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DILEMA DE CONCEITOS:

ESPAÇO-TERRITÓRIO E CONTENÇÃO TERRITORIAL

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Rogério Haesbaert

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ção re letida”. (K , 2003, . 181)
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Dilema de conceitos: espaço-território e contenção territorial

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… a criação de conceitos é uma orma de trans ormar o mundo; os con-
ceitos são as erramentas que permitem ao ilóso o criar um mundo à
sua maneira. Por outro lado, os conceitos podem ainda ser armas para a
ação de outros, ilóso os ou não, que dispõem deles para azer a crítica do
mundo, para instaurar outros mundos. (…) Que não se aça uma leitura
idealista do conceito: não se trata de a irmar que é uma idéia (conceito)
que unda a realidade; num sentido completamente outro, o conceito é
à realidade, brota dela e serve justamente para azê-la compre-
ensível. (…) o conceito é sempre uma intervenção no mundo, seja para
conservá-lo, seja para mudá-lo. (p. 35-36)

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(H , 1996)
:
… o conceito é justamente aquilo que nos põe a pensar. Se o conceito é pro-
duto, ele é também produtor: produtor de novos pensamentos, produtor de
novos conceitos e, sobretudo, produtor de acontecimentos, na medida em
que é o conceito que recorta o acontecimento, que o torna possível. (G ,
2003, . 43)
E , :
Ao contrário da ciência, que busca especi icar e estabilizar domínios espe-
cí icos do real, os conceitos na iloso ia intervêm em problemáticas para de-
sestabilizar, criando novas conexões não só com outros conceitos como com
o próprio contexto histórico-geográ ico. Trata-se, pois, de saber mais como
o conceito ‘ unciona’ ou o que se pode ‘ azer’ com ele do que propriamente

6
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2003:41); “ , , ” ( . 42).

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Rogério Haesbaert

explicar seu signi icado. Assim, os conceitos ‘não possuem um conteúdo in-
dependente, autônomo, a não ser o que eles adquirem através do uso num
contexto’ (Holland, 1996:240). (H , 2004, . 110 111)
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SOBRE ESPAÇO E TERRITÓRIO

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A visão que Foucault tinha das coisas (…) era espacial, o que torna um
pouco mais ácil entender sua predileção pela análise de espaços, territórios,
es eras e sítios descontínuos, mas reais – bibliotecas, escolas, hospitais, pri-
sões – em vez de uma tendência a alar principalmente de continuidades,
temporalidades e ausências, como seria de esperar de um historiador. (S ï ,
2003[2001], . 94)
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Dilema de conceitos: espaço-território e contenção territorial

Se tomarmos o espaço como absoluto ele se torna uma “coisa em si mesma”


com uma existência independente da matéria. Ele possui então uma estrutu-
ra que podemos utilizar para classi icar ou para individualizar enômenos. A
caracterização de um espaço relativo propõe que ele deve ser entendido como
uma relação entre objetos, a qual existe somente porque os objetos existem e se
relacionam. Há outra acepção segundo a qual o espaço pode ser tomado como
relativo, e proponho chamá-lo espaço relacional – espaço tomado, à maneira
de Leibniz, como estando contido objetos, no sentido de que um objeto
existe somente na medida em que contém e representa dentro de si próprio as
relações com outros objetos8. ( . 4 5, )

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Rogério Haesbaert

Quadro 1. Matri de significaç es possíveis para o espaço (H y, 2006 ,


.282 2006 , .135, )
Representação do Espaço
Espaço Material ou da Espaços de Representação
ou Espaço Conceitualizado
Experiência (Percebido) ou Espaço Vivido
(Concebido)
Mapas cadastrais e
Sentimentos de satisfação,
Corpos Físicos (dos muros às administrativos, Metáforas
Espaço Absoluto de medo, de insegurança em
cidades e aos continentes) de confinamento Newton,
relação a certos espaços
Descartes
Tensões ou divertimentos
Circulação e fluxos de Mapas temáticos e topológicos
vinculados à compressão
Espaço(-Tempo) vários tipos; aceleração e Metáforas de mobilidade
do espaço-tempo ou à
Relativo desaceleração com a fricção da e deslocamento Eisntein,
velocidade, frustração num
distância Reimann
congestionamento
Fluxos e campos de energia Ciberespaço, Metáforas de
Visões, fantasias, desejos,
eletromagnéticos, relações internalização de forças e
Espaço(-Tempo) memórias, sonhos, estados
sociais, sons, odores e poderes (comando e controle
Relacional psíquicos (ex. Agorafobia,
sensações proporcionados muito difíceis) Leibniz,
vertigem, claustrofobia)
pela brisa Whitehead, Deleuze, Benjamin

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du temps n’est pas un temps dans le temps. (…) Le concept d’espace n’a pas pour contenu
l’espace absolu (en soi); il ne contient pas davantage en lui un espace. (…) Le concept de
l’espace denote et connote tous les espaces possibles, abstraits ou ‘réels’, mentaux et sociaux.
Entre autres, il contient ces deux aspects: l’espace de représentation – la représentation de
l’espace” [“O conceito de espaço não é o espaço. D ,

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Dilema de conceitos: espaço-território e contenção territorial

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Dilema de conceitos: espaço-território e contenção territorial

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ao poder mais simbólico das relações de ordem mais estritamente cultural.
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TEMPOS DE I-MOBILIDADE E
ESTRATÉGIAS DE CONTENÇÃO

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Quadro 2. Sociedades Disciplinares e Sociedades de Controle


Sociedade de Controle
Sociedade Disciplinar
(Biopolítica, de Segurança)
Período de predomínio Sécs. XVIII e XIX – início do século XX Segunda metade do séc. XX (pós-2a.
(aproximado) (Imperialismo) Guerra) (Globalização ou “Império”)
Disciplinar
Biopoder
Forma de poder Objetivo: maximização da força,
Objetivo: Otimização (Segurança?) da vida,
hegemônica e suas individualização, organo-disciplina da
bio-regulamentação pelo Estado (Objeto:
características instituição pela vigilância (Objeto:
massa, população, espécie humana)
Indivíduo-corpo)
Disciplina de longa duração, infinita e
Controle de curta duração e rotação
Técnicas e processos de descontínua
rápida, contínuo e ilimitado
controle (não pára de recomeçar), confinamento
(ex.: formação permanente”)
– reclusão
Disciplinares: Família, Escola, Fábrica, De “controle” e segurança: Empresa
Instituições básicas
Prisão transnacional, Estado, ONGs
Capitalismo fabril de concentração para a Capitalismo “flexível”, empresarial, de
produção e a propriedade sobre-produção (serviços e ações)
Relações Econômicas
Homem produtor (confinado) Homem endividado
Moeda: padrão ouro Trocas flutuantes
“Oni”-crise, descentrada
Bi ou multipolar
Natureza da crise Corrupção (com-rumpere: esfacelar-se)
Conflito central
Microconflitualidades
Guerras (inter e anti) imperialistas, contra o Guerras civis, “ação de polícia”, conflitos
Natureza das guerras
“Outro”, o “fora” dispersos e interiores
Subjetividade/Identidades Fixada em identidades padrão Híbridas, móveis e flexíveis
Moldagens fixas, “territoriais”, “passa-se Redes flexíveis moduláveis (limites fluidos
de um espaço fechado a outro” (limites e móveis)
Dinâmicas espaciais claros) Segregação
Hierarquias Privatização do Espaço Público; indistinção
Público-Privado Público-Privado

Território-zona (DT-RT) Território-rede (T-DT)


Formas espaciais
“Espaço estriado” das instituições “Espaço liso” da soberania imperial
dominantes
disciplinares (Deleuze), (Deleuze-Negri&Hardt), meio (Foucault)

Metáfora fundamental
“túneis estruturais da toupeira” “ondulações infinitas da serpente”
(segundo Deleuze)

FONTE: F , ,F , 1985 2002 (1997); D ,


2004 (1990); H , 2000; N H , 2000.

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Dilema de conceitos: espaço-território e contenção territorial

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mento da segurança. Ao longo de uma gradual neutralização da política e
a progressiva capitulação das tare as tradicionais do Estado, a segurança se
tornou o princípio básico da atividade do Estado. Um Estado que tem a
segurança como sua única tare a e origem de legitimidade é um organismo
rágil; ele sempre pode ser provocado pelo terrorismo para se tornar, ele pró-
prio, terrorista. (A , 2002, . 145 146)
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À GUISA DE CONCLUSÃO

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