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enriquecedor desde a mais tenra idade pode ter um impacto sobre suas capacidades
cognitivas e de memória futuras. A presença de cor, música, sensações (tais com a massagem
do bebê), variedade de interação com colegas e parentes das mais variadas idades, exercícios
corporais e mentais podem ser benéficos (desde que não sejam excessivos). Na verdade,
existem muitos estudos mostrando que essa “estimulação precoce” é verdadeira. Ainda
precisamos provar se isso provoca um crescimento no cérebro das crianças, como acontece
com os ratos.
À medida que as células nervosas crescem, elas se expandem para ligar diferentes circuitos
neurais. Com o desenvolvimento do cérebro, essas conexões se tornam mais eficientes. Falhas
nesse processo de refinamento abrem caminhos para o desenvolvimento de distúrbios
neurológicos, como o Alzheimer, o autismo ou a esquizofrenia.
FÓRUM
O cérebro é uma máquina perfeita, a qual ainda cabe muito estudo. Sabe-se que muito já foi
estudado e descoberto, mas a partir da neurociência ainda pode-se fazer muito mais. Muitas
doenças neurológicas já contam com tratamentos/fármacos, que dão qualidade de vida ou
retardam seu avanço. Espera-se que no futuro, os cientistas evoluam ainda mais nas
descobertas, que o Brasil ( e o mundo) invista na educação e nas pesquisas. Só assim teremos
ainda mais conhecimentos sobre o cérebro!
FÓRUM
FÓRUM
A aquisição da escrita e leitura é algo muito complexo. Quando lembramos de nós mesmos,
parece que foi tão simples e automático, mas através do estudo dos capítulos, percebemos
como há muito a se estudar sobre o assunto. Em especial, na Língua Portuguesa, há muitas
palavras/sons que confundem o leitor/escritor ainda em “construção”. É um processo
realmente multidisciplinar!
Desenvolv. Psicomotor
Ele estabelece com isso, que cada área cerebral seria responsável, sim, por uma especificidade
mas também estas áreas atuariam conjuntamente, na forma de um sistema DINÂMICO e
INTEGRADO, utilizando todo o sistema nervoso. Nasce aqui então, a ideia de Lúria – SISTEMA
FUNCIONAL, ampliado por lúria ao Sistema Nervoso Central humano. Para isso, realizou a
revisão de três conceitos: FUNÇÃO, LOCALIZAÇÃO e SINTOMA.
Foi possível destacar a interação entre as funções mentais e as motoras, destacando sobre o
aspecto motor ser educável e consciente, sem jamais poder ser separado do socius.
A EDM tem uma duração de cerca de 40 a 60 minutos. É indicada para aplicação em crianças
da Educação Infantil, Ensino Fundamental e Educação Especial (crianças de três a 10 anos).
Oportuniza analisar problemas estabelecidos; discrimina os diferentes tipos de debilidade;
possibilita supor e/ou afirmar a descoberta de dificuldades escolares, disfunções motoras e
adversidades de conduta; identificar progressos; e acompanhar a criança em diferentes etapas
evolutivas (ROSA NETO et al., 2010).
Precisamos compreender que, por trás do cérebro que aprende, existe alguém que tem um
ritmo próprio e um estilo diferente de aprender e que, como tal, precisa ser respeitado em sua
individualidade (SAMPAIO; FREITAS, 2011, p. 30).
DEFICULDADES DE APRENDIZAGEM
Tacca (2004) evidencia que o professor é o outro social essencial para o desenvolvimento
intelectual, afetivo, social e de todas as outras dimensões e aspectos que integram a criança
como ser humano.
Vimos ainda que neste contexto de concepções sobre a aprendizagem emergiram teorias,
como o Empirismo, o qual defende que a aprendizagem tem origem a partir da experiência; o
Inatismo, que considera que as condições para a aprendizagem do sujeito são pré-
determinadas; e o Construtivismo, o qual anuncia a aprendizagem como um processo
contínuo, construído por meio da interação ativa do sujeito com o meio (físico e social), a qual
ocorre através de sucessivas assimilações, acomodações e equilibrações.
FREUD
Frente ao anunciado, Ciasca (2008) traz uma válida diferenciação entre os termos dificuldade e
distúrbios de aprendizagem. Segundo Ciasca (2008) a dificuldade de aprendizagem está
associada a questões psicopedagógicas ou socioculturais, não se centrando a dificuldade
apenas no aluno. Já os distúrbios de aprendizagem estão vinculados diretamente ao aluno,
uma vez que pressupõem a existência de comprometimentos orgânicos, sendo desta maneira
mais direcionado ao contexto clínico.
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Segundo Santos (2011), é preciso que a criança tenha o direito de ser diferente quando a
igualdade a descaracteriza, e o direito de ser igual, quando a diferença a inferioriza. Assim,
entender as diferenças está entre os desafios da educação, pois os alunos são singulares, e
tratá-los de forma homogênea é restringir as expectativas que cada um traz consigo na busca
do conhecimento.
TRANSTORNOS DO NEURODESENVOLVIMENTO
Klin (2006) conclui seu artigo argumentando que a avaliação da criança com autismo deve
incluir pesquisa genética e deve excluir a Síndrome do Cromossomo X Frágil, e exame para
excluir prejuízo auditivo, convulsões e esclerose tuberosa, Transtorno de Rett, testes para
identifi car défi cits ou anormalidades motoras e sensoriais evidentes ou sutis.
Portanto, Bosa (2001) elucida que muitas características do TGD, tais como a infl exibilidade,
comportamentos obsessivos e compulsivos, foco no detalhe em detrimento de um todo, e difi
culdades no relacionamento interpessoal, podem ser explicadas por comprometimento no
funcionamento do lobo frontal. A difi culdade em “[...] juntar as partes de informações para
formar um ‘todo’ provido de signifi cado (coesão central) é uma das características mais
marcantes no autismo” (BOSA, 2001, Base Scielo ).
Lampreia
INCLUSÃO ESCOLAR
Sassaki (1997, p. 16) nos explica que A sociedade, em todas as culturas, atravessou diversas
fases no que se refere às práticas sociais. Ela começou praticando a exclusão social de pessoas
que – por causa das condições atípicas – não lhe pareciam pertencer à maioria da população.
Em seguida, desenvolveu o atendimento segregado dentro de instituições, passou para a
prática da integração social e recentemente adotou a fi losofi a da inclusão social para modifi
car os sistemas sociais gerais (grifos no original).
Em neurociências temos um jargão que dizemos sobre a mente: existem ao menos três tipos
de mentes que lutam o tempo todo dentro de nós para ser a mais relevante, aquilo que nós
pensamos ser, aquilo que nós gostaríamos de ser e aquilo que nós realmente, somos.
Para ilustrar estes processos basta pensarmos que colocamos a mão em nossas cabeças, na
fronte, quando precisamos tomar uma decisão, exatamente o local do córtex pré-frontal, área
de tomada de decisões, de planejamento, o cérebro executivo.
Veremos adiante, que a mielinização axônica pode ocorrer graças à estimulação e treino,
sendo aspecto fundamental da aprendizagem.
Existe uma crescente proliferação da bainha de mielina à medida que usamos uma rede
neural, de forma que o treino e o uso continuado de áreas especializadas do cérebro terão
seus neurônios cada vez mais mielinizados, aumentando a velocidade do impulso nervoso e,
consequentemente da resposta neural.
NEUROPLASTICIDAE
Esta abordagem se dirige particularmente, para crianças com necessidades especiais, o tato, a
audição, a olfação, e o paladar poderiam ser utilizados como poderosas ferramentas de
ensino. Crianças com trissomia do 21, ou Síndrome de Down, são extremamente táteis, têm a
pele muito sensível e poderiam ser alfabetizadas usando a pele como estrutura perceptual
primeira, inscrevendo na mesma, as letras, fonemas e depois sim, a criança passaria a usar o
caderno, o quadro. Saber sobre as particularidades do aluno é importantíssimo se quisermos
usar a neurociência como ferramenta na educação.
Prática Institucional
Aprender a lidar com as próprias angústias e ansiedades e com isso desenvolver a capacidade
de ser paciente é uma das condições para o exercício desta profissão.
As crianças são seres falantes. Isso que poderia ser tomado como uma afi rmação simples e
uma obviedade não é tão simples assim, quando se leva em conta as formas como são
consideradas as crianças. As crianças têm coisas a dizer – e não são poucas coisas – em relação
aos seus sofrimentos, às suas descobertas, às suas angústias, aos seus medos, à
incompreensibilidade e deciframento de um mundo que às vezes é hostil e às vezes
aconchegante, mas, sobretudo, é confl itivo e contraditório. Elaborar este mundo – o impacto
sobre a sua subjetividade – só é possível por meio da palavra nas suas diferentes formas: jogar,
brincar. (MEDRANO, 2004, p. 29).
Sim, nós aprendemos, e muito, nas diferenças. Mas que tal embate seja sempre realizado com
diplomacia. Podemos e devemos reivindicar, opinar, divergir, sem esquecer a ética, o cuidado
e o respeito com o outro.
Encontramos o meio acadêmico e profi ssional em constante mudança, o que gera angústias,
incertezas, confl itos certamente, refl exões e transformações. Adequar-se aos As teorias do
conhecimento que fundamentam a Psicopedagogia encontram-se principalmente na
Psicologia, Psicanálise e Pedagogia O olhar psicopedagógico institucional pode prevenir,
detectar e, inclusive, intervir nessas questões específi cas da aprendizagem que alinhem teoria
e prática da instituição com os objetivos da organização e a qualidade de vida de seus
colaboradores.
A IMPORTÂNCIA DO BRINCAR
Vygotsky (1989, p. 67) afi rma: “As maiores aquisições de uma criança são conseguidas no
brinquedo, aquisições que no futuro se tornarão seu nível básico de ação real e moralidade”, e
Paín valoriza e especifi ca e relação entre a atividade lúdica e a aprendizagem: o exercício de
todas as funções semióticas que supõe a atividade lúdica possibilita uma aprendizagem
adequada, na medida em que é através dela que se constroem os códigos simbólicos e
signálicos e se processam os paradigmas do conhecimento conceitual, ao se possibilitar,
através da fantasia e do tratamento de cada objeto nas suas múltiplas circunstâncias possíveis
(1985, p. 51).