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Lei da gravitação universal

Ver artigo principal: Lei da gravitação universal


Formulada pelo físico inglês Isaac Newton e publicada em Philosophiae naturalis principia
mathematica em 1687,[16] a lei da gravitação universal explica teoricamente as três leis
empiricamente constatadas por Kepler no escopo da mecânica clássica e do cálculo
diferencial,[17][18] também formulados por Newton.
Newton percebeu que sua segunda lei do movimento era suficiente para explicar as três
leis de Kepler, contanto que a força gravitacional de atração entre dois corpos fosse
proporcional ao produto de suas massas,  e , e inversamente proporcional ao quadrado da
distância  entre eles, resultando na seguinte expressão:
,
Na expressão acima,  é a constante da gravitação universal, determinada
entre 1797 e 1798 por Henry Cavendish em sua famosa experiência.[19]

Idade Contemporânea
Relatividade geral
Ver artigo principal: Relatividade geral
Após formular a teoria da relatividade restrita, o físico alemão Albert Einstein publicou,
em 1915, sua teoria da relatividade geral.[20][21] Essa nova teoria foi construída para
expandir os conceitos de relatividade restrita a referenciais não inerciais e propôr uma
explicação teórica para o fenômeno da gravidade, anteriormente ausente na lei da
gravitação de Newton.[20][21] Segundo Einstein, a existência de matéria ou energia curva
o tecido do espaço-tempo.[21]
Nucleossíntese estelar
Ver artigo principal: Nucleossíntese estelar
Com o intuito de entender o mecanismo que produz a energia liberada pelo Sol,
o astrônomo Arthur Eddington propôs, em 1920, que a fonte dessa energia seria
advinda da fusão nuclear de elementos mais leves em elementos pesados. Após 12
anos da especulação de Eddington, a fusão de isótopos do hidrogênio foi produzida
em laboratório. Em 1939, o físico alemão Hans Bethe descreveu detalhadamente o
processo de fusão nuclear que ocorre no interior de estrelas, denominado
nucleossíntese estelar.[22]
Lei de Hubble
Ver artigo principal: Lei de Hubble-Homason

Ilustração sobre a expansão do Universo.

Em 1912, o astrônomo norte-americano Vesto Slipher mediu o espectro


eletromagnético da galáxia de Andrômeda - à época identificada como
"nebulosa espiral" - percebendo um deslocamento das linhas espectrais para
comprimentos de onda menores, isto é, deslocada para o azul (blueshift).[23] Pelo efeito
Doppler relativístico, previsto pela relatividade restrita de Einstein, Slipher concluiu que
Andrômeda está se aproximando da Terra.[23] Nos anos seguintes, o astrônomo
analisou o espectro de 40 galáxias diferentes e observou que a maioria
apresentava desvio para o vermelho, ou seja, que estavam se afastando da Terra.[23][24]
Analisando o comportamento de estrelas Cefeidas, cuja luminosidade varia em um
período bem definido, por meio de imagens capturadas pelo telescópio de Monte
Wilson, Edwin Hubble e Milton Homason estimaram a distância às outras galáxias. Ao
comparar as distâncias entre as galáxias e suas velocidades de afastamento, eles
perceberam que galáxias mais distantes afastavam-se com maior velocidade. [23]
[24]
 Admitindo uma relação linear entre a velocidade de afastamento  das galáxias e sua
distância  à Via Láctea, postulou-se a lei de Hubble-Humason:
.
Em que  é o parâmetro ou constante de Hubble.[23][24]

Divisões
Entre as principais divisões de ramos teóricos e de pesquisa em astrofísica estão
as seguintes:

Mecânica celeste

Diagrama dos pontos de Lagrange provocados pelas forças gravitacionais da Terra e


do Sol.

Ver artigo principal: Mecânica celeste


A mecânica celeste estuda o movimento dos astros, que estão submetidos às
forças resultantes da atração gravitacional entre corpos celestes, através das leis
da mecânica. Assim, essa área encarrega-se, dentre outros, de calcular as
distâncias e as posições dos astros do Sistema Solar, determinar massas de
estrelas distantes e de outros objetos, calcular órbitas de satélites artificiais em
torno da Terra e determinar as trajetórias de sondas espaciais enviadas a outros
astros do Sistema Solar.[25]
O objetivo da mecânica celeste, similarmente à astrometria, é o de determinar as
posições dos astros e como elas variam com o tempo. Porém, diferentemente da
astrometria, a mecânica celeste também é embasada teoricamente pela mecânica
clássica.[25]

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