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Actinopterygii

Características gerais:

São conhecidos como “peixes com raios nas nadadeiras”, por causa de suas nadadeiras
distintas, sustentadas internamente por numerosos lepidotríquios (raios) delgados
endoesqueléticos. Em relação ao grupo anterior, vemos uma mudança muito importante,
que é a ossificação. Esse grupo passa a ter uma ossificação endocondral, em que há a
substituição de um molde cartilaginoso por tecido ósseo diferente do anterior, que
possuía um esqueleto composto por cartilagem.

Uma questão interessante que ocorre nos Osteichthyes é o surgimento dos ossos
cranianos, cuja homologia pode ser traçada entre todos seus integrantes. Por exemplo,
no crânio do actinopterígio podemos identificar por exemplo os ossos frontal (fr),
parietal (par) e dentário (dent), todos eles presentes no seu crânio. Assim, podemos
traçar a evolução de cada um desses ossos nos diferentes grupos de osteíctes. Outra
modificação interessante que ocorre no clado é a redução do exoesqueleto. À esquerda
vemos o exoesqueleto da cabeça e tórax de um placoderme, formado por grandes placas
externas, semelhantes a uma armadura. Nos osteíctes, o corpo passa a ser recoberto por
numerosas escamas.

Essas escamas diferem das estruturas presentes nos Chondrichthyes, como vemos
acima. Note que a escama dérmica do osteícte fica abaixo da epiderme, e não a perfura.
Já no tubarão, os dentículos dérmicos perfuram a epiderme. Lembre-se que esses
dentículos, que recobrem o corpo do animal, tem uma estrutura semelhante à dos nossos
dentes (polpa, dentina, esmalte).

Outra peculiaridade dos osteíctes é a bexiga natatória, que é uma evaginação dorsal do
trato digestório (note sua ligação com o estômago no esquema). A bexiga natatória é
uma estrutura que se enche mais ou menos de ar, e possibilita que o animal controle a
sua flutuabilidade e mantenha uma certa posição na coluna d’água (se a bexiga natatória
estiver mais cheia de ar, o animal bóia mais, ou seja, fica mais acima na coluna d’água).

Com exceção de um grupo que surgiu no Carbonífero (os Cladistia ou Polypteriformes),


os grupos viventes de actinopterígios se originaram em uma grande radiação no início
do Mesozoico, após a grande extinção do Permo-Triássico.

Palaeonisciformes
Os extintos paleoniscídeos são os mais bem conhecidos dos Palaeonisciformes
ancestrais e, provavelmente, os peixes ósseos mais antigos.

Muitos consideram a forma da cabeça dos primeiros tubarões e acantódios semelhante à


dos paleoniscídeos. Pode ser que isso reflita uma relação filogenética ou uma
convergência inicial de um estilo de alimentação bem sucedido baseado na rápida
captura das presas. Os paleoniscídeos ocuparam habitats marinhos e de água doce, tendo
apresentado sua maior diversidade durante o final do Paleozoico, mas foram
substituídos pelos neopterígios no início do Mesozoico.

Neopterygii

No início do Mesozoico, esses peixes substituíram os Palaeonisciformes como o grupo


mais dominante e que tinha florescido até então. Eles exibem ampla gama de
morfologias e se adaptaram a uma variedade de habitats em todas as partes do mundo.
Durante sua evolução, alterações no crânio acomodaram a maior mobilidade da maxila.
As escamas ficaram mais finas e arredondadas. Em contraste, as escamas espessas
superpostas dos paleoniscídeos conferiam proteção, mas a flexibilidade era restrita.

É provável que a redução na quantidade de escamas na superfície tenha acompanhado o


desenvolvimento de uma natação mais ativa. A notocorda foi substituída por vértebras
cada vez mais ossificadas, que também promoviam a natação eficiente. A cauda
heterocerca assimétrica dos paleoniscídeos foi substituída por uma cauda homocerca
simétrica.

Teleósteos
O grupo mais recente de peixes com raios nas nadadeiras é o derivado dos neopterígios,
os Teleósteos (palavra que significa “terminal” e “peixe ósseo”). Esse grupo muito
diverso abrange quase 20.000 espécies recentes com distribuição geográfica extensa,
com as representantes presentes de um polo ao outro e em altitudes que variam daquela
dos lagos alpinos às profundezas dos oceanos. Os teleósteos têm uma longa história, que
data de 225 milhões de anos no final do Triássico. Apesar disso, parecem constituir um
grupo monofilético.
Tendências evolutivas
Observando os últimos 250 milhões de anos de evolução dos actinopterígios,
identificam-se 2 grandes tendências evolutivas: a transformação da mordida em sucção,
e a aquisição de uma natação mais rápida e controlada.
Uma outra questão interessante é que os actinopterígios mais derivados começam a
utilizar somente a parte mais posterior da cauda para propulsão durante a natação.
Outra alteração que torna a natação mais rápida e controlada é o surgimento de uma
nadadeira caudal homocerca. Aqui vemos como é a nadadeira caudal homocerca entre
os actinopterígios mais derivados: surge uma estrutura óssea em forma de leque, os
urais, que são seguidos posteriormente por raios ósseos (lepidotríquias).

Sites das imagens:


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