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CONHECIMENTOS APLICADOS

Atividade multi-disciplinar:

 Técnicas e práticas de projeto e elaboração de desenhos.


 Processos de fabricação.
 Normas sobre o produto projetado e ambiente da instalação.
 Propriedades dos materiais envolvidos.
 Resistências dos materiais.
 Dinâmica e cinemática.
 Contexto comercial de materiais e componentes.
 Projetos similares.
 Desempenho e história do equipamento em projeto.
 Bom senso entre:

o Cálculos simplificados;
o Fórmulas empíricas;
o Catálogos e livros;
o Modelos matemáticos.
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CONCEPÇÃO
- Pesquisas

- Cultura dos usuários

- Origem dos componentes conciliadas com custos e prazos

- Recursos de fabricação

FATORES A CONSIDERAR
Especificação – atendimento pleno

Materiais

Confiabilidade – Desgastes

Manutenção

Fabricação

Ergonomia

Segurança

Legislação

Custos

Peso - tamanho

Transporte

Proteção corrosiva

Aparência

Ajustes

VALIDAÇÃO DE PROJETO
- Cálculos analíticos

- Prioridade por normas reconhecidas

- Métodos para validação estrutural

- Validação de funcionamento

MATERIAIS PARA CONSTRUÇÃO MECÂNICA


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 Aços para construção mecânica
 Aços estruturais
 Aços para estampagem
 Aços especiais: Rolamentos, molas, ferramentas

Transmissão de movimento

Formas Aspectos

Engrenagem Rendimento mecânico


Durabilidade
Correia trapezoidal Relação de movimento
Tamanho
Correia dentada Distância entre eixos
Ruidos
Corrente de elos norma ASA Frequencia de manutenção

AÇOS COMUNS PARA COMPONENTES MECÂNICOS


CARACTERÍSTICAS E APLICAÇÕES

SAE 1008/SAE 1010 – Aços de mais baixo teor de carbono. Apresentam resistência
moderada, é melhorada em torno de 20% por laminação a frio, ou trefilação ou
forjamento, restringindo aquecimento posterior que altere a estrutura do material.
Usinagem com acabamento ruim, desejável que seja evitada. São adequados para
estampagem. Podem ser soldados e trabalhados por processos convencionais de
construção mecânica. São produzidos na forma de placas, barras, perfis de serralheria
e bobinas.
Aplicações: arame doce, vergalhões, ferragens, painéis, lâmpadas, dobradiças,
garras, protetores de transmissão, rebites, pregos e inúmeros produtos laminados.

SAE 1020 – Aço de médio teor de carbono. Admite ser cementado. Pode ser usinado,
estampado, soldado e demais processos convencionais. Não indicado para

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rosqueamento fino. Não admite estampagem profunda como o SAE 1008/1010. É
produzido em placas e barras.
Aplicações: inúmeras construções de peças de média resistência, citamos
pinos, eixos, rebites, parafusos, anéis, espaçadores, pás de ventiladores, tubulações
soldadas, peças soldadas ou forjadas.

SAE 1030 – Com teor de carbono da ordem de 0,3% já começa a reagir a tempera.
Apresenta melhor resistência que os anteriores. Permite usinagem, forjamento,
estampagem limitada, soldagem e processos convencionais. É produzido em barras e
placas.
Aplicações: barras, alavancas, setores e hastes, trilhos, suportes e peças
semelhantes. Também usados em tubulações inteiriças. Peças forjadas pequenas e
médias.

SAE 1040 – Com médio teor de carbono, já admite ser temperado satisfatoriamente.
Apreciável resistência mecânica. Para forjamento em tamanho pequena e médio.
Soldabilidade delicada. Usinagem satisfatória. É produzido em placas e barras.
Aplicações: eixos, parafusos, bielas, eixos tubulares, pinças, alavancas de
freio, prisioneiros, engrenagens pouco solicitadas e peças similares.

SAE 1045 Idem ao SAE 1040, ressalvando: Maior resistência, peças forjáveis maiores,
temperáveis em óleo ou agua.
Aplicações: Idem ao SAE 1040, acrescentando: engrenagens com média
solicitação, eixos de médio porte, eixos estriados, arames trefilados para molas
helicoidais de média solicitação, arruelas de pressão, peças sujeitas a desgastes e
atritos.

SAE 1050 – Aço de médio teor de carbono, próprio para seções maiores que as
indicadas para o aço SAE 1045. Soldabilidade menor, já difícil, menor temperabilidade.

SAE 1070 e SAE 1095 – Aços com alto teor de carbono. Inadequados para a
soldagem, embutimento, dobramento a frio. Bons para têmpera. Produzidos em barras
e placas.
Aplicações: Molas elípticas, espirais, helicoidais e pratos. Equipamentos
agrícolas como ceifadores, discos de arado, grades e semelhantes. Ferramentas para
corte de madeiras, matrizes, discos de embreagem, barras longas, dentes de
máquinas, etc.

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SAE 4140 - Aço baixa liga cromo-molibdênio, sensível a tempera. Apresentam boa
resistência. Bom para usinagem e forjamento. Soldagem criteriosa. Fabricado em
barras.
Aplicações: Eixos, eixos tubulares, barras de transmissão e peças forjadas
para indústria aeronáutica.

SAE 4340 – Aço liga cromo-níquel molibdênio, apresenta excelente temperabilidade e


ótima resistência e propriedades anti-fadiga. Fabricado em barras. Sujeita-se operar a
temperaturas moderadas até 350 graus Celsius.
Aplicações: Eixos em geral, engrenagens, pinhões, girabrequins de motores
diesel, peças em geral com alta solicitação mecânica e fadiga.

SAE 8620 – Aço liga molibdênio e níquel adequado para cementação e têmpera
proporcionando granulação fina com baixa deformação, é aço excelente, permite
operar a moderada temperatura. Alta resistência mecânica e propriedades anti-fadiga.
Aplicações: Eixos, engrenagens e peças com solicitação severa.

SAE-5160 – Aço liga para molas destinadas a aplicações severas.

SAE 6150 – Aço baixa liga ao cromo-vanádio, adequado para tempera,


proporcionando alta resistência mecânica e a fadiga. Sujeita-se a temperaturas
moderadas.
Aplicações: Molas todos tipos, grandes peças forjadas, engrenagens e eixos.

SAE 9260 - Aço liga silicone-manganês. Usado com tratamento de têmpera.


Aplicações: Molas de todos os tipos. Teor médio ou baixo de manganês para
seção de até 3/8”, alto teor de Mn para seções maiores.

SAE 52100 – Aço liga de cromo com alto carbono. Usual com têmpera ou cementação
seguida de têmpera. Fabricado em barras e tubos. Alta resistência a fadiga.
Aplicações: esferas e anéis de rolamentos.

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TABELA – PROPRIEDADES MECÂNICAS DE AÇO SAE

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DIMENSIONAMENTO
É parte importante pois assegura que o componentes desempenhará sob as cargas incidentes.
Essa atividade afasta as falhas por deformações e quebras.

Sempre compara ou relaciona a resistência perante a carga incidente

Três critérios

- Tensões admissíveis

Sad = Tensão crítica / Fator de segurança

- Estados limites

As cargas são ampliadas e a resistência de referência é diminuída

- Coeficientes das Ações (Usado na Rússia)

As cargas são ampliadas para comparar com tensão crítica

TENSÕES CRÍTICAS

Ruptura (limite de resistência à tração) para materiais frágeis

Material frágil apresenta limite de escoamento máximo 5% (alguns autores citam 10%)

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Limite de escoamento

Quando o componente não puder sofrer deformação plástica

É usado amplamente para construção no regime estático (Edificações, pontes, chassis de


máquinas fixas)

Flambagem

Colapso de componentes esbeltos expostos a compressão.

Em máquinas é frequente em fusos de hastes de cilindros hidráulicos

A flambagem pode ser global ou localizada em caso de seções com elementos de baixa
espessura.

Fadiga

Degradação da estrutura do material sob alto número de ciclos de carga, levando a


crescimento de descontinuidades ou surgimento e crescimento de fissuras / trincas a partir de
irregularidades geométricas (quinas, rasgos, furos, ... )

Instabilidade estrutural a nível de desconforto às pessoas próximas

Balanços, vibrações, ruídos ou qualquer indício de falha ou ameaça à integridade de


pessoas.

Fator de serviço

É um valor que afasta a tensão efetiva da tensão segura quanto a eficiência.

Deve ser preferido o uso de orientações normalizadas.

Assume valões mais altos quando envolvem vidas humanas, materiais frágeis, geometrias
com expressivas concentração de tensões e equipamentos vitais numa planta.

Tratativa estatística de fator de segurança

Falha de 1 peça em 1000 às vezes não pode ser admitida pois alguns equipamentos trazem
centenas de peças vulneráveis, exemplo: corrente de rolos onde um elo traz 5 peças.

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Curva de estatística distribuição de probabilidades

Para que a área de falha seja menor que um milésimo ou milionésimo, FS assume valor
criterioso.

Para construção civil FS > 1,5 com a maior combinação de carregamentos.

Fadiga

Diagrama SN (Stress – Number Cycles)

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