Os reis da Síria
REZOM ou HEZION
Tornou-se um rei expressivo, anteriormente
foi oficial militar de Hadadezer I (rei sem grande significância de uma das regiões,
que reuniu um bando de assaltantes em
redor de si, ao obter o controle de Damasco
se tornando seu rei posteriormente.
BEN-HADADE I
Forma hebraica do aramaico Bar “filho
de Hadade”, e sob seu governo a Síria
obteve muitas conquistas militares e consequentemente territoriais, emergindo como
uma nação poderosa.
BEN-HADADE II
Rei que liderou a oposição contra a Assíria na batalha de Carcar. Cercou a cidade de
Samaria – 2 Reis 6:8-7:15. Ficou também conhecido como Hadadezer II e morreu 841
aC assassinado por seu homem de confiança – 2 Reis 8:15.
HAZAEL
Foi um usurpador do trono, matou Ben-Hadade II. O profeta Elias foi comissionado a
ungir Hazael como um dos 3 reis nomeados para completar a extinção da adoração a
Baal – 1 Reis 19:15-17; 2 Reis 8:13-15. Foi um dos principais opressores de Israel e Judá
– 2 Reis 12:17,18; 13:3.
BEN-HADADE III
Era filho de Hazael – 2 Reis 13:24, mas não obteve a mesma fama do pai e portanto,
inaugurou a Síria no processo de decadência – 2 Reis 13:25.
REZIM
Foi o último rei da Síria em evidência. Conquistou a Transjordânia à semelhança
de Hazael, lutou contra Judá – 2 Reis 15:37, 16:5-9, mas o rei da Assíria Tiglate-Pileser
III o derrotou e o executou deportando os siros, estabelecendo assim o final do
império sírio – 2 Reis 16:6. Isso ocorreu em 732 aC.
A RELIGIÃO DA SÍRIA
Havia um sincretismo muito grande na Nação em torno do Baalismo e outras formas
de culto pagão. Essas expressões foram grandemente influenciadas por religiões da
Suméria por vários séculos. As 4 divindades mais expressiva na religiosidade síria eram:
O IMPÉRIO ASSÍRIO
Um pouco da História da Assíria
A Assíria tem uma vasta e antiga história que vai desde 3.000 aC até a queda de sua
capital Nínive sob o poder da Babilônia em 612 aC. Contudo, o período da história
assíria paralelo à história de Israel que nos interessa é o período neo-assírio que gira
em torno de 900 a 620 aC. A Assíria foi um reino situado na Mesopotâmia,
no alto do rio Tigre, sendo fundado por um povo de origem semítica nativo do
noroeste da Mesopotâmia.Depois de um longo período de obscurantismo, o rei
Tiglate-Pileser I deu início ao expansionismo assírio. No reinado de Tiglate-Pileser III
(745-728 aC), o Império Assírio se estendeu do Golfo Pérsico às fronteiras do Egito. O
apogeu ocorreu no reinado de Assurbanipal, cujo império se estendia do Nilo ao
Cáucaso. Fizeram da guerra sua atividade principal e submetiam os vencidos a torturas
e exílio. Fundaram a cidade de Nínive, que se tornou a sede de seu poderoso império
no período neo-assírio. Sua capital inicialmente era a cidade de Assur e esta cidade
ajuda a pontuar os períodos da Nação:
Período ANTIGO Assírio (séc. 20 ao 15 aC)
Assur controlou a maior parte da Alta Mesopotâmia.
Período MÉDIO Assírio (séc. 15 ao 10 aC)
Sua influência declinou, e só foi reconquistada posteriormente, após uma série de
conquistas.
Período NEO-ASSÍRIO do início da Idade de Ferro
(911 a 621 aC) Assur expandiu-se ainda mais, e sob Assurbanipal
(cerca de 668 a 627 aC) controlou, por algumas décadas, todo o Crescente fértil, bem
como o Egito, antes de sucumbir à expansão neo-babilônica e, posteriormente, persa.
Mas neste período a capital era Nínive.
Os Reis da Assíria
Vejamos alguns reis assírios que podem nos ajudar a entender fatos e períodos da
história de Israel, remontando uma lista a partir do período NEO-ASSÍRIO de 911 a 620
aC. indo até sua queda em 612 aC.
ADAD-NIRARI II:É considerado o 1º rei do período neo-assírio e reinou de 911 a 891
aC. E se empenhou numa política de expansão que teve continuidade nos outros
reinados.
TICULT-MINURTA II: Filho de Adad-Nirari II, este rei também era expansionista e
reinou de 891 a 883 aC. A dinastia desse rei passou a agir com mais rigor com os povos
que oprimiam a Assíria, seu pai e ele lançaram os fundamentos do novo império
assírio.
ASSURBANIPAL II: Filho de Ticult-Minurta II e reinou de 884 a 859 aC.
Foi um famoso guerreiro, e também um grande diplomata e administrador. Com ele a
Assíria voltou ao esplendor, subjugando os povos do médio Eufrates numa série de
batalhas, chegando ao Líbano e à Filistéia, onde as cidades costeiras lhe pagavam altos
tributos. Foi o primeiro rei assírio a construir carros de guerra e unidades de cavalaria
combinadas com a infantaria. Durante seu reinado os inimigos não eram derrotados,
eram destroçados e assassinados friamente.
ASSURBANIPAL II: Enviou expedições ao norte da Babilônia mas não teve coragem de
atacar Babilônia, Urartu (Ararati) e Harã seus vizinhos mais poderosos. O reinado de
Assurbanipal II marcou o início da constante pressão assíria sobre o ocidente, o que
colocou a Assíria em contato com Israel. Ele inaugurou a política de dominação
baseada em miscigenação deportando povos de suas terras para outras com
brutalidade.
ASSURBANIPAL II: O rei empenhou forças e mais de 50.000 pessoas como mão-de-
obra na construção de Calá, a nova cidadela que se tornou a capital durante um
tempo, também em palácios e templos. Empregou artistas para gravarem esculturas
em seus salões de audiência, contratou homens habilitados para manterem jardins
botânicos e zoológicos e um parque. A inauguração foi celebrada por meses e teve
69.574 convidados.
SALMANASAR III: Filho de Assurbanipal II e reinou de 859 a 824 aC. Seguindo as
orientações do pai, deu prosseguimento a campanha de expansão territorial da Assíria
estendendo suas fronteiras tornando-se senhor das terras desde Uratur até o Golfo
Pérsico, e desde a Média até a costa da Síria e Cilícia (Tarso). Liderou para isso 32
campanhas militares.
SALMANASAR III: As cidades de Hamate e Harã foram subjugadas pelo rei assírio. Tiro,
importante cidade da Fenícia também foi cercada por 5 anos. Em 857 aC tomou
Carquemis, uma cidade hitita que foi submetida a tributos altíssimos e atacou Bit-
Adni, isso alertou as principais cidades da região.
SALMANASAR III: Em 853 aC, para combater a resistência assíria, o rei Ben-Hadade II
(Síria), o rei Acabe (Israel) e outros reis da região fizeram aliança e lutaram na batalha
de Carcar. Salmanasar III afirma ter sido vitorioso, mas a conquista de fato da região só
ocorreu anos mais tarde, pois na ocasião não tomou Hamate nem Damasco, cidades
importantes da Síria. Em 841 aC, o rei Jeú de Israel pagou tributos a Salmanasar III,
assim como Tiro e Sidom (registro feito no Obelisco Negro). Neste período a aliança
entre Síria e Israel e outras nações já havia desvanecido. Nesse período, o rei da
Assíria, se concentrou contra Hazael, rei da Síria que fugiu e se refugiou em Damasco.
SALMANASAR III: Depois de 837 aC, o rei Salmanasar III investiu atenção na conquista
da área norte de seu império, como Tabal e Capadócia aliviando a pressão sobre Canaã
por várias décadas. Depois de fortes combates sentiu o peso da idade mas teve de
enfrentar a rebelião de Nínive e outras cidades contra ele sob o comando do seu filho,
Assur-danin-pal. Esta guerra civil durou dois anos, até que a rebelião foi por fim parada
por Samsi-Adad V, outro filho de Salmanasar III. Pouco tempo depois desta última
vitória, Salmanasar III morreu.
SAMSI-ADADE V: Assumiu o poder com a morte do pai e após aplacar uma rebelião
promovida pelo próprio irmão. Reinou de 824 a 811 aC. A guerra civil interna durou
até 820 aC, o que terminou por enfraquecer muito o Império Assírio que não estendeu
fronteiras de seu domínio. A expressão militar deste período foram 3 campanhas
contra a Babilônia fazendo um tratado com o rei e contra a fortaleza de Der no
território elamita. Esse monarca era casado com Samuramati (também conhecida
como a rainha Semiramis). Ele faleceu muito cedo, então sua viúva atuou como
regente até 810 aC, quando o filho Adad-Nirari III tivesse idade suficiente para assumir
o governo. Nesse período da regência da rainha o exército efetuou expedições
focalizando o norte e oeste com o objetivo de incorporar Gosã como província.
ADAD-NIRARI III: Rei assírio no período de 811 a 783 aC. A rainha-mãe foi regente
durante os 5 primeiros anos de seu reinado por conta de sua pouca idade para assumir
integralmente o governo. Também enfrentou muitas questões internas como seu pai,
e isso complicou as relações da Assíria com os povos da Mesopotâmia. Seus oficiais e
governadores tentaram impor suas próprias regras ao novo monarca.
Conduziu diversas campanhas militares com a finalidade de fazer reconhecer o seu
poderio e a força da Assíria que tanto era apreciado nos tempos de seu avô,
Salmanasar III. Construiu o templo de Nabu em Nínive, que foi um dos expoentes
máximos do seu trabalho.Entre suas ações fez um bloqueio a Damasco na época de
Ben-Hadade III em796 aC, e permitiu a recuperação do território por parte de Israel no
reinado de Jeoás que pagou o tributo à Assíria – 2 Reis 13:25. Efetuou igualmente 3
campanhas e 6 no noroeste iraniano para defender-se expansionismo de Ourartou.
Nesse período a Síria entra em decadência, o que facilitou as empreitadas militares de
Adad-Nirari III, e também a retomada de território por parte de Jeroboão II,
rei de Israel – 2 reis 14:25-28.
SALMANASAR IV: Reinou de 783 a 773 aC. Esse rei conservou a pressão sobre
Damasco (capital da Síria), o que continuou facilitando os avanços de Jeroboão II. Mas
também teve que facear muitos conflitos internos. Sua sucessão era incerta uma vez
que historiadores afirmam que Adad-Nirari III morreu cedo em batalha sem deixar
filhos, o que se contradiz com outros dados.
ASSUR-DAN III: O próximo rei Assur-Dan III, dito filho de Adad-Nirari III, reinou de 773
a 755 aC. Três eventos foram demarcados neste governo fora os conflitos internos
entre seus oficiais que só agravavam-se:
765 aC – Uma praga assolou a Assíria impedindo o rei conduzir a campanha militar
planejada.
763 aC – Eclipse solar interpretada como mau presságio para a Assíria porque uma
revolta interna se instaurou teve repercussão externa até 759 aC.
759 aC – Outra praga assolou a Assíria.
ASSUR-DAN III: Esse rei assírio foi pai do grande Tiglate-Pileser III, mas este não
sucedeu diretamente a seu pai, pois seu tio assumiu o poder antes dele.
ASSUR-NIRARI V: Era irmão de Assur-Dan III, e assumiu o governa da Assíria no
período de 755 até 744 aC. Era tio de Tiglate-Pilser III, verdadeiro sucessor ao trono.
TIGLATE-PILESER III ou PUL: (na Babilônia) Rei da Assíria conhecido por sua
engenhosidade na guerra e governou entre 744/745 a 727 aC. Foi responsável pela
revitalização do reino assírio, tendo conquistado a Babilônia, a Síria e a Palestina.
Deve-se a ele a conquista de Damasco na Síria em 732 aC, quando o Rei Rezim
ameaçou invadir o Reino de Judá. Acaz, rei de Judá pediu auxílio e Tiglate-Pileser III
(seu nome assírio é Teglat-Falasar III) conquistou Damasco, deportou os seus
habitantes para Quir e executou Rezim (rei da Síria). Foi um dos mais famosos
comandantes da História antiga. As suas conquistas abrangeram a maior parte do
mundo conhecido pelos antigos assírios. As regiões conquistadas foram incorporadas
no reino assírio, tornando-se províncias. Para prevenir revoltas deportou grande parte
das populações, que colonizou em outras partes do reino, misturando os povos
enfraquecendo assim suas raízes culturais, crenças, língua, e tudo o que poderia
fortificar um povo como conhecimento geográfico da área.Ele cobrou impostos
pesados de Israel durante o reinado de Menaém, e da Síria inicialmente
– 2 Reis 15:19,20; onde seu nome babilônico é citado – Pul.
Em 737 aC, Tiglate-Pilesser III foi responsável pela 1ª deportação do reino do norte
(Israel), espalhando Naftali, Gade e a meia tribo de Manassés – 2 Reis 15:29
Em 734 aC, o rei de Judá, Acaz buscou apoio na Assíria contra a coalizão entre Israel e
Síria (reis Peca e Rezim) – 2 Reis 16:5-9.
Em 732 aC, o rei Tiglate-Pileser III tomou Damasco, matou o rei Rezim e enviou os
habitantes da Síria para Quir – 2 Reis 16:9.O rei também substituiu o rei Peca de Israel,
por Oséias que conspirou contra ele por ordens de Pul – 2 Reis 15:29,30.
SALMANASER V: Reinou de 727 a 721 aC, e manteve o movimento de seu pai
investindo em aumento de território. Nesse período descobriu a conspiração de
Oséias, rei de Israel; junto com o Egito, que era vassalo da Assíria e diante disso um
cerco de 3 anos foi promovido ao redor da capital Samaria – 2 Reis 17:1-5.
SARGÃO II: Reinou de 721 a 705 aC, e seu nome significa “rei legítimo”. Alguns
historiadores afirmam que Salmanasar V morreu misteriosamente, e que Sargão II era
seu irmão, e servia como seu general. Outros afirmam que usurpou o trono e fundou
uma nova dinastia na Assíria. É atribuída a ele a queda de Samaria (capital
de Israel) em 722 aC. A importante cidade israelita foi destruída e o povo foi levado
para Assíria sendo misturado a outros povos, e outros povos dominados foram
Em 717 aC, Sargão II derrotou o rei Psíris de Carquemis, avançando em sua campanha
militar contra a Cilícia.
Em 712 aC, invadiu mais uma vez a Palestina, tomando Asdode e Gade afirmando ter
tomado Judá, o que historicamente não procede. Durante seu reinado a capital foi
mudada em torno de 3 vezes, utilizando Assur, Calá e Nínive, por fim começou edificar
sua própria capital chamada Corsabade e parece não tê-la concluído.Foi morto
tragicamente durante uma campanha militar.
SENAQUERIBE: eu nome significa “o deus da lua multiplicou os seus irmãos”. Reinou
na Assíria de 705 a 681 aC. Ele transferiu a capital de Assur para Nínive após reedificá-
la construindo uma muralha de 15 metros de altura, e também construiu palácios,
templos e aquedutos e represas para assegurar o suprimento de água, e tudo isso com
o trabalho dos cativos.
Em 701 aC, empreendeu uma campanha contra a Síria, cercou Sidom, e se deslocou
para o sul a fim de atacar Ascalom, destruindo Laquis também. E daí partiu para
Jerusalém. Em 701 aC, invadiu Judá, o reino do sul, tendo tomado 46 cidades. O rei de
Judá, Ezequias, enviou mensagem de submissão, acompanhada de valiosos presentes,
mas o monarca assírio não se satisfez, exigindo a rendição de Jerusalém, o que foi
recusado. Por motivos não esclarecidos historicamente, Senaqueribe desistiu do cerco
da cidade, retirando-se para sua capital Nínive.Esse fato foi narrado em 2 Reis 18:13 –
19:36. Ezequias ao consultar o profeta Isaías, confiou no Senhor e foi livrado
milagrosamente da mão de Senaqueribe que teve seu exército destruído.
Heródoto, ao escrever sobre a história do Egito, relata que um faraó pacifista foi
poupado de ser invadido pela Assíria porque uma peste atacou o exército assírio. Este
relato é interpretado como sendo a versão egípcia do ataque de Senaqueribe a Judá, já
que a região era passagem entre a Assíria e o Egito.Enquanto a narrativa bíblica
enfatiza a suspensão do cerco a Jerusalém graças à intervenção miraculosa de Jeová
como um triunfo, as fontes assírias e as descobertas arqueológicas retratam um outro
cenário nada animador para os judeus. O relato de Senaqueribe sobre sua campanha
contra Judá é conciso e objetivo:
"Quanto a Ezequias, o judaico, ele não se submeteu ao meu jugo. Eu montei cerco em
46 de suas cidades fortificadas e em incontáveis pequenas aldeias; a tudo conquistei
usando rampas de acesso que nos colocaram perto das muralhas (...). Eu expulsei
200.150 pessoas, jovens e velhos, homens e mulheres, cavalos, mulas, jumentos,
camelos, gado grande e pequeno além da conta, e a tudo considerei como pilhagem de
guerra. Ele mesmo, eu o fiz prisioneiro em Jerusalém, na sua residência real, como um
pássaro numa gaiola (...) Suas cidades que eu saqueei, eu as tomei de seu país e as dei
todas a Motinti, rei de Asdode, a Padi, rei de Eglom, e a Sillibel, rei de Gaza. Dessa
maneira, eu reduzi seu país, mas ainda aumentei meu tributo".
O sofrimento humano e as perdas materiais dos judeus foram resultantes da decisão do
rei Ezequias de se rebelar contra a Assíria, de quem Judá se tornara tributária desde a
destruição do Reino de Israel. Ainda que Jerusalém não tenha caído, amplas regiões do
reino foram devastadas, a valiosa terra agrícola foi entregue por Senaqueribe às cidades
da Filistéia. Muitos judeus foram aprisionados e deportados, e o tributo devido à Assíria
tornou-se bem mais alto do que era pago antes da rebelião. Ezequias recebera de seu
antecessor um reino próspero. E o que ele legou ao seu filho e sucessor, Manassés,
diminuiu consideravelmente de tamanho e de poder. Foi um desastre do qual o Reino
de Judá jamais se recuperou plenamente.
Em 681 aC, o rei assírio foi assassinado por seus 2 filhos enquanto adorava no templo
de seu deus Nisroque. Adrameleque e Sarezer o mataram e fugiram para a região do
Ararate. E um outro filho reinou em seu lugar.
ESAR-HADOM: Era filho de Senaqueribe e reinou de 681 a 669 aC. Manteve a mesma
política de tributos pesados de seu pai. Expandiu seus domínios ao Nilo, estabelecendo
sobre o Egito uma dominação inicialmente precária, tendo também reconstruído
a Babilônia que fora destruída por seu pai, a qual pode ter se tornado a nova capital do
Império Assírio durante algum período – 2 Crônicas 33:11. O rei Baal de Tiro se
recusou a pagar os altos tributos e foi atacado pela Assíria, e essa oposição ao império
assírio foi incitada pelo faraó Taharca. Com esse fato, Esar-Hadom aumentou a quantia
do tributo a ser paga pelo Egito e acrescentou madeira, pedra e outros materiais para
a construção de seu palácio na Babilônia.Pode ter sido nessa ocasião que Manassés
tenha sido levado preso para a Babilônia – 2 Crônicas 33:11. Depois deste período
Esar-Hadom viu caminhos abertos para o cumprimento de uma ambição assíria que
era conquistar o delta egípcio, de onde sempre vinha oposição forte.
Em 672 aC, uma campanha militar resultou em governantes assírios instalados na
cidade de Mênfis e Tebas.
Em 668 aC, o Faraó Taharca incitou os chefes egípcios a uma rebelião contra o domínio
assírio. Em 669 aC, Esar-Hadom mobilizou seus exércitos para esmagar a insurreição
no Egito, e ao chegar em Harã morreu de uma doença crônica que tinha.
ASSURBANIPAL: Foi o último grande rei dos assírios. Reinou de 668 a 627 aC. Durante
seu governo a Assíria se tornou a 1ª potência mundial. Seu império incluía Babilônia,
Pérsia, Síria e temporariamente o Egito.O monarca era filho de Esar-Hadom, morto por
volta de 669 aC, tentando reconquistar Mênfis, a capital egípcia que se rebelara após a
conquista. Após a morte de Esar-Hadom, o império assírio foi dividido: seu irmão
Shamas-Shum-Uquim reinou sobre a Babilônia e Assurbanipal no restante do império.
Mênfis foi reconquistada e o domínio assírio cresceu para o sul do Egito, até Tebas em
663 aC.Shamas-Shum-Uquim, irmão de Assurbanipal, por volta de 652 aC, atacou uma
tropa do irmão, perto da Babilônia. Iniciou-se uma guerra civil, só terminada após 3
anos de cerco da Babilônia. Finalmente, em 648 aC, Shamas-Shum-Uquim foi morto
pelo irmão no seu próprio palácio e Assurbanipal deu-lhe um funeral
digno, e vingou-se dos outros rebeldes:
"Eu alimentei com seus cadáveres, cortados em pedaços pequenos, cães, porcos,
abutres, águias, os pássaros do céu e os peixes do oceano".
Esse rei vangloriava-se de seus feitos sangrentos, mas apesar da sua ferocidade, é mais
lembrado como o estudioso que criou a grande biblioteca de Nínive, com uma
coletânea com obras em escrita cuneiforme, hoje responsável pela maior parte do que
se sabe dos povos da Mesopotâmia. Esta biblioteca continha milhares de textos
(crônicas, cartas reais, decretos, religião, mitos, etc) escritos em tabuinhas de barro
cozido. Depois de sua morte, o império decaiu e nunca mais recuperou o esplendor.
Com os conflitos internos, e o fortalecimento dos Medos diante dos vizinhos, as terras
da Assíria começaram a ser ameaçadas. Em Judá, o enfraquecimento da Assíria deu
espaço para as reformas no reinado de Josias – 2 Reis 22 e 23:26. E no Egito as
rebeliões voltaram a ganhar vulto.
O território da Assíria na época de Assurbanipal
ASSUR-ETIL-ILANI: Depois da morte do grande rei Assurbanipal em 627 aC seu filho
Sinsariscum foi declarado rei, mas seu irmão Assur-Etil-Ilani conseguiu ocupar o trono
em Nínive, enquanto Sinsariscum ficou com suas tropas na região leste do país, na
Babilônia. Esse monarca esteve ilegitimamente no poder de 627 a 626 aC.
Em 625 aC, a Babilônia se rebelou e expulsou todos os assírios de seu território, uma vez
que um comandante de Sinrariscum o comandante de babilônio Nabopolasar
aproveitou a confusão, traiu Sinsariscum e depois de duas vitórias com conquista duas
cidades ele foi declarado rei de Babilônia. Em 623 aC, Assur-Etelli-Illani morreu e seu
irmão legítimo herdeiro assumiu o trono.
SINSARISCUM: Reinou de 626 aC a 612 aC, era filho do grande rei Assurbanipal e
penúltimo rei da Assíria. Após combater o irmão que usurpou o trono, assumiu o trono.
Mas a Assíria foi enfraquecida pela guerra civil e circundada por inimigos como os
medos, os babilônicos e o Egito. A Babilônia estava fortalecida neste período.
Em 616 aC, Nabopolasar, o rei da Babilônia conduziu suas tropas ao longo do rio Tigre e
sitiou Assur, porém viu-se obrigado a desistir, em parte devido ao apoio surpreendente
que os assírios receberam do seu antigo inimigo Egito sob o faraó Psamético I.
Em 614 aC, Nabopolasar aproximou-se dos Medos (referidos como umman-manda, nas
"Crônicas Babilônicas"), poderio se encontrava em pleno processo de expansão. A
aliança formalizou-se em Assur (tomada após três investidas) mediante
o casamento do príncipe Nabucodonosor, filho de Nabopolasar, com uma princesa
meda, filha do rei Ciáxares, chamada Amuhea. Em 612 aC, os babilônios e aliados
marcharam sobre Nínive e, após um longo cerco, afinal conquistaram a orgulhosa capital
da Assíria como foi profetizado por Naum e Sofonias. A cidade foi devastada e o rei
assírio, Sinsariskun, desapareceu entre as chamas ateadas pelos invasores. Seu sucessor
e filho/ou irmão, Assur-Ubalit II, ainda tentou resistir em Harã com o apoio dos egípcios,
mas essa cidade também caiu, três anos depois em 609 aC.
ASSUR-UBALIT II: Reinou de 612 a 609 aC, foi o último rei da Assíria.
Não está certo se ele é filho ou irmão do penúltimo rei Sinsariscum. Depois da morte do
grande rei Assurbanipal em 626 aC seu filho Sinsariscum se tornou rei depois de lutas
internas. O poder da Assíria diminuiu, e poderosos inimigos surgiram: A Babilônia
com rei Nabopolassar e a nação do Medos com rei Ciáxares. Entre os Medos se
encontrou também a nação Persa, que anos mais tarde se tornaria muito poderosa.
Contra essa coalizão poderosa o exército assírio perdeu terreno. Em 614 aC caiu Assur,
a capital antiga da Assíria, e 2 anos depois a capital Nínive. Sinsariscum morreu nisso, e
o príncipe Assuruballit II tornou-se rei. Os assírios dominaram ainda o oeste do antigo
império, e Harã, no rio Eufrates, tornou-se nova capital. Assuruballit II reinou por 3 anos,
mas então os medos e babilônicos atacaram de novo. Assuruballit II
retirou-se, deixando Harã nas mãos dos inimigos, mas reconquistou a cidade com ajuda
do exército do faraó Neco II. Mas os babilônicos e medos voltaram, combateram o
exército egípcio em Carquemis e Assuruballit II fugiu com o exército assírio para Urartu
(Ararate). Nunca mais se ouviu nada dele.
O desenvolvimento da Assíria
Fruto das múltiplas relações com outros povos a civilização assíria alcançou elevado grau
de desenvolvimento humano, coisa rara na época. Entre as preocupações científicas dos
assírios destacou-se a astronomia. Estabeleceram a posição dos planetas e das estrelas
e estudaram a Lua e seus movimentos. Na matemática alcançaram alto nível de
conhecimentos, comparável ao que posteriormente se verificaria na Grécia clássica.
O desenvolvimento da Assíria nas Artes
O espírito militar e guerreiro dos assírios se refletem em suas manifestações artísticas,
principalmente nos relevos que decoram as monumentais construções arquitetônicas.
Representam sobretudo cenas bélicas e de caça, em que figuras de animais ocupam o
lugar de destaque. Também cultivaram a escultura em marfim, na qual foram grandes
mestres, como se constatam nos painéis de Nimrud, que sobreviveram à madeira dos
móveis em que eram originariamente incrustados.
A Religião da Assíria
O rei assírio agia como regente sobre a terra em favor do deus nacional Assur, a quem
relatava diariamente suas atividades. Dessa maneira as campanhas assírias eram
concebidas como santas diante daqueles que não lhe jurassem fidelidade, e portanto
eram tratados como rebeldes a Assur.O templo principal de Assur ficava na cidade que
levava o seu nome, e as outras divindades cuidavam das outras cidades, entre elas
temos algumas:
Anu e Adade :Eram adorados em Assur também.
Ishtar : Era a deusa da guerra e do amor e era adorada em Nínive.
Nabu: Era o deus da ciência e da sabedoria e tinha templos em Nínive e em Calá, onde
haviam bibliotecas protegidas por oficiais reais.
Sin: Era o deus da lua e seus sacerdotes e adoradores tinham um templo em Harã.
Os sacrifícios assírios eram oferecidos pela manhã e à tardinha, e se utilizavam vinho,
leite, mel e bolos para agradar os divinos assírios.
IMPERIO BABILÔNICO
Um pouco de História da Babilônia
A idade deste império remonta ao período pós-diluviano quando o povo
tentouconstruir a torre de Babel desejando alcançar o céu. Para os babilônios
a palavra significa “porta de deus”, mas os hebreus insistiam em afirmar que significa
“confusão”. Esse episódio parece ter dado início ao Império.
Mas o período que nos interessa no momento é chamado de NEO-BABILÔNICO,
quando a Babilônia era o povo mais poderoso da meia lua fértil crescente na
Mesopotâmia.
O período Neo-babilônico se concentra entre 625 a 539 aC. E demarcou o crescimento
e ascensão desse império, que inicialmente tinha sua economia baseada na agricultura,
mas evolui em vários aspectos tanto na literatura, na construção, aliás é desse período
os Jardins Suspensos da Babilônia construído por Nabucodonosor.
Os Reis da Babilônia
NABOPOLASAR
Reinou na Babilônia de 626 a 605 aC. Ele era um comandante de Sinrariscum
(rei assírio instalado na Babilônia porque seu irmão lhe usurpou o trono na Assíria) o
comandante babilônio Nabopolasar aproveitou a confusão, traiu Sinsariscum e depois
de duas vitórias com conquista tomou 2 cidades e foi declarado rei de Babilônia.
Em 622 aC, esse monarca tentou reconquistar Nipur, uma cidade estratégica
importante para o controle do tráfego nos rios Tigre e Eufrates, mas não obteve êxito.
Em 616 aC, Nabopolasar conduziu suas tropas ao longo do rio Tigre e sitiou Assur,
porém viu-se obrigado a desistir, em parte devido ao apoio que os assírios receberam
do faraó egípcio Psamético I, que em 645 aC havia liberto o Egito das mãos dos
assírios.
Em 614 aC, ele aproximou-se dos Medos (referidos como umman-manda nas "Crônicas
Babilônicas"), um povo aguerrido, cujo poderio se encontrava em pleno processo de
expansão. A aliança se formalizou em Assur (tomada após três investidas), mediante o
casamento do príncipe Nabucodonosor II, filho de Nabopolasar, com uma princesa
meda, filha do rei Ciáxares, chamada Amuhea .
Em 612 aC, os aliados Babilônia e Média marcharam sobre Nínive e, após um longo
cerco, afinal conquistaram a orgulhosa capital da Assíria. A cidade foi devastada
e o rei assírio, Sinsariskun, desapareceu entre as chamas ateadas pelos invasores.
Em 609 aC, o rei empreendeu uma batalha contra Harã, a última fortaleza da Assíria.
Dessa vez pediu ajuda ao Egito, cujo exército foi barrado ao passar no território de Judá
pelo rei Josias. Não estava apoiando a Assíria, mas talvez intentasse obter o favor
babilônico. Nessa batalha, o faraó Neco mata o rei Josias – 2 Reis 23:29.
NABOPOLASAR
Em 609 aC, por fim, Nabopolasar conquistou Harã na conhecida 1ª Batalha de
Carquemis, dando a Babilônia mais território para lhe fortalecer diante dos povos.
Enfermo e já com avançada idade, Nabopolasar deixou esta vida em agosto de 605 aC.
As principais fontes sobre Nabopolasar provêm de 4 das "Crônicas Babilônicas" (textos
escritos por sacerdotes):
* Os primeiros anos de Nabopolasar (627-623 aC.)
* A queda de Nínive (616-608 aC.)
* Os últimos anos de Nabopolasar (608-605 aC.)
*Os primeiros anos de Nabucodonosor (605-594 aC.)
NABUCODONOSOR II
Conhecido também como Nebucadrezar, e reinou de 605 a 562 aC. É o filho e sucessor
do Rei Nabopolasar, e governou durante 43 anos o Império Neo-babilônico. É o mais
conhecido governante do Império neo-babilônico. Casou-se em 612 aC com a filha
de Ciaxáres, rei da Média.Ficou famoso pela conquista do Reino de Judá e pela
destruição de Jerusalém e seu Templo em 586 aC, além de suas monumentais
construções na cidade da Babilônia, entre elas os Jardins Suspensos da Babilônia, que
ficaram conhecidos como uma das 7 maravilhas do mundo antigo.
Em 605 aC ocorreu a 2ª Batalha de Carquemis onde o rei Nabucodonosor marchou
contra as tropas do Egito e as derrotou perseguindo-as
até ao sul, golpeando a cidade de Hamate dominando toda a região da Síria até a
fronteira egípcia.Nabucodonosor II sujeitou o rei Jeoaquim de Judá que era vassalo do
Faraó Neco – 2 Reis 23:34,35. Em 605 aC, o rei babilônio tomou e destruiu Ascalom na
planície da Palestina levando os líderes da população para a Babilônia.
A 1ªdeportação de judeus para a Babilônia ocorreu em 605 aC, quando são levados o
rei Jeoaquim, o profeta Daniel e seus 3 amigos e os nobres – 2 Reis 23:36 – 24:1-7. Foi
diante desse evento que o rei de Judá Jeoaquim tentou se rebelar contra a Babilônia –
2 Reis 24:1; o que foi um erro porque Judá não tinha como escapar. Nabucodonosor
dispensou seu exército babilônio e o contingente arameu, moabita, amonita – 2 Reis
24:2 para que tomassem o território e o saqueassem. É dito que o rei Jeoaquim
morreu em 598 aC. – Jeremias 22:18,19.
Em 597 aC, ocorre a 2ª deportação de judeus para a Babilônia, incluindo o rei
Joaquim, o profeta Ezequiel e os nobres – 2 Reis 24:10-17. Nabucodonosor II nomeou
Zedequias como rei-marionete para governar.
Em 588 aC, o rei da Babilônia reagiu a tentativa de rebelião de Zedequias colocando
cerco em Jerusalém.
Em 586 aC, ocorre a queda de Jerusalém e a destruição do Templo, assim como a 3ª
deportação de judeus para a Babilônia.
O rei Zedequias tentou fugir mas foi capturado e levado para Ribla, onde seus filhos
foram executados diante de seus olhos e onde lhe vazaram os olhos – 2 Reis 24:20 –
25:7.
EVIL-MERODAQUE Também chamado de Evil-Marduque. Foi rei da Babilônia, filho de
Nabucodonosor II. Nasceu por volta de 610 aC. Reinou por 2 anos apenas, entre os
anos 562 e 560 aC. Foi assassinado pelo seu cunhado Neriglissar ou Nergal-Sar-Usur,
que se apoderou do reino. O profeta Jeremias conta que Evil-Merodaque no seu 1º
ano de ascensão (no 12º mês, no 25º dia), Joaquim, o rei de Judá deposto, passou da
condição de um rei exilado sob detenção para amigo pessoal do rei. Atribuiu-lhe uma
pensão alimentar vitalícia. Isso ocorreu no ano 37º após o exílio de Joaquim - Jeremias
52:31-34; 2 Reis 25:27-30). Apesar de Josefo afirmar que o rei babilônio tinha uma
personalidade áspera.
NERIGLISAR
O seu reinado durou 4 anos, de 560 a 556 aC, deixando um filho menor de seu
casamento com a filha de Nabucodonosor II, Labashi-Marduque, como o sucessor ao
trono de Babilônia. Era cunhado de Evil-Merodaque e o assassinou usurpando seu trono
com o apoio do exército e dos sacerdotes. Talvez seja o Negral-Sarezer, príncipe e
general de Nabucodonosor II, mencionado em Jeremias 39:3.
LABACH-MARDUQUE
A duração do reinado do jovem rei foi de 9 meses. Foi assassinado por conspiradores
em 555 aC., que escolheram um de seus cúmplices, o general Nabonido, como
sucessor.
NABONIDO
Foi o último rei do império neo-babilônio, reinando de 554 a 539 aC. Sucedeu a
Labashi-Marduque, filho de Neriglissar. Acredita-se que fosse descendente de
Nabucodonosor II, pois seu filho Belsazar é chamado de "filho” (lit. descendente)
podendo também significar "sucessor de Nabucodonosor".
Fixou residência em Temã na Arábia, onde viveu por 10 anos, deixando seu filho
primogênito Belsazar como co-regente em Babilônia. Isso explica o motivo de Belsazar
ter oferecido ao profeta judeu Daniel recompensa pela decifração da Escrita
Misteriosa na parede, o 3º lugar no reino - Daniel 5:29.
Ciro II, rei da Pérsia, já havia anexado o Reino da Média e o Reino da Lídia (na Ásia
Menor). Seus avanços ameaçavam cada vez mais a existência do Império Neo-
babilônico, fazendo com que Nabonido, no ano de 540 aC retornar-se com o seu
exército para Babilônia. O rei Nabonido perdeu a Batalha de Opis, a 185 km de
Babilônia, e a Batalha de Sippar, a 80 km de Babilônia. Por fim, Nabonido parte em
fuga para Borsipa ao sul da Babilônia. Em 539 aC por fim, Ciro II, rei Medo-Persa
tomou a cidade de Babilônia por meio de seu general Gobrias. Alteraram o curso do
rio Eufrates em Ópis a fim de permitir que os invasores penetrassem pelas defesas ao
longo do rio seco. Belsazar e Nabonido foram mortos – Daniel 5:30.
Desenvolvimento da Babilônia
O povo babilônico era muito avançado para a sua época, demonstrando grandes
conhecimentos em arquitetura, agricultura, astronomia e direito. Iniciou sua era de
império sob o amorita Hamurabi cerca de 1730 aC, e manteve-se assim por pouco
mais de mil anos.Hamurabi foi o 1º rei conhecido a codificar leis, utilizando no caso, a
escrita cuneiforme, escrevendo suas leis em tábuas de barro cozido, o que preservou
muitos destes textos até ao presente. Daí, descobriu-se que a cultura babilônica
influenciou em muitos aspectos a cultura moderna, como a divisão do dia em 24 horas,
da hora em 60 minutos e daí por diante.
Religião na Babilônia
A biblioteca em Nínive tinha registros de que no ano 1.800 aC existiam mais de 2.500
deuses na Babilônia, o que denota o alto de politeísmo da nação.As divindades mais
importantes eram:
ANU Deus dos céus para os sumérios e semitas. Sua esposa era Inana ou Imim,
confundida mais tarde com Isthar.
ENLIL Deus do mar, mais tarde associado com Baal (Bel) e Marduque. Sua esposa era
Ninlil ou Ninusaque também associada com Isthar mais tarde.
As divindades mais importantes eram:
EA ou ENKI Deus das águas profundas, da sabedoria e gentil para com os homens.
Permitiu que o conhecimento fosse transmitido aos homens através da adivinhação.
Sua esposa era Damgal, Ninma ou Damkina que era a deusa da terra e do céu.
As divindades secundárias eram:
ADADE Deus semita da tempestade, das pragas, das enfermidades. Relacionado com
Hadade (deus arameu). Ele e sua esposa governavam
o submundo.
MARDUQUE Deus sumério do sol. Associado à criação. Tinha mais de 50 títulos
diferentes.
* O MAL era parte do plano divino e trazia consigo falsidade, temor e contenda, mas o
bem era sempre preferível, pois tinha promessa de vitória final.
* A ORDEM era traçada por “Du tu” (sumério) ou Shamash (Acadiano), o deus
onisciente que cuidava dos praticantes do bem > < punia os malfeitores.
A Filosofia Ética da Babilônia
* Os MALES SOCIAIS são:
Opressão dos fracos
Pesos alterados
Tiranos
Subornos
Ladrões
Mentirosos
* As LEIS eram baixadas para evitar abusar.
* O REI era representante especial dos deuses para transmitir bom exemplo aos seus
seguidores.
A Filosofia Ética da Babilônia
* A SABEDORIA era buscada e se acreditava que era possível acumulá-la.
* As REGULAMENTAÇÕES eram de alto nível > < não eram seguidas. Algumas eram
contraditórias ao baixo nível moral instaurado pelos cultos pagãos que só geravam
promiscuidade e ganância.