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Introdução a Decisão financeira

Qualquer que seja a natureza da atividade operacional, uma empresa é avaliada


como tomadora de duas decisões: decisão de investimento( aplicação de recursos) e
decisão de financiamento (captação de recursos), sobre a decisão de financiamento elas
permeiam a definição da natureza dos fundos captados, ou seja , a estrutura das fontes
de capital ideal, as decisões de financiamento descrevem as taxas de retorno exigidos
pelos detentores de capital
De acordo com Gitman e Madura quando as empresas obtêm recursos, seu
financiamento pode ser classificado como financiamento de dívida (capital de terceiros)
ou de capital próprio. No financiamento de dívidas, os fundos são obtidos por meio de
empréstimos bancários ou emissão de títulos de dividas (debênture) no financiamento
de capital próprio os fundos são obtidos em troca de participação na empresa.
As decisões de financiamento enfocam o lado direito do balanço patrimonial da
empresa, notadamente, no passivo de curto e longo prazo, o detalhe é que independente
do tipo de financiamento, todos geram no curto e no longo prazo endividamento, por
isso a decisão de financiamento são importantes para o surgimento, a manutenção e o
crescimento de qualquer negócio, os gerentes financeiros precisam ser cautelosos e ate
conservadores em suas decisões de financiamento, precisam ter bastante atenção e
observa os seguintes aspectos chaves:
1º aspecto, Analise do financiamento e o custo financeiro. Qual a taxa de juros?
Existem impostos? Para responder essas perguntas, os gerentes financeiros devem
avaliar 1° a disponibilidade de credito, 2° a concorrência do setor bancário, 3° retorno
do negocio, 4° risco de inadimplência, 5° taxa de juros, 6° nível de atividade econômica
e 7° vantagens competitiva.
2º aspecto, Devem ser estabelecidos os níveis de financiamento do período da
operação, é importante a empresa definir se o financiamento será de curto prazo (até 12
meses) ou de longo prazo (acima de 12 meses), isso vai depender do objetivo.
3º aspecto, Se refere ao tipo de financiamento, é necessário determinar as
melhores fontes de financiamento, existem dois tipos: financiamento de dívida ( capital
de terceiros) ou ( capital próprio), o gestor financeiro precisa encontrar a melhor
composição para o endividamento, observação o capital próprio proporciona lucro aos
investidores, porem o capital de terceiros é menos arriscado para os acionistas do que o
capital próprio.
O Nível de endividamento se refere ao planejamento da melhor composição de
um passivo, entendendo que a estrutura da administração financeira é composta capitais
de terceiros de curto e longo prazo que pode ser localizado no balanço patrimonial no
passivo circulante e passivo exigível a longo prazo e de capital próprio que pode ser
localizado no balanço patrimonial no patrimônio líquido.
Para determinar o nível de endividamento de uma empresa, analisamos o lado
direito do passivo, para calcular o capital de terceiros basta somar o passivo de curto
prazo mais passível exigível a longo prazo e dividir pelo passivo total, o resultado será a
proporção de capital de terceiros na estrutura financeira, já o capital próprio basta
dividir o patrimônio líquido pelo passivo total.
A utilização do capital próprio apresenta um evidente risco financeiro, podendo
gerar lucro ou não, ficando limitado ao montante investido, caracterizando como
crescimento orgânico, já o capital de terceiros terá um crescimento acelerado, dando
estabilidade e previsibilidade ao plano de negócio, porem terá que gerar lucro suficiente
para amortizar o valor principal e do juros do empréstimo ou financiamento, de acordo
com a estrutura de capital o correto é a utilização de ambos e a proporção de quanto
usar de cada um vai depender do objetivo e do plano de negócio.
Uma das questões mais complexas em administração financeira diz respeito ao
relacionamento entre a estrutura das fontes de financiamento da empresa e o custo total
desses recursos. Os custos podem ser divididos em Custo de capital de terceiros (Ckt):
vinculado aos Passivos Circulantes e Exigível a Longo Prazo. Um exemplo desse custo
é o juro pago por empréstimos bancários e Custo de capital próprio (Ckp): associado aos
recursos que transitam pelo Patrimônio Líquido da firma (capital social, reservas e
lucros). Um exemplo desse custo é o pagamento de dividendo aos acionistas de uma
empresa.
A alavancagem financeira é o efeito causado por tomarmos recursos de terceiros
emprestados a determinado custo, aplicando-os em ativos a outra taxa de retorno: a
diferença vai para os proprietários e altera, para mais ou para menos, o seu retorno sobre
o patrimônio líquido, pela utilização de recursos de terceiros em sua estrutura financeira
uma empresa pode modificar a rentabilidade do capital próprio, alavancagem financeira
pode ser favorável (positiva) quando a taxa de retorno sobre os ativos é maior do que o
custo de capital de terceiros, e, desfavorável (negativa) quando a taxa de retorno for
inferior ao seu custo de capital.

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