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Universidade Federal do Recôncavo da Bahia

Licenciatura Interdisciplinar em artes

A democratização do ensino superior no Brasil

Emily Silva Dos Santos


Rio Real-BA

A Democratização do ensino superior no Brasil

De acordo com Aristóteles, "A base da sociedade é a justiça". Entretanto, o contexto do


Brasil do século XXI contraria-o, uma vez que o acesso à universidade demonstra-se como
uma questão de injustiça, gerada pela desestrutura da base da sociedade brasileira. Com
esse efeito, evidencia-se a necessidade de promover melhorias
no que tange à democratização do ensino superior, que persiste influenciado por uma
estrutura social desigual e escassa em acesso à informação.

Durante a revolução industrial, o modelo de universidade ganhou força justamente pela


capacidade desses polos criarem novas tecnologias essenciais para desenvolvimento
econômico, no entanto o aumento da taxa de pessoas nas universidades está diretamente
ligada a mobilidade social. Uma boa formação é capaz de trazer melhoria na inclusão social
de um cidadão e no coletivo também influencia na melhora da economia de um país. Vendo
a universidade como um centro de capacitação profissional, vemos seu potencial de gerar
pessoas qualificadas para ocupar cargos importantes que trazem benefício a sociedade
como um todo.

A universidade também é capaz de estimular qualidades individuais, fazendo com que o


educando tenha uma visão crítica e bem articulada do mundo. A educação superior forma
melhores indivíduos a partir do acesso à informação, no Brasil é comum que boa taxa dos
educandos só consigam acesso a tecnologia e informação a partir do ingresso a
universidade pública. No entanto, a experiência com a universidade não apenas aumenta o
conhecimento da área de formação, mas também a visão de mundo e experiência de vida,
trazendo olhar para questões éticas, sociais e políticas.

Todavia, apesar dos lados positivos do ingresso em uma universidade, vivendo em um país
como Brasil existem grandes limitações que atrasam o processo de inclusão social e
democratização do ensino superior. Nosso sistema de ensino não reconhece a injustiça
presente no processo seletivo nacional, a desigualdade começa quando as classes sociais
mais baixas possuem uma educação básica inferior à classe social mais alta. Dessa forma,
a pessoa privilegiada sempre obterá resultados mais altos, o que dificulta o acesso a vagas
pelas camadas marginalizadas.

É preciso entender que não existe meritocracia em um sistema onde ninguém tem controle
quanto a classe social em quem nasce, a competição sempre vai ser mais fácil para
aqueles que durante o ensino médio não precisavam trabalhar, estudavam em escola
particular e ainda tinham uma boa estrutura familiar possibilitando o acesso a internet e
tecnologia. Cada um desses tópicos em nosso país é um privilégio para poucos.

Contudo, cabe ao governo medidas de equiparação social nos processos seletivos públicos,
isso se dá pelo aumento das cotas por renda, da melhoria do sistema de educação básica,
criações de pontos públicos de acesso à tecnologia e informação, para que todo jovem
brasileiro possa ingressar na universidade pública sem que hajam grandes dificuldades.

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