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Layout de Instalações - Critérios Seguros de Layout

PNR-000088, Rev.: 00-04/01/2021


Diretoria Emitente: Diretoria de Gestão de Ativos
Área: Gerencia Executiva de Superestruturas e Infraestruturas
Responsável Técnico: Ricardo Silveira Gonçalves Matrícula: 81012732
Aprovado por: Gerente Executivo Tito Livio Cardoso Matrícula: 01703082
Público Alvo: 1ª Linha de Defesa
Necessita de Treinamento: (x) SIM () NÃO

SUMÁRIO

1 OBJETIVO ....................................................................................................... 2
2 APLICAÇÕES ................................................................................................. 3
2.1 Aplicabilidade ............................................................................................................. 3
2.2 Exclusões .................................................................................................................... 6
2.3 Disclaimer.................................................................................................................... 6
3 DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA ................................................................ 7
3.1 Referências Internas .................................................................................................. 7
3.2 Normas ........................................................................................................................ 7
3.3 Referências Complementares ................................................................................... 9
4 DEFINIÇÕES .................................................................................................10
4.1 Termos ....................................................................................................................... 10
4.2 Siglas e Abreviações ................................................................................................ 12
5 BOWTIE SÍNTESE ........................................................................................12
6 REQUISITOS .................................................................................................12
6.1 Requisitos Gerais ..................................................................................................... 12
6.1.1 Geral ..................................................................................................................... 17
6.1.2 Classe do Ativo ..................................................................................................... 68
6.1.3 Gestão da Documentação..................................................................................... 68
6.1.4 Análise de Riscos .................................................................................................. 68
6.1.5 Análise de Incidentes ............................................................................................ 69
6.1.6 Gestão de Mudanças ............................................................................................ 69
6.2 Requisitos de Projeto ............................................................................................... 69
6.2.1 Bloco 1 e 2 - Infraestrutura Administrativa e Infraestrutura de Serviços e Resposta
a Emergências .................................................................................................................. 72
6.2.2 Bloco 3 - Infraestrutura de Utilidades .................................................................... 73
6.2.3 Bloco 4 - Infraestrutura de Carregamento e Descarregamento ............................. 73
6.2.4 Bloco 5 - Infraestrutura de Áreas de Armazenamento .......................................... 74
6.2.5 Bloco 6 - Infraestrutura de Unidades de Processo ................................................ 75
6.2.6 Bloco 7 - Infraestrutura de Sistemas Lineares e Acessos ..................................... 75
6.3 Requisitos de Construção, Montagem e Comissionamento ................................. 77

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6.3.1 Construção e Montagem ....................................................................................... 77


6.3.2 Comissionamento.................................................................................................. 77
6.4 Requisitos de Operação e Manutenção .................................................................. 77
6.4.1 Operação .............................................................................................................. 78
6.4.2 Manutenção .......................................................................................................... 78
6.5 Requisitos de Descomissionamento ...................................................................... 78
6.6 Revisão Independente .............................................................................................. 79
6.7 Suprimentos e Serviços ........................................................................................... 80
7 CONTROLE CRÍTICO ...................................................................................80
8 INDICADORES ..............................................................................................80
9 CAPACITAÇÃO TÉCNICA ...........................................................................81
10 CHECK – LISTA DE VERIFICAÇÃO............................................................81
11 EQUIPE TÉCNICA – ELABORAÇÃO DO PADRÃO ...................................81
12 APÊNDICES ..................................................................................................82
13 HISTÓRICO DE REVISÃO............................................................................82

Resultados Esperados:

✓ Melhoria contínua da Segurança e Integridade dos Ativos da Vale em todo seu Ciclo
de Vida;

✓ Minimizar a probabilidade de ocorrências e de impactos pessoais, ambientais e


materiais.


1 OBJETIVO
Estabelecer requisitos mínimos para instalações da Vale, quanto a aspectos de segurança e
distanciamentos seguros, resguardando colaboradores, comunidades, meio ambiente e a
integridade dos ativos da empresa, prevenindo e/ou mitigando MUE (Material Unwanted
Events), apresentado na Tabela 1, cujas principais consequências estão apresentadas na
Tabela 2.

Tabela 1 – Evento Material Indesejado (MUE)

Item Eventos Materiais Indesejados (MUE)

MUE01 Comprometimento de segurança do layout

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Tabela 2 – Principais consequências

Principais consequências

Propagação em escala de incêndio com potencial danos às pessoas/ impactos financeiros

Propagação de nuvem tóxica / fumaça / poeira com potencial danos às pessoas/ impactos ambientais

Contaminação ambiental
Impacto às instalações vizinhas por propagação das ondas de choque / projeção de fragmentos /
vibração excessiva / ruído com potencial danos às pessoas/ impactos financeiros
Atingimento de instalações / acessos por rompimento de barragens com danos ambientais/ danos às
pessoas e impactos financeiros

2 APLICAÇÕES
2.1 Aplicabilidade

Este Padrão Normativo aplica-se a layout de equipamentos e infraestruturas de


empreendimentos da Vale conforme Figura 1 e Tabela 3 abaixo apresentadas.

Figura 1 – Diagrama de blocos.

Bloco 01 - Infraestruturas Administrativas - Edificações e instalações permanentes de


ocupação humana continua e não continua.

Bloco 02 - Infraestrutura de Serviços e Resposta a Emergências - Edificações e instalações


permanentes de ocupação humana continua e não continua e que oferecem suporte para as
atividades humanas nas demandas da empresa.

Bloco 03 - Infraestrutura de Utilidades - Unidades ou instalações que oferecem suporte de


insumos às demandas funcionais da empresa ou áreas operacionais e administrativas da
empresa.

Bloco 04 - Infraestrutura de Carregamento e Descarregamento - Estrutura permanente de


suporte logístico.

Bloco 05 - Infraestrutura de Áreas de Armazenamento - Áreas destinadas à estocagem de


material (produto do processo, insumos, rejeito e pilha de estéril)

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Bloco 06 - Infraestrutura de Unidades de Processo - Edificações e instalações diretamente


ligados à transformação da matéria prima no produto.

Bloco 07 - Infraestrutura de Sistemas Lineares - Redes de transporte de pessoas, energia e


materiais em distintos modais.

Bloco 08 - Infraestrutura de Instalações Móveis e Ativos Temporários - Edificações e


instalações temporárias com ocupação humana continua e não continua e que podem suprir
quaisquer das demandas dos demais blocos.

Os itens que compõem, de forma não exaustiva, cada bloco supracitado está evidenciado na
Tabela 3.

Tabela 3 – Exemplo de Itens que compõem os blocos

Item Bloco 01 – Infraestrutura Administrativa

1 Instalações vizinhas (Off-site)

2 Instalações administrativas:

Ponto de ônibus / Terminal rodoviário ou ferroviário / Heliponto / Parque de


estacionamento de veículos / Garagem / Guaritas / Portaria / Central de Vigilância / Posto
de Controle de Pesagem / Prédio ou Escritório administrativo / Bancos / Centro de
treinamento / Centro de pesquisas / Centro de Engenharia / Sala de Diálogo Semanal de
Segurança (DSS) / Refeitório / Cozinha / Lanchonete / Restaurante / Mesquita / Capela
Centro de Recreação / Área de Vivência / Viveiro / Mirante / Quiosques
Vestiário / Lavanderia industrial / Lojas in company (comerciais)

Item Bloco 02 – Infraestrutura de Serviços e Resposta a Emergências

3 Instalações de apoio ao serviço:

Oficina de manutenção / Galpão / Almoxarifado / Armazém de peças e outros / Depósito


/Central de Resíduo / Laboratório / CMD- Central de Materiais Descartáveis

4 Instalações de resposta a emergência:

Centro médico / Sala de primeiros socorros / Ambulatório / Brigada de Incêndio / Casa de


bombas de água do sistema de combate a incêndio

5 Sala de Controle

Item Bloco 03 – Infraestrutura de Utilidades

6 Utilidades de risco baixo:

Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) / Estação de Tratamento de Água (ETA) /


Aquecimento, Ventilação e Ar Condicionado (HVAC) / Chiller / Ar comprimido / Captação
de Água bruta / Torre de resfriamento / Estação de tratamento de esgoto e óleo (ETEO)

7 Utilidades de risco moderado:

Subestação elétrica / Centro de Controles de Motores (CCM) / Sala Elétrica / Gerador a


diesel de emergência / Separador de Água e Óleo (SAO) com cobertura flutuante /
Nitrogênio

8 Utilidades de risco intermediário:

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Separador de Água e Óleo (SAO) sem cobertura flutuante / Caldeira / Air-Cooler


Estação de Tratamento de Efluentes Químicos (ETEQ) / Turbina a gás ou a vapor / Motor
a combustão interna / Compressor de Gás

Item Bloco 04 – Infraestrutura de Carregamento e Descarregamento

9 Posto de abastecimento de combustíveis / Balança rodoviária

10 Sistema de carga e descarga rodoviário, ferroviário, fluvial e marítimo

11 Máquinas de grande porte:

Guindaste / Empilhadeira / Retomadora / Carregador de Navios / Virador de vagões

Item Bloco 05 – Infraestrutura de Áreas de Armazenamento

12 Armazenamento e Fabricação de materiais explosivos e oxidantes (emulsão)

13 Armazenamento de líquidos combustíveis e inflamáveis

14 Armazenamento de produtos a granel com atmosfera explosiva

15 Armazenamento de produtos industriais e materiais tóxicos

16 Pilha de estocagem

Item Bloco 06 – Infraestrutura de Unidades de Processo

17 Equipamentos / Unidades de Processo de risco moderado:

Amostragem / Britagem / Classificação / Ciclonagem


Espessador / Floculação / Flotação / Moagem / Prensas / Peneiramento
Secagem / Sedimentação / Separação / Torre de Hidrociclone / Torre de Amostragem

18 Equipamentos / Unidades de Processo de risco intermediário:

Separação Magnética / Moinhos de Carvão / Filtragem / Trocador de Calor / Casa de


transferência

19 Equipamentos / Unidades de Processo de risco alto:

Calcinação / Forno de Carvão / Forno de Pelotização / Reator de Níquel / Vaso de pressão


Pelotização / Redução por smelters

Item Bloco 07 – Infraestrutura de Sistemas Lineares / Acessos

20 Linhas de distribuição ou transmissão

21 Linhas Ferroviárias

22 Pipe racks / Pipe way e Dutos: Mineroduto / Rejeitoduto / Adutora / Oleoduto / Gasoduto

23 Transportadores de correia: TCLD e Transportadores de correia

24 Acessos / Arruamento / Túneis

Item Bloco 08 – Infraestrutura de Instalações Móveis e Ativos Temporários

25 Canteiro de obras

Edificações Portáteis (como por exemplo, trailers e contêineres), tendas, galpões lonados
26
e Geradores portáteis de emergência e standby

27 Ativos moveis da mina

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Subestações/centro de cargas móveis, Oficina, instalações de apoio à mina e


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estacionamento

2.2 Exclusões

Este documento não abrange requisitos relativos aos seguintes assuntos. Eles são
normatizados por outros padrões técnicos.

• Layouts internos de áreas de processo e edificações;


• Rotas de fuga;
• Minas subterrâneas;
• Infraestruturas geotécnicas e zonas de auto salvamento (ZAS) de barragens;
• Instalações portuárias offshore (exemplo: píer e balsas) e navegabilidade de canais de
acesso;
• Circuitos elétricos subterrâneos;
• Seleção locacional de barragens, reservatórios e Portos.
Este documento também não possui pretensão de tratar riscos ocupacionais, controles
associados a segurança patrimonial e toda dinâmica de locação e drenagem de minas a céu
aberto.

2.3 Disclaimer

Os requisitos identificados pelo prefixo [PR] são aplicáveis exclusivamente a novos Projetos,
Greenfields e Brownfields, bem como na Aquisição de Componentes de Reposição.

O presente Padrão Normativo contém as orientações e requisitos mínimos de segurança e


integridade que devem ser aplicados no desempenho das atividades na [Vale S.A. e/ou
controladas], pertinentes ao tema tratado pela presente norma, tomando por base as
melhores práticas e técnicas da indústria. Além das orientações contidas no presente
documento, deve ser atendida a legislação do local no qual está sendo desempenhada a
função, além de eventuais regulamentações específicas sobre o tema tratado no presente
instrumento, devendo prevalecer e ser adotada sempre a conduta mais rigorosa.

A aplicação deste padrão não elimina a necessidade de análise e avaliação de engenharia


por profissionais habilitados que devem estabelecer requisitos adicionais sempre que
necessário para assegurar a integridade e segurança das pessoas, propriedades e meio
ambiente.

Em caso de dúvidas na execução da presente norma, o executor deve contatar a 2ª Linha


de Defesa Especialista. Conforme Norma de Planejamento, Desenvolvimento e Gestão
(“NFN-0001”) da Vale, a revisão ou revogação deste Padrão Normativo é exclusivamente
aprovada pela 2ª Linha de Defesa Especialista, sendo vedada qualquer alteração em seu
conteúdo pelas demais áreas da Vale.

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3 DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA
Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento. Para
referências datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas,
aplicam-se as edições mais recentes do referido documento (incluindo emendas).

3.1 Referências Internas

Vale
- NFN-0001 - Norma de Planejamento, Desenvolvimento e Gestão
- POL 00009 - Política de Gestão de Riscos
- PNR-000003 – Diretrizes Básicas de Operação e Manutenção
- PNR-000012 - Manual de Indicadores Vale
- PNR-000015 - Sistemas de Proteção e Combate a Incêndio (SPCI) - Geral
- PNR-000027 - Layout de Instalações - Classificação de Áreas - Atmosferas Explosivas.
- PNR-000033 - Identificação de Perigos e Análise de Riscos para Eventos Materiais
Indesejados (MUE)
- PNR-000039 - Processos e Padronização Vale
- PNR-000041 - Sistema de Detecção e Alarme - Incêndio e Gás
- PNR-000044 – Classificação de Ativos e Diretrizes para Estratégia de Manutenção
- PNR-000052 - Sistemas Elétricos - Geral - Aterramento / SPDA
- PNR Diretrizes Básicas de Ativos (DBA)
- PNR Gestão de Mudanças.
- PNR de Sistemas de Gestão - QA/QC - Fornecimentos de Equipamentos e Materiais

Nota: Para uma visão geral do escopo da Gestão de Ativos e demais PNRs da área, acessar o
Portal da Gestão de Ativos, no Menu PNRs > estruturação dos PNRs da Gestão de Ativos. O
Portal da Gestão de Gestão de Ativos é acessado pela Intranet Vale.

3.2 Normas

ANSI (American National Standards Institute)


- ANSI/API RP 500:1998 - Recommended Practice for Classification of Locations for Electrical
Installations at Petroleum Facilities Classified as Class I, Division 1 and Division 2, 1998.
(Reaffirmed, November 2002.)
- API RP 521:2007 - Guide for Pressure – Relieving and Depressurizing Systems
- API RP 752:2009 - Management of Hazards Associated with Location of Process Plant
Permanent Buildings
- API RP 753:2007 - Management of Hazards Associated with Location of Process Plant
Portable Buildings
- API RP 756:2014 - Management of Hazards Associated with Location of Process Plant Tents
- API TR 756-1:2014 - Process Plant Tent Responses to Vapor Cloud Explosions— Results of
the American Petroleum Institute Tent Testing Program

ASCE (American Society of Civil Engineers)


- ASCE 41088:2010 - Design of Blast Resistant Buildings in Petrochemical Facilities

ASME (American Society of Mechanical Engineers)


- ASME B31.8:2018 - Gas Transmission and Distribution Piping Systems

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CCPS (Center for Chemical Process Safety)


- CCPS:2003 - Guidelines for Facility Siting and Layout, Wiley-American Institute of Chemical
Engineers (AIChE), August 15, 2003
- CCPS:2018 - Guidelines for siting and layout of facilities. Issued 06-Apr-2018

CEMA (Conveyor Equipment Manufacturers Association)


- CEMA:2007 - Belt Conveyors for Bulk Materials – Seventh edition

DIN (Deutsches Institute fur Normung E.V.)


- DIN 4024:1988 - Machine foundations; flexible structures that support machines with rotating
elements
- DIN EN-1317-2:2011 - Road restraint systems - Part 2: Performance classes, impact test
acceptance criteria and test methods for safety barriers including vehicle parapets
- DIN EN-1317-4:2013 - Road Restraint Systems - Part 5: Product Requirements and Evaluation
of Conformity for Vehicle Restraint Systems

FEMA (Federal Emergency Management Agency)


- FEMA 543:2007 - Design Guide for Improving Critical Facility Safety from Flooding and High
Winds: Providing Protection to People and Buildings
- FEMA 577:2007 - Design Guide for Improving Hospital Safety in Earthquakes, Floods, and
High Winds

NACE (National Association of Corrosion Engineers)


- NACE SP0177:2019 - Mitigation of Alternating Current and Lightning Effects on Metallic
Structures and Corrosion Control Systems

NCHRP (National Cooperative Highway Research Program)


- NCHRP Report 118:1993 - Location, Selection, and Maintenance of Highway Traffic Barriers
- NCHRP Report 350:1993 - Recommended Procedures for the Safety Performance Evaluation
of Highway Features

NFPA (National Fire Protection Association)


- NFPA 1:2018 - Fire code
- NFPA 30:2018 - Flammable and Combustible Liquids Code
- NFPA 58:2017 - Liquefied Petroleum Gas Code
- NFPA 61:2020 - Standard for the Prevention of Fires and Dust Explosions in Agricultural and
Food Processing Facilities
- NFPA 69:2019 - Standard on explosion prevention systems
- NFPA 70:2017 - National Electrical Code
- NFPA 80A:2017 - Recommended Practice for Protection of Buildings from Exterior Fire
Exposures
- NFPA 101:2021 - Life Safety Code
- NFPA 110:2019 - Standard for Emergency and Standby Power Systems
- NFPA 120:2020 - Standard for Fire Prevention and Control in Coal Mines
- NFPA 130:2020 - Standard for Fixed Guideway Transit and Passenger Rail Systems
- NFPA 220:2020 - Standard on Types of Building Construction
- NFPA 230:2003 - Standard for the Fire Protection of Storage
- NFPA 400:2019 - Hazardous Materials Code

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- NFPA 495:2018 - Explosive Materials Code


- NFPA 496:2021 - Standard for Purged and Pressurized Enclosures for Electrical Equipment
- NFPA 497:2017 - Recommended Practice for the Classification of Flammable Liquids, Gases,
or Vapors and of Hazardous (Classified) Locations for Electrical Installations in Chemical
Process Areas
- NFPA 502:2020 - Standard for Road Tunnels, Bridges, And Other Limited Access Highways
- NFPA 701:2019 - Standard Methods of Fire Tests for Flame Propagation of Textiles and Films

PIP (Process Industry Practices)


- PIP PNE00003:2013 - Process Unit and Offsites Layout Guide

3.3 Referências Complementares

AIChE (American Institute of Chemical Engineers)


- Dow’s Fire & Explosion Index Hazard Classification Guide - 1994

European Guideline
- CFPA-E N° 35:2017 F – Fire safety in warehouses - 2017

Foundations for Conveyor Safety


- The Global Best Practices Resource for Safer Bulk Material Handling - 2016

Green Book
- A Policy on Geometric Design of Highways and Streets - AASHTO - 7th Edition - 2018
- Methods for the determination of possible damage - TNO - First edition - 1992

GAP (Guidelines A Publication of Global Asset Protection Services)


- GAP.8.0.1.1. Oil and Chemical Properties Loss Potential Estimation Guide - 2003
- GAP.2.5.2. Oil and Chemical Plant Layout and Spacing - 2015

IPS (Iranian Petroleum Standards)


- IPS-E-PR-190 - Engineering Standard for Layout Spacing - First Revision - 2009

MDOT (Michigan Department of Transportation)


- Required Clearances Near Railroad Tracks – Compiled by the Michigan Department of
transportation Office of Rail – Rail Safety Section - 1993

National Building Code of India


- Part 4 Fire and Life Safety - Bureau of Indian standards - 2016

Norwegian Public Roads Administration


- Road Tunnels – Manual 021 - 2004

PANTHERA
- Estratégias Anti-Predação para Fazendas de Pecuária na América Latina: Guia - 2011

USBM (U.S. Bureau of Mines)


- USBM RI 8507, Structure Response and Damage Produced by Ground Vibration from
Surface Mine Blasting - 1989

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U.S. Department of Energy


- ANL/EVS/TM/08-5 – Natural Gas Pipeline Technology Overview – Environmental Science
Division - 2007

U.S. Department of Transportation Publication Federal Highway Administration


- No. FHWA-NHI-10-034 - Technical Manual for Design and Construction of Road Tunnels -
Civil Elements - 2009

State of NSW through Transport


- TN 033 - Amendments to T HR TR 25000 ST Buffer Stops, version 1.0 - 2018

4 DEFINIÇÕES
4.1 Termos

Agentes de detonação – Significa qualquer material ou mistura, composto de combustível e


oxidante, destinado a detonação não definida de outra forma como um explosivo.
Arranjo geral – Desenho que estabelece a disposição em planta ou de uma instalação industrial
como um todo, demonstrando as diversas áreas reservadas para as unidades de processo,
utilidades, tratamentos e auxiliares de processos, áreas de armazenamento, ruas, tubovias
principais, prédios e todos os demais acidentes relevantes dentro dos limites do terreno
reservado para a construção da instalação industrial.
Ebulição turbilhonar “Boil Over” – Acidente que pode ocorrer com certos óleos em um
tanque, originalmente sem teto ou que tenha perdido o teto em função de explosão, quando,
após um longo período de queima serena, ocorre um súbito aumento na intensidade do fogo,
associado à expulsão do óleo no tanque em chamas.
Faixa de servidão – Compreende a faixa de terra ao longo do eixo do sistema linear que a Vale
possui livre acesso para garantir a inspeção, manutenção, resposta a emergência, segurança
das pessoas e instalações e o bom desempenho durante a operação.
Greide – Elevação de um ponto qualquer da superfície do terreno.
Instalações vizinhas (off-site) – Compreendem as cidades, vilas, núcleos habitacionais e
outros nas vizinhanças do terreno.
LC – É a abreviação de "Lethal Concentration" (Concentração Letal). Valores de LC geralmente
se referem à concentração de um químico no ar, mas em estudos ambientais também pode
significar a concentração de um químico na água.
Linha de distribuição – Linha aérea que é usada para distribuição de eletricidade com tensão
entre fases cujo valor eficaz é igual ou superior a 69kV e inferior a 230kV, também identificada
como LD.
Linha de transmissão – Linha aérea que é usada para distribuição de eletricidade com tensão
entre fases cujo valor eficaz é igual ou superior a 230kV, também identificada como LT.
Líquido estável – Qualquer líquido não definido como instável, como por exemplo gasolina e
diesel combustível.

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Líquidos instáveis ou reativos – Líquidos que no estado puro ou nas especificações


comerciais, por efeito de variação de temperatura, pressão ou de choque mecânico, na
estocagem ou no transporte, tornam-se autorreativos e, em consequência, se decomponham,
polimerizem ou venham a explodir, como por exemplo peróxidos e nitroglicerina.
Pso – Pico de pressão experimentado por um objeto medido nos lados paralelo à direção de
propagação de uma onda de explosão. É o pico de pressão experimentado pelo solo no campo
livre.
Plano Diretor – Consiste em um planejamento geral do empreendimento mineral, onde se
busca desenvolver os cenários de crescimento do empreendimento como um todo de forma
modular, através de uma visão de curto, médio e longo prazo, sob uma política das
necessidades, industriais, administrativas e de meio ambiente, saúde e segurança, operacional
e ocupacional envolvidas.
Planta de situação – Planta chave da localização da área, sobre base cartográfica ou produto
de aerolevantamento, em escala compatível com a extensão da área, destacando-se a
circulação da região, ou seja, o conjunto das vias terrestres de acesso (exemplo: rodovias,
avenidas, ruas, ferrovias etc.), portos, aeroportos, os limites municipais e estaduais, linhas de
transmissão, limites urbanos e outras áreas de interesse, tais como: áreas sujeitas a restrições
militares, concessões de exploração mineral, proteção de mananciais, reservas florestais,
reservatórios de barragens, sistemas de coordenadas utilizados, articulação das folhas de
desenho, inclusive com as atualizações que se fizerem necessárias.
Ruas principais – Vias de acesso e circulação de veículos que interligam diversas áreas ou
unidades e cuja movimentação de veículos é controlada. Também são consideradas ruas
principais, as vias de acesso que devem permitir a passagem de equipamentos de
movimentação de carga, vias de acesso a áreas de carregamento de produtos e as vias que
ladeiam as tubovias ou “pipe-racks” principais.
Ruas secundárias – Vias de acesso e circulação de veículos que circundam as unidades de
processos, áreas de utilidades, bacias de tanques.
Substâncias quimicamente instáveis – São substâncias que reagem quimicamente com uma
grande variedade de produtos.
Tanque de teto fixo – Tanque cujo teto está ligado ao costado, incluindo o que possui um teto
flutuante interno, membrana ou selo flutuante;
Tanque de teto flutuante – Tanque cujo teto flutua na superfície do líquido.
Utilidades de risco baixo – Utilidades com baixo ou nenhum risco de ocorrer incêndio; esta
classe geralmente envolve utilidades sem presença de chama aberta.
Utilidades de risco moderado – Utilidades com baixo risco de ocorrer incêndio; esta classe
geralmente envolve geração ou transmissão de energia elétrica.
Utilidades de risco intermediário – Utilidades com risco moderado de ocorrer incêndio; esta
classe geralmente envolve utilidades com presença de chama aberta.
Ventos predominantes – Sentidos de onde sopram os ventos predominantes na região
referentes ao norte geográfico. Devem ser representados nas plantas por uma seta que indica
para onde sopram os ventos. Pelo menos 2 sentidos devem ser indicados, com referência à
frequência em que cada um deles existe e relativos a 2 faixas predominantes de velocidade dos
ventos. Podem ser indicados nas plantas, também, os valores das velocidades dos ventos
(normal, máximo, mínimo, médias) e suas fontes dos dados anotados.

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Nota: Para outros termos observar demais referências internas no capítulo 3.1 Referências
Internas.

4.2 Siglas e Abreviações

GLF – Gás liquefeito inflamável


GLP – Gás liquefeito de Petróleo

5 BOWTIE SÍNTESE
Os requisitos presentes neste padrão endereçam as barreiras/controles preventivos e
mitigatórios para os modos de falha e MUEs apresentados no APÊNDICE II – Bow tie Síntese.

6 REQUISITOS
6.1 Requisitos Gerais

Os requisitos descritos neste item aplicam-se a todo o ciclo de vida do ativo. Requisitos
referentes a etapas específicas do ciclo estarão descritos mais adiante, em seus respectivos
itens.

i. O layout das plantas deve ser elaborado segundo cinco parâmetros críticos relacionados
abaixo e para os quais são complementados com requisitos deste Padrão Normativo.

a. Sentido do Vento Predominante: Posicionamento de uma instalação com relação


a outro baseado no sentido do vento segundo sistema idealizado apresentado na
Figura 2 de tal forma que a dispersão dos gases tóxicos, fumaça de incêndio e
poeira sejam direcionadas para locais com menor permanência humana, incluindo
comunidades vizinhas. Desta forma, por exemplo, instalações administrativas e
de serviços e resposta a emergência devem ser localizados a barlavento das
unidades de processo e de estocagem;
b. Distanciamento: Distâncias seguras entre os diferentes sistemas e instalações da
planta;
c. Topografia / Elevação (incluindo Drenagem): Posicionamento de uma instalação
com relação a outra, com base no relevo e elevação segundo sistema idealizado
apresentado na Figura 2. Desta forma, por exemplo, unidades de tratamento de
efluentes líquidos devem ser instaladas em elevação inferior a unidade ao qual se
deseja coletar o descarte, bem como instalações administrativas e de serviços e
resposta a emergência devem ser localizados em elevação superior a área de
armazenagem / estocagem;
d. Dimensionamento de Acessos: Vias, faixas de domínio e travessias possuem
dimensões e afastamentos adequados para o uso a que se destinam;
e. Zona de Inundação e Colapso: Todas as instalações habitáveis, acessos,
ferrovias, rodovias e zonas de auto salvamento (ZAS), não limitado a estas, em
qualquer modal, devem ter sua localização analisada através de estudos
geológico-geotécnicos junto a área de geotecnia e estar de acordo com os
documentos da mesma sobre o tema em questão quando em locais:

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PNR-000088, Rev.: 00-04/01/2021

i. De inundação, mapeadas nos estudos de “Dam Break” das barragens,


reservatórios ou sujeitas a inundação devido a fatores climáticos.
ii. De colapso ou ruptura de pilhas de produto, rejeitos ou estéril, mapeados
nos estudos de estabilidade geral da pilha.

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PNR-000088, Rev.: 00-04/01/2021

Figura 2 – Diagrama do sistema idealizado de Blocos de Layout.

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ii. [PR] O layout da planta deve ser organizado para:

a. Maximizar a segurança;
b. Redução de soluções de arranjo que resultem na utilização de espaços
confinados;
c. Evitar a propagação de incêndio;
d. Facilitar a operação, manutenção e o combate a incêndio;
iii. Os distanciamentos fornecidos nas tabelas deste Padrão Normativo se aplicam aos
cenários com potencial consequência de incêndio entre as infraestruturas avaliadas.
Estas distâncias assumem nível mínimo de proteção contra incêndio das instalações
avaliadas e medidas de mitigação de consequências, de acordo com PNR-000015 -
Sistemas de Proteção e Combate a Incêndio (SPCI) - Geral e o PNR-000041 - Sistema
de Detecção e Alarme - Incêndio e Gás, como por exemplo, hidrante, extintor, proteção
passiva, dispositivos e sistemas de desligamento de emergência, sistemas fixos de
combate a incêndio com água e sistema de detecção e resposta ao incêndio e vazamento
de gás. Caso esta proteção mínima não exista, uma Análise de Risco, deve ser elaborada
para avaliar a segurança da infraestrutura.

iv. Equipamentos e instalações industriais devem ter uma distância mínima dos limites de
propriedade conforme consta nesta norma. Para os casos omissos, a distância mínima
admitida é de 15 m ou sua altura, o que for maior.

v. As distâncias mínimas entre os itens do arranjo, de forma a evitar a propagação do


incêndio, devem estar de acordo com a Tabela 4.

vi. A distância entre as instalações existentes de armazenamentos de líquidos combustíveis


e inflamáveis e outras instalações adjacentes deve ser determinada através de uma
análise de engenharia conforme item 6.1.1.2 iv a fim de avaliar a utilização das distâncias
estabelecidas nas tabelas do item 6.1.1.6.2 ou da Tabela 4.

vii. Para adotar distâncias menores que as recomendadas ao longo deste PNR, devem ser
analisadas a criticidade das instalações, conforme fluxogramas 2 e 3 e, em função
destes, realizar o estudo de vulnerabilidades, conforme 6.1.1.2.iii ou o estudo de
engenharia conforme 6.1.1.2.iv, a fim de determinar a altura, distâncias e barreiras de
segurança necessárias.

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Tabela 4 – Distâncias mínimas em metros entre os itens de todos os blocos

Blocos Infraestruturas 01a) 01b) 02a) 02b) 02c) 03a) 03b) 03c) 04a) 04b) 05a) 05b) 06a) 06b) 06c)
a) Instalações vizinhas (off-site)
01
b) Instalações administrativas
a) Instalações de apoio ao serviço Tabela 10
02 b) Instalações de resposta à emergência
c) Sala de controle

a) Utilidades de risco baixo 30 15 15 15 15


03 b) Utilidades de risco moderado 30 30 30 30 30 Nota 1
c) Utilidades de risco intermediário 30 30 30 30 30

a) Sistema de carga e descarga (Exceto GLP e GLF) 60 60 60 60 60 60* 60 60 15


04
b) Sistema de carga e descarga de GLP e GLF 110 110 110 110 110 75 75** 75 50
a) Tanque de armazenamento de líquidos combustíveis
60 60 60 60 60 8 8 8 75 75
05 e inflamáveis (até 100 KPa) < 40mil L
Nota 4 Nota 6
Nota 5 b) Tanque de armazenamento de líquidos combustíveis
75 75 75 90 75 60 60 60 75 75
e inflamáveis (até 100 KPa) ≥ 40mil L
a) Unidade de processos de risco moderado 60 30 30 60 30 30 30 30 60 75 8 60 15
06 b) Unidade de processos de risco intermediário 60 60 60 60 60 30 30 30 60 75 8 60 25 25
c) Unidade de processos de risco alto 110 90 90 90 90 60 60 60 90 90 8 60 35 35 35

07 Sistemas lineares Nota 2


08 Instalações móveis Nota 3
Fonte: Adaptada das tabelas B.1-M, B.2-M e B.4-M do CCPS guidelines for siting and layout of facilities.

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* : Para torre de resfriamento considerar 50m.


** : Para subestações principais considerar 110m.
Nota 1: Utilizar tabela B.1-M do CCPS.
Nota 2: Considerar as distâncias mínimas definidas no item 6.1.8 para as faixas de servidão dos sistemas lineares.
Nota 3: Avaliar os critérios para locação considerando os cenários de explosão, fogo e liberação de material tóxico
utilizando dos métodos de zoneamento definidos na API RP 753, API RP 756 e API TR 756-1.
Nota 4: Para itens específicos de armazenamento, como por exemplo (explosivos ou demais instalações do bloco
5), ver tabelas ou distâncias especificas no item 6.1.1.6.
Nota 5: Para tanques que armazenam líquidos combustíveis e inflamáveis com efeito turbilhonar considerar a
distância de 150m para instalações vizinhas (off-site).
Nota 6: Ver tabela 9 - Espaçamento mínimo entre tanques de superfície para armazenamento de líquidos (costado
a costado) do PNR-000061 - Manuseio de Produtos Perigosos - Combustíveis Líquidos – Tancagem.
Nota 7: As distâncias devem ser medidas com a linha mais curta de um ponto para outro no nível do solo em um
plano horizontal.

6.1.1 Geral

6.1.1.1 Fatores Locacionais

i. O layout da planta deve ser determinado considerando a classificação de área conforme


PNR-000027 - Layout de Instalações - Classificação de Áreas - Atmosferas Explosivas,
API RP-500 e NFPA 497. Para as áreas classificadas como zona 0, 1, 20 e 21, nenhuma
infraestrutura habitável ou acesso veicular deve ser instalado dentro desta região.

ii. Devem ser feitas análises de predição dos níveis de radiação de calor, vibração e ruído
emitidos pelos equipamentos (Exemplos: forno, reatores, resfriadores a ar,
peneiramento, moagens e britagens compressores, turbinas etc.) de modo que eles
fiquem adequadamente afastados dos limites de propriedade da instalação ou para que
sejam previstas as ações mitigadoras para atendimento aos níveis de conforto da
comunidade estabelecidos pela legislação local vigente. Para análises deve ser
considerado, sem se limitar a estes:

a. Para níveis de radiação de calor cálculo conforme API RP 521, considerando as


elevações dos equipamentos e das plataformas de operação e todos os demais
locais onde a presença de pessoas é prevista.
b. O nível máximo de radiação permitido em todo o limite de propriedade da unidade,
ainda que de rara ocorrência e curta duração, deve ser de 1,39 kW/m2.
c. Para verificação de amplitude de vibração da possibilidade de ressonância e
solicitações da base de concreto, deverá ser feita análise dinâmica do sistema,
seja sobre o solo, sobre amortecedores ou numa edificação, atendendo às
recomendações da Norma DIN 4024 (parte 1 e 2).
iii. Deve ser definido no plano de lavra atual e futuro, as áreas sujeitas a sofrerem impactos
decorrentes dos abalos e vibrações produzidas no solo devido as detonações. Deve ser
analisado o espectro de frequências consolidado com as diferentes frequências
originadas das sequências de detonações e com base na velocidade de pico da partícula
(VPP), deve ser avaliado se existe o risco de se provocar danos à estrutura, conforme
critérios da Tabela 5 ou figura 11.2.1 da NFPA 495. Nos casos onde há o risco de danos
à edificação, a estrutura deverá ser analisada para as ações de sismo decorrentes do
espectro de frequências.

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Tabela 5 – Tipo de Estrutura com relação ao VPP

Tipo de estrutura Baixa frequência (Nota01) Alta frequência (Nota02)

Edificações Modernas com paredes revestidas


19 mm/s 50 mm/s
por material diferente do reboco comum

Edificações antigas, com paredes rebocadas 12,5 mm/s 50 mm/s


Fonte: NFPA 495, 2018.
Nota 01: Baixa frequência < 40Hz. Toda a faixa espectral deve estar abaixo dos 40Hz e dentro de uma faixa
de 6dB (ou seja, 5% da amplitude da frequência dominante) justificando o emprego de baixa frequência.
Nota 02: Alta frequência > 40Hz. Nos casos onde há o risco de danos à edificação, a estrutura deverá ser
analisada para as ações de sismo decorrentes do espectro de frequências.

iv. Todas as instalações industriais da Vale devem ser instaladas dentro de uma cerca de
segurança.

v. Para as faces das instalações sujeitas a serem atingidas por incêndios externos, deve:

a. Ser delimitada uma faixa de 3 m pavimentada em brita ou material não


combustível no perímetro interno da cerca que faz o limite de propriedade.
b. Ser mantido um aceiro no perímetro externo à cerca, onde não pode haver
vegetação, com 3 m de largura.
vi. Qualquer cerca deve ficar afastada dos limites de unidades de processo e de diques de
bacias de tanques e localizada de forma a não dificultar a fuga de operadores e o
combate a incêndio. Devem ser previstos portões de saída de emergência.

vii. De forma a prevenir a entrada de animais silvestres nas instalações industriais


localizadas em florestas deve ser avaliada formas de mitigar, reduzir ou eliminar o
problema.

viii. [PR] Nas instalações industriais, que estejam às margens de corpos hídricos tais como:
rios, lagos e mar, nas quais for prevista instalação com o objetivo de abrigar
equipamentos de emergência para controle de vazamentos e outros acidentes que
possam causar danos ambientais aos corpos hídricos, devem ser consideradas as
seguintes recomendações:

a. Deve estar localizado, afastado da unidade de processo de acordo com as


distâncias estabelecidas na Tabela 4, e próximo dos corpos hídricos, se for o caso,
para facilitar o lançamento de defensas;
b. Deve ter acesso por, no mínimo, 3 ruas; sendo 1 delas, necessariamente, para
propiciar acesso externo da planta;
c. Deve ter acesso via píeres, rampas de acesso e/ou por meio de dispositivos de
içamento que garantam a atuação das embarcações de apoio e de atendimento a
emergências na água.

6.1.1.2 Estudos de Simulação de Consequências e Análise de Engenharia

i. O fluxograma da Figura 3 e Figura 4 devem ser aplicados para o processo de verificação


e adequação de um layout.

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ii. Estudos de Análise/simulação de consequências/vulnerabilidade para modelagem de
efeitos de radiação térmica, dispersão de gases inflamáveis e tóxicos, sobrepressão
devem ser usadas para estabelecer o distanciamento entre infraestruturas nos casos
requeridos pelo PNR de Diretrizes Gerais de Análise de Riscos de Processo ou quando
exigidos pela legislação local.

iii. Para as infraestruturas onde as Figura 3 e Figura 4 apontam a necessidade de realização


de Análise/simulação de Consequência/Vulnerabilidade para determinar a altura, as
distâncias e as barreiras de segurança do sistema, os seguintes itens devem ser
considerados:

a. A análise/simulação de Consequência/Vulnerabilidade deve ser executada por


empresas com pessoal comprovadamente especializado no estudo tendo no
mínimo 10 anos de experiência;
b. A análise/simulação de Consequência/Vulnerabilidade deve ser executada por
software reconhecido pela indústria;
c. As modelagens de consequências/vulnerabilidade devem considerar os seguintes
dados de entrada, sem se limitar a estes:
i. Parâmetros de sobrepressão, concentração tóxica/ de gás asfixiante/ de
oxigênio/ de nuvem inflamável e de radiação térmica conforme PNR de
Diretrizes Gerais de Análise de Riscos de Processo, elaborado pela
Diretoria de Segurança e Riscos.;
ii. Mínimo de cenários de sobrepressão (mbar) – 140 mbar – 210 mbar;
iii. Mínimo cenário de radiação térmica (kW/m 2) – 37,5 kW/m2;
iv. Condição operacionais/projeto (incluindo pressões, temperaturas,
inventários e vazões máximas);
v. Cenários mais críticos (ex. rupturas e furos maiores);
vi. Condições ambientais (Tais como temperatura ambiente, temperatura do
solo, velocidade e direção do vento, pressão atmosférica e umidade relativa
do ar.) nas condições que ocorrem com mais frequência;
vii. Se forem previstas ou existam paredes/barreiras/diques de contenção, eles
devem ser considerados para reduzir os efeitos. Nesse caso, a modelagem
da simulação de consequências/vulnerabilidade deve ser feita utilizando
software de simulação apropriado para prever a atenuação gerada por
paredes/barreiras/diques de contenção.
d. O estudo deve ser elaborado de acordo com o PNR de Diretrizes Gerais de
Análise de Riscos de Processo.
e. Deve ser elaborado relatório com no mínimo: dados de entrada, metodologia,
premissas, resultados da análise e recomendações para redução dos riscos/
impactos
f. As recomendações resultantes de tais análises deverão ser implementadas.
g. Deve ser realizada uma análise de engenharia a fim de revisar os resultados da
simulação de Consequência/Vulnerabilidade.

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iv. A análise de engenharia, quando solicitada, deve considerar os seguintes itens, sem se
limitar a estes:

a. Deve ser executada por empresas com pessoal comprovadamente especializado


no estudo tendo no mínimo 10 anos de experiência;
b. Para revisão dos resultados da simulação de Consequência/Vulnerabilidade:
i. Deve considerar os efeitos e medidas apresentados nas Tabela 6, Tabela
7, Tabela 8 e Tabela 9.
ii. Deve determinar se os efeitos (Nível de dano) às infraestruturas
impactadas são aceitáveis ou se medidas de adequação adicionais de
engenharia e administrativas deverão ser implementadas com base nas
normas de referência para proteção de estruturas como NFPA 80A, ASCE
41088 ou outras equivalentes.
c. Deve avaliar se as barreiras preventivas (ex. intertravamentos, válvulas de alívio,
etc.) são suficientes e eficazes para reduzir a probabilidade dos cenários
avaliados ou se são necessárias barreiras adicionais (ex. utilização de
intertravamentos pertencentes a um sistema SIS com nível de SIL associado,
sistemas de alívio redundantes, etc.).
d. Deve avaliar se as barreiras de mitigação (ex. sistemas de contenção e drenagem,
sistemas de proteção e combate a incêndio, etc.) são suficientes e eficazes para
atenuar as consequências dos cenários avaliados ou se são necessárias barreiras
adicionais(ex. paredes/ barreiras à prova de incêndio/ explosão, etc.).
e. Deve avaliar se é possível atenuar condições operacionais através de medidas
como substituição do produto ou redução de inventário, pressões, temperaturas e
vazões associadas ao processo.

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Início
A infraestrutura
está no escopo Não
FIM
de aplicabilidade
deste PNR?

A infraestrutura
Sim atende aos Sim
requisitos do Layout em
PNR? conformidade
Sim
Realizar estudo de
Não simulação de
consequências/
vulnerabilidade e
Análise de
A infraestrutura tem Não uma análise de
engenharia
substâncias engenharia dos considera Sim
inflamáveis, resultados resultados
explosivas ou
aceitáveis (Ver
tóxicas nos casos
item 6.1.1.2 iv)?
requeridos pelo
item 6.1.vii ou Projeto está
Não
6.1.1.2.ii? em FEL 1 ou
FEL 2? Não Implementar medidas
de adequação
Não adicionais da Análise
É possível de engenharia.
alterar o layout
Sim para atender
Sim
ao PNR?

Ir para o Fluxo 2 Análise de


engenharia
considera
Sim
Sim resultados
aceitáveis com
Realizar alteração de
adequação (Ver
layout
item 6.1.1.2 iv)?

Não

Figura 3 – Fluxo 1 para avaliação do cenário geral.

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Início
Realizar estudo de simulação de
consequências/ vulnerabilidade e
análise de engenharia dos
resultados
FIM

Layout em
conformidade
Em caso de radiação
térmica, sobrepressão
e/ou dispersão toxica,
Não Sim
infraestruturas
habitáveis estão nas
regiões de impacto de
interesse (ver item
6.1.1.2.iii.c) A infraestrutura
atende aos
requisitos do
PNR?

Realizar
alteração
de layout Sim
Não

Sim Projeto está


em FEL 1 ou
FEL 2?

Implementar medidas
Não de adequação
adicionais da Análise
de engenharia.
Sim É possível alterar o
layout para retirar a
infraestrutura da
região de impacto?

Não Análise de
engenharia
considera resultados
Sim
aceitáveis com
adequação (Ver item
6.1.1.2 iv)?
Análise de
engenharia Sim
considera
resultados
aceitáveis (Ver
item 6.1.1.2 iv)?
Não

Não

Figura 4 – Fluxo 2 para avaliação do cenário de explosão, liberação de gás e inflamabilidade.

v. A Tabela 6 deve ser considerada como referência para apoio à tomada de decisão pela
equipe multidisciplinar de revisão dos resultados dos Estudos de Análise/simulação de
consequências/vulnerabilidade em relação aos efeitos de sobrepressão.
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Tabela 6 – Efeitos de sobrepressão em infraestruturas e medidas

Sobrepressão na
Efeitos Medidas consideradas para infraestruturas ocupadas
infraestrutura
Pso < 30mbar Sem efeitos Não são necessárias medidas de reforço adicionais.

1) Reforçar janelas;
2) Fixar adequadamente componentes no interior de prédios
(Ex. Ar condicionado);
Danos superficiais à
3) As Infraestruturas devem ter a sua menor dimensão
estrutura. Quebra de vidros,
30mbar ≤ Pso <70mbar voltada para a zona de onde pode vir uma onda de
projeção de componentes
sobrepressão e de preferência não devem ter portas,
não fixados etc.
janelas ou aberturas na face voltada para esta zona;
4) As portas de acesso e emergência devem ser opostas à
zona citada.

Seguir itens 1 a 4 desta tabela.


5) Entre 70mbar e 140mbar o nível adequado de proteção
pode ser alcançado usando concreto armado padrão com
alguns requisitos adicionais.
6) A análise de adequação do prédio deve avaliar e
implementar reforços estruturais conforme ASCE 41088,
de forma que as áreas habitáveis suportem os efeitos da
sobrepressão.
7) As estruturas devem ser retangulares, sem
Possível deformação de protuberâncias. Prédios em U e L devem ser evitados por
elementos estruturais. podem potencializar o efeito pontual da explosão.
Estrutura pode ser 8) O telhado deve ser o mais plano possível, garantindo
restabelecida com reparos. apenas a inclinação de 1% para drenagem. Os telhados
Possível projeção de não podem ter telhas soltas que serão projetadas em caso
70mbar ≤ Pso <140mbar fragmentos. de explosão. Os telhados devem ter apenas estruturas
Colapso de telhados e essenciais como facilidades de exaustão/ventilação e
paredes de madeira. captação de ar. Claraboias não devem ser utilizadas.
Colapso parcial de 9) Portas expostas ao cenário de explosão devem ser
estruturas de alvenaria não apropriadas para resistir ao cenário e suas características
reforçadas sem janelas. de resistência devem ser identificadas para garantir uma
efetiva gestão de mudanças. Certificados e testes de
laboratórios devem garantir os critérios de resistência.
Para portas nesta situação, indicações claras devem ser
fornecidas aos trabalhadores para alertar sobre porta
aberta. Dispositivos de travamento dessas portas são
proibidos. Deve ser avaliada a utilização de portas sejam
por fechamento automático hidráulico ou sistemas
equivalentes que irão mantê-las constantemente
fechadas.
Possível falha de elementos
isolados da estrutura.
Seguir itens 1 a 4 e 6 a 9 desta tabela.
Colapso quase total de
10) Sempre que a sobrepressão for igual ou superior a
estruturas de madeira.
140mbar a alteração do layout deve ser avaliada visto que
Distorção de estruturas
realocação da infraestrutura em uma área de
140mbar ≤ Pso metálicas. Colapso parcial
sobrepressão inferior é sempre mais segura e econômica
<210mbar da estrutura de alvenaria e
do que em uma área não perigosa.
concreto não reforçado.
11) Entre 140mbar e 210mbar de sobrepressão lateral, o
Estrutura não pode ser
projeto de um edifício resiste a sobrepressão com a
reparada e deve ser
espessura adequada da parede de concreto armado.
substituído. Possíveis
lesões graves ou

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Sobrepressão na
Efeitos Medidas consideradas para infraestruturas ocupadas
infraestrutura
fatalidades de alguns
ocupantes
Colapso completo de Seguir itens 1 a 4, 6 a 10 desta tabela.
estruturas. Prováveis lesões 12) Acima de 350 mbar, deve ser considerado a alteração do
Pso ≥ 210mbar
graves ou fatalidades de layout visto que os reforços estruturais necessários tornam
todos os ocupantes a estrutura inviável.
Fonte: adaptado do CCPS, GAP.8.0.1.1 e GAP.2.5.2.

vi. A Tabela 7 deve ser considerada como referência para apoio à tomada de decisão pela
equipe multidisciplinar de revisão dos resultados dos Estudos de Análise/simulação de
consequências/vulnerabilidade em relação aos efeitos de radiação térmica.

Tabela 7 – Efeito de Radiação Térmica em infraestruturas e medidas

Radiação Térmica Efeito Medidas consideradas para infraestruturas ocupadas


Descoloração/ Deformações de
K < 4 kW/m2 materiais sintéticos e madeiras Não são necessárias medidas adicionais.
(a partir de 2 kW/m²)
1) As janelas devem ser reforçadas.
2) As salas com janelas expostas para o cenário de fogo
devem possuir locais para abrigo dos ocupantes de
forma a protegê-los contra os efeitos da radiação em
caso de quebra de janelas.
3) As paredes e teto devem ser de concreto reforçado
com espessura apropriada capazes de resistir por
mais de uma hora (recomendado: 2 horas).
Certificados e testes de laboratórios devem ser
fornecidos para comprovação de resistência.
4) Portas expostas para o cenário de fogo devem ser
capazes de resistir por mais de 1 hora (recomendado:
2 horas). Certificados e testes de laboratórios devem
ser fornecidos para comprovação de resistência. Para
portas nesta situação, indicações claras devem ser
Quebra de vidros.
fornecidas aos trabalhadores para alertar sobre porta
Danos às estruturas
aberta. Dispositivos de travamento dessas portas são
4 kW/m2 ≤ K < 15 kW/m2 metálicas/alvenaria por longos
proibidos. Deve ser avaliada a utilização de portas
períodos de exposição (mais de
sejam por fechamento automático hidráulico ou
1 hora).
sistemas equivalentes que irão mantê-las
constantemente fechadas.
5) A resposta à emergência deve ser capaz de resfriar a
estrutura dentro de 1 hora.
6) As Infraestruturas devem ter a sua menor dimensão
voltada para a zona de onde pode vir uma onda de
radiação e de preferência não devem ter portas,
janelas ou aberturas na face voltada para esta zona.
7) As portas de acesso e emergência devem ser opostas
à zona citada.
8) A análise de adequação deve avaliar e implementar
reforços estruturais conforme ASCE 41088 e
proteção adicional para fogo conforme NFPA 80A
cap. 5 de forma que as áreas habitáveis suportem os
efeitos da Radiação Térmica.

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Radiação Térmica Efeito Medidas consideradas para infraestruturas ocupadas


9) Para infraestruturas onde existe ocupação humana
deve ser garantido rota de fuga de forma a não expor
as pessoas a uma radiação superior a 6,31 kW/m2.
Seguir itens 1 a 9 desta tabela.
Ignição/ colapso de estruturas de 10) Isolamentos e penetração de paredes usados na
madeiras e materiais sintéticos. parte externas das estruturas devem ser de material
15 kW/m2 ≤ K < 25
Danos às estruturas não combustível.
kW/m2
metálicas/alvenaria por longos 11) Deve ser avaliada a instalação de infraestruturas dos
períodos de exposição. Blocos 1 e 2 (maior número de pessoas expostas) em
áreas com esse nível de radiação.
Descoloração/ Perda parcial da
pintura/ Deformações de
25 kW/m2 ≤ K < 37,5 materiais metálicos.
Seguir itens 1 a 11 desta tabela.
kW/m2 Danos às estruturas de alvenaria
por longos períodos de
exposição
Colapso de estruturas metálicas.
Colapso de estruturas de Seguir itens 1 a 10 desta tabela.
K ≥ 37,5 kW/m2 concreto (a partir de 200 kW/m²) 12) Deve ser avaliada infraestruturas em áreas
expostas por poucas dezenas de potencialmente expostas a esse nível de radiação.
minutos.
Fonte: Adaptado da Greenbook – TNO (1992) e NFPA 80A

vii. A Tabela 8 deve ser considerada como referência para apoio à tomada de decisão pela
equipe multidisciplinar de revisão dos resultados dos Estudos de Análise/simulação de
consequências/vulnerabilidade em relação aos efeitos de dispersão de gás tóxico.

Tabela 8 – Efeitos de Dispersão de Gás Tóxico em infraestruturas e medidas

Concentração Tóxica
Efeitos Medidas consideradas para infraestruturas ocupadas
(C)

Até 0,1% de fatalidades


em pessoas expostas por
C ≤ LC0,1 tempo estipulado Não são necessárias medidas adicionais.
(usualmente entre 10 e 30
minutos)
1) Necessário sistema de detecção e alarme para notificar os
ocupantes da liberação de material toxico incluindo
detecção nos pontos de captação de ar do prédio (Sistema
de HVAC) sendo capaz de, automaticamente desligar ou
Até 1% de fatalidades em
colocar em modo de recirculação, o que for mais apropriado.
pessoas expostas por
2) Necessárias vedações para janelas, portas.
LC0,1 < C ≤ LC1 tempo estipulado
3) Para portas e janelas, indicações claras devem ser
(usualmente entre 10 e 30
fornecidas aos trabalhadores para alertar sobre abertura.
minutos)
Dispositivos de travamento dessas portas e janelas são
proibidos. Deve ser avaliada a utilização de portas tenham
fechamento automático hidráulico ou sistemas equivalentes
que irão mantê-las constantemente fechadas.

Seguir itens 1 a 3 desta tabela.


Até 50% de fatalidades
4) Necessária implementação de proteção adicional contra
LC1 < C ≤ LC50 em pessoas expostas por
liberação de gás de forma que áreas habitáveis estejam
tempo estipulado
estanques frente aos efeitos da liberação do gás toxico. Um

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Concentração Tóxica
Efeitos Medidas consideradas para infraestruturas ocupadas
(C)
(usualmente entre 10 e 30 estudo de adequação deve ser realizado para dimensionar
minutos) e implementar as medidas de estanqueidade estrutural
conforme API 752.
5) Todo o material da estrutura deve ser hermeticamente
fechado.
6) Prover equipamentos individuais autônomos de respiração
nas estruturas atingidas e realizar simulados periódicos
para os cenários de emergência de forma a capacitar as
pessoas na utilização destes equipamentos.
Mais de 50% de
fatalidades em pessoas
C > LC50 expostas por tempo Seguir itens 1 a 6 desta tabela.
estipulado (usualmente
entre 10 e 30 minutos)
Fonte: adaptado da API 752.

viii. A dispersão de O2 enriquecido ou deficiente depende de muitos fatores específicos do


local, incluindo as propriedades físicas e condições de liberação do material, as
condições climáticas, obstáculos e a direção e a fonte da liberação. A Tabela 9 deve ser
considerada como referência para apoio à tomada de decisão pela equipe multidisciplinar
de revisão dos resultados dos Estudos de Análise/simulação de
consequências/vulnerabilidade em relação aos efeitos de dispersão de oxigênio/ gás
asfixiante.

Tabela 9 – Efeitos de Dispersão de Gás (Enriquecimento ou Deficiência de Oxigênio) em


infraestruturas e medidas

Concentração de O2 na
Efeitos Medidas consideradas para infraestruturas ocupadas
Atmosfera

1) Deve ser evitada instalação de estrutura ocupada em


Desmaio quase imediato. área potencialmente atingida por concentração de O2
6% ≤ %O2 Danos cerebrais, mesmo que na atmosfera for igual ou inferior a 11%. Neste caso
resgatado. o tempo de resposta deve ser muito rápido para
proteger eficientemente seus ocupantes.
Desmaio após curto período.
6% < %O2 ≤ 8% Ressuscitação possível se Seguir item 1 desta tabela.
levado imediatamente.
Possibilidade de desmaio em
poucos minutos se não houver
8% < %O2 ≤ 11% Seguir item 1 desta tabela.
alarme ou alerta. Risco de
morte menor que 11%.
2) Necessária implementação de proteção adicional
contra liberação de gás de forma que áreas habitáveis
estejam estanques frente aos efeitos da liberação do
Redução das capacidades
gás asfixiante.
11% < %O2 ≤ 19,5% físicas e intelectuais se não
3) Necessário sistema de detecção e alarme para
houver alarme ou alerta
notificar os ocupantes da liberação de gás asfixiante
incluindo detecção nos pontos de captação de ar do
prédio (Sistema de HVAC) sendo capaz de,

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Concentração de O2 na
Efeitos Medidas consideradas para infraestruturas ocupadas
Atmosfera

automaticamente desligar ou colocar em modo de


recirculação, o que for mais apropriado.
4) Procedimentos de emergência devem prever atuação
neste cenário e devem ser realizados simulados
periódicos.
5) Necessárias vedações para janelas, portas.
6) Para portas e janelas, indicações claras devem ser
fornecidas aos trabalhadores para alertar sobre
abertura. Dispositivos de travamento dessas portas e
janelas são proibidos. Deve ser avaliada a utilização
de portas tenham fechamento automático hidráulico
ou sistemas equivalentes que irão mantê-las
constantemente fechadas.
7) Um estudo de adequação deve ser realizado para
dimensionar e implementar as medidas de
estanqueidade estrutural conforme API 752.
8) Não é necessária proteção adicional contra liberação
19,5% < %O2 < 25% Sem efeitos
de gás.
Seguir itens 4, 5 e 6 desta tabela.
9) Necessária implementação de proteção adicional
contra liberação de gás de forma que áreas habitáveis
estejam estanques frente aos efeitos da liberação do
oxigênio de forma a evitar enriquecimento.
Maior probabilidade de
10) Necessário sistema de detecção e alarme para
25% ≤ %O2 < 35% incêndio em caso de presença
notificar os ocupantes da liberação de oxigênio e
de combustível
possível enriquecimento incluindo detecção nos
pontos de captação de ar do prédio (Sistema de
HVAC) sendo capaz de, automaticamente desligar ou
colocar em modo de recirculação, o que for mais
apropriado.
Seguir itens 9 e 10 desta tabela.
Probabilidade alta de incêndio 11) Deve ser evitada instalação de estruturas com
%O2 ≥ 35% em caso de presença de material combustível em área potencialmente
combustível atingida por concentração de O2 na atmosfera
superior a 35%.
Fonte: adaptado do CCPS e API 752

6.1.1.3 Bloco 1 e 2 - Infraestrutura Administrativa e Infraestrutura de Serviços e Resposta


a Emergências

i. [PR] As distâncias mínimas entre as infraestruturas dos Blocos 1 e 2 apresentados na


Tabela 3, de forma a evitar a propagação do incêndio, devem estar de acordo com a
Tabela 10.

Tabela 10 – Distâncias mínimas – Itens dos blocos 1 e 2

Item Distância mínima em metros 1 2 3 4 5 6

Construção resistente ao fogo, contendo material não


1 - 9 9 9 9 12
combustível (*)

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Item Distância mínima em metros 1 2 3 4 5 6

2 Construção não combustível com material não combustível (*) 9 - 9 9 12 15

3 Construção comum com material não combustível (*) 9 9 - 12 15 18

Construção resistente ao fogo, contendo material combustível


4 9 9 12 - 12 15
(*)

5 Construção não combustível contendo material combustível (*) 9 12 15 12 - 15

6 Construção comum contendo material combustível (*) 12 15 18 15 15 -

Fonte: IPS-E-PR-190 (1) Engineering Standard for Layout Spacing - First Revision - March 2009
Construção resistente ao fogo (Tipo I) - Um edifício construído com materiais não combustíveis (concreto armado,
tijolo, pedra) e tendo quaisquer membros de metal devidamente revestidos com fireproofing com membros
estruturais principais projetados para resistir ao colapso e evitar a propagação do fogo.
Construção não combustível (Tipo II) - Um edifício construído com materiais não combustíveis (concreto armado,
tijolo, pedra) e não qualificado como construção resistente ao fogo.
Construção comum (Tipo III) - Qualquer estrutura com paredes externas de alvenaria ou outro material não
combustível, em que os outros membros estruturais sejam totalmente ou parcialmente de madeira ou outro material
combustível.
(*) Material não combustível – Material que, na forma em que é utilizado e nas condições previstas, não se inflama,
queima, suporta combustão, ou libera vapores inflamáveis quando sujeito ao fogo ou ao calor, conforme item
4.1.5.1 da NFPA 220.
(-) Não existe um distanciamento mínimo.

ii. Para sites com heliponto, devem ser seguidas, no mínimo, as legislações para
atendimento das Autoridades de Aviação Civil do país. Este deve ser localizado em áreas
abertas e próximo a serviços de emergência de forma a ser utilizado em conjunto com o
mesmo.

6.1.1.3.1 Estacionamento e Terminais Rodoviários

i. Estacionamentos, pontos de ônibus, terminais rodoviários ou qualquer instalação


administrativa apresentada na Tabela 3, devem ser distanciadas de armazenamentos
líquidos combustíveis ou inflamáveis conforme Tabela 4 em função da capacidade de
armazenamento instalada.

ii. Estacionamentos, pontos de ônibus, terminais rodoviários ou qualquer instalação


administrativa apresentada na Tabela 3, não devem ser instaladas dentro da faixa de
servidão das infraestruturas de sistema lineares estabelecidas no item 6.1.1.8.

iii. Deverão ser instaladas defensas para proteção dos pontos de ônibus, sempre que
determinadas através de Análise de Risco para o cenário de colisão dos veículos com
os pontos de ônibus.

iv. Tais defensas quando necessárias a ponto de ônibus devem atender os critérios de
locação, seleção e manutenção estabelecido da NCHRP Report 118. Todas as defensas
metálicas devem ser ensaiadas e aprovadas de acordo com a NCHRP Report 350 ou
EN-1317-2 e EN-1317-4, ou por norma similar.

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v. As áreas de estacionamento devem ser situadas a pelo menos 5 metros de distância das
janelas dos edifícios que possam ser atingidos por uma explosão, visando evitar o
atingimento de pessoas nos estacionamentos.

vi. A taxa de ocupação máxima para terminais rodoviários em horário de pico deverá ser de
0,5 m2 por pessoa, considerando-se uma velocidade máxima de abandono de 37,7
m/min. A capacidade e locação dos meios de abandono dos terminais de ônibus devem
ser determinados através dos requisitos apresentados no item 5.3 da NFPA 130.

vii. [PR] Estacionamento deve estar a pelo menos 10 m de distância de edifícios, instalações
e áreas de carregamento de produtos perigosos.

viii. [PR] Os sites devem ter terminais rodoviários e os mesmos devem possuir acostamento
longitudinal, frontal (90°) ou na diagonal (45° e 60°). As Figura 5, Figura 6, Figura 7 e
Figura 8 apresentam exemplos de terminais com os acostamentos mencionados.

Figura 5 – Terminal Rodoviário com acostamento a 90°, dimensões em metros.

Figura 6 – Terminal Rodoviário com acostamento longitudinal, dimensões em metros.

Figura 7 – Terminal Rodoviário com acostamento a 60°, dimensões em metros.

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Figura 8 – Terminal Rodoviário com acostamento a 45°, dimensões em metros.

ix. [PR] Os estacionamentos de veículos de passeio podem ser transversais ou oblíquos. O


estacionamento transversal deve ter corredor central mínimo de 6 m, com vagas de 2,5
m de largura e 5 m de comprimento, conforme Figura 9. O estacionamento oblíquo deve
ter corredor central mínimo de 4,5 m, com vagas de 2,5 m de largura e 5 m de
comprimento, conforme Figura 10.

Figura 9 – Estacionamento de carros de passeio – Transversal (metros).

Figura 10 – Estacionamento de carros de passeio – Oblíquo (metros).

x. [PR] Deve ser considerado um acesso independente com entrada e saída nos
estacionamentos dimensionados para até 32 veículos, conforme Figura 9. Para 33
veículos até 64 deve ser considerado dois acessos independentes, e assim
sucessivamente para cada múltiplo de 32 veículos.

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6.1.1.3.2 Instalações de Resposta à Emergência

i. [PR] A largura dos acessos veiculares para caminhões de combate a incêndio dever ser
no mínimo 6m. Hidrantes e canhões monitores devem ser instalados ao longo destes
acessos conforme determinado no capítulo 6.2.2.6 do PNR-000015 – Sistemas de
Proteção e Combate a Incêndio (SPCI) - Geral. Para assegurar o combate a incêndio a
qualquer quarteirão, o mesmo não deve exceder 20.000 m2, e o comprimento de cada
lado não deve exceder 200 m. Caso o quarteirão exceda os valores mencionados deve
ser realizado uma análise de risco de forma avaliar medidas mitigatórias para combate a
incêndio. Deve ser previsto vias de acesso entre os quarteirões de forma a permitir que
cada área da planta seja acessível por pelo menos duas direções.

ii. Devem ser previstos acessos, por vias diametralmente opostas, no gabarito e raio de
curvatura, a todas as infraestruturas do site para os equipamentos e veículos de resposta
a emergência e combate a incêndio assim como para a fuga de emergência.

6.1.1.3.3 Sala de Controle

i. As salas de controle devem estar fora de áreas classificadas como zona 0, 1, 20 e 21.

ii. As salas de controle não devem possuir painéis elétricos de: distribuição, acionamento e
controle (CLP) no mesmo local.

iii. [PR] As salas de controle devem ser instaladas no térreo.

iv. [PR] As salas de controle devem ter a sua menor dimensão voltada para a zona de onde
pode vir uma onda de choque devido à explosão e preferencialmente não devem ter
portas ou aberturas na face voltada para esta zona. As portas de acesso às salas de
controle devem ser nas faces laterais ou opostas à zona citada.

v. [PR] Na salas de controle deve existir fácil acesso para os equipamentos e para
manutenção.

vi. Para salas de controle localizadas nos blocos 3 ao 6 sujeitas à presença de gases
inflamáveis, explosivos, tóxicos e/ou a uma atmosfera com potencial altamente perigoso
(fluidos letais como H2S ou cancerígeno como benzeno), deverá ser realizada uma
Análise/simulação de consequências/vulnerabilidade de acordo com item 6.1.1.2
Estudos, a fim de levantar todos os cenários e suas medidas de mitigação.

vii. Para o caso de salas pressurizadas, as tomadas de ar para pressurização devem ser
localizadas em uma atmosfera livre de gases inflamáveis, explosivos e/ou tóxicos. Tais
tomadas devem ser distanciadas de equipamentos que operem com produtos
inflamáveis, explosivos e/ou tóxicos de acordo com o item 6.2.6.2 i do PNR-000036 –
Manuseio de Produtos Perigosos – Geral.

viii. Para o caso de abrigos nos porões das salas de controle, o sistema de ventilação destes
deve ser independente de forma a evitar a contaminação cruzada entre o abrigo e o
ambiente da sala de controle.

ix. [PR] As salas de controle locais devem ser localizadas no mínimo a 30m de distância de
equipamentos de processo conforme Tabela 4.

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6.1.1.4 Bloco 3 - Infraestrutura de Utilidades

i. Os afastamentos das diversas instalações de utilidades em relação às unidades de


processo e áreas de armazenamento devem ser determinados conforme item 6.1.1.2 i,
de modo que suas áreas estejam livres de contaminação por produtos inflamáveis ou
explosivos e seguros contra danos devido a incêndios ou explosões das áreas vizinhas,
respeitando, no mínimo, as distâncias estabelecidas na Tabela 4.

ii. A localização de equipamentos elétricos deve ser feita de forma a minimizar a exposição
dos mesmos a fontes de calor, produtos químicos e partículas.

6.1.1.4.1 Geração de Ar Comprimido

i. [PR] As unidades de ar comprimido devem ser instaladas em prédios dedicados.

ii. Para as instalações existentes onde ocorre o compartilhamento com outras utilidades,
deve ser avaliado se uma eventual falha do sistema adjacente não causará o efeito
dominó no sistema de ar comprimido, principalmente se a unidade de processo for
acionada por controle pneumático. Caso seja detectada uma falha dos sistemas
adjacentes devem ser previstas barreiras adicionais.

6.1.1.4.2 Captação de Água Bruta e Estação de Tratamento de Água

i. A fim de garantir que a manutenção do reservatório e da estação seja feita de forma


segura, nas proximidades do mesmo, deve ser prevista no layout uma área adequada
para acesso, manuseio / descarga de produtos químicos e limpeza de lama depositada
no reservatório.

ii. Deve ser considerado dique de contenção para os produtos químicos utilizados na
estação de tratamento de água descriminado no item 6.1.1.4.2 i, sempre que o
reservatório não possuir dupla contenção.

6.1.1.4.3 Torre de Resfriamento

i. A localização das torres de resfriamento deve ser feita de modo que o afastamento das
infraestruturas vizinhas seja feito em função das direções dos ventos predominantes e
adequados a mínima as distâncias estabelecidas na Tabela 4, em vista da água de
arraste e neblina causadas pelas descargas de ar das torres;

ii. [PR] Deve ser prevista área acessível ao lado da torre para manutenção da mesma e
que possibilite a retirada dos grandes equipamentos tais como bombas, acionadores e
ventiladores das células.

iii. [PR] O fabricante da torre deve informar a maior peça do equipamento que possa ser
içada e retirada para manutenção, de forma a dimensionar esta área de manutenção
para esta peça. Na ausência desta informação utilizar o valor do diâmetro do ventilador
para dimensionar a área de manutenção.

iv. [PR] As torres de resfriamento devem ser localizadas em uma atmosfera livre de
contaminantes particulados (fuligem, carvão e poeira) ou emanações químicas
(hidrocarbonetos e amônia) oriundos de unidades de processo ou armazenagens.

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v. [PR] Instalar as bombas de água no lado oposto ao vento predominante a fim de prevenir
danos pelos respingos.

vi. [PR] A casa de produtos químicos deve ser distanciada da torre de resfriamento de modo
a evitar danos por respingos provenientes da torre. Deve ser previsto local para acesso,
manuseio e descarga de produtos químicos.

6.1.1.4.4 Subestação Principal

i. A linha de transmissão da concessionária deve entrar na subestação principal, sempre


que possível, perpendicularmente ao pórtico de entrada. Caso isto não seja possível,
deve-se seguir a recomendação da concessionária e, caso não exista esta
recomendação, adotar um ângulo de, no máximo, 7,5 graus, conforme Figura 11.

Figura 11 – Entrada da linha de transmissão na subestação principal.

ii. As subestações elétricas devem ser localizadas próximas aos seus centros de cargas e,
tanto quanto possível, fora das áreas classificadas.

6.1.1.5 Bloco 4 - Infraestrutura de Carregamento e Descarregamento

i. [PR] Todos os sistemas de carregamento e descarregamento terrestres devem ser


instalados com acesso exclusivo para este fim, para que o tráfego destes veículos e/ou
máquinas dentro da planta seja minimizado, evitando o trânsito em áreas de alto risco e
facilitando o movimento de veículos de emergência, se necessário.

ii. [PR] Todos os sistemas de carregamento e descarregamento rodoviários devem ter


áreas de abastecimento, manobras e estacionamento para caminhões em espera. Este
estacionamento deve ser instalado fora do caminho de caminhões em movimento.

iii. [PR] As balanças para pesar caminhões devem ser instaladas lateralmente ao posto de
controle de pesagem e de modo a não prejudicar o trânsito nos acessos. A localização
deve ser feita em trecho reto e as curvas devem distar da balança, no mínimo, 20 m.

iv. [PR] Os acessos destinados para o sistema de carga / descarga devem ter a largura
dimensionada para lidar com grandes equipamentos de movimentação aplicáveis.

v. Qualquer instalação de carga ou descarga deve ser tratada como uma instalação ao ar
livre, de tal forma que se requerido uma marquise ou telhado a dissipação de calor ou
dispersão de vapores inflamáveis não fique limitada e não restrinja o acesso e controle
de combate a incêndios.

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vi. Os postos de abastecimentos devem ser instalados em áreas livres e ventiladas,
respeitando as distâncias mínimas mais restritivas da Tabela 4 comparando sistema de
carga e descarga ou tanques de armazenamento de combustíveis líquidos e inflamáveis
(de acordo com a capacidade instalada do posto de combustível) com as instalações
adjacentes ao posto.

6.1.1.6 Bloco 5 - Infraestrutura de Áreas de Armazenamento

i. Devem ser previstos os seguintes itens para os armazéns conforme PNR Sistemas de
Proteção e Combate a Incêndio (SPCI) – Armazéns:

a. Sistemas de proteção e combate a incêndio de acordo com orientações do PNR


referenciado acima;
b. O armazém deve ser separado das unidades de produção e dos edifícios no local
por uma distância mínima de 10 metros ou por uma parede corta-fogo de
separação de 4 horas.

6.1.1.6.1 Armazenamento e Fabricação de Materiais Explosivos e oxidantes (emulsão)

As tabelas desta secção se aplicam apenas à fabricação e armazenamento permanente de


materiais explosivos. Não é aplicável ao transporte ou qualquer manuseio ou armazenamento
temporário. A classificação dos materiais a serem estocados em cada depósito deve ser
verificado no PNR Manuseio de Produtos Perigosos – Explosivos – Paiol. Os depósitos
considerados neste capítulo são para armazenamento de agentes de detonação (explosivos e
acessórios iniciadores) e nitrato de amônio (AN).

i. Deve ser adotada a distância mínima de segurança mais restritiva das áreas de
armazenamento de materiais explosivos e das plantas de fabricação de ANFO e emulsão
em relação a residências habitadas, rodovias, ferrovias de passageiros e outros
depósitos de materiais explosivos, com base na máxima quantidade de materiais
explosivos autorizados a estar dentro daquele edifício ao mesmo tempo, conforme
Tabela 11.

ii. As Tabela 11 e Tabela 12 fornecem distâncias de proteção adequada, contudo, a


natureza estatística dos danos de explosão torna inapropriado sujeitar exposições
múltiplas a explosões nas distâncias prescritas. Desta forma, caso os depósitos
adjacentes de materiais explosivos possam se propagar a partir de uma explosão em
uma fonte, os respectivos pesos devem ser somados na determinação das distâncias
seguras para residências, rodovias e ferrovias de passageiros.

iii. Para cenários e quantidades não previstas na Tabela 11, uma Análise/Simulação de
Consequências/Vulnerabilidade deve ser elaborada utilizando software específico para
simulações de explosões. O software de simulação IMESAFR pode ser utilizado para
análise de predição de consequência da explosão para o armazenamento de NA e
agente de detonação.

iv. A distância mais restritiva entre as Tabela 11 e Tabela 12 deve ser utilizada para
determinar a separação necessária entre os depósitos de armazenamento de explosivos.

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Tabela 11 – Distâncias para armazenamento de materiais explosivos

Distâncias em metros
Quantidade de Ferrovias de
materiais explosivos Edifícios Habitados Rodovias públicas * passageiros e Depósito de
rodovias públicas ** material explosivo
Kg > Kg ≤ Com Sem Com Sem Com Sem Com Sem
Barricada Barricada Barricada Barricada Barricada Barricada Barricada Barricada
0 3 21,3 46,6 9,1 19,3 15,5 33,6 1,8 4,1
3 5 29,4 56,1 11,7 23,3 21,2 42,4 2,6 5,3
5 10 34,0 68,9 13,9 27,7 25,1 50,1 3,7 6,2
10 15 39,0 79,0 15,6 31,1 29,0 57,9 3,7 6,5
15 20 43,6 87,8 17,2 34,5 32,0 64,1 3,8 7,7
20 25 48,2 93,9 19,5 39,1 35,6 71,3 4,4 8,8
25 35 53,1 105 21,6 43,3 39,5 78,9 4,6 9,3
35 50 58,2 118 23,0 46,0 42,7 85,3 4,9 9,9
50 65 62,8 129 25,0 50,0 46,8 93,7 5,6 11,2
65 80 70,0 138 28,1 56,3 52,0 104 6,2 12,5
80 100 74,8 148 30,6 61,1 55,6 111 6,7 13,4
100 120 79,6 158 32,6 65,3 59,1 118 7,1 14,3
120 150 84,5 169 34,4 68,8 63,0 126 7,6 15,2
150 200 92,3 186 37,5 75,0 69,0 138 8,4 16,8
200 250 100 201 40,2 80,5 74,4 149 9,1 18,2
250 300 106 213 42,7 85,4 79,1 158 9,6 19,2
300 350 112 225 45,1 90,3 83,3 167 9,9 19,9
350 400 118 236 46,8 93,6 87,1 174 10,5 21,0
400 450 121 243 48,5 97,0 90,8 182 10,9 21,8
450 500 129 252 50,2 100 96,5 193 11,8 23,6
500 600 133 268 51,1 102 99,7 200 12,2 24,4
600 700 141 283 52,8 106 105 211 12,8 25,9
700 800 148 297 54,4 109 110 222 13,3 26,7
800 900 153 307 56,1 113 115 230 13,8 27,4
900 1.100 165 329 57,8 115 124 246 14,5 29,5
1.100 1.300 175 348 59,2 118 131 259 14,5 31,2
1.300 1.500 189 364 62,8 126 141 282 17,2 34,4
1.500 1.900 198 393 65,4 131 148 296 18,0 35,9
1.900 2.300 211 420 69,2 138 158 317 18,8 37,6
2.300 2.800 223 449 71,8 144 167 334 19,9 39,8
2.800 3.300 236 474 74,9 150 176 352 20,9 41,9
3.300 3.800 247 496 76,6 153 185 370 22,2 44,4
3.800 4.400 258 522 78,3 157 193 385 23,2 46,4
4.400 4.900 266 530 81,4 163 206 411 24,6 49,3
4.900 5.600 277 554 83,1 166 214 428 25,8 51,6
5.600 6.500 271 541 84,1 168 222 444 26,7 53,4
6.500 7.500 276 555 85,6 171 232 464 27,6 55,3
7.500 8.500 289 581 87,3 175 242 484 29,0 58,0
8.500 10.000 306 601 91,2 182 255 510 30,7 61,3
10.000 12.000 331 120 99,1 198 274 548 32,9 65,8
12.000 14.000 351 610 105 211 289 577 34,8 69,5
14.000 16.000 371 610 111 222 301 600 36,5 73,1
16.000 18.500 390 610 116 232 313 610 37,9 75,8
18.500 21.000 411 610 123 246 327 610 39,6 79,2
21.000 23.500 432 610 130 259 339 610 41,5 83,1
23.500 26.000 451 610 136 272 351 610 43,2 86,4
26.000 28.500 469 610 141 282 362 610 44,9 89,8

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Distâncias em metros
Quantidade de Ferrovias de
materiais explosivos Edifícios Habitados Rodovias públicas * passageiros e Depósito de
rodovias públicas ** material explosivo
Kg > Kg ≤ Com Sem Com Sem Com Sem Com Sem
Barricada Barricada Barricada Barricada Barricada Barricada Barricada Barricada
28.500 31.000 485 610 146 292 373 610 46,6 93,2
31.000 33.500 500 610 151 302 382 610 48,3 96,5
33.500 36.000 514 610 155 310 392 610 49,9 99,9
36.000 38.500 526 610 158 316 401 610 51,6 103
38.500 40.500 536 610 162 323 410 610 53,3 107
40.500 42.500 544 610 164 326 416 610 54,6 109
42.500 44.500 551 610 166 331 422 610 56,0 112
44.500 47.000 557 610 167 334 433 610 58,3 117
47.000 50.000 562 610 168 336 443 610 60,5 121
50.000 55.000 566 610 169 338 451 610 62,6 125
55.000 60.000 572 610 174 342 465 610 65,9 132
60.000 65.000 577 610 194 345 477 610 69,3 139
65.000 70.000 583 610 175 350 489 610 72,6 145
70.000 75.000 594 610 178 356 501 610 76,0 152
75.000 80.000 603 610 182 363 512 610 79,4 159
80.000 85.000 610 612 184 368 523 610 82,7 165
85.000 90.000 617 618 186 371 533 610 86,1 172
90.000 95.000 625 626 189 377 542 610 89,4 179
95.000 100.000 639 634 193 387 559 610 95,7 191
100.000 110.000 649 651 196 392 568 610 99,2 198
110.000 120.000 668 668 202 403 588 610 105 213
120.000 135.000 686 692 208 416 603 610 114 228
Fonte: NFPA495 - Tabela Americana de distâncias para armazenamento de materiais explosivos conforme
revisado e aprovado pelo Instituto de Fabricantes de Explosivos – outubro, 2001.
* Com volume de tráfego menor que 3000 veículos / dia.
** Com volume de tráfego maior que 3000 veículos / dia.

v. A Tabela 12 deve ser utilizada para determinar a distância mínima de não propagação
para agentes de detonação e AN. Quando o nitrato de amônio e / ou agentes de
detonação não estiverem barricados com a espessura mínima prescrita, as distâncias
mostradas nesta tabela devem ser multiplicadas por seis.

vi. Para o AN, a determinação das distâncias que separam rodovias, ferrovias e edifícios
habitados, deve ser considerada apenas 50% de seu peso, por causa dos efeitos de
explosão reduzidos do nitrato de amônio.

Tabela 12 – Distâncias para separação de Nitrato de Amônio e agentes de detonação

Quantidade de materiais Distâncias em metros (com barricada)


explosivos Espessura mínima de
Nitrato de Amônio Agente de detonação barricadas artificiais
kg > kg ≤
0 50 0,9 3,4 0,31
50 135 1,2 4,3 0,31
135 275 1,5 5,5 0,31
275 450 1,8 6,7 0,31
450 725 2,1 7,6 0,31
725 900 2,4 8,8 0,31
900 1.400 2,7 9,9 0,38
1.400 1.800 3,0 11,0 0,38

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Quantidade de materiais Distâncias em metros (com barricada)
explosivos Espessura mínima de
Nitrato de Amônio Agente de detonação barricadas artificiais
kg > kg ≤
1.800 2.800 3,4 12,3 0,39
2.800 3.600 3,7 13,1 0,50
3.600 4.500 4,0 14,3 0,51
4.500 5.500 4,3 15,2 0,51
5.500 7.250 4,6 16,5 0,63
7.250 9.000 4,9 17,7 0,64
9.000 11.500 5,5 19,9 0,65
11.500 13.500 5,8 20,7 0,76
13.500 16.000 6,1 22,0 0,76
16.000 18.000 6,4 23,1 0,76
18.000 20.000 6,6 23,9 0,87
20.000 23.000 7,0 25,4 0,89
23.000 25.000 7,3 26,2 0,89
25.000 28.000 7,6 27,3 0,89
28.000 32.000 7,9 28,8 1,02
32.000 36.000 8,5 30,7 1,02
36.000 40.000 9,0 32,5 1,02
40.000 45.000 9,7 34,9 1,02
45.000 54.000 10,4 37,1 1,26
54.000 64.000 11,3 40,7 1,27
64.000 73.000 12,3 44,1 1,27
73.000 82.000 13,4 48,5 1,27
82.000 91.000 14,6 57,0 1,28
91.000 100.000 15,8 57,1 1,52
100.000 113.000 17,1 61,5 1,52
113.000 125.000 18,3 65,8 1,52
125.000 136.000 19,5 70,10 1,52
Fonte: NFPA495 - Tabela Americana de distâncias para armazenamento de materiais explosivos conforme
revisado e aprovado pelo Instituto de Fabricantes de Explosivos – outubro de 2001.

Para exemplificar a utilização da Tabela 12, a Figura 12 mostra uma distribuição de 1


depósito de AN (M1) e dois de agente de detonação (M2 e M3). Considere as massas M1 =
45.359,24 kg de AN, M2 = 1133,98 kg de ANFO e M3 = 36.287,39 kg de ANFO. Estas
distâncias apresentadas na Figura 12, com a presença da barricada (com espessura de 1,22
m) entre M1 e M2+M3, obedecem a distância de segurança mínima solicitada na Tabela 12,
como demonstrado a seguir:

a. Analisando M2 em relação a M1, de acordo com a Tabela 12 (coluna AN), a


distância de não propagação deveria ser igual a 2,7 m. Desta forma a propagação
de explosão não ocorrerá em M1, já que a distância real é de 6,1 m.
b. Analisando M2 em relação a M3, de acordo com a Tabela 12 (coluna agente de
detonação), a distância de não propagação deveria ser igual a 9,9m x 6 = 59,3m.
Desta forma a propagação de explosão pode ocorrer em M3, já que a distância
real é de 6,1m.
c. Analisando M3 em relação a M1, de acordo com a Tabela 12 (coluna AN), a
distância de não propagação deveria ser igual a 9 m. Desta forma a propagação
de explosão não ocorrerá em M1, já que a distância real é de 15,2 m.
d. Analisando M3 em relação a M2, de acordo com a Tabela 12 (coluna agente de
detonação), a distância de não propagação deveria ser igual a 32,5 m x 6 = 195,0
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m.195 m (multiplicado por 6, pois não tem barricada entre M2 e M3). Desta forma
a propagação de explosão pode ocorrer em M2, já que a distância real é de 6,1
m.
e. Analisando a combinação M2+M3 = 37.421,3 kg em relação a M1, de acordo com
a Tabela 12 (coluna AN), a distância de não propagação deveria ser igual 9 m.
Desta forma a propagação de explosão não ocorrerá em M1, já que a distância
real é de 14,9 m. A distância 14,9 m é obtida a partir da média ponderada (1133,98
x 6,1 + 36.287,39 x 15,2) / 37.421,37 = 14,9 m.
f. A quantidade máxima de agente de detonação a ser considerada para proteção
pública neste local é a soma de todas as massas, reduzindo a massa de AN em
50 por cento, desta forma temos M1 * 0,5 + M2 + M3 = 60,1 t. De acordo com a
Tabela 11, a distância necessária para um prédio habitado, sem barricada, deve
ser no mínimo 610 m.
g. Observe que as distâncias mínimas entre os depósitos de AN e ANFO não seriam
atendidas se não houvesse a barricada, pois as distâncias necessárias
aumentariam em 6 vezes, sendo a distância mínima entre M2 e M1 de 16,2 m, M3
e M1 de 54 m.

Fonte: NFPA495
Figura 12 1 – Exemplo de cálculo para ANFO com barricada, medidas em metros.

vii. O local de armazenamento de combustíveis em tanques aéreos deve estar em uma


altitude mais baixa e a um mínimo de 25 m de distância da armazenagem de nitrato de
amônio e da planta de emulsão.

6.1.1.6.2 Armazenamento de Líquidos Combustíveis e Inflamáveis

Para classificação dos líquidos inflamáveis verificar PNR-000036 – Manuseio de Produtos


Perigosos – Geral.

i. Não é permitida a instalação de tanques contendo líquidos combustíveis ou inflamáveis


em porões, mesmo em casos em que o tanque armazena líquidos com a finalidade de
abastecer grupos moto-geradores.

ii. Tanques de armazenamento de produtos combustíveis, inflamáveis ou tóxicos não


devem ser instalados dentro de prédios. Para instalações existentes, verificar item
5.2.2.2.1 do PNR-000016 - Sistemas de Proteção e Combate a Incêndio (SPCI) -
Tanques - Líquidos Inflamáveis e Combustíveis.

iii. Qualquer tanque de armazenamento de líquidos inflamáveis com categoria de perigo 1,


2 e 3, deve ter acesso para combate a incêndio de acordo com o item 5.2.2.1.ii do PNR-

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000016 - Sistemas de Proteção e Combate a Incêndio (SPCI) - Tanques - Líquidos
Inflamáveis e Combustíveis.

iv. O armazenamento de líquidos combustíveis ou inflamáveis categoria 3 e 4 aquecidos a


temperaturas iguais ou acima de seus pontos de fulgor deve seguir os requisitos para
líquidos inflamáveis estáveis categoria 1 apresentados abaixo.

6.1.1.6.2.1 Armazenamento de líquidos estáveis

i. Todos os tanques de superfície destinados ao armazenamento de líquidos combustíveis


ou inflamáveis estáveis categoria 1, 2, 3 e 4, este último com ponto de fulgor menor que
93°C, com pressões manométricas inferior ou igual a 17kPa, devem ser localizados de
acordo com as Tabela 13 e Tabela 14. Já os líquidos com mesma categoria, porém com
pressões manométricas superiores a 17 kPa, devem ser localizados de acordo com as
Tabela 13 e Tabela 15.

ii. Os tanques verticais que disponham de solda fragilizada entre o teto e o costado e que
armazenem líquidos combustíveis estáveis categoria 4, com ponto de fulgor menor que
93°C, devem ser localizados na metade das distâncias especificadas na Tabela 14,
desde que não estejam dentro de uma bacia de contenção com tanques que armazenem
líquidos inflamáveis categoria 1, 2 e 3 ou não estejam no curso do canal de drenagem
para a bacia de contenção à distância de tanques que armazenem líquidos inflamáveis
categoria 1, 2 e 3.

Tabela 13 – Tabela de referência para ser utilizada nas Tabela 14, Tabela 15 e Tabela 18

Capacidade do Distância mínima até o limite da Distância mínima do lado mais


tanque ou bacia de propriedade, desde que na área adjacente próximo de qualquer via de circulação
contenção à haja ou possa haver construção, inclusive interna ou qualquer edificação na
distância (m3) no lado oposto da via pública (m) mesma propriedade (m)
≤1 1,5 1,5
> 1 a 3,0 3,0 1,5
> 3,0 a 45,0 4,5 1,5
> 45,0 a 113,0 6,0 1,5
> 113,0 a 189,0 9,0 3,0
> 189,0 a 378,0 15,0 4,5
> 378,0 a 1893,0 24,0 7,5
> 1893,0 a 3785,0 30,0 10,5
> 3785,0 a 7571,0 40,5 13,5
> 7571,0 a 11356,0 49,5 16,5
> 11356,0 52,5 18,0
Fonte: Adaptado da NFPA 30.
Nota 01: Aplicável a bacias de contenção à distância.

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Tabela 14 – Localização de tanques de superfície para armazenamento de líquidos
combustíveis ou inflamáveis estáveis – Pressão interna menor ou igual 17kPa

Distância mínima até o limite Distância mínima ao lado


de propriedade, desde que na mais próximo de qualquer
Proteção para combate a área adjacente haja ou possa via de circulação interna
Tipo de Tanque
incêndio. haver construção, inclusive no ou qualquer edificação na
lado oposto da via pública, mesma propriedade,
nunca inferior a 1,5 m nunca inferior a 1,5 m

Com teto flutuante


Corpo de bombeiro local 1/2 do diâmetro do tanque 1/6 do diâmetro do tanque
ou selo flutuante

Sistema de inertização ou
espuma nos tanques
1/2 do diâmetro do tanque 1/6 do diâmetro do tanque
(Para tanques com diâmetro
Tanque vertical com menor ou igual a 45m)
teto fixo, com solda
fragilizada entre o Corpo de bombeiro local
teto e o costado (Para tanques com diâmetro Diâmetro do tanque 1/3 do diâmetro do tanque
maior que 45m)
Corpo de bombeiro local Diâmetro do tanque 1/3 do diâmetro do tanque

Tanque horizontal e Sistema de inertização ou


1/2 x o valor estabelecido na Tabela 13
vertical, sem solda espuma nos tanques
fragilizada entre teto
e costado, com
dispositivo de alívio
de emergência Corpo de bombeiro local O valor estabelecido na Tabela 13
limitado a pressão
de 17,2 KPa
Fonte: Adaptado da NFPA 30.
Nota 1: Onde o espaçamento do tanque for baseado em um projeto que adote a solda fragilizada entre o teto e o
costado, o responsável técnico deve apresentar comprovação de responsabilidade técnica que trate da adoção
deste método construtivo.
Nota 2: Corpo de bombeiro local – Proteção contra incêndio para estruturas da propriedade adjacente ao
armazenamento fornecida por corpo de bombeiro ou brigada de incêndio interna.
Nota 3: Para sistema de inertização ver NFPA 69.

Tabela 15 – Localização de tanques de superfície para armazenamento de líquidos


combustíveis ou inflamáveis estáveis – Pressão interna superior a 17kPa

Distância mínima até o limite Distância mínima do lado


da propriedade, desde que na mais próximo de qualquer
Tipo de
Proteção para combate a incêndio. área adjacente haja ou possa via de circulação interna ou
Tanque
haver construção, inclusive no qualquer edificação na
lado oposto da via pública mesma propriedade

Qualquer
Corpo de bombeiro local 1 ½ vez o valor da Tabela 13, mas não inferior a 7,5 m
tipo
Fonte: Adaptado da NFPA 30.
Nota 1: Corpo de bombeiro local – Proteção contra incêndio para estruturas da propriedade adjacente ao
armazenamento fornecida por corpo de bombeiro ou brigada de incêndio interna.

iii. Todos os tanques destinados ao armazenamento de líquidos combustíveis estáveis


categoria 4, com ponto de fulgor maior ou igual a 93°C, devem ser localizados de acordo
com a Tabela 16. Se estes tanques estiverem localizados na mesma bacia de contenção
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ou no curso do canal de drenagem para a bacia de contenção à distância de tanques
que armazenem líquidos inflamáveis categoria 1, 2 e 3, deve ser utilizado o critério
6.1.1.6.2.1 i.

Tabela 16 – Localização de tanques de superfície para armazenamento de líquidos


combustíveis ou inflamáveis estáveis de classe 4 com ponto de fulgor ≥ 93°C

Distância mínima até o limite da Distância mínima do lado mais próximo


Capacidade do propriedade, desde que na área adjacente de qualquer via de circulação interna ou
tanque (m3) haja ou possa haver construção, inclusive qualquer edificação na mesma
no lado oposto da via pública (m) propriedade (m)
≤ 46 1,5 1,5
> 46 a 114 3,0 1,5
> 114 a 190 3,0 3,0
> 190 a 380 4,5 3,0
> 380 4,5 4,5
Fonte: Adaptado da NFPA 30.

iv. Os tanques de armazenamento de líquidos combustíveis ou inflamáveis estáveis


categoria 1, 2, 3 e 4, este último com ponto de fulgor menor que 93°C, devem ter um
espaçamento mínimo (costado a costado) de acordo com a Tabela 09 do PNR-000061 -
Manuseio de Produtos Perigosos - Combustíveis Líquidos – Tancagem, somando
sempre cada tanque e o seu adjacente, isto é, dois a dois.

v. A distância entre os tanques de armazenamento de líquidos combustíveis categoria 4,


com ponto de fulgor maior ou igual a 93°C, deve ser de, no mínimo, 1,0 m, desde que
eles não estejam localizados na mesma bacia de contenção que armazene líquidos
categoria 1, 2 e 3 ou próximos ao curso do seu canal de drenagem para uma bacia de
contenção à distância de tanques. Caso contrário, devem ser aplicadas as distâncias
recomendadas na Tabela 09 do PNR-000061 - Manuseio de Produtos Perigosos -
Combustíveis Líquidos – Tancagem, para líquidos combustíveis categoria 4, com ponto
de fulgor menor que 93°C.

6.1.1.6.2.2 Armazenamento de líquidos com efeito turbilhonar

i. Todos os tanques destinados ao armazenamento de líquidos combustíveis ou


inflamáveis com características de ebulição turbilhonar devem ser localizados de acordo
com a Tabela 17. Os líquidos com características de ebulição turbilhonar não podem ser
armazenados em tanques de teto fixo, com diâmetro superior a 45m, exceto quando um
sistema de inertização conforme a NFPA 69 for instalada no tanque.

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Tabela 17 – Localização de tanques de superfície para armazenamento de líquidos (boil over)

Distância mínima até o limite da


Distância mínima ao lado mais
propriedade, desde que na área
próximo de qualquer via de
Proteção para adjacente haja ou possa haver
Tipo de Tanque circulação interna ou qualquer
combate a incêndio. construção, inclusive no lado
edificação na mesma propriedade,
oposto da via pública, nunca
nunca inferior a 1,5 m
inferior a 1,5 m
Tanque vertical
Corpo de bombeiro
com teto flutuante Metade do diâmetro do tanque 1/6 do diâmetro do tanque
local
ou selo flutuante

Tanque vertical Sistema de


com teto fixo, com inertização ou Diâmetro do tanque 1/3 do diâmetro do tanque
solda fragilizada espuma nos tanques
entre o teto e o Corpo de bombeiro
costado 2 vezes o diâmetro do tanque 2/3 do diâmetro do tanque
local
Fonte: Adaptado da NFPA 30.
Nota 1: Corpo de bombeiro local – Proteção contra incêndio para estruturas da propriedade adjacente ao
armazenamento fornecida por corpo de bombeiro ou brigada de incêndio interna.
Nota 2: Para sistema de inertização ver NFPA 69.

6.1.1.6.2.3 Armazenamento de líquidos instáveis

i. Todos os tanques destinados ao armazenamento de líquidos combustíveis ou


inflamáveis instáveis devem ser localizados de acordo com as Tabela 14 e Tabela 18.

ii. A distância entre um tanque que armazene líquido combustíveis ou inflamáveis instável
ou sujeito a ebulição turbilhonar e outros tanques que armazenem líquidos combustíveis
ou inflamáveis estáveis ou líquidos categoria 1, 2, 3 e 4, este último com ponto de fulgor
menor que 93°C, não pode ser inferior à metade da soma de seus diâmetros.

Tabela 18 – Localização de tanques de superfície para armazenamento de líquidos


combustíveis ou inflamáveis instáveis

Distância mínima até o limite da Distância mínima ao lado


propriedade, desde que na área mais próximo de qualquer
Proteção para combate a adjacente haja ou possa haver via de circulação interna ou
Tipo de Tanque
incêndio. construção, inclusive no lado qualquer edificação na
oposto da via pública, nunca mesma propriedade, nunca
inferior a 1,5 m inferior a 1,5 m

Tanques Tanque protegido por: Sistema


horizontais e de diluvio, sistema de O valor da Tabela 13, mas não
Valor não inferior a 7,5 m
verticais com inertização, isolamento e inferior a 7,5 m
ventilação de refrigeração, barricada
alívio de
emergência para 2 ½ vezes o valor da Tabela 13,
limitar a pressão Corpo de bombeiro local mas não inferior Valor não inferior a 15 m
máxima a 17 kPa a 15 m

Tanques
Tanque protegido por: Sistema
horizontais e
de diluvio, sistema de Duas vezes o valor da Tabela 13,
verticais com Valor não inferior a 15m
inertização, isolamento e mas não inferior a 15 m
ventilação de
refrigeração, barricada
alívio de

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Distância mínima até o limite da Distância mínima ao lado


propriedade, desde que na área mais próximo de qualquer
Proteção para combate a adjacente haja ou possa haver via de circulação interna ou
Tipo de Tanque
incêndio. construção, inclusive no lado qualquer edificação na
oposto da via pública, nunca mesma propriedade, nunca
inferior a 1,5 m inferior a 1,5 m

emergência para
permitir a pressão
máxima acima de
17 kPa
Fonte: Adaptado da NFPA 30.
Nota 1: Corpo de bombeiro local – Proteção contra incêndio para estruturas da propriedade adjacente ao
armazenamento fornecida por corpo de bombeiro ou brigada de incêndio interna.
Nota 2: Para sistema de inertização ver NFPA 69.

6.1.1.6.2.4 Diques de Contenção

Onde o controle de derramamentos for feito por meio de bacia de contenção em torno de
tanques, dotada de diques, este sistema deve ser conforme os requisitos abaixo:

i. Para diques de contenção, seguir requisitos do item 6.2.11, 6.4.1.5 e Tabela 21 do PNR-
000061 - Manuseio de Produtos Perigosos - Combustíveis Líquidos – Tancagem.

ii. Para permitir acesso a instalações com capacidade de armazenamento superior a 60 m³,
a distância da parede externa do dique, ao nível do solo, não pode ser inferior a 3,0m de
qualquer limite de propriedade. Para instalações com capacidade de armazenamento de
até 60 m³, a distância da parede externa do dique, ao nível do solo, não pode ser inferior
a 1,5 m de qualquer limite de propriedade.

iii. Para instalações existentes, no caso de tubulações atravessarem as paredes dos diques,
elas devem ser projetadas de forma a evitar tensões excessivas resultantes de recalque
(do solo) ou exposição a calor.

6.1.1.6.2.5 Armazenamento de GLP

i. Os recipientes de GLP, destinados ao fornecimento de insumo às cozinhas industriais,


não devem ser instalados em áreas confinadas. Devem ser instalados em áreas de
armazenamento com ampla ventilação.

ii. Áreas com capacidade de armazenamento de até 1560 Kg de GLP devem ser instalados
a uma distância mínima de 7,5 m de equipamentos e/ou máquinas que produzam fogo.

iii. Áreas com capacidade de armazenamento acima de 1561 Kg de GLP devem ser
instalados a uma distância mínima de 15 m de equipamentos e/ou máquinas que
produzam fogo.

iv. A distância mínima entre um vaso ou recipiente de GLP e um tanque de armazenamento


de líquidos combustíveis ou inflamáveis categoria 1, 2, 3 e 4, este último com ponto de
fulgor menor que 93°C, deve ser de 6 m.

v. Devem ser previstos diques, canais de drenagem para a bacia de contenção à distância
e de líquidos combustíveis ou inflamáveis categoria 1, 2, 3 e 4, este último com desníveis,

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de modo a não ser possível o acúmulo ponto de fulgor menor que 93°C, sob um vaso
contendo GLP, adjacente à tancagem.

vi. Onde tanques de armazenamento de líquidos inflamáveis ou combustíveis estiverem em


uma bacia de contenção, os vasos de armazenamento de GLP devem ficar fora da bacia
e no mínimo a uma distância de 3m da linha de centro da face externa da parede do
dique.

vii. As disposições contidas em 6.1.1.6.2.5 iv não se aplicam onde forem instalados


recipientes contendo GLP com capacidade máxima de 475 L, próximos a tanques de
suprimento de óleo combustível com capacidade igual ou inferior a 2.500 L.

6.1.1.6.2.6 Tanques subterrâneos

i. A distância de qualquer parte do tanque subterrâneo armazenando líquidos inflamáveis


categoria 1, 2 e 3, em relação à parede mais próxima de qualquer construção abaixo do
solo ou poço, projeção de edificações, e a distância a qualquer limite de propriedade
onde haja ou possa haver construção não pode ser inferior a 1 m.

ii. A distância de qualquer parte de um tanque subterrâneo armazenando líquidos


combustíveis categoria 4 em relação à parede mais próxima de qualquer construção
abaixo do solo, poço, projeção de edificações ou limites de propriedade não pode ser
inferior a 0,6 m.

6.1.1.6.2.7 Vasos de Pressão e Equipamentos

i. Quando o rompimento das extremidades de um vaso de pressão ou tanque horizontal


pressurizado expuser a risco as propriedades adjacentes e/ou edificações internas, este
vaso de pressão ou tanque horizontal pressurizado deve ter seu eixo longitudinal paralelo
a estas propriedades e/ou instalações mais próximas e mais importantes.

ii. A distância mínima de um vaso ao limite da propriedade, desde que na área adjacente
haja ou possa haver construção, inclusive no lado oposto da via pública, do lado mais
próximo de uma via de circulação interna ou a uma edificação situada na mesma
propriedade, deve atender a Tabela 19.

iii. Quando vasos ou equipamentos de processo estiverem localizados no interior da


edificação industrial, que tenha uma parede faceando com a divisa da propriedade,
desde que na área adjacente haja ou possa haver construção, inclusive no lado oposto
da via pública ou próxima de outra edificação na mesma propriedade, os tanques ou
vasos devem situar-se a distância mínima de 7,5 m e a parede deverá possuir resistência
ao fogo de, no mínimo, 120 min. Se a parede exterior for parede cega que tenha uma
resistência ao fogo de no mínimo 4 h, todas as distâncias requeridas pela Tabela 19
podem ser desconsideradas.

iv. Equipamento de processamento para o manuseio de líquidos instáveis deve ser


separado de outros equipamentos ou instalações que usem ou manuseiem líquidos por
uma das seguintes alternativas:

a. Um espaçamento livre de 7,5m;

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b. Por uma parede com resistência ao fogo de no mínimo 120 min e que apresente
resistência a explosão conforme NFPA 69.
v. Para edificações ou estruturas que não tenham proteções por chuveiros automáticos, as
distâncias de separação devem ser as indicadas na Tabela 20, mas não podem ser
inferiores às distâncias indicadas na Tabela 19.

Tabela 19 – Localização de Vasos de processamento em relação aos limites de propriedade e


às edificações mais próximas, dentro da mesma propriedade.

Distância mínima até o limite da


Distância mínima do lado mais próximo de
propriedade, desde que na área adjacente
uma via de circulação interna, ou de uma
haja ou possa haver construção,
edificação que não seja integrante do
inclusive no lado oposto da via pública
Capacidade processo (m)
(m)
máxima dos
vasos operando Alívio de emergência Alívio de emergência Alívio de emergência Alívio de emergência
com líquidos (L) de líquido estável de líquido instável de líquido estável de líquido instável
Pressão Pressão Pressão Pressão Pressão Pressão Pressão Pressão
abaixo de acima de abaixo de acima de abaixo de acima de abaixo de acima de
17,2 kPa 17,2 kPa 17,2 kPa 17,2 kPa 17,2 kPa 17,2 kPa 17,2 kPa 17,2 kPa
1.050 ou menos 1,5 3,0 4,5 6,0 1,5 3,0 4,5 6,0
1.051 a 2 950 3,0 4,5 7,5 12,0 1,5 3,0 4,5 6,0
2.951 a 45.500 4,5 7,5 12,0 18,0 1,5 3,0 4,5 6,0
45.501 a 113.600 6,0 9,0 15,0 24,0 1,5 3,0 4,5 6,0
113.601 a 189.250 9,0 13,5 22,5 36,0 3,0 4,5 7,5 12,0
189.251 a 378.650 15,0 22,5 37,5 60,0 4,5 7,5 12,0 18,0
Acima de 378.651 24,0 36,0 60,0 90,0 7,5 12,0 19,5 30,0
Fonte: Adaptado da NFPA 30.
Nota 01: As distâncias acima consideram a instalação de sistema de combate a incêndio conforme NFPA 30 e
existência de corpo de bombeiro local.
Nota 02: Dobrar todas as distâncias acima mencionadas se não houver a existência do corpo de bombeiro local,
bem como a instalação de sistema de combate a incêndio.

Tabela 20 – Distâncias mínimas de afastamento de edificações ou estruturas utilizadas na


operação e no manuseio de líquidos.

Distância mínima até o limite da


Distância às ruas,
propriedade, desde que na área
Classe de líquido passagem ou via de
adjacente haja ou possa haver
circulação interna (m)
construção (m)
Líquidos categoria 1, 2 e 3, líquidos instáveis de
qualquer classe e líquidos de qualquer classe 15,0 3,0
aquecidos acima de seus pontos de fulgor
Líquidos categoria 3, com ponto de fulgor ≥
7,5 1,5
37,8°C
Líquidos categoria 4 3,0 1,5
Fonte: Adaptado da NFPA 30.

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Nota 01: Dobrar todas as distâncias acima mencionadas se não houver a existência do corpo de bombeiro local,
bem como a instalação de sistema de combate a incêndio conforme PNR-000016- Sistemas de Proteção e
Combate a Incêndio (SPCI) - Tanques - Líquidos Inflamáveis e Combustíveis.
Nota 02: As distâncias acima consideram a instalação de sistema de combate a incêndio conforme PNR-000016 -
Sistemas de Proteção e Combate a Incêndio (SPCI) - Tanques - Líquidos Inflamáveis e Combustíveis e existência
de corpo de bombeiro local.
Nota 03: Não se aplicam as distâncias desta Tabela para a localização de tanques.

6.1.1.6.3 Armazenamento de Produtos a Granel com Atmosfera Explosiva

i. [PR] Onde a separação de silos, armazéns ou instalações onde exista o risco de


explosão de poeira ou área de risco de deflagração for utilizada para limitar estes riscos,
a distância mínima de separação não deve ser inferior a 11 m.

ii. [PR] As instalações que são projetadas para receber, enviar, manusear e armazenar
mercadorias agrícolas cruas a granel e que estão localizadas em uma estrutura separada
das áreas de processamento ou manufatura de grãos e suas respectivas caixas de
matéria-prima, ingrediente, produção e produto acabado devem ser localizadas e
construídas de acordo com os requisitos abaixo:

a. Estruturas que abrigam áreas de ocupação humana não diretamente envolvidas


em operações, tais como de pessoal administrativo, não se limitando a este,
devem ser construídas em um local remoto de silos de armazenamento e
estruturas da cabeceira.
b. As estruturas que alojam áreas de ocupação humana não devem ser construídas
diretamente sobre túneis subterrâneos de equipamentos de manuseio de grãos
ou dutos do sistema de controle de poeira do mesmo.
c. Onde a extremidade do ponto de carregamento do silo é construída de aço
estrutural ou estrutura de concreto armado com painéis de parede leves para
alívio de explosão ou não contém elevadores de caneca internos ou
desprotegidos, a distância de separação das áreas de ocupação humana de
pessoal deve ser no mínimo 15 m.
d. Onde o concreto armado é usado em silos e cabeceiras, a distância de separação
das áreas de uso intensivo de pessoal deve ser no mínimo 30m. Distâncias
inferiores a 30m, mas em nenhum caso menor que 15m, serão permitidas
somente se as condições do item 9.2.3.2.3.1 da NFPA 61 forem seguidos.
iii. [PR] A área livre mínima para o combate a incêndio no entorno da instalação de
secadores de grãos, moegas ou unidades de armazenamento (silos ou armazéns), deve
seguir as distâncias mínimas requeridas no PNR de Sistemas de Proteção e Combate a
Incêndio (SPCI) - Armazéns. O acesso e perfil dimensional de túneis abaixo de silos deve
ser feito de acordo com o PNR – Estruturas – Obra de Arte Especiais – Túneis – Estrutura
e Drenagem.

6.1.1.6.4 Armazenamento de produtos industriais e materiais tóxicos

6.1.1.6.4.1 Armazenamento de materiais perigosos (tóxicos, corrosivos, sólidos


inflamáveis e sólidos e líquidos não inflamáveis e não combustíveis)

Armazenamento de materiais perigosos (tóxicos, corrosivos, sólidos inflamáveis e sólidos e


líquidos não inflamáveis e não combustíveis) em quantidades máximas dos materiais definidas
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nas tabelas 5.2.1.5.3 (a), 5.2.1.5.3 (b) e 5.4.1.2 da NFPA 400 são chamados de
armazenamentos controlados.

i. [PR] Quando uma planta possuir área maior que 929m 2, um grupo de 2 armazenamentos
controlados de acordo com a NFPA 400 é permitido desde que a distância de separação
mínima entre eles seja de 15m. Se a propriedade exceder 3252m2 de área, grupos de
armazenamento controlados são permitidos desde que a separação entre os grupos seja
no mínimo 91m.

ii. O dimensionamento de diques de contenção de armazenamento de materiais perigosos


(tóxicos, corrosivos, sólidos inflamáveis e sólidos e líquidos não inflamáveis e não
combustíveis) deve ser de acordo com o item 6.2.9.3 do PNR-000036 – Manuseio de
Produtos Perigosos – Geral e PNR de Manuseio de Produtos Perigosos - Químicos -
Corrosivos, Tóxicos e Inflamáveis.

iii. [PR] A distância mínima entre edifícios de armazenamento de materiais perigosos


(tóxicos, corrosivos, sólidos inflamáveis e sólidos e líquidos não inflamáveis e não
combustíveis) e os limites de propriedade deve ser 23m, se o nível de proteção requerido
destes prédios é 01, conforme item 6.2.2.3 da NFPA 400, e 15m se o nível de proteção
requerido for 02 ou 03, de acordo com o item 6.2.3.3 (2) e 6.2.4.3 (2) da referida NFPA.

6.1.1.6.4.2 Armazenamento de polpa

i. O dimensionamento de diques de contenção de armazenamento de polpa deve ser de


acordo com o item 6.2. do PNR-000024 – Sistemas de Bombeamento – Geral.

6.1.1.6.4.3 Pneus

i. Os pátios de armazenamento de pneus devem ser concebidos com rotas de acesso ao


combate a incêndio de acordo com os seguintes critérios:

a. Cada pátio ou pilha de armazenamento de pneus deve ter vias de acesso aos
veículos de emergência, de modo que nenhuma parte da pilha esteja a mais de
45m da rua de acesso do veículo de emergência.
b. Todos os acessos a veículos de emergência devem ter uma altura vertical
desobstruída não inferior a 4,5 m, para permitir a passagem de grandes
equipamentos de combate a incêndio, com um raio de giro externo mínimo de 15
m fornecido para acesso de veículos de emergência.

6.1.1.6.4.4 Tambores, Tanques portáteis e Recipientes Intermediários

i. O distanciamento do armazenamento externo de líquidos em tambores ou outros


recipientes que não excedam 450 L de capacidade individual, tanques portáteis que não
excedam 2.500 L de capacidade individual ou em recipientes intermediários para granel
que não excedam 3.000 L de capacidade individual deve ser feito de acordo com a
Tabela 21.

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Tabela 21 – Limitações para o armazenamento externo de líquidos em recipientes, em recipientes intermediários para granel (IBC) e em
tanques portáteis

Capacidade e altura máximas por pilha Distância mínima de separação

Ao limite de
Entre pilhas A uma via de
IBC de plástico rígido e propriedade,
Tanque portátil e IBC ou seções de circulação
Condições do líquido Recipientes composto (máximo por onde haja ou
metálicos estruturas interna ou
pilha) possa haver
suporte pública
construções
Volume máximo Altura Volume Volume
Altura (m) Distância (m) Distância (m)
por pilha (L) máximo por máximo por Altura (m) Distância (m)
(m) Nota 02 e 04 Nota 03 e 05 Nota 03
Nota 02, 03 e 04 pilha (L) pilha (L)

PF < 22,8 °C e PE < 37,8 °C 4160 3,3 NP NP 8300 2,5 1,5 15,0 3,0

PF < 22,8 °C e PE ≥ 37,8 °C 8300 4,0 NP NP 16700 4,7 1,5 15,0 3,0

22,8 °C ≤ PF < 37,8 °C 16700 4,0 NP NP 33300 4,7 1,5 15,0 3,0

37,8 °C ≤ PF < 60 °C 33300 4,0 33300 4,7 66600 4,7 1,5 7,5 1,5

PF ≥ 60 °C 83300 6,0 83300 6,0 166500 4,7 1,5 3,0 1,5

Fonte: Adaptado da NFPA 30


Nota 01: PF= Ponto de Fulgor, PE = Ponto de Ebulição e NP = Não permitido.
Nota 02: Ver item 6.1.1.6.4.3 (ii) para armazenamento misto.
Nota 03: Ver item 6.1.1.6.4.3 (v) para tamanhos menores de pilhas.
Nota 04: Para armazenamento em estrutura-suporte, os limites de quantidades por pilhas não se aplicam, mas a arrumação das estruturas deve limitar-se a
no máximo 15 m de comprimento e duas fileiras ou a 2,7 m de profundidade.
Nota 05: Ver item 6.1.1.6.4.3 (iv) para proteção por unidade do Corpo de Bombeiros (Público ou local).

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ii. Caso os produtos de duas ou mais classe sejam armazenadas em uma única pilha, a
capacidade máxima deve ser aquela que se refere ao líquido de maior risco presente na
pilha. Consideram-se isolados entre si os armazenamentos fracionados externos
afastados entre si no mínimo 15 m medidos da contenção de uma área a outra.

iii. Nenhuma pilha de recipientes, recipientes intermediários para granéis ou tanques


portáteis deve estar a mais de 60 m de uma via de acesso com largura de 6,0 m, para
permitir a aproximação de equipamentos de combate a incêndio, sob quaisquer
condições de tempo.

iv. As distâncias especificadas na Tabela 21 aplicam-se a propriedades adjacentes onde


haja ou possa haver construções e onde existe sistema de proteção por unidade do
Corpo de Bombeiros (Público ou Local). Caso não exista corpo de bombeiro local, as
distâncias previstas na Tabela 21 devem ser duplicadas.

v. Onde a quantidade total armazenada não exceder 50% da capacidade máxima por pilha
estabelecida na Tabela 21, as distâncias aos limites da propriedade onde haja ou possa
haver construções e às ruas, acessos ou vias públicas podem ser reduzidas em 50%,
contudo não podem ser inferiores a 1 m.

vi. É permitido o armazenamento de no máximo 4.200 L de líquido, recipientes


intermediários para granéis e tanques portáteis, próximo a edificações sob a mesma
administração, desde que sejam atendidas as seguintes condições:

a. A parede da edificação adjacente tenha um tempo mínimo de resistência ao fogo


de 120 min;
b. Não haja aberturas na parede adjacente da edificação para áreas, no nível ou
acima do nível, do local de armazenamento em uma distância de 3 m,
horizontalmente;
c. Não haja aberturas diretamente acima do local de armazenamento;
d. Não haja aberturas para áreas abaixo do nível do local de armazenamento, em
uma distância de 15 m, horizontalmente.
vii. As disposições contidas no item 6.1.1.6.4.4 vi, não são necessárias quando o prédio em
questão se limitar a um pavimento, quando for construído com materiais não
combustíveis ou resistentes ao fogo ou quando for destinado, principalmente, ao
armazenamento de líquidos.

viii. A quantidade de líquidos armazenados, próximo às edificações que atendam às


condições estabelecidas no item 6.1.1.6.4.4 vi pode exceder o limite estabelecido no
referido desde que a quantidade máxima por pilha não exceda 4.200 L e cada pilha seja
separada por um espaço vazio mínimo de 3 m ao longo da parede em comum.

ix. A quantidade de líquidos armazenados pode exceder os 4.200 L estabelecidos no item


6.1.1.6.4.4 vi, quando a distância mínima entre a edificação e o recipiente ou tanque
portátil mais próximo for igual à estabelecida na Tabela 21 para distâncias ao limite da
propriedade.

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6.1.1.6.5 Pilha de Estocagem

i. Não é permitido o acesso de pessoas sobre qualquer pilha de estocagem.

ii. A localização do pátio de armazenamento em ambientes abertos com pilhas de


estocagem de produtos em geral, como por exemplo carvão, estéril e rejeito , deve ter
um distanciamento, de outras infraestruturas, mínimo de 15m para alturas de pilhas de
até no máximo 8m conforme Erro! Fonte de referência não encontrada.. Para alturas d
e pilhas acima de 8 metros deve ser feito:

a. Estudo geológico-geotécnico, incluindo modelagem de manchas de impacto pelo


colapso/ ruptura de pilha;
b. Análise de engenharia conforme 6.1.1.2.iv para determinação do distanciamento
da pilha em relação a outras infraestruturas e/ou medidas de adequação para
proteção de infraestruturas contra impacto/ soterramento proveniente de colapso/
ruptura da pilha.

Figura 13 – Área livre mínima para pilhas de estocagem (metros).

iii. O manuseio de carvão deve obedecer aos critérios estabelecidos na NFPA 120:2020,
capítulo 9.

iv. [PR] Para localização da pilha de estocagem de produtos a direção do vento


predominante deve ser considerada, posicionando-a de tal forma que o pó gerado pela
pilha seja encaminhado para direções opostas das unidades habitadas e operacionais
da planta, bem como rios, mar e qualquer curso d’água.

v. [PR] Deve ser previsto sistema de controle de poeira conforme item 6.2.13.6 e 6.2.13.7
do PNR-000055 – Sistema de Manuseio – Máquinas de pátio e sistema de proteção e
combate a incêndio conforme PNR Sistemas de Proteção e Combate a Incêndio (SPCI)
- Armazéns.

vi. A instalação de cerca vivas deve ser avaliada como uma forma mitigadora para reduzir /
eliminar a dispersão de poeira, especialmente para pátios com estocagem de pelotas,
minério e carvão. As cervas vivas devem ser constituídas de árvores plantadas em 3
fileiras de portes diferentes sendo a mais alta delas suficiente para reter os particulados
da pilha. A primeira fileira de arvores deve ficar voltada para o lado externo.

vii. [PR] A drenagem das áreas de manuseio, carregamento e estocagem de produtos


armazenados em pilhas devem ser exclusivas e direcionadas para bacias ou piscinas de
decantação. O projeto, construção e operação do sistema de drenagem deve ser
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elaborado de acordo com o PNR-000055 – Sistema de Manuseio – Máquinas de pátio.
Este sistema deve garantir que a contaminação de lençóis freáticos não ocorra. Se
necessário, muros de contenção (Figura 14) no pátio devem ser instalados para evitar o
escoamento do produto para ruas e rede pluvial.

Figura 14 – Projeto de muro de contenção de um pátio de carvão.

6.1.1.7 Bloco 6 - Infraestrutura de Unidades de Processo

i. As unidades devem ser convenientemente espaçadas, de modo a minimizar a escalada


de consequências entre elas nos casos de acidentes e emergências, tais como
explosões, incêndios, vazamentos e derramamentos de produtos tóxicos. Os processos
podem diferir um dos outros devido ao seu perigo, e os mesmos são classificados de
acordo com o grau de risco da unidade. Para fins de localização relativa entre unidades
de processo, deve ser avaliado o grau de risco que cada unidade, atribuindo a ela uma
das seguintes classificações:

a. Unidades de processo de risco moderado - São aquelas que tem um risco baixo
de explosão e incêndio; esta classe envolve processos puramente físicos, sem
transformações químicas com operações não reativas, tais como:
i. Amostragem / Britagem / Classificação
ii. Ciclonagem / Espessador / Floculação / Flotação / Moagem
iii. Prensas / Peneiramento / Secagem / Sedimentação / Separação
iv. Torre de Hidrociclone / Torre de Amostragem
b. Unidades de processo de risco intermediário - Esta categoria inclui processos,
operações ou materiais com perigo médio de explosão e incêndio; esta classe
envolve processos com reações químicas, gerando atmosferas explosivas com
baixa probabilidade de produzir uma explosão ou incêndio, tais como:
i. Separação Magnética / Moinhos de Carvão
ii. Filtragem / Trocador de Calor / Casa de transferência
c. Unidades de processo de risco alto - Esta categoria inclui processos, operações
ou materiais com perigo alto de explosão, fuga de material tóxico e um perigo de
incêndio grande; esta classe inclui reações químicas altas com manuseio de
produtos de alto perigo, tais como:
i. Calcinação / Forno de Carvão / Forno de Pelotização / Vaso de pressão
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ii. Reator de Níquel / Produção de ácido sulfúrico / Pelotização
ii. A classificação do grau de risco de uma unidade deve ser atribuída baseando-se na
experiência operacional existente em instalações similares, considerando os fatores
citados a seguir:

a. Tipos de equipamentos e condições de operação;


b. Presença de produtos inflamáveis, explosivos e/ou tóxicos;
c. Existência de fontes de ignição;
d. Fase de gás com líquido;
e. Dependência ou interdependência com outras unidades e sistemas;
f. Probabilidades e consequências do erro humano, histórico de perdas;
g. Probabilidades e consequências de falhas de equipamentos, máquinas, sistemas,
componentes e materiais;
h. Perigos durante a variação de situações operacionais (partidas, emergências,
purgas, retiradas de amostras, reciclos, descargas);
i. Particularidades de projeto (sistema de proteção e controle, válvulas
descarregando para a atmosfera, normas aplicadas, espaços para combate a
incêndio, arranjo industrial);
j. Consequências de paradas não programadas;
k. Tempo de reposição de peças ou reconstrução da unidade;
l. Consequências no abastecimento do mercado em caso de paralisação da unidade
ou processo;
m. Qualidade de manutenção preventiva e experiência operacional;
n. Custo da unidade, Mercado, Aspectos de impacto ambiental.
iii. [PR] Preferencialmente as unidades de risco alto devem ser separadas entre si por
outras unidades de pequeno risco. Caso não seja possível, as distâncias mínimas entre
unidades de risco alto devem ser conforme Tabela 4.

iv. As unidades de processo de risco alto com existência de produtos tóxicos devem ficar
afastadas dos locais com concentração de pessoas e dos limites de propriedade da
planta, respeitando no mínimo as distâncias estabelecidas na Tabela 4.

v. [PR] Os fornos deverão ser afastados, no mínimo, 15m de conexões e equipamentos de


serviços com produtos inflamáveis, como por exemplo, bombas e válvulas de segurança.
O piso no entorno destes equipamentos deve ter caimento e o seu sistema de drenagem
deve ser independente dos demais sistemas de drenagem.

6.1.1.8 Bloco 7 - Infraestrutura de Sistemas Lineares e Acessos

Os requisitos abaixo apresentados são aplicados nas áreas on-site e off-site, exceto quando
explicitamente indicado ao contrário.

i. Devido aos riscos inerentes aos sistemas é proibido dentro da faixa de servidão das
infraestruturas lineares qualquer evento de cultura agrícola, concentração de pessoas,

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instalação de edificações, benfeitorias (por exemplo, ponto de ônibus, capela,
estacionamento, posto de abastecimento de combustível) ou qualquer atividade que
altere o meio ambiente (por exemplo, desvios de água como curvas de nível, cortes ou
aterro no terreno que possam comprometer a estabilidade das estruturas ou dificultar a
inspeção e manutenção).

ii. Análises de engenharia deverão ser realizadas para determinar que a faixa de servidão
dos sistemas está fora do alcance de projeções provenientes da lavra.

6.1.1.8.1 Linhas de Distribuição ou Transmissão Aérea

i. O compartilhamento da faixa com empreendimentos de terceiros é restrito, sendo


permitido somente travessia nos casos abaixo:

a. Dutos de Transporte: O ângulo de travessia com o eixo das linhas deve ser o mais
próximo possível de 90° sendo permitido no mínimo a 60º, conforme Figura 15.
Os dutos devem estar a pelo menos 50m da estrutura mais próxima da linha. Não
é permitido o acoplamento do aterramento do duto com o das estruturas das
linhas. A adequação necessária na linha é a recomposição do aterramento.

Figura 15 – Cruzamento de dutos.

b. Árvore de grande porte: Exceto onde se tratar de área ambiental protegida em


sites existentes, deve estar completamente fora da faixa de servidão, com
distância superior à da projeção do tombamento das árvores na direção da linha.
Eucaliptos deverão estar afastados lateralmente a 40m do eixo da linha.
c. [PR] Antena de telecomunicações: A antena deve estar localizada a uma distância
superior à da projeção de seu tombamento na direção da linha além de garantir
as distâncias mínimas de isolamento conforme classe de tensão da linha.
d. Outros: Correias transportadoras, Rodovias, ferrovias e demais infraestruturas de
acordo com o PNR - Sistemas Elétricos - Potência - Linhas de Transmissão.
ii. A largura da faixa de servidão e a folga vertical mínima de segurança das linhas de
transmissão para efeito da locação das infraestruturas do layout, deve estar de acordo
com o estabelecido no PNR - Sistemas Elétricos - Potência - Linhas de Transmissão.

6.1.1.8.2 Ferrovias

i. [PR] Considerando uma via férrea única com largura mínima de operação de 5,2m, a
faixa de servidão de ferrovias deve atender o disclaimer deste PNR no tocante à

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legislação local e/ou contrato de concessão, valendo o mais restritivo. A gabarito vertical
a partir do topo do trilho deve ser no mínimo 6,9m de altura, conforme Figura 16.

Figura 16 – Vista frontal de uma via férrea única, dimensões em metros.

ii. [PR] O raio de curvatura ferroviário mínimo permitido deve ser de acordo com o PNR –
Sistemas Logísticos - Ferroviário - Via Permanente e PNR – Sistemas Logísticos -
Ferroviário – Material Rodante – Geral.

iii. [PR] Com o objetivo de manter o vão da plataforma dentro dos limites aceitáveis, as
estações devem ser construídas de tal forma que toda a plataforma fique em tangente
para maior controle entre o vão da plataforma e carro de passageiro.

iv. [PR] Pátios ou lugares onde as composições permanecem estacionadas, devem


localizar-se em nível, admitindo-se rampas de no máximo 0,15%. Os aparelhos de
mudança de via devem localizar-se em região plana.

v. [PR] Em áreas onde a proximidade do nível de água é frequente, o greide deve ser 1,5m
acima da enchente máxima (ou das ondas, por exemplo, em lagos de barragens),
minimizando os efeitos de infiltração e de consequente variação da umidade nas
camadas superiores do aterro e do sublastro, bem como a perda de capacidade de
suporte.

vi. [PR] As vias férreas devem possuir (aplicável a linhas internas de oficinas), sem se limitar
a estes:

a. Pátios ferroviários que possuam desvio morto deverão ter para-choques com
comprimento e resistência dimensionados de acordo com o material rodante e
velocidade de manobra que desvia no local.
b. Pátios ferroviários que possuam desvio morto deverão ser no plano.
c. Para projetos de para-choque, deverá ser considerada a inclusão de caixas de
brita com tamanho mínimo igual ao comprimento do maior material rodante que
utiliza o desvio.
d. No final de linha de um desvio morto após o para-choque deverá possuir distância
livre de no mínimo 50m na projeção do eixo do desvio.
e. O desvio morto deverá possuir indicação por placas refletivas na chave de entrada
informando que é desvio morto e no para-choque informando final de linha.

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6.1.1.8.3 Dutos e Tubulações

i. [PR] Considerando a instalação de apenas 1 duto, a faixa de servidão de qualquer


tubulação de transporte (gasodutos / oleodutos / mineroduto / rejeitoduto / adutora) deve
possuir largura mínima permanente de 15m em sua seção transversal.

ii. [PR] Para dutos paralelos e enterrados, deve ser aumentado em pelo menos 1m (face a
face do tubo) para tubulações até 8”, 1,5m (face a face do tubo) para tubos entre 8” e 16”
e 2m (face a face do tubo) acima de 16”.

iii. Para terrenos com histórico de precipitação de neve deve ser previsto um adicional
mínimo de 4,5 metros na largura da faixa, exclusivamente para remoção deste.

iv. Caso seja imprescindível a implantação dos dutos em áreas sujeitas a cortes e/ou
aterros, devem ser empregadas medidas de controle de erosão, como por exemplo valas
cruzadas, bermas e revegetação.

6.1.1.8.3.1 Pipe-Way ou Tubovias

i. Devem ser utilizadas defensas em avenidas e ruas ao longo de tubovias e desníveis


laterais.

ii. As defensas não devem interferir com as facilidades de acesso para atividades de
combate a incêndio, controle de emergência, operação e manutenção.

iii. As ruas principais devem ser distanciadas em no mínimo 2,50 m da margem das
tubovias, de bases de diques ou de desníveis topográficos. Quando não for possível
atender esta distância, devem ser utilizadas defensas para as ruas ao longo de tubovias,
ou de declives, e adjacentes às instalações industriais.

6.1.1.8.3.2 Pipe rack

i. [PR] A altura mínima livre dos pipe racks ou travessias de rua deve ser 6m para todas
as vias de acesso dentro da planta. Exclusivamente para as unidades de processo, a
largura e altura para acesso de manutenção deve ser no mínimo 4m e 4,5m,
respectivamente, conforme Figura 17.

Figura 17 – Folga mínima para pipe-racks, dimensões em metros.

ii. A localização dos pipe racks não deve prejudicar o acesso para montagem,
desmontagem, manutenção, operação de equipamentos e o combate a emergências.

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6.1.1.8.4 Transportadores de Correia e TCLD

i. Para travessias sob o transportador de correia e transportador de correia de longa


distância (TCLD) deve ser previsto cobertura metálica adequada para resistir a queda de
materiais, ferramentas e produto transportado podem cair ou serem lançados pelo
transportado. Tais coberturas devem ser dimensionadas e instaladas seguindo
recomendações da CEMA, capítulo 2. Para exemplificar, a Figura 18 apresenta um tipo
de proteção.

Fonte: Vale
Figura 18 – Proteção contra queda de materiais a partir de TCLD.

ii. Deverão ser previstos batentes para evitar colisão de veículos e máquinas com
estruturas dos transportadores e casas de transferência, incluindo estruturas auxiliares
de cable racks ou pipe racks conforme item 6.2.2.3 do PNR-000037 - Sistemas de
Manuseio – Transportadores de Correia.

iii. A faixa de servidão de correias transportadores e TCLD deve ser determinada por análise
de engenharia conforme item 6.1.1.2 iv de forma a garantir acessos para manutenção e
combate a incêndio.

6.1.1.8.5 Acessos

i. Quando forem utilizados meios-fios, providências devem ser tomadas para drenar os
acúmulos de água subterrânea ou da chuva ou derramamentos de líquidos. Os drenos
devem terminar em um local seguro e devem fluir livremente em condições de incêndio.

6.1.1.8.5.1 Acessos industriais

i. [PR] As larguras mínimas dos acessos apresentados abaixo (Figura 19) devem ser:

a. Acesso veicular dentro das unidades de processo ou menor: 4,5 m, com raio de
curvatura de 3,6 m;
b. Acesso veicular secundário ou para combate a incêndio: 6 m, com raio de
curvatura de 8 m;
c. Acesso veicular principal de mão única de 6m e mão dupla de 8 m, ambos com
raio de curvatura de 8 m;
d. As ruas de acesso às áreas de carregamento e descarregamento de caminhões-
tanque devem ter um raio interno de curvatura de, no mínimo, 13 m.
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e. As ruas adjacentes às bacias de contenção dos tanques e esferas devem ter
largura compatível para passagem simultânea de 2 veículos de combate a
incêndio ou 6 m, adotando-se o maior destes valores, com raio de curvatura
interno de, no mínimo, 8 m
f. Acesso para manutenção ao redor de equipamentos: 1,0 m;
g. Calçadas e passarelas de pedestres: 1,2 m;
h. Rota de fuga primária: 1,5 m;
i. Corredor de operação: 1,5m;

Figura 19 – Larguras mínimas para acessos, dimensões em metros.

ii. [PR] As folgas mínimas verticais dos acessos apresentados abaixo devem ser:

a. Sobre estradas principais e para acesso de guindaste: 6m;


b. Para acesso a caminhões e ruas da planta: 5,5m
c. Acesso de empilhadeira: 2,7m;
d. Rotas de fuga: 2,3m
e. Pé direito normal em passarelas e plataformas: 2,2m.
iii. No projeto de arruamento devem ser previstos os acessos aos hidrantes, canhões-
monitores fixos, abrigos de mangueiras e tomadas de espuma para combate a incêndio.
Estes acessos devem ser projetados de modo que o veículo estacionado não bloqueie o
tráfego na rua considerada.

iv. As margens das ruas devem ser afastadas de, no mínimo, 15 m da projeção horizontal
de válvulas de segurança e respiros abertos para a atmosfera.

6.1.1.8.5.2 Acessos de Mina

O transporte em minas a céu aberto deve obedecer aos seguintes requisitos mínimos:

i. Os limites externos das bancadas utilizadas como estradas devem estar demarcados e
sinalizados de forma visível durante o dia e à noite.

ii. A largura mínima das vias de trânsito para pista simples deve ser duas vezes maior que
a largura do maior veículo utilizado.

iii. A largura mínima das vias de trânsito para pistas duplas deve ser calculada conforme
equação abaixo:

L = (1,5 * V + 0,5) * X

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Onde:
L = largura da estrada (m)
V = número de vias
X = Largura do veículo (m)
iv. A largura mínima das vias de trânsito para pistas duplas, com volume de tráfego intenso
e/ou visibilidade limitada, deve ser quatro vezes maior que a largura do maior veículo
utilizado.

v. Nas laterais das bermas ou estradas onde houver riscos de quedas de veículos devem
ser construídas leiras com altura mínima correspondente a dois terços do diâmetro do
maior pneu de veículo que por elas trafegue, com inclinação 2H:1V, conforme indicado
na Figura 20.

Fonte: Vale
Figura 20 – Leira trapezoidal de dimensões adequadas.

vi. Leiras centrais, conforme Figura 21, devem ser construídas em trechos em declive
acentuado. Para que seja possível ao operador do equipamento manter o controle da
direção sobre a leira central caso o veículo desgovernado atinja a mesma, a altura da
leira deve ser 2,5 vezes a altura livre sobre o solo do maior veículo utilizado (cota A da
Figura 22), com inclinação de 4H:1V

Fonte: Vale
Figura 21 – Leiras de proteção central.

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Fonte: Vale
Figura 22 – Leiras de proteção central.

vii. As curvas devem ser projetadas com o máximo raio possível e mantendo-se suavidade
(curvas pouco pronunciadas e evitando-se mudanças abruptas no raio), o que permite
maior segurança e redução de congestão de tráfego. O raio de curvatura Rmin (m) mínimo
deve ser calculado considerando a superelevação aplicada, o coeficiente de atrito
(Tabela 22) e a velocidade do veículo, conforme equação abaixo:

Rmin = V0 2 / (127 * (emax + fmax))


Onde:
Rmin = Raio de curvatura mínimo (m)
V0 = velocidade de projeto do veículo (km/h)
emax = máxima taxa de superelevação aplicada
fmax = máximo coeficiente de atrito entre os pneus e a superfície da estrada

Tabela 22 – Valores de f em função da natureza da pista

Natureza da pista Coeficiente de atrito de f de


pneus/pista (t/t) (adimensional)

Pavimento concreto 0,90

Terra firme seca 0,55

Terra solta 0,45

Terra firme úmida 0,45

Areia úmida 0,40

Areia seca e terra solta úmida 0,20


Fonte: Manual de estradas de mina (Vale – 2011).

viii. É obrigatório que a distância de visibilidade (Dv), isto é, a extensão da área periférica
visível ao operador/motorista, seja suficiente para que o equipamento transitando em
uma velocidade específica pare antes de atingir um obstáculo. Para tanto, a distância de
visibilidade deve ser igual ou maior do que a distância de parada (Dp). As curvas verticais
e horizontais devem ser planejadas segundo esse critério, conforme apresentado na
Figura 23. Caso isso não seja possível, limites rigorosos de velocidade máxima devem
ser impostos, visto que quanto menor a distância de visibilidade, menor a distância na
qual o caminhão deve trafegar.
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Fonte: Vale
Figura 23 – Configurações geométricas indicando diferentes condições de segurança.

6.1.1.8.5.3 Acessos Rodoviários

i. [PR] Estradas não pavimentadas e com sistemas de drenagem sobre a superfície do


solo, isto é, sem dispositivo construído, devem considerar as declividades de acordo com
a natureza do solo local, evitando-se trabalhos erosivos causados pelo regime de
escoamento pluvial, que podem comprometer o uso seguro das estradas, acessos e
áreas de manobras e de estacionamento.

ii. [PR] Não é permitido a instalação de qualquer infraestrutura, mesmo que de forma
temporária, no fim de linha ou em trechos em declive com rampas fortes.

iii. Deve ser avaliada, como uma forma mitigadora para reduzir / eliminar o problema de
colisão de veículos em fim de linha ou em trechos em declive com rampas fortes,
ocasionados devido à perda de controle, especialmente de grandes caminhões, a
implantação de ramos de saída em emergências ou área de escape. A área de escape
(Figura 24) deve ser construída com revestimento de areia e pedregulhos liso,
arredondado e soltos, com cerca de 12mm de diâmetro.

Figura 24 – Exemplo de área de escape em rodovia.

6.1.1.8.6 Túneis

i. [PR] Em tuneis com extensão acima de 240m, nas laterais dos mesmos,
preferencialmente a direita, deve ser provida calçada com largura mínima de 1,12m,
propiciando a fuga de pessoas a pé, a retirada de vítimas e o acesso das equipes de
socorro, devendo ser mantida livre e desimpedida.

ii. Os acessos (inclusive para acesso de manutenção) e perfil dimensional de tuneis


ferroviários, TCLD e Dutos deve ser feito de acordo com o PNR – Estruturas – Obra de
Arte Especiais – Túneis – Estrutura e Drenagem.

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6.1.1.8.6.1 Túneis rodoviários

i. [PR] Tuneis com extensão acima de 240m devem possuir acesso para a equipe de
resposta a emergências.

ii. [PR] Para os túneis paralelos (dois tubos), com extensões superiores a 240m, devem
ser providos acessos e saídas de emergência constituídos por interligações entre os
túneis, em intervalos máximos de 300m para passagem de pessoas, com aberturas
protegidas por portas corta-fogo.

iii. [PR] Para os túneis simples (um tubo) ou paralelos (dois tubos), com extensões
superiores a 500m, devem-se prever áreas de refúgio de veículos, em distancias não
superior a 500m, de forma que se permita a retirada rápida de veículos da pista de
rolamento, bem como o estacionamento dos veículos destinados ao atendimento de
ocorrências, viabilizando o resgate de pessoas da pista de rolamento. Para refúgios com
espaçamentos superiores a 500m deve ser realizada uma análise de engenharia de
forma a manter o grau de segurança da via em função das condições de utilização.

iv. [PR] Para os túneis paralelos (dois tubos), deve ser realizada uma análise de engenharia
a fim de determinar o espaçamento e/ou quantidade de interligações veiculares, não
sendo permitidos espaçamentos superiores a 2km e devendo as aberturas serem
protegidas por portas corta-fogo.

v. [PR] Para tuneis rodoviários deve-se prover largura mínima de 3,6m para as faixas de
rolamento, acostamento de 3m (à direita) e refúgio de 1,5m (à esquerda).

vi. [PR] Os acostamentos e a largura mínima do túnel devem ser ampliados se a faixa de
rolamento de 3,6m não for suficiente para o tráfego do maior veículo que fara uso da via.

vii. Deve ser realizada uma Análise multidisciplinar de Engenharia da primeira camada
devendo-se considerar de forma não exaustiva, os seguintes fatores para delimitação
dos requisitos de segurança e proteção de combate incêndio:

a. Novos tuneis ou existentes;


b. Tipos de veículos que trafegam no túnel;
c. Composição e volume do tráfego;
d. Existência de controle de acesso;
e. Incêndio de grande e pequeno porte;
f. Cenários potenciais de incêndio, incluindo, mas não se limitando a:
i. Em um ou mais locais no interior do túnel;
ii. Nas proximidades do túnel;
iii. Em túneis localizados distantes de instalações de resposta a emergências.
g. Exposição de sistemas e estruturas de emergência a temperaturas elevadas;
h. Nível de congestionamento e controle de tráfego durante emergências;
i. Sistema de proteção e combate a incêndio, incluindo, mas não se limitando a:
i. Sistemas de detecção e alarme de incêndio;

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ii. Sistemas de sprinkler;
iii. Sistemas de proteção e combate a incêndio com água;
iv. Sistemas de ventilação;
v. Sistemas de comunicação de emergência;
vi. Elementos de proteção estrutural.
j. Componentes de instalação, incluindo sistemas de emergência;
k. Procedimentos e planos de evacuação e resgate;
l. Tempo de resposta de emergência;
m. Pontos de acesso de veículos de emergência;
n. Comunicações de emergência para agências a órgãos competentes;
o. Localização do túnel - urbana ou rural (nível de risco e capacidade de resposta);
p. Dimensões físicas, número de faixas de tráfego e geometria da via;
q. Fatores naturais, incluindo condições predominantes de vento e pressão;
r. Carga prevista;
s. Impacto em edifícios ou pontos de referência próximos ao túnel;
t. Impactos causados ao túnel por condições externas e/ou incidentes;
u. Modo de operação de tráfego (unidirecional, bidirecional, comutável ou
reversível).

6.1.1.9 Bloco 8 - Infraestrutura de Instalações Móveis e Ativos Temporários

i. As instalações temporárias devem ser gerenciadas de acordo com os requisitos do PNR


Gestão de Mudanças, incluindo critérios de temporalidade do ativo.

ii. As instalações temporárias devem atender, no mínimo, os seguintes requisitos:

a. Prever condições de abandono, combate a incêndio e acessibilidade;


b. Realizar Análise de Risco para a instalação.
c. As instalações elétricas temporárias devem atender aos requisitos da NFPA 70
(Artigo 590 – Instalações Temporárias).
d. Devem seguir os requisitos dos itens 6.1.1.9.2 e 6.1.1.9.6, conforme aplicável.
iii. A instalação de ativos temporários ou móveis que geram classificação de área não deve
afetar os equipamentos e infraestruturas existentes de forma a requerer requisitos de
proteção mais conservadores do que os já instalados. Estes ativos devem atender aos
requisitos de classificação da área existente e não devem ser instalados na zona 0, 1,
20 e 21 conforme - PNR-000027 – Layout de Instalações - Classificação de Áreas –
Atmosferas Explosivas.

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6.1.1.9.1 Canteiro de Obras

i. [PR] Na elaboração do layout dos canteiros de obra devem ser avaliados, de forma não
exaustiva, no mínimo as seguintes instalações dentro dos padrões da legislação vigente
e local:

a. Instalações sanitárias;
b. Vestiário;
c. Refeitórios;
d. Bebedouros;
e. Cozinha, quando houver preparo de refeições;
f. Ambulatório;
g. Instalações para o abastecimento, acumulação e distribuição de água potável;
h. Instalações necessárias ao fornecimento de energia elétrica;
ii. [PR] Quando houver trabalhadores alojados devem ser avaliados, além dos itens
estabelecidos no item 6.1.1.9.1 i, alojamento, lavanderia e área de lazer.

6.1.1.9.2 Edificações Portáteis

i. Trailers e contêineres para ocupação humana (como exemplo, mas não se limitando a
estes, vestiário, banheiro ou dormitório), ou simplesmente edificações portáteis, devem
ser instalados em áreas livres, ventiladas e planas seguindo os mesmos critérios de
distanciamentos estabelecidos na Tabela 4 para o bloco 1 - Instalações administrativas.

ii. Deve ser realizado uma análise de risco sempre que o edifício portátil não respeitar as
distâncias estabelecidas na Tabela 4 para determinar a localização segura dos edifícios
portáteis com base na extensão da nuvem inflamável e os níveis de radiação dos riscos
específicos do processo. Deve ser utilizado a API 521 para obter orientação sobre limites
inferiores de inflamabilidade e exposição máxima ao nível de radiação.

iii. Edificações portáteis utilizados para abrigar pessoas ou estocar equipamentos devem
ser instalados seguindo as instruções técnicas dos capítulos 3 (para cenário de
explosão), 4 (para cenário de fogo) e 5 (para cenário tóxico) da API RP 753.

iv. Edificações portáteis não devem ser colocados em locais onde cenários de
derramamento de líquido inflamável possam afetar o edifício.

v. Edificações portáteis não devem ser colocados dentro do dique, berma ou áreas de
barreira dos tanques de armazenamento de materiais inflamáveis ou combustíveis.

vi. Edificações portáteis para ocupação humana devem ser resistentes ao fogo e possuir
medidas de proteção contra incêndio, como por exemplo, sistemas fixos de combate a
incêndio com água.

vii. Contêineres para ocupação humana em canteiro de obras e/ou frentes de trabalho são
permitidos, desde que, cada módulo:

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a. Possua proteção contra riscos de choque elétrico por contatos indiretos e
aterramento elétrico.
b. Possua sistema de proteção e combate a incêndio por hidrantes externos e
extintores, de acordo com PNR-000015 - Sistemas de Proteção e Combate a
Incêndio (SPCI) - Geral e sistema de detecção de fumaça, de acordo com o PNR-
000041 - Sistema de Detecção e Alarme - Incêndio e Gás.
c. Contemple ações de mitigação em caso de acidente ou incêndio no Plano de
Resposta a Emergência do site.
d. Dentre as ações de emergência deve incluir, sem se limitar a este:
i. Abandonar e Isolar a área;
ii. Isolar fontes de ignição e prevenir a propagação do incêndio para demais
infraestruturas.
viii. Tratando-se de adaptação de contêineres para ocupação humana, originalmente
utilizados no transporte ou acondicionamento de cargas, deverá ser mantido no canteiro
de obras, à disposição da fiscalização do trabalho, laudo técnico, conhecido como laudo
de descontaminação, elaborado por profissional legalmente habilitado, relativo a
ausência de riscos químicos, biológicos e físicos (especificamente para radiações) com
a identificação da empresa responsável pela adaptação.

6.1.1.9.3 Tendas

i. Tendas são permitidas apenas em instalações temporárias quando não manipular ou


não puder ser afetada por produtos combustíveis, inflamáveis, explosivos ou tóxicos e
ainda não envolver intervenções nas atividades industriais do empreendimento, (como
por exemplo, a instalação de tendas para o abrigo dos trabalhadores no campo em áreas
adequadas).

ii. As tendas devem ser erguidas para cobrir, no máximo, 75% das instalações.

iii. Todo o tecido da tenda deve atender aos critérios de desempenho de propagação de
chamas contidos no método de teste 2 da NFPA 701.

iv. As tendas devem ser instaladas sob supervisão, com o devido dimensionamento de
estabilidade, devendo ser considerados os seguintes requisitos para a garantia da
segurança:

a. ancoragem;
b. ação do vento;
c. característica retardante à propagação de chamas dos materiais;
d. inspeção da estrutura no local.
v. Na ausência de regulamentação local, para que uma tenda seja considerada isolada de
outra, deverá haver uma distância mínima de 3050 mm entre elas.

vi. Tendas instaladas em áreas livres no nível acabado do solo e que não excedam 112 m 2,
não precisam ser distanciadas uma das outras desde que as precauções de segurança
atendam a regulamentação do corpo de bombeiro local.

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vii. O nível do solo acabado fechado por qualquer tenda, e o nível do solo acabado por uma
distância razoável, mas por não menos que 3050 mm fora de tal tenda, deve ser limpo
de todo material inflamável ou combustível ou vegetação que não seja usado para o
suporte necessário. O trabalho de limpeza deve ser realizado antes da construção de tal
tenda. As instalações devem ser mantidas livres de tais materiais inflamáveis ou
combustíveis durante o período em que as tendas são utilizadas pelo público.

viii. É proibido a utilização e armazenamento de produtos inflamáveis, explosivos e tóxicos


no interior de tendas para acomodação do público.

ix. Tendas utilizadas para abrigar pessoas ou estocar equipamentos devem ser instaladas
seguindo as instruções técnicas dos capítulos 6 (para cenário de explosão), 7 (para
cenário de fogo) e 8 (para cenário tóxico) da API RP 756.

x. Nenhuma estrutura deve ser suspensa sobre ou através de tendas sem a aprovação do
responsável técnico por sua instalação.

xi. Quando a tenda possuir portas, estas devem abrir no sentido de fluxo de saída e
permanecer destrancadas e desobstruídas.

xii. As tendas que forem utilizadas somente para preparo e venda de alimentos ou bebidas
devem possuir medidas preventivas extintoras para o risco específico de incêndio.

xiii. Para aquecedores elétricos utilizados em tendas, os mesmos deverão ser conectados a
eletricidade através de cabos elétricos adequados para uso externo e adequadamente
dimensionado para suportar a carga elétrica demandada.

xiv. A utilização de GLP para cocção de alimentos deve ser feita fora das tendas temporárias.

xv. Recipientes para armazenamento de GLP devem ser instalados a não menos que 1,5 m
de qualquer tenda e devem estar de acordo com as disposições da NFPA 58. Os tanques
devem ser fixados na posição vertical e protegidos do tráfego de veículos.

6.1.1.9.4 Galpões Lonados

i. Estruturas de membrana ou galpões lonados devem ser projetadas para atender a todos
os requisitos desta seção e podem ser classificadas como edifícios temporários desde
que atendam as regulamentações locais do corpo de bombeiros ou similar.

ii. Todo o tecido dos galpões lonados devem atender aos critérios de desempenho de
propagação de chamas contidos no método de teste 2 da NFPA 701.

iii. O nível do solo acabado fechado por qualquer estrutura de membrana, e o nível do solo
acabado por uma distância razoável, mas por não menos que 3050 mm fora de tal
estrutura, deve ser limpo de todo material inflamável ou combustível ou vegetação que
não seja usado para o suporte necessário. O trabalho de limpeza deve ser realizado
antes da construção de tal estrutura. As instalações devem ser mantidas livres de tais
materiais inflamáveis ou combustíveis durante o período em que as estruturas são
utilizadas pelo público.

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iv. Estruturas de membrana tensionados devem seguir os requisitos da seção 25.2 da NFPA
01 e estruturas de membrana sustentadas e infladas com ar devem seguir os requisitos
da seção 25.6.5 da referida NFPA.

v. O projeto, os materiais e a construção dos galpões devem ser baseados em planos e


especificações preparados por um arquiteto licenciado ou engenheiro com conhecimento
em construção de membrana tensionada.

vi. Recipientes para armazenamento de GLP devem ser instalados a não menos que 1,5 m
de qualquer estrutura de lona e devem estar de acordo com as disposições da NFPA 58.
Os tanques devem ser fixados na posição vertical e protegidos do tráfego de veículos.

vii. Para armazenamento de produtos industriais dentro de galpões lonados deve ser
adotado, sempre que aplicável, os requisitos apresentados nos itens 6.1.1.6 e 6.2.4 de
acordo com a quantidade e com o produto a ser armazenado. Quando houver a previsão
de manipulação de produtos combustíveis, inflamáveis, explosivos ou tóxicos, no
mínimo, uma Análise de Risco deve ser realizada.

6.1.1.9.5 Ativos moveis da Mina

i. [PR] As oficinas de mina devem ser instaladas nas proximidades das minas e cavas de
modo a não interferir no sistema de circulação de veículos leves, minimizando a
circulação dos veículos pesados entre estas e o sistema de descarga da britagem.

ii. [PR] As oficinas de minas e suas instalações de apoio devem ser instalados com acesso
exclusivo para este fim, para que o tráfego destes veículos e/ou máquinas dentro da
planta seja minimizado, evitando o trânsito em áreas de alto risco e facilitando o
movimento de veículos de emergência, se necessário.

iii. Deve ser realizada Análise de Risco para determinação do local e distanciamento das
borracharias de minas visto que as mesmas devem ser afastadas e com local específico
para o enchimento de pneus. A atividade de enchimento do pneu após o reparo e
considerada de alto risco.

iv. Para as áreas em que há ocorrência de fundações profundas, como por exemplo estacas
e tubulões, bem como nos casos de existência de estruturas subterrâneas, tais como
fosso, galerias e túneis, não deve ser realizado a deposição de material na superfície da
área de influência dessas estruturas, evitando o deslocamento ou desmoronamento do
sistema pela introdução de sobrecargas não previstas (verticais e horizontais).

v. Com o objetivo de eliminar o risco de sobrecargas que causem instabilidade e/ou


desmoronamento, não devem ser locadas estruturas ou pilhas de estocagem,
temporárias ou não, nas bordas de taludes, de corte ou aterro, de forma a evitar efeitos
indesejáveis de recalques da estrutura. Para instalações existentes onde não for possível
a remoção, uma análise geotécnica deve ser realizada a fim de eliminar ou mitigar o risco
a níveis aceitáveis com a implementação das medidas de mitigação apresentadas após
a análise das medidas estruturais necessárias.

vi. Para estacionamentos em áreas de minas, ou outras áreas, situados próximos a cristas
de taludes, fica terminantemente proibido a aplicação de sobrecargas adicionais sejam
elas causadas pelos próprios veículos ou por deposição/empilhamento de qualquer

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material, mesmo que temporariamente, na superfície adjacente considerada como área
de influência sobre os taludes. A definição do limite entre a crista do talude e a área de
estacionamento deve ser precedida de estudos rigorosos considerando os aspectos
geológicos do solo e geometria dos taludes, como por exemplo a altura e inclinação.

vii. Para estacionamento situado em “pés” de taludes deve ser analisado as características
geométricas e condições geológicas, a fim de determinar a distância mínima segura entre
o pé do talude e a área de estacionamento.

6.1.1.9.5.1 Subestação móvel ou centro de carga móvel

i. Deverá ser realizada uma análise de riscos, a cada projeto, visando a identificação, não
só dos riscos do próprio equipamento, mas também dos decorrentes das suas interfaces
com outros equipamentos do sistema, bem como do ambiente em que está inserido.

ii. As subestações móveis devem ser instaladas em áreas livres, ventiladas e nas
adjacências de uma via de acesso para os veículos de emergência.

iii. As partes energizadas devem ser protegidas através de cercas de forma a proteger
contra contatos acidentais.

iv. A subestação deve operar sem restrições quando apoiada em terreno desnivelado de
até cinco graus, lateralmente ou longitudinalmente.

v. Todas as partes de alta e baixa tensão e não isoladas que estiverem, durante a operação,
a menos de 4 metros acima do nível do solo, bem como os ventiladores, devem ser
isolados de contato acidental por meio de proteção metálica permanente.

vi. A subestação deverá ser provida de estrutura periférica isolante removível (escorrega-
fio), com a função de garantir a passagem segura (sem transtornos) da subestação por
vias públicas arborizadas onde também existam cabos elétricos e de comunicação.

vii. A estrutura de base da subestação deverá possuir conectores de aterramento em, no


mínimo, dois pontos opostos. Todo aterramento deve estar ainda de acordo com o PNR-
000052 - Sistemas Elétricos - Geral - Aterramento / SPDA.

viii. A subestação deve ser equipada com sistema que identifique, em todas as direções, que
os equipamentos estão energizados e em operação, e lâmpadas indicadoras do contorno
da subestação móvel para indicar a sua energização.

ix. As subestações móveis para instalação temporária em minas devem ser até 34,5kV e
deverá ser apropriada para instalação ao tempo, com todos os componentes montados
de forma compacta sobre plataforma única. Os invólucros dos componentes da
subestação móvel (painéis, transformadores) deverão ter grau de proteção, no mínimo
IP 55. Os transformadores de potência deverão ser secos.

x. A subestação móvel deverá ser dotada de alarme sonoro e visual que deverá disparar
quando houver atuação de qualquer proteção. O alarme sonoro deverá permitir
programação do seu tempo de atuação. O alarme visual deverá ser permanente e só
poderá ser desativado após a intervenção para corrigir a falha.

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Layout de Instalações - Critérios Seguros de Layout

PNR-000088, Rev.: 00-04/01/2021


6.1.1.9.6 Geradores Portáteis de Emergência e Standby

i. Geradores de emergência quando instalados internamente devem atender aos seguintes


itens:

a. O gerador deve ser instalado em uma sala separada quando a falha de


desempenho do equipamento pode resultar em perda de vidas humanas ou
ferimentos graves.
b. A sala do gerador deve ser separada do resto do edifício por uma construção com
uma classificação de resistência ao fogo de 2 horas.
ii. Geradores de emergência quando instalados ao ar livre devem ser instalados em local
capaz de resistir à entrada de neve ou chuva.

iii. As salas, recintos ou edifícios separados que alojam os geradores devem ser localizados
para minimizar os danos de inundações, incluindo os causados pelos seguintes eventos:

a. Inundações resultantes de combate a incêndios


b. Reserva de água do esgoto
c. Outros desastres ou ocorrências
iv. As condições a serem avaliadas no projeto do sistema de geração de energia de
emergência devem incluir, mas não se limitar a proteção contra inundações, incêndio,
vandalismo, vento, terremotos, raios e outras condições semelhantes ou aplicáveis
comuns a locais geográficos.

6.1.2 Classe do Ativo

Não Aplicável

6.1.3 Gestão da Documentação

i. Durante todo o ciclo de vida do ativo deve ser realizada a gestão efetiva de documentos
através de um sistema informatizado, de forma a manter o conteúdo atualizado e
disponível para todos os empregados conforme PNR-000039 - Processos e
Padronização Vale. Um procedimento local deve estar em vigor para garantir que os
documentos de equipamentos (fornecedores) e de projeto sejam atualizados, incluindo,
mas não se limitando a:

a. Em projetos brownfield, modernização ou desativação de instalações é necessário


atualizar o as-built do arranjo geral do site. Novos documentos que abordam
apenas o escopo reduzido das mudanças não são permitidos. Os documentos
existentes deverão ser atualizados e refletir a exata condição da instalação.

6.1.4 Análise de Riscos

i. Avaliações de Risco são realizadas e atualizadas através de metodologia com nível de


detalhamento e frequência adequados ao grau de complexidade dos ativos, que
considera todo o seu ciclo de vida, levando em conta cada cenário de MUE de modo que
medidas são tomadas já na fase de projeto para refletir uma operação mais segura,
conforme metodologia e procedimentos específicos definido no PNR-000033 -

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PNR-000088, Rev.: 00-04/01/2021


Identificação de Perigos e Análise de Riscos para Eventos Materiais Indesejados (MUE)
e demais PNRs de Gestão de Riscos.

6.1.4.1 Bloco 8 - Infraestrutura de Instalações Móveis e Ativos Temporários

6.1.4.1.1 Ativos moveis da Mina

i. Deve ser realizado análise de risco e estudo de manobrabilidade considerando de forma


não exaustiva, os fatores abaixo para determinação do dimensionamento e
distanciamento da praça de basculamento e estacionamento de caminhões o fora de
estrada:

a. Tamanho do caminhão;
b. Visibilidade do caminhão;
c. Capacidade do caminhão;
d. Sinalizações do caminhão e do entorno;
e. Batentes para pneus;
f. Contenções utilizadas;
g. Queda de material;
h. Volume e posicionamento das pilhas;
i. Leiras;
j. Atendimento de emergência e sistema de proteção contra incêndio;

6.1.5 Análise de Incidentes

i. A análise de incidentes é essencial para identificar as causas raízes e estabelecer ações


para eliminar a recorrência de tais eventos. Devendo ser adotados procedimentos
específicos que garantam a análise adequada dos incidentes e a implementação de
medidas para eliminar a recorrência destes eventos, devendo ser seguidos os requisitos
definidos nos PNRs de Análise de Incidentes.

6.1.6 Gestão de Mudanças

i. Modificações podem introduzir novos modos de falha no processo que podem levar a
MUEs. Para cada modificação, é necessário adotar procedimentos específicos que
garantam a identificação dos riscos e a implementação das medidas de prevenção e
mitigação adequadas segundo o PNR - Gestão da Mudança.

6.2 Requisitos de Projeto

Os requisitos de Projeto definem medidas para a integridade do ativo nas fases subsequentes
do seu ciclo de vida. Para tanto, são estabelecidos critérios e premissas que visam garantir um
projeto inerentemente seguro e com qualidade.

i. [PR] Deve ser desenvolvida uma abordagem baseada em índices de segurança inerente
em fase FEL 2, de modo a realizar uma análise de alternativas de projeto de layout de
infraestruturas com presença de elementos explosivos e substâncias quimicamente
instáveis e com risco de liberações, vazamentos, incêndios, explosões, derramamentos
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PNR-000088, Rev.: 00-04/01/2021


e contaminação por substâncias tóxicas e perigosas, classificados conforme capitulo
6.1.1 do PNR-000036 – Manuseio de Produtos Perigosos – Geral.

ii. [PR] O projeto do layout ou arranjo deve ser elaborado de forma que a locação das
infraestruturas dos blocos deve ser definida em função dos seguintes fatores:

a. Características do solo, subsolo, topografia incluindo áreas adjacentes, com


indicação dos limites de propriedade, norte geográfico e coordenadas;
b. Localização e elevação das estradas principais, vias de acesso ferroviário e cais;
c. Localização e elevação de serviços públicos;
d. Localização e extensão de cercamento e muros;
e. Localização das infraestruturas lineares;
f. Características principais dos parques de armazenamento e transferência,
estações de carregamento e de descarregamento, tratamento de efluentes, áreas
de armazenamento de produtos químicos e resíduos, escoamento, tomada,
adução e reservatórios de água bruta;
g. Características principais de casas da sala de controle, casas de operadores e de
subestações;
h. Definição e características de prédios administrativos, almoxarifados, oficinas de
manutenção, estações de combate a incêndio, portarias, laboratórios e estações
de carregamento de produtos;
i. Requisitos para sistemas de combate a incêndio/emergência, resposta de
emergência, drenagem pluvial e esgotos oleoso, contaminado, químico e
sanitário;
j. planta de situação em relação a aeroportos, cidades, vilas, fábricas, rodovias
públicas, ferrovias, portos, redes elétricas e acidentes geográficos significativos,
nas vizinhanças do terreno reservado para construção de uma instalação
industrial
k. Diretrizes para projeto de urbanismo, paisagístico e proteção ambiental;
l. Previsões para expansão se necessário de acordo com o escopo definido para as
unidades;
m. Instalações públicas vizinhas;
n. Direção predominante do vento e meteorologia;
o. Dados locais e climáticos (por exemplo: solo, sismos, pântanos, neve e outros)
p. Legislação e regulamentação local que podem afetar a localização das unidades
e depósitos (ruídos, visual, controle de sedimentos);
q. Localização da Cava e Plano de Lavras;
r. Resultados da avaliação de risco incluir estudos ambientais, cavidades;
s. Drenagem e inclinação natural do terreno no entorno.
iii. [PR] Os projetos do layout de instalações industriais devem:

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a. Assegurar um certo grau de isolamento e afastamento de forma que, na
ocorrência de um incêndio, explosão ou liberação de produto tóxico ou perigoso,
as instalações adjacentes ou fora do limite de propriedade sejam preservadas;
b. Assegurar acesso adequado a toda e qualquer área da instalação industrial para
fins de exercício das atividades de segurança, operação, manutenção, montagem
e ampliação;
c. Considerar, na localização de equipamentos, o tipo e riscos dos produtos
manuseados e suas condições operacionais;
d. Considerar, na localização de equipamentos que trabalham com produtos em
temperatura acima da de autoignição, a grande probabilidade de ocorrência de
incêndio em caso de vazamento do fluido manuseado;
e. Evitar a criação de condições para enclausuramento de vapores e gases tóxicos,
combustíveis e inflamáveis;
f. Considerar o atendimento à legislação aplicável a arranjo de instalações terrestres
em especial a legislação ambiental, de segurança e medicina do trabalho e
vigilância sanitária;
g. Prever áreas reservadas para estoque temporário de resíduos, substâncias
tóxicas e assemelhadas para ocasiões de serviços de manutenção, obras e em
condições de emergência ou contingência;
h. Prever áreas para movimentação de máquinas, equipamentos e veículos e áreas
para instalações provisórias necessárias para ocasiões de manutenção das
instalações industriais;
iv. [PR] Os estudos para definição da localização de novas instalações e sua disposição
deverão ser precedidos e apoiados por investigações geológico-geotécnicas da área,
tais como análise de cartas geológicas, mapeamento em campo, sondagens, ensaios
geofísicos, interferometria, a fim de se evitar implantar ativos em regiões propensas a
instabilidade de encostas naturais, movimentos de massa, recalques excessivos, tal
como disposto no PNR de Estruturas-Fundações.

v. [PR] O projeto de layout deve ser elaborado com base nas recomendações técnicas e
uma equipe multidisciplinar, envolvendo pessoas da instalação relativas às seguintes
áreas (lista não exaustiva): operação/processo; manutenção; projeto; segurança de
processos.

vi. [PR] O sistema de drenagem das unidades da Vale deve ser projetado de modo que, em
nenhum local, haja possibilidade de inundação. Em áreas onde houver o mapa de risco
de inundação, o layout deve obedecer às determinações da legislação local sobre uso e
ocupação do solo de forma a fundamentar o plano diretor na informação fornecida pelo
agente público responsável. Caso a informação não esteja disponível deve ser elaborado
modelagens hidráulicas das manchas de inundação associadas ao Sistema de
Informação Geográfica (SIG) considerando de forma não exaustiva:

a. Modelos do terreno, topografia, curvas de nível e elevações;


b. Dados históricos de precipitação e vazões de cheias;
c. Revestimento vegetal, permeabilidade e taxa de infiltração do solo;
d. Condições de fluxo e acumulação da bacia.
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vii. Devem ser considerados Topografia, Histórico de movimentação Sísmica e Índice
pluviométrico (tempestade) de 100 anos (no mínimo 25 anos) ou o nível de inundação
previsto pelos modelos SLOSH (Sea, Lake e Overland Surges from Hurricanes) para um
furacão de categoria 4 (Conforme FEMA 543 e FEMA 577) para o dimensionamento dos
sistemas de drenagem. Além disso, deve ser considerado projeções de até 25 anos para
inundações decorrentes da elevação do nível d’água para plantas situadas nas
proximidades de rios, lagos, mar e demais cursos d’água. Algumas referências, mas não
de forma exaustiva, que podem ser consultadas para análise de projeções:

a. Canada's Changing Climate Report (2019);


b. Climate Change Profile | Indonesia (2018);
c. Climate Risk Profile (2017);
d. Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas (PBMC), 2014;
e. The Intergovernmental Panel on Climate Change (IPCC).

6.2.1 Bloco 1 e 2 - Infraestrutura Administrativa e Infraestrutura de Serviços e Resposta


a Emergências

i. [PR] As instalações administrativas, resposta a emergência, instalações de apoio ao


serviço e sala de controle devem ser localizadas próximas à entrada do site e serem
diretamente acessíveis por uma via principal. O critério de proximidade a ser utilizado
para tal definição deve ser a taxa de ocupação humana permanente (da maior para a
menor) e a sequência das instalações inicialmente apresentada neste item.

ii. [PR] As instalações devem ser localizadas de acordo com o zoneamento aplicável,
códigos de obras, API RP752 e resultados de estudos de avaliação de risco.

6.2.1.1 Instalações de Resposta à Emergência

i. [PR] Quando aplicável, as instalações de resposta a emergência devem conter, de forma


não exaustiva, um prédio de posto de combate às emergências ou incêndios e um centro
médico de atendimento a emergência, além das instalações destinadas a saúde
ocupacional, garagem para os veículos de combate a incêndio e ambulâncias, espaço
para lavagem e secagem de mangueiras, depósitos de equipamentos de combate a
incêndio e de proteção individual, central de alarme e instalações para o pessoal de
segurança industrial.

ii. [PR] Os prédios da segurança industrial, da saúde ocupacional, do meio ambiente e da


vigilância patrimonial devem ter localização adequada de tal forma que a resposta a
emergência atenda ao tempo mínimo do requisito 6.2.1.1 i, possua pelo menos duas
saídas e fácil acesso às instalações.

6.2.1.2 Sala de Controle

i. [PR] Quando aplicável, as salas de controle devem ser projetadas para resistir ao
impacto de onda de choque conforme cálculo baseado em análise de riscos (API RP
752).

ii. [PR] O sistema de pressurização para sala de controle deve ser projetado de acordo
com o capítulo 7 da NFPA 496.
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6.2.2 Bloco 3 - Infraestrutura de Utilidades

i. As instalações de utilidades, com exceção da subestação principal, da captação de água


bruta e da estação de tratamento de efluentes químicos, devem ser localizadas em local
central com relação as unidades de processo, podendo ficar em quadras separadas ou
integradas. Tal medida visa a redução e concentração do risco.

6.2.2.1 Estação de Tratamento de Efluentes

i. [PR] As instalações para tratamento de esgotos oleoso e sanitário devem ser afastadas
das instalações administrativas, industriais e vizinhas, localizadas em áreas de cota mais
baixa que estas, respeitando os limites de distância estabelecidos nos mapas de risco
de inundação do corpo receptor.

ii. [PR] As estações de tratamento de esgoto devem ser localizadas de modo que o sentido
dos ventos predominantes seja contrário às unidades e instalações de apoio e
concentrações de pessoas.

6.2.2.2 Subestação Principal

i. [PR] Para localização da subestação principal deve ser realizada uma análise de risco
visando reduzir minimizando a exposição das pessoas ao risco devido a faixa de servidão
de linhas de alta e baixa tensão.

6.2.2.3 Geração de Vapor e Energia Elétrica (Central termoelétrica)

i. A central termoelétrica deve ser projetada em prédio próprio conforme API RP 752.

6.2.3 Bloco 4 - Infraestrutura de Carregamento e Descarregamento

i. [PR] A área de carga e descarga terrestre deve estar localizada no limite da propriedade
da Planta com conexão direta aos acessos públicos e oposta as infraestruturas dos
blocos 1 e 2. Para transporte marítimo ou fluvial, a área deve estar localizada à beira-
mar ou à beira do rio.

ii. [PR] O layout do sistema de manuseio abaixo assim como outros aspectos associados
ao layout do mesmo (Exemplo: drenagem, área operação/manutenção, proteções,
sistema de controle de poeira, vias e acessos), deve ser elaborado considerando no
mínimo o estabelecido nos PNRs:

a. Para carregamento de navio utilizar os PNR – Sistema de Manuseio –


Carregadores de Navio.
b. Para descarregamento de navio utilizar os PNR – Sistema de Manuseio –
Descarregadores de Navio.
c. Para carregadores de vagão utilizar os itens 6.2.1 e 6.2.2 do PNR-000038 –
Sistema de Manuseio – Carregadores de Vagão.
d. Para máquinas de pátio utilizar os itens 6.2.1 e 6.2.2 do PNR-000055 – Sistema
de Manuseio – Máquinas de pátio.

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iii. [PR] As peras ferroviárias devem, no mínimo atender aos seguintes critérios:

a. A rampa no ponto de carga e/ou descarga deve ser ascendente, para manter os
engates sempre tracionados durante a operação.
b. Em todo o pátio, o greide deve ser inferior a 0,15%, e no trecho em tangente, no
ponto de carga e/ou descarga, não deve exceder 0,05%.
c. O trem carregado deve localizar-se em uma tangente, minimizando o esforço de
tração.

6.2.4 Bloco 5 - Infraestrutura de Áreas de Armazenamento

i. [PR] Na seleção de uma área para armazenamento ao ar livre, o local deve atender aos
seguintes critérios:

a. Sistema de combate a incêndio de acordo com o PNR de Sistemas de Proteção


e Combate a Incêndio (SPCI) – Armazéns;
b. Estradas de acesso para combate a incêndio.
c. Ausência de perigo de inundação.
d. Topografia nivelada para fornecer estabilidade de armazenamento.
e. Espaço livre de edifícios ou de outro armazenamento combustível que constitui
um perigo de exposição.
f. Espaço livre entre pilhas de armazenamento e quaisquer rodovias, pontes,
ferrovias e regiões arborizadas.
g. Espaço livre entre o armazenamento de materiais combustíveis e dutos, pontes
de tubulação, bandejas de cabos e linhas de transmissão elétrica.

6.2.4.1 Armazenamento de Produtos a Granel com Atmosfera Explosiva

i. [PR] A separação de silos, armazéns ou instalações onde exista o risco de explosão de


poeira ou área de risco de deflagração e as exposições circundantes deve ser
determinada através de um estudo de modelagem das cargas de explosão e deve
abordar no mínimo os itens abaixo:

a. Propriedades dos materiais;


a. Tipo de operação;
b. Quantidade de material que estará presente fora do equipamento de processo;
c. Projeto de construção e equipamento;
d. Natureza das exposições circundantes.

6.2.4.2 Pilha de Estocagem

i. [PR] Deve ser realizada uma análise de risco para definição de áreas de armazenamento
e expedição de carvão a fim de avaliar a localização o mais próximo possível dos limites
da planta, de modo a minimizar o trajeto e tempo de permanência dos veículos, vagões
ferroviários e/ou correias transportadoras dentro da unidade.

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6.2.5 Bloco 6 - Infraestrutura de Unidades de Processo

i. [PR] As unidades de processos devem ser localizadas preferencialmente em quadras


separadas, porém é permitido que duas ou mais unidades sejam localizadas em uma
mesma quadra, de forma integrada, sendo que essa integração entre as unidades não
deve aumentar o grau de risco que cada unidade possui, conforme classificação
apresentada no item 6.1.1.7 i, se construída isoladamente. A decisão de adotar arranjos
de unidades de processo integradas, deve ser precedida de um estudo, com
considerações de cunho de segurança, saúde, proteção do meio ambiente, operacionais
e econômicos. Se aplicável, a integração deve considerar:

a. Para o caso de o conjunto dessas instalações operarem simultaneamente, sem a


possibilidade de ocorrer parada para manutenção de forma separada, essas
instalações são consideradas como uma única unidade operacional, para fins de
limite de bateria e demais recomendações relacionadas a uma unidade;
b. No caso em que, apenas uma das instalações do conjunto tenha paradas para
manutenção em separado, é recomendável separar o limite de bateria e a
disposição dos equipamentos de cada instalação.

6.2.6 Bloco 7 - Infraestrutura de Sistemas Lineares e Acessos

i. [PR] A definição da rota dos sistemas lineares deve ser fruto de um Estudo Prévio de
Alternativas Locacionais (EPAL). Esta análise deve identificar por meio de levantamento,
avaliação integrada de temas ambientais, socioeconômicos, legais e de infraestrutura, a
rota que propicie o menor impacto nas infraestruturas existentes (cruzamentos mínimos),
ambiental, socioeconômico.

ii. [PR] Deve ser desenvolvido estudo de impacto ambiental, atendendo a legislação local,
da alternativa locacional escolhida e elaborado projeto de engenharia considerando
quando aplicável, de forma não exaustiva, no mínimo, os seguintes itens:

a. Áreas de preservação permanente e faixas marginais de proteção;


b. Áreas úmidas ou sujeitas a inundação;
c. Travessia com elementos de infraestrutura existente;
d. Patrimônio arqueológico, histórico e cultural;
e. Estudos de Hidrologia e hidrogeologia;
f. Aerolevantamento das instalações vizinhas (off-site) existentes ao longo de todo
o traçado, considerando uma faixa envoltória de no mínimo 400 metros de largura,
sendo 200m para cada lado do eixo central da infraestrutura linear.
g. Direção predominante do vento e meteorologia;
h. Dados locais (por exemplo, solo contaminado, sismos, pântanos, talvegue, neve)
i. Legislação e regulamentação local que podem afetar a localização do sistema;
j. Localização da Cava e Plano de Lavras;
k. Resultados da avaliação de risco;
l. Descrição geral do empreendimento;

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m. Localização e coordenadas do projeto;
n. Alternativas tecnológicas estudadas;
o. Caracterização técnica do sistema (Descrição do processo e Utilidades);
p. Faixa de servidão e método construtivo;
q. Sistema de Combate a incêndio e resposta a emergência;
r. Compartilhamento de faixa com infraestruturas de terceiros;
s. Layout das instalações do sistema linear e estruturas civis;
t. Sistema de proteção catódica;
u. Fase de implantação (Acessos, Canteiro e Cronograma da Obra);
v. Fase de Operação (Inspeção, Manutenção, Operação, Monitoramento da faixa);
w. Disponibilidade de infraestruturas públicas (energia elétrica, água) e logística;
x. Emissões atmosféricas, resíduos sólidos e efluentes líquidos;
y. Ruídos e vibrações;
z. Drenagem, inclinação natural, cortes, aterros, taludes.
iii. [PR] Investigações de negativação geológica devem ser realizadas ao longo das faixas
de servidão dos sistemas lineares.

6.2.6.1 Ferrovias

i. [PR] O projeto vertical de uma ferrovia tem sua rampa máxima definida pelos estudos
operacionais, podendo essa rampa ser assimétrica (limitação de rampa de ida e de volta
diferente) em função da carga estimada em cada sentido. O comprimento da curva
vertical deve atender o PNR Sistemas Logísticos - Ferroviário - Circulação de Trens de
Passageiros item 6.1.2.

ii. [PR] O traçado das ferrovias deve considerar o menor impacto possível junto às
estruturas existentes, minimizando as passagens em nível e permitindo o livre acesso e
a manutenção das condições pré-existentes. Estudos geológico-geotécnicos,
interferométricos e topográficos devem ser realizados para subsidiar as avaliações de
estabilidade de taludes, sejam eles de corte, de aterro, ou encostas naturais, das linhas
divisórias de bacias contribuintes e das linhas de talvegues que possam conduzir fluxo
d’água para os leitos projetados ou existentes de modo a garantir a não obstrução dessas
vias ou das estruturas existentes.

6.2.6.2 Transportadores de Correia de Longa Distância (TCLD)

i. Plataformas crossover (Figura 25) do tipo 3 ou 4 (conforme padrão CEMA, capítulo 2)


devem ser instaladas ao longo do TCLD para permitir o cruzamento para ambos os lados
do equipamento, considerando a menor distância entre 300m e as estabelecidas nos
códigos locais onde a plataforma será instalada.

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Layout de Instalações - Critérios Seguros de Layout

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Figura 25 – Exemplo de crossover.

6.2.6.3 Acessos

i. [PR] Os acessos veiculares da planta devem ser desenvolvidos de tal forma que os
cruzamentos de ruas sejam minimizados, bem como as travessias de pedestres dentro
da área industrial.

ii. [PR] As estradas de acesso as minas e cavas devem ser providas de sistema de
drenagem adequadamente dimensionado, considerando para tal, o fluxo de veículos fora
de estrada e máquinas pesadas.

iii. [PR] O traçado das estradas rodoviárias deve considerar o menor impacto possível junto
as estruturas existentes.

iv. [PR] O traçado das estradas rodoviárias deve minimizar os cruzamentos e permitir o livre
acesso e a manutenção das condições pré-existentes.

v. [PR] Um estudo geológico e topográfico do terreno deve ser realizado para subsidiar as
avaliações de estabilidade de taludes, sejam eles de corte ou aterro, das linhas divisórias
de bacias contribuintes e das linhas de talvegues que possam conduzir fluxo d’água para
os leitos projetados ou existentes de modo a garantir a não obstrução dessas vias ou
das estruturas existentes.

6.3 Requisitos de Construção, Montagem e Comissionamento

O processo de Construção, Montagem e Comissionamento estabelece requisitos para o


controle de qualidade conforme especificado na fase de projeto, garantindo sua correta
implantação.

6.3.1 Construção e Montagem

Os requisitos de Construção e Montagem por se aplicar a todos as fases do ciclo de vida do


ativo encontram-se no item 6.1 Requisitos Gerais

6.3.2 Comissionamento

Os requisitos de Comissionamento por se aplicar a todos as fases do ciclo de vida do ativo


encontram-se no item 6.1 Requisitos Gerais

6.4 Requisitos de Operação e Manutenção

A etapa de Operação e Manutenção estabelece os requisitos para controle dos riscos críticos
intrínsecos a estas etapas. Os requisitos do item 6.1 Requisitos Gerais por se aplicar a todas
as fases do ciclo de vida do ativo também se aplicam a este item.
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6.4.1 Operação

i. Nas mudanças do site operacional (ampliações de áreas, instalação de novos prédios,


fechamento de uma portaria e outros) onde ocorram mudanças no layout deve ser
implementado o PNR de Gestão de Mudança assim como também deve ser avaliado se
os critérios de layout seguro permanecem sendo atendidos antes de se implementar e
iniciar qualquer alteração ou modificação.

ii. Os acessos a hidrantes, como exemplo em áreas de pilhas de estocagem, devem ser
mantidos livre, desimpedidos e com espaço suficiente para manuseio de mangueiras.
Não sendo permitido obstruir, mesmo temporariamente. O distanciamento dos hidrantes
deve ser de acordo com o conforme item 6.2.2.6 do PNR-000015 - Sistemas de Proteção
e Combate a Incêndio (SPCI) - Geral.

iii. As vias de circulação de veículos, não pavimentadas, devem ser umidificadas, de forma
a minimizar a geração de poeira.

6.4.2 Manutenção

i. De forma a garantir a segurança do layout as áreas abaixo, não se limitando a estas,


devem ser devidamente sinalizadas, pintadas, identificadas por placas e mantidas livre
de detritos, entulhos e outros materiais. Fazendo também o controle do crescimento da
vegetação, principalmente arvores de grande porte, evitando a propagação de incêndio:

a. Cerca de segurança dos sites;


b. Todas as faixas de servidão;
c. Vias de acesso a todas as áreas incluindo ruas, passeios, rota de fuga e saídas
de emergência;
d. Acessos para passagem de veículos de emergência e combate;
e. Estacionamento, terminais rodoviários, ferroviários e marítimos;
f. Áreas de armazenamento (4,5 m ao redor de todo o perímetro da estocagem dos
materiais).
ii. Devem sem elaborados procedimentos de manutenção relativo as áreas do item 6.4.2 i
incluindo uma planilha/programação para inspeção com frequências de pelo menos, a
cada 12 meses.

iii. O piso de concreto deve ser mantido conservado e manutenido em todas as áreas do
site não se limitando os itens abaixo:

a. Vias de acesso a todas as áreas incluindo ruas e passeios;


b. Acessos a áreas de combate a incêndio e saídas de emergência;
c. Estacionamento e terminais rodoviários, ferroviários e marítimos;

6.5 Requisitos de Descomissionamento

A etapa de Descomissionamento envolve a desativação e a desmontagem de ativos


estabelecendo medidas para garantir segurança e a integridade destes.

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i. Um processo de descomissionamento do layout deve incluir (no mínimo):

a. Planejamento de Descomissionamento, incluindo:


i. Análise da Documentação de Engenharia das Instalações;
ii. Inspeção geral;
iii. Avaliação de risco para identificar os perigos associados com a operação
de descomissionamento de materiais, equipamentos ou entulho
remanescentes no local.
b. Engenharia de Descomissionamento, incluindo:
i. Desenvolvimento de procedimentos para as atividades.
ii. Pesos das gruas/guindastes e demais equipamento a ser introduzido para
o descomissionamento.
iii. Estabilidade dos equipamentos.
c. Emissão de permissão para atividades críticas.
ii. Implemente um Procedimento para Descomissionamento de equipamentos/ instalações
que inclua (não limitado a):

a. Remoção de todo resíduo de produto perigoso;


b. Remoção de todas as estruturas e entulhos do site (minimize atividades de
içamento pesado). São aceitáveis exceções quando a remoção de tubulação/
equipamento puder introduzir riscos adicionais tais como movimento de solo
afetando outros ativos (p.ex. tubulação enterrada passando por baixo de uma
ferrovia, prédio, armazém ou galpão). Nestes casos, inserir material inerte (p.ex.
areia, bentonita) na tubulação após desgaseificação é um método aceitável.
c. Verifique se há contaminação do solo caso a existência de produtos perigosos no
site, e tome medidas de mitigação (no caso de detectar contaminação).

6.6 Revisão Independente

As atividades detalhadas abaixo deverão ser submetidas a um processo de Revisão


Independente conforme PNR-000023 – Sistemas de Gestão – Revisão Independente e Tabela
23.

Tabela 23 – Aplicação da Revisão Independente

Necessidade
Período de
Análise Independente Eventos/ Gatilho Escopo de
Execução
Supervisão
Quando exigido pela autoridade
competente, a conformidade do
projeto de layout com os requisitos Identificação de
deste Padrão Normativo deve ser Na concepção e perigos e análise
FEL 2 e FEL 3 SIM
certificada por uma organização projeto básico de riscos do
terceirizada qualificada e projeto
imparcial, aceitável para a
autoridade competente.
Projeto de Layout de infraestrutura Na concepção e Identificação de
FEL 2 e FEL 3 SIM
de Fábrica e depósito de projeto básico perigos e análise

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Necessidade
Período de
Análise Independente Eventos/ Gatilho Escopo de
Execução
Supervisão
armazenamento (paiol) de agentes de riscos do
de detonação, explosivos, projeto
acessórios e nitrato de amônio
Identificação de
Projeto de Layout de infraestrutura
Na concepção e perigos e análise
de quaisquer sistemas FEL 2 e FEL 3 SIM
projeto básico de riscos do
estacionários de toxicidade aguda
projeto
Na concepção e
Projeto de Layout de infraestrutura projeto básico, Identificação de
que contenham gases ou líquidos para sistemas perigos e análise
FEL 2 e FEL 3 SIM
pirofóricos/ inflamáveis (GHS – estacionários que de riscos do
categorias de perigo 1,2 ou 3) armazenem mais projeto
de 120 m³.
Identificação de
Projeto de layout de unidades
Na concepção e perigos e análise
industriais imediatamente FEL 2 e FEL 3 SIM
projeto básico de riscos do
adjacentes a populações externas
projeto
Identificação de
Projeto de layout de infraestruturas Na concepção e perigos e análise
FEL 2 e FEL 3 SIM
situadas a jusante de barragens. projeto básico de riscos do
projeto
Identificação de
Projeto de layout geral ou plano Na concepção e perigos e análise
FEL 2 e FEL 3 SIM
diretor de novos sites projeto básico de riscos do
projeto

6.7 Suprimentos e Serviços

Os requisitos estabelecidos na fase de Suprimentos consistem na priorização da qualidade no


fornecimento de materiais e serviços de acordo com o Projeto e necessidades operacionais
futuras.

i. [PR] Projetos de Layout devem ser executados por empresas com pessoal
comprovadamente especializado tendo no mínimo 15 anos de experiência projetando
layout para as diversas infraestruturas abordadas no projeto.

Nota: Para requisitos gerais de Quality Assurance e Quality Control consultar os PNRs de
Sistemas de Gestão - QA/QC - Fornecimentos de Equipamentos e Materiais e/ou Fornecimento
de Serviços.

7 CONTROLE CRÍTICO
Não aplicável.

8 INDICADORES
Os indicadores que são essenciais para a avaliação de aderência aos processos de integridade
dos controles críticos e para a avaliação do resultado e efetividade destes estão listados no
PNR – Diretrizes Básicas de Ativos – DBA e fazem parte do PNR-000012 - Manual de
Indicadores Vale.

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9 CAPACITAÇÃO TÉCNICA
Não aplicável.

10 CHECK – LISTA DE VERIFICAÇÃO


O APÊNDICE I – Check – Lista de Verificação disponibiliza um Checklist de Verificação para
auxiliar na verificação dos Padrões Normativos da Vale, contendo requisitos mínimos e
específicos a cada fase do ciclo de vida dos ativos.

Este checklist é destinado ao uso dos times de Projetos, Operação e Manutenção. Não se
destina a substituir ou interpretar todos os requisitos de padrões de engenharia e/ou manual
dos fabricantes, incluindo uma análise detalhada das leis e regulamentos aplicáveis.

Foi desenhado para auxiliar na autoavaliação dos Padrões Normativos da Vale e no seu uso
em referência aos padrões de engenharia e/ou manual dos fabricantes na aplicação dos
requisitos mínimos, e como um guia para o que é esperado na demonstração de controles para
a integridade dos ativos.

Este checklist está sujeito a revisões baseadas em mudanças nos acima mencionados Padrões
Normativos da Vale. Sugestões para revisões ou esclarecimentos a este checklist devem ser
direcionadas ao time de padrões normativos em Gestão de Ativos.

Deste modo, os times de Projetos, Operação e Manutenção devem observar que: a) alguns
aspectos deste checklist podem não ser aplicáveis (N/A), para os quais será necessário
apresentar justificativas técnicas que permitam identificar o atendimento aos requisitos mínimos
de integridade e segurança dos ativos, conforme previstos em cada Padrão Normativo; b) que
este checklist pode não delimitar todas os possíveis aspectos a serem revisados. O usuário do
checklist deve observar que o conteúdo e as informações contidas neste checklist não devem
ser, e não constituem, uma substituição ao julgamento profissional.

11 EQUIPE TÉCNICA – ELABORAÇÃO DO PADRÃO


Este padrão foi elaborado por um Comitê Técnico multidisciplinar com representantes de
diversas áreas da Vale e de empresas especialistas, sob a liderança do time da Diretoria de
Gestão de Ativos.

A empresa especializada Chemtech, contratada pela Vale, participou na elaboração deste


Padrão Técnico Normativo para segurança e integridade dos ativos, tendo a responsabilidade
pela execução de serviços técnicos especializados de diagnóstico, benchmarking e
planejamento detalhado para elaboração e entrega do padrão, em conformidade com as
especificações técnicas do contrato, escopo e metodologia estabelecidos.

A listagem completa dos elaboradores está descrita no APÊNDICE V – Lista de Elaboradores.

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12 APÊNDICES

• APÊNDICE I – Check – Lista de Verificação

PNR-000088 -
Apendice I - Check list.docx

• APÊNDICE II – Bow tie Síntese

PNR-000088 -
Apendice II - Bow tie Sintese.pptx

• APÊNDICE III – Controle Crítico

Não aplicável.

• APÊNDICE IV – Matriz de Competência Técnica

Não aplicável.

• APÊNDICE V – Lista de Elaboradores

PNR-000088 -
Apendice - Lista de Elaboradores.xlsx

13 HISTÓRICO DE REVISÃO
Número da Revisão Data Revisado por Descrição
Ricardo Silveira Gonçalves
00 04/01/2021 Engenheiro Especialista Emissão Inicial
Matrícula: 81012732

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