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A P O M E T R I A

O QUE É?

 COM QUE PROPÓSITO?


COMO FAZER?

POR ANA FURGINELLI

Uma reflexão sobre como orientar sua trajetória de atuação junto à Espiritualidade em meio
aos desafios individuais do plano terreno e às batalhas em curso na dimensão astral.
E-book em PDF para distribuição gratuita.

Esta é uma obra intelectual protegida pela Lei n. 9.610, de 19/02/1998. Qualquer reprodução do
conteúdo aqui contido sem a devida menção da autoria será passível de sanções civis conforme
estabelecido em lei.

Registro na Biblioteca Nacional: 1267/20.

Autoria: Ana Furginelli.

Edição e Revisão: Carla de Paula.

APOMETRIA
O que é? Como fazer? Com que propósito?

Uma reflexão sobre como orientar sua trajetória de atuação junto à Espiritualidade em meio
aos desafios individuais do plano terreno e às batalhas em curso na dimensão astral

1ª edição
São Paulo/Brasil
Abril/2020
O Q U E É A P O M E T R I A

POR ANA FURGINELLI

C O N T E Ú D O

Entendendo o cenário planetário


0 6

A estrutura das trevas


0 9

Onde está Jesus em tudo isso?


1 2

Pensamento, Energia e Apometria


1 4

O propósito da Apometria
1 6

A Técnica Apométrica
1 8

O papel do trabalhador
2 0

Focos do tratamento apométrico


2 3

Objetivos do meu trabalho


2 5

Diferença entre a Apometria e outras


2 8 técnicas assistencialistas

Como funciona um atendimento


3 0 apométrico na prática

A Apometria é uma técnica espírita,


3 2 umbandista ou universalista?

A autora
3 4
O Q U E É A P O M E T R I A

POR ANA FURGINELLI

C O M E C E C O M

C O N S C I Ê N C I A

Fico feliz que você tenha chegado até


aqui, atingido pelas ondas vibracionais
de conexão com o meu propósito
elucidativo sobre o que realmente
significa trabalhar nos campos das
atividades espirituais. Desejo, com a
experiência que adquiri no campo das
práticas assistenciais anímico-
mediúnicas, que iniciei em 2000,
elucidar você sobre o que é preciso
compreender e manter em vista a
respeito de como a Apometria, foco do
nosso e-book, deve ser utilizada,
tomando-a como uma preciosa
ferramenta de auxílio nas frentes de
auxílio humano, sob a batuta e a
orientação dos espíritos de Luz.

E X P L O R E A J O R N A D A

Antes de mais nada, querido leitor, o meu na lida com o bem fariam isso –, mas como
objetivo com este pequeno material é o de fruto do aprendizado advindo da minha
juntos estabelecermos uma linha de experiência particular como médium,
pensamento comum acerca do que seja a pesquisadora e dirigente de grupo
prática ESPIRITUAL e o universo de apométrico, que me oportunizaram
responsabilidades que ela envolve. Peço que experienciar um intenso contato com
você reflita com a mente aberta e o seu poder tratamentos obsessivos complexos e no
questionador a respeito de tudo o que eu disser acolhimento às consciências, encarnadas ou
a você. O meu ponto de vista é apenas uma desencarnadas.
perspectiva, em meio a inúmeras outras, em se Portanto, reflita sobre tudo que lerá a partir
tratando de um mundo ainda tão desconhecido de agora e tire as suas próprias conclusões.
e vasto de possibilidades. Combinado? Tenha uma ótima leitura!
Não pretendo estabelecer a minha visão como
verdade única – nem os espíritos traquejados ANA FURGINELLI
O Q U E É A P O M E T R I A

E N T E N D E N D O O C E N Á R I O

“Pois não temos de lutar contra a carne e o sangue, e, sim,


contra os principados, contra as potestades, contra os poderes deste
mundo tenebroso, contra as forças espirituais da maldade nas regiões
celestes” – Paulo de Tarso, Efésios. 6:12.
ENTENDENDO O CENÁRIO
Ana Furginelli

Deixo aqui a afirmativa dos espíritos de que, hoje, a população mundial sofre um
processo obsessivo em larga escala. Os orientadores evolutivos dizem que a obsessão,
nos seus caracteres simples e complexo, é o mal do século. Entende-se por obsessão:

“A Obsessão é o domínio que alguns Espíritos adquirem sobre outros, quer


encarnados ou desencarnados, provocando-lhes desequilíbrios psíquicos,
emocionais e físicos. É uma espécie de constrangimento moral de um indivíduo
sobre outro. (...) Essa influência negativa e irracional traz para as pessoas
problemas diversos, o que as torna enfermas da alma, necessitando de cuidados,
como toda doença”. (Livro dos Espíritos, Capítulo 23)

Com essa informação em mente, damos o pontapé inicial para enxergamos o cenário
planetário em que nos encontramos nos dias presentes.

63 BILHÕES
DE ESPÍRITOS
ATUAM ENTRE
NÓS

Está na hora de nos conscientizarmos, em definitivo, sobre a real configuração dos


habitantes do nosso planeta, nas duas dimensões em que transitamos: a da matéria e a
dimensão astral, imediata à nossa, nas quais também estamos misturados. Eu não sei
você, mas eu costumava ser bem romântica na minha crença sobre a estrutura coletiva
deste globo, seja no Brasil, na China, em qualquer um de todos os seus continentes.

Interpretando as informações dos espíritos sobre o número de habitantes da Terra,


podemos verificar que as estatísticas se diferenciam um pouco das do censo do IBGE
terreno, o qual ainda não contém os números reais da atual população encarnada.
Segundo os espíritos, somos hoje quase 9 bilhões de encarnados, ou seja, estamos
presentes em número significativamente maior que os 7.6 bilhões do levantamento
terreno. Do outro lado da vida, a população que circunda a psicosfera do nosso planeta é
estimada em 54 bilhões de espíritos. Uau! Deste modo, a soma de nós, consciências
encarnadas e desencarnadas, está na casa dos 63 bilhões de habitantes.

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Rememorando a obra ‘O Livro dos Espíritos’, Allan Kardec classificava os espíritos tomando
por base os seguintes aspectos: seu grau de desenvolvimento, as qualidades por eles
adquiridas e as imperfeições de que ainda não se livraram. Tendo em vista novas
informações às quais temos acesso hoje, 75% da nossa população total (63 bilhões,
lembra?) ainda estão em patamar evolutivo funesto. Não sei quanto a você, mas essa
informação me é tanto impressionante quanto esclarecedora!

Entre esses 75% – e estamos falando de encarnados e desencarnados que convivem


conosco, diariamente, na nossa família, no trabalho, na sociedade, figurando nas notícias
dos jornais, sobretudo em relatos de violência – há extrema predominância da matéria sobre
o espírito, propensão ao mal, ignorância, orgulho, egoísmo e todas as más paixões que lhes
seguem. Têm a intuição de Deus, mas não o compreendem. De modo geral, são
caracterizados como espíritos Impuros, Levianos, Pseudossábios, Neutros, Batedores e
Perturbadores. Nessa categoria, recorrendo à nossa calculadora astral, temos uma
população de mais de 47 bilhões de seres enquadrados nessa realidade espiritual. Sim, 47
bilhões!

Permitam-me, por favor, uma pertinente pausa nas estatísticas para propor-lhes uma
reflexão: adoramos nos enquadrar em patamares sempre superiores à nossa real
configuração moral, ética, intelectual, espiritual e energética. Sugiro que você comece a
pensar que não estamos ‘misturados’ àquela categoria ‘por acaso’ – se é que não fazemos, de
fato, parte dela, por mais que tentemos ‘disfarçar’ o nosso comportamento pousando de
seres iluminados. De outro modo, também estamos conectados a essa massa devido às
sombras não mapeadas de nós mesmos, sombras e desequilíbrios que insuflam o poder de
fogo das consciências que vivem para a prática do mal, dos dois lados da vida.

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Seguindo em frente, da mesma população geral, 20% das consciências começam (sim,
começam) a sobrepujar a predominância da matéria sobre o espírito. Caracterizam-se
como espíritos Benévolos, Sábios, Prudentes e Superiores. Entre eles, há o legítimo
desejo do bem. Suas qualidades e seu poder de fazer o bem estão na razão do grau
que atingiram: uns possuem a ciência, outros a sabedoria e a bondade; os mais
adiantados juntam ao seu saber as qualidades morais, compreendem Deus e o infinito
e gozam já da felicidade dos bons. Sentem-se felizes quando fazem o bem e quando
impedem o mal. Novamente, lançando mão da nossa calculadora, temos 13 bilhões de
consciências nessa categoria. Pouco? Muito pouco, frente aos 47 bilhões de seres
dedicados ao mal.

Encerrando a nossa análise geral, restam então 5% dos seres que circulam entre nós,
encarnados e desencarnados, chamados Espíritos Puros, que somam o total de 3.15
bilhões de consciências. São espíritos que não sofrem nenhuma influência da matéria.
Entre eles, há superioridade intelectual e moral absoluta em relação aos Espíritos das
outras ordens. Nessa categoria encontram-se os seres, estes, sim, de Luz, que se achegam a
nós, como missionários e detentores de extrema sabedoria e humanidade, para nos
auxiliar, influenciar positivamente e lidar com demandas coletivas, na preservação e
manutenção da Justiça e da Misericórdia Divina no nosso planeta.

Para melhor aprendizado sobre a categoria dos espíritos, sugiro a leitura da obra O
Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, mencionada acima, bem como de todas as obras
ditadas pelos espíritos através dele, consideradas a base mais coerente e segura para
os estudos da realidade espiritual. Basta dizer que foi o nosso próprio Mestre, Jesus,
quem anunciou o Consolador prometido (que não era Kardec, mas as obras da
Codificação Espírita), há 2000 mil anos:

"Se vós me amais, guardai meus mandamentos; e eu pedirei a meu Pai,


e ele vos enviará um outro Consolador, a fim de que permaneça
eternamente convosco: o Espírito de Verdade que o mundo não pode
receber, porque não o vê e não o reconhece. Mas quanto a vós, vós o
conhecereis porque permanecerá convosco e estará em vós. Mas o
Consolador, que é o Santo-Espírito, que meu Pai enviará em meu nome,
vos ensinará todas as coisas e vos fará relembrar de tudo aquilo que eu
vos tenha dito". (São João, cap. XIV, v. 15 a 17 e 26)

Há mais uma imprescindível informação que quero dividir com você sobre a nossa
complexa realidade e que nos ajudará a refletir, principalmente, sobre os cenários de
trabalho junto aos grupos de assistência espiritual. Esta informação nos elucidará, em
definitivo, sobre com o que e quem estamos lidando, os agentes mais perversos na
prática do mal, influenciadores diretos dos processos obsessivos complexos em suas
mais funestas formas de ação, promovedoras das mais infelizes patologias do espírito.

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A ESTRUTURA DAS TREVAS
Ana Furginelli

FONTE: ROBSON PINHEIRO

A estrutura acima sinaliza, rapidamente, a organização dos espíritos das trevas. Desde
os chamados Dragões, espíritos luciferinos que já arrasaram planetas, passando pelos
chefes de legiões, comandantes, magos negros, sombras, obsessores de grupos,
obsessores particulares, até chegarmos aos espíritos marginais, perturbadores,
encostos e afins. Eles configuram uma inteligentíssima e muito capacitada hierarquia
que arregimenta, com todas as suas especialidades e seus poderes inimagináveis,
contingentes numerosos de espíritos ajustados ao mal, nas suas piores configurações, e
cujo intuito é o de tomar o controle do nosso planeta, escravizando as nossas
consciências desavisadas de nós mesmos. Basta lembrarmos dos 47 bilhões de
consciências vinculadas aos propósitos dessa Organização trevosa.

Brevemente, são essas inteligências direcionadas ao mal que controlam os nossos


principais sistemas terrenos, através de seus súditos, avisados ou desavisados,
encarnados ou desencarnados: o político, o religioso, o educacional, a saúde, o
mercado financeiro, a grande mídia, a energia sexual etc. Não seria possível
detalharmos minuciosamente aqui as características de cada figura dessa hierarquia.
Nas nossas aulas, esse único tema, considerado por mim um dos mais importantes do
curso de formação de agentes assistenciais, tem uma carga horária total de quase dez
horas.

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Mas onde nos encaixamos aqui? Somos apenas vítimas dos agentes da maldade?
Alimentamos, de certa forma, as forças das trevas, ou não temos nada a ver com isso?
Vamos começar a refletir de forma objetiva? Seguindo a linha de pensamento adotada
até aqui, de que vivemos, encarnados e desencarnados, em sintonia vibratória,
produzindo formas-pensamento e acessando correntes de pensamento coletivas, seria
possível responsabilizarmos somente os espíritos de alta malignidade pelo atual
cenário planetário? Ou somos nós, individual e coletivamente, que alimentamos essa
estrutura de ardilosa arregimentação de maldade, sangue, lágrimas, corrupção e
guerras? São as nossas sombras e desequilíbrios não integrados à consciência, por mais
duros e impuros que nos pareçam, que servem de alimento psíquico e energético para
insuflar as forças os espíritos trevosos. Somam-se a isso a nossa incapacidade de lidar
com a razão nos assuntos mais comezinhos da vida de relação, os nossos misticismos e
crenças religiosas arcaicas, nossas opiniões pessoais melindrosas, que nos impedem de
questionar e investigar a veracidade, inclusive, das informações em massa que
recebemos desde muito pequenos.

O nosso atual momento planetário está diretamente vinculado ao poder de maldade e


manipulação dessa estrutura. Tudo que nos acontece, principalmente no campo
coletivo, está ligado a essa configuração. Além do mais, os grupamentos de assistência
espiritual, compostos por encarnados, enfrentam, no auxílio aos processos obsessivos
individuais e coletivos, simples ou complexos, o embate com muitos agentes dessa
estrutura de maldade. Indico a você a leitura do meu e-book “O Poder em Você –
aprenda a identificar e a integrar as suas sombras”, que servirá como material
complementar de entendimento sobre o tema.

Diante de tal cenário, da estrutura das trevas e do nosso quinhão de responsabilidade


por ele, é fundamental que entendamos que a ‘guerra maior’ entre as frentes do mal e
os agentes do bem ocorre, em maior parte, na dimensão astral, que nos circunda do
outro lado da vida. Considerando que há 54 bilhões de desencarnados permeando a
nossa vida na matéria, a luta maior por poder entre os seres se encontra nessa outra
dimensão, e nos atinge diretamente. Nós, aqui na terra, somos uma cópia mais ou
menos perfeita do que ocorre na dimensão astral. Se algo acontece aqui, certamente já
aconteceu ou está em curso na morada dos espíritos.

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A dimensão astral é a dimensão mais imediata à nossa. É entendida como o plano das
emoções, dos desequilíbrios íntimos extremos. É uma dimensão de transição para a
chamada dimensão espiritual (onde habitam os espíritos de maior elevação moral). Os
habitantes da dimensão astral influenciam diretamente com a sua matéria mental os
habitantes da Terra. E vice-versa. Os espíritos nos dizem que ainda não temos nem 30% de
informações reais a respeito desse plano. Boa parte do que constitui a realidade do plano
astral é fruto das nossas emoções em desequilíbrio, das crenças, interpretações equivocadas
e suposições não comprovadas. É um território ainda muito desconhecido em sua estrutura
física, bioma, habitantes, arquitetura das cidades, além de ser regido por leis distintas das
do mundo material. Trata-se de uma dimensão infestada de formas-pensamento coletivas,
bactérias e vírus astrais, larvas, campos de sofrimento, por isso, torna-se imprescindível que
aprofundemos os nossos conhecimentos a respeito da realidade dessa morada, que é onde
atuamos no trabalho apométrico e para onde retornaremos imediatamente após o nosso
desencarne.

Vale lembrar que, quando encarnados, o


nosso cérebro físico consegue suportar
apenas 30% da nossa carga psíquica
total. A máquina cerebral, em si, não dá
conta de uma atividade mais intensa.
Com o agravante de que dispor de
apenas um terço de consciência ativa ao
longo desta encarnação já nos impõe
grande dificuldade. Desta forma,
quando nos desligamos do corpo
durante o sono, ou quando nos
desdobramos com consciência, todo o
nosso psiquismo ‘aparece’ na dimensão
astral. Ou seja, não conseguimos
disfarçar ou esconder o que realmente
somos, na nossa totalidade.

Indo mais longe, o fato de você se dizer


espiritualizado não te isenta de sofrer
assédios. É preciso conhecer a fundo a
sua configuração psíquica, emocional,
energética, mapear as suas sombras,
seus preconceitos, desequilíbrios e
tendências comportamentais tóxicas e
nefastas. Não tente negá-las, porque, em
maior ou menor grau, todos as temos.
São os nossos desajustes, em todas as
áreas do comportamento humano que,
não integrados à consciência, abrem
brecha para processos obsessivos,
parasitismos, vampirismos, simbioses,
implante de aparelhos parasitas e as
patologias gerais que advêm destes
desafios penosos para a Alma.

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ONDE ESTÁ JESUS EM TUDO ISSO?
Ana Furginelli

Foi Jesus quem aprisionou os principais agentes da maldade, os Dragões, na psicosfera


do nosso planeta, de onde não conseguem sair. Com o auxílio de Miguel, o Príncipe da
Justiça e dos exércitos Celestes, Jesus deteve por aqui esses espíritos (os Dragões do
nosso quadro anterior). Em sua passagem pela Terra, há mais de 2 mil anos, além de
esclarecer os humanos sobre verdades superiores, um dos principais focos de ação de
Jesus foi tentar demover tais espíritos trevosos de suas ações no mal. Espíritos estes
que sabem que não poderão fugir à Lei de Ação e Reação, além de não possuírem
mais meios para burlar futuros processos reencarnatórios. Terão que reencarnar em
outros orbes, mais hostis do que a Terra, preservando os conhecimentos e
especialidades adquiridos ao longo de milênios dedicados ao mal, mas enfrentando
desafios extremos na vida de relação com seres da mesma toxidade, recomeçando a
sua jornada rumo ao Bem.

Mas por que o Mestre então não passa a Sua mão misericordiosa sobre nós e encerra
de vez esse sistema cruel, removendo daqui tanta dor e sofrimento? Simples. Porque
não seria didático para o nosso processo evolutivo, individual e coletivo, sermos
dispensados do embate com as nossas próprias trevas, sobretudo por meio do contato
com os desafios do outro. O maior exercício de mediunidade e para a evolução dos
nossos espíritos é a socialização, porque o outro sempre será o nosso espelho direto.
Ele refletirá aquilo que somos. Tudo aquilo que nos desperta irritação, revolta e
indignação, temos em nós, em alguma medida, mesmo que seja difícil identificar em
um primeiro momento. Novamente, não olhar para essa realidade íntima fortalece os
propósitos de manipulação das consciências pelos agentes da maldade, que se valem
da alienação geral para nos manipular em todos os campos da vida.

Costumo dizer aos meus alunos que os centros espíritas, os terreiros de umbanda, as
igrejas católicas, evangélicas e quaisquer outros espaços que busquemos para consolo
espiritual estariam vazios se tivéssemos a coragem de olhar para a nossa configuração
integral, como espíritos habitando um corpo, que percorreu muitas encarnações até
chegar aqui, hoje, como um novo personagem, em um novo palco da vida. De pronto,
anote aí: todo processo obsessivo inicia-se com um processo AUTO-OBSESSIVO. Ou seja,
você atrai companhias espirituais de baixa vibração por conta dos seus desequilíbrios
psíquicos. E, não, você não é 100% vítima delas. Certamente, e posso te provar isso, você
tem uma enorme parcela de responsabilidade na construção da sua realidade.

“Os Espíritos imperfeitos são instrumentos próprios a pôr em prova a fé e a constância dos homens na
prática do bem. Como Espírito que és, tens que progredir na ciência do infinito. Daí o passares pelas provas
do mal, para chegares ao bem. A nossa missão consiste em te colocarmos no bom caminho. Desde que
sobre ti atuam influências más, é que as atrais, desejando o mal; porquanto os Espíritos inferiores correm a
te auxiliar no mal, logo que desejes praticá-lo. Só quando queiras o mal, podem eles ajudar-te para a prática
do mal. Se fores propenso ao assassínio, terás em torno de ti uma nuvem de Espíritos a te alimentarem no
íntimo esse pendor. Mas outros também te cercarão, esforçando-se por te influenciarem para o bem, o que
restabelece o equilíbrio da balança e te deixa senhor dos teus atos.” (Livro dos Espíritos, pergunta 466)

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Se todos somos, em maior ou menor grau, médiuns (e de fato somos, com diferentes
tipos de mediunidade), sofremos a incessante influência dos espíritos, sejam eles bons
ou maus. Allan Kardec apresenta, na pergunta 459 do Livro dos Espíritos, um
questionamento a esse respeito nos seguintes termos: “Os espíritos influem sobre os
nossos pensamentos e as nossas ações?”. A reposta dada é: “A esse respeito, sua
influência é maior do que credes, porque, frequentemente, são eles que vos
dirigem”.

Nas nossas aulas sobre Visão Integral e Sombras, falamos muito sobre os temas
pertinentes à, como costumo brincar, nossa ‘configuração sombria’, e os exercícios
práticos propostos são fundamentais para mapearmos essas sombras. Também brinco
que conseguimos provar a todos nos exercícios de mapeamento, por A + B, o quanto
somos responsáveis pela maldade que coletivamente nos assola. Em linhas gerais, o
quanto também somos corruptos, maldosos, invejosos, preconceituosos e tudo mais
que teimamos em apontar no outro, em algum nível e em alguma área das nossas
vidas. E te asseguro que, apesar de dolorido, é uma delícia olhar para as nossas trevas e
honrá-las! Nosso espírito descansa, se perdoa um pouquinho, chuta a culpa para lá,
olha o outro, a quem acusamos, com mais fraternidade (já que nos reconhecemos
como semelhantes a ele), e a nossa energia vital, física, mental e emocional finalmente
retorna para nós.

É isso que Jesus quer de você! Não me lembro de nenhuma passagem nas literaturas
gerais, nem na Bíblia nem na Codificação Espírita ou nos livros de História, sobre Jesus ter-
nos cobrado perfeição! Ele, o maior terapeuta das nossas almas, deseja que nos
conheçamos e honremos o que somos, como somos, conscientes de que ainda temos um
longo caminho a percorrer, mas que busquemos o burilamento constante dos nossos atos
e pensamentos. E isso só acontece quando assumimos a nossa configuração real e
seguimos em frente, com o desejo genuíno de melhora! E será isso, meus amigos, o que
nos ajudará a, veementemente, “desviar” dos processos obsessivos, passando a não
oferecer de mão beijada “brechas” de acesso aos espíritos empedernidos no mal.

Diante dessa realidade espiritual e material, dificilmente algum de nós passará por este
mundo sem ser acometido por algum processo obsessivo. Seja ele de encarnado para
encarnado, desencarnado para encarnado, encarnado para desencarnado ou
desencarnado para desencarnado. Interessante dizer que, hoje, os processos obsessivos
passam a não ser apenas pessoais, fruto de desavenças passadas, especialmente aquelas
travadas dentro dos nossos núcleos familiares. Hoje, dada a nossa falta de atenção ao que
precisa ser resolvido dentro de nós, estamos sujeitos a atrair espíritos desconhecidos, mas
que vibram em sintonia semelhante à nossa, iniciando processos obsessivos que, de outro
modo, não ocorreriam.

É preciso ter em mente que somos nós que devemos, de uma vez por todas, parar de ser
negligentes emocionais (com os meus alunos, eu nos chamo de ‘vagabundos’) e aprender
a nos investigar intimamente. Lembro a você que a oportunidade da encarnação nos foi
dada com esse propósito. Estou certa de que você tem, lá no fundo, uma boa noção do
que está errado nos seus caminhos, daquilo que você não tem feito por si mesmo.
Certamente, uma consequência do seu medo de olhar para si, das culpas que carrega, das
crenças limitantes, do seu estado de alienação... ou de preguiça mesmo.

Então, eu agora te pergunto: o que o seu interesse pela Apometria, que te trouxe até aqui,
e o que a própria Apometria têm a ver com isso? A resposta é: TUDO!

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PENSAMENTO, ENERGIA E APOMETRIA
Ana Furginelli

Nos trabalhos apométricos, o pensamento é um dos principais atores. Já podemos


perceber que tudo gira em torno da nossa configuração mental. São os nossos
pensamentos, a nossa matéria mental que atrai e se sintoniza com tudo e todos que
possuem uma vibração energética semelhante à nossa, ditando as regras da nossa
configuração emocional. Por conseguinte, as nossas emoções ditam o teor da nossa
estrutura energética, que envia para o nosso equipamento físico as propriedades da
nossa configuração emocional. De acordo com a qualidade das nossas emoções,
manifestaremos um corpo físico saudável ou enfermo. Em linhas gerais, se o seu corpo
está doente, seu pensamento já estava doente há muito mais tempo.

Diante de todo o cenário pontuado, nem preciso dizer que são os nossos pensamentos
que se afinizam com os pensamentos dos agentes do mal nas suas mais diversas
categorias. A lei de sintonia vibratória e a matemática energética são objetivas e
certeiras.

No trabalho assistencial que eu desenvolvo com a Apometria, não utilizamos no grupo


nenhum elemento físico dentro da sala de atendimento: nenhum símbolo, som, imagem,
erva, vela, nada. Todos os elementos são plasmados com a força do pensamento do grupo
de trabalhadores: campos de proteção, equipamentos eletrônicos, instrumentos cirúrgicos,
macas, remédios etc. Por trás disso, há o entendimento de que conseguimos, cada vez
mais, dispensar as ‘muletas’ na realização do trabalho. Do mesmo modo, todos os
comandos e técnicas são potencializados pela força do pensamento. De antemão, digo
que é lindo quando o grupamento de trabalho, em conjunto, através de uma corrente
mediúnica forte e coesa, cria o seu melhor ambiente de trabalho, junto à Espiritualidade
que se identifica com os propósitos edificantes da assistência, com o poder dessa energia.

Anote esta informação: Pensamento é


Magia. Registre em caixa alta que a pior
magia é aquela ‘confeccionada’ através do
poder mental de quem a emanou para
algum fim ou alvo. Quanto maiores forem a
habilidade e o conhecimento magístico do
emanador, somado à sua disciplina mental
e à intensidade da sua vontade, mais
estragos serão causados ao agente
receptor. Os rituais que utilizam elementos
físicos servem como mola propulsora, um
apêndice, uma muleta psíquica, capaz de
arregimentar e potencializar a força mental
emanada pelo agente da magia negra.
Elementos ritualísticos, sejam eles objetos,
ervas ou formas vivas, funcionam como
catalisadores, aos quais recorre quem
conhece as suas propriedades físico-
químicas e domina a forma correta de
utilizá-los para atingir os seus objetivos.

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Agora que sabemos disso, é imprescindível que olhemos de forma mais responsável
para a direção que damos aos nossos pensamentos, bem como para o teor e a
qualidade neles manifestos, para não corrermos o risco de comprometer o andamento
dos atendimentos assistenciais, sobrecarregando os nossos benfeitores espirituais, com
quem trabalhamos de mãos e pensamentos dados.

“A magia e as operações de caráter metafísico se utilizam de manipulações


energéticas, emocionais e mentais como realmente são. Isto é: fenômenos levados a
efeito a partir da força mental, emocional do manipulador, dirigida magneticamente,
de forma simples ou complexa, ao seu alvo mental, ou seja, àquele a quem se destina”.
(Livro Magos Negros – Robson Pinheiro).

Infelizmente, ainda somos leigos no conhecimento dos nossos próprios pensamentos, no


controle da nossa produção de matéria mental, que, em geral, é tóxica. Por outro lado, ao
exercitarmos o poder do nosso pensamento, podemos realizar, em conjunto e sob a
condução da espiritualidade maior, grandes feitos no tocante à prática assistencial
espiritual. Por isso, o que você já deve ter compreendido, tendo acompanhado a linha de
pensamento traçada até aqui, é que APOMETRIA É PURA MANIPULAÇÃO DE MAGIA. E
eu espero que você a utilize para fins condizentes com a bondade Crística!.

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O PROPÓSITO DA APOMETRIA
Ana Furginelli

A tão falada Apometria (ou ferramenta apométrica), em tempos atuais, tem suscitado
muitas discussões, positivas e negativas, a respeito do seu uso. Como toda ‘novidade’,
está sujeita às interpretações e aplicações de cada um, que fará uso condizente com a
natureza da sua condição moral e com as informações de que dispõe em seu
repertório. Por essa razão, tenho me deparado cada vez mais com exemplos de usos
equivocados das técnicas apométricas, especialmente na cidade de São Paulo. Em
alguns casos, por pura desinformação, por desconhecimento da gravidade do que
estão fazendo para si e para os seus “clientes”. Mas há também aqueles que, por
irresponsabilidade, vaidade e ambição, mascaram-se de super-heróis, operadores de
milagres, ávidos por sucesso e notoriedade.

Essa grave distorção dos propósitos para que foram elaboradas as Leis Apométricas, pelo
médico e pesquisador José Lacerda, tem promovido consequências gravíssimas à vida de
muitas pessoas. A eficácia demonstrada pela Apometria nos tratamentos desobsessivos
tem afiado as garras dos falsos gurus, que hoje vendem seus serviços em anúncios
patrocinados nas redes sociais como técnica milagrosa, solução para todos os males que
acometem aqueles que anseiam por uma resposta que abrande o peso da sua dor. Para
alguns de vocês que estão tomando conhecimento agora da existência dos “apômetras
profissionais”, trata-se de “terapeutas” que atendem sozinhos, desdobrando seus clientes
em consultórios, sem o auxílio de um grupo e dispensando a interferência salutar dos
espíritos. Tudo isso, claro, por uma boa quantia de reais.

Por isso, deixo, abaixo, um urgente alerta, direcionado tanto a quem tem praticado a
chamada Apometria Clínica em troca de remuneração financeira quanto para aqueles
que já desembolsaram altos montantes movidos pela expectativa de alcançarem um tipo
prometido de cura, seja ela energética ou espiritual:

NOTA IMPORTANTE: A Apometria é técnica a ser utilizada nos trabalhos de assistência


ESPIRITUAL. Trabalhos espirituais são feitos em locais apropriados, junto a grupos
capacitados, traquejados, especializados nessas frentes. Na minha perspectiva, todo
trabalho de assistência espiritual deve ser GRATUITO, uma vez que é realizado pelos
espíritos, que contam com a nossa contribuição anímica, moral e energética nos embates
entre as duas dimensões. Questione qualquer pessoa ou local que cobre por atendimento
espiritual; ou que faça a clássica “venda casada”, que é quando a assistência espiritual
gratuita é oferecida mediante a compra de alguma ferramenta terapêutica. Certamente,
os orientadores espirituais de uma grande parcela desses profissionais/locais integram a
categoria dos 75% da população do astral. Agentes embusteiros – mas não menos
inteligentes e maldosos –, que acompanham alguns desses adeptos da mencionada
Apometria Clínica.

Eu te convido a refletir comigo: diante de todo o cenário já pontuado, das frentes malignas
que povoam o nosso planeta, seria possível que uma única pessoa, por mais hábil e
competente que seja, esteja apta a enfrentar e “desfazer” processos obsessivos complexos
sozinha, lidando com seres que podem ser tão mais inteligentes que nós e exímios
especialistas em magia? Em 20 anos de trabalhos assistenciais, semanais, em grupo
apométrico, atuando tanto como trabalhadora quanto como dirigente, afirmo com muita
propriedade que não.
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Te digo mais: NENHUM dos grandes médiuns que conheço, que também atuam como
terapeutas (e não misturam o trabalho espiritual com o seu ofício), ousa assistir
espiritualmente alguém sozinho em seus consultórios, pois são profundos
conhecedores dos perigos que essa prática individual envolve. Reservemos os nossos
consultórios às nossas atividades profissionais, remuneradas, sejam elas de auxílio
energético, de aconselhamento pessoal, familiar ou de outra ordem.

Do mesmo modo, vejo-me na obrigação de trazer mais um alerta sobre a propagação de


outra técnica ainda mais controversa: a chamada autoapometria. Há indivíduos incitando
pessoas a se desdobrarem sozinhas em vídeos de grande visualização no Youtube, por
meio de áudios que emitem um som semelhante ao de turbina de avião ao fundo e
trechos narrados, quem ensinam os mais desavisados a tratarem seus próprios
desequilíbrios espirituais e auxiliarem a espiritualidade na limpeza do planeta. Com
veemência, declaro sem rodeios que considero essa prática criminosa (não me refiro aqui
à justiça humana, mas à ciência espiritual), tendo como embasamento as advertências e
os mecanismos elucidados pela Codificação, nos quais acredito.

Tracemos aqui um paralelo com uma pessoa acometida por uma doença cardíaca grave.
Concordamos que ela não executaria a sua própria cirurgia, assumindo a tarefa de realizar
a sua própria assepsia, anestesia, abertura e fechamento do peito, correto? Pois bem. Em
segundo lugar, levemos em conta que a maioria das pessoas não tem ideia das suas
companhias espirituais, dos seus obsessores, que estão à espreita, à espera de uma brecha
para agir. Se o desdobramento nos coloca imediatamente na dimensão astral, onde os
espíritos marginais habitam, imagine-se se deparando com um ou com um bolsão deles,
sem o suporte de uma equipe de retaguarda e sem ter recebido um preparo prévio para
isso? Você saberia o que fazer?

Agora considere que, além dos perigos inesperados que poderá encontrar, inerentes à
realidade dessa dimensão, a sua exposição em corpo astral na morada dos espíritos,
incluindo desafetos pessoais de outrora e oportunistas, poderá facilitar ou acentuar algum
eventual processo obsessivo em curso. Uma pessoa sozinha jamais dará conta de lidar
com egrégoras de seres de pura maldade. Como terapeuta, já atendi pelo menos 5 casos
graves de pessoas que experienciaram a autoapometria e algum tempo depois me
procuraram para tratar desequilíbrios psíquicos, emocionais e energéticos resultantes
dessa infeliz escolha. Diante da gravidade dos casos, todos foram encaminhados a
psiquiatras. Recebo dezenas de e-mails solicitando ajuda espiritual, e um marcante relato
foi o de uma moça grávida que passou pela experiência de realizar os procedimentos
indicados nesses vídeos, de indução ao autodesdobramento espiritual. Infelizmente, em
decorrência do grau de desequilíbrio que ela atingiu após a experiência, acompanhado de
um quadro psicótico, ela perdeu o seu bebê. Portanto, caro(a) leitor(a), tire as suas próprias
conclusões.

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A TÉCNICA APOMÉTRICA
Ana Furginelli

A Apometria é um conjunto de leis e técnicas de caráter assistencial anímico-


mediúnico e energético, com foco nos processos obsessivos. A Apometria tem como
sua principal lei a do Desdobramento dos corpos astrais, ou veículos de consciência. A
função dessa lei, de modo suscinto e geral, é nos ‘deslocar’ para a dimensão extrafísica.
Ou seja, colocar-nos na dimensão astral para termos acesso a cenários e informações
que nos elucidem sobre o que nos sucede fora dos liames do corpo físico. Mas
CUIDADO! Não entraremos aqui no mérito do que é possível a cada médium,
trabalhador ou grupamento. O importante neste momento é compreendermos que lá
estaremos mais suscetíveis à ação dos espíritos, sejam eles os nossos orientadores ou
espíritos marginais.

A Apometria poderia ter qualquer nome. Poderia, inclusive, chamar-se apenas


desdobramento. Novamente, a função principal da Apometria e das suas leis é a de nos
deslocar para a dimensão astral e proporcionar, com segurança, maior dinamismo nas
atividades ‘do outro lado’ da vida. Ela também nos instrumentaliza para lidarmos com os
agentes das forças do mal.

A meu ver, a Apometria, termo que foi cunhado pelo Dr. José Lacerda de Azevedo, um
exímio conhecedor das obras de Allan Kardec, é o aprofundamento dos próprios
ensinamentos do codificador da Doutrina Espírita. Kardec desdobrava os médiuns através
da prática do magnetismo, colocando-os no que ele chamava de ‘estado sonambúlico’ –
puro desdobramento. Dr. José Lacerda nos prestou um outro incrível serviço ao chamar
atenção para a necessidade de retomarmos o ‘fazer ciência espírita’, como ele assim
procedeu ao desenvolver as 13 Leis e Técnicas da Apometria, formatadas ao longo de
muitos anos de observação e experiências juntos aos espíritos nas demandas dos
trabalhos de desobsessão.

As leis e técnicas da Apometria são, de modo geral, simples, mas com um poder de
atuação inimaginável na assistência anímico-mediúnica. Aliada à força do pensamento
coletivo do grupo e contando com a força dos assistentes espirituais e da movimentação
de energia, é de inestimável auxílio às forças do Bem. Obviamente, o sucesso das ações
dependerá do preparo, da coesão e da seriedade do grupo que se dispõe a essa prática.

Você já deve ter notado que fiz algumas referências, ao longo desse nosso papo, à
Doutrina Espírita. Particularmente, eu adoto os livros da Codificação Espírita, o “Consolador
prometido”, como a minha principal base de estudos, escritos de modo simples, direto e
de fácil entendimento, sem didáticas fantasiosas, religiosismos, excesso de metáforas e
alegorias que dificultam a compreensão das suas lições.

Certo é que Allan Kardec, o codificador da Doutrina Espírita (e não da “religião espírita”,
que é posterior ao seu desencarne), não encerrou com suas obras todos os ensinamentos
universais necessários ao entendimento da vida terrena e do além-túmulo. E já fez demais!
Devemos lembrar que o nosso nível de consciência, até hoje, ainda não foi capaz de
entender e apreender, por cristalização didática, por preconceito e interpretações
equivocadas, todos os seus ensinamentos.

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Nesses anos dedicados à prática assistencialista, aprendi que o auxílio espiritual é
‘apenas’ uma parte do olhar integral que devemos ter para conosco e adotar nos
momentos de assistência. A Apometria, através do contato com a espiritualidade e das
suas 3 principais forças, ANÍMICA, ENERGÉTICA E ESPIRITUAL, permite nos
tornarmos parceiros ativos dos espíritos, estreitar os laços de convivência com os
nossos amparadores, propor questionamentos, aperfeiçoar os nossos recursos, sugerir
ideias e atuar de modo consciente, além de disponibilizar o nosso manancial de
recursos ectoplásmicos, auxiliando os espíritos nas curas espirituais, no refazimento de
corpos astrais, no desmanche de magia negra, na materialização, no acesso a locais da
dimensão astral etc.

Muitos alunos chegam às minhas aulas, em sua maioria neófitos, com a ideia de que
precisam possuir mediunidade ostensiva para trabalhar na Apometria, caso contrário, não
serão úteis. Trazem a ideia cristalizada de que precisam “incorporar”, psicografar, ser
clarividentes etc. Digo a todos que o desenvolvimento (além da descoberta) e o equilíbrio
da mediunidade, ao longo do caminho, é fundamental. Mas que há, em paralelo, um
manancial de recursos e incontáveis aprendizados que devem ser assimilados por nós,
encarnados, para que possamos trabalhar ombro a ombro com a espiritualidade no trato
assistencial.

Também nos tornamos agentes ativos ao acolher os assistidos com o nosso verbo
terapêutico, com fraternidade e respeito, sem demandar dos espíritos que nos digam tudo
o que fazer e aconselhar! Por isso, reforço que toda pessoa que deseja trabalhar com a
Apometria deve conhecer, no mínimo, além das obras básicas da Codificação, sobre
energia, corpos, chacras, anatomia, conceitos básicos da psicologia, PNL, leis do
mentalismo, realidade extrafísica, entre outros temas. Temos uma referência bibliográfica
extensa e preciosa para te indicar, além de cursos que auxiliarão na sua jornada de
autoconhecimento e auxílio ao próximo.
O PAPEL DO TRABALHADOR
Ana Furginelli

Fique claro para você que pretende se candidatar a qualquer trabalho espiritual que
todos nós temos muitos desafios terrenos a resolver, arestas a burilar no campo das
emoções, do convívio familiar, social, profissional, amoroso. Rechace o pensamento de
que trabalhador de assistência espiritual é um ser ascensionado. Estamos TODOS em
processo de aprendizado no mundo da matéria. Inteligente é o trabalhador que
aprende com a dor de quem auxilia, que consegue tirar proveito da assistência para
fazer links positivos com a sua experiência pessoal, com suas trevas internas, abrindo-
se com coragem para profundas reflexões que acolherão o seu espírito. Esse é o
melhor caminho para que nos coloquemos de ‘igual para igual’, estando todos,
assistentes e assistidos, no mesmo patamar de aprendizado.

Evite casas e lideranças que ditem regras ilusórias sobre como atingir elevação espiritual,
especialmente aquelas que atribuem aos espíritos o que em verdade é ao seu modo
particular de proceder. Fuja dos hipócritas e dos manipuladores, que não refletem em suas
próprias vidas o que pregam aos seus próximos. Os fiscais da vida alheia, acusadores, que
varrem para baixo do tapete tudo aquilo que os define como humanos. Os que optaram
pelo caminho dos covardes, negando-se a admitir que também são imperfeitos, porque
têm medo de enfrentar as dores que levam à cura.

Pode parecer bobagem, mas essa informação é de suma importância, haja vista que um
trabalhador em desequilíbrio pode (e irá) colocar em risco todo o trabalho coletivo, dos
dois lados da vida, abrindo portas para ataques espirituais e energéticos ao grupo por
entidades de baixa vibração que se sintonizam com a mesma faixa em que ele se
encontra.

No campo da ciência espírita, amparado no acolhimento fraterno, não há trabalho bom


sem instrumento bom. Não há trabalho profundo sem estudos, exercícios, práticas
ostensivas e constantes no campo da investigação da mediunidade, paranormalidade,
animismo e energia, no contato com a dimensão Astral. Abandone o pensamento raso de
que apenas de boa vontade sobrevive a assistência. Esse é um pensamento vulgar e
irresponsável. Estamos tratando de vidas humanas. Reflita se você gostaria de ser
atendido, no momento de maior vulnerabilidade da sua vida, por pessoas
descomprometidas e levianas no trato humano, que têm a oportunidade e o incentivo dos
espíritos para se capacitarem mais, mas não o fazem porque acreditam que dedicar ‘amor’
e boa vontade deva bastar para você.

Entenda! Amor é elemento de grande valor neste trabalho, mas não resolve tudo,
principalmente se levarmos em conta o quanto o seu entendimento é subjetivo. O que eu
classifico como amor pode ser diferente do que é para você. Um neurocirurgião não opera
‘só’ com amor. Ele se instrumentaliza, exercita o ofício, planeja as ações, conta com o
suporte de outros especialistas, com habilidades e conhecimentos que ele não possui,
precisa de equipamentos, de estratégia para agir. Um magnetizador, um profissional das
práticas energéticas, também não atua só com amor. Precisa de muito estudo, prática e,
acima de tudo, da consciência de que a sua estrutura psíquica, emocional e energética
pode afetar diretamente os campos do enfermo tratado, ocasionando mais desequilíbrios
do que melhoras.
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O ‘amor’, sem bases concretas no conhecimento sobre aquilo que se faz, também pode
sim causar estragos. Além disso, pode nos levar, por acomodação, a nos consorciarmos
a espíritos que, cientes da superficialidade e da indiferença com que lidamos com o
trabalho, podem nos influenciar a contribuir ‘para o outro lado’, sem nos darmos conta.

Eu mencionei anteriormente o ‘poder de fogo’ dos espíritos trevosos. Considerando que


eles estão, há milênios, praticando o mal, tornaram-se especialistas em diversas áreas do
conhecimento. São profundos conhecedores de mapeamento mental, PNL, Hipnose,
Psicologia, Ciências Energéticas, Magnetismo, magia negra, forças da natureza, astrologia
etc. Contam com especialistas nas áreas da genética, física, química, política, mídias,
farmacologia, medicina, abraçando um inimaginável exército de maldade.

É triste constatar que a maioria daqueles que pretendem trabalhar na assistência ao outro,
e ainda em nome do Bem e do Amor, tem preguiça de se dedicar ao estudo de alguns
desses temas com seriedade. Não conhecem as obras básicas da Codificação (base
científica), as Revistas Espíritas, não conhece o mínimo sobre a mente humana, PNL,
Hipnose, Magnetismo e práticas bioenergéticas, defesa psíquica, anatomia, corpos e
chacras, porque alguém um dia lhes disse que ‘bastaria’ sentar e colocar a sua
mediunidade a serviço (a maioria sequer conhece o seu tipo de mediunidade), como
instrumento de amor em nome do Bem. Se você porventura faz parte desse grupo, já
perdeu a batalha! Sugiro que repense essa postura e não cometa o desperdício de vida de
trabalhar no raso, como tantos por aí o fazem, atendendo mecanicamente pessoas que
depositaram a sua fé nesse trabalho, em situações de extremo desespero.

Espíritos idôneos e comprometidos com o propósito de auxílio humanitário em nome do


Cristo não perdem tempo com médiuns, instituições ou grupamentos preguiçosos,
indecisos e irresponsáveis. Para que comecemos a ‘chamar a atenção’ dos guias e
orientadores do Bem, precisamos nos dedicar muito e provar (sim, provar!) que estamos,
de fato, comprometidos a atuar em uma frente idônea de trabalho. Você já deve imaginar
que isso, naturalmente, leve tempo, demande estruturamento de ações, captação de
pessoal, alinhamento de ideias, desenvolvimento de uma corrente mediúnica sólida,
adaptações diversas e... muito, muito estudo.

Ora, se não nos conhecemos nem por aqui, no plano da matéria, também
desconhecemos, de modo geral, os nossos obsessores. Então, como poderíamos
‘desdobrar’ alguém sem a devida proteção, conduzida por agentes experienciados e
contando com a cobertura espiritual de amigos (mentores do trabalho) que conseguem
‘enxergar de cima e globalmente’ o cenário em estudo? O corpo humano é precioso. Essa
matéria densa que abriga o nosso espírito também nos protege de ataques mais diretos,
porque nos preserva de sermos ‘vistos’ por alguns espíritos. Quando nos deslocamos para
uma realidade vibracional tão baixa, precisamos imaginar os perigos que nos espreitam e
calcular os riscos de utilização dessa ferramenta (Apometria) sem o devido preparo.

A sua disponibilização para a jornada junto à prática de qualquer trabalho espiritual


íntegro requererá a pré-disposição para mergulhos profundos na sua alma. Tornar-se
apômetra demandará essa decisão de você, ante a incrível oportunidade de desfrutar de
todos os ensinamentos que o contato com os espíritos instiga, sejam eles da luz ou das

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trevas (com os quais muito aprendemos também). Trabalhar com a Apometria é
trabalhar ao lado de espíritos orientadores que atuam nas frentes da Justiça e da
Misericórdia. A seriedade desse trabalho te obrigará a olhar para as suas sombras
individuais, porque elas revelarão onde estão escondidas as suas brechas, os seus
preconceitos e as razões da sua resistência a novos verbos. Também te incentivará a
refletir sobre o seu universo, o campo coletivo (dos dois lados da vida) e a renovar
atitudes, enfrentando com coragem, sem culpa nem tristeza, a sua configuração
íntima.

Até aqui, falamos bastante sobre a estrutura das trevas, mas esteja certo, querido leitor, de
que as Forças da Luz, sob o comando do Arcanjo Miguel, o Príncipe dos exércitos celestes,
e seus assessores, nos amparam, incessantemente, através de incontáveis espíritos que se
candidatam ao serviço no bem, nas suas mais diversas especialidades. Não fossem eles, de
certo estaríamos vivendo, ainda, como homens e mulheres das cavernas. São
trabalhadores amorosos, incansáveis, diligentes e atentos, movimentando energias,
promovendo proteção e auxílio direto a todos nós, encarnados e desencarnados.

Rogo ao alto que você possa, mudando de atitude e optando pelo Bem, mergulhar no seu
processo de autoenfrentamento e autodescoberta, para se apropriar de si, reunindo, assim,
condições psíquicas, emocionais, energéticas e espirituais para se juntar às frentes que
atuam diretamente no fortalecimento dos desígnios maiores dos Guardiões planetários e
em nome de Jesus.
FOCOS DO TRATAMENTO APOMÉTRICO
Ana Furginelli

Conforme já dito, a Apometria é uma técnica aplicada com a finalidade de tratamento


dos acometimentos físicos, energéticos e espirituais humanos. Um método de
desdobramento induzido e consciente dos corpos sutis de médiuns e assistidos
executado a partir do comando mental de um dirigente/operador.

Por se tratar de um conjunto de conhecimentos baseados na ciência espírita


(novamente saliento que aqui não me refiro à religião espírita, mas à Ciência), a
Apometria propõe que a postura do grupo de trabalhadores seja mais proativa, para
que facilite a atuação da(s) equipe(s) espirituais que coordenam os atendimentos. Por
meio do desdobramento, os médiuns são capazes de acessar mais rapidamente o
plano extrafísico, de forma a otimizarem sua atuação junto às egrégoras de proteção.

A Apometria faz uso de recursos terapêuticos de origens diversas, especialmente o


magnetismo, o que lhe confere um caráter universalista. Não é uma religião nem está
associada a uma doutrina religiosa específica. Por ser uma técnica desenvolvida a partir
do aprofundamento de estudos científicos, hoje agrega conhecimentos e filosofias de
distintas naturezas, sendo praticada por adeptos de diferentes religiões, grupos
esotéricos, agnósticos e pesquisadores independentes.

Apometria, sendo uma ferramenta de trabalho espiritual, tem seu foco principal no
tratamento de processos obsessivos complexos e nas enfermidades advindas desse
quadro, que podem gerar, entre outros efeitos:

Distúrbios psíquicos do comportamento;


Desorganizações energéticas e doenças manifestas no corpo físico;
Dependências químicas;
Auto-obsessões, obsessões complexas;
Deficiências mentais causadas por obsessões complexas de variados níveis;
Implantes de aparelhos parasitas;
Magia negra;

A Apometria, portanto, trata, dentro do possível, e encaminha espíritos obsessores para


locais apropriados, a depender da necessidade de cada caso (sempre com o aval da
Espiritualidade) – é preciso saber para onde são encaminhados os espíritos; tem foco
na assistência ao recolhimento de bolsões de espíritos; e é essencial na doação de
ectoplasma (fluido vital).

Novamente, reforço a informação de que Apometria sem o Evangelho de Jesus é Magia


Negra, produzida pela principal fonte magística que conhecemos: o pensamento. A
Apometria não dispensa o magnetismo, a evocação e a permissão dos espíritos
orientadores do trabalho para o uso de recursos, com vistas à não interferência no livre
arbítrio ou na programação reencarnatória do assistido. Apometria não trata tudo e
não pode tudo. Não faz milagres. Não é terapia de vidas passadas e dependerá,
sempre, da vontade do assistido de mudar os seus padrões conscienciais, vibratórios e
morais. Caso contrário, sua eficácia será nula.

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“A catarse e a mera aplicação da técnica apométrica não garantem o bem-estar em todos
os atendidos. Ao contrário do que dizem muitos dirigentes de grupos apométricos,
cairíamos na azáfama dos milagreiros, num determinismo onipotente e
desconsideraríamos o merecimento individual e a necessidade de mudança interior,
consciente, fazendo com que o consulente altere sua conduta comportamental e os seus
valores. Não se dispensa os preceitos básicos de reforma íntima e a medicina terrena. A
Apometria é somente um meio coadjuvante e auxiliar na busca da cura perene que pode
dar bons resultados associados à umbanda e aos sagrados orixás”. (Umbanda Pé no Chão,
p. 103, Norberto Peixoto, pelo espírito Ramatís).

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OBJETIVOS DO MEU TRABALHO
Ana Furginelli

Ao tê-lo(a) até aqui comigo, desejo que o meu objetivo de te fornecer um mínimo
esclarecimento sobre a Apometria e o que permeia um sério trabalho de assistência
espiritual tenha se cumprido. Convido você a participar também das nossas atividades
educativas, que têm como propósito auxiliá-lo(a) em seu processo de formação, para
que, ao formar ou integrar um grupo de trabalho, você o faça do modo mais idôneo,
ético e consciente possível.

Deste modo, o objetivo da nossa plataforma EAD e dos cursos presenciais é a de, além
de promover exposições teóricas aprofundadas sobre alguns temas pincelados aqui,
propor exercícios práticos aos alunos em encontros programados, a fim de provocá-los
a articular investigações pertinentes ao universo da assistência espiritual, que
potencializarão o seu aprendizado, colocando-o a serviço de trabalhos coletivos de
assistência, seja na Apometria, na Umbanda, em Centros espíritas ou em qualquer
outro espaço independente de auxílio fraterno.

Nossa tarefa principal é a de:

Formar apômetras comprometidos com o autoburilamento;

Trabalhar crenças limitantes e padrões de comportamento. Oferecer ferramentas


para que aprenda a se observar e evoluir, tirando o máximo de proveito das lições
provenientes do contato com o assistido e a Espiritualidade;

Formar novas frentes de trabalho, agências dedicadas a atividades de cunho


assistencialista anímico-mediúnico;

Preparar cientistas da alma, éticos, exercendo a ciência espírita, pela amorosidade,


pela fraternidade e pelo comprometimento com o progresso, em comunhão com a
Espiritualidade que nos assiste e sustenta;

Fornecer a didática e apresentar ferramentas conscienciais e terapêuticas para a


melhor prática da assistência;

Auxiliar na reconfiguração do ambiente planetário, físico e extrafísico.

Os cursos ministrados por mim, na área da Espiritualidade e da Inteligência Emocional,


também podem ser levados para todo o Brasil, em formatos flexíveis, adaptados de
acordo com os objetivos de aprendizagem, os perfis das turmas e seus níveis de
conhecimento.

Além dos cursos de Apometria, também participamos de palestras, workshops e


eventos a convite de seus organizadores, para compartilhar conhecimentos sobre os
campos da espiritualidade e do comportamento humano, em seus múltiplos vieses.

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Nosso trabalho se ampara em princípios éticos, no respeito ao próximo e na
responsabilidade assumida pela formação de novas agências no campo do trabalho
assistencialista. Trabalhamos com foco em uma abordagem integral do ser humano,
com olhar universalista para a Espiritualidade.

Ainda que o seu objetivo seja somente aprender sobre a técnica apométrica, e não de
praticá-la em grupo, estou certa de que a nossa jornada de aprendizado juntos o(a)
levará a colocar a sua nova consciência a serviço da sua expansão, auxiliando-o(a) a
perceber-se como a pessoa mais importante da sua vida, topando o inadiável desafio,
diante da chegada do tempo do Espírito, de mergulhar corajosamente nos abismos da
sua alma – o que enche de sorrisos os seus amparadores, tenha certeza! –, auxiliar a si
mesmo e, consequentemente, ao próximo na sua jornada, fazendo-se tão feliz quanto
puder ser!

Esteja certo(a) de que, arrumando a sua casa mental e o coração, olhando com
coragem para as suas culpas, seus complexos, suas sombras e descobrindo os
desígnios do seu espírito, já estará auxiliando demais na limpeza astral do nosso
Planeta, porque caminhará alinhado(a) com a Cosmoética de Jesus, o maior terapeuta
das nossas Almas.

Um grande abraço e que se inicie aqui a sua nova e linda jornada!

Ana Furginelli

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CONTEÚDO EXTRA
Artigos úteis selecionados do nosso Blog
QUAL É A DIFERENÇA ENTRE A APOMETRIA E
OUTRAS TÉCNICAS ASSISTENCIALISTAS?

Ana Furginelli

Todo e qualquer trabalho de assistência, seja ele espiritual ou não, deve ter como
combustível maior o AMOR, o senso de fraternidade e bases éticas bem assentadas. A
Apometria, tida por muitos como recurso milagreiro (principalmente por parte de
quem não a conhece bem), é apenas mais uma ferramenta de assistência junto à
Espiritualidade, em meio a tantos recursos disponibilizados pelo Alto.

O que nos difere e, como costumo dizer, o “pulo do gato” da Apometria é que ela
propõe um senso de iniciativa maior por parte dos trabalhadores no acesso à
dimensão astral, tornando-nos agentes mais ativos no trabalho ombro a ombro com a
Espiritualidade.

Através da nossa disposição e do nosso poder mental, do rápido desdobramento


consciente e induzido dos nossos corpos do quaternário inferior, somos nós que
acessamos diretamente essa outra dimensão, facilitando o nosso contato com os
espíritos e os cenários onde trabalharemos.

Para que os espíritos de Luz consigam nos acessar, é preciso muito esforço na
realização do “descenso vibratório”, dada a diferença dos estados da matéria entre as
duas dimensões. Os espíritos têm muito trabalho para se apresentar a nós, no plano
terreno.

Nos centros espíritas, terreiros de Umbanda, por exemplo, são os espíritos que vêm até
nós, de modo geral. As técnicas apométricas nos permitem, por intermédio da
sutilização dos nossos corpos, percorrer metade do caminho, daqui para lá, enquanto
os espíritos percorrem a outra, de lá para cá.

O desdobramento dos corpos astrais (energético, astral e mental inferior) também


facilita a visualização simultânea de vários acometimentos do assistido no tocante a
esses veículos, o que permite o diagnóstico completo, pelos médiuns e sensitivos, das
suas dores, sofrimentos e eventuais conexões com espíritos sofredores. Com a
cobertura e a orientação dos mentores espirituais presentes, a dinâmica desse trabalho
coletivo é abrangente e eficaz.

Cada trabalhador tende a captar uma questão em desalinho do assistido, seja no


campo físico, emocional ou no tocante a desequilíbrios mentais e processos obsessivos,
de acordo com a sua sintonia vibratória.

Ressaltamos, sempre, a necessidade de os trabalhadores da Luz colocarem os pés no


chão em qualquer frente de assistência à qual estejam conectados, deixando de lado a
pretensão de que o seu trabalho seja maior ou melhor do que o praticado em outros
grupos. Nem maior nem menor, nem melhor nem pior.
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De nada valem mil leis e técnicas, recursos didáticos e malabarismos se envoltos em
comportamentos arrogantes e egóicos, se o amor não estiver incutido,
verdadeiramente, no trato com o humano.

Cada grupo, a seu passo, tem a sua especialidade, o seu nível de consciência e deve,
acima de tudo, realizar o seu trabalho com amor, com respeito ao livre-arbítrio e à
programação reencarnatória do assistido, tendo a consciência de que o trabalho foi
realizado, naquele momento, da melhor maneira que coube a todos e que fora de
merecimento do assistido, com o amparo e a permissão do Alto. E isso cabe não só
para grupos de Apometria, mas aos centros e terreiros também. Vale para a vida!

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COMO FUNCIONA UM ATENDIMENTO APOMÉTRICO
NA PRÁTICA?

Ana Furginelli

Os grupos de Apometria possuem terapêuticas e dinâmicas de trabalho muito próprias


para tratar daqueles que os procuram em busca de auxílio espiritual. Cada um possui
referências distintas, que influenciam sua visão sobre o trabalho e o seu modo de
colocá-lo em prática, não havendo, portanto, uma maneira mais correta que a outra.
Importa apenas que os atendimentos sejam seguros, conduzidos com seriedade,
comprometimento e fraternidade e voltados para o bem, para que a assistência junto
aos amigos da Espiritualidade seja eficaz para o consulente.

A equipe espiritual é a responsável por conduzir, orientar e trazer segurança ao


trabalho que desempenhamos. Como médiuns à disposição para assistência, somos
auxiliares e aprendizes nesse trabalho cujo valor nas lides assistenciais aumenta à
medida que nos educamos, estudamos e evoluímos.

Nada virá pronto no nosso caminhar. Tudo evolui com o tempo. Assim sendo, os grupos
vão ajustando o seu modus operandi ao longo dos anos, conforme se expandem os
níveis de consciência individual e coletivo, por intermédio do exercício prático, da
experimentação empírica, do estudo contínuo, da investigação de casos, da troca
humana etc. No decorrer do caminho, os grupos encontram a sua melhor forma de
trabalhar, que é apenas mais uma perspectiva de trabalho, junto a tantas outras
proporcionadas pelos nossos coirmãos de assistências diversas.

Somos partidários de que não são necessários malabarismos, piruetas espirituais, uso
de técnicas magísticas ou ilusionistas para provar aos assistidos a capacidade de
assistência do grupo ou o nível de proficiência das manifestações mediúnicas de seus
trabalhadores. Até porque, se governados pelo ego e por ações mistificadoras
desnecessárias, ninguém poderá contar com a salvaguarda dos dirigentes e mentores
espirituais que atuam nas lidas do Bem, a serviço de Jesus. Nós, trabalhadores, somos
seres humanos em evolução, tendentes aos mesmos desafios existenciais daqueles que
recorrem à nossa ajuda. Por isso, o respeito à vida, à ética e à integridade, bem como
ao senso de fraternidade e amorosidade devem ser as principais bandeiras de qualquer
grupo de assistência.

Há grupos que trabalham com um número diferente de trabalhadores nas suas rodas
ou mesas. Há grupos com 4, 5 ou até 10, 15 trabalhadores, além do dirigente. O assistido
que é direcionado para o atendimento pode permanecer ou não junto ao grupo ao
longo do seu tratamento. Há grupos que trabalham em círculo, com o assistido no
centro. Outros, ainda, que trabalham sobre símbolos sagrados, demarcados no chão ou
plasmado pela força do pensamento. Há aqueles que se reúnem 1 ou dois dias na
semana com a mesma equipe, enquanto outros trabalham todos os dias, com
diferentes formações.

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Há grupos que preferem não trabalhar com o assistido no mesmo ambiente durante o
tratamento, mas reservado em uma sala distinta da sua. E não há nada de errado com
isso. É apenas mais um modo de executar o trabalho. Dependendo da “especialidade”
do grupo (alguns só trabalham com casos de processos obsessivos extremamente
complexos e coletivos, por exemplo), o mais adequado é que o assistido não esteja na
sala de atendimento, pois pode se impressionar com os cenários trazidos, com as
manifestações mediúnicas e outras ocorrências que só o confundiriam mais, não sendo
produtivo para o seu tratamento. Existem equipes de trabalho que nunca atendem
presencialmente, que realizam todas as consultas à distância.

Há casas que acreditam ser mais eficaz trazer o assistido para o meio da roda,
acreditando que a proximidade com os trabalhadores facilite o entendimento do seu
processo e promova maior eficácia para as intervenções energéticas, para os
procedimentos mais profundos de limpeza, alinhamentos de chacras, cirurgias, entre
outros recursos. Também, para que receba diretamente os aconselhamentos dos
orientadores espirituais do trabalho e as prescrições terapêuticas repassadas pelo
grupo no final da sessão.

Nos atendimentos presenciais, findado o atendimento, o assistido pode ser orientado a


retornar em data específica (com consulta direta ou não à Espiritualidade quanto à
necessidade de retorno) ou receber alta, a depender da complexidade das questões
trabalhadas no seu atendimento. Na assistência à distância, cada direção estabelece o
que acredita ser mais adequado e produtivo para o esclarecimento do assistido.

Em conformidade com o que já expusemos aqui, também é natural que cada grupo
crie os seus procedimentos para a abertura dos trabalhos, seja por meio de breves
apresentações; elucidações; leitura fraterna ou relaxante para elevação do padrão
energético daqueles que aguardam; cromoterapia; pré-entrevistas e anamneses;
adoção de técnicas como a Radiestesia, por exemplo, que é muito útil para pré-análise
dos casos; formação inicial de todos os campos de força, que irão proteger os
assistidos, os trabalhadores e o ambiente de trabalho (um dos recursos mais
importantes para que o trabalho aconteça com segurança e livre dos assédios e
ataques das sombras). E o mesmo deve ocorrer para o encerramento.

Também acreditamos que tão importante quanto adotar certas dinâmicas seja o
cuidado que todo grupo deve ter de criar o seu próprio estatuto, organizando as
atividades, estabelecendo regras de conduta e comprometimento para dirigentes,
trabalhadores e assistidos, a fim de manter o máximo de organização possível para que
o trabalho transcorra da melhor forma para os dois lados da vida!

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A APOMETRIA É UMA TÉCNICA ESPÍRITA,
UMBANDISTA OU UNIVERSALISTA?

Ana Furginelli

No início da década de 1930, Chico Xavier publicava a sua primeira obra psicografada,
Parnaso Além-Túmulo. Após esse marco, Chico serviria de instrumento para que
diversos outros espíritos pudessem se comunicar: sua mãe, Emmanuel, André Luiz,
Humberto de Campos, Irmão X, entre tantos mais.

O médium Hercílio Maes, em 1955, publica as elucidações trazidas do “além” por


Ramatís, nos informando sobre a vida em outros planetas, sobre a fisiologia da alma, o
Mediunismo, O Espiritismo, a Cura, a Umbanda…

Em 1908, o Caboclo das Sete Encruzilhadas, através da mediunidade do jovem Zélio


Fernandino de Morais, fundava a Umbanda, trazendo a luz da universalidade para as
práticas da assistência caritativa junto à Espiritualidade.

A inteligência suprema do Pai, sob a tutela de Jesus, insere no planeta várias frentes
educativas, concomitantes e sincréticas, para que nosso espírito e nível de consciência
sejam, de alguma maneira, tocados através da identificação didática e ritualística com
algumas dessas fontes de esclarecimento. Tantas outras vertentes trazem os seus
ensinamentos sobre a vida imortal do espírito, representadas por seus agentes mais
ilustres. O céu não é espírita, não é umbandista, evangélico, católico ou regido por
qualquer outra religião inventada pelos homens.

"Se Allan Kardec tivesse escrito que ´fora do Espiritismo não há salvação´,
eu teria ido por outro caminho. Graças a Deus ele escreveu ´Fora da
Caridade´, ou seja, fora do Amor não há salvação". (Chico Xavier)

Nos nossos trabalhos, somos amorosamente auxiliados por inúmeras egrégoras de


espíritos trabalhadores, que se apresentam em roupagens com as quais mais se
identificam, em seu momento atual, podendo adaptá-las de diversas formas para que
nós, que somos ainda muito limitados e julgadores, possamos entendê-las em sintonia
com o repertório psíquico que temos em nosso espírito.

A espiritualidade está ciente de que, talvez, para um médium formado em centro


“espírita”, por exemplo, seja mais coerente que um espírito que se identifica com a
roupagem de um caboclo se apresente como um padre ou um médico,
momentaneamente, em respeito às limitações e aos preconceitos de um médium que

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porventura não se sinta tão à vontade ao receber mensagens de um índio
caracterizado. Do mesmo modo, é mais “tocante” e eficaz para um humilde agricultor
ser assistido por um preto velho, cuja linguagem acessará diretamente o seu coração;
assim como um arrogante advogado será mais crédulo se assistido por um traquejado
mestre ascensionado, que demonstre firmeza na linguagem, para dar mais
legitimidade às suas manifestações.

Essas adaptações por parte dos espíritos serão necessárias até que nós, encarnados,
tenhamos a consciência de que a assistência amorosa não julga a origem, a crença e é
composta por muitos espíritos, independentemente da forma como se revelem no
trabalho. Um mesmo trabalhador da equipe espiritual auxiliará em trabalhos no centro
e no terreiro, com a mesma amorosidade, mas com vestes apropriadas para o
entendimento da equipe presente de médiuns e assistidos.

Médicos, freiras e padres, enfermeiros, exús, hindus, extraterrenos, ciganos, juremeiras,


pomba-giras, caboclos, pais velhos, iogues, soldados, marceneiros, pedreiros, cientistas,
matemáticos, artistas, gente como a gente se apresenta nos trabalhos, para trabalhar e
evoluir!

Há milhões de trabalhadores do bem assistindo idônea e ativamente a Humanidade,


no anonimato, dos dois lados da vida. E não importa, para mim ou para você, qual é a
religião ou a “linhagem” espiritual seguida por eles. Há muitos ateus ou agnósticos que
trabalham mais em prol do seu próximo do que muitos beatos de plantão. Portanto,
abaixo o preconceito!

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A autora

Ana Furginelli é uma estudiosa da Espiritualidade, médium, palestrante, pesquisadora,


aprendiz da existência humana e leitora entusiasta de obras das mais variadas áreas
do conhecimento. Atua como dirigente de grupo apométrico e coordenadora de
cursos de apometria desde 2000. É sócia-fundadora do Núcleo Eu Comum de Estudos
Sistêmicos e Comunicação.

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