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COLÉGIO ESTADUAL LIRIA MICHELETO NICHELE - EFM Data: / /2020

LINGUA PORTUGUESA (nivelamento) Valor:

NOME: _______________________________ N° _____ TURMA: 3º___ Nota:

Professora: Sueli Oliveira

Conteúdo: Notícia. Reportagem. Artigo de opinião. Texto dissertativo-argumentativo. Modernismo.

Material de estudo para Nivelamento


(não devolver junto com os exercícios)

Notícia – Reportagem – Artigo De Opinão – Texto Dissertativo/Argumentativo

entendendo a diferença...

O que é uma notícia?


É um gênero jornalístico no qual algo novo (novidade – notícia: news) é informado a alguém.

Ou seja, tem que ser atual, não há notícia de um fato que aconteceu há um ano...
O que é reportagem?
É também um gênero textual jornalístico, mas é mais amplo que a notícia. Traz informações mais
complexas e pode sim começar com uma notícia. Porém, pode envolver entrevistas, levantamento
de dados, comparações, etc.

CARACTERÍSTICAS

NOTÍCIA

 Fato
 Novidade
 Imparcialidade (não emite opinião)
 Discurso indireto

REPORTAGEM

 Não se atem ao fato, mas ao tema


 Pode abordar um tema antigo, mas de interesse social;
 Pode emitir opinião do autor;
 Pode apresentar discurso direto e indireto

ARTIGO DE OPINIÃO

Para se produzir um bom artigo de opinião você deve estar informado, tendo como base
tanto as notícias quanto as reportagens sobre o tema em questão.
Todavia, é fundamental discernir o que é FATO e o que é OPINIÃO, por isso a importância de
ler notícias e reportagens. Mas vamos entender melhor o que é um artigo de opinião:

O artigo de opinião é um tipo de texto dissertativo-argumentativo onde o autor apresenta seu ponto
de vista sobre determinado tema e, por isso, recebe esse nome.

A argumentação é o principal recurso retórico utilizado nos textos de opinião, que tem como
característica informar e persuadir o leitor sobre um assunto.

Geralmente os artigos de opinião são veiculados nos meios de comunicação de massa - televisão,
rádio, jornais ou revistas - e abordam temas da atualidade.

As características do artigo de opinião

 Textos escritos em primeira e terceira pessoa;

 Uso da argumentação e persuasão;

 Geralmente são assinados pelo autor;

 Produções veiculadas nos meios de comunicação;

 Possuem uma linguagem simples, objetiva e subjetiva;

 Abordam temas da atualidade;

 Possuem títulos polêmicos e provocativos;

 Contém verbos no presente e no imperativo.

A estrutura do artigo de opinião e do texto dissertativo-argumentativo

Geralmente os artigos de opinião seguem o padrão da estrutura dos textos dissertativos-


argumentativos:

 Introdução (exposição): apresentação do tema que será discorrido durante o artigo;

 Desenvolvimento (interpretação): momento em que a opinião e a argumentação são os


principais recursos utilizados;

 Conclusão (opinião): finalização do artigo com apresentação de ideias para solucionar os


problemas sobre o tema proposto.

O texto dissertativo-argumentativo é um tipo textual que consiste na defesa de uma ideia por meio
de argumentos, opinião e explicações fundamentadas. Este tipo de texto tem como objetivo central a
formação de opinião do leitor. Assim, ele é caracterizado por tentar convencer ou persuadir o
interlocutor da mensagem através da argumentação.
Apesar da semelhança entre estes dois textos, o dissertativo-argumentativo é mais objetivo e
sempre em terceira pessoa, enquanto o artigo de opinião permite uma pessoalidade maior e aceita
primeira pessoa.

LITERATURA: MODERNISMO – ROMANCE E POEMA

O Modernismo deve ser compreendido em duas vertentes: como um grande movimento internacional
e como uma denominação de um movimento específico organizado por jovens paulistas entre 1922
e 1930. No primeiro caso, trata-se de um grande processo que ocorreu em diversos países e se
somou a outras correntes artísticas, era uma quebra em relação à tradição enraizada nos costumes
e nas artes.

Já no segundo enfoque, o termo modernismo foi utilizado para demarcar um movimento, também
vanguardista no Brasil, que quebrou múltiplos paradigmas da cultura nacional. Se o Modernismo,
como corrente internacional, durou a maior parte do século XX; o Modernismo paulista, em sua fase
radical, durou cerca de dez anos.

É importante salientar que o movimento já havia começado sua sedimentação anos antes da
Semana de Arte Moderna de 1922; porém, foi durante o evento que as propostas dos modernistas
paulistas foram explicitadas ao público. Naquele momento, Oswald de Andrade afirmou: “Não
sabemos o que queremos. Mas sabemos o que não queremos”. Isso demonstrava a quebra que o
Modernismo brasileiro viria a representar na cultura nacional, ou seja, havia um desejo de
atualização.

Na segunda noite do evento, Ronald de Carvalho leu o poema Os sapos, de Manuel Bandeira,
considerado uma afronta pela ironia que tratava a obra dos parnasianos e seu tradicionalismo. Em
linhas gerais, Mário de Andrade apresentou e sintetizou a herança de 1922: a desintegração do
passado artístico; o uso das vanguardas estéticas europeias como forma de atualização intelectual;
o direito permanente de criação estética; e o desenvolvimento de uma consciência verdadeiramente
nacional.

Contexto histórico

Na Europa, o Modernismo consolidou-se na primeira década do século XX. Naquele momento,


diversas inovações, correntes artísticas e fatos históricos ocorriam. Dentre eles, a Primeira Guerra
Mundial (1914 – 1918) e a Revolução Russa (1917) foram os acontecimentos mais marcantes,
juntamente com a fim da Belle Époque europeia.

Além disso, diversas vanguardas consolidavam-se, entre elas, o Futurismo, o Cubismo, o Dadaísmo


e o Surrealismo. Outros grandes eventos ocorreriam em um futuro próximo, como a Quebra da Bolsa
de Nova York, em 1929, e a Segunda Guerra Mundial, entre 1939 e 1945.

Como se pode notar, a primeira metade do século XX foi marcada por uma efervescência cultural e
grandes mudanças no cenário mundial.
Já no Brasil, o século XX começa com a sedimentação da política do café com leite e, assim, a
manutenção das oligarquias rurais. No mesmo período, porém, a burguesia industrial estava em
plena expansão, principalmente em São Paulo, o que deixou o estado em uma posição de destaque
no cenário nacional. O processo de migração interna e a imigração europeia também ganham força
na primeira metade do século XX.

O movimento tenentista, a criação do Partido Comunista Brasileiro e a Guerra do Contestado foram


alguns dos acontecimentos marcantes do período. Já entre os anos de 1930 e 1945, a Era Vargas,
suas reformas e seu viés autoritário entraram em vigor. Em resumo, o Brasil era um país que
crescia, mas ainda apresentava diversos problemas de ordem econômica e social.

As fases do Modernismo no Brasil

O Modernismo no Brasil foi prolífico em autores e em temáticas. Deve-se ressaltar que as


características gerais de cada fase não sobrepõem as particularidades de cada autor e sua
respectiva obra.

O movimento é dividido didaticamente em três fases: a primeira, considerada radical; a segunda, na


qual houve um equilíbrio entre forma e discurso; e a terceira, considerada um período de renovação
na prosa, a chamada ficção de vanguarda brasileira.

Primeira fase: a geração de 1922

A primeira fase do Modernismo desdobrou-se a partir da Semana de Arte Moderna de 1922 e é


conhecida como a Fase Heroica do movimento. A principal característica, além da própria ruptura
que o movimento representou, é a valorização da cultura brasileira e a busca por uma arte que
expressasse a brasilidade.

Nesse sentido, surgiu o Manifesto Antropófago, de Oswald de Andrade, que salientava como a
produção artística brasileira deveria aproveitar as influências modernas estrangeiras; mas, ao
mesmo tempo, ser autenticamente do Brasil.

As outras características são a quebra com o passado, inclusive em termos de linguagem, ao


desintegrá-la por meio do coloquialismo, da pontuação relativa e da paródia. Com isso, houve uma
ruptura estética, principalmente assimilada em conjunto com as vanguardas europeias, isto é, não
havia um padrão estético rígido a ser seguido pelos modernistas. Assim, os versos livres (na poesia)
e o fluxo de consciência (na prosa) eram comumente utilizados.

Na primeira fase também se destacaram três movimentos primitivistas: o Pau-Brasil; a Antropofagia;


e o Verde-Amarelo. O primeiro focava-se nos conceitos da junção do moderno com o arcaico
brasileiro, a ironia contra o bacharelismo, a luta por uma nova linguagem e a descoberta do popular.
Por sua vez, o segundo apresentava que a brasilidade viria da deglutição das referências
estrangeiras e a sua modificação, tornando-as verdadeiramente brasileiras. O terceiro e último foi um
movimento mais conservador em relação ao Pau-Brasil, de Oswald de Andrade.
Principais autores: Oswald de Andrade; Mário de Andrade; Raul Bopp; e Manuel Bandeira.

Segunda fase: a geração de 1930

O marco inicial foi a publicação de Alguma Poesia, de Carlos Drummond de Andrade. A segunda
geração modernista conseguiu encontrar um equilíbrio entre o conteúdo e a forma, após a drástica
ruptura representada pela primeira geração. Relacionado ao conturbado contexto de produção, com
o início da Era Vargas e o estopim da Segunda Guerra Mundial, as principais características dessa
geração modernista são o sentimento humano em relação à vida, o existencialismo, a religiosidade e
o subjetivismo, ancorados sempre na relação entre o homem e a sociedade.

Houve três movimentos primordiais na prosa desse período: o romance regionalista; o romance
intimista e psicológico; e o romance de temática social e urbana. Já na poesia, há um equilíbrio entre
as conquistas da geração anterior, principalmente relacionadas à metrificação livre, e as formas fixas
ainda utilizadas no fim do século XIX. Entre as vertentes poéticas, pode-se citar a social, a religiosa,
a espiritualista e a amorosa. Todas elas auxiliaram no enriquecimento da poesia brasileira.

Principais autores na prosa: Jorge Amando; José Lins do Rego; Graciliano Ramos; Rachel de


Queiroz; e Érico Veríssimo.
Principais autores na poesia: Murilo Mendes; Jorge de Lima; Cecília Meireles; Vinicius de Moraes;
e Carlos Drummond de Andrade.

Terceira fase: a geração de 1945


A terceira fase do Modernismo brasileiro foi marcada pelo fim do Estado Novo e da Segunda Guerra
Mundial. Os centros urbanos estavam cada vez mais cheios, aumentando a pasteurização da vida e
das tensões sociais, além da desigualdade econômica que ficava cada vez maior. Nesse contexto
conturbado, floresceram na prosa brasileira, após 1945, autores compromissados com o aspecto
social.

Em termos estéticos, houve uma fusão entre a modernidade e a tradição, além de uma acentuada
experimentação técnica. O ponto alto da terceira fase modernista, porém, é o tratamento psicológico
das personagens juntamente com a análise da tensão social latente que a sociedade vivia. Ao
contrário das outras duas gerações, a terceira não possui um fim definido.

Principais autores na prosa: Guimarães Rosa, Clarice Lispector, Lygia Fagundes Telles e Rubem


Fonseca.
Principais autores na poesia: João Cabral de Melo Neto.
Principais autores no teatro: Nelson Rodrigues e Ariano Suassuna.

Características

Como já salientado, é sempre relevante atentar-se às particularidades de cada autor em uma


vertente literária. Há, porém, características que perpassam, em maior ou menor grau, cada escritor
em um período. No Modernismo não poderia ser diferente, confira a seguir as principais
características desse movimento:

 Liberdade de expressão: essa é a principal característica do movimento modernista. Essa


liberdade de criação artística vem do interior do autor, que não se guia por regras pré-
estabelecidas.
 Incorporação do cotidiano: a valorização do cotidiano e sua aparente banalidade permitem
aos escritores romper com os paradigmas do que deveria ser ou não retratado.
 Linguagem coloquial: os dois aspectos anteriores encontram sua base no uso de uma
linguagem espontânea, do dia a dia. Há, nesse quesito, uma aproximação com a oralidade e a
contribuição recorrente da linguagem popular.
 Inovações técnicas: entre as inovações estilísticas do Modernismo, o verso livre, a
destruição dos nexos, a paronomásia, a enumeração caótica, o fluxo de consciência, a
colagem e montagem cinematográfica, a multiplicidade das vozes narrativas e a liberdade nos
sinais de pontuação são os principais exemplos.
 Ambiguidade: o discurso muitas vezes não é claro e não se encaixa em apenas um sentido.
Essa ambiguidade permite vários níveis de leitura e enriquece o texto.
 Paródia: os autores modernistas olham para o passado com criticidade e, por isso, utilizam-se
da paródia para criticar ou admirar a literatura brasileira produzida anteriormente.

Como se pode notar, as características primordiais do Modernismo são muitas e se relacionam,


principalmente, com a quebra de uma tradição literária. Seu foco era a criação de algo novo e que se
aproximasse ainda mais da brasilidade.

Na poesia, destacaremos apenas um nome: Fernando Pessoa, poeta português que destacou-se
pela genialidade de seus heterônimos, sendo que os principais são: Ricardo Reis, Álvaro de Campos
e Alberto Caeiro. Heterônimos eram personalidades complexas que ele inventou e que, de certa
forma, ganharam vida própria, cada qual com sua personalidade e perfil específico.
COLÉGIO ESTADUAL LIRIA MICHELETO NICHELE - EFM Data: / /2020

LINGUA PORTUGUESA (nivelamento) Valor:

NOME: _______________________________ N° _____ TURMA: 3º___ Nota:

Professora: Sueli Oliveira

Conteúdo: Notícia. Reportagem. Artigo de opinião. Texto dissertativo-argumentativo. Modernismo.

EXERCÍCIOS

(Realizar e devolver SÓ OS EXERCÍCIOS)

1. Explique o que foi o movimento modernista.


2. Quais são as principais características do Modernismo¿
3. Em quantas fases se divide o Modernismo no Brasil e quais são elas¿
4. Cite 5 principais nomes do Modernismo Brasileiro.
5. Quem foi Fernando Pessoa e quais foram seus principais heterônimos¿
6. Qual é a principal diferença entre uma notícia e uma reportagem¿
7. Defina o que é um artigo de opinião.
8. Qual é o principal objetivo de um texto dissertativo-argumentativo¿
9. Produza um texto dissertativo-argumentativo, com tema a sua escolha, com 20 a 30 linhas.

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