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Uma araucária solitária

Na terra do Contestado,

uma araucária solitária resiste.

Como Cristo angustifólio

galhos abertos

sobre as batalhas do passado

sobre o presente desmatado.

Homem contra homem naquele.

Homem contra pinus neste.

Na terra do Contestado,

uma araucária solitária resiste.

Num cenário pretérito

com sangue fez sua seiva.

Chorou todos os seus pinhões

sobre incontestável desmate.

Num campo contemporâneo

chora em pinhas pelos

corpos vegetais que tombam

um futuro próximo.

Na terra do Contestado,

uma araucária solitária insiste.

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