recta r é igual a 2 (positivo), vem que tg   2 e portanto   tg 1  2  .

Logo, a amplitude, em radianos, do ângulo STU é   tg 1  2   2,03 .

Resposta correcta: C

7.

7.1. Visto que d  0   OB , o comprimento da biela é dado por:

d  0  1  cos  0   9  sen 2  0   1  9  02  1  3

Resposta correcta: B

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7.2. Se após dois segundos de um dado instante, a distância diminuiu 25% , então passados os dois segundos, a
distância é 75% da distância nesse dado instante.

Portanto, pretende-se t  0,5 tal que d  t  2  0,75 d  t  .

Utilizando as capacidades gráficas da calculadora, define-se y1  d  t  2  e y2  0,75 d  t  no intervalo  0,5 :

Os dois gráficos intersectam-se no ponto A , de coordenadas,  t0 , a  , com t0  1,63 e a  2,08 . Então,

d  t  2  0,75 d  t   t  t0 , em que t0  1,63 e portanto, a distância do pistão ao ponto O no instante t0 é dada

por d  t0   d 1,63  cos 1,63  9  sen 2 1,63  2,8 cm.

8. Consideremos a seguinte figura em que C 1,0  , D é o ponto do eixo Ox tal que ODB  é rectângulo em D e
 
 é a amplitude do ângulo COA , com    0,  .
 2

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Desta forma, a ordenada do ponto A é dada por tg  , pelo que tg   a e a abcissa de B é dada por cos . Assim,
1
como 1  tg 2   , vem que:
cos 2 

1 1 1 1 1
1  tg 2    1  a2   cos 2   2  cos    cos  
cos 
2
cos 
2
a 1 cos   0 a 1
2
a2  1

2 2 2 2
Outra resolução: Pelo teorema de Pitágoras, tem-se que OA  OC  AC  OA  12  a 2  OA  a 2  1 .
OA  0

Os triângulos ODB  e OCA são semelhantes uma vez que têm dois ângulos iguais (são rectângulos e têm o
ângulo COA em comum), pelo que:

OD OB OD 1 1
    OD 
OC OA OB  OC  1 1 a 1
2
a2  1

Outra resolução: Pelo teorema de Pitágoras, tem-se que OA  a 2  1 . Como as coordenadas de B são
 cos ,sen   , ou seja, a sua abcissa é cos e tendo em conta que o triângulo OAC  é rectângulo em A , vem
OA 1
que cos    .
OC a2  1

Resposta correcta: A

9.

9.1. Como o domínio da função f é   , 2 , a assimptota oblíqua será quando x   .

O declive m é dado por:

f  x x  ln  e x  1 x ln  e  1
x
ln  e  1
ln  0  1
m  lim  lim  lim  lim 1 1 
x  x x  x x  x x  x  

0
1 1 0 1


A ordenada na origem b é dada por:

 
b  lim  f  x   m x   lim x  ln  e x  1  x  ln  e  1  ln  0  1  ln 1  0
x  x 

Logo, a recta de equação y  x é assimptota oblíqua do gráfico de f , quando x   .

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9.2. Para x    ,2 , tem-se que:

f  x   2 x  1  ln  e x  1  x  1  e x  1  e x 1  1  e x 1  e x  1  e x  e  1  e x 
1

e 1

 1 
 x  ln    x  ln1  ln  e  1  x   ln  e  1
 e 1  0

 A solução da equação é  ln  e  1 .

9.3. Tem-se que:

y  h  x   y  x  ln  e x  1  x  ln  e x  1  y  e x  1  e y  e x  e y  1  x  ln  e y  1

Logo, h1  x   ln  e x  1
Resposta correcta: C

10.

10.1. A função g é contínua em x  0 se lim. g  x   lim. g  x   g  0  . Assim:

x 0 x 0

▪ g  0  0

Limite notável

0 sen x sen x

  lim.
 sen x  sen x  0  x 1 1  0
▪ lim. g  x   lim. 1  x 
 1  lim.  1  lim. 1
x 0
x 
x 0 x 0  1 e  x 0 1  e
x
 
x 0  e  1
x
lim
e 1
x
1
x  0 . x
x
Limite notável

 0     1 2  1    1    ln y
▪ lim. g  x   lim.  x ln x 
2
 lim    ln     lim  2  ln1  ln y    lim 
x 0 x 0 y    y
   y          y2
 y  0 
 1 y y
x  0   
1
x
1

Seja y   x 
x y

1 ln y 1
 lim  lim   0  0 0  0
y   y y   y 
Limite notável

Como lim. g  x   lim. g  x   g  0   0 , vem que a função g é contínua em x  0 .

x 0 x 0

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10.2. Para estudar a função g quanto à monotonia em  0,   vamos analisar o sinal da função g  .

Para x   0,   , tem que g  x   x 2 ln x , pelo que:

g   x    x 2 ln x    x 2  ln x  x 2  ln x   2 x ln x  x 2   2 x ln x  x  x  2ln x  1
1
x

1
1 
Logo, g   x   0  x  2ln x  1  0  x  0  2ln x  1  0  x  0  ln x    x  0  x  e 2
2

1
 1 1

Como x  , tem-se x  e 2
 1
 .
2 e
e

Fazendo um quadro de variação do sinal da função g  e relacionando com a monotonia de g , vem:

1
x 0
e


i) g x n.d. − 0 +

g n.d. mín.

i) Observa que o sinal de g  depende apenas do sinal de 2ln x  1 porque x  0 , x  

.

 1   1  1
A função g é decrescente em  0,  , é crescente em  ,    e tem um mínimo absoluto em x  , que é:
 e  e  e

 
2
 1   1   1  1  1  1 
1
1  1 1
g   ln     ln  1        .
2
 e ln e
 e  e  e e  2  e  2 2e
e 

FIM

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