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PROJECOM - PROJETOS E ENGENHARIA DE CONSTRUÇÕES LTDA

EMANOEL FERNANDO DE SOUSA

CÁLCULO ESTRUTURAL PARA PEQUENAS OBRAS -


RESIDÊNCIA UNIFAMILIAR DE UM PAVIMENTO

RECIFE

2018
EMANOEL FERNANDO DE SOUSA

CÁLCULO ESTRUTURAL PARA PEQUENAS OBRAS -


RESIDÊNCIA UNIFAMILIAR DE UM PAVIMENTO

Apostila de apoio para o curso "Cálculo


Estrutural para pequenas obras -
Residência unifamiliar de um
pavimento", ministrado pelo Engenheiro
Civil Emanoel Fernando de Sousa,
CREA N° 15.915 D/PE.

RECIFE

2018
SUMÁRIO

1 APRESENTAÇÃO...............................................................4

1.1 Justificativa.........................................................................................4

1.2 Objetivos.............................................................................................4

2 FUNDAMENTOS.................................................................5

2.1 Projeto de Arquitetura.........................................................................5

2.2 Concepção da Estrutura.....................................................................5

2.3 Parâmetros de cálculo utilizados no projeto.......................................6

2.4 Equações usadas no Dimensionamento............................................7

2.5 Definição da Fundação.......................................................................9

3 MEMÓRIA DE CÁLCULO...................................................10

3.1 Cálculo das cargas nas Lajes ............................................................10

3.2 Cálculo das Vigas ..............................................................................12

3.3 Cálculo dos Pilares ............................................................................36

3.4 Cálculo das Fundações .....................................................................37

REFERÊNCIAS.......................................................................42

APÊNDICE A – Cálculos da nova fôrma

ANEXO A – Plantas de Arquitetura

ANEXO B – Plantas de Estruturas (Lançamento)

ANEXO C – Plantas de Estruturas (Coberta)

ANEXO D – Plantas de Estruturas (Fundação)

ANEXO E – Boletins de sondagens


4

1 APRESENTAÇÃO

1.1 Justificativa

A ideia de desenvolvimento deste trabalho surgiu das dificuldades


encontradas por muitos estudantes e profissionais atuantes na área de
Engenharia Civil em conceber uma análise prévia de construção de uma obra
de pequeno porte. Apesar de haver o conhecimento teórico a respeito dos
métodos construtivos e de cálculo estrutural, percebe-se uma dificuldade em
aplicar esse conhecimento de maneira prática, econômica e viável para esse
tipo de obra na região.

Nesse sentido, este trabalho visa abordar, de maneira mais prática, o


processo de elaboração de um projeto de cálculo estrutural, desde a
concepção e escolha do método construtivo até os cálculos propriamente ditos.
Assim, apresenta-se um estudo de caso, referente a uma residência unifamiliar
de um pavimento.

1.2 Objetivos

Este trabalho tem como objetivo geral apresentar a elaboração do


projeto de cálculo estrutural de uma residência unifamiliar de um pavimento,
seguindo as normas vigentes.

Dentre os objetivos específicos, destacam-se:

 Apresentar a concepção do tipo de estrutura e método construtivo a ser


usado a partir do projeto de arquitetura;
 A partir do projeto de arquitetura (planta baixa e cortes), realizar o
lançamento da estrutura, definindo as lajes, vigas, cintas e pilares;
 Lançada a estrutura, determinar as cargas atuantes nos elementos
estruturais;
 Dimensionar os elementos estruturais de maneira viável, econômica e
prática;
 A partir do estudo geotécnico do terreno (boletim de sondagem a
percussão do tipo SPT), conceber e dimensionar as fundações para os
elementos estruturais.
5

2 FUNDAMENTOS

2.1 Projeto de Arquitetura

O projeto de arquitetura foi desenvolvido considerando uma residência


unifamiliar e de um pavimento dentro de um lote de terreno com dimensões
10,0m x 20,0m. A casa está dividida em ambientes: varanda, sala de estar,
sala de TV, sala de jantar, uma suíte, um quarto social, banheiro social,
cozinha e área de serviço, resultando em uma área total aproximada de 88,0
m². O projeto completo, com planta baixa, cortes e fachadas, está na planta 01
do anexo A.

2.2 Concepção da Estrutura

A partir do projeto arquitetônico, o projeto estrutural teve como


concepção o uso de alvenaria estrutural e elementos estruturais:

 Lajes treliçadas de isopor (EPS);


 Vigas, cintas e pilares em concreto armado;
 Fundações superficiais do tipo sapata, isoladas e corridas, em concreto
armado.

O uso da alvenaria com função estrutural surge como uma alternativa


econômica, pois reduz a quantidade de vigas, pilares e, consequentemente, o
volume total de concreto armado utilizado.

Seguindo o mesmo critério, a escolha da laje treliçada se deu pelos


seguintes vantagens em relação às lajes maciças:

 Redução do peso próprio;


 Redução no escoramento/ formas;
 Maior facilidade e rapidez de montagem e execução.

A escolha do tipo de fundação foi baseada na análise geotécnica dos


furos de sondagem, apresentada com detalhes no item 2.5.
6

2.3 Parâmetros de cálculo utilizados no cálculo

Para o cálculo das estruturas em concreto armado, foram adotados os


seguintes parâmetros, com respeito a norma vigente ABNT NBR 6118/2014:

 Classe de Agressividade Ambiental I, de acordo com a tabela 6.1:

Classe de Agressividade Classificação Risco de


Agressividade Geral do tipo deterioração
Ambiental de ambiente da estrutura
I Fraca Rural, submersa Insignificante
II Moderada Urbana Pequeno
III Forte Marinha, Grande
Industrial
IV Muito Forte Industrial, Elevado
respingos de
maré

 Concreto classe C20, com fck = 20 MPa, de acordo com a tabela 7.1:

Classe I Classe II Classe III Classe IV


Classe de >= C20 >= C25 >= C30 >= C40
Concreto
(ABNT NBR
8593)

 Cobrimento nominal de 25 mm, para vigas e pilares, e 20 mm para lajes,


30 mm para as fundações, de acordo com a tabela 7.2;

 Os coeficientes de minoração das resistências para o concreto (c =

1,40) e para o aço (s = 1,15), de acordo com tabela 12.1.

 Aço CA-50, com tensão de escoamento fyk = 50 kgf/mm² = 500 MPa;


7

Para o cálculo da alvenaria estrutural, foi adotada a tensão de ruptura de


15,0 kgf/cm² para o bloco, ou 1,5 MPa, com um fator de segurança de 5,0, que
resultou em uma tensão admissível de 0,3 MPa ou 3 kgf/cm².

2.4 Equações usadas no dimensionamento

Para dimensionamento das vigas à flexão simples, o dimensionamento


foi feito para que a seção esteja sujeita aos domínios 2 e 3, ou seja, seções
subarmadas e normalmente armadas (ruptura dúctil, com deformação
excessiva da armadura), visando evitar o domínio 4, que são as seções
superarmadas (ruptura frágil, por esmagamento do concreto).

Assim, a partir do Momento Fletor Máximo, calcula-se o Momento


Reduzido Solicitante (equação 1), depois a taxa mecânica de armação
(equação 2) e consequentemente a área de aço (equação 3).

𝑀𝑑
𝝁=
𝑏. 𝑑². 𝑓𝑐𝑑

Equação 1 - Momento Reduzido Solicitante

𝝎 = 1 − √1 − 2𝜇

Equação 2 - Taxa Mecânica de Armação

𝑓𝑐𝑑
𝑨𝒔 = 𝑏. 𝑑. 𝜔.
𝑓𝑦𝑑
Equação 3 - Área de Aço necessária.
8

Os valores de resistências de cálculo fcd (para o concreto) e fyd (para o


aço) são calculadas a partir da minoração das resistências características
(equações 4 e 5), conforme coeficientes indicados na norma NBR 6118/2014.

𝑓𝑐𝑘
𝒇𝒄𝒅 = 𝛼.
𝛾𝑐
Equação 4 - Resistência de cálculo à compressão do concreto

𝑓𝑦𝑘
𝒇𝒚𝒅 =
𝛾𝑠
Equação 5 - Resistência de cálculo à tração do aço.

Com relação ao cisalhamento, é preciso fazer uma verificação das


dimensões da seção transversal e depois calcular a área de aço transversal
(estribos).

VSd < VRd,2

VSd < VRd,3 = VC + VSW

Onde:

VSd - Esforço Cortante de Projeto (esforço característico majorado);

VRd,2 - Esforço Cortante resistente, relativo à ruína das diagonais comprimidas


de concreto;

VRd,3 = VC + VSW - Esforço Cortante resistente, relativo à ruína por tração das
diagonais;

VC - Parcela do esforço cortante absorvido por mecanismos complementares


ao de treliça;

VSW - Parcela absorvida pela armadura transversal.

𝑓𝑐𝑘
VRd,2 = 0,27. (1 − ) . 𝑓𝑐𝑑. 𝑏. 𝑑
250

Equação 6 - Esforço Cortante resistente, relativo à ruína das diagonais


comprimidas de concreto;
9

VC = 0,6. 𝑓𝑐𝑡𝑑. 𝑑

Equação 7 - Parcela do esforço cortante absorvido por mecanismos


complementares ao de treliça;

VSW = VSd - VC

Equação 8 - Parcela absorvida pela armadura transversal.

Conhecida a parcela resistida pela armadura transversal, calcula-se


essa área necessária.

𝐴𝑠𝑤 𝑉𝑠𝑤
=
𝑠 0,9. 𝑑. 𝑓𝑦𝑑

Equação 9 - Cálculo da área de aço transversal (estribos).

2.5 Definição da Fundação

A partir dos furos de sondagem contidos no anexo C, foi adotada a cota


de 80 cm abaixo do nível do terreno, por conta do valor do NSPT = 5 golpes, o
que leva a uma tensão admissível aproximada de 1 kgf/cm² ou 10 tf/m²,
conforme equação 6. Esse método de cálculo é empírico e amplamente
utilizado na prática profissional.

𝑁𝑠𝑝𝑡
𝛔𝑎𝑑𝑚 = = 1 𝑘𝑔𝑓/𝑐𝑚2
5

Equação 6 - Tensão admissível do terreno.


10

3 MEMÓRIA DE CÁLCULO

3.1 Cálculo das cargas nas Lajes

O tipo de laje utilizada foi laje treliçada de isopor - 12, ou seja, com
espessura total igual a 12,0 cm. A escolha se deu conforme a tabela 1 abaixo,
do fabricante, a partir da sobrecarga adotada (100 kgf/m²) e do vão máximo de
projeto.

Tabela 1 - Parâmetros de laje treliçada de isopor, de acordo com


fabricante.

Figura 1 - Esquema geral de laje treliçada de isopor.


11

 Cálculo das Cargas - Lajes

Laje de Coberta

 Peso Próprio (Laje treliçada de isopor - 12) - 150 kgf/m²


 Revestimento (Argamassa) - 2,5 cm = 0,025 m; 0,025m x 2000 kgf/m³
= 50 kgf/m²
 Sobrecarga (Chuva/ Vento/ Manutenção/ Telhado) - 100 kgf/m²
Carga Total - 150 + 50 + 100 = 300 kgf/m² = 0,3 tf/m²

Figura 2 - Corte de laje treliçada de isopor.

Laje de Caixa d'Água

 Peso Próprio (Laje nervurada comum) - 150 kgf/m²


 Revestimento (Argamassa) - 2,5 cm = 0,025 m; 0,025m x 2000 kgf/m³
= 50 kgf/m²
 Impermeabilização – 100 kgf/m²
 Sobrecarga (Caixa d'Água - 1000 L) - Peso Próprio da caixa - 50 kgf +
Água - 1000 kgf, distribuídos ao longo de uma área de 2,70m x 1,80m
= 220 kgf/m²
Carga Total - 150 + 50 + 100 + 220 = 520 kgf/m² = 0,52 tf/m²
12

3.2 Cálculo das Cargas - Vigas

Viga V1 - Seção Retangular, 15cm x 30cm

 Peso Próprio - 0,15m x 0,30m x 2500 kgf/m³ = 120 kgf/m = 0,12 tf/m
 Reação da Laje - (300 kgf/m² x 2,35m)/2 = 360 kgf/m = 0,36 tf/m
 Reação da Alvenaria - 1,40m x 200 kgf/m² = 280 kgf/m = 0,28 tf/m
Carga Total - 120 + 360 + 280 = 760 kgf/m = 0,76 tf/m

DEC - Diagrama de Esforço Cortante

DMF - Diagrama de Momento Fletor


13

Viga V1 - Esforços na Viga

 Esforço Cortante Máximo - 1200 kgf = 1,2 tf


 Área de Aço Transversal - 1,35 cm²/m -  5.0 c.15
 Momento Fletor Máximo - 950 kgf.m = 0,95 tf.m
 Área de Aço longitudinal - 1,21 cm² - 2  10.0
5qL4
 Flecha Máxima - = 1,13 mm = 0,113 cm
384EI
L
 Flecha Admissível - = 10,5 mm = 1,05 cm
300
 Entrada da Viga na Alvenaria - Lalv = 1200 kgf/ (3 kgf/cm² x 10cm) =
40cm.
14

Viga V2 - Seção Retangular, 15cm x 30cm

 Peso Próprio - 0,15m x 0,30m x 2500 kgf/m³ = 120 kgf/m = 0,12 tf/m
 Reação da Laje - (100 kgf/m + 100 kgf/m) = 200 kgf/m = 0,20 tf/m
Carga Total - 120 + 200 = 320 kgf/m = 0,32 tf/m

DEC - Diagrama de Esforço Cortante

DMF - Diagrama de Momento Fletor


15

Viga V2 - Esforços na Viga

 Esforço Cortante Máximo - 430 kgf = 1,2 tf


 Área de Aço Transversal - 1,35 cm²/m -  5.0 c.15
 Momento Fletor Máximo - 290 kgf.m = 0,29 tf.m
 Área de Aço longitudinal - 0,36 cm² (Adotada Amín = 0,68 cm²) - 2  8.0
5qL4
 Flecha Máxima - = 0,26 mm = 0,026 cm
384EI
L
 Flecha Admissível - = 9 mm = 0,9 cm
300
 Entrada da Viga na Alvenaria - Lalv = 430 kgf/ (3 kgf/cm² x 10cm) =
14,33 cm* = 20 cm.
16

Viga V3 - Seção Retangular, 15cm x 30cm

 Peso Próprio - 0,15m x 0,30m x 2500 kgf/m³ = 120 kgf/m = 0,12 tf/m
 Reação da Laje - (300 kgf/m² x 3,00m)/2 + 100 kgf/m = 550 kgf/m =
0,55 tf/m
Carga Total - 120 + 550 = 670 kgf/m = 0,67 tf/m

DEC - Diagrama de Esforço Cortante

DMF - Diagrama de Momento Fletor


17

Viga V3 - Esforços na Viga

 Esforço Cortante Máximo - 900 kgf = 0,9 tf


 Área de Aço Transversal - 1,35 cm²/m -  5.0 c.15
 Momento Fletor Máximo - 610 kgf.m = 0,61 tf.m
 Área de Aço longitudinal - 0,76 cm² - 2  8.0
5qL4
 Flecha Máxima - = 0,54 mm = 0,054 cm
384EI
L
 Flecha Admissível - = 9 mm = 0,9 cm
300
 Entrada da Viga na Alvenaria - Lalv = 900 kgf/ (3 kgf/cm² x 10cm) =
30cm.
18

Viga V4 - Seção Retangular, 15cm x 60cm

 Peso Próprio - 0,15m x 0,60m x 2500 kgf/m³ = 250 kgf/m = 0,25 tf/m
 Reação da Laje - Trecho 1 - (300 kgf/m² x 3,00m)/2 = 450 kgf/m = 0,45
tf/m
 Reação da Laje - Trecho 2 - (300 kgf/m² x 3,00m)/2 + 100 kgf/m = 550
kgf/m = 0,55 tf/m
 Reação da Alvenaria - Trecho 1 - 1,40m x 200 kgf/m² = 280 kgf/m =
0,28 tf/m
Carga Total = 250 + 450 + 280 = 980 kgf/m = 1,00 tf/m - Trecho 1

= 250 + 550 = 800 kgf/m = 0,80 tf/m - Trecho 2

DEC - Diagrama de Esforço Cortante

DMF - Diagrama de Momento Fletor


19

Viga V4 - Esforços na Viga

 Esforço Cortante Máximo - 4600 kgf = 4,6 tf


 Área de Aço Transversal - 1,13 cm²/m -  5.0 c.20
 Momento Fletor Máximo - 8.780 kgf.m = 8,78 tf.m
 Área de Aço longitudinal - 5,73 cm² - (2+1)  16.0
qa.(3a4 −7a3 L+4a2 L2 ) qb.(3b4 −7b3 L+4b2 L2 )
 Flecha Máxima - + +
24LEI 24LEI
Pba.(L2 −b2 −x2 )
= 4,01 mm = 0,40 cm
6LEI
L
 Flecha Admissível - = 19,5 mm = 1,95 cm
300
20

Viga V5 - Seção Retangular, 15cm x 30cm

 Peso Próprio - 0,15m x 0,30m x 2500 kgf/m³ = 120 kgf/m = 0,12 tf/m
 Reação da Laje - 100 kgf/m = 0,10 tf/m
 Reação da Alvenaria - 1,40m x 200 kgf/m² = 280 kgf/m = 0,28 tf/m
Carga Total - 120 + 100 + 280 = 500 kgf/m = 0,50 tf/m

DEC - Diagrama de Esforço Cortante

DMF - Diagrama de Momento Fletor


21

Viga V5 - Esforços na Viga

 Esforço Cortante Máximo - 790 kgf = 0,79 tf


 Área de Aço Transversal - 1,35 cm²/m -  5.0 c.15
 Momento Fletor Máximo - 620 kgf.m = 0,62 tf.m
 Área de Aço longitudinal - 0,78 cm² - 2  8.0
5qL4
 Flecha Máxima - = 0,75 mm = 0,075 cm
384EI
L
 Flecha Admissível - = 10,5 mm = 1,05 cm
300
22

Viga V6 - Seção Retangular, 10cm x 20cm

 Peso Próprio - 0,10m x 0,20m x 2500 kgf/m³ = 50 kgf/m = 0,05 tf/m


 Reação da Laje - (300 kgf/m² x 2,70m)/2 = 410 kgf/m = 0,41 tf/m
 Reação da Alvenaria - 1,40m x 200 kgf/m² = 280 kgf/m = 0,28 tf/m
Carga Total - 50 + 410 + 280 = 740 kgf/m = 0,74 tf/m

DEC - Diagrama de Esforço Cortante

DMF - Diagrama de Momento Fletor


23

Viga V6 - Esforços na Viga

 Esforço Cortante Máximo - 610 kgf = 0,61 tf


 Área de Aço Transversal - 1,35 cm²/m -  5.0 c.15
 Momento Fletor Máximo - 250 kgf.m = 0,25 tf.m
 Área de Aço longitudinal - 0,54 cm² - 2  8.0
5qL4
 Flecha Máxima - = 0,42 mm = 0,042 cm
384EI
L
 Flecha Admissível - = 5,5 mm = 0,55 cm
300
 Entrada da Viga na Alvenaria - Lalv = 610 kgf/ (3 kgf/cm² x 10cm) =
20,33cm = 25 cm.
24

Viga V7 - Seção Retangular, 15cm x 40cm

 Peso Próprio - 0,15m x 0,40m x 2500 kgf/m³ = 150 kgf/m = 0,15 tf/m
 Reação da Laje - Trecho 1 - (300 kgf/m² x 3,15m)/2 = 0,48 tf/m
 Reação da Laje - Trecho 2 - 200 kgf/m = 0,20 tf/m
 Reação da Alvenaria - Trecho 1 - 1,40m x 200 kgf/m² = 280 kgf/m =
0,28 tf/m
Carga Total = 150 + 480 + 280 = 910 kgf/m = 0,91 tf/m - Trecho 1

= 150 + 200 = 350 kgf/m = 0,35 tf/m - Trecho 2

DEC - Diagrama de Esforço Cortante

DMF - Diagrama de Momento Fletor


25

Viga V7 - Esforços na Viga

 Esforço Cortante Máximo - 2.160 kgf = 2,16 tf


 Área de Aço Transversal - 1,13 cm²/m -  5.0 c.20
 Momento Fletor Máximo - 2.220 kgf.m = 2,22 tf.m
 Área de Aço longitudinal - 2,11 cm² - 2  12.5
qL4 PL3
 Flecha Máxima - + = 0,72 mm = 0,072 cm
8EI 3EI
L
 Flecha Admissível - = 1,5 mm = 0,15 cm
300
 Entrada da Viga na Alvenaria - Lalv = 220 kgf/ (3 kgf/cm² x 10cm) = 7,33
cm* – adotado o valor de 30 cm.
26

Viga V8 - Seção Retangular, 10cm x 20cm

 Peso Próprio - 0,10m x 0,20m x 2500 kgf/m³ = 50 kgf/m = 0,05 tf/m


 Reação da Laje - (300 kgf/m² x 2,70m)/2 + 100 kgf/m = 510 kgf/m =
0,51 tf/m
Carga Total - 50 + 510 = 560 kgf/m = 0,56 tf/m

DEC - Diagrama de Esforço Cortante

DMF - Diagrama de Momento Fletor


27

Viga V8 - Esforços na Viga

 Esforço Cortante Máximo - 460 kgf = 0,46 tf


 Área de Aço Transversal - 1,35 cm²/m -  5.0 c.15
 Momento Fletor Máximo - 190 kgf.m = 0,19 tf.m
 Área de Aço longitudinal - 0,38 cm² - 2  6.3
5qL4
 Flecha Máxima - = 0,32 mm = 0,032 cm
384EI
L
 Flecha Admissível - = 5,5 mm = 0,55 cm
300
 Entrada da Viga na Alvenaria - Lalv = 460 kgf/ (3 kgf/cm² x 10cm) =
15,33cm = 20 cm.
28

Viga V9 - Seção Retangular, 15cm x 40cm

 Peso Próprio - 0,15m x 0,40m x 2500 kgf/m³ = 150 kgf/m = 0,15 tf/m
 Reação da Laje - Trecho 1 - (300 kgf/m² x 3,15m)/2 = 480 kgf/m =
0,48 tf/m
 Reação da Laje - Trecho 2 - 100 kgf/m = 0,10 tf/m
 Reação da Alvenaria - Trecho 1 - 1,40m x 200 kgf/m² = 280 kgf/m =
0,28 tf/m
Carga Total = 150 + 480 + 280 = 910 kgf/m = 0,91 tf/m - Trecho 1

= 150 + 100 + 280 = 530 kgf/m = 0,53 tf/m - Trecho 2

DEC - Diagrama de Esforço Cortante

DMF - Diagrama de Momento Fletor


29

Viga V9 - Esforços na Viga

 Esforço Cortante Máximo - 2.170 kgf = 2,17 tf


 Área de Aço Transversal - 1,13 cm²/m -  5.0 c.20
 Momento Fletor Máximo - 2.220 kgf.m = 2,22 tf.m
 Área de Aço longitudinal - 2,11 cm² - 2  12.5
qL4 PL3
 Flecha Máxima - + = 0,72 mm = 0,072 cm
8EI 3EI
L
 Flecha Admissível - = 15 mm = 1,5 cm
300
 Entrada da Viga na Alvenaria - Lalv = 50 kgf/ (3 kgf/cm² x 10cm) = 1,67
cm* – adotado o valor de 30 cm.
30

Viga V10 - Seção Retangular, 15cm x 30cm

 Peso Próprio - 0,15m x 0,30m x 2500 kgf/m³ = 120 kgf/m = 0,12 tf/m
 Reação da Laje - 100 kgf/m = 0,10 tf/m
 Reação da Alvenaria - 1,40m x 200 kgf/m² = 280 kgf/m = 0,28 tf/m
Carga Total - 120 + 100 + 280 = 500 kgf/m = 0,50 tf/m

DEC - Diagrama de Esforço Cortante

DMF - Diagrama de Momento Fletor


31

Viga V10 - Esforços na Viga

 Esforço Cortante Máximo - 590 kgf = 0,46 tf


 Área de Aço Transversal - 1,35 cm²/m -  5.0 c.15
 Momento Fletor Máximo - 350 kgf.m = 0,35 tf.m
 Área de Aço longitudinal - 0,43 cm² (Adota Amín = 0,68 cm²) - 2  8.0
5qL4
 Flecha Máxima - = 0,23 mm = 0,023 cm
384EI
L
 Flecha Admissível - = 7,83 mm = 0,79 cm
300
 Entrada da Viga na Alvenaria - Lalv = 590 kgf/ (3 kgf/cm² x 10cm) =
19,67cm = 20 cm.
32

Cintas - Trecho mais carregado - Seção Retangular, 10cm x 20cm

 Peso Próprio - 0,10m x 0,20m x 2500 kgf/m³ = 50 kgf/m = 0,05 tf/m


 Reação da Laje - (300 kgf/m² x 2,70m)/2 = 410 kgf/m = 0,41 tf/m
 Reação da Alvenaria - 1,85m x 200 kgf/m² = 370 kgf/m = 0,37 tf/m
Carga Total - 50 + 410 + 370 = 830 kgf/m = 0,83 tf/m

DEC - Diagrama de Esforço Cortante

DMF - Diagrama de Momento Fletor


33

Cintas - Trecho mais carregado - Esforços na Viga

 Esforço Cortante Máximo - 500 kgf = 0,50 tf


 Área de Aço Transversal - 1,13 cm²/m -  5.0 c.20
 Momento Fletor Máximo - 150 kgf.m = 0,15 tf.m
 Área de Aço longitudinal - 0,30 cm² - 2  5.0
5qL4
 Flecha Máxima - = 0,026 mm = 0,0026 cm
384EI
L
 Flecha Admissível - = 4,0 mm = 0,4 cm
300
 Entrada da Viga na Alvenaria - Lalv = 500 kgf/ (3 kgf/cm² x 10cm) =
16,67 cm** (cinta corrida sobre toda a alvenaria)
34

Faixa 1 - Seção Retangular, 30cm x 12cm

 Peso Próprio - 0,30m x 0,12m x 2500 kgf/m³ = 90 kgf/m = 0,09 tf/m


 Reação da Laje - (300 kgf/m² x 2,65m)/2 + (300 kgf/m² x 1,35m)/2 =
610 kgf/m = 0,61 tf/m
Carga Total - 90 + 610 = 700 kgf/m = 0,70 tf/m

DEC - Diagrama de Esforço Cortante

DMF - Diagrama de Momento Fletor


35

Faixa 1 - Esforços na Viga

 Esforço Cortante Máximo - 470 kgf = 0,50 tf


 Área de Aço Transversal - 1,35 cm²/m -  5.0 c.15
 Momento Fletor Máximo - 160 kgf.m = 0,16 tf.m
 Área de Aço longitudinal - 0,62 cm² - (3x2)  6.3
5qL4
 Flecha Máxima - = 0,28 mm = 0,028 cm
384EI
L
 Flecha Admissível - = 4,5 mm = 0,45 cm
300
 Entrada da Viga na Alvenaria - Lalv = 470 kgf/ (3 kgf/cm² x 10cm) =
15,33 cm** – adotado o valor de 30 cm.
36

3.3 Cálculo dos Pilares

Os pilares P1, P2 e P3 recebem cargas muito baixas e não sofrem ação


de momento fletor (pois são todos biarticulados), e portanto o dimensionamento
dos três será feito a partir do mais carregado deles, que é o P3.

Pilar P3

 Reação Vigas - (4.050 + 3.700) = 7.750 kgf = 7,75 tf (Reação 2 da viga


V4 + Reação 1 da Viga V9);
 Peso Próprio do Pilar - 0,20m x 0,20m x 4,0m x 2500 kgf/m³ = 400 kgf
= 0,4 tf;
Carga Total - 7.750 + 400 = 8.150 kgf = 8,50 tf (Adotada).

Com esse valor de carga, propõe-se seção de 20 cm x 20 cm, o que


respeita a menor dimensão normativa proposta em norma de 14 cm e a área
mínima da seção transversal de pilares, 360 cm². Como não há momento
atuando, adota-se as excentricidades mínimas normativas (para os efeitos de
1a e de 2a ordem), para assim então calcular o momento de projeto.

𝒆𝟏, 𝒎í𝒏 = (𝟎, 𝟎𝟏𝟓 + 𝟎, 𝟎𝟑𝒉) = (𝟎, 𝟎𝟏𝟓 + 𝟎, 𝟎𝟑. 𝟎, 𝟐𝟎) = 𝟎, 𝟎𝟐𝟏 𝒎

𝟎, 𝟎𝟎𝟓. 𝑳𝒆² 𝟎, 𝟎𝟎𝟓. 𝟐, 𝟕𝟓²


𝒆𝟐 = = = 𝟎, 𝟎𝟏𝟗𝒎
𝟏𝟎𝒉. (𝝊 + 𝟎, 𝟓) 𝟏𝟎. 𝟎, 𝟐. (𝟎, 𝟓 + 𝟎, 𝟓)

𝑴𝒅 = 𝑵𝒅. (𝒆𝟏 + 𝒆𝟐) = 𝟖, 𝟓. 𝟏, 𝟒. (𝟎, 𝟎𝟐𝟏 + 𝟎, 𝟎𝟏𝟗) = 𝟎, 𝟓 𝒕𝒇. 𝒎

Com os valores de esforço normal e momento fletor de projeto, calcula-


se os adimensionais referentes aos esforços reduzidos, como mostrado abaixo.
Com esses valores, busca-se em uma tabela de flexo-compressão normal
(Araújo, 2014), para obter a taxa mecânica de armadura, e consequentemente
a área de aço necessária.

𝑵𝒅 (𝟏, 𝟒. 𝟖𝟓𝒌𝑵)
𝝊= = = 𝟎, 𝟐𝟓
𝒃. 𝒉. 𝒇𝒄𝒅 (𝟎, 𝟐𝒎). (𝟎, 𝟐𝒎). (𝟏𝟐, 𝟏𝟒. 𝟏𝟎𝟑 𝒌𝑷𝒂)

𝑴𝒅 (𝟓 𝒌𝑵. 𝒎)
𝝁= = = 𝟎, 𝟎𝟓
𝒃. 𝒉². 𝒇𝒄𝒅 (𝟎, 𝟐𝒎). (𝟎, 𝟐𝒎)². (𝟏𝟐, 𝟏𝟒. 𝟏𝟎𝟑 𝒌𝑷𝒂)
37

No pilar do exemplo, devido aos baixos valores dos esforços, a área


adotada foi a área mínima; assim, o pilar P3, assim como P1 e P2, devem ser
armados com 4  10.0.

3.4 Cálculo das Fundações

Cargas nas Sapatas

 Sapatas Isoladas

 Observação: O pilar P1 apresenta carga muito baixa (1.790 kgf ou


aproximadamente 2,0 tf); portanto, essa carga foi distribuída diretamente
na sapata corrida, sem necessidade de uma sapata isolada.

Sapata SP2

 Reação Vigas - 4.600 kgf = 4,6 tf (Reação 1 da viga V4);


 Peso Próprio do Pilar - 0,20m x 0,20m x 4,0m x 2500 kgf/m³ = 400 kgf
= 0,4 tf;
 Peso Próprio da Sapata - Estimado como 10% da carga total - 0,10 x
5.000 = 500 kgf = 0,50 tf.
Carga Total - 4.600 + 400 + 500 = 5.500 kgf = 5,50 tf.

Sapata SP3

 Reação Vigas - (4.050 + 3.700) = 7.750 kgf = 7,75 tf (Reação 2 da viga


V4 + Reação 1 da Viga V9);
 Peso Próprio do Pilar - 0,20m x 0,20m x 4,0m x 2500 kgf/m³ = 400 kgf
= 0,4 tf;
 Peso Próprio da Sapata - Estimado como 10% da carga total - 0,10 x
8.150 kgf = 815 kgf = 0,815 tf.
Carga Total - 7.750 + 400 + 815 = 8.965 kgf – adotado como 9,00 tf.
38

Dimensionamento

Para sapata SP3:

adm = 1 kgf/cm² = 10 tf/m² (Conforme item 2.5)


𝑁 9,00 𝑡𝑓
A= =
10𝑡𝑓
= 0,90 𝑚²
σadm ( 2 )
𝑚

Sendo a área mínima necessária igual 0,90 m², adota-se uma sapata
quadrada de lado igual a 1,0 m (área 1,0 m²).

Momentos atuantes (iguais em ambas as direções):

𝑁 𝐴 𝑎 9 1 0,2
M= .( − ) = .( − ) = 0,525 𝑡𝑓. 𝑚
4 3 2 4 3 2

Área de aço necessária (seção 20 cm x 35 cm): 1,05 cm²

Aço adotado: 7 a cada 15 cm

Verificação da punção:

 = [2.(𝑎+𝐻)+2.(𝑏+𝐻)].𝑑
𝑁 9.000
= [2.(20+35)+2.(20+35)].(35−6) = 1,41 𝑘𝑔𝑓/𝑐𝑚²

Analogamente, calcula-se dessa mesma forma também a sapata SP2.


39

Sapata Corrida - Trecho mais Carregado

 Reação Lajes - (400 + 450) = 850 kgf/m = 0,85 tf/m;


 Reação Alvenaria - 2,60m x 200 kgf/m² = 520 kgf/m = 0,52 tf/m;
 Reação Alvenaria 1 vez - 1,0m x 350 kgf/m² = 350 kgf/m = 0,35 tf/m;
 Peso Próprio da Sapata - (0,4m x 0,15m + 0,2m x 0,15m) x 2.500
kgf/m³ = 250 kgf/m = 0,25 tf/m;
Carga Total - 850 + 520 + 350 + 250 = 1.970 kgf/m = 2,00 tf/m.

Dimensionamento

adm = 1 kgf/cm² = 10 tf/m² (Conforme item 2.5)


𝑁 2,00 𝑡𝑓
A= =
10𝑡𝑓
= 0,20 𝑚 = 20 𝑐𝑚
𝐿. σadm (1,0𝑚). ( )
𝑚2

Sendo L = 1,0m (comprimento unitário), tem-se o valor de A = 0,2m = 20


cm. Apesar disso, adota-se como largura da sapata o valor mínimo de 40 cm,
que corresponde ao dobro da alvenaria de 1 vez.

2,0 𝑡𝑓
Reação do terreno sobre a sapata: q =
(1,0𝑚).(0,40m)
= 5 𝑡𝑓/𝑚²

𝑡𝑓
𝑞𝐿² (5 2 ).(0,20𝑚)²
𝑚
Momento atuante: M = = = 0,10 𝑡𝑓. 𝑚
2 2

Momento atuante: M = T x d; d=0,07m = 7,0 cm

0,10 𝑡𝑓.𝑚
Logo, T = = 1,43 𝑡𝑓
(0,07𝑚)

Com o esforço de tração atuante T, conhecida a tensão admissível no


aço, é possível estimar a área necessária para vencer esse esforço.

σescoamento 5,0 𝑡𝑓/𝑐𝑚²


σaço = = = 3,57 𝑡𝑓/𝑚²
𝛾 1,40
40

𝑇 1,43 𝑡𝑓
As = = = 0,40 𝑐𝑚²/𝑚
𝜎𝑎ç𝑜 3,57 𝑡𝑓/𝑐𝑚²

A partir dessa área de aço, adota-se uma armação transversal de Ф 5.0


c. 20, e armação de distribuição na direção longitudinal (3 Ф 5.0 corridos).
41

Sapata Corrida - Trecho excêntrico

 Reação Lajes - 630 kgf/m = 0,63 tf/m;


 Reação Alvenaria - 2,60m x 200 kgf/m² = 520 kgf/m = 0,52 tf/m;
 Reação Alvenaria 1 vez - 1,0m x 350 kgf/m² = 350 kgf/m = 0,35 tf/m;
 Peso Próprio da Sapata - (0,4m x 0,15m + 0,2m x 0,15m) x 2.500
kgf/m³ = 250 kgf/m = 0,25 tf/m;
Carga Total - 630 + 520 + 350 + 250 = 1.750 kgf/m = 1,75 tf/m.

Dimensionamento

adm = 1 kgf/cm² = 10 tf/m² (Conforme item 2.5)

𝑁 1,75 𝑡𝑓
𝐀= =
10𝑡𝑓
= 0,175 𝑚 = 20 𝑐𝑚
𝐿. σadm (1,0𝑚). ( )
𝑚2

Adota-se, então, 40 cm, que é a dimensão mínima.


42

REFERÊNCIAS

ARAÚJO, J.M. Curso de Concreto Armado - volume 1. 4ª edição. Editora


Dunas, 2014.

ARAÚJO, J.M. Curso de Concreto Armado - volume 2. 4ª edição. Editora


Dunas, 2014.

ARAÚJO, J.M. Curso de Concreto Armado - volume 3. 4ª edição. Editora


Dunas, 2014.

ARAÚJO, J.M. Curso de Concreto Armado - volume 4. 4ª edição. Editora


Dunas, 2014.

ARAÚJO, J.M. Projeto Estrutural de Edifícios de Concreto Armado. 3ª


edição. Editora Dunas, 2014.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Projeto de estruturas


de concreto - Procedimento NBR 6118, Rio de Janeiro, 2014.

BOTELHO, MH.C.; FERRAZ, N.N. Concreto armado – Eu te amo - Vai para


a Obra. 1ª edição. São Paulo: Blucher, 2016

BOTELHO, MH.C.; MARCHETTI, O. Concreto armado - Eu te amo – volume


1. 8ª edição. São Paulo: Blucher, 2015

BOTELHO, MH.C.; MARCHETTI, O. Concreto armado - Eu te amo – volume


2. 4ª edição. São Paulo: Blucher, 2015

BOTELHO, MH.C. Resistência dos Materiais – Para Entender e Gostar. 3ª


edição. São Paulo: Blucher, 2015.

CARVALHO, R.C. Cálculo e Detalhamento de Estruturas Usuais de


Concreto Armado Segundo a NBR 6118-2014 - volume 1. 4ª edição.
EdUFSCar, 2014.
43

APÊNDICE A – Cálculos da nova fôrma

Cálculo das Cargas - Lajes

Laje tipo 01 (Cozinha, área de serviço, quarto, sala de jantar, banheiro)

 Peso Próprio (Laje treliçada de isopor - 20) - 200 kgf/m²


 Revestimento (Argamassa) - 2,5 + 5,0 = 7,5 cm = 0,075 m; 0,075m x
2000 kgf/m³ = 150 kgf/m²
 Carga de alvenarias sobre a laje – (3,0x2 + 2,55 + 5,0 + 1,2) x 0,2 x
2,20/ (6,35 x 5,85) = 180 kgf/m²
 Sobrecarga (Ocupação residencial) - 150 kgf/m²
Carga Total - 200 + 150 + 180 + 150 = 680 kgf/m² = 0,68 tf/m²

Laje tipo 02 (Suíte)

 Peso Próprio (Laje treliçada de isopor - 20) - 200 kgf/m²


 Revestimento (Argamassa) - 2,5 + 5,0 = 7,5 cm = 0,075 m; 0,075m x
2000 kgf/m³ = 150 kgf/m²
 Carga de alvenarias sobre a laje – (1,8 + 1,2) x 0,2 x 2,20/ (4,0 x 3,15)
= 110 kgf/m²
 Sobrecarga (Ocupação residencial) - 150 kgf/m²
Carga Total - 200 + 150 + 110 + 150 = 610 kgf/m² = 0,61 tf/m²

Laje tipo 03 (Salas de estar, som e TV e varanda)

 Peso Próprio (Laje treliçada de isopor - 12) - 150 kgf/m²


 Revestimento (Argamassa) - 2,5 + 5,0 = 7,5 cm = 0,075 m; 0,075m x
2000 kgf/m³ = 150 kgf/m²
 Sobrecarga (Ocupação residencial) - 150 kgf/m²
Carga Total - 150 + 150 + 150 = 450 kgf/m² = 0,45 tf/m²
44

Cálculo das Cargas - Vigas

Viga V1 - Seção Retangular, 15cm x 60cm

 Peso Próprio - 0,15m x 0,60m x 2500 kgf/m³ = 250 kgf/m = 0,25 tf/m
 Reação da Laje - 100 kgf/m² = 0,10 tf/m
 Reação da Alvenaria - 2,20m x 200 kgf/m² = 440 kgf/m = 0,44 tf/m
Carga Total - 250 + 100 + 440 = 800 kgf/m = 0,80 tf/m

Viga V2 - Seção Retangular, 15cm x 60cm

 Peso Próprio - 0,15m x 0,60m x 2500 kgf/m³ = 250 kgf/m = 0,25 tf/m
 Reação da Laje – Trecho 1 – 100 kgf/m = 0,10 tf/m
 Reação da Laje – Trecho 2 – 150 kgf/m = 0,15 tf/m
 Reação da Laje – Trecho 3 – (0,68 x 5,85)/2 = 2,0 tf/m
 Reação da Alvenaria – Trecho 1 = Trecho 3 – 2,20 m x 200 kgf/m² =
440 kgf/m = 0,44 tf/m
Carga Total – Trecho 1 = 0,80 tf/m; Trecho 2 = 0,40 tf/m; Trecho 3 =
2,70 tf/m
45

Viga V9 - Seção Retangular, 15cm x 60cm

 Peso Próprio - 0,15m x 0,60m x 2500 kgf/m³ = 250 kgf/m = 0,25 tf/m
 Reação da Laje - 100 kgf/m² = 0,10 tf/m
 Reação da Alvenaria - 1,0 m x 200 kgf/m² = 200 kgf/m = 0,20 tf/m
(peitoril da varanda)
Carga Total - 250 + 100 + 200 = 550 kgf/m = 0,55 tf/m

Viga V3 - Seção Retangular, 15cm x 60cm

 Peso Próprio - 0,15m x 0,60m x 2500 kgf/m³ = 250 kgf/m = 0,25 tf/m
 Reação da Laje – Trecho 1 – (0,45 x 3,15)/2 = 0,71 tf/m
 Reação da Laje – Trecho 2 = Trecho 3 – 150 kgf/m = 0,15 tf/m
 Reação da Alvenaria – Trecho 1 - 1,0 m x 200 kgf/m² = 200 kgf/m =
0,20 tf/m (peitoril da varanda)
 Reação da Alvenaria – Trecho 3 – 2,20 m x 200 kgf/m² = 440 kgf/m =
0,44 tf/m
Carga Total – Trecho 1 = 1,16 tf/m; Trecho 2 = 0,40 tf/m; Trecho 3 =
0,84 tf/m
46

Viga V6 - Seção Retangular, 15cm x 60cm

 Peso Próprio - 0,15m x 0,60m x 2500 kgf/m³ = 250 kgf/m = 0,25 tf/m
 Reação da Laje – Trecho 1 – (0,61 x 4,0)/2 + 0,10 = 1,32 tf/m
 Reação da Laje – Trecho 2 – (0,45 x 4,0)/2 + 0,10 = 1,00 tf/m
 Reação da Laje – Trecho 3 – (0,45 x 4,0)/2 = 0,90 tf/m
 Reação da Alvenaria – Trecho 1 = Trecho 3 - 2,20 m x 200 kgf/m² =
440 kgf/m = 0,44 tf/m
Carga Total – Trecho 1 = 2,00 tf/m; Trecho 2 = 1,25 tf/m; Trecho 3 =
1,60 tf/m

Sapata SP3

 Reação Vigas - = (13,47 + 9,83) x 4 = 93,20 tf (Reação 2 de V6 +


Reação 3 de V2);
 Peso Próprio do Pilar - 0,20m x 0,40m x (2,80m x 4 + 1,0 m) x 2500
kgf/m³ = 2.440 kgf = 2,44 tf
 Peso Próprio da Sapata - Estimado como 10% da carga total - 0,10 x
95.640 kgf = 9,56 tf.
Carga Total - = 93,20 + 2,44 + 9,56 = 105,20 tf.
47

Dimensionamento

Para sapata SP3:

adm = 1 kgf/cm² = 10 tf/m² (Conforme item 2.5)


𝑁 105,2 𝑡𝑓
A= =
10𝑡𝑓
= 10,52 𝑚²
σadm ( 2 )
𝑚

Adota-se sapata retangular, com dimensões em planta de 2,60 m x 4,20


m, para evitar ocupar a divisa*. Em corte, as alturas são estimadas
inicialmente:

H = (4,2 – 0,2)/4 = 1,0 m = 100 cm

h = 0,4 x 1,0 = 0,40 m = 40 cm

Verificação da punção:

 = [2.(𝑎+𝐻)+2.(𝑏+𝐻)].𝑑
𝑁 105.200
= [2.(20+100)+2.(40+100)].(100−6) = 2,16 𝑘𝑔𝑓/𝑐𝑚²

Momentos atuantes

𝑁 𝐴 𝑎 105,2 4,2 0,2


M1 = .( − ) = .( − ) = 34,19 𝑡𝑓. 𝑚
4 3 2 4 3 2

𝑁 𝐴 𝑎 105,2 2,6 0,4


M2 = .( − ) = .( − ) = 17,54 𝑡𝑓. 𝑚
4 3 2 4 3 2

Direção 1 (Vertical)

Área de aço necessária (seção 40 cm x 100 cm): 12,16 cm²

Aço adotado: 18 a cada 15 cm

Direção 2 (Horizontal)

Área de aço necessária (seção 20 cm x 100 cm): 6,25 cm²

Aço adotado: 22 a cada 20 cm


48

Esquema estrutural – Dimensionamento do Pilar

LF = 2,80 m

N = 95,64 tf

Aço adotado: 2x4 (Longitudinal)

a cada 15 cm (Transversal – estribos)

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