Você está na página 1de 2

O discipulador

Um discipulador é um guia ou orientador espiritual


comprometido pessoalmente
com o desenvolvimento integral dos discípulos.

O que quer dizer ser um orientador espiritual? Qual das seguintes palavras seria a mais
adequada?
Ditador Conselheiro Líder autoritá rio Amigo

Sem dú vida seria uma combinaçã o entre conselheiro e amigo. Precisa ser
conselheiro e nã o simplesmente amigo. À s vezes temos muitos amigos, mas nã o temos
ninguém com sabedoria, maturidade, e autoridade para nos ajudar nas decisõ es difíceis.
Precisamos de alguém que se comprometa a orar e procurar a direçã o de Deus conosco.

Ao mesmo tempo precisa ser um amigo e nã o simplesmente um conselheiro. Jesus


chamou seus discípulos de amigos. Indicou que eles eram íntimos e que se abria com
eles, nã o escondendo seus pensamentos e desejos (Jo 15.14, 15).
É difícil ser um bom discipulador sem ter um grau significante de intimidade.
Se tal pessoa for um homem ou mulher de Deus, terá sabedoria do alto. Mas nã o
conhecerá bem o discípulo e suas circunstâ ncias.
O conselheiro que nã o é amigo, pode dar conselho, mas nã o está comprometido a
compartilhar com essa pessoa as conseqü ências de suas decisõ es, pois nã o está
intimamente ligado a ela.

Podemos ampliar um pouco a definiçã o de um discipulador, esclarecendo o que quer


dizer estar comprometido pessoalmente ao "desenvolvimento integral" dos discípulos.

Um discipulador é um guia ou orientador espiritual que tem uma relação


íntima e comprometida com alguns seguidores de Cristo para ajudá-los a
crescer de forma pessoal em:

1) sua identidade cristã como filho de Deus e como nosso irmão, membro da
família de Deus;
2) seu caráter cristão; e,
3) sua capacidade ministerial.

O discipulador ajuda outros a se expressarem e crescerem nestes três campos.


Podemos dizer que estes campos sã o o currículo do discipulado. A ordem acima reflete
um sentido muito importante de prioridade.

Um programa, um modo de ser


Nosso problema é que geralmente invertemos estas prioridades. Quando alguém é
batizado ou vem de outra igreja, começamos a pensar sobre como ele poderia ser ú til.
Enchemos a vida dessa pessoa com tarefas e trabalhos até se afogar. À s vezes, quase
por coincidência tratamos algum aspecto do cará ter da pessoa. E raras vezes
desenvolvemos um sentido profundo de família, uma amizade verdadeira. O modelo de
Jesus foi outro.
Algumas á reas sã o bá sicas para os outros. Por exemplo, a expressã o de nosso amor
e aceitaçã o como irmã os, como família, é fundamental para o crescimento em outras
á reas.
Devemos procurar que nossa amizade seja sempre maior do que a nossa exigência
no crescimento do cará ter. Isto quer dizer que devemos ganhar o direito de ser ouvido
antes de corrigir. Nossa amizade precisa continuar crescendo, afirmando a pessoa e
fazendo dez comentá rios positivos para cada comentá rio negativo, recomendaçã o de
como melhorar, ou crítica.
Geralmente só teremos sucesso quando ajudamos alguém a crescer no cará ter de
Cristo se tivermos uma boa base de amizade.

O crescimento do caráter, por sua vez, é o alicerce para o desenvolvimento


ministerial. A maturidade e o cará ter cristã o da pessoa devem ser maior do que suas
responsabilidades e desenvolvimento ministerial, senã o, ela provavelmente irá falhar.
A sua falha será nossa responsabilidade se nó s nã o edificarmos bem sua vida.

Crescemos em todas estas á reas juntas. Um novo convertido nã o deve ficar sentado
no banco até desenvolver uma identidade clara de filho de Deus e membro da família.
Na primeira semana de conversã o, ele deve começar a mudar seu cará ter ao
ministrar, testemunhando para seus amigos e família as mudanças ocorridas em sua
vida.
Devemos manter uma ênfase equilibrada sobre estas três á reas. Nã o devemos
enfatizar somente uma ou outra á rea, a nã o ser por um tempo limitado e especial.

Para concluir, um discipulador é um guia ou orientador espiritual que tem uma


relaçã o íntima e comprometida com alguns seguidores de Cristo para ajudá-los a
crescer de forma pessoal em:
1) sua identidade cristã (como parte da família de Deus, experimentando amor e
aceitaçã o);
2) seu cará ter cristã o; e,
3) sua capacidade ministerial. Se você está discipulando, pode dar uma nota a si
mesmo nesses três campos quanto a cada pessoa que esta discipulando. Desta forma,
poderá ver se está discipulando de forma equilibrada e sã .

Você também pode gostar