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TEÓRICA
A Radiologia tem como objetivo principal auxiliar o médico a
estabelecer o diagnóstico, de forma precisa e rápida, utilizando imagens.
Até poucos anos atrás, a preocupação do estudante de medicina era
simplesmente aprender um pouco sobre radiografia de tórax, abdome agudo e
fraturas, para a eventualidade de, depois de formado, ficar sozinho numa
cidadezinha do interior. Nos últimos anos, principalmente com a evolução da
informática a prática médica mudou completamente e a radiologia teve papel
importante nesta revolução. O número de métodos de investigação novos
cresceu muito e as escolas médicas não conseguiram acompanhar essa
evolução.
Até mesmo os especialistas têm muita dificuldade em saber qual método
é o melhor em cada situação. Mais grave que isto, muitos médicos não
entendem nem o que vem escrito no laudo e a maioria, infelizmente, não
consegue ter um espírito crítico para saber se o exame trazido pelo paciente foi
adequado e respondeu ou não suas dúvidas. O médico perdeu suas âncoras,
ficando à deriva, sendo levado pela correnteza da tecnologia, da sofisticação ou
da mídia, às vezes acertando, mas muitas outras errando grosseiramente,
apesar de lançar mão das últimas novidades tecnológicas e de levar instituições
e pacientes à falência.
A primeira pergunta a ser respondida é: preciso pedir um exame? Por que
se pede um exame? Não para “ver o que está acontecendo”, mas para tomar
uma decisão ou estabelecer um prognóstico. Caso contrário, por mais preciso
que seja, o exame é desnecessário e só traz ônus e riscos para o paciente.
Uma vez decidido que um exame de imagem é necessário, devemos
definir qual o melhor método. Podemos utilizar a radiografias (simples ou
contrastadas), ultra-sonografia (US), tomografia computadorizada (TC) e
ressonância magnética (RM), além de outras técnicas como a medicina nuclear
(PET e SPECT). A decisão é complexa e vários fatores devem ser
considerados. O mais importante, sem dúvida, é a sensibilidade, pois se o
método não for sensível para estudar determinada região do corpo, dificilmente
será útil. Mas, além da sensibilidade, é importante levar em consideração: o tipo
de decisão a ser tomada (ex. tratamento clínico x cirúrgico), as condições do
paciente, a disponibilidade do exame, o custo, etc.
Embora os métodos de imagem sejam muito diferentes entre si, todos
seguem o mesmo o princípio básico: alguma forma de energia interage com o
corpo humano e depois é colhida por um filme ou por sensores e transformada
numa imagem (luz), visível ao olho humano e, portanto, passível de análise. Por
isto, os métodos de imagem reproduzem, de forma geral, a anatomia, servindo
assim para o diagnóstico das alterações morfológicas. Como regra geral as
alterações funcionais não são tão bem avaliadas pelos métodos de imagem,
embora este conceito também esteja mudando.
Aprender radiologia não é decorar um monte de figurinhas (banco de
dados mental tipo “uma doença - uma figura”), pois cada doença pode
apresentar-se de inúmeras formas, que se sobrepõem. A análise das imagens é
parecida com a macroscopia da anatomia-patológica, só que obtida ”in vivo”. Ou
seja, nós procuramos entender o processo patológico que está envolvendo
determinado órgão ou região do corpo humano e, juntando com a clínica, definir
quais são as doenças, que mais provavelmente, podem causar esta alteração
neste determinado paciente.
Durante o curso vamos tentar apresentar a forma mais adequada de
investigar os problemas mais comuns em cada região do corpo humano. Não
vai ser possível aprender a técnica de interpretação das imagens, porque isto
necessitaria um treinamento específico e demorado (você não sai da
neurocirurgia pronto para operar um tumor cerebral, nem da gastroenterologia
apto a fazer uma endoscopia, por exemplo).
No começo, ao analisar as imagens, você vai ficar decepcionado,
achando que “tudo parece com tudo” e que o professor não quer ensinar “o
caminho das pedras”. Calma! Lembre que mesmo coisas simples como dirigir ou
andar de bicicleta exigiram de você um longo treinamento.
MÉTODOS DE IMAGEM
HISTÓRIA DA RADIOLOGIA
PROTEÇÃO RADIOLÓGICA:
ULTRASSONOGRAFIA
RESSONÂNCIA MAGNÉTICA
RADIOFREQUÊNCIA
COLABORADORES