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Clareza, coerência, objetividade, ordenação lógica, correção gramatical. Essas são algumas
características de todo bom texto. Com o texto de uma documentação técnica não é diferente.
Quando você for escrever seu relatório, por exemplo, vai ter de levá-las em consideração. É por
isso que vamos estudar cada uma delas em detalhe. Mas, antes, vamos explicar o que é uma
documentação técnica. Acompanhe!
A documentação técnica é um texto preparado para tratar de assuntos ou fatos técnicos ou
científicos.
Podemos citar como tipos de documentação técnica: os relatórios, as normas, as instruções,
o parecer técnico. Todos esses documentos utilizam a estrutura do texto técnico na sua elabo-
ração. Neste capítulo, vamos nos ater ao relatório, pois essa atividade faz parte do dia a dia de
muitos técnicos e pode vir a fazer parte de sua rotina profissional também. Por isso, estude bem
o conteúdo deste capítulo.
Clareza – a falta de clareza é o que impede o entendimento do texto em uma primeira lei-
tura. É necessário repeti-la várias vezes para entender o que o autor está propondo. Podemos
garantir a clareza do texto com alguns recursos bem simples. Observe!
a) Construa frases na ordem direta (A solda (sujeito) está (verbo) em boas condições (com-
plemento).
b) Apresente as informações em uma sequência lógica.
c) Indique cada procedimento em um parágrafo distinto.
COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA
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Foco no leitor – identificar quem vai ler o relatório é importante para que pos-
samos definir os termos empregados. Antes de iniciar seu texto, procure respon-
der às seguintes questões:
a) o leitor conhece o assunto?
b) será lido pelos funcionários ou pelos diretores da empresa?
c) o relatório é para o público externo que pertence a uma categoria profis-
sional específica?
Após responder essas questões, você poderá selecionar as informações e iden-
tificar a melhor maneira de transmiti-las.
7.2 RELATÓRIO
1 ANEXOS h) agradecimentos;
2 APÊNDICES
Veja, no quadro a seguir, o que deve compor cada uma dessas partes.
São documentos
produzidos por você Quadro 6 - Partes constituintes do relatório
mesmo, mas que,
por sua extensão ou ITEM CONTÉM
complexidade, não cabem
Capa Título do trabalho, o nome do(s) autor(es) e a data.
no desenvolvimento do
relatório. Página de rosto Título do trabalho e nome do(s) autor(es).
Você pode escrever um relatório crítico, isto é, aquele que descreve como uma
atividade foi realizada, por exemplo, a inspeção de uma máquina. Nesse docu-
mento, você dará sua opinião.
Outro é o relatório de síntese, que resume um fato, uma experiência, uma situ-
ação. Esse documento pode ser elaborado a partir de outros relatórios.
Você pode ainda redigir um relatório documentando um curso ou um estágio.
Para esse documento, damos o nome de relatório de formação.
Relatório de atividades
Relatório de ocorrências
CASOS E RELATOS
RELATÓRIO DE ACIDENTE
Acidente no Autódromo de Ímola
Diego Arruda Borges
Wander Antunes Martins
22/4/2012
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 2
DESENVOLVIMENTO 2
Método 2
Resultado 2
Discussão 3
CONCLUSÃO 3
BIBLIOGRAFIA 3
INTRODUÇÃO
O objetivo deste trabalho é relatar um acidente ocorrido no Autódro-
mo de Ímola – Itália com um piloto de Fórmula 1. A finalidade é detectar
possíveis falhas nas normas de prevenção de acidentes.
DESENVOLVIMENTO
Método
O acidente ocorreu em 1/5/1994 às 9h12m (horário de Brasília), com o pi-
loto Airton Senna da Silva durante o Grande Prêmio de San Marino, no cir-
cuito de Ímola – Itália. Nos primeiros dois minutos, acionou-se a bandeira
amarela com o carro-madrinha na pista. Em consequência disso, o piloto
acima referido passou pela curva Tamburello em ritmo lento, dançando
na pista a fim de aquecer os pneus. O carro-madrinha saiu do circuito e os
carros retomaram a velocidade. Airton Senna passa a entrada dos boxes
a 300 Km/h. Ao chegar novamente na curva Tamburello, o volante come-
çou a oscilar e a Williams se desgarrou de seu traçado. Desgovernado,
o carro passou reto na curva e avançou sobre a faixa de cimento entre
a pista e o muro. Em seguida, a Williams espatifou-se contra o muro de
concreto numa angulação de 70 graus.
COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA
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Resultado
Apurou-se que o piloto sofreu múltiplas fraturas na base do crânio e teve
hemorragia, a qual entupiu suas vias respiratórias. Verificou-se também que
a pancada provocou o afundamento do lado direito da testa do piloto, pro-
vocando edemas e hemorragias no cérebro. A equipe médica chegou ao
local um minuto após o acidente. Logo após, o piloto foi encaminhado ao
hospital. Após quatro horas de atendimento médico, o piloto veio a falecer.
Discussão
Analisando o resultado, pôde-se chegar a três possíveis causas para o
acidente: a ruptura na barra de direção a poucos metros da curva; a sus-
pensão traseira teria quebrado na entrada da curva Tamburello; ou falha
do piloto, que poderia ter tirado o pé do acelerador ao passar pela ondu-
lação da curva Tamburello, fazendo com que o carro perdesse a aderência
e fosse puxado para fora da pista.
CONCLUSÃO
A partir do exposto, chegou-se à conclusão de que o acidente aconte-
ceu devido a uma falha mecânica: ruptura na barra de direção do carro.
Por estar muito próximo à curva Tamburello, o piloto não teve tempo há-
bil para usar os freios. Além disso, o carro não obedecia mais aos seus
comandos com a barra de direção quebrada.
BIBLIOGRAFIA
“Tinha um buraco na cabeça”. Revista Veja, Ano 27, no 19, maio/1994, p.
32-37.
São Paulo, 22 de abril de 2012. (SENAI-SP, 2007, p. 54)
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