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MANUAL PREVENTIVO DA APLICAÇÃO DA JUSTA

CAUSA PELO EMPREGADOR


Análise Legal, Doutrinária e Jurisprudencial
1ª Edição — Fevereiro, 2015
2ª Edição — Outubro, 2017
ALEXANDRA DA SILVA CANDEMIL
Advogada trabalhista, sócia e fundadora da Candemil Advogados Associados;
Mestre em Relações Internacionais para o Mercosul (UNISUL); Especialista em Direito do Trabalho e Processo do
Trabalho; Professora do Curso de Direito da Faculdade de Ciências Sociais CESUSC desde 2002; Professora Convidada
do Curso de pós-Graduação em Direito e Processo do Trabalho da CESUSC; Professora Convidada do Curso de
pós-Graduação da UNIDAVI; Professora Convidada da Escola Superior da Advocacia da OAB/SC.

MANUAL PREVENTIVO DA APLICAÇÃO DA JUSTA


CAUSA PELO EMPREGADOR
Análise Legal, Doutrinária e Jurisprudencial
2ª edição
EDITORA LTDA.
© Todos os direitos reservados

Rua Jaguaribe, 571


CEP 01224-003
São Paulo, SP — Brasil
Fone (11) 2167-1101
www.ltr.com.br

Outubro, 2017

versão impressa — LTr 5870.2 — ISBN 978-85-361-9412-7


versão digital — LTr 9251.0 — ISBN 978-85-361-9448-6

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)


(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Candemil, Alexandra da Silva


Manual preventivo da aplicação da justa causa pelo empregador : análise legal,
doutrinária e jurisprudencial / Alexandra da Silva Candemil. 2. ed. — São Paulo : LTr,
2017.

Bibliografia.

1. Contratos de trabalho — Brasil 2. Empregados — Demissão — Brasil I. Título.

17-08442 CDU-34:331.131 (81)

Índices para catálogo sistemático:


1. Brasil : Justas causas : Direito do trabalho
34:331.131 (81)
Dedico este livro aos meus filhos Bernardo e Arthur,
fontes eternas de inspiração.

Em especial, aos meus alunos, que me motivaram a revisar e ampliar esta obra.
Sumário

APRESENTAÇÃO • 2ª Edição ............................................................................................. 11


APRESENTAÇÃO • 1ª Edição ............................................................................................. 13

PRIMEIRA PARTE
OBRIGAÇÕES CONTRATUAIS DECORRENTES DO VÍNCULO EMPREGATÍCIO
1.1. O CONTRATO DE TRABALHO COMO FONTE ORIGINÁRIA DE OBRIGA-
ÇÕES ................................................................................................................................. 15
1.2. PODER DIRETIVO DO EMPREGADOR .................................................................... 20
1.2.1. Poder de organização.................................................................................... 22
1.2.2. Poder de controle ou de fiscalização ....................................................... 23
1.2.3. Poder disciplinar.............................................................................................. 25
1.3. DEVERES DO EMPREGADO ...................................................................................... 27
1.4. CARÁTER PEDAGÓGICO DAS PENALIDADES PUNITIVAS APLICADAS
PELO EMPREGADOR E DIREITO DE RESISTÊNCIA DO EMPREGADO .......... 30
SEGUNDA PARTE
JUSTA CAUSA APLICADA PELO EMPREGADOR
2.1. CONCEITO DE JUSTA CAUSA ................................................................................... 39
2.2. PRESSUPOSTOS CONSOLIDADORES DA JUSTA CAUSA ................................. 42
2.3. FATOS GERADORES DA JUSTA CAUSA: ANÁLISE LEGAL, DOUTRINÁRIA E
JURISPRUDENCIAL ...................................................................................................... 49
2.3.1. Ato de improbidade....................................................................................... 49
2.3.1.1. Quadro de decisões jurisprudenciais que caracterizam
ato de improbidade...................................................................... 62
2.3.1.2. Quadro de decisões jurisprudenciais que não caracteri-
zam ato de improbidade ............................................................ 66
8  Alexandra da Silva Candemil

2.3.2. Incontinência de conduta............................................................................. 69


2.3.2.1. Quadro de decisões jurisprudenciais que caracterizam
incontinência de conduta........................................................... 71
2.3.2.2. Quadro de decisões jurisprudenciais que não caracteri-
zam incontinência de conduta.................................................. 73
2.3.3. Mau procedimento......................................................................................... 76
2.3.3.1. Quadro de decisões jurisprudenciais que caracterizam
mau procedimento........................................................................ 79
2.3.3.2. Quadro de decisões jurisprudenciais que não caracteri-
zam mau procedimento.............................................................. 86
2.3.4. Negociação habitual....................................................................................... 89
2.3.4.1. Quadro de decisões jurisprudenciais que caracterizam
negociação habitual...................................................................... 92
2.3.4.2. Quadro de decisões jurisprudenciais que não caracteri-
zam negociação habitual............................................................ 93
2.3.5. Condenação criminal do empregado....................................................... 94
2.3.5.1. Quadro de decisões jurisprudenciais que caracterizam
condenação criminal..................................................................... 97
2.3.5.2. Quadro de decisões jurisprudenciais que não caracteri-
zam condenação criminal........................................................... 97
2.3.6. Desídia no desempenho das respectivas funções............................... 100
2.3.6.1. Quadro de decisões jurisprudenciais que caracterizam
desídia no desempenho das funções..................................... 102
2.3.6.2. Quadro de decisões jurisprudenciais que não caracteri-
zam desídia no desempenho das funções............................ 107
2.3.7. Embriaguez habitual ou em serviço......................................................... 112
2.3.7.1. Quadro de decisões jurisprudenciais que caracterizam
embriaguez habitual ou em serviço........................................ 118
2.3.7.2. Quadro de decisões jurisprudenciais que não caracteri-
zam embriaguez habitual ou em serviço.............................. 124
2.3.8. Violação de segredo de empresa............................................................... 126
2.3.8.1. Quadro de decisões jurisprudenciais que caracterizam
violação de segredo de empresa.............................................. 129
2.3.8.2. Quadro de decisões jurisprudenciais que não caracteri-
zam violação de segredo de empresa.................................... 129
2.3.9. Indisciplina e insubordinação..................................................................... 131
2.3.9.1. Quadro de decisões jurisprudenciais que caracterizam
ato de indisciplina.......................................................................... 134
Manual Preventivo da Aplicação da Justa Causa pelo Empregador • Sumário   9

2.3.9.2. Quadro de decisões jurisprudenciais que não caracteri-


zam ato de indisciplina................................................................ 138
2.3.9.3. Quadro de decisões jurisprudenciais que caracterizam
ato de insubordinação................................................................. 139
2.3.9.4. Quadro de decisões jurisprudenciais que não caracteri-
zam ato de insubordinação........................................................ 142
2.3.10.  Abandono de emprego.............................................................................. 145
2.3.10.1.  Quadro de decisões jurisprudenciais que caracteri-
zam abandono de emprego.................................................. 148
2.3.10.2.  Quadro de decisões jurisprudenciais que não caracte-
rizam abandono de emprego................................................ 152
2.3.11.  Ato lesivo da honra ou da boa fama e ofensas físicas praticados
no serviço contra qualquer pessoa ou contra o empregador e
superiores hierárquicos.............................................................................. 156
2.3.11.1  Quadro de decisões jurisprudenciais que caracterizam
ato lesivo da honra ou da boa fama e ofensas físicas..... 160
2.3.11.2  Quadro de decisões jurisprudenciais que não caracte-
rizam ato lesivo da honra ou da boa fama e ofensas
físicas................................................................................................ 162
2.3.12.  Jogos de azar.................................................................................................. 163
2.3.13.  Outras tipificações de justa causa........................................................... 165

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...................................................................................... 169

APÊNDICES
APÊNDICE A — REGULAMENTO INTERNO DE MEDIDAS DISCIPLINARES
EM CARÁTER PEDAGÓGICO E RUPTURAL CONTRATUAL POR JUSTA
CAUSA.............................................................................................................................. 171
APÊNDICE B — ADVERTÊNCIA DISCIPLINAR EM CARÁTER PEDAGÓGICO.... 172
APÊNDICE C — SUSPENSÃO DISCIPLINAR EM CARÁTER PEDAGÓGICO........ 173
APÊNDICE D — APLICAÇÃO DE JUSTA CAUSA......................................................... 174
Apresentação • 2ª edição

Com o intuito de aprimorar o estudo do instituto da justa causa aplicada


pelo empregador, a presente obra foi ampliada com inserções doutrinárias que
complementaram a pesquisa já realizada na 1ª edição.
Além das inclusões doutrinárias, contemplam esta edição decisões judiciais
proferidas e que abordaram cada modalidade de justa causa prevista em lei,
seguindo o padrão da classificação adotada anteriormente, qual seja, apresentação
de julgados que caracterizam e que não caracterizam a justa causa estudada em
cada título.
A presente edição examina ainda outras tipificações da justa causa previstas
fora do alcance do artigo 482 da CLT, por exemplo, a justa causa relacionada com
o descumprimento contumaz do empregado a respeito das normas de segurança
e medicina do trabalho.
O leitor também se deparará com modelos de punições disciplinares como
forma de dar praticidade ao poder disciplinar do empregador previsto no Capítulo 1
da presente obra.
Antes de finalizar esta apresentação, devo agradecer as colaborações aca-
dêmicas do Professor e Desembargador Amarildo Carlos de Lima, que foram de
extrema importância para o aprimoramento do estudo da justa causa.
Florianópolis, 26 de junho de 2017.
Alexandra da Silva Candemil
Apresentação • 1ª edição

Inspirada no caráter preventivo e pedagógico do poder disciplinar do


empregador diante de atos praticados pelos empregados, considerados pela
legislação trabalhista como fundamentos da ruptura motivada do contrato
individual de trabalho, decidi estudar com afinco o instituto da justa causa, com
apoio na legislação, na doutrina e na jurisprudência trabalhistas. O resultado do
caminho trilhado com este propósito é apresentado nestes escritos.
A finalidade da obra não é incentivar iniciativas de dispensa do empregado
por justa causa, mesmo que na prática isso acabe acontecendo nas relações de
trabalho, mas sim direcionar o poder punitivo do empregador na manutenção
do vínculo empregatício com a promoção de condutas educativas. A despedida
motivada do contrato de trabalho seria, portanto, o último fim esperado, quando
esgotadas todas as possibilidades de inclusão do empregado no liame de confiança
depositado em sua pessoa por força do contrato de trabalho firmado.
Assim, o enquadramento da falta praticada pelo empregado nos fatos
geradores tipificados pela legislação trabalhista, especificamente no artigo 482 da
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), por si só, não autoriza a presunção absoluta
da legalidade de punição do ato patronal. E é nesse viés que repousa o desafio
desta obra: demonstrar a necessidade de análise conjunta dos pressupostos da
proporcionalidade do ato faltoso praticado pelo empregado e a correspondente
punição aplicada pelo empregador, como a gravidade da falta praticada pelo
empregado, o non bis in idem, a imediatidade e o nexo de causalidade entre a justa
causa aplicada e a dispensa do empregado para a escolha da adequada punição
atribuída pelo empregador.
A jurisprudência trabalhista revela que a falta de um desses pressupostos
inviabilizará a legalidade do poder discricionário do empregador de despedir
o empregado por justa causa, fragilizando automaticamente a legitimidade
do poder diretivo e disciplinar do empregador explicitamente normatizado no
artigo 2º da CLT.
No que tange à estrutura de apresentação do conteúdo, a obra está dividida
em duas partes. A primeira contempla as obrigações contratuais decorrentes
14  Alexandra da Silva Candemil

do vínculo empregatício, aí incluídos aportes doutrinários e jurisprudenciais


pertinentes, como (i) o contrato de trabalho como fonte originária de obrigações,
(ii) o poder diretivo do empregador, com atenção especial para os legítimos
poderes de organização, controle e disciplinar do empregador, (iii) os deveres do
empregado e (iv) o caráter pedagógico das penalidades punitivas aplicadas pelo
empregador e o direito de resistência do empregado. A segunda parte se debruça
sobre o conceito de justa causa, identifica e analisa os pressupostos consolidadores
da justa causa e os fatos geradores da justa causa perante a lei, a doutrina e a
jurisprudência trabalhistas.
Antes de encerrar esta apresentação não posso deixar de registrar o
profundo agradecimento às pessoas que me auxiliaram e foram importantes no
desenvolvimento deste trabalho: Aguida da Silva Pereira, Rafael Blayer e Sueli
Duarte Aragão. Aqui, faço também um agradecimento especial aos meus alunos
da graduação do Curso de Direito do Complexo de Ensino Superior de Santa
Catarina (CESUSC), fonte motivadora do estudo da ciência do direito do trabalho.
E, especialmente, ao meu irmão e parceiro da advocacia Flávio da Silva Candemil
por sua cumplicidade neste projeto.
Por fim, a esperança que fica é a de proporcionar a profissionais de distintas
áreas — jurídica, de recursos humanos e ciências contábeis — um manual prático
para servir como fonte de pesquisa na busca da solução de problemas advindos
das condutas faltosas praticadas por empregados.
PRIMEIRA PARTE

Obrigações Contratuais Decorrentes


do Vínculo Empregatício

1.1. O CONTRATO DE TRABALHO COMO FONTE ORIGINÁRIA


DE OBRIGAÇÕES
O contrato individual de trabalho ajustado entre empregado e empregador
gera direitos e obrigações recíprocos, conforme a natureza do vínculo empregatício
e as cláusulas essenciais e acessórias pactuadas no ato da sua celebração.
Apesar de o direito do trabalho disponibilizar um sistema normativo de regras
que tutelam a força trabalhadora, sejam elas advindas do Estado ou de fontes
autônomas, como as convenções coletivas de trabalho e os acordos coletivos, não
há como desconsiderar a existência do poder diretivo do empregador traduzido
nas tarefas de organizar, fiscalizar e disciplinar os seus empregados.
A legitimidade do poder diretivo repousa no art. 2º da Consolidação das Leis
do Trabalho (CLT), ao atrair para quem contrata, pessoa física ou jurídica, a direção
da atividade econômica com os riscos inerentes ao próprio negócio.
Em contrapartida ao poder diretivo do empregador, tem-se a subordinação
jurídica do empregado, legitimada no art. 3º do mesmo diploma legal.
O instituto da subordinação na relação trabalhista fortalece o poder
de comando do empregador, que poderá, conforme o caso, aplicar sanções
disciplinares. Essas sanções possuem um caráter educativo e/ou preventivo da

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