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Vulnerabilidade

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de Sistemas
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Operacionais e Redes
de Computadores
Sistemas Operacionais

Responsável pelo Conteúdo:


Prof. Me. Almir Meira Alves

Revisão Textual:
Prof.ª Me. Sandra Regina Fonseca Moreira
Sistemas Operacionais

Nesta unidade, trabalharemos os seguintes tópicos:


• Iniciando;
• Criando o Ambiente de Virtualização;
• Informações sobre o Sistema Operacional Linux
e Configuração do Virtualizador;

Fonte: iStock/Getty Images


• Instalação do Sistema Operacional Linux;
• Instalação do Sistema Operacional Windows.

Objetivos
• Preparar e construir o ambiente de virtualização para que os sistemas operacionais pos-
sam ser corretamente instalados;
• Instalar, parametrizar e atualizar os sistemas operacionais para que possam ser utiliza-
dos como base para a descoberta e a exploração de vulnerabilidades.

Caro Aluno(a)!

Normalmente, com a correria do dia a dia, não nos organizamos e deixamos para o úl-
timo momento o acesso ao estudo, o que implicará o não aprofundamento no material
trabalhado ou, ainda, a perda dos prazos para o lançamento das atividades solicitadas.

Assim, organize seus estudos de maneira que entrem na sua rotina. Por exemplo, você
poderá escolher um dia ao longo da semana ou um determinado horário todos ou alguns
dias e determinar como o seu “momento do estudo”.

No material de cada Unidade, há videoaulas e leituras indicadas, assim como sugestões


de materiais complementares, elementos didáticos que ampliarão sua interpretação e
auxiliarão o pleno entendimento dos temas abordados.

Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de
discussão, pois estes ajudarão a verificar o quanto você absorveu do conteúdo, além de
propiciar o contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de
troca de ideias e aprendizagem.

Bons Estudos!
UNIDADE
Sistemas Operacionais

Contextualização
A área de Segurança da Informação tem ganhado muita importância e sua dimensão
dentro das corporações só se faz aumentar. Dentro desta área, ganha atenção especial
o Perito Forense, que é o profissional chamado para resolver alguns dos problemas que
os outros profissionais de Tecnologia da Informação e de Segurança da Informação não
conseguem resolver.

A análise minuciosa dos detalhes de arquivos, discos rígidos e dos sistemas operacio-
nais faz parte das tarefas do Perito Forense.

Nesta unidade, você será introduzido ao universo da análise dos sistemas operacio-
nais. Assim, iremos fazer essa tarefa na prática, desde a construção do ambiente de
virtualização dos sistemas operacionais, até a instalação completa dos sistemas e sua
atualização, para deixá-los em condições plenas de serem utilizados e analisados pelo
Perito Forense.

Serão apresentados e demonstrados os principais conceitos dos sistemas operacio-


nais, tais como:
• Procedimento de instalação;
• Procedimento de atualização dos sistemas operacionais;
• Construção do ambiente de virtualização de servidores e sistemas operacionais.

O estudo desta primeira unidade servirá para prepará-lo para desvendar e estudar os
principais problemas, falhas e vulnerabilidades dos sistemas operacionais nas unidades
posteriores da disciplina.

Já vamos começar. Esteja pronto para aproveitar a experiência! Pois aqui, a apren-
dizagem é completa, na prática, para você aplicar hoje mesmo em sua vida pessoal e
profissional!

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Iniciando
O uso de computadores em ambiente doméstico e corporativo é muito intenso.
Todos os dias, milhões de pessoas utilizam computadores para as mais diversas finalida-
des. Desde na digitação de um texto simples, até na realização de complexos cálculos de
Engenharia, os computadores são usados como facilitadores da vida cotidiana.

Para que os computadores funcionem adequadamente, é praticamente obrigatório


o uso de Sistemas Operacionais. Eles são tão importantes que se confundem com os
próprios computadores.

Existem alguns tipos de Sistemas Operacionais: Windows, Linux, BSD, Unix e MacOS
são apenas alguns dos sistemas operacionais existentes. O Android também é um Sistema
Operacional. Ele tem base (kernel) Linux, adaptada para funcionar em dispositivos mó-
veis. Os iPhones também utilizam um Sistema Operacional, chamado de iOS.

É possível, nos dias de hoje, conviver em um mundo sem computadores?


Sem Sistemas Operacionais?

Os sistemas operacionais são grandes facilitadores, mas também possuem seus pro-
blemas. Quem já não teve que lidar com um travamento do Windows, com a temida
Tela Azul? Veja na Figura 1 e relembre momentos preocupantes!

Figura 1 – Tela Azul do Windows 10

Além desses tipos de problemas inerentes aos processos de bugs (problemas) de atu-
alização e desenvolvimento dos sistemas operacionais, há aqueles problemas que advêm
da observação de terceiros, sejam eles pessoas, outros computadores ou softwares.
Estes problemas são chamados de Vulnerabilidades.

Nesta unidade, iremos tratar de processos que não exploram as vulnerabilidades,


mas serão importantes mais à frente, pois criarão o ambiente e a base de estudo das
vulnerabilidades.

Inicialmente, devemos definir o que é um Sistema Operacional.

É o conjunto de programas que gerenciam recursos, processadores, armazenamen-


to, dispositivos de entrada e saída e dados da máquina e seus periféricos. O sistema
que faz comunicação entre o hardware e os demais softwares.

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UNIDADE
Sistemas Operacionais

Então, podemos dizer que o Sistema Operacional é o “maestro” do sistema compu-


tacional. É ele que faz a interface entre o que digitamos no teclado e o processador, e,
depois, com o que é mostrado no monitor ou na impressão de um documento.

O Sistema Operacional tem condições de trabalhar com os limites físicos e lógicos do


computador: limitações de processamento, de uso da memória, de tráfego de rede, de
aplicações abertas simultaneamente, entre outras limitações.

Por tudo isso, é importante conhecer como os principais Sistemas Operacionais


funcionam. E a melhor forma de conhecer o funcionamento dos sistemas operacionais
é realizando as suas instalações e utilizando-os.

Os Sistemas Operacionais mais usados nos computadores atuais são o Windows e o


Linux. O Windows domina o mercado doméstico de Sistemas Operacionais e o merca-
do corporativo para usuários finais. Existe uma versão do Windows para computadores
servidores, chamada de Windows Server. Uma das aplicações mais usadas no Windows
Server é o Active Directory, que faz a Gestão de Usuários em uma Rede Corporativa.

Já o Linux é líder no mercado de servidores corporativos, sendo usado para tarefas


complexas e de grande poder de processamento, como para a criação de Firewalls,
Proxies, Servidores Web e Servidores de E-mail, entre outras finalidades. Também exis-
tem distribuições de Linux voltadas para usuários finais, como são os casos do Ubuntu,
do Linux Mint e do Fedora, entre outros.

Para podermos construir um ambiente de estudos de sistemas operacionais, primei-


ramente temos que construir um Ambiente de Virtualização de Sistemas Operacionais.

Este tipo de ambiente é constituído de um software chamado de Virtualizador. Dentro


dele, é possível instalar diversas instâncias de sistemas operacionais “virtualizados”, ou
seja, temos um sistema instalado na máquina física e diversos sistemas instalados em
“Máquinas Virtuais (ou Virtual Machines – VM)”.

São exemplos de virtualizadores, o Oracle Virtualbox, o KVM e o VMWare, entre


outros.

Em nossa unidade, iremos criar um ambiente de virtualização com o uso do VMWare


Workstation Player, que é um dos virtualizadores mais populares, além de gratuito para
fins não comerciais e educacionais.

Criando o Ambiente de Virtualização


Nossa primeira atividade da disciplina será a construção, Hands-On, do ambiente
de virtualização. Neste ambiente, teremos, além do sistema de virtualização, as nossas
máquinas virtuais ou, simplesmente, VMs.

Para esta atividade, vamos apresentar, abaixo, a topologia do ambiente virtualizado e


as máquinas virtuais que serão utilizadas na disciplina.

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A Figura 2 mostra a topologia do ambiente de virtualização:

Ubuntu
18.04

Sistema Operacional
Sistema atacante Linux
Kali Linux

Ambiente de
Virtualização
Windows 10

Sistema Operacional
Windows

Figura 2 – Ambiente de Virtualização e Máquinas Virtuais a serem utilizadas na disciplina

Para a construção deste ambiente de virtualização, será necessário termos os seguin-


tes recursos de software:
• Instalador do VMWare Player
» Disponível para download no link: https://goo.gl/XWzBbe
• Imagem do sistema operacional Linux Ubuntu
» Disponível para download no link: https://goo.gl/S4q3Y0
• Imagem do sistema operacional Windows
» Disponível para download no link: https://goo.gl/4vlc1y
» É importante verificar se você possui uma chave de ativação do Windows ou se
você possui uma licença para fins educacionais, pois essa licença será requerida
durante o processo de instalação do Windows.
• Imagem do sistema operacional Kali Linux
» Disponível para download no link: https://goo.gl/HxHBQR

Para organizar o seu trabalho, crie um diretório (pasta) para salvar todos os softwares
e sistemas operacionais a serem utilizados.

Instalação do VMWare Player


Após baixar o VMWare Player, proceda com a instalação do virtualizador. No link a seguir, é
demonstrado o procedimento de Download do VMWare Player: https://youtu.be/arrbcIxCyCs
E, no link a seguir, é demonstrado o procedimento de instalação do VMWare Player e seus
ajustes iniciais: https://youtu.be/lIzLICBUMS4

Após a instalação do virtualizador, é necessário realizar alguns ajustes iniciais e, em


seguida, instalar o primeiro sistema operacional. Em nosso ambiente de virtualização, o
primeiro sistema operacional que iremos instalar é o Linux Ubuntu.

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UNIDADE
Sistemas Operacionais

Informações sobre o Sistema Operacional


Linux e Configuração do Virtualizador
O sistema operacional Linux é muito utilizado no mercado de Tecnologia da Informação.
O Linux é uma referência muito importante quando se fala de Servidores. Servidores são
computadores com grande capacidade computacional, integrados com sistemas operacionais
preparados para “fornecer serviços” para usuários finais, empresas e outros computadores.

São exemplos de serviços fornecidos por servidores:


• DHCP – Dynamic Hosts Configuration Protocol: Configuração automática do
protocolo TCP/IP em computadores clientes;
• Servidor WEB: Fornece o serviço que permite o acesso e a visualização de páginas
WEB em navegadores;
• DNS – Domain Name System: Permite a resolução de nomes na Internet. Exem-
plo, quando digitamos uma URL no Navegador do nosso computador, o DNS “tra-
duz” esse nome para seu Endereço IP correspondente;
• Streaming: Serviço que permite a transmissão de áudio e vídeo em Tempo Real e
Sob Demanda na Internet;
• E-mail: Serviço que permite a transmissão e a recepção de mensagens de correio
eletrônico entre diferentes usuários.

O procedimento de configuração inicial do virtualizador e o procedimento de instalação e


atualização do Linux Ubuntu pode ser visto no link a seguir: https://youtu.be/eWh_fvot-l0

As versões de Linux são chamadas de Distribuições ou, simplesmente, de DISTROS.


Existem diversas Distros de Linux. Algumas delas são apresentadas a seguir:
• Ubuntu;
• Debian;
• Fedora;
• Slackware;
• Gentoo;
• CentOS;
• RedHat;
• Linux Mint;
• openSUSE.

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Também existem Distros Linux voltadas para a Segurança da Informação:
• Kali Linux;
• Parrot Security OS;
• Cyborg Hawk;
• Arch Linux;
• Tails Linux;
• BlackArch Linux.

Você pode encontrar uma lista completa de Distros Linux no site DISTROWATCH
(https://distrowatch.com/).

Em nossa disciplina, iremos utilizar a distro Ubuntu, que é a mais popular. Essa distro
tem origem Sul-africana. Essa distro lança duas versões por ano, nos meses de Abril e
Outubro. Por isso, a versão sempre vem seguida da extensão .04 (abril) e .10 (outubro).
São exemplos de versões do ubuntu:
• Ubuntu 17.04;
• Ubuntu 17.10;
• Ubuntu 18.04;
• Ubuntu 18.10.

A equipe que mantém o Ubuntu definiu quais versões são as consideradas LTS (Long
Term Service), ou versões Estáveis, com 5 anos de suporte. Essas versões LTS são
lançadas, sempre, nos “anos pares, no mês de abril”. Desta forma, as versões Ubuntu
16.04 e Ubuntu 18.04 são versões LTS do sistema operacional.

Nesta disciplina, será usada para estudo a versão Ubuntu 18.04.

Para iniciarmos o procedimento de instalação do Linux, primeiramente devemos


configurar o virtualizador, informando os requisitos de hardware necessários para a ins-
talação do sistema operacional. A figura 3 mostra a tela inicial do virtualizador:

Figura 3 – Tela inicial do VMWare Player

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Sistemas Operacionais

Após clicar na opção “Criar uma Nova Máquina Virtual”, devemos informar as
configurações básicas para a instalação do sistema operacional. Esse procedimento
pode ser visto na figura 4:

Figura 4 – Configurações do Virtualizador VMWare

A figura 4 mostra, em 10 passos, como configurar o virtualizador, de forma que ele


fique preparado para a instalação do sistema operacional.

No passo 5 da figura 4, a quantidade de memória RAM mínima para a instalação


do Linux Ubuntu é de 512 MB. O recomendado é utilizar, pelo menos, 1GB de RAM.

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No mesmo passo 5, você pode utilizar um ou mais núcleos do processador. Verifique
qual é o número de núcleos (Cores) que o seu processador possui. Quanto maior a quan-
tidade de núcleos utilizados na virtualização, melhor será o desempenho da máquina
virtual e, consequentemente, do sistema operacional instalado na VM.

No passo 9 da figura 4, selecione o tipo de rede mais indicado para o seu ambiente
de virtualização:
• Bridged: Este modo compartilha a VM na mesma rede do computador real, ou
seja, a VM passa a ser mais um computador na rede, podendo ser acessado e al-
cançado por qualquer computador da rede. Este modo é indicado quando uma VM
é usada para a instalação de um servidor;
• NAT: Este modo compartilha a VM somente com a máquina onde o virtualizador
está instalado e com as outras VMs criadas e com a rede em modo NAT. Este modo
é interessante de ser utilizado nos casos onde a VM precise ser atualizada e, ao
mesmo tempo, isolada dos outros computadores da rede física.
• Host-Only: Este modo isola as VMs de todos os outros computadores da rede físi-
ca, inclusive da máquina onde o virtualizador está instalado. Neste caso, somente as
VMs criadas e com a rede em modo Host-Only poderão enxergar-se. Esse modo é
interessante de ser utilizado quando queremos realizar testes mais profundos. Este
modo não permite o acesso das VMs à Internet. Por isso, realize todas as atualiza-
ções nas VMs em modo NAT ou Bridge antes de mudar para o modo Host-Only.

Instalação do Sistema Operacional Linux


Agora que você já configurou o virtualizador e já definiu a imagem da distro Linux
que será instalada, é hora de executar a instalação do sistema operacional. A figura 5
mostra o passo inicial da instalação do sistema operacional Linux:

Figura 5 – Tela inicial de instalação do Linux

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Sistemas Operacionais

Após clicar sobre “Play virtual machine”, o processo de instalação do sistema


operacional será iniciado. Primeiramente, será apresentada uma tela com o nome do
sistema operacional e algumas tarefas iniciais serão executadas. Esse processo pode ser
visto na figura 6:

Figura 6 – Tela inicial da instalação do Ubuntu Linux

Após o sistema carregar todos os módulos necessários, é apresentada a tela de Boas


Vindas, onde é possível escolher o idioma da instalação. Isso pode ser visto na figura 7.
No nosso caso, foi escolhido o idioma “Português do Brasil”.

Figura 7 – Tela de escolha do idioma de instalação do Ubuntu Linux

Em seguida, a instalação nos leva para a escolha do layout do teclado. Essa escolha
é muito importante, especialmente se você estiver utilizando um teclado próprio para
o Brasil, que utiliza teclas como Ç (cedilha) e acentos somente em vogais. A figura 8

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mostra como escolher o teclado padrão ABNT2, que é o mais indicado para usuários
no Brasil.

Figura 8 – Escolha do layout do teclado

Prosseguindo com a instalação, o sistema nos leva a definir quais programas, ou


Apps, queremos instalar. Além disso, o sistema propõe a instalação das atualizações
enquanto instala o Ubuntu. A figura 9 mostra essas opções:

Não selecione a opção “Baixar atualizações enquanto instala o Ubuntu”. Essa opção faz
a instalação ser muito demorada. A melhor forma de atualizar o Linux é pelo terminal,
utilizando linha de comando, após a instalação ser finalizada.

Figura 9 – Escolha das atualizações e tipos de Apps a serem instalado

A próxima tela apresenta o Tipo de Instalação. Este passo é importante por alguns
motivos. Caso você já tenha o Windows instalado no seu computador e queira instalar
o Linux como segundo sistema operacional, rodando simultaneamente, em um pro-
cedimento conhecido como Dual Boot, é nesta tela que essa opção será selecionada.
No nosso caso, por se tratar de uma virtualização que simula uma instalação única do sis-
tema operacional em um computador, a opção “Apagar disco e reinstalar o Ubuntu”
será a única a ser mostrada.

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Sistemas Operacionais

O opcional mais importante da instalação também é apresentado nesta tela. Trata-se


do LVM – Logical Volume Management. O LVM é um recurso que permite ao Linux o
Gerenciamento do Disco e de suas Partições. Isso significa que, uma vez que o sistema
esteja instalado, com o uso do LVM, poderemos criar novas partições, eliminar e redi-
mensionar partições existentes e ter controle sobre esse processo.

A figura 10 mostra as opções do “Tipo de Instalação” e “Usar LVM”:

Figura 10 – Escolha do tipo de instalação do Ubuntu Linux e habilitando o LVM

Após selecionar o LVM, ele já apresenta a tabela de partições onde o sistema será
instalado. Isso pode ser visto na figura 11:

Figura 11 – Tabelas de partição do Ubuntu Linux com o LVM

Na sequência do processo de instalação, é apresentada a tela onde você irá selecionar


o Timezone, ou seja, o seu Fuso Horário. Essa opção é que define a Hora do Relógio
do Computador. Essa opção é mostrada na figura 12:

Figura 12 – Definição do Timezone

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Após a definição do fuso horário, a tela que é apresentada é onde definiremos o Usu-
ário e a Senha de Acesso do nosso sistema. Neste ponto da instalação, é importante
que você defina um nome de usuário que lhe identifique de forma única. A senha deve
cumprir com alguns requisitos de segurança, como possuir letras, números e carac-
teres especiais, além de ter, pelo menos, 6 caracteres. A figura 13 mostra essa tela:

Figura 13 – Criação do usuário inicial do Ubuntu Linux

Após realizar essas configurações, o Ubuntu Linux irá proceder de forma autônoma
com o restante da instalação. Ao final da instalação, o sistema pede que o computador
seja reiniciado. Esse procedimento é mostrado na figura 14:

Figura 14 – Conclusão da Instalação

Após a VM reiniciar, será mostrada a tela apresentada na figura 15. Nesta tela, você
deverá clicar sobre o nome do usuário que você criou, para que seja apresentada a tela
de solicitação da senha.

Figura 15 – Tela inicial após reboot do sistema

A tela seguinte é onde você deverá digitar a senha. Essa senha é a mesma que você
criou durante o processo de instalação do Linux. Insira a senha e clique em “Entrar”,
conforme mostrado na figura 16:

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Sistemas Operacionais

Figura 16 – Acesso com login e senha

O ambiente de trabalho do Ubuntu Linux será mostrado na sequência. Esse am-


biente gráfico é chamado de GNOME 3 e apresenta na barra lateral da esquerda al-
guns dos principais aplicativos do Ubuntu. A figura 17 mostra o ambiente gráfico do
Ubuntu 18.04.

Figura 17 – Área de trabalho do Ubuntu Linux 18.04

Uma das melhores coisas que se pode fazer em qualquer distro Linux é utilizar a
“linha de comando”, ou o Terminal Linux. Nesse terminal, podemos gerenciar e utilizar
muitas das funções do Linux a partir de comandos digitados.

No Ubuntu e em todas as versões derivadas da distro Debian (o Ubuntu é uma das


versões Debian Based), você pode abrir uma janela do Terminal Linux pressionando a
combinação de teclas CTRL+ALT+T. A figura 18 mostra o terminal Linux do Ubuntu.

Na figura 18, o terminal está em branco para facilitar a visualização. O padrão do terminal
é a cor preta. Para alterar as cores, tamanhos e tipos de fontes, clique em “Editar” e depois
em “Preferências”.

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Figura 18 – Acessando o terminal Linux

Após abrir uma janela do Terminal, é interessante “escalar os privilégios” do usuário


e tornar-se administrador do sistema, também chamado de superusuário ou, simples-
mente, usuário root. O usuário root é aquele que tem todas as permissões, ou seja, pode
criar, deletar, instalar, desinstalar e configurar recursos no sistema. Para tornar-se root,
você deve digitar o comando “sudo su” e, em seguida, digitar a sua senha do usuário
que está logado. Esse procedimento é mostrado na figura 19:

Figura 19 – Tornando-se “root” no sistema

Uma vez que você está logado como root, a primeira providência importante é re-
alizar a atualização do sistema. O Linux baixa suas atualizações e programas de locais
chamados de Repositórios Linux. Esses repositórios são endereços da Internet que
podem sofrer alterações ao longo do tempo. Por isso, a primeira ação que deve ser feita
é Atualizar os repositórios. Para fazer isso, você deve digitar o comando “apt update”
no Terminal Linux. Esse procedimento é mostrado na figura 20:

Figura 20 – Realizando o update dos repositórios do Ubuntu Linux

Quando os repositórios do Linux são atualizados, é feita uma comparação entre


as versões dos programas e pacotes instalados atualmente e as versões mais novas.

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É, então, apresentada a quantidade de pacotes que podem ser atualizados. Isso pode
ser visto na figura 20. É após essa atualização de repositórios que você poderá realizar
a instalação de programas, pacotes e aplicações no Linux. Para realizar a instalação de
um programa no Linux, a sintaxe do comando é a seguinte:

apt install <nome_do_pacote> ou apt -y install <nome_do_pacote>

Na segunda sintaxe, o “-y” responde com “yes” todas as perguntas do processo de


instalação, para agilizar o processo. Só utilize essa opção se tiver certeza de que, em
todas as perguntas feitas durante a instalação, a resposta deverá ser afirmativa.

Na figura 21, é mostrado o comando que realiza a atualização ou upgrade dos paco-
tes e programas instalados para suas versões mais novas.

Figura 21 – Realizando o upgrade dos programas e pacotes


instalados para suas versões mais novas

Dependendo do tempo passado desde a última atualização e o momento atual, pode


ser que muitos pacotes tenham que ser atualizados. Nessa hora, é preciso ter paciência
e seguir em frente com a atualização. A figura 22 mostra o final do processo de atuali-
zação dos pacotes do Ubuntu 18.04.

Figura 22 – Finalizando o upgrade dos pacotes e programas

Atualizar o sistema operacional é mantê-lo mais seguro. Muitas atualizações de segurança


são instaladas em uma atualização.

Após o procedimento de atualização do sistema operacional Linux, alguns pacotes


obsoletos e programas desnecessários podem permanecer instalados, ocupando espaço
e recursos do computador. A melhor medida a ser feita neste momento é “limpar o sis-
tema”, utilizando o comando “apt -y autoremove”, conforme mostrado na figura 23:

Figura 23 – Limpando o sistema dos pacotes e programas desatualizados e desnecessários

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Ao final deste procedimento, seu sistema estará pronto! Seu sistema operacional
Ubuntu Linux está instalado, atualizado e preparado para ser utilizado!

Nas próximas unidades, iremos executar uma série de comandos no Linux. Algumas
vulnerabilidades serão expostas e exploradas.

Continue seus estudos e aprofunde seus conhecimentos em Linux!

Instalação do Sistema Operacional Windows


Agora que você já instalou o seu primeiro sistema operacional virtual, é hora de ins-
talar um sistema que é conhecido pela maioria dos usuários de informática, o Windows.
O procedimento de instalação das versões Windows 7, Windows 10, Windows Server
2012 e Windows Server 2016 é muito parecido. Por este motivo, iremos demonstrar,
na sequência deste material, o processo de instalação do Windows 7, que serve como
Guia de Referência para a instalação do seu sistema operacional Windows virtualizado.

Um Pouco Sobre o Windows


Mesmo que estejamos vivendo a era dos Smartphones e dos Apps, é inegável a
importância do Windows como sistema operacional dominante no mercado de compu-
tadores e notebooks.

Este sistema operacional está presente em mais de 85% dos computadores pessoais,
sejam eles desktops ou notebooks. Essa presença dá uma ideia da importância de se
manter esse sistema operacional atualizado e seguro contra as ameaças cibernéticas.

Justamente por ser um sistema operacional dominante no mercado, o Windows é


o sistema que mais sofre com ameaças virtuais, tais como vírus, malwares diversos e
ataques hackers, o que faz dele também o sistema em que mais se investe em termos de
proteção e correções de problemas e vulnerabilidades.

Se considerarmos somente o período a partir do ano de 2017, ocorreram alguns


ataques cibernéticos importantes contra o Windows:
• WannaCry;
• NotPetya;
• CTB-Locked.

Somente esses ataques relatados já são suficientes para fazer do Windows um objeto
de estudo dos especialistas em Segurança da Informação e Perícia Forense, pois este é
um amplo campo de análise para esses profissionais.

Nas próximas páginas, iremos apresentar o procedimento de instalação do Windows.


Essa instalação será utilizada nas próximas unidades, onde iremos explorar as fraquezas
e vulnerabilidades do Windows.

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UNIDADE
Sistemas Operacionais

Procedimento de Instalação do Windows


Para realizar a instalação no VMWare, inicie o programa e clique em “Create a new
Virtual Machine” na tela principal do programa, conforme mostrado na figura 24:

Figura 24 – Iniciando a instalação do Windows no virtualizador

Na tela que se abre, clique em “Browse” e determine o caminho até a imagem (arqui-
vo de instalação com extensão .iso) e clique em “Next”.

Digite a chave do produto e defina o “Nome de Usuário” e a “Senha de Acesso” ao


sistema operacional e clique em “Next”.

Determine o “Nome” da Máquina virtual e o “Local onde ela será criada”. Em segui-
da, clique em “Next”.

Determine o tamanho do disco virtual da instalação. O padrão é 20 GB. Em seguida,


clique em “Next”, conforme mostrado na figura 25:

Figura 25 – Definição do tamanho da partição de instalação do Windows

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Na tela seguinte, será apresentado um resumo da instalação. Clique em “Finish”.

O sistema será automaticamente inicializado, como se fosse uma instalação em drive


de CD/DVD. Pressione qualquer tecla para continuar.

A tela da figura 26 será mostrada.

Figura 26 – Inicialização do carregamento dos pacotes do Windows para sua instalação

O sistema iniciará a partir da imagem “.iso”, junto com a instalação do Windows 7.


A figura 27 mostra esse processo inicial:

Figura 27

Esse é o logo do Windows 7. Espere até surgir a próxima tela para continuar com
a instalação.

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UNIDADE
Sistemas Operacionais

Figura 28

Nesta etapa, conforme mostra a figura 28, devemos escolher o idioma de instalação,
o tipo de teclado e o formato de hora. Selecione os desejados e prossiga.

Conforme mostra a figura 29, basta clicar em “Install now”, ou “Instalar agora” (em
português) para continuar com a instalação.

Figura 29 – Início da instalação do Windows

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Leia os termos do contrato do Windows 7 e os aceite, conforme mostrado na fi-
gura 30.

Na próxima tela, você terá duas opções: atualização (upgrade) e personalizada (custom).
Como queremos uma instalação de um sistema operacional totalmente novo, clique na
segunda opção e prossiga, conforme mostra a figura 31:

Figura 30 – Termos da licença Figura 31 – Seleção do tipo de instalação do Windows

Agora você encontrará uma representação gráfica de seus discos rígidos. É possível
escolher em qual partição instalar o Windows 7, além de criar novas e apagar antigas.
Clique em  “Opções de Drive”, caso queira gerenciá-las, ou clique em  Avançar  para
prosseguir, conforme mostra a figura 32.

Serão iniciadas as cópias dos arquivos para o disco rígido. Seja paciente, pois
o processo demorará alguns minutos. Esta demora dependerá também das carac-
terísticas de hardware de seu computador. A figura 33 mostra a tela de instalação
dos pacotes.

Figura 32 – Escolha da partição Figura 33 – Processo de instalação


de instalação do Windows dos pacotes no Windows

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UNIDADE
Sistemas Operacionais

Ao final da cópia dos arquivos e instalação dos pacotes, chegou a hora de informar
o nome de usuário e um nome para o computador. O nome do computador é utilizado
para identificá-lo na rede. A tela de criação do nome do usuário é mostrada na figura 34.

Digite a chave do produto, conforme mostrado na figura 35. Caso a chave já tenha
sido digitada anteriormente no VMWare, é possível que esta etapa não ocorra.

Figura 34 – Criação de usuário do Windows Figura 35 – Tela de inserção da chave do Windows

Escolha a primeira opção de atualização, que é a recomendada, conforme mostra a


figura 36.

Defina a data e hora. É provável que estas informações já estejam corretas. Depois,
basta escolher qual o tipo de rede que seu computador estará conectado (casa, trabalho
ou pública). A figura 37 mostra a tela de configuração de data e hora.

Figura 36 – Proteção automática do Windows Figura 37 – Configuração de data e hora

Ao final deste procedimento, a instalação prosseguirá sem solicitar mais nenhuma inter-
venção do Administrador e mostrará a tela da figura 38 ao final do processo de instalação:

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Figura 38 – Tela da área de trabalho do Windows 7

Agora, já temos nosso segundo sistema operacional instalado! Nas próximas unida-
des, iremos explorar esses sistemas e identificar pontos fracos, vulnerabilidades e possi-
bilidades de exploração de brechas de segurança para acessar e controlar remotamente
esses sistemas.

Na próxima unidade da disciplina, iremos apresentar um panorama geral sobre Re-


des de Computadores, ambiente onde os sistemas operacionais estão envolvidos.

Siga com seus estudos, para que você se torne um profissional mais capacitado e
preparado para lidar com as ameaças cibernéticas!

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UNIDADE
Sistemas Operacionais

Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:

Sites
Microsoft Technet
Portal mantido por profissionais, com centenas de videoaulas e conteúdos práticos, para
aprofundar o aprendizado Hands-On dos alunos
https://goo.gl/ngbQaY
Cisco Linux Essencials
Curso online e totalmente gratuito de Linux, oferecido pelo NetAcademy da Cisco
https://goo.gl/n3TCNG

Livros
Manual de Sobrevivência - Dicas e comandos do mundo Linux
Autor: Tales Araújo Mendonça - Este livro digital é um excelente guia de consulta rápida
para utilizar o Terminal Linux. É uma das principais referências utilizadas pelos profissio-
nais da área de Redes e TI. Esse livro digital é gratuito e está disponível para download.
https://goo.gl/RnbYFQ

Vídeos
Playlist
Playlist com os procedimentos de instalação do ambiente de virtualização.
https://goo.gl/WDf4uA

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Referências
COMER, D. Interligação de Redes com TCP/IP. 5.ed. Editora Campus, 2006.

DEITEL, H. M., DEITEL, P. J., CHOFFNES, D. R. Sistemas Operacionais. 3.ed. São


Paulo: Pearson, 2005.

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