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- Evidência em Auditoria
Planeamento de Auditoria
A estimativa do tempo necessário para se fazer a auditoria deve ter em conta o seguinte:
O auditor responsável deverá preparar um orçamento das horas necessárias para executar a
auditoria, que deverá ser aprovado pelo director de auditoria.
Execução da Auditoria
À medida que se vai executando o trabalho, deverão ir sendo registados os tempos dispendidos
e quaisquer estimativas de excesso de horas ser reportado e justificado ao director de auditoria.
O responsável de auditoria deverá rever todos os programas de auditoria assim como os papeis
de trabalho suportando-os quanto a:
- correcta execução de cada passo
- cumprimento dos níveis dos testes estabelecidos
- conclusões apropriadas
EVIDÊNCIA EM AUDITORIA
Evidência de Auditoria
É a informação obtida pelo auditor para lhe permitir chegar a conclusão sobre os factos em
analise, p.e. funcionamento ou não do sistema de controlo interno, demonstracoes financeiras.
Informações obtidas pelo auditor que lhe possibilitam chegar às conclusões sobre as
quais se há de basear a sua opinião
o auditor deve obter prova de auditoria apropriada e suficiente:
medida da qualidade da da prova e da sua relevância para uma asserção
específica e respectiva credibilidade
A prova de auditoria obtém-se relativamente a cada uma das asserções sendo a sua
credibilidade influenciada pela respectiva fonte (interna ou externa em relação à empresa)
e pela sua natureza (visual, documental ou oral)
1. Observação
2. Verificação física Inspecção
3. Perguntas directas Indagações
4. Confirmação
5. Cálculo
6. Procedimentos analíticos
7. Documentação
8. Reexecução
Observação
Trata-se sobretudo de observar como são desenvolvidas na prática as funções cometidas às
várias pessoas (exemplo: observar a contagem de existências no final do ano).
Verificação física
Refere-se à verificação física de determinados bens do activo (existências, maquinaria, etc.).
também, aplica-se a verificação da documentação que suporta os registos contabilísticos e da
evidência escrita de que um controlo foi feito.
Confirmação
É a recepção de confirmação escrita ou oral de uma terceira parte independente a empresa, para
assegurar a exactidão, totalidade e existência da informação sob exame pelo auditor.
Porque a confirmação vem de uma fonte externa a empresa e considera uma evidência de maior
confiança e muito utilizada pelo auditor.
Procedimentos analíticos
É a utilização de comparações e outras formas de relacionamento entre dados, contas,
transacções por forma a obter a razoabilidade dos itens sob exame
Reexecução (Verificação)
Consiste em refazer os cálculos ou o controlo efectuado.
ISCAM / gchamba
Perguntas directas
É a obtenção de respostas orais e escritas com base nas questões formuladas pelo auditor no
decurso da auditoria.
Os testes de conformidade
O objectivo destes testes não é o de testar valores mas antes o de tirar uma conclusão do tipo
sim ou não, ou de determinar uma taxa de ocorrência, o que significa que o objectivo é testar
atributos, pelo que o plano de amostragem dirigido a estes tipo de teste se chama amostragem
para atributos.
Por exemplo, uma medida de controlo interno podia ser “acima de um determinado valor, só se
fazem encomendas a fornecedores após a realização de um concurso público”. Um teste de
conformidade para avaliar a eficácia desta medida deveria ter como objectivo averiguar se, num
dado período, esta medida foi sempre cumprida (conclusão do tipo sim ou não) ou, em caso de
resposta negativa, estimar a respectiva taxa de ocorrência (percentagem do número de casos
em que a medida não foi cumprida).
Níveis de testes
- Não é possível descrever regras fixas e inflexíveis para a determinação dos níveis de
testes (número de itens por testar)
- O auditor terá de usar o senso comum e de ter em conta todos os factores relevantes,
como a complexidade das transacções, a experiência adquirida em auditorias anteriores
- Na ausência de um controlo de supervisão, o auditor terá de aumentar o nível dos seus
testes de exame de evidência.
- As falhas de controlo sobre a totalidade são normalmente mais importantes do que as
que afectam a exactidão.
Elaboração do programa
- Deve inscrever-se a referência de cada pergunta no questionário
- Deve ser registada a descrição dos testes a levar a cabo
- Devem também ser registados os motivos para emissão dos objectivos
- Devem ser registados os níveis propostos para os testes
- Deve ser colocado um tick para indicar que os testes de conformidade propostos
continuam aplicáveis
- As evidências observadas devem ser devidamente documentadas nos papeis de
trabalho
- A existência ou não de excepções deve ser registada com o SIM ou NÃO
- Os pormenores das excepções devem ser registadas numa folha a parte
- O PRT deve ser rubricado e datado pelos indivíduos que executarem os testes
- O PRT ou folhas de trabalho separadas devem ser suficientemente detalhadas
- Será sempre necessário elaborar folhas de trabalho registando as evidências
examinadas, os procedimentos reexecutados, ou a natureza e circunstâncias das
observações.
Desvios e Falhas
Quando se detecta uma irregularidade torna-se necessário determinar se:
- Se trata de um caso isolado
- Revela um desvio ou falha dos sistemas estabelecidos.
Testes substantivos
Os que visam confirmar o adequado processamento contabilístico (no que se refere à totalidade,
exactidão e validade dos saldos), expressão financeira e suporte documental dos saldos e das
operações.
Teoricamente poder-se-á dizer que bastaria ao auditor tomar conhecimento verbal das
informações a que vai tendo acesso, reter tais informações na sua memória, efectuar as suas
congeminações sobre as mesmas e finalmente emitir o seu parecer, esse sim, de forma escrita.
A prova em auditoria é importante não só como forma de o trabalho poder ser controlado e revisto
por um profissional mais experiente (no caso de firmas de auditoria) como também examinado
pelo organismo profissional com o objectivo deste poder constatar se as normas que dele
emanam estão a ser cumpridas.
É também nos PT’s que os auditores documentam toda a evidencia acumulada durante a
auditoria e a respectiva conclusão obtida.
Os PT’s são registos mantidos pelo auditor sobre os procedimentos aplicados, testes executados
e todas as conclusões pertinentes obtidas no seu trabalho de auditoria.
Os PT’s podem ser na forma de dados armazenados sobre papel, filme, meios electrónicos ou
outros meios.
Assim, a UEC define este tipo de documentação como “todos os documentos preparados e
obtidos por um auditor formando um registo da informação utilizada e dos testes de auditoria
efectuados na realização da mesma juntamente com as decisões por si tomadas para/afim de
atingir a sua opinião.”
Por outro lado a IFAC afirma que a documentação “se refere aos papéis de trabalho preparados
ou obtidos pelo auditor e por ele possuídos, em relação com a realização da sua auditoria”.
Para a UEC :
a) Auxilia o auditor na realização do seu trabalho e, em particular assegurar que a auditoria está
apropriadamente planeada e cobre todos os aspectos das demonstrações financeiras sobre
as quais o auditor tem de expressar uma opinião;
b) Permitir que o trabalho realizado possa ser revisto independentemente por uma pessoa
qualificada para o fazer;
c) Proporcionar prova do trabalho de auditoria realizado e do modo como o auditor chegou a
sua opinião;
Para a IFAC :
a) Auxilia no planeamento e execução da auditoria;
b) Auxilia na supervisão do trabalho de auditoria;
c) Proporciona prova do trabalho de auditoria realizado de forma a suportar a opinião.
São dois os tipos de arquivos (“dossiers”), os quais devem existir para todas as auditorias,
qualquer que seja a sua dimensão:
“dossiers” com informação de carácter permanente;
“dossiers” com informação de carácter corrente – os Papeis de Trabalho.
ISCAM / gchamba
“Dossier” corrente
Os “dossiers” com informação de carácter corrente, ou pastas correntes, englobam toda a
documentação relativa a cada auditoria específica, podem ser agrupados em dois grandes
grupos: os programas de trabalho e os mapas de trabalho.
Programas de trabalho
Acessoriamente, o programa de trabalho é utilizado como forma de controlar não só o tempo que
for sendo gasto ao longo da auditoria em relação ao que foi previamente determinado como
também a qualidade do trabalho realizado.
Deverá existir um programa de trabalho para cada uma das diferentes áreas a examinar.
Os programas dos testes, quer de conformidade quer substantivos, dividem-se em três grandes
partes:
PROGRAMA DE AUDITORIA
QT TP Nr Descrição do objectivo/procedimento/teste IT MT TR
Por outro lado, os testes podem ser realizados em duas ou mais fases distintas: numa fase
preliminar [ou seja em período(s) anterior(es) à data a que se referem as demonstrações
financeiras] e numa fase final [ou seja em período(s) posterior(es) àquela data]
Entre o trabalho que o auditor deve realizar na fase preliminar destaca-se o estudo das políticas
e procedimentos contabilísticos e das medidas de controlo interno e a consequente avaliação
através da realização dos testes de conformidade.
Este aspecto é muito importante uma vez que face aos resultados que o auditor obtiver ser-lhe-
á permitido determinar o “risco da auditoria”, uma vez que quanto melhores forem os resultados
obtidos com a realização dos testes de conformidade menor poderá ser a profundidade dos
testes substantivos.
Mas também ao nível da realização dos testes substantivos, o auditor tem todo o interesse em
programar o máximo de tarefas para a fase preliminar. De entre tais tarefas destacam-se as
seguintes:
Mapas de trabalho
Os mapas de trabalho são os documentos (folhas papéis, etc.) onde o auditor deixa ficar a prova
dos testes e procedimentos que efectuou assim como as conclusões atingidas ao longo das
várias áreas de trabalho as quais servirão de base para a elaboração dos relatórios e parecer.
Para a preparação dos mapas de trabalho não há, evidentemente, procedimentos uniformes a
serem seguidos por todos os auditores. No entanto, haverá toda a conveniência em que, por
exemplo, dentro de cada firma de auditores, exista uma normalização mínima sem obviamente
impedir a imaginação de cada técnico.
O PT’s têm como OBJECTIVO PRINCIPAL, proporcionar uma base segura de que a auditoria
foi devidamente executada.
Será útil para o auditor considerar o que seria necessário fornecer a outro auditor que não tenha
experiência prévia dessa auditoria para ter o conhecimento do trabalho executado e a base das
principais decisões tomadas.
Fase Final
O responsável de auditoria deverá rever os papeis de trabalho constantes na pasta de auditoria
para assegurar:
- O cumprimento da metodologia de auditoria
- A qualidade das conclusões e dos papeis de auditoria
- Identificação de necessidade de formação