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PODER JUDICIÁRIO FEDERAL

JUSTIÇA DO TRABALHO - 4ª REGIÃO


RIO GRANDE DO SUL

Vara do Trabalho de Esteio

SENTENÇA
01140-2009-281-04-00-0 Ação Trabalhista - Rito Sumaríssimo
PROCESSO: 01140-2009-281-04-00-0
RECLAMANTE: ROSEMERE DA ROSA NUNES
RECLAMADA: PARAMOUNT TEXTIL IND. E COM. S/A

Vistos, etc.

Dispensado o relatório na forma do art. 852, I, da CLT.

ISTO POSTO.

PRESCRIÇÃO.

Considerando o período contratual da autora (21-10-1996 a 04-


06-2009) e levando-se em conta o ajuizamento da reclamatória em 10-08-
2009, pronuncia-se a prescrição dos créditos deferidos à reclamante
anteriores a 10-08-2004.

ADICIONAL DE INSALUBRIDADE.

Aduz a demandante que desempenhou atividade de operadora de


máquinas junto ao setor de tricotagem da ré, que ficava ao lado do setor de
coton, separados apenas por um corredor. Refere que, funcionando ao
mesmo tempo, as máquinas emitiam ruído excessivo além de haver intensa
poeira produzida pelas malhas. Relata também que era sua incumbência
fazer a troca de agulhas nas máquinas, o que era feito com manuseio de
graxas e óleos.
Em sede de contestação nega a ré qualquer exposição da autora
aos agentes insalubres mencionados. Assevera que a utilização dos EPIs
elidiria completamente a ação nociva dos agentes insalutíferos, EPIs que
eram obrigatoriamente utilizados e fiscalizados. Pugna pela improcedência
do pedido.
O laudo pericial (fls. 250-255) não constatou insalubridade no
que tange ao agente ruído, tendo em vista que os valores de pressão sonora
encontrados no local de trabalho da autora foram inferiores ao valor de 85
dB (A) previsto no anexo nº 1 da NR-15, Portaria 3.214/78 do Ministério
do Trabalho. Já no tocante ao manuseio de forma habitual e sistemática de
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Sentença - fl. 1
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SENTENÇA
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óleos de origem mineral foi verificada a existência de agente insalutífero
em grau máximo, com fulcro no anexo nº 13 da NR-15 da portaria acima
referida.
Cumpre assinalar que na descrição de suas atividades (fl. 252) a
autora refere que fazia diariamente troca das agulhas de tricotagem. Diz a
demandante que ao fazer a troca das agulhas tinha contatos com os óleos de
lubrificação da frontura (óleo Tex Syntheso M 32, de origem mineral) e do
barramento do carrinho do comando das agulhas (óleo Lamora D 68, de
origem mineral).
Em que pese a reclamada alegar, na manifestação sobre o laudo
pericial (fl. 259), que o contato da autora era eventual, além de não ser
provada esta intermitência, é importante transcrever o trecho do laudo
constante da fl. 253 dos autos: “a avaliação da insalubridade, no caso da
ocorrência de contato com óleos e graxas minerais ou substâncias
cancerígenas afins, é feita de forma qualitativa e não quantitativa, eis que
o efeito do agente insalutífero é cumulativo e a manifestação clínica
somente ocorrerá após a dose limite ter sido atingida”.
Já no que concerne à utilização de EPI, o item 7 do laudo pericial
consigna a informação da reclamante de que não recebeu ou utilizou EPI
bem como o fato de a ré não ter apresentado a comprovação da entrega dos
equipamentos de proteção individual.
O trabalho com agentes nocivos à saúde requer uma postura ativa
das empresas no sentido não apenas de fornecer os EPIs adequados como
fiscalizar a efetiva utilização destes. Isto ajuda a preservar a saúde dos
trabalhadores bem como diminuir os índices de absenteísmo, problema
comumente enfrentado pelas empresas.
No caso dos autos não foi constatada essa preocupação patronal,
a despeito das assertivas lançadas na peça contestacional. Além de não ter
sido apresentado relatório de fornecimento de EPI ao perito, sequer há
prova do fornecimento regular dos equipamentos nos autos, uma vez que o
único documento acostado no que pertine a esta matéria é o de fl. 43,
datado de 22-10-1996. Levando-se em conta que o contrato de trabalho
perdurou por mais de 12 anos, presume-se que a reclamada não fornecia
EPI de maneira regular à autora.
Em virtude do acima exposto acolhe-se o laudo pericial, sendo
devido à autora adicional de insalubridade em grau máximo.
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Sentença - fl. 2
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No que se refere à base de cálculo do adicional de insalubridade
este Juízo, a par da edição da Súmula Vinculante nº 04 do STF, vinha
decidindo que não poderia ser utilizado salário-mínimo como base de
cálculo do referido adicional, devendo ser utilizado como base o salário
contratual do empregado.
Em que pese este posicionamento, frente à grande instabilidade
que o tema tem produzido na seara jurídica, convém que seja revisto o
posicionamento deste julgador.
O Supremo Tribunal Federal, na qualidade de mais alta corte
brasileira em matéria judiciária, vem reiteradamente decidindo que não
pode o Juiz alterar a base de cálculo do adicional de insalubridade, pois
estaria atuando na qualidade de legislador positivo, o que lhe é vedado.
Desta feita, vem decidindo a Corte Suprema que, conforme se verifica da
decisão liminar expedida na Reclamação 6.266/DF (Rel. Min. Gilmar
Mendes), bem como na Reclamação 6.873 (Rel. Min. Menezes Direito),
por política judiciária, deve ser mantido o salário-mínimo como base de
cálculo do adicional de insalubridade, cabendo somente à lei ou
instrumento coletivo fixarem indexador diverso. Neste sentido também
vem decidindo o TST, conforme se depreende dos recursos de revista RR -
623/2005-281-04-40 (Rel. Min. Horácio Senna Pires) e RR – 1350/2006-
281-04-00 (Rel. Min. Convocada Maria Doralice Novaes).
Por todo o acima exposto, forte no art. 192 da CLT, tem-se que a
base de cálculo do adicional de insalubridade é o salário-mínimo.
Ademais, na própria inicial a autora apresenta cálculos tomando
como base de cálculo deste adicional o salário-mínimo (fl. 03).
Condena-se a reclamada a pagar à reclamante adicional de
insalubridade em grau máximo, observada a prescrição declarada, com
reflexos em férias com 1/3, 13º salário, repouso semanal remunerado e
FGTS com 40%.
Autoriza-se o desconto dos períodos em que a demandante esteve
em gozo de benefício previdenciário (17-12-2002 a 15-05-2005 e 14-04-
2008 a 12-05-2008) bem como dos dias em que faltou de forma
injustificada ao trabalho conforme histórico de afastamento de fls. 35-38.

DESCONTOS INDEVIDOS.

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Sentença - fl. 3
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Alega a reclamante que a demandada efetuava descontos mensais
em seu contracheque a título de contribuição sindical. Postula o reembolso
dos valores descontados.
Defende-se a reclamada sustentando que os descontos sob a
rubrica “contr Sindical” tem caráter compulsório e decorrem de imposição
legal. Aduz que as convenções coletivas acostadas aos autos prevêem a
possibilidade de oposição do empregado ao desconto da contribuição
assistencial, manifestada junto ao Sindicato profissional, em até 10 dias
antes do efetivo desconto, situação não verificada em relação à autora.
O recibo de pagamento do mês de dezembro de 2008, juntado
pela reclamante às fls. 13-15 mostra o desconto sob a rubrica “mensalidade
sindical” que não se confunde com a rubrica “contr Sindical”, esta de
caráter compulsório, a ser efetuada no mês de março de cada ano, conforme
registros de fl. 38.
A cláusula 26 da convenção coletiva de trabalho 2008-2009 (fl.
104) prevê o desconto de contribuição prevista em negociação coletiva, a
ser paga em três parcelas iguais e consecutivas em dezembro de 2008,
janeiro e fevereiro de 2009.
Em que pese a disposição normativa, o TRCT de fl. 12, datado de
10-06-2009, também consigna a rubrica “mens sind” o que dá conta de que
o desconto era efetuado mensalmente no contracheque da autora sem se
confundir com o desconto “contr Sindical” nem com o desconto previsto na
norma coletiva.
Sinale-se que a cláusula 06.2 (fl. 189) da norma coletiva prevê
que as empresas descontarão, em folha de pagamento, as mensalidades dos
sócios do Sindicato dos Trabalhadores que igualmente o autorizarem.
Embora a ficha financeira da autora refira que esta é sindicalizada, a
filiação ao sindicato não foi juntada aos autos. As autorizações de desconto
de fls. 40-42 nada referem a respeito, tendo-se o desconto efetuado como
ilegal.
Determina-se a devolução à autora dos valores descontados sob a
rubrica “Mensalidade Sindical” durante o período contratual.

PARTICIPAÇÃO NOS RESULTADOS.

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Sentença - fl. 4
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Busca a reclamante valores atinentes ao bônus de participação
em resultados, com as devidas integrações.
Contesta a ré argumentando que o prêmio por participação em
resultados apenas passou a ser devido aos funcionários em janeiro de 2005.
Refere que a partir dos momento em que a verba foi pactuada passou a
reclamante a receber os valores de forma correta.
O programa de participação nos resultados instituído pela
reclamada (fls. 196-200 e 203-243) estabelece as metas e critérios para
pagamento do benefício instituído.
Em primeiro lugar cumpre ressaltar que o benefício foi instituído
em 2005, não havendo falar em pagamento sob a rubrica em epígrafe em
período anterior a este ano.
Em segundo lugar, não é verdadeira a assertiva da autora de que
jamais foram pagos valores a este título. Há registros de valores pagos à
reclamante como, por exemplo, os de fls. 54, 58, 62, 66 e 70.
Resta saber se os valores foram adimplidos corretamente.
No ano de 2005 verifica-se que a autora não recebeu o valor
correspondente. Na cláusula 4ª (fl. 197) está disposto que: “Ficam
excluídos do Programa de Participação nos Resultados (...) os empregados
com contrato de trabalho suspenso anteriormente a 16 de junho de 2005
(...)”. É o caso da autora, que estava em gozo de benefício previdenciário
no período de 17-12-2002 a 15-05-2005, não fazendo jus ao PPR.
Nos anos seguintes constata-se que o texto do programa
instituído condicionou o recebimento do PPR ao preenchimento de algumas
metas. O anexo II (fl. 234) mostra que a importância a ser percebida a título
de PPR pode ser reduzida em função do nº de faltas ao trabalho. Também é
o caso da autora, que recebeu PPR proporcional em decorrência das faltas
injustificadas constantes do histórico funcional de fls. 34-38.
Improcedente, portanto, o pedido de letra “d” da exordial.

MULTA DO ART. 467.

Inexistentes parcelas incontroversas, não há como deferir a multa


em tela.

ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA E HONORÁRIOS.


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Somente são devidos honorários em questão, nunca superiores a


15%, não pela sucumbência, mas por ser o reclamante pobre e estar
assistido por procurador credenciado junto ao seu sindicato, o que no caso
não corre.
Nesse sentido os Enunciados n. 219 e 329 do Tribunal Superior
do Trabalho.
Logo, indefere-se a pretensão de honorários advocatícios, visto
que não juntada a credencial sindical requerida.

DESCONTOS PREVIDENCIÁRIOS E FISCAIS.

Em face do disposto nos artigos 43 e 44 da Lei nº 8.212/91, que


tiveram redação alterada pela Lei nº 8.620/93, o Decreto 3.048/99, em
especial o disposto no artigo 277, a Emenda Constitucional nº 20/98, que
acresceu o § 3º ao artigo 114 da Constituição Federal de 1988 e a Lei nº
10.035/00 que introduziu alterações na CLT com vistas a estabelecer
procedimentos para a execução das contribuições previdenciárias, deverá a
reclamada proceder ao recolhimento das contribuições devidas à
Seguridade Social - quotas patronal e empregado -, incidentes sobre as
parcelas que integram o salário-de-contribuição, calculadas mês a mês, com
observância do teto, com a aplicação das alíquotas vigentes à época da
liquidação de sentença, nos termos do artigo 28 da Lei nº 8.212/91. Para
cálculo da contribuição previdenciária, devem ser excluídas as parcelas
indenizatórias, que, no caso dos autos correspondem aos reflexos das
parcelas deferidas em férias acrescidas de 1/3, FGTS mais 40% e descontos
indevidos.
Quanto aos descontos fiscais, incidem sobre o total do débito
tributável, devidamente corrigido, e, também, sobre os juros de mora,
observada a tabela própria vigente no momento da retenção, nos termos da
Lei nº 8.541/92, artigo 46, inciso I, e Instrução Normativa nº 25/96 da
Receita Federal, devendo ser retidos na fonte pela pessoa física ou jurídica
obrigada ao pagamento, no momento em que o rendimento se torne
disponível para o beneficiário sob qualquer forma.
Assim, em vista da natureza cogente dos dispositivos legais
acima mencionados, bem como a orientação contida no Provimento nº
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01/96 da Corregedoria-Geral da Justiça do Trabalho, devem ser autorizados
os descontos em epígrafe.

JUROS E CORREÇÃO MONETÁRIA.

Os juros e correção monetária são consectários lógicos da


condenação imposta e deverão obedecer aos índices e determinações legais
previstas em época própria, ou seja, na fase liquidatória.

BENEFÍCIO DA JUSTIÇA GRATUITA.

De acordo com o disposto no artigo 790, parágrafo 3º, da CLT,


com redação da Lei n. 10.537/2002, defere-se o benefício da assistência
judiciária gratuita à reclamante.

ANTE O EXPOSTO
Decide-se julgar PROCEDENTE EM PARTE a reclamatória
trabalhista interposta por ROSEMERE DA ROSA NUNES,
condenando a reclamada PARAMOUNT TEXTIL IND. E
COM. S/A a pagar com juros e correção monetária na forma da
lei, o que segue, autorizados os descontos previdenciários e
fiscais cabíveis e observada a prescrição pronunciada, em valores
a serem apurados em liquidação de sentença:
a) insalubridade em grau máximo, com reflexos em férias com
1/3, 13º salário, repouso semanal remunerado e FGTS com 40%;
b) devolução dos valores descontados sob a rubrica
“Mensalidade Sindical”.
Defere-se à reclamante o benefício da Justiça Gratuita. Custas
processuais de R$ 100,00, calculadas sobre o valor de R$
5.000,00, arbitrado provisoriamente à condenação, pela
reclamada. Fixam-se os honorários periciais no valor de R$
1.200,00, pela reclamada. Partes cientes. Intime-se o perito.
CUMPRA-SE após o trânsito em julgado. NADA MAIS.

LUCIANE CARDOSO BARZOTTO


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Sentença - fl. 7
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Vara do Trabalho de Esteio

SENTENÇA
01140-2009-281-04-00-0 Ação Trabalhista - Rito Sumaríssimo
Juíza do Trabalho

Cleusa Abon Zahr


Diretora de Secretaria

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Sentença - fl. 8

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