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EDMC 2021
PRINCÍPIOS DE
CRESCIMENTO
Sumário
Uma publicação da Um Chamado ao Crescimento
União Sudeste Brasileira Pr. Hiram Kalbermatter
Pág. 3
Administração
Hiram R. S. Kalbermatter Boas-Vindas
Leonidas V. Guedes Pr. Thiarlles Boeker Portes
Jabson Magalhães Da Silva Pág. 4
2021 Revista Anual
Princípio do Reconhecimento
Editor Movidos Por Princípios: Adoração Verdadeira
Thiarlles Boeker Portes Pr. Josanan Alves – Mordomia Cristã - DSA
Pág. 6
Projeto Gráfico &
Programação Visual Princípio da Gratidão
Alex da Fonseca Jr. (Agência ALX) Por Que Basear Ofertas Regulares Em Porcentagem?
www.agenciaalx.com.br Pr. Marcos Bomfim – Mordomia Cristã - AG
Pág. 14
Revisão
Ana Tostes
Princípio da Disponibilidade
Jornalista Responsável Meu Talento, Meu Ministério: Uma Oportunidade Para Todos
Ayanne Karoline Pr. Jair Miranda – ASA, MIPES e Escola Sabatina - APL / UCB
Pág. 23
Colaboradores
Alexandre Carneiro - MMO Princípio do Planejamento
Dênis Altivo Magalhães - ASES Sonhando e Realizando
Everson de C. Ferreira - AMS Pr. Jabson Magalhães – Tesoureiro CFO - USeB
Felipe A. de Carvalho - MMN
Janderson Silva Dias - AMC Pág. 32
Jeú Caetano Lima - ARF
João da S. Custódio - ARJ
Jonas José A. de Souza - ARS
Princípio da Saúde
Luiz Fabiano P. Barbosa - AML
Marcelo Aurino - AES
e Espiritualidade
Princípios de Adoração
Dr. Rogério Gusmão – Saúde - DSA
Pág. 41
Todos os direitos reservados à USeB.
Proibida a reprodução total ou
parcial, por qualquer meio, sem
prévia autorização escrita do editor.
Tiragem
70.000 Exemplares
Revista - Princípios de Crescimento 3
Um Chamado ao
Crescimento
Em 1 Coríntios 3, nos versos 1 e 2, Paulo fala aos cristãos de Corinto sobre a expectativa que possuía frente
ao desenvolvimento espiritual que já deveriam ter alcançado, mas ainda não o tinham, apesar do tempo
de conversão. Indistintamente em nossas congregações hoje, encontramos realidades parecidas como
as deparadas pelo apóstolo, e que requerem nossas orações, atenção e cuidado. Por essa razão, você
foi escolhido por seu pastor para fazer parte de uma equipe cujo objetivo é despertar e auxiliar a muitos na
busca dessa maturidade espiritual, através dos princípios aqui apresentados. Deus deseja que seu povo seja
encontrado fiel (1Co 4:2), aprendendo cada dia a confiar em Suas palavras e promessas (Mt 6:25-34). Lembremos
que todo o pecado está conectado à rebelião, traduzido pela não compreensão adequada sobre quem é Deus
e Sua essência, bem como qual é nosso papel dentro da criação e plano da redenção.
Cabe ressaltar que o pecado original que surgiu através do anjo de luz no Céu (Is 14:12-14), tem sido hoje
multiplicado através da vida de inúmeras pessoas, as quais você é chamado para resgatar. Através dos
conteúdos escritos nessa revista, você ensinará que um mordomo fiel, prioritariamente, deve:
1. Reconhecer o seu lugar frente a graça e a soberania dAquele que nos confiou o mundo
Criado por Suas mãos.
2. Compreender o valor inestimável do amor e sacrifício divino por nós, tornando nosso coração
tremendamente grato, valorizando cada dádiva que diariamente temos recebido de nosso Pai
do Céu. Dessa forma, consequentemente, reagiremos assim como fazia Davi em louvor a tudo
que havia recebido do Supremo Rei e Senhor (Sl 116:12-14).
4. Planejar sua vida em todos os aspectos com prioridades, organização e equilíbrio, buscando
Deus sempre em primeiro lugar em sua vida. (Mt 6:33).
5. Conectar intensamente sua alma à fonte da vida, através da comunhão da mente, do corpo
e do espírito com o Criador, Redentor e Mantenedor, permitindo uma transformação completa
que induzirá ao amor mais puro a Deus e aos nossos semelhantes. (Rm 12:1-2).
Os desafio a viverem as palavras deixadas por Paulo à igreja de Tessalônica, sendo bem reais para os dias que
hoje vivemos:
“Irmãos, devemos sempre dar graças a Deus por vocês; e isso é justo, porque a fé que vocês têm cresce cada
vez mais, e muito aumenta o amor de todos vocês uns pelos outros.” 2 Tessalonicenses 1:3-12
Seja bem-vindo!
Nós desejamos o seu crescimento!
Princípio do
RECONHECIMENTO
Revista - Princípios de Crescimento 7
Cada ato de um cristão deve estar em harmonia com as orientações encontradas na Bíblia. Muito
provavelmente você já teve a experiência, ao estar viajando, de pedir a Deus que coloque em seu
caminho pessoas com as quais possa conversar e apresentar o amor de Cristo. Ao iniciar um diálogo
com elas sempre acabamos chegando a um tema espiritual. À medida que o papo prossegue,
surge a pergunta: “Você é religioso?” Eu respondo que sim. A pergunta natural que vem a seguir é
a qual denominação religiosa pertenço. Digo que sou adventista do sétimo dia, o que gera outros
questionamentos do tipo: “Como é a Igreja Adventista? Como ela funciona?”
Já respondi a estas questões de diversas maneiras, mas já faz algum tempo que tenho dito apenas
que a Igreja Adventista do Sétimo Dia é movida por princípios bíblicos. Assim, tudo o que fazemos
e/ou cremos precisa estar baseado na Palavra de Deus.
A oferta de Saul. Deus havia orientado o rei por intermédio do profeta Samuel quanto ao que
deveria ser feito. Estava claro que Saul deveria destruir completamente os amalequitas, tanto
as pessoas quanto os animais. Mas, após a batalha, ao se aproximar de Saul, Samuel escuta o
barulho de alguns animais, ao que pergunta: “Saul, que barulho é esse que eu estou ouvindo?” E
Saul enchendo o peito diz: “Ah, você vai até me parabenizar! Eu guardei o melhor dos animais para
oferecer a Deus em adoração!” A Bíblia afirma que a resposta do profeta foi: “Obedecer é melhor
do que oferecer sacrifícios” (1Sm 15:22). Em outras palavras, Deus espera do homem mais do que
simplesmente sacrifícios e adoração: Ele espera sacrifícios e adoração baseados em princípios
bíblicos.
Adoração é o centro do grande conflito. A questão que está no cerne do grande conflito é
justamente ‘a quem e como vamos adorar’. Sem dúvida, Satanás não quer que você adore a Deus,
e se você decide fazer isso ele tentará induzi-lo a fazer da maneira errada, pois sabe bem que
adorar a Deus de maneira contrária ao que foi revelado é o mesmo que não adorar a Deus. Por isso
os princípios que movem a adoração se tornam fundamentais no grande conflito em que estamos
inseridos.
8 Revista - Princípios de Crescimento
Recursos para o ministério e o uso do dízimo. Descobriu-se que a fonte de pagamento para os
pastores deveria ser o dízimo. “Dou aos levitas todos os dízimos em Israel como retribuição pelo
trabalho que fazem ao servirem na Tenda do Encontro” (Nm 18:21). Esta passagem bíblica aponta
para o fato de que o dízimo pertence ao Senhor, e que Ele mesmo estabeleceu que tal recurso
deveria ser usado para a manutenção dos levitas. A comissão entendeu e decidiu que biblicamente
era correto estabelecer que pastores adventistas, assim como os levitas, deveriam ser mantidos
com os recursos provenientes do dízimo.
Média da riqueza e pobreza de Israel. Outro princípio estabelecido pelos pioneiros pode ser
encontrado em Números 18:20. “Disse ainda o Senhor a Arão: Você não terá herança na terra
deles, nem terá porção entre eles; Eu Sou a sua porção e a sua herança entre os israelitas”.
Há aqui algo belíssimo para ser entendido. Não havia problema algum em alguém ser muito rico
em Israel, mas a maneira de tornar-se rico naquele contexto era recebendo um pedaço de terra
para criar animais, plantar... Onze das doze tribos haviam recebido sua herança, a sua porção da
terra de Canaã. No entanto, a tribo dos levitas não recebeu nenhuma terra. Deus havia dito: “Eu Sou
a riqueza de vocês!” Assim, recebendo dos dízimos, eles nunca poderiam chegar a ser os mais
ricos em Israel, mas tampouco eram os mais pobres. Viviam na média, recebendo 10% (dízimo) da
riqueza e da pobreza de Israel.
A Igreja Adventista viu nesse princípio que seus pastores deveriam ganhar do dízimo, mas não a
ponto de enriquecerem com isso. Tratando o assunto de maneira mais clara e aberta, os tantos
casos em diversas denominações de pastores multimilionários são uma aberração desde uma
perspectiva bíblica. Definiu-se então que se um adventista deseja enriquecer não há problema
algum nisto, desde que não receba o seu salário da denominação.
Tudo o que foi apresentado até aqui objetiva mostrar a base bíblica para as questões financeiras
da Igreja. Há, contudo, outras questões que circulavam entre nossos primeiros membros: “De
que maneira os dízimos e ofertas deveriam ser recolhidos na IASD? Como se daria o processo de
pagamento dos pastores? Cada congregação ficaria responsável por manter o seu próprio pastor
Revista - Princípios de Crescimento 9
como ocorre em outras denominações?” O trecho a seguir lançará luz sobre as respostas que foram
encontradas para estes questionamentos.
Nem todos faziam a mesma coisa, mas todos ganhavam com a mesma base. Ao se estudar os
detalhes do trabalho dos levitas na Bíblia é possível descobrir que essa tribo estava dividida
por famílias e que cada uma delas possuía uma atividade específica sob sua responsabilidade.
Havia uma família cuja única atribuição era dirigir o louvor no templo; outra era responsável pela
zeladoria do tabernáculo; outra se ocupava em montar e desmontar o acampamento. A família
mais conhecida era a de Arão, responsável por dirigir todo o ritual dos sacrifícios no santuário. Eis o
princípio abordado aqui: embora nem todos os levitas fizessem as mesmas tarefas, todos ganhavam
com a mesma base salarial.
Isso está mais bem descrito em 2 Crônicas 31:15: “Debaixo das suas ordens estavam Éden, Miniamim,
Jesua, Semaías, Amarias e Secanias, nas cidades dos sacerdotes, para com fidelidade pagarem as
porções aos seus irmãos, segundo os seus turnos, tanto a pequenos como a grandes”. O termo
“tanto a pequenos como a grandes” aponta o fato de que todos os sacerdotes, desde o sumo
sacerdote até ao levita que zelava pelo tabernáculo, todos ganhavam com a mesma base salarial.
Assim sendo, tal princípio também foi adotado pela Igreja Adventista, de modo que todos os seus
pastores recebem sob a mesma base salarial. A denominação adota um fator percentual para
remunerar a cada um deles independentemente de onde atuem ou qual função exerçam dentro
da denominação. Seja nos templos, ou em funções de escritório, todos têm o mesmo salário, do
mesmo modo como acontecia com os levitas que ocupavam diferentes responsabilidades, mas
possuíam a mesma base.
É importante lembrar que isso se aplica ao salário, pois algumas funções pastorais preveem
atendimento a um território maior que outros, exigindo assim um reembolso diferente. Por exemplo:
a geografia de atuação de um pastor distrital que atende a oito templos não é a mesma que a
de um diretor de departamento de uma sede administrativa, responsável por um ou mais Estados
(Uniões), atendendo a duzentas igrejas. Assim, embora o salário de ambos possua a mesma base,
logicamente as despesas de viagem não serão ser as mesmas. Para tais casos, estes recursos
adicionais são chamados de reembolsos e não fazem parte da base salarial do pastor por se tratar
de despesas operacionais do trabalho. Outro fato que auxilia na transparência e assertividade na
Igreja Adventista do Sétimo dia na aplicabilidade dos princípios bíblicos, é o de que todo o processo
é acompanhado por auditores.
serem a residência dos levitas (Nm 35:7-8). Atualmente, poderíamos denominar este modelo de
distritos pastorais dos levitas.
Os parágrafos anteriores apresentam a base bíblica para lidar com os recursos para a manutenção
do ministério pastoral adventista. Contudo vale ressaltar que: 1) o povo de Deus sempre reuniu os
recursos em um único lugar para depois pagar os levitas de maneira igualitária quando estavam
Revista - Princípios de Crescimento 11
andando nos caminhos do Senhor; 2) Israel abandonou estes princípios ao se afastar de Deus.
“E disse Jeroboão no seu coração: Agora tornará o reino à casa de Davi. Se este povo subir para
fazer sacrifícios na casa do SENHOR, em Jerusalém, o coração deste povo se tornará a seu senhor,
a Roboão, rei de Judá; e me matarão, e tornarão a Roboão, rei de Judá. Assim o rei tomou conselho,
e fez dois bezerros de ouro; e lhes disse: Muito trabalho vos será o subir a Jerusalém; vês aqui teus
deuses, ó Israel, que te fizeram subir da terra do Egito.” 1 Reis 12:26-28
No entanto, temendo uma reconciliação das tribos do norte com as tribos do sul (caso as dez tribos
do norte continuassem indo a Jerusalém a fim de devolver seus dízimos e ofertas), decidiu construir
altares nas cidades de Dã e Betel onde o povo, pela primeira vez, iria descentralizar os recursos da
causa de Deus. Vale notar que seu primeiro decreto como rei não foi para que o povo parasse de
observar o sábado como dia de descanso, mas que deixasse de levar os dízimos para Jerusalém.
tentativa de descentralização dos recursos sagrados. Ao obter sucesso nesta questão, cada
indivíduo começa a lidar com os recursos de Deus como bem quer, e a unidade do Seu povo é
ameaçada. A história registra para nós como exemplo e advertência que, a partir daquele momento,
o povo de Israel nunca mais se uniu novamente.
Será que você consegue agora perceber o perigo de alguém dizer que irá devolver o dízimo
apenas se ele ficar na igreja local? Como adventistas, não somos um único templo, mas uma família
espalhada por toda a Terra. A missão a nós confiada é de caráter mundial, e não local. O plano
estabelecido por Deus para a administração e uso dos recursos provenientes dos dízimos e das
ofertas visa atender Seu povo como um todo ao redor do mundo.
Um apelo a ser feito. Sinceramente, desejo que você, amigo leitor, tenha compreendido que a
maneira como a Igreja Adventista lida com os recursos não está baseada em uma invenção
humana, mas em um claro “Assim diz o Senhor”. Esta é uma das maneiras propostas por Deus para
nos manter unidos como povo. Ellen G. White afirma que “a unidade é a força da igreja. Satanás o
sabe, e emprega toda a sua força para introduzir dissensão. Ele deseja ver falta de harmonia entre
os membros da igreja de Deus. Deve ser dada maior atenção à questão da união.”
Deseja você adorar a Deus através dos dízimos e ofertas? Então tome a decisão de fazê-lo não
como você quer, não como acredita ser a melhor maneira, ou a mais lógica ou fácil. Se deseja ser
fiel, faça isto seguindo os princípios e orientações bíblicos. No grande conflito entre o bem e o mal
em que estamos envolvidos, Deus e a Sua Palavra são a única base segura para nossa correta
adoração.
Fixando o aprendizado:
De acordo com a palavra de Deus, o que vem antes, obedecer ou
sacrificar?
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14 Revista - Princípios de Crescimento
Princípio da
GRATIDÃO
Revista - Princípios de Crescimento 15
Como determinar quando devo entregar uma oferta e também a quantia a ser dada? Posso confiar
em minhas emoções, percepções ou sentimentos, ou existem critérios baseados na revelação
(Bíblia e Espírito de Profecia) para nortear estas decisões? São as ofertas tão importantes e
requeridas quanto o dízimo ou pertencem a uma categoria inferior? Devo ofertar a cada vez que
dou o dízimo ou as ofertas são “voluntárias”, no sentido de que sou livre para decidir “conforme meu
coração mandar”? O que deve motivar minha oferta? Um bom projeto, uma necessidade urgente
de minha igreja, uma profunda emoção motivada por uma experiência mística, ou nenhuma destas
coisas?
Ofertas devem ser dadas como parte da adoração a Deus (Sl 27:6), oferecida por um coração
justificado e que confia nEle (Sl 4:5). São oferecidas como uma expressão de confiança nEle (Sl 4:5),
e de gratidão por bênçãos tangíveis e intangíveis (Sl 116:17-19).
Sem os elementos descritos acima, ofertas são consideradas por Deus como sendo uma
abominação (Pv 21:27), tornando-se detestáveis à vista de Deus (Is 1:11), não importando a quantia
entregue. Revelando o quanto a motivação para dar pode afetar o relacionamento com Deus,
Ellen G. White diz, por exemplo, que “seria melhor não dar absolutamente nada do que dar de
má vontade; pois se dermos de nossos meios quando não temos o espírito de dar liberalmente,
zombamos de Deus.”
relevantes. Como eventualmente pode não haver apelos, e nossas percepções nem sempre são
dignas de confiança (Jr 17:9), somos encorajados por Deus a trazer nossas ofertas utilizando critérios
baseados em princípios.
Provérbios 3:9 indica que as ofertas devem ser apresentadas ao Senhor a cada vez que houver
renda ou ganho, assim como acontece com o dízimo. É uma maneira de reconhecer que Ele é
a fonte de qualquer renda ou bênção. A falha em trazer regularmente as ofertas a cada vez em
que o dízimo é devolvido (cada vez que houver uma renda ou aumento), pode indicar que Deus
não é reconhecido como sendo o Originador de todas as bênçãos. Essa atitude é claramente
identificada em Sua Palavra como desonestidade para com Ele (Ml 3:8-9). Não apenas os recursos
são desviados, mas sua glória é roubada.
Paulo aconselha, então, o estabelecimento de um propósito ou de um voto definido no coração,
e relacionado às dádivas (2Co 9:7), algo que não varie de acordo com as circunstâncias ou
sentimentos. Um voto de ofertar ao Senhor a cada vez que Ele envia um ganho ou renda (Pv 3:9),
ajudará o crente a escapar de armadilhas comuns a um coração afetado pelo pecado (Jr 17:9),
levando-o a ofertar regularmente, com base em princípios. Dessa maneira, o crente traz a sua
oferta a cada vez que é abençoado por Deus com uma entrada ou renda. E a cada vez que entrega
sua oferta, confessa seus pecados e pede a Deus um coração novo, grato, sensível à influência do
Espírito Santo (Os 6:6), reconhecido pelas bênçãos já recebidas. De outro modo, a oferta, mesmo
que recebida pela igreja, não pode ser aceita por Deus (Is 1:11-17).
Quantia ou Proporção?
Deve a oferta regular ser entregue como uma quantia fixa, previamente escolhida pelo adorador,
ou deve ser uma porcentagem da renda? Ao contrário do dízimo, cuja porcentagem é claramente
estabelecida pelo Senhor (10%), a Bíblia não especifica uma proporção ou quantia a ser entregue
pelo ofertante, porque esta tarefa é deixada para o adorador. Paulo, ao sugerir que uma proposta
deve ser feita “no coração” (2Co 9:7), como vimos acima, indica também que a decisão sobre o
quanto dar não deve ser coletiva, não deve ser baseada na sugestão de líderes, e nem mesmo
na pressão de um grupo. Ao contrário, é uma decisão privada, que deve ser tomada na presença
de Deus, sob a guia do Espírito, como uma forma de adorá-lO. Ao decidir de antemão quanto
entregarei (além da regularidade com que entregarei minhas ofertas), não mais serei deixado ao
controle das mutáveis inclinações de meu coração pecador.
Mas como deveria ser esta proposta? Devo propor um montante, uma quantia fixa a ser entregue
regularmente, ou uma porcentagem da renda, como é o caso do dízimo?
proposta pode se tornar insignificante se comparada à nova renda, não refletindo assim um nível
apropriado de gratidão.
É por isso que parece mais prudente que cada crente (mesmo aquele sem renda) faça uma
proposta de ofertar regularmente uma porcentagem da renda, e não uma determinada quantia.
Esta decisão de ofertar regularmente uma porcentagem da renda (que chamamos de Pacto), não
deve ser baseada em uma expectativa de bênçãos a serem recebidas, mas em um profundo senso
de gratidão pelas bênçãos já recebidas. Esta foi a motivação de Jonas, quando cantou, depois de
seu livramento: “Mas com a voz do agradecimento, eu te oferecerei sacrifício; o que votei pagarei.
Ao Senhor pertence a salvação!”. (Jn 2:9).
Uma abordagem proporcional para contribuições financeiras não relacionadas ao dízimo na Bíblia.
Parece que a Bíblia implicitamente favorece uma abordagem proporcional (ou uma porcentagem
da renda) como sendo mais apropriada para demonstrar gratidão, generosidade e liberalidade,
mesmo em dádivas não relacionadas ao dízimo.
A história de Zaqueu é um dos exemplos no Novo Testamento (Lc 19:8-9). Como um hábil
contabilista, em lugar de prometer entregar uma determinada quantia para os pobres, ele
prometeu dar uma específica proporção (ou porcentagem) de seus bens (50%). O princípio do
dízimo provavelmente treinou muitos judeus como Zaqueu, a usar uma abordagem proporcional
para resolver algumas questões matemáticas ou financeiras, o que requer uma lógica ligeiramente
mais elaborada do que a abordagem mais simplista da “quantia fixa”.
Ananias e Safira não foram condenados por falharem em trazer uma oferta. Na verdade, trouxeram
uma determinada quantia, que talvez nem tenha sido pequena. O problema foi que o casal reteve
“parte do preço, e levando o restante, depositou-o aos pés dos apóstolos”. (At 5:2, itálico provido).
Como a ideia de “parte” também pode ser expressa como “uma proporção” ou porcentagem do
valor total, então a razão que provocou não somente a morte do casal, mas também sua perdição
eterna, está relacionada com a entrega de uma proporção diferente daquela que havia sido
implícita ou explicitamente prometida (100%).
A viúva pobre também foi louvada não pela quantia devolvida, a qual era de todos os modos
insignificante. Na verdade, a viúva foi elogiada pela proporção dada, que na verdade foi “tudo... o
que ela tinha” (Lc 21:1-4). Ora, a palavra “tudo” se expressada em porcentagem, é cem por cento
(100%)!
Ao chamar a atenção para este episódio, Jesus demonstrou que o que Deus valoriza é a proporção
da renda que é entregue, e não o montante em si. Uma das vantagens desta abordagem
proporcional é que ela coloca ricos e pobres em pé de igualdade, fazendo inclusive com que
pobres, como no caso da viúva, possam dar muito mais do que os ricos, ao menos pelos critérios
de Deus. Ellen G. White apresenta esta mesma ideia quando afirma que através desta história “...
[Jesus] ensinou que o valor da oferta é estimado não pela quantidade [quantia], mas pela proporção
em que é dada e pelos motivos que moveram o doador”.
Paulo. Em 1 Coríntios 16:2, Paulo também indica que a contribuição precisa ser “conforme a sua
prosperidade” (ARA) ou “de acordo com a sua renda”(NVI) – uma indicação de que Deus espera
mais daqueles que tem renda maior, e menos daqueles que tem renda menor – o que sugere uma
abordagem proporcional.
No Antigo Testamento, o conceito proporcional também foi aparentemente escolhido por “alguns
dos cabeças” no tempo de Esdras (Ed 2:68, 69), os quais “deram voluntárias ofertas para a Casa de
18 Revista - Princípios de Crescimento
Deus, para a restaurarem no seu lugar. Segundo os seus recursos, deram para o tesouro [...]”. Aqui
também parece haver a indicação de proporcionalidade, sendo a oferta maior esperada daqueles
que tinham mais recursos, e uma oferta menor daqueles que possuíam menos.
Em Deuteronômio 16, Moisés diz que a oferta deve ser dada “segundo o Senhor, teu Deus, te
houver abençoado” (verso 10) ou “na proporção em possa dar, segundo a bênção que o Senhor, seu
Deus, lhe houver concedido” (veja o verso 17). Neste caso, é o tamanho da benção do Senhor que
determina o tamanho da oferta, dada “na proporção” da bênção. Uma benção maior sempre deve
gerar uma oferta maior, e uma benção menor, uma oferta menor.
Em ambos os versos (Dt 16:10, 17), estão implícitas as ideias, de regularidade (a oferta é dada quando
há uma bênção) e proporcionalidade (a oferta é dada na proporção da bênção). Parece estar claro
que Deus esperava também por ofertas (não somente o dízimo) a cada vez que ocorria uma bênção
(renda ou aumento de renda), e que estas deveriam ser dadas segundo o sistema proporcional.
como sendo a medida de nossa obrigação. E Ele deseja que demos regular e sistematicamente”.
Além de transmitir a ideia de que [1] o dar ofertas é algo tão mandatório quanto o retorno do dízimo,
ela coloca [2] ambos, dízimos e ofertas, como fazendo parte de um mesmo sistema: “a medida de
nossa obrigação”! O texto também afirma que o Senhor deseja que ambos sejam dados de uma
maneira regular e sistemática.
Como estas palavras, regular e sistemática, não são sinônimas, surgem agora duas perguntas.
Primeira, o que define a regularidade? E segunda, o que está incluído nesse sistema, e como ele
funciona? A próxima citação sugere uma resposta parcial às duas perguntas: “No sistema bíblico
de dízimos e ofertas, as quantias pagas por várias pessoas certamente variarão muito, visto serem
proporcionais às rendas”. Essa declaração assume que [1] existe um sistema (a palavra sistema
está no singular); também indica que [2] ambos, dízimos e ofertas regulares, estão debaixo deste
mesmo sistema; e que [3] ambos, dízimos e ofertas, devem ser dados como uma proporção (ou
porcentagem) da renda.
Se dízimos e ofertas estão debaixo de um mesmo sistema, podemos entender melhor o sistema
que rege a oferta quando compreendemos o sistema que governa o dízimo. Se devolvemos o
dízimo regularmente, a cada vez que há renda, e se o dízimo é uma proporção da renda, então
podemos esperar que a oferta também deva ser devolvida com a mesma regularidade, e também
de forma proporcional à renda (ou percentual), ainda que a proporção não seja necessariamente a
mesma.
Mas o que estaria incluído neste sistema? Analisando alguns dos mais conhecidos textos do Espírito
de Profecia, concluímos que o Senhor estabeleceu a devolução do dízimo e o ato de dar ofertas
debaixo de dois princípios básicos: regularidade e sistema. Ellen G. White diz, por exemplo, que
“essa questão de dar não é deixada ao impulso”. (Na verdade, o “dar por impulso” é baseado em um
sistema espúrio, uma contrafação do sistema verdadeiro sistema divino.) Em lugar dos “impulsos”
como motivação para dar, “Deus nos deu instrução a esse respeito. Especificou os dízimos e ofertas
como sendo a medida de nossa obrigação. E Ele deseja que demos regular e sistematicamente”.
Além de transmitir a ideia de que [1] o dar ofertas é algo tão mandatório quanto o retorno do dízimo,
ela coloca [2] ambos, dízimos e ofertas, como fazendo parte de um mesmo sistema: “a medida de
nossa obrigação”! O texto também afirma que o Senhor deseja que ambos sejam dados de uma
maneira regular e sistemática.
Como estas palavras, regular e sistemática, não são sinônimas, surgem agora duas perguntas.
Primeira, o que define a regularidade? E segunda, o que está incluído nesse sistema, e como ele
funciona? A próxima citação sugere uma resposta parcial às duas perguntas: “No sistema bíblico
de dízimos e ofertas, as quantias pagas por várias pessoas certamente variarão muito, visto serem
proporcionais às rendas”. Essa declaração assume que [1] existe um sistema (a palavra sistema
está no singular); também indica que [2] ambos, dízimos e ofertas regulares, estão debaixo deste
mesmo sistema; e que [3] ambos, dízimos e ofertas, devem ser dados como uma proporção (ou
porcentagem) da renda.
Se dízimos e ofertas estão debaixo de um mesmo sistema, podemos entender melhor o sistema
que rege a oferta quando compreendemos o sistema que governa o dízimo. Se devolvemos o
dízimo regularmente, a cada vez que há renda, e se o dízimo é uma proporção da renda, então
podemos esperar que a oferta também deva ser devolvida com a mesma regularidade, e também
de forma proporcional à renda (ou percentual), ainda que a proporção não seja necessariamente a
mesma.
20 Revista - Princípios de Crescimento
Na verdade, a ideia de proporcionalidade aparece de forma bem explícita nos escritos de Ellen G.
White. Tendo em mente à viúva pobre, ela afirma, por exemplo, que “... as dádivas dos pobres, ...
não são avaliadas segundo a importância [quantia] doada, mas de acordo com o amor que inspira
o sacrifício...”, e então acrescenta no mesmo parágrafo que “a providência de Deus delineou todo
o plano da doação sistemática para bem do homem”. Se as ofertas não são consideradas pela
quantia dada, então como seriam avaliadas?
O texto acima diz que a as ofertas são avaliadas pelo “amor que inspira o sacrifício”. O contexto
parece indicar aqui uma alusão ao sistema proporcional, porque quanto maior o amor que gera
o sacrifício (da renda, subentendido), melhor seria a avaliação da oferta. Então, quem ama pouco,
sacrifica pouco da renda, e teria sua oferta também avaliada em pouco. E é dentro deste contexto
que aparece uma menção ao plano da doação sistemática, como tendo sido ideado para o
benefício do ser humano. Ao mesmo tempo que o amor pode gerar o sacrifício, o sacrifício também
pode produzir afeições, já que “onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração” (Mt 6:21).
Um outro exemplo, ainda mais explícito, aparece em um texto já apresentado mais acima, quando
analisamos ligeiramente a oferta da viúva pobre. Ali, Ellen G. White afirma que “o valor da oferta é
estimado não pela quantidade [quantia], mas pela proporção em que é dada e pelos motivos que
moveram o doador”.
E por que será que Deus usa a proporção dada, e não a quantia, como critério para avaliar a
oferta? Se a quantia fosse o critério de avaliação, os ricos estariam em grande vantagem sobre
os pobres! Mas graças a Deus, as balanças do santuário celestial são diferentes das balanças
humanas! O Senhor deseja que entendamos que ainda que a quantia ou o montante seja grande,
a oferta apenas será “estimada” se for dada de acordo com o sistema correto, que inclui a ideia de
proporcionalidade!
Mas será que não posso dar ofertas à minha maneira? A história de Caim e Abel (Gn 4) ilustra
quão crucial é obedecer ao sistema de ofertas proposto por Deus. Nenhum dos dois era ateu, e
nenhum deixou de trazer sua oferta. Mas somente aquele que a entregou de acordo com o sistema
estabelecido por Deus teve a oferta aceita. Isto indica que não basta entregar uma oferta. Para que
seja aceita, é preciso que seja entregue em obediência ao sistema criado por Deus. Fica claro que
a adoração precisa obedecer às preferências dAquele que é adorado, e não ao gosto do adorador.
Conclusão
A compreensão a respeito deste sistema levou-me a tomar a decisão de adotá-lo, e já o faço a mais
de 45 anos. Decidi que a regularidade de ambos, meus dízimos e ofertas, será determinada pela
regularidade de minha renda. Também seguindo à orientação de Deus, resolvi que minha oferta
será calculada como uma proporção, ou porcentagem, da renda. À semelhança do que faço com
o dízimo, minha oferta também será entregue “antes de qualquer outra parte ser gasta”, e com a
graça de Deus, quero agir assim até o fim da vida.
Agora o chamado de Deus é para você. Seja para renovar este pacto ou para fazê-lo pela primeira
vez, este é um chamado para uma experiência mais íntima com Ele, de confiança, de dependência
dEle! Agora mesmo você pode fazer uma proposta, um pacto com Deus (2Co 9:7), confirmando
que a oferta será dada a cada vez que houver renda (Pv 3:9, 10). Em oração, você também pode
escolher agora a porcentagem inicial de sua renda que será regularmente ofertada ao Senhor.
Revista - Princípios de Crescimento 21
Por que Ele “é o meu [e seu] pastor” (Sl 23:1), promete cuidar de você e prover todas as suas
necessidades (Fl 4:19). O Seu convite e promessa para aqueles que nEle se refugiam, é: “Temei o
Senhor, vós os seus santos, pois nada falta aos que o temem. Os leõezinhos sofrem necessidade
e passam fome, porém aos que buscam o Senhor bem nenhum lhes faltará” (Sl 34:9, 10). Confie,
porque os Seus olhos “repousam sobre os justos, e os seus ouvidos estão abertos ao seu clamor”
(Sl 34:15). Não há mesmo o que temer.
Fixando o aprendizado:
O que é mais importante, o dízimo ou a oferta?
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22 Revista - Princípios de Crescimento
2. Em Conselhos sobre Mordomia, página 15, Ellen G. White diz que “É o egoísmo o mais forte e mais
generalizado dos impulsos humanos . . . Portanto, em nosso trabalho e nas nossas dádivas à causa
de Deus, não é seguro ser dominado pelos sentimentos ou pelo impulso. Dar ou trabalhar quando
são despertadas as nossas simpatias, e reter nossas dádivas ou serviço quando as emoções não
são estimuladas, é rumo inseguro e perigoso.”
3. “[Ao dar,] devem os cristãos agir guiados por princípios fixos, seguindo o exemplo de abnegação e
de sacrifício-próprio do Salvador”. (Ellen G. White, Conselhos sobre Mordomia, p. 16).
4. A não ser que indicado de outra forma, todos os textos Bíblicos deste artigo foram retirados da
versão Almeida Revista e Atualizada (ARA), copyright de 1988, 1993, da Sociedade Bíblica do Brasil.
5. Ou “Promise” em inglês.
Princípio da
DISPONIBILIDADE
24 Revista - Princípios de Crescimento
O engajamento ativo dos membros na missão de Deus para reconciliar o mundo com Ele,
foi um dos maiores desafios da igreja primitiva. Quando ainda estava na terra, Jesus aconselhou
os seus discípulos a intercederem ao Pai quanto a solução deste problema dizendo: “A seara, na
verdade, é grande, mas os trabalhadores são poucos. Rogai, pois, ao Senhor da seara que mande
trabalhadores para a sua seara. (Mt 9:37-38).
Hoje a situação não é diferente, várias escusas são apresentadas para a não participação na grande
comissão ordenada por Cristo em Mateus 28:19-20. Veja os dados apresentados por Thumma e Bird
(2011):
• Diminuição da fé: 34%
• �Pouca disponibilidade de tempo: 34%
• Trabalho ou posição de liderança: 27%
• �Visão muito negativa da igreja: 25%
• �Filhos pequenos: 10%
Ao observar a história do cristianismo, podemos ter uma resposta para esta recusa por parte da
maioria dos membros da igreja em participar da missão de Deus. Uma das repostas concentra-
se na falha da reforma protestante ocorrida no século 16 em executar toda a proposta que era
pretendida. Martinho Lutero anunciou a descoberta de que nós somos o povo de Deus e podemos
nos conectar diretamente com Ele, sem precisar de outro intercessor, é o que chamamos de
“aspecto vertical”. Contudo o “aspecto horizontal” definido como a prática do nosso sacerdócio de
uns para com os outros não foi efetivada.
Talvez a raiz de hoje termos a maior parte dos membros da igreja em estado de inércia
ou paralisados na missão, seja por conta da implementação de um conceito institucionalizado de
igreja. Para o Lutero e Calvino, incontestavelmente homens usados por Deus para contrapor o
pensamento da igreja Romana, que atribuía ao clero (padres, bispos, etc.) um valor espiritual que
neutralizava o sacerdócio do povo de Deus e sua participação na missão. Para estes reformadores,
igreja é o local onde a palavra de Deus é corretamente proclamada, as cerimônias são corretamente
administradas e alguns acrescentam um terceiro elemento do exercício da aplicação adequada da
disciplina eclesiástica.
Facilmente observamos que existe um domínio dos ministros neste modelo de ser igreja
e uma passividade dos membros que são o corpo de Cristo, o que difere claramente do conceito
apresentado pelo apóstolo Paulo para a igreja de Corinto (1Co 12-14), onde o conceito de igreja
é representado de forma orgânica através da parábola do corpo, onde cada membro tem uma
Revista - Princípios de Crescimento 25
Passo #1
Conhecer o que são os dons espirituais.
O apóstolo Paulo aconselhou as igrejas de Corinto, Romanos e Éfeso com relação a alguns
problemas que estavam acontecendo com elas; em Corinto, especialmente, existia uma má
interpretação dos dons espirituais. Ele escreveu algumas listas e apontou os dons espirituais (1Co
12:8-10; 12:28-30; Rm 12:6-8; Ef 4:11) como necessários para fazer frente a esses casos, com um
propósito e um contexto particular. Logo as listas eram educativas, representativas e não exaustivas.
Sobre a má interpretação da igreja de Corinto, onde muitos membros acreditavam que os dons
espirituais que apresentavam uma manifestação especial do Espírito, davam supremacia espiritual
ao seu possuidor, Ele refuta esse conceito, dizendo que o Espírito age de diversas maneiras, não
apenas de forma sobrenatural, mas através das habilidades comuns de cada pessoa (1Co 12:4-6,
9). Ellen White decaclara: “Dons naturais e adquiridos são todos dádivas de Deus e precisam ser
constantemente mantidos sob o controle do de Seu Espírito, e de Seu divino e santificador poder.
26 Revista - Princípios de Crescimento
Passo #2
Descobrir os dons espirituais
Em posse do conhecimento bíblico descrito no Novo Testamento sobre os dons espirituais, é
importante descobrir qual o dom que Deus escolheu para ser colocado em função da edificação
da sua igreja e do crescimento do Seu Reino. Para isso:
• Dedique tempo em oração;
• Busque saber quais as necessidades da sua igreja;
• Descubra quais as necessidades da sua comunidade;
• Não despreze a sua paixão;
• Tente servir em várias áreas de ministérios;
• Dê atenção ao feedback honesto das pessoas próximas de você.
Passo #3
Aplicar os conhecimentos sobre os dons espirituais à vida diária.
Uma vez determinado através da busca do Senhor, do aconselhamento de pessoas íntegras, e da
própria experiência de vida, qual o dom espiritual a ser exercido na obra do Senhor, é necessário
aplicar essas dádivas (Tg 1:17) na vida diária. É importante que se compreenda como: transformar os
talentos em ministérios; os perigos que ameaçam o ministério; fazer um planejamento pessoal para
o uso dos talentos; construir conexões com as pessoas; o combustível que move o ministério; o uso
da plataforma de trabalho para o emprego dos talentos.
Passo #4
Fazer os talentos serem um instrumento para a edificação da igreja e
para a salvação de pessoas.
Para que o corpo de Cristo seja edificado e o Seu Reino cresça, é necessário que os membros
da sua igreja dediquem os seus talentos para o serviço do Senhor. Em cada área da comunidade
(saúde, educação, economia, ciência e tecnologia, sociedade, governo, comunicação, agricultura
e hobbies) Deus colocou os seu coobreiros com dotes do Espírito para fazer a diferença na vida
das pessoas. Os seus filhos não cursaram uma profissão unicamente para a manutenção diária,
aprenderam uma habilidade ou receberam uma dotação especial do Espírito para exaltação
própria. Deus, na sua presciência, tem um plano poderoso para usar os talentos dos seus filhos
no grande plano de redenção dos seres humanos. Segue alguns exemplos do uso desse dons no
trabalho e na vida diária (ver lista completa no livro Meu Talento, Meu Ministério):
Revista - Princípios de Crescimento 27
• Agricultor: Doe parte do produto cultivado para alguma família que esteja passando
necessidades, e ao mesmo tempo diga para os seus membros que o Senhor nunca os desamparou.
(Faça um convite para que a família possa ir a um programa na igreja)
Para que o movimento de salvação “Meu Talento, Meu Ministério” se torne efetivo, se faz necessário
que algumas ações sejam realizadas pela liderança da igreja local, visando a utilização das
principais estruturas que a igreja usa para a mobilização dos seus membros. Veja as ações e o papel
que cada estrutura abaixo deve realizar para que este alvo de concretize:
• 1. É necessário que se realize uma pesquisa, que inicialmente pode ser básica, sobre
as principais necessidades da comunidade que a igreja assiste, que na maioria das sociedades
compreendem: a situação da saúde, educação, segurança, emprego, lazer e moradia.
• 2. O “Meu Talento, Meu Ministério” deve ser entendido não como mais um programa, mas
um movimento de mobilização de membros através do uso dos seus talentos, que remonta a um
desejo da igreja primitiva (Mt 9:37-38), e o seu lançamento na igreja deve acontecer através de
um período de oração, jejum, estudo da Bíblia e do Espírito de Profecia sobre o papel da igreja
na comunidade (ver livro Igreja em Missão), bem como o ensino bíblico concernente aos dons
28 Revista - Princípios de Crescimento
• 3. Cada membro precisa ter a oportunidade de ser ajudado a descobrir sobre o papel que
ele precisa desempenhar para que o Reino de Cristo cresça, e ao mesmo tempo expressar os seus
anseios, temores e perspectivas sobre a sua participação na missão, os quais serão percebidos
através de um mutirão de entrevistas que podem ser realizadas pelo pastor, anciãos, professores
da Escola Sabatina ou líderes de Pequenos Grupos, líderes do Clube de Desbravadores, etc.
Segue abaixo algumas perguntas que devem ser respondidas por todos aqueles que querem
ser igreja de Deus e trabalhar para o crescimento do Seu Reino através do uso dos talentos que
o Senhor lhes tem concedido, através da saúde, força, influência, capacidades, recursos e do
uso das habilidades herdadas e adquiridas, além dos dotes sobrenaturais do Espírito. Responda
com bastante reflexão e oração sobre o assunto, não esperando receber de Deus um presente
semelhante a uma poção mágica, e sim colocando-se à disposição do Espírito para atuar ou
exercer o papel que o Senhor designou hoje para você.
Fixando o aprendizado:
1. De acordo com a sua experiência pessoal, qual a maior necessidade
da sua igreja, e como você poderia ajudá-la a cumprir a missão de
Deus?
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2. De acordo com a sua visão, o que você poderia fazer para ajudar a
sua comunidade em alguma de suas necessidades?
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______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
30 Revista - Princípios de Crescimento
11. Que ações você pode praticar nesse ano para cumprir esse
objetivo?
1 – Trimestre __________________________________________________________________________
2 – Trimestre __________________________________________________________________________
3 – Trimestre __________________________________________________________________________
4 – Trimestre __________________________________________________________________________
Participar de forma consistente das ações da igreja ou do ministério que estou envolvido;
Buscar o crescimento pessoal por meio do estudo da Bíblia, Espírito de Profecia e da oração;
“Ser uma luz”, no meu lar, na minha vizinhança, trabalho, colégio ou universidade.
Ser um voluntário no mínimo duas horas por semana, além das programações e atividades
regulares da igreja em uma área específica do ministério que tiver aptidão.
____________________________________________ Data:__/__/__
Assinatura
____________________________________________ Data:__/__/__
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32 Revista - Princípios de Crescimento
Princípio do
PLANEJAMENTO
Revista - Princípios de Crescimento 33
SONHANDO
E REALIZANDO
Jabson Magalhães - Diretor Financeiro USeB
Como seres humanos, algo que nos motiva e inspira é sonhar e traçar planos. É possível comprovar
este fato, fazendo um simples exercício: Ao estar diante de um grupo de pessoas, faça o simples
exercício: (1) compartilhe com elas um sonho que você tem, e fale de seu desejo para realizá-lo. (2)
em seguida, peça para que levantem a mão todos os que têm um sonho no coração. Geralmente o
resultado é um movimento unânime de levantar de mãos. A maioria de nós tem sonhos, grandes ou
pequenos.
A questão é: o que faz algumas pessoas realizarem coisas (objetivos e planos) na sua vida e outras
pessoas não? Sorte, dinheiro ou herança? Certamente estas coisas podem ajudar, no entanto,
mesmo que um indivíduo seja contemplado com as três, se não houver planejamento, tudo pode
deixar de existir. Não são raros os exemplos de ganhadores da loteria, prêmios em programas de
TV, filhos de famosos e outros que de forma semelhante, tristemente viveram uma vida abastada
de maneira meteórica e que acabaram até mesmo na miséria.
Um caso curioso ocorreu em Macapá. O senhor Jesus Silva da Fonseca, com 69 anos na ocasião da
reportagem para o G1 (PACHECO, 2016), relatou ter sido milionário por seis meses. Após ganhar um
prêmio na loteria, fez viagens e banquetes frequentes, com direito a vários voos fretados. Veja a que
interessante conclusão chegou o senhor Fonseca:
“Se ganhasse hoje não faria mais isso não, investiria nos três filhos, uma quer ser médica, o outro
enfermeiro e uma está no colégio. Não comprei carro, casa e nem as três fazendas, mas aproveitei
muito” (PACHECO, G1, 2016)
Lucas 14:28 – “Pois qual de vós, querendo edificar uma torre, não se assenta
primeiro a fazer as contas dos gastos, para ver se tem com que acabar?”
34 Revista - Princípios de Crescimento
Lucas 14:31 – “Ou qual é o rei que, indo à guerra pelejar contra outro rei, não se
assenta primeiro a tomar conselho sobre se com dez mil pode sair ao encontro
do que vem contra ele com vinte mil?”
Algumas pessoas dizem que não gostam de planejar, porque caso não consigam realizar, ficarão
frustradas. Porém, outros sabem que, se não for possível realizar tudo, pelo menos alguma coisa
será alcançada. Alguma coisa é melhor do que nada! Melhor sonhar com o céu e alcançar a copa
das árvores, do que continuar olhando para baixo e não sair do chão. Então, “coloque a mão na
massa”, comece hoje mesmo a planejar seus sonhos.
Planejamento e finanças
O planejamento tem muito a ver com a parte financeira. A maioria das coisas que queremos realizar
envolvem dinheiro, e dinheiro não aparece do nada, é preciso trabalhar por ele com determinação.
Um bom planejamento nos ajudará a saber de quanto dinheiro vamos precisar para realizar o nosso
sonho. Portanto, uma parte do planejamento se chama: orçamento.
Muitas pessoas têm medo de fazer um orçamento, ou porque não sabem fazer, ou porque têm
medo do que vão descobrir. Ao agirem dessa forma, acabam aumentado o problema e a distância
da tão almejada conquista. Vamos tratar dessa parte do planejamento, o orçamento. Vamos
começar?
permitindo que as demais despesas sejam ajustadas conforme sua renda permita, e com foco nos
propósitos estabelecidos (sonhos).
Quais são os seus sonhos? Casamento, filhos, casa própria, reforma da casa, carro, viagem,
poupança, abrir um negócio, estudos e etc. Como você pensa que é possível chegar lá? Fazendo
uma poupança ou um empréstimo, ganhando na loteria ou recebendo uma herança? Saiba que
você não é diferente de 99% das pessoas. Todos temos sonhos e projetos, e chegar lá, segundo
estimativas, tem a seguinte ordem:
• Sorte: 0,01 %
• Herança: 3%
• Poupança: 20%
• Dívidas: 75%
Realizar sonhos não é um caminho fácil para maioria das pessoas. São poucas as pessoas que
têm seu caminho facilitado pela sorte ou por alguma herança recebida, ou seja, a maioria precisa
realmente batalhar para alcançar seus objetivos. Existe também uma diferença entre o que se
deseja e o que se pratica:
Como a maioria precisa batalhar para conseguir seus objetivos, existem métodos diferentes para
chegar lá, por exemplo, poupança, fazendo suas reservas, ou fazendo uma dívida. A maioria
acredita que poupar seria o melhor caminho, mas na verdade, mesmo crendo assim, a maioria
das pessoas acaba fazendo uma dívida, como por exemplo, financiar um imóvel ou um veículo.
O problema é que a maioria das pessoas não gosta de planejar! Não planejam por vários motivos:
medo de saber a realidade, falta de habilidade, falta de tempo, achar que o que ganham é muito
pouco para que se tenha um planejamento, entre outros motivos.
Portanto, o planejamento dirá a você o que você precisa saber. Sonhos de longo prazo certamente
mudarão a sua rotina. Compras de supermercado e lanches nos finais de semana ganharão limites,
pois necessitam se enquadrar dentro de plano que permita alcançar mais. O lazer é importante,
mas será adequado a uma realidade prudente, regular e bem pensada. Usando este caminho,
ou seja, do longo para o curto prazo, será mais fácil identificar “vazamentos nos canos” de minhas
finanças.
Como começar? De maneira simples, o planejamento se desenrola da seguinte forma: (1) onde
estou; (2) aonde quero chegar; (3) o que farei para que isso aconteça, e (4) acompanhamento deste
itinerário.
Feita essa parte, o que faço agora? Vamos fazer contas! Se em meus projetos e sonhos para 5 anos
é o de comprar um carro à vista, sendo este bem no valor de R$ 60.000,00, minha capacidade
de poupar tem que se ajustar à realidade. Talvez este mesmo valor represente a entrada em meu
financiamento da casa própria, onde após este aporte, os valores investidos em financiamento
serão os que correspondiam ao meu aluguel, no entanto agora têm data para terminar e no final o
imóvel será 100% meu.
Isso é sério? Sim, e muito. Como já conversamos, alguns itens de seu movimento mensal
certamente serão afetados. Você pensará muito mais antes de, sem se programar, dizer que é
possível: comer uma pizza, viajar em todos os feriados, comprar presentes de maior valor e etc.
Sua capacidade de poupança estará diretamente conectada à destreza no controle mensal de
despesas. É um exercício de futurologia. Seu empenho será no orçamento anual, sua batalha será
no orçamento mensal e sua luta corpo a corpo será no dia a dia, no controle dos pequenos gastos.
Você já ouviu aquela frase: “Cuide dos centavos que os milhões cuidarão de si mesmos”?
Alimente seu sonho visualizando a recompensa que o espera na linha de chegada e isso o manterá
motivado em momentos de desânimo. A persistência é o segredo do sucesso, um dia de cada vez.
Se você fraquejou em algo, recomece no dia seguinte e mantenha seu objetivo em mente.
Mitos
-Você ganha muito pouco.
-Se você errar o planejamento, tudo estará perdido.
-Isso é só para os outros, para o amigo, para o chefe, não para mim.
-Como não fiz isso antes, não vou fazer agora.
-Os estouros no orçamento mensal sempre são culpa de outra pessoa.
-Moedas não tem valor.
Revista - Princípios de Crescimento 39
• Quanto mais cedo você começar, melhores serão os resultados e menores serão os
esforços. Pense onde você estaria se já estivesse se planejando há um ano.
• Tão importante como não errar é, se errar, consertar o erro e seguir em frente.
• Não seja tão duro com você mesmo e com a família, não esqueça de viver. Sempre há boas
alternativas com economia, é só se adaptar.
• Equilíbrio é a palavra-chave para tudo na vida.
• Dois erros: Ter muito ou ter muito pouco.
• Não se esqueça de Deus.
• Não se esqueça dos outros. Mantenha sempre a comunicação aberta e ativa com os
familiares.
• Não seja mesquinho nem egoísta.
• Planeje, orce, execute, ore, reflita, tenha paciência, pois seu futuro é você quem escreve!
Fixando o aprendizado:
Planejamento não seria apenas para quem tem empresas ou algum
tipo de negócio?
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Revista - Princípios de Crescimento 41
Princípio da Saúde e
ESPIRITUALIDADE
42 Revista - Princípios de Crescimento
PRINCÍPIOS DE ADORAÇÃO
Dr. Rogério de Araújo Gusmão
Quando um casal tem filhos, a preocupação que envolve os pais gira em torno
de sua saúde ao nascer, se tem alguma doença ou fragilidades, se está sugando
bem o leite materno, se tem dores ou cólicas, quando é seguro sair de casa,
quando tem que tomar as vacinas e se o desenvolvimento está normal. Os pais
principiantes vão em busca de orientações médicas e de pessoas mais experientes
para poder oferecer o melhor para seus filhos a fim de que eles tenham um bom
desenvolvimento e possam se transformar em adultos saudáveis que honrem a
família e sociedade.
Creio que, quando filhos, todos nós ouvimos frases como estas: coma esta fruta,
não coma este doce, leve este casaco porque está frio, etc. Todos os pais que
amam seus filhos se preocupam com a saúde e o bem estar deles, e com Deus
certamente não é diferente. Ele deseja que seus filhos se desenvolvam em todos
os aspectos da vida: físico, mental, social e espiritual para que sejam felizes e
glorifiquem o Pai.
Como posso saber o que fazer? Hoje temos tantas informações sobre saúde,
algumas contradizem outras. Em quem confiar? Google, internet, site, médicos,
quais? Quem são as maiores autoridades em saúde para os adventistas do sétimo
dia? Quais os princípios que a mensagem de saúde envolve e que relação existe
entre a mensagem de saúde, de salvação e a missão da igreja? É exatamente o que
desenvolveremos a seguir.
os princípios de saúde e estilo de vida, ela transmite muitos princípios tais como:
orientações sobre higiene, alimentação, saúde e outros. Quando a Bíblia trata
destes assuntos, devemos segui-la, porque ela é a maior autoridade em todos os
temas da vida, inclusive o da saúde.
Quando Deus entra na vida do crente que nEle confia, a Sua graça passa
a desenvolver hábitos saudáveis em sua vida e o leva a abandonar hábitos
destrutivos, e este processo dura a vida toda. Perceba que o adversário de Deus
vem trazer hábitos que levam à morte e destruição, e Cristo leva seus filhos a
uma vida feliz e abundante. Quando desfrutamos de uma vida feliz e saudável
testificamos do amor e do poder de Deus e isto se revela através da:
c) Espiritualidade. “Não sabeis que o vosso corpo é o Templo do Espírito Santo, que
habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos?” (1Co 6:19). O
Espírito Santo habita em nós, e quando cuidamos de nossa saúde nós preparamos
Revista - Princípios de Crescimento 45
Conclusão
A mensagem de saúde encontra sua autoridade fundamentada na Bíblia, no
Espírito de Profecia e na ciência; elas quando bem compreendidas apontam na
mesma direção.
A mensagem de saúde também é regida pelo princípio de que Deus nos criou nos
dando a vida e a saúde e que por sua graça abandonamos hábitos destrutivos e
desenvolvemos hábitos saudáveis para termos uma vida feliz e plena.
A realização de um pai é ver seus filhos saudáveis e felizes e isto honra o nome
da família. Deus é glorificado através de nossa saúde e felicidade e usa o nosso
testemunho para atrair pecadores, doentes e perdidos para o reino dos Céus.
(Ap 14:7).
46 Revista - Princípios de Crescimento
Fixando o aprendizado:
Quais são as autoridades de saúde em ordem de importância?
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Revista - Princípios de Crescimento 47
48 Revista - Princípios de Crescimento