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ADRIANE MACHADO
JOINVILLE
2009
2
ADRIANE MACHADO
JOINVILLE
2009
III
Adriane Machado
___________________________________________________________________________
Profª Drª. Sueli Fischer Beckert – IST (Orientadora)
Instituto Superior Tupy
___________________________________________________________________________
Prof Dr. Adilson José de Oliveira
Instituto Superior Tupy
___________________________________________________________________________
Prof Dr. Luiz Veriano Oliveira Dalla Valentina
CCT-UDESC
4
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho a todos os que colaboraram com a minha formação acadêmica. Desde o meu primeiro
professor, meu pai.
5
AGRADECIMENTOS
Primeiramente a Deus, por ter me possibilitado a realização desse trabalho com saúde
e muitas felicidades e ter me trilhado esse caminho maravilhoso de VIDA.
A doutora, mestre e orientadora Sueli Fischer Beckert, pela dedicação, apoio e
orientação.
A Sociedade Educacional de Santa Catarina (SOCIESC) pelo apoio para a realização
do trabalho de mestrado utilizando o Laboratório de Metrologia.
Ao Instituto Fábrica do Milênio (IFM) pela possibilidade de trabalhar com o projeto
PROMOLDE e ao profº Doutor, Adriano Fagali de Souza pela disponibilização das
informações.
Aos meus pais, Acácio Machado e Dolores Zils Machado, pela constante força,
carinho e amor durante toda a vida.
Ao meu noivo Fernando, que mostrou o real significado do amor pelo
companheirismo, compreensão, ajuda, força, carinho e paz de todas as horas.
6
RESUMO
O acabamento superficial é uma característica que vem sendo cada vez mais solicitada por
fornecedores de moldes e também por ferramentarias que necessitam monitorar o acabamento
da superfície usinada. Este trabalho faz um estudo sobre as condições de medição
de rugosidade em superfícies complexas, utilizando rugosímetros de contato. São abordados
os principais parâmetros de rugosidade e os cuidados na preparação da máquina de
medição, de forma a minimizar as distorções na filtragem das ondulações. A parte
experimental do trabalho fez uso de cavidades em formato oval, obtidas por diferentes
estratégias de usinagem. Foram realizadas medições com rugosímetro de bancada, e uma
comparação com um padrão de verificação visual foi conduzida com a finalidade de observar
se os valores quantitativos obtidos em ambos as medições estavam correlacionados.
Posteriormente, foram realizadas medições de rugosidade em peças injetadas nos materiais
Poliestireno e ABS antes do processo de polimento, também objetivando verificar a
transferência da topografia deixada pela ferramenta para o produto. Buscando avaliar o efeito
do material do molde, foi executado um processo de polimento manual e mecânico nos aços
P20 e H13. A avaliação da rugosidade no molde polido também foi realizada, e uma
comparação com os tempos de polimento de cada cavidade usinada foi analisada. Como
resultado da pesquisa realizada, pode-se chegar a parâmetros de avaliação de rugosidade
como Ra, Rz e se possível o nível c com o percentual especificado para caracterizar
superfícies complexas de moldes; e procedimentos adequados de avaliação, de forma que
pudessem monitorar a qualidade superficial e assim, apoiar na caracterização da superfície.
Incluiu-se como parte do procedimento, a definição dos parâmetros de preparação de máquina
de medição necessários para realizar uma medição com confiabilidade, incluindo a seleção da
ponta de contato, o tipo de filtro, a remoção de forma e a medição sem a utilização da sapata.
ABSTRACT
The surface finish is a feature that is being increasingly requested by suppliers of molds and
by tooling industry which need to observe the finish of machined surface. This work
represents a study of the roughness measurement conditions in complex surfaces using
contact roughness machine. In this work were elaborated the main parameters of roughness
and the cautions needed for the preparation of measuring machine in order to minimize the
distortions in the filtering of ripples. During the experimental phase of the work, oval shape
cavities were used, obtained by different machining strategies. Measurements were performed
with the roughness meter bench, and a comparison with a use of visual pattern was conducted
in order to see if the quantitative values obtained in both measurements were correlated. After
were performed roughness measurements on the pieces injected in the polystyrene and ABS
materials before the polishing process, also aiming to verify the transfer of the topography left
by the tool on the product. Looking for evaluation of the effect of the material, a process of
manual and mechanical polishing of the P20 and H13 steel was performed. The evaluation of
the roughness on the polished mold was also performed, and a comparison of the polishing
time of each machined cavity was analyzed as well. As a result of the research, it is possible
to come to roughness valuation parameters such as Ra, Rz and if possible to the level c with
the specified percentage to characterize complex surfaces of molds; and appropriate
procedures for evaluation, so they could monitor the surface quality and so support the
characterization of the surface. It was included as part of the procedure, the definition of
parameters for the preparation of measuring machine required to perform a reliable
measurement, including the selection of the contact point, the filter type of, form removal and
a measurement without use of skid.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO .....................................................................................................................15
1. CONCEITOS DE SUPERFÍCIE .....................................................................................18
1.1. DEFINIÇÕES RELACIONADAS AO PERFIL..............................................................22
2. SISTEMAS DE MEDIÇÃO DE RUGOSIDADE E DE ONDULAÇÃO .....................24
2.1. APALPADOR ..................................................................................................................27
2.2. SELETOR DE FILTRO ...................................................................................................31
2.2.1. Tipos de filtro ................................................................................................................31
2.2.2. Comprimento de amostragem (cut-off)..........................................................................32
2.3. REMOÇÃO DE FORMA.................................................................................................37
3. PARÂMETROS DE TEXTURA SUPERFICIAL .........................................................42
3.1. DETERMINAÇÃO DA LINHA MÉDIA........................................................................43
3.2. COMPRIMENTO DE AVALIAÇÃO .............................................................................45
3.3. CLASSIFICAÇÃO DOS PARÂMETROS PARA A MEDIÇÃO DA TEXTURA
SUPERFICIAL........................................................................................................................46
3.3.1. Parâmetros de amplitude ...............................................................................................46
3.3.1.1.Rp e Rv - Amplitude máxima de picos e vales ...........................................................46
3.3.1.2.Rz – Amplitude máxima de perfil por comprimento de medição................................47
3.3.1.3.Rt – Amplitude total de perfil ......................................................................................48
3.3.1.4.Ra – Amplitude média de perfil ..................................................................................49
3.3.1.5.Rq – Desvio médio quadrático do perfil......................................................................50
3.3.1.6.Rsk – Assimetria do perfil ..........................................................................................51
3.3.1.7.Rku – Achatamento do perfil ......................................................................................53
3.3.2. Parâmetros de espaçamento...........................................................................................54
3.3.2.1. RSm – Largura média dos elementos do perfil ...........................................................54
3.3.3. Parâmetros híbridos .......................................................................................................55
3.3.3.1.Pc e HSC – Contagem de elementos de um perfil.......................................................55
3.3.3.2.Rmr(c) – Material Ratio ..............................................................................................57
4. O COMPORTAMENTO DOS PARÂMETROS DE RUGOSIDADE EM FUNÇÃO
DA ESTRATÉGIA DE ACABAMENTO NO FRESAMENTO DE MOLDES ..............58
9
LISTA DE FIGURAS
Figura 66 - Comparação do Ra entre a lateral das peças (face interna e externa) com o molde
(face externa) ............................................................................................................................ 89
Figura 67 - Comparação do Rz entre a lateral das peças (face interna e externa) com o molde
(face externa) ............................................................................................................................ 90
Figura 68 - Comparação do c (50%) entre a lateral das peças (face interna e externa) com o
molde (face externa) ................................................................................................................. 90
Figura 69 – Comparação visual no topo das cavidades considerando o parâmetro de
rugosidade Ra ........................................................................................................................... 92
Figura 70 - Comparação visual na lateral das cavidades considerando o parâmetro de
rugosidade Ra ........................................................................................................................... 92
Figura 71 – Comparativo das amostras de polimento em metal H13 e P20 utilizados para
construção de moldes em diferentes etapas do lixamento ao polimento.................................. 94
Figura 72 - Comparação do Ra, Rt, Rp e Rz no topo das cavidades......................................... 97
Figura 73 - Comparação do Ra, Rt, Rp e Rz na lateral das cavidades ...................................... 98
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Cut-offs padrão para filtros Gauss e associados à relação de cut-off e ao raio da
ponta de apalpadores, recomendados para medição de rugosidade.......................................... 35
Tabela 2 - Comprimento de amostragem (cut-off) conforme normas técnicas ........................ 36
Tabela 3– Parâmetros de rugosidade medidos (µm) ................................................................ 62
Tabela 4 – Níveis de acabamento obtidos por direção de corte ............................................... 64
Tabela 5 – Classificação dos acabamentos superficiais encontrados na indústria mecânica ... 68
Tabela 6 - Medidas obtidas no topo das cavidades do molde .................................................. 75
Tabela 7 – Medidas obtidas na lateral das cavidades do molde ............................................... 77
Tabela 8 – Medidas obtidas no topo interno da peça em ABS................................................. 80
Tabela 9 - Medidas obtidas no topo interno da peça em Poliestireno ...................................... 80
Tabela 10 - Medidas obtidas na lateral interna da peça em ABS ............................................. 83
Tabela 11 - Medidas obtidas na lateral interna da peça em Poliestireno.................................. 83
Tabela 12 - Medidas obtidas no topo externa da peça em ABS ............................................... 86
Tabela 13 - Medidas obtidas no topo externa da peça em Poliestireno.................................... 86
Tabela 14 - Medidas obtidas na lateral externa da peça em ABS ............................................ 88
Tabela 15 - Medidas obtidas na lateral externa da peça em Poliestireno ................................. 89
Tabela 16 – Medições com o padrão visual e tátil de rugosidade através do parâmetro Ra
(µm) .......................................................................................................................................... 91
Tabela 17 – Demonstrativo dos valores de rugosidade encontrados nos etapas do lixamento
até o polimento (dureza obtida: P20 = 18HRC, H13 = 14HRC).............................................. 95
Tabela 18 - Medidas obtidas no topo externo do molde........................................................... 96
Tabela 19 - Medidas obtidas na lateral externa do molde ........................................................ 97
15
INTRODUÇÃO
Este trabalho tem como objetivo estabelecer uma sistemática apropriada para avaliação
de superfícies complexas das cavidades encontradas em moldes. Têm-se como objetivos
específicos:
Este trabalho está estruturado de forma a proporcionar uma leitura objetiva e concisa.
Iniciando com a introdução que aborda uma breve apresentação deste trabalho e sua abrangência,
na seqüência é apresentada a revisão bibliográfica abordando conceitos sobre textura superficial,
equipamento de medição de superfície, características do apalpador, erros produzidos pelas suas
diferentes dimensões, filtros utilizados na medição e comprimento de amostragem. No capítulo 4
são apresentadas as necessidades de medição de acabamento superficial em moldes e matrizes e
também é explicado sobre o polimento superficial em superfícies de forma livre. Na
17
continuidade deste trabalho são apresentados os resultados dos experimentos. Por último, são
realizadas as considerações relevantes deste trabalho, como a discussão das atividades
desenvolvidas.
18
1. CONCEITOS DE SUPERFÍCIE
A crista-1 por Batista (2006) é o perfil da fresa de ponta esférica sobreposto a uma
distância igual a profundidade de corte radial. A crista-2 é formada a partir de um material
residual deixado num espaço de sucessivos giros da aresta de corte durante o movimento de
avanço.
19
Para os softwares CAM há a necessidade de seleção do valor de avanço fz, porém, este é
freqüentemente selecionado em função da redução no tempo de corte. Assim, a rugosidade da
superfície usinada é afetada para pior, pois o tamanho das cristas aumenta e diminui a qualidade
superficial.
Chen et al. (2005) relata em sua pesquisa que a tecnologia HSC (High Speed Cutting –
Usinagem em Alta Velocidade) possibilitou a redução da profundidade de corte radial (ae) sem o
aumento do tempo de corte. Este fato possibilitou a redução da rugosidade em função da
diminuição da altura das cristas decorrentes do processo de usinagem.
Segundo Boujelbene (2004), as superfícies curvas dão origem a um programa CNC com
uma trajetória de ferramenta dividida em um grande número de segmentos de retas que geram
uma superfície facetada e com rugosidade maior. Um modelo proposto por Boujelbene de
trajetória contínua resulta numa trajetória suavizada que não formará uma superfície facetada,
melhorando assim a rugosidade.
Com o modelo de trajetória de tangenciamento contínuo (Figura 2a) proposta por
Boujelbene (2004) é possível perceber a diferença com o modelo de segmentos de retas (Figura
2b), comumente utilizada.
Existe ainda o modelo de trajetória spline apresentado por Souza (2004), onde ele
conseguiu um menor valor de rugosidade, mas concluiu que também a oscilação no avanço
influenciou fortemente a rugosidade em virtude das reduções de velocidade provocadas pelo
20
Uma superfície pode ser definida como o contorno que separa um objeto de outro objeto,
substância ou espaço. A medição de uma superfície é conhecida como perfil total ou superfície
efetiva (NBR ISO 4287:2002). Este perfil geralmente é apresentado no sistema de coordenadas
x-z. No entanto, medições topográficas podem ser realizadas, a partir de sucessivas medições
bidimensionais ou uma diretamente tridimensional (ASME B 46.1:2002). No desenvolvimento
deste trabalho, a ênfase é dada às medições bidimensionais. A partir dos perfis medidos podem
ser realizadas caracterizações de elementos superficiais específicos. Para tanto, os mesmos são
submetidos a uma metodologia de filtragem que permite minimizar ou enfatizar específicas
características da superfície analisada. Neste caso, um novo perfil é formado e é denominado de
perfil modificado ou filtrado (ISO 3274:1996).
A Figura 5 apresenta de forma esquemática os componentes básicos de um perfil. Além da
rugosidade e da ondulação, outros elementos de uma superfície são ilustrados na referida figura
tais como o erro de forma, os defeitos e a direção predominante da superfície.
Seção
defeito nominal
Seção normal
Direção
da superfície
Perfil total
Perfil
(incluitotal
erro de forma)
(inclui erro de forma)
Perfil waviness
Perfil de ondulação
(rugosidadeatenuada)
(rugosidade atenuada)
Perfil de
Perfil de rugosidade
rugosidade
(ondulaçãoatenuado)
(waviness atenuada)
Comprimento de amostragem - le
A escolha do instrumento adequado para uma medição de textura superficial pode ser
baseada nas informações contidas em normas técnicas. Conforme a norma ASME B46.1:2002,
basicamente existem três grupos de instrumentos de medição de textura superficial, que são:
instrumentos com perfil completo, instrumentos com capacidade limitada de parâmetros e de
perfil e instrumentos somente com parâmetros. Neste trabalho são considerados os instrumentos
com perfil completo que medem o perfil com contato e sem sapata (skid).
Os instrumentos que geram perfis completos diferenciam-se entre si pelo tipo de sensores
de medição, que podem ser apalpadores, feixe de luz ou de elétrons.
Os instrumentos de medição por contato são aqueles que exploram uma superfície com
contato direto por meio de apalpador e obtém os desvios na forma de perfil. Ainda, esses
equipamentos têm a capacidade de calcular parâmetros e podem emitir registros do perfil
graficamente.
Devido ao fato da maioria das superfícies serem produzidas por processos com a mesma
textura, ao longo de uma grande área, é possível fazer com que os instrumentos de medição
possam ser usados com um simples traçado linear, facilitando e agilizando o processo de
avaliação no que se refere a superfícies planas. Embora a experiência mostre que esse simples
traçado é usualmente adequado para a obtenção de informações da superfície, em alguns casos é
necessário checar a textura sobre uma determinada área.
longitudinal e tranversal aos sulcos podem ser bem diferentes (NICOLA, 2008). Este fato se
deve a condição de que quando se mede a rugosidade na direção longitudinal, não são captados
os desvios de 3ª ordem.
Muitos perfis de textura superficial analisados em operações de engenharia são obtidos por
contato direto, com apalpador. As características desses apalpadores podem modificar o perfil
analisado e, até mesmo, danificar a superfície analisada. Com isso, esse tipo de aparelho pode
fornecer uma informação que não represente a realidade. Além disso, as medições podem se
alterar em função de outras condições, tais como as características da filtragem do perfil de
medição (tipos de filtros e comprimento de amostragem) e a utilização de suportes do sensor de
medição, sendo necessária uma adequação das mesmas ao objetivo da medição. Sendo assim,
27
2.1. APALPADOR
Parâmetro
Tipo a ou b (µm) r (µm) α (º) Forma
Pirâmide truncada
2a4 - 60 ou 90
com ponta retangular
Conforme Figura 11, os tipos de apalpadores podem ser variados sendo que a norma ISO
3274 recomenda que um instrumento ideal deva ao menos realizar as medições com um
apalpador cônico de ângulo 60º.
Por menor que seja o raio do apalpador, o mesmo não pode reconhecer as irregularidades
da superfície que forem menores do que o seu raio. Sendo assim, sempre ocorre uma distorção
entre os perfis reais e medidos. Dependendo do nível de detalhamento exigido em relação à
superfície analisada, deve-se optar por apalpadores de raios menores. Essa escolha pode ser
relacionada com o erro introduzido nesta operação.
Dagnall (1998) testou superfícies de quatro diferentes rugosidades que mostraram uma
redução na medida Ra usando um valor entre 1,25ȝm e 10ȝm no raio do apalpador. Esta redução
foi apenas de 4,5 ȝm a 3,25 ȝm na primeira superfície, 8ȝm a 7,5ȝm na segunda, 11ȝm a 10ȝm
na terceira e 26ȝm a 25ȝm na quarta superfície. Estes foram os resultados apesar de o raio de um
apalpador ser oito vezes maior do que o outro. Na Figura 12 é apresentado esse valor de erro em
função da medição de rugosidade média (Ra). No eixo horizontal desta figura é indicada a
relação entre o raio da ponta do apalpador e o valor Ra da superfície avaliada em µm. Na
ordenada é indicado o erro percentual devido às condições de medição mencionadas no outro
eixo.
29
Conforme a Figura 12, quando o Ra for igual a 0,5µm e o raio da ponta do apalpador
igual a 5µm, a relação de 10 resulta num erro de medição é de aproximadamente 2%. Para um
apalpador com o dobro do raio (10µm) esse erro aumenta para 8%. Nestas duas condições de
análise, os valores de erros de medição podem ser considerados aceitáveis. Pode-se afirmar que o
erro de medição será significativo somente quando o raio do apalpador for 20 vezes maior que a
rugosidade média da superfície (Dagnall, 1998).
Variados trabalhos que inspecionam rugosidade não consideram este aspecto de erro
devido a seleção do apalpador, apesar de impactar diretamente na avaliação dos resultados do
30
perfil medido e de caracterização do perfil. Uma escolha inadequada pode, de acordo com a
Figura 12, apresentar valores distorcidos de rugosidade.
Com base nestas considerações e nas informações constantes na Figura 11, a norma ISO
3274: 1996 indica o apalpador cônico com ponta esférica, com ângulo de 60° e raio de 2µm a
10µm como geometrias ideais. Ainda, conforme a norma internacional ISO 3274: 1996 e ASME
B46.1: 2002, outras características de medição que envolve o componente de contato em análise
referem-se à força e à velocidade de medição. A força exercida pelo conjunto mecânico durante a
medição de textura superficial é resultante da combinação de forças estáticas e dinâmicas. A
força dinâmica não é especificada em normas técnicas pelo fato de ser de difícil quantificação e,
ainda, por variar em função da localização do apalpador e da velocidade de medição. A força
máxima estática de medição recomendada tem relação com as dimensões da ponta de contato do
apalpador. A Figura 13 apresenta, de forma gráfica, a relação entre o raio e a força de medição
com uma equação da curva criada pelos valores recomendados na norma americana ASME
B46.1: 2002.
2,0
Força Estática de medição (gf)
1,5
1,0
0,0
0 5 10 15
Figura 13 - Força estática máxima recomendada para a medição de textura superficial com
instrumentos de contato
Fonte: ASME B46.1: 2002
acabada ou em superfícies utilizadas como padrão. Este fato acarreta em transtornos para o caso
de liberação de peças onde a aparência é importante.
Por sua vez, os mais recentes instrumentos de medição de textura superficial utilizam
outro tipo de filtro, denominado filtro de Gauss. O filtro gaussiano foi projetado para separar
rugosidade e ondulação com maior exatidão do que os outros filtros, além de permitir uma
drástica redução nas distorções de filtragem. Uma restrição na utilização deste filtro é que ele
32
pode ser implementado apenas onde a filtragem é realizada por algoritmos e o processamento
realizado em computadores (DAGNALL, 1998).
O outro aspecto que pode provocar alterações no perfil filtrado refere-se ao comprimento
de amostragem, normalmente conhecido como cut-off. Utiliza-se o termo cut-off para especificar
numericamente o comprimento da freqüência de onda acima ou abaixo do qual uma das
componentes da superfície (rugosidade ou ondulação) é eliminada. Além disso, o cut-off pode ser
33
Na Figura 15, os valores le1 e le2 referem-se aos comprimentos de amostragem, ou cut-
offs, da análise de perfil de superfície em questão. Nota-se que para o comprimento le1 a
amplitude da rugosidade tem um valor H1, o que corresponde realmente a profundidade da
rugosidade. No entanto, para o comprimento le2 o maior valor da amplitude H2 revela a
incorporação da ondulação. Desta forma, o valor do cut-off maior que o necessário inclui valores
do perfil de ondulação, que por sua vez tendem a aumentar a rugosidade e diminuir a ondulação.
Três filtros de perfil (λs, λc, e λf) são usados em instrumentos para medição de perfil de
rugosidade, ondulação e perfis primários para separar o perfil em ondas longas e ondas curtas
(Figura 16).
O filtro “λc” define a separação entre a rugosidade e a ondulação ou, ainda, o maior
comprimento de amostragem para perfis de rugosidade (ASME B46.1:2002; NBR ISO
4287:2002). A nomenclatura “λc” é também utilizada nas análises de textura superficial como o
comprimento de amostragem ou cut-off.
34
O filtro “λf”, designação estabelecida pela norma ISO ou “λcw” pela norma ASME,
define a separação entre a ondulação e a maior componente de onda presente na superfície. Os
comprimentos de onda que são separados da ondulação se caracterizam como perfil primário.
Perfil de
ondulação
λs λc λf
A norma ISO 4288: 1996 apresenta um procedimento para medição de rugosidade, no qual
deve-se inicialmente avaliar se a superfície é periódica ou aperiódica. O perfil periódico é
caracterizado pela uniformidade do perfil apresentado no gráfico e o perfil aperiódico pela
disformidade do perfil no gráfico (Figura 18).
a) Perfil Aperiódico
b) Perfil Periódico
Figura 18 – Perfis Aperiódico (a) e Periódico (b).
Fonte: O autor
37
A opção LS Line utiliza o método dos mínimos quadrados para obter uma linha média tal
que a soma dos quadrados dos desvios residuais sejam minimizados. A linha média passa a ser a
linha de referência (Figura 19).
Na opção MZ Line as linhas retas da zona mínima são calculadas no perfil referenciado à
linha central da zona (Figura 20). Estas linhas são um ajuste geométrico de duas linhas paralelas
juntando o perfil tal que a sua separação é mínima. A linha de referência é a linha que separa em
iguais partes o perfil medido entre as linhas paralelas de zona.
38
A opção Datum estabelece uma linha média a partir dos dados coletados e calcula os
parâmetros de rugosidade com base nesta linha (Figura 21). A opção Datum permite que a
origem de referência se ajuste aos níveis dos mínimos quadrados. Isto é feito exclusivamente
para ajustar o nível de inclinação e não os dados.
A opção LS Arc remove um raio definido, sendo aplicável a superfícies circulares. Sendo
o arco definido pelo método dos mínimos quadrados (Figura 22).
da rugosidade, principalmente se a peça for previamente alinhada de forma que a altura do início
da medição seja a mesma do final da medição. As demais opções devem ser utilizadas com
cautela, aplicadas quando as formas geométricas estiverem claramente definidas (como plano e
circunferência) e quando a falta de alinhamento possa comprometer os resultados de medição.
A medição de textura superficial não pode ser realizada sem uma referência, garantindo
um nivelamento entre o instrumento de medição e a superfície em análise. Essa operação de
nivelamento pode ser realizada através de uma referência externa ou interna.
O tipo de referência interna mais comum é aquela construída dentro da pick-up (unidade
de deslocamento) (Figura 23). O uso desse tipo de nivelador permite que qualquer componente
de superfície, tanto rugosidade quanto ondulação ou forma, seja medida. Por outro lado, a sua
desvantagem está relacionada ao fato de que qualquer desajuste no mecanismo de deslocamento
da pick-up possa ser transferido para o apalpador, sobretudo no que diz respeito à distância entre
a ponta do apalpador e o ponto de referência dentro da pick-up.
Referência da
unidade de leitura
Apalpador
No que diz respeito à interferência da sapata na medição de perfil, podem ser citados dois
tipos de distorção causados por este componente de medição de textura superficial. O primeiro
está relacionado à distorção do perfil medido devido à presença de picos ocasionais. Na Figura
25, o deslocamento vertical anormal causado pelo pico em destaque provoca uma subtração do
deslocamento do apalpador (região do gráfico em círculo). Este tipo de distorção pode alterar
alguns parâmetros de textura superficial, principalmente aqueles relacionados à amplitude de
vales e picos.
Superfície
Gráfico
O segundo tipo de distorção causado pelo uso de sapata diz respeito à relação entre as
suas dimensões e os parâmetros de espaçamento de longos comprimentos de onda (Figura 26).
41
Quanto à força exercida pela sapata sobre a superfície em análise, a mesma não deve
exceder a 50 gf (ISO 3274:1996). Considerando as forças máximas exercidas pelos componentes
sapata e apalpador de raio igual a 5µm (Figura 13), a relação de aumento da força de contato
entre estes componentes pode alcançar valores de aproximadamente 100 vezes maior para a
sapata. Neste caso, a ocorrência de marcas durante a medição pode ser atribuída ao uso de
sapata, em destaque para materiais mais macios. Em função desta possibilidade das marcas da
sapata coincidir com a região de deslocamento do apalpador, geralmente, o ponto de contato
desses componentes são ligeiramente descentralizados do ponto de contato dos apalpadores
(DAGNALL, 1998).
42
6
R a = 1 ,0 3
4 R Sk = -0 ,0 7
R Ku = 1 ,1 3
2 R a
(a )
0
2 4 6 8 10 12 14 16
-2
10
8 R a = 1 ,0 3
R Sk = 0 ,0 2
R Ku = 3 ,3 3
6
R a
(b ) 4
0
2 4 6 8 10 12 14 16
-2
6 R a = 1 ,0 4
R Sk = - 0 ,6 8
4 R Ku = 1 ,5 0
2 R a
(c )
0
2 4 6 8 10 12 14 16
-2
A linha média pelo mínimo dos quadrados pode ser definida como uma linha que
acompanha o perfil nominal, de forma que a soma dos quadrados dos desvios do perfil na
direção vertical seja minimizado. A forma do perfil nominal pode ser uma linha reta ou curva,
conforme demonstra a Figura 28.
44
Linha média
dos mínimos quadrados
Zs
Zi
¦ Zi = ¦ Zs
i =1 s =1
le
lv lm ln
lt
Figura 30 - Representação esquemática dos comprimentos de avaliação envolvidos na
determinação de um perfil de rugosidade.
Fonte: ASME B46.1: 2002
Zv4
Zv5
Zv3
Zv1
Zv6
Zv2
picos
Zp6
Zp3
Rp
Zp1
Zp4
Zp5
Zp2
Zp1
Zp1
Zp1
Zp1
Zp1
Zp1
Rz
Zv4
Zv5
Zv6
Zv1
Zv3
Zv2
O emprego do parâmetro Rz pode ser citado para casos em que pontos isolados
influenciam a aplicabilidade do produto, como por exemplo, superfícies em contato e com
deslizamento (por exemplo: a estampagem). As vantagens deste parâmetro referem-se à
facilidade de obtenção através de gráficos e à informação sobre a distribuição dos pontos
acentuados. Por outro lado, essa consideração parcial pode fornecer uma pequena parte da
superfície total de análise, além de não possibilitar informações sobre a forma e a distância entre
as ranhuras (TAYLOR HOBSON PRECISION, 2003).
O parâmetro de amplitude total corresponde ao somatório do mais alto pico com o mais
profundo vale, dentro de um comprimento de avaliação (Figura 33).
49
Rt
Comprimento de avaliação
Figura 33 - Para determinação de Rt, considerar mais alto Rp e mais profundo Rv, para um
comprimento de avaliação.
Fonte: NBR ISO 4287: 2002
Essa grandeza pode ser representada como sendo a altura de um retângulo, cuja área é
igual à soma absoluta das áreas delimitadas entre o perfil e a linha média, dentro de um
comprimento de amostragem, conforme a Figura 34.
50
Ra
Zi
Zi
Comprimento de
Comprimentode m amostragem
edição - lm
O parâmetro de desvio médio quadrático é definido como a raiz quadrada da média dos
quadrados das amplitudes do perfil em relação à linha média, oferecendo uma medida do desvio
padrão dos dados analisados. Analiticamente, esses parâmetros podem ser descritos como:
l
1
l ³0
Rq = Z 2 ( x)dx
Este parâmetro tem o efeito de dar peso extra para altos valores de picos e vales que
aparecem ao acaso, pois eleva ao quadrado essas irregularidades, caracterizando uma destacada
vantagem na sua determinação. Neste caso, pode-se citar uma aplicação na análise da qualidade
ótica de superfícies.
Por outro lado, este parâmetro é de difícil obtenção em equipamentos analógicos. Outro
aspecto desfavorável na utilização destes parâmetros é que o mesmo não define a forma das
irregularidades e, normalmente, devem ser interpretados conjuntamente como outros parâmetros
de amplitude, tal como o Rp (WHITEHOUSE, 2002).
51
1 ª 1 lr 3 º
Rsk = 3 « ³ Z ( x)dx »
Rq ¬ lr 0 ¼
Nota-se que o Rsk é um parâmetro adimensional e é diretamente dependente dos valores
do desvio médio quadrático (Rq) e das amplitudes parciais (Zi). Conforme pode ser observado na
Figura 35, os valores de Rsk, aproximadamente iguais a zero, indicam uma superfície com picos
e vales distribuídos semelhantemente ao longo do comprimento de amostragem.
10
Ra = 1,03
8 Rq = 1,70
Rsk = 0,02
6
(a) 4
0
2 4 6 8 10 12 14 16
-2
10
Ra = 0,99
8
Rq = 1,60
6 Rsk = 1,56
(b) 4
0
2 4 6 8 10 12 14 16
-2
10
Ra = 0,99
8 Rq = 1,60
Rsk = -1,56
6
(c) 4
0
2 4 6 8 10 12 14 16
-2
Quando o Rsk for positivo, ele indica que o perfil em análise representa uma superfície
com picos altos associados à região de baixos vales ou aplainados. Em termos de amplitudes,
isso quer dizer que os valores de amplitude de picos são maiores do que os valores de amplitude
de vales. Por outro lado, valores negativos indicam a presença de maiores amplitudes de vales
em relação à amplitude de picos.
52
Os valores absolutos de Rsk maiores do que 1,5 (positivo ou negativo) indicam que a
superfície apresenta uma forma com altos picos ou profundos vales (PRECISION DEVICES
INC-PDI, 2007). Com isso, os parâmetros de amplitude de picos e vales, tais Ra e Rt, não são
adequados para a caracterização deste tipo de superfície. Como exemplo, a Figura 35 apresenta
perfis com semelhantes valores de Ra e Rt, mas com forma e valores de Rsk diferentes.
Cabe ressaltar que esse tipo de parâmetro é extremamente influenciado por picos ou vales
isolados. Esse fato pode ser percebido diretamente nos valores deste parâmetro, ou graficamente.
Quando a superfície apresentar altos picos e forem utilizados instrumentos com sapata, existe
grande probabilidade de erros de medição, principalmente, se o espaçamento entre os picos for
maior que o comprimento de contato do sistema de sapata e a superfície em análise.
Apesar da sua característica de parâmetro de forma, o Rsk necessita ser associado a outros
parâmetros para uma adequada caracterização do perfil medido. A Figura 36 mostra exemplos de
perfis com características de assimetria semelhantes, mas que terão forte influência no resultado
final de aplicação dos respectivos produtos. Neste caso, apesar dos perfis serem graficamente
diferentes, o parâmetro Rku pode ser considerado semelhante, cabendo aos parâmetros de
amplitude, propriamente dito (Ra e Rq), a diferenciação numérica entre eles.
10
Ra = 1,03
8
Rq = 1,70
Rsk = 0,02
Ra
6 Rku = 3,33
(a) 4
0
2 4 6 8 10 12 14 16
-2
10
6 Ra = 0,16
Rq = 0,30
(b) 4
Rsk = 0,02
2 Rku = 3,33
0
2 4 6 8 10 12 14 16
-2
1 ª 1 lr 4 º
Rku = « ³ Z ( x)dx »
Rq 4 ¬ lr 0 ¼
Com base na equação acima, verifica-se a mesma dependência deste parâmetro aos
valores de desvio médio quadrático (Rq) e das amplitudes parciais (Zi), além de semelhante
caráter adimensional em relação ao parâmetro Rsk. A única diferença entre estes dois tipos de
parâmetros de forma, até então, refere-se ao grau de potência dos respectivos constituintes (Zi e
Rq). Segundo a equação, o valor de Rku (Figura 37) necessariamente será positivo e destacará
ainda mais a influência da amplitude dos picos e vales, quando comparado ao Rsk.
Normalmente, pode-se dizer que uma superfície com picos e vales igualmente
distribuídos apresentará uma grandeza de Rku da ordem de três. Para valores acima de três o
perfil deve apresentar picos e vales mais agudos e mais profundos, respectivamente, sendo o
inverso para valores abaixo de três.
54
Analiticamente, os parâmetros de distância média entre picos e vales podem ser definidos
conforme a equação abaixo. A Figura 38 ilustra os elementos de medição desse parâmetro,
mostrando que o espaçamento Xsi consistirá de um pico e um vale adjacente.
1 m
RSm = ¦ Xsi
m i =1
55
Comprimento de avaliação
selecionado (ASME B46.1:2002). Estes limites de contagem de picos e vales são denominados
de “linha de corte”. A Figura 39 mostra uma típica contagem de picos identificando a linha
média e de corte, sendo estas últimas identificadas como “C1” e “C2”.
Linha de corte
superior (C1)
Faixa de medição
Linha de corte
inferior (C2)
Figura 39 - Identificação das linhas de corte superior (C1) e inferior (C2) para a contagem
de picos de um perfil de rugosidade e definição do parâmetro Pc.
Fonte: Pecision Device Inc-PDI, 2007
Na superfície com baixo valor de rugosidade média, o parâmetro Pc apresenta uma maior
variação com o aumento dos limites de contagem e não apresenta uma estabilização desses
valores, tornando a seleção dos limites de contagem ainda mais crítica.
Apesar da limitação de definição da linha de corte, a contagem de picos pode ser um útil
parâmetro em situações onde o número de picos sobre uma determinada linha de corte venha ser
interessante, tais como em discos de armazenamento de dados computacionais, superfícies de
contato, dentre outros.
Conforme Leach (2001), a razão material do perfil Rmr (c) é a razão do comprimento útil
do perfil de rugosidade a um dado nível de corte (c) com o comprimento avaliado, sendo o
resultado representado em percentagem. O comprimento útil é a soma dos comprimentos das
seções obtidas pelo corte do perfil com a linha paralela a linha média a um nível (c). A razão é
assumida em 0% se uma fatia do nível for no pico mais alto, e 100% se for no vale mais
profundo (Figura 41).
50
Alemanha
Japão
40
USA
% das empresas
30
20
10
0
Planejamento do Desenho Geração da Usinagem Acabamento Inspeção
processo trajetória da manual
ferramenta
D D 2 + a e2
Rth = − +
2 4
Onde: Rth, D e ae em mm.
Desde que o diâmetro máximo de corte é muitas vezes limitado pela geometria da peça, a
rugosidade superficial teórica pode ser minimizada somente pela redução de ae de uma superfície
perpendicular ao eixo da ferramenta e fresa de topo esférico, ou seja, superfícies planas. Se a
distância entre cortes é reduzida em 50%, a trajetória aumenta automaticamente em 100%. Uma
forma de reduzir o tempo de corte é aumentar o avanço por dente, que requer uma alta
velocidade de rotação, que resulta automaticamente em uma alta velocidade de avanço. Assim,
um dos motivos para o uso de máquinas com elevadas velocidades de corte (HSM) é permitir
altas velocidades de avanço possibilitando eliminar o polimento manual que, conforme
Fallböhmer (1996), ainda é muito utilizado para dar acabamento final a moldes e matrizes. Em
uma publicação da Sandvik Coromant, tem-se a informação de que é vantajoso selecionar o
avanço por dente (fz) igual a profundidade de corte radial ou distância entre os cortes (ae). Essa
seleção proporciona vantagens como: acabamento superficial similar em todas as direções,
tempo de usinagem mais curto e competitivo, textura superficial simétrica (muito favorável ao
polimento se este for necessário) e aumento da precisão e resistência mecânica da superfície
(gerando uma vida útil mais longa do molde).
De acordo com Fallböhmer (2000), as vantagens para a usinagem em alta velocidade são:
alta taxa de remoção de material, redução no tempo de parada de máquina, baixa força de corte,
dissipação do calor com a remoção do cavaco resultando em uma redução nas distorções e
aumento na precisão da peça e no acabamento superficial. O acabamento superficial é bastante
rigoroso em moldes e matrizes, com Ra normalmente menor que 0,1µm, sendo crítico
principalmente nos moldes para injeção. O acabamento superficial resultante da utilização de
HSM pode ser aceitável, geralmente na ordem de Ra de 0,2µm, se houver a combinação de
sobremetal constante para cada operação da ferramenta com baixas forças de corte que resultam
numa deflexão pequena e consistente da ferramenta (SANDIVIK COROMANT, 2006?).
Segundo Batista (2006), a qualidade do molde está diretamente relacionada a um
60
4.1. POLIMENTO
(a) (b)
A Figura 48 apresenta a trajetória da ferramenta para cada uma das estratégias citadas.
70
Cada estratégia foi utilizada para cada cavidade (conforme Figura 49 – cavidade
superior), representando a dificuldade encontrada na avaliação do acabamento superficial em
moldes. Sendo assim, a peça deveria apresentar formas complexas em sua caracterização
geométrica, com a finalidade de representar uma situação real. Tomou-se o cuidado de selecionar
uma superfície que pudesse representar variadas situações de forma livre.
A cavidade de molde foi fabricada em aço P20 e a ferramenta utilizada foi de topo
esférico com diâmetro 6mm, 2 arestas de corte, faca reta, metal duro submicrogrão, cobertura
PVD Tin Al Sandvick. O passe da ferramenta utilizado para a estratégia 1- 3D offset foi de
0,15mm, para a estratégia 2- Z constante otimizado foi de 0,14mm, para a estratégia 3- radial
para cima e 4- radial para baixo foi de 0,81 graus, e 5- raster foi de 0,135mm. A fixação da
peça foi feita utilizando-se de uma morsa.
Neste trabalho foram utilizados os instrumentos com perfil completo que medem o perfil
com contato da ponta de medição na superfície e sem sapata (skid). Para realização da avaliação
superficial da cavidade de molde em estudo foi utilizado um rugosímetro da marca Taylor
Hobson, modelo Talysurf Plus (Figura 50) calibrado com padrões rastreáveis (Figura 51) a
CGCRE/Inmetro e verificado antes da medição com um padrão de rugosidade também calibrado.
71
Semi-esfera
padrão
Padrão de
rugosidade
e ranhuras
superfície que está sendo medida de forma a não gerar erros devido ao tipo de apalpador
empregado. As características desses apalpadores podem modificar o perfil analisado ou até
mesmo danificar a superfície. Com isso, o rugosímetro utilizado pode apresentar uma
informação que não representa a realidade da superfície medida. Assim, leva-se em consideração
que apenas o apalpador deve entrar em contato com as irregularidades da superfície e não as
outras partes do instrumento. Também, devem ser observadas as características dimensionais do
apalpador. É importante destacar que o raio do apalpador deve ser selecionado conforme
recomendação das normas ASME B46.1:2002 e ISO 3274:1996. Neste trabalho foi utilizado um
apalpador cônico com ponta esférica de raio 2 µm, ângulo de 60º, altura da ponta de 10 mm e
comprimento de 80 mm (Figura 52). Isto se deve ao fato de a superfície apresentar uma forma
curva, tomando assim o cuidado para que a estrutura do apalpador não entrasse em contato com a
superfície, somente a extremidade da ponta. A especificação do apalpador selecionado encontra-
se de acordo com a norma ASME B46.1:2002.
A norma americana ASME B46.1:2002 faz também uma observação quanto a força
estática máxima para medição de textura superficial com instrumentos de contato. Esta força é
apresentada na Figura 13. Observa-se que quanto maior o raio, maior a força. Uma força estática
mal dimensionada pode provocar uma deformação do perfil medido, riscando a superfície e,
conseqüentemente, alterando os resultados obtidos na medição. Para a realização das medições
nesta parte experimental, a força utilizada na medição foi de 0,07gf, conforme especificado no
manual do rugosímetro para medição sem sapata.
A filtragem do perfil de textura superficial realizado neste trabalho foi o gaussiano, pois a
intenção era separar a rugosidade da ondulação com maior exatidão que os filtros utilizados em
equipamentos de medição de rugosidade mais simplificados (portáteis). Para verificação do
efeito proveniente da filtragem, utilizando diferentes tipos de filtros, foi realizada uma
comparação entre eles (Figura 53), utilizando o mesmo padrão de rugosidade utilizado na
73
2 CR
2 CR PC
Gauss
O comprimento de amostragem (cut-off) também tem influência sobre o perfil, pois tem a
finalidade de separar a rugosidade da ondulação. Ele deve ser selecionado com prudência para
não misturar estas duas características, provocando uma filtragem inadequada que pode, de
alguma forma, distorcer os resultados obtidos na medição. Para isso tomou-se como referência o
procedimento estabelecido pela norma ISO 4288:1996, a qual descreve a realização de uma
medição preliminar na superfície selecionando os parâmetros Ra, Rz e RSm. Este procedimento
tem como objetivo determinar se o perfil é periódico ou aperiódico e também determinar as
condições de medição do perfil. Depois de realizada esta avaliação obedecendo a direção de
medição na superfície, compara-se os valores obtidos na medida preliminar com a Tabela 2.
Caso o perfil apresente-se como periódico, obtêm-se o valor de cut-off comparando os valores da
primeira coluna RSm da tabela com o obtido na medição inicial. Caso apresente-se como
aperiódico, compara-se os valores de Ra e Rz medidos com a segunda coluna da tabela para a
determinação do cut-off correspondente.
74
Topo
Lateral
Para a etapa de avaliação dos resultados foi considerada uma incerteza de medição de
10% para os parâmetros selecionados com um nível de confiança de 95%. Esta incerteza foi
estimada com base no ISO GUM (Guia para Expressão da Incerteza de Medição BPPM, 2003) e
considera como componente de incerteza o maior valor de desvio-padrão encontrado na
avaliação de repetitividade das medições de rugosidade em cada superfície e a incerteza do
padrão de rugosidade.
Estratégia de 1 2 3 4 5
Passes em Passes em espiral Z Passe Radial Passe Radial Passes Paralelos
usinagem 3D Offset Constante Otimizado para cima para baixo – Raster
Rsk -0,42-0,10 -0,41-0,59 -0,79-0,05 -0,07-0,34 0,62-1,29
Ra (ȝm) 0,63-0,79 0,59-0,76 0,33-037 6,4-8,08 1,46-2,49
Rt (ȝm) 3,73-5,40 4,79-5,84 1,59-2,33 30,57-41,97 10,80-15,90
Rp (ȝm) 1,96-2,71 2,24-2,77 0,80-1,18 13,43-19,66 7,09-10,65
Rz (ȝm) 3,57-4,97 3,96-5,84 1,59-2,33 26,65-41,97 9,71-15,09
Rmr – 2 ȝm 23-51% 12-42% 98-100% 2-5% 2-5%
c – 50% (ȝm) 1,98-2,65 2,26-2,86 0,79-1,15 13,51-20,42 7,32-10,86
c – 75% (ȝm) 2,53-3,22 2,81-3,20 1,22-1,51 19,66-26,44 8,45-11,97
Também se observou que não existem diferenças significativas entre Rt e Rz, uma vez
que as diferenças ficaram dentro dos 10% de incerteza de medição estipulados para esta
medição, demonstrando que o perfil manteve-se na extensão medida. O pior acabamento das
estratégias 4 e 5 é facilmente verificado pela razão do material do perfil, quando o Rmr(c) de
75% é obtido na faixa de 19,66 – 26,44 ȝm e na faixa de 8,45 – 11,97 ȝm no topo do perfil,
respectivamente. Para as estratégias 1, 2 e 3 a razão do material do perfil foram obtidos os
valores inferiores a 3,22 ȝm, o que deveria implicar em menor tempo de polimento.
Passes em 3D Offset
Passes em espiral Z
Constante Otimizado
Pode-se observar a partir dos gráficos associados a Figura 55 que o perfil é aperiódico e
assim também esse parâmetro foi levado em consideração na medição da rugosidade e avaliação
dos resultados.
A Tabela 7 apresenta os resultados mínimos e máximos de medição obtidos na lateral das
cavidades resultante do processo de usinagem.
1 2 3 4 5
Estratégia Passe espiral Z Passes Paralelos – Raster
Passes em 3D Passe Radial Passe Radial
de usinagem Offset Constante para cima para baixo
Otimizado A/B C/D
Rsk 0,05-0,11 0,55-0,74 0,04-0,28 0,15-0,50 0,39-0,46 0,16-0,36
Ra (ȝm) 0,89-0,92 0,83-0,94 0,91-1,05 0,89-1,74 2,33-2,69 0,58-0,84
Rt (ȝm) 6,16-6,47 6,53-7,54 5,66-6,60 5,04-10,52 16,69-17,41 3,74-5,50
Rp (ȝm) 3,37-3,64 3,95-4,77 3,08-3,80 3,13-5,87 8,83-10,12 2,38-3,50
Rz (ȝm) 5,98-6,47 6,31-7,54 5,48-5,96 5,04-10,05 14,62-17,41 3,74-5,31
Rmr 2ȝm 7-12% 2-5% 8-21% 5-18% 1-3% 6-29%
c -50% (ȝm) 3,39-3,62 4,04-4,90 3,07-3,86 3,31-5,86 9,12-10,30 2,38-3,39
c -75% (ȝm) 4,12-4,45 4,67-5,53 4,01-4,88 3,94-7,47 11,41-12,08 2,99-4,37
Passes em 3D Offset
Passes em espiral Z
Constante Otimizado
Pode-se observar a partir dos gráficos associados a Figura 56 que o perfil é periódico em
virtude dos passes se tornarem constantes na lateral das cavidades e assim também esse
parâmetro foi levado em consideração na medição da rugosidade e avaliação dos resultados.
É importante ressaltas que para os valores encontrados e registrados nas tabelas foram
utilizados os critérios também definidos nas literaturas, onde os parâmetros Ra e Rt foram
medidos e comparados. Observa-se ainda que os valores encontrados estão dentro das faixas
especificadas na Tabela 5, mesmo nas piores situações como na estratégia 5 na medição no topo
da cavidade.
80
Depois de o molde ser avaliado e de todos os dados serem coletados e processados, foram
selecionados dois materiais de diferentes viscosidades para que também a peça fosse avaliada
depois de injetada. A avaliação depois da injeção foi uma alternativa no caso da impossibilidade
de medição de rugosidade para moldes de grande porte ou de difícil acesso para o rugosímetro
realizar a medição.
Foram elaboradas tabelas com os resultados obtidos em uma peça de material opaco
identificado como ABS com característica de ser tenaz, duro e rígido, e de outra peça com
material em Poliestireno (PS) com característica de ser duro e quebradiço. A Tabela 8 mostra os
valores mínimos e máximos encontrados na medição para o topo da peça em ABS, considerando
a face interna da cavidade para poder representar o quanto a rugosidade do molde pode ser
espelhada para a peça, uma vez que o molde foi medido a face externa.
A partir dos valores acima, foram selecionados 3 parâmetros que mesmo em situação
espelhada deveriam apresentar os resultados similares ao obtido na cavidade do molde. São estes
parâmetros: Ra, Rz e c (50%). Estes 3 parâmetros foram selecionados em virtude da
diferenciação de resultados nas medições para assim serem comparados em diferentes situações,
como na medição das peças na superfície interna e externa e na medição do próprio molde.
Para uma representação mais clara da comparação foi construído um gráfico para cada
parâmetro selecionado (Figura 57, Figura 58 e Figura 59), comparando o topo interno das peças
em material ABS e Poliestireno (PS) com o topo externo do molde. A amplitude do gráfico
representa na linha vertical em verde a variação entre os valores mínimos e máximos medidos, e
a linha azul horizontal o valor médio entre as medições realizadas.
Ra
10
9
8
Amplitude (µm)
7
6
5
4
3
2
1
0
1 1 1 2 2 2 3 3 3 4 4 4 5 5 5
Figura 57 – Comparação do Ra entre o topo das peças (face interna) com o molde (face
externa)
Pode-se observar n a Figura 57 que as diferenças não são significativas para as cavidades
com Ra menor que 3 µm. As diferenças encontradas para as cavidades 1, 2 e 3 estão dentro do
valor da incerteza de medição estimada de 10%. Porém, para a cavidade 4 as diferenças foram
maiores em cada ponto de medição no topo em virtude das diferenças significativas no
acabamento obtido pelas estratégias utilizadas de cada cavidade. Na cavidade 5 os valores
ficaram próximos aos das cavidades 1, 2 e 3, mas as amplitudes das observações são maiores.
Tais diferenças podem ser observadas na Figura 55 que apresenta as fotos do topo de cada uma
das cavidades no topo. A profundidade das marcas na superfície ficam bastante evidentes para as
cavidades 4 e 5, por esse motivo existe a diferença entre os valores de Ra.
82
Rz
45
40
35
Amplitude (µm)
30
25
20
15
10
0
1 1 1 2 2 2 3 3 3 4 4 4 5 5 5
Figura 58 - Comparação do Rz entre o topo das peças (face interna) com o molde (face
externa)
c (50%)
27,5
25
22,5
Amplitude (µm)
20
17,5
15
12,5
10
7,5
5
2,5
0
1 1 1 2 2 2 3 3 3 4 4 4 5 5 5
Figura 59 – Comparação do c (50%) entre o topo das peças (face interna) com o molde (face
externa)
83
Assim como nas figuras anteriores, para a profundidade a 50% do pico mais alto do perfil
medido o mesmo se repete. Considerou-se que para c (50%) no molde, o mesmo deveria ocorrer
para as peças. Porém, precisou-se que a razão fosse invertida pelo espelhamento do perfil da
peça com o molde. Para isso foi selecionado o valor obtido de c (50%) da peça e este valor foi
diminuído do valor de Rt para que a razão pudesse ser comparada a uma mesma altura do perfil
medido.
A mesma comparação foi realizada para as medidas obtidas na lateral das peças com o
molde. A Tabela 10 mostra os valores mínimos e máximos encontrados na medição para a lateral
da peça em material ABS, considerando a face interna da cavidade para poder representar o
quanto a rugosidade do molde pode ser espelhada para a peça, uma vez que o molde foi medido
na face externa.
Ra
3,50
3,00
Amplitude (µm)
2,50
2,00
1,50
1,00
0,50
0,00
1 1 1 2 2 2 3 3 3 4 4 4 5AB 5AB 5AB 5CD 5CD 5CD
Figura 60 – Comparação do Ra entre a lateral das peças (face interna) com o molde (face
externa)
Pode-se observar que para a Figura 60 as diferenças não são significativas para as
cavidades. As diferenças são encontradas apenas para uma dispersão de valores pelos diferentes
pontos medidos e estas diferenças podem ser vistas acima e comparadas na Tabela 11. Porém,
para a cavidade 4 as amplitudes foram maiores em cada ponto de medição na lateral em virtude
das diferenças significativas no acabamento obtido pela estratégia utilizada que em cada altura
da cavidade determina um nível diferente de rugosidade. Para a cavidade 5 foram separados os
pontos de medição na lateral em conseqüência da presença de dois tipos bastante distintos de
rugosidade na superfície. Tais diferenças podem ser observadas na Figura 56 que apresenta as
fotos da lateral de cada uma das cavidades.
85
Rz
20
18
Amplitude (µm)
16
14
12
10
8
6
4
2
0
1 1 1 2 2 2 3 3 3 4 4 4 5AB 5AB 5AB 5CD 5CD 5CD
Figura 61 – Comparação do Rz entre a lateral das peças (face interna) com o molde (face
externa)
c (50%)
12
10
Amplitude (µm)
0
1 1 1 2 2 2 3 3 3 4 4 4 5AB 5AB 5AB 5CD 5CD 5CD
Figura 62 – Comparação do c (50%) entre a lateral das peças (face interna) com o molde
(face externa)
Assim como nas figuras acima, para a profundidade a 50% do pico mais alto do perfil
medido o mesmo se repete.
A mesma comparação foi realizada para as medidas obtidas no topo e lateral externos das
peças com o molde. A Tabela 10 mostra os valores mínimos e máximos encontrados na medição
para a lateral da peça em ABS, considerando a face interna da cavidade para poder representar o
86
quanto a rugosidade do molde pode ser espelhada para a peça, uma vez que o molde foi medido
da face externa.
Com base nas tabelas acima pode-se considerar que as rugosidades obtidas diretamente
no molde (face externa) se repete na medição da peça (face interna). Uma comparação com a
face externa da peça também foi realizada para observar a rugosidade da cavidade interna do
molde que inicialmente não foi medida. Foram determinados como parâmetros comparativos os
mesmos parâmetros utilizados para a construção dos gráficos da primeira avaliação entre face
externa do molde e interna da peça. São estes parâmetros: Ra, Rz e c (50%).
A Tabela 12 apresenta os resultados obtidos na medição realizada na face externa da peça
em ABS sobre o topo das cavidades.
Estratégia de 1 2 3 4 5
Passes em Passes em espiral Z Passe Radial Passe Radial Passes Paralelos
usinagem 3D Offset Constante Otimizado para cima para baixo – Raster
Ra (ȝm) 1,00-1,87 0,81-0,88 0,73-0,93 6,87-7,09 0,78-1,25
Rz (ȝm) 7,52-10,53 2,64-4,69 1,78-3,13 3,06-5,02 2,71-4,87
c – 50% (ȝm) 3,00-3,29 1,29-2,04 0,47-1,29 1,44-1,87 1,03-1,54
Estratégia de 1 2 3 4 5
Passes em Passes em espiral Z Passe Radial Passe Radial Passes Paralelos
usinagem 3D Offset Constante Otimizado para cima para baixo – Raster
Ra (ȝm) 0,74-1,10 0,61-0,69 0,31-0,52 0,37-0,67 0,62-0,76
Rz (ȝm) 3,72-6,14 2,91-3,86 1,70-3,37 1,92-3,06 2,82-4,89
c – 50% (ȝm) 1,85-3,90 1,97-2,82 0,57-2,15 1,19-3,10 1,54-3,31
Pode-se observar, na Figura 63, que as diferenças não são significativas para as cavidades
com Ra menor que 2 µm.
87
Ra
10
9
Amplitude (µm)
8
7
6
5
4
3
2
1
0
1 1 1 1 1 2 2 2 2 2 3 3 3 3 3 4 4 4 4 4 5 5 5 5 5
Figura 63 - Comparação do Ra entre o topo das peças (face interna e externa) com o molde
(face externa)
Rz
45
40
Amplitude (µm)
35
30
25
20
15
10
5
0
1 1 1 1 1 2 2 2 2 2 3 3 3 3 3 4 4 4 4 4 5 5 5 5 5
Figura 64 - Comparação do Rz entre o topo das peças (face interna e externa) com o molde
(face externa)
88
c (50%)
27,5
25
Amplitude (µm)
22,5
20
17,5
15
12,5
10
7,5
5
2,5
0
1 1 1 1 1 2 2 2 2 2 3 3 3 3 3 4 4 4 4 4 5 5 5 5 5
Figura 65 - Comparação do c (50%) entre o topo das peças (face interna e externa) com o
molde (face externa)
Assim como nas figuras anteriores, para a profundidade a 50% do pico mais alto do perfil
medido o mesmo se repete. Para esta comparação a razão não precisou ser invertida pelo
espelhamento do perfil da peça com o molde, pois a face que foi comparada foi também a
externa.
A mesma comparação foi realizada para as medidas obtidas na lateral das peças com o
molde. A Tabela 14 mostra os valores mínimos e máximos encontrados na medição para a lateral
da peça em material ABS, considerando a face externa da cavidade para poder representar o
quanto a rugosidade do molde se repete comparando a face externa medida no molde com as
faces internas e externas medidas nas peças.
quanto a rugosidade do molde pode ser espelhada para a peça, uma vez que o molde foi medido
da face externa.
Tabela 15 - Medidas obtidas na lateral externa da peça em Poliestireno
2 5
Estratégia de 1 Passes em 3 4 Passes Paralelos – Raster
Passes em espiral Z Passe Radial Passe Radial
usinagem 3D Offset para cima para baixo
Constante A/B C/D
Otimizado
Ra (ȝm) 0,51-0,82 0,49-0,71 1,21-1,81 0,59-0,89 1,19-1,55 0,54-0,69
Rz (ȝm) 3,34-4,52 2,36-4,37 4,64-7,42 2,28-3,52 5,57-7,03 2,41-3,27
c – 50% (ȝm) 1,78-2,55 1,49-4,40 2,05-2,63 1,27-1,92 2,53-3,11 1,31-2,37
Ra
3,50
3,00
Amplitude (µm)
2,50
2,00
1,50
1,00
0,50
0,00
1 1 1 1 1 2 2 2 2 2 3 3 3 3 3 4 4 4 4 4 5AB 5AB 5AB 5AB 5AB 5CD 5CD 5CD 5CD 5CD
Figura 66 - Comparação do Ra entre a lateral das peças (face interna e externa) com o
molde (face externa)
Pode-se observar que para a Figura 66 as diferenças não são significativas para as
cavidades. As diferenças são encontradas apenas para uma dispersão de valores pelos diferentes
pontos medidos e estas diferenças podem ser vistas acima e comparadas as Tabela 14 e Tabela
15. Porém, para as cavidades 4 e 5 as diferenças foram maiores em cada ponto de medição na
lateral em virtude das diferenças significativas no acabamento obtido pelas estratégias utilizadas
de cada cavidade. Para a cavidade 5 foram separados os pontos de medição na lateral devido a
presença de dois tipos bastante distintos de acabamento na superfície. Tais diferenças podem ser
90
observadas na Figura 56 que apresenta as fotos da lateral de cada uma das cavidades.
Rz
20
18
Amplitude (µm)
16
14
12
10
8
6
4
2
0
1 1 1 1 1 2 2 2 2 2 3 3 3 3 3 4 4 4 4 4 5AB 5AB 5AB 5AB 5AB 5CD 5CD 5CD 5CD 5CD
Figura 67 - Comparação do Rz entre a lateral das peças (face interna e externa) com o
molde (face externa)
c (50%)
12,5
Amplitude (µm)
10
7,5
2,5
0
1 1 1 1 1 2 2 2 2 2 3 3 3 3 3 4 4 4 4 4 5AB 5AB 5AB 5AB 5AB 5CD 5CD 5CD 5CD 5CD
Figura 68 - Comparação do c (50%) entre a lateral das peças (face interna e externa) com o
molde (face externa)
Assim como nas figuras acima, para a profundidade a 50% do pico mais alto do perfil
medido o mesmo se repete.
Pode-se observar que tanto para o topo como para as laterais na medição da peça externa
a rugosidade ficou menor, o que demonstra que a rugosidade é maior na superfície externa do
molde e interna da peça. Sendo assim, quando for selecionar a superfície a medir, esta deve ser
externa do molde e interna da peça. A superfície interna do molde e externa da peça não
representa a maior rugosidade do molde. E se o objetivo da medição da rugosidade é prever o
91
tempo de polimento pela quantidade de material a ser removido, então fica claro que a maior
rugosidade deve ser considerada.
Para que os resultados acima pudessem ser comparados, foi construído um gráfico para
representar as medidas no topo através da verificação com o padrão visual e o rugosímetro. A
92
Figura 69 tem a comparação das cavidades de 1 a 5 com exceção da 2 que apresenta os valores
de rugosidade bastante similares as cavidades 1 e 3.
10
9
8
7
Ra (µm)
6
5
4
3
2
1
0
1 Ext 1 Ext 3 Ext 3 Ext 4 Ext 4 Ext 5 Ext 5 Ext
3
2,5
2
Ra (µm)
1,5
1
0,5
0
1 Ext 1 Ext 1 Int 1 Int 2 Int 2 Int 3 Int 3 Int 4 Ext 4 Ext 5 Ext 5 Ext
Visual Rugosímetro Visual Rugosímetro Visual Rugosímetro Visual Rugosímetro Visual Rugosímetro Visual Rugosímetro
padrão de verificação visual e tátil e também pelas marcas deixadas nas cavidades que dão a
impressão de um acabamento diferenciado em determinadas posições.
Se comparado os valores obtidos pelo processo de verificação e pela medição do
rugosímetro, pode-se concluir que estes se assemelham e somente diferem pela questão de que o
padrão de verificação apresenta uma escala discreta de valores (12,5; 6,3; 3,2; 1,6; 0,8 e 0,4µm).
Lixa 120
94
Lixa 320
Lixa 600
Lixa 1200
Pasta 3µm
Pasta 1µm
Figura 71 – Comparativo das amostras de polimento em metal H13 e P20 utilizados para
construção de moldes em diferentes etapas do lixamento ao polimento
95
Pode-se observar pela aparência das etapas acima e pelos valores encontrados conforme
Tabela 17 que ambos os materiais são semelhantes (máximo 28% de diferença na primeira lixa
no parâmetro Ra).
Pode-se perceber que não foram encontradas diferenças significativas entre os dois
materiais acima do valor da incerteza de medição, que para as lixas ficam em torno de 10% e
entre as pastas 0,010µm para Ra e 0,04µm nos outros parâmetros, e que entre as duas pastas
diamantadas os valores não diminuem muito, o que significa que o processo de polimento no
caso das amostras poderia finalizar na pasta de 3µm.
O tempo de polimento para as cavidades internas foi menor, o que reflete os resultados
obtidos na rugosidade. O tempo de polimento mostra que há uma influência do efeito da
estratégia se a superfície for côncava ou convexa. O tempo necessário para realizar o polimento
nas cavidades internas foi de aproximadamente 10h.
Comparando-se os resultados de rugosidade encontrados no molde polido com as
amostras com polimento mecânico percebe-se que no polimento mecânico com a lixa de
granulometria 1200 os resultados já conferem com os resultados do molde polido com lixa de
granulometria 1500, demonstrando que a utilização das pastas diamantadas nem sempre são
necessárias para o atendimento da qualidade superficial requerida nos moldes.
Pode-se perceber que os valores apresentados na tabela acima são bastante similares no
parâmetro Ra, diferenciando numa ordem maior apenas no parâmetro Rt. Isto significa que o
processo de polimento realmente elimina a rugosidade deixada pelas marcas da ferramenta de
usinagem no molde.
Para que as possíveis diferenças pudessem ser visualizadas, foi construído um gráfico
para o topo das cavidades e outro para as laterais. Segue Figura 72 com a representação das
diferenças de rugosidades nas diferentes cavidades.
97
Média Topo
0,6
0,5
Estratégia 1
µm 0,4 Estratégia 2
0,3 Estratégia 3
0,2 Estratégia 4
Estratégia 5
0,1
0
Ra Rt Rp Rz
Parâmetros
Pode-se perceber que os valores apresentados na tabela acima são bastante similares em
todos os parâmetros apresentados, diferenciando apenas numa ordem menor dos valores.
Diferenças estas cobertas pela incerteza de medição de 0,01µm para Ra e 0,04µm para os demais
parâmetros. Isto significa que o processo de polimento novamente eliminou a rugosidade deixada
pelas marcas da ferramenta de usinagem no molde.
Segue Figura 73 com a representação das diferenças de rugosidades nas diferentes
cavidades.
98
Média Lateral
0,6
0,5
Estratégia 1
0,4 Estratégia 2
µm
0,3 Estratégia 3
0,2 Estratégia 4
Estratégia 5
0,1
0
Ra Rt Rp Rz
Parâmetros
De acordo com os objetivos propostos no início deste trabalho, pode-se considerar que
além dos fatores dispostos inicialmente existiam outros fatores que contribuíram para a
conclusão deste trabalho. O objetivo principal foi estabelecer um método apropriado para
avaliação de superfícies complexas das cavidades encontradas em moldes. Seguindo a linha
proposta, foram definidos os parâmetros de rugosidade que melhor representam a superfície
estudada, os parâmetros de preparação de máquina necessários para realizar uma medição com
confiabilidade e por último, relacionado os principais critérios referentes aos cuidados na
medição de superfícies de forma complexa.
É importante que seja observada inicialmente a superfície que será submetida à medição e
assim preparar a máquina para a medição. Como a superfície medida durante a experimentação
foi de forma livre, a dificuldade ficou em posicionar a peça sobre a máquina para realizar a
medição. A peça, por se tratar de um molde é muito pesada e também de difícil acesso para a
medição. Existem limitações quanto ao apalpador se adaptar a superfície de medição, devido ele
ser limitado a pequenas alturas. Assim a peça teve que ser posicionada de tal forma que ficasse
nivelada durante o percurso de medição. Pode-se então considerar que, para uma medição com
maior precisão deve-se levar em conta o posicionamento da peça sob o apalpador e seu
nivelamento e alinhamento com o eixo da máquina de medição.
A escolha dos parâmetros para medição da rugosidade apresentou dificuldades em função
do conhecimento limitado sobre a utilização, vantagens e desvantagens de cada um. Uma vez
estudados estes aspectos, foram selecionados os parâmetros que pudessem se complementar e
assim caracterizar o perfil medido. A seleção dos parâmetros foi baseada também na limitação
do equipamento utilizado para as medições, pois não apresentava todos os parâmetros com
influência sobre a avaliação em questão, uma vez que com os parâmetros selecionados a
proposta seria de identificar diminuição de tempo do processo de polimento, seleção de
estratégia de usinagem para um melhor acabamento, entre outros. As primeiras medições foram
realizadas avaliando-se todos os parâmetros que constavam no rugosímetro, e assim observados
quais os parâmetros que apresentavam variação pela alteração de superfície e condições
submetidas. Nessas condições pode-se observar que um bom conhecimento dos parâmetros de
rugosidade disponíveis para caracterização de superfícies faz com que se tenha mais segurança
nos resultados obtidos e nas melhorias propostas.
100
Para a remoção de forma do perfil alguns rugosímetros fazem uso de recursos que
removem automaticamente a forma geométrica da peça com o perfil de rugosidade. Quando o
rugosímetro adotar esta sistemática, alguns cuidados devem ser tomados em função da
interpretação dos resultados pelo próprio rugosímetro. Na situação do não conhecimento do
perfil medido é sugerido a utilização da opção Datum no equipamento, como foi o caso no
trabalho desenvolvido. Não existindo esta possibilidade no equipamento, os parâmetros são
calculados com base numa linha média definida a partir nos mínimos quadrados.
Para que seja realizada uma medição é necessário que o rugosímetro apresente uma
referência, seja ela interna ou externa. No caso do trabalho que foi desenvolvido foi utilizada a
referência interna, uma vez que a externa, denominada de sapata, não é recomendada para
medição em superfícies curvas e com o objetivo de caracterização do perfil medido.
A componente rugosidade foi selecionada na máquina de medição, onde foi selecionado
também o filtro Gauss para uma melhor exatidão na separação da rugosidade com a ondulação
diminuindo também as distorções na filtragem. O comprimento de amostragem foi selecionado
conforme especificação de norma de acordo com cada região de amostragem da peça utilizada
no estudo. É importante destacar que, quando não houver disponibilidade para um percurso de
medição de 5 comprimentos de amostragem (cut-offs), deve-se diminuir o número de cut-offs, e
não o valor do cut-off. A mesma preparação de máquina utilizada no desenvolvimento deste
trabalho serve de sugestão para a medição de rugosidade em outras superfícies complexas.
Como o acesso a determinadas partes da superfície pode ser de difícil acesso e também
pela questão do deslocamento do molde até um rugosímetro que possa realizar a medição, foi
injetado no molde peças com dois materiais distintos e verificado que estas peças podem ser
usadas para representar a superfície do molde. Esta opção está descrita na experimentação com
os valores encontrados na medição. É importante destacar que com a peça injetada é possível
cortar a peça e medir nas regiões que necessitam de avaliação ou que a criticidade é maior na
especificação de rugosidade. Outra opção que pode ser utilizada é o espelhamento do perfil
através de materiais disponíveis no mercado (ex. do fabricante Taylor Hobson) para fazer o
negativo da superfície. Este método é similar à peça injetada e com a vantagem de não precisar
inicialmente injetar o produto. Sendo assim, conclui-se que existe alternativas para poder avaliar
as superfícies de molde, mas que não deve ser esquecido, que conforme descrito na
experimentação, o perfil é espelhado e deve ser avaliado de forma a representar o perfil original.
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