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Com o desenvolvimento da economia informacional e da globalização, estruturou-se uma

nova organização da produção no mundo. O sociólogo espanhol Manuel Castells denominou-a a


mais nova divisão internacional do trabalho , que está disposta em quatro posições diferen
tes no capitalismo informacional-global: os produtores de alto valor com base no
trabalho informacional, os produtores de grande volume baseado no trabalho de b
aixo custo, os produtores de matérias-primas que se baseiam em recursos naturais e
, finalmente, os produtores redundantes, limitados ao trabalho desvalorizado. A
posição privilegiada dos lugares dentro dessa nova especialização produtiva em escala mu
ndial deve-se ao domínio tecnológico, sobretudo das tecnologias da informação, ao nível ed
ucacional da população e, consequentemente, à qualidade da força de trabalho.
A grande diferença da atual divisão internacional do trabalho em relação às anteriores é qu
ela não ocorre entre países, portanto não coincide com seus limites territoriais. Ess
a nova divisão se estabelece entre agentes econômicos localizados nas quatro posições me
ncionadas por Castells ao longo de uma estrutura global de redes e fluxos. Esses
agentes podem aparecer em posições diferentes de um mesmo país (desenvolvido ou em de
senvolvimento). A posição mais importante, a tecnologia informática, telecomunicações, ro
ica, biotecnologia, entre outras e os trabalhadores mais qualificados, concentra
-se predominantemente nos países desenvolvidos, sobretudo nos tecnopólos, como o do
Vale do Silício, na Califórnia. Mas aparece também em países emergente, como o Brasil (C
ampinas-SP), Coréia do Sul (Taedok) e Índia (Bengalore).
Os produtores de matérias-primas baseadas em recursos naturais, ou seja, os produt
ores e exportadores de minérios e produtos agrícolas estão principalmente nos países sub
desenvolvidos da África, Ásia e América Latina, onde também se concentra a maior parte d
os trabalhadores desvalorizados, sobretudo aqueles que compõem a economia informal
, os subempregados.

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