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N-266 REV.

E ABR / 2003

APRESENTAÇÃO DE PROJETO
DE VASO DE PRESSÃO

Procedimento
Esta Norma substitui e cancela a sua revisão anterior.
Cabe à CONTEC - Subcomissão Autora, a orientação quanto à interpretação
do texto desta Norma. O Órgão da PETROBRAS usuário desta Norma é o
responsável pela adoção e aplicação dos seus itens.

Requisito Técnico: Prescrição estabelecida como a mais adequada e que


CONTEC deve ser utilizada estritamente em conformidade com esta Norma. Uma
eventual resolução de não segui-la ("não-conformidade" com esta Norma) deve
Comissão de Normas ter fundamentos técnico-gerenciais e deve ser aprovada e registrada pelo
Técnicas Órgão da PETROBRAS usuário desta Norma. É caracterizada pelos verbos:
“dever”, “ser”, “exigir”, “determinar” e outros verbos de caráter impositivo.

Prática Recomendada: Prescrição que pode ser utilizada nas condições


previstas por esta Norma, mas que admite (e adverte sobre) a possibilidade de
alternativa (não escrita nesta Norma) mais adequada à aplicação específica. A
alternativa adotada deve ser aprovada e registrada pelo Órgão da
PETROBRAS usuário desta Norma. É caracterizada pelos verbos:
“recomendar”, “poder”, “sugerir” e “aconselhar” (verbos de caráter
não-impositivo). É indicada pela expressão: [Prática Recomendada].
Cópias dos registros das “não-conformidades” com esta Norma, que possam
contribuir para o seu aprimoramento, devem ser enviadas para a
SC - 02 CONTEC - Subcomissão Autora.

Caldeiraria
As propostas para revisão desta Norma devem ser enviadas à CONTEC -
Subcomissão Autora, indicando a sua identificação alfanumérica e revisão, o
item a ser revisado, a proposta de redação e a justificativa técnico-econômica.
As propostas são apreciadas durante os trabalhos para alteração desta Norma.

“A presente Norma é titularidade exclusiva da PETRÓLEO BRASILEIRO


S.A. – PETROBRAS, de uso interno na Companhia, e qualquer reprodução
para utilização ou divulgação externa, sem a prévia e expressa autorização
da titular, importa em ato ilícito nos termos da legislação pertinente,
através da qual serão imputadas as responsabilidades cabíveis. A
circulação externa será regulada mediante cláusula própria de Sigilo e
Confidencialidade, nos termos do direito intelectual e propriedade
industrial.”

Apresentação
As Normas Técnicas PETROBRAS são elaboradas por Grupos de Trabalho
- GTs (formados por especialistas da Companhia e das suas Subsidiárias), são comentadas pelas
Unidades da Companhia e das suas Subsidiárias, são aprovadas pelas Subcomissões Autoras - SCs
(formadas por técnicos de uma mesma especialidade, representando as Unidades da Companhia e
as suas Subsidiárias) e homologadas pelo Plenário da CONTEC (formado pelos representantes das
Unidades da Companhia e das suas Subsidiárias). Uma Norma Técnica PETROBRAS está sujeita a
revisão em qualquer tempo pela sua Subcomissão Autora e deve ser reanalisada a cada 5 anos para
ser revalidada, revisada ou cancelada. As Normas Técnicas PETROBRAS são elaboradas em
conformidade com a norma PETROBRAS N - 1. Para informações completas sobre as Normas
Técnicas PETROBRAS, ver Catálogo de Normas Técnicas PETROBRAS.

PROPRIEDADE DA PETROBRAS 14 páginas e Índice de Revisões


N-266 REV. E ABR / 2003

PREFÁCIO

Esta Norma PETROBRAS N-266 REV. E ABR/2003 é a Revalidação da Norma


PETROBRAS N-266 REV. D FEV/97, incluindo sua 1ª Emenda MAR/99, não tendo sido
alterado seu conteúdo.

1 OBJETIVO

1.1 Esta Norma fixa as condições exigíveis para a apresentação de projeto de vaso de
pressão, elaborado segundo a norma PETROBRAS N-253.

1.2 Esta Norma contém também os requisitos mínimos para a apresentação de proposta de
fornecimento de vaso de pressão.

1.3 Esta Norma se aplica a projetos iniciados a partir da data de sua edição.

1.4 Esta Norma contém somente Requisitos Técnicos.

2 DOCUMENTOS COMPLEMENTARES

Os documentos relacionados a seguir são citados no texto e contêm prescrições válidas


para a presente Norma.

Ministério do Trabalho - Norma Regulamentadora nº 13 (NR-13) - Caldeiras e


Vasos de Pressão;
PETROBRAS N-75 - Abreviatura para os Projetos Industriais;
PETROBRAS N-133 - Soldagem;
PETROBRAS N-253 - Projeto de Vasos de Pressão;
PETROBRAS N-268 - Fabricação de Vaso de Pressão;
PETROBRAS N-269 - Montagem de Vaso de Pressão;
PETROBRAS N-381 - Execução de Desenhos e Outros Documentos
Técnicos em Geral;
PETROBRAS N-466 - Projeto Mecânico de Trocador de Calor Casco e Tubo;
PETROBRAS N-1281 - Projeto de Esfera;
PETROBRAS N-1438 - Soldagem;
PETROBRAS N-1492 - Permutador de Calor - Folha de Dados;
PETROBRAS N-1500 - Vasos de Pressão - Folha de Desenhos e Dados;
PETROBRAS N-1520 - Esfera de Armazenamento - Folha de Dados;
PETROBRAS N-1521 - Identificação de Equipamentos Industriais;
PETROBRAS N-1556 - Vaso de Pressão - Requisição de Material;
PETROBRAS N-1557 - Permutador de Calor - Requisição de Material;
PETROBRAS N-1586 - Resfriador a Ar - Folha de Dados;
PETROBRAS N-1704 - Projeto de Vaso de Pressão para Serviço H2;
PETROBRAS N-1705 - Projeto de Vaso de Pressão para Serviço com Soda
Cáustica;
PETROBRAS N-1706 - Projeto de Vaso de Pressão para Serviço com H2S;
PETROBRAS N-1707 - Projeto de Vaso de Pressão com Revestimento;
PETROBRAS N-1710 - Codificação de Documentos Técnicos de Engenharia;
PETROBRAS N-1734 - Projeto de Trocador de Calor para Água Salgada;
PETROBRAS N-1817 - Resfriador a Ar - Requisição de Material;
PETROBRAS N-1858 - Projeto e Fabricação de Resfriador a Ar;

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PETROBRAS N-1862 - Projeto e Fabricação de Bandejas e Outros Internos


de Torre;
PETROBRAS N-2012 - Bocal de Vaso de Pressão;
PETROBRAS N-2013 - Suporte para Vaso de Pressão Horizontal;
PETROBRAS N-2014 - Suporte para Vaso de Pressão Vertical;
PETROBRAS N-2049 - Acessório Interno de Vaso de Pressão;
PETROBRAS N-2054 - Acessório Externo de Vaso de Pressão;
PETROBRAS N-2090 - Internos para Vaso de Pressão - Requisição de
Material;
PETROBRAS N-2092 - Esfera de Armazenamento - Requisição de Material;
Code ASME - Seção VIII - Boiler and Pressure Vessel;
TEMA - Standards of Tubular Exchanger Manufacturers
Association.

3 DEFINIÇÕES

Para os propósitos desta Norma são adotadas as definições indicadas nos itens 3.1 a 3.4.

3.1 Projetista

Firma ou organização encarregada da elaboração do projeto mecânico e/ou do projeto para


fabricação do vaso de pressão. Nos casos em que o projeto mecânico e o projeto para
fabricação são feitos cada um por uma organização diferente, o termo “projetista” se aplica a
cada uma dessas entidades.

3.2 Projetista de Detalhamento

Firma ou organização encarregada do projeto de detalhamento (projeto executivo) da


instalação onde se situa o vaso de pressão, podendo ser ou não o próprio projetista do
vaso.

3.3 Projeto Mecânico

Consiste basicamente no dimensionamento mecânico estrutural do vaso de pressão. O


projeto mecânico deve ser baseado no projeto analítico (de processo e térmico) e na
seleção de materiais.

3.4 Projeto para Fabricação

Consiste no detalhamento completo dos vasos para a sua fabricação, incluindo todas as
definições e dados prescritos nesta Norma.

4 CONDIÇÕES GERAIS

4.1 Documentação

4.1.1 Os desenhos e outros documentos que constituem o projeto mecânico e o projeto de


fabricação devem ser elaborados segundo as condições fixada pela norma
PETROBRAS N-381. Todos os desenhos de conjunto ou de montagem devem ter o “norte
de projeto” coincidindo com a direção 0° de orientação do vaso.

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4.1.2 Devem ser usadas as abreviaturas da norma PETROBRAS N-75 e a terminologia de


soldagem da norma PETROBRAS N-1438.

4.1.3 As unidades de medida utilizadas nos documentos de projeto devem ser adotadas
pelas folhas de dados do equipamento e seus acessórios. As cotas devem ser expressas
em mm.

4.1.4 O vaso de pressão deve ser identificado conforme a norma PETROBRAS N-1521,
exceto se definido em contrário pela PETROBRAS.

4.1.5 Os desenhos e outros documentos técnicos de engenharia devem ser identificados


conforme a norma PETROBRAS N-1710, exceto se definido em contrário pela
PETROBRAS.

4.1.6 Esta Norma deve obrigatoriamente ser citada ou anexada em todas as Requisições
de Material (RM), ou contratos para projeto ou compra de qualquer vaso de pressão.

4.1.7 A aprovação do projeto mecânico ou do projeto para fabricação, pela PETROBRAS


ou por qualquer firma contratada pela PETROBRAS, não isenta e nem diminue a
responsabilidade do projetista do equipamento, que continua sempre com total
responsabilidade pelo projeto, na extensão do escopo do seu fornecimento.

4.1.8 Na documentação de projeto do vaso deve constar a categoria do vaso, de acordo


com a norma regulamentadora nº 13 (NR-13), do Ministério do Trabalho.

4.2 Folha de Dados

A Folha de Desenho e Dados (FD) de vaso de pressão deve ser feita seguindo o formulário
padronizado pelas normas PETROBRAS N-1492, N-1500 e N-1520, conforme o caso.

4.3 Requisição de Material

4.3.1 A RM de vaso de pressão, que é o documento de definição do escopo de


fornecimento desses equipamentos, deve ser feita seguindo o formulário padronizado pelas
normas PETROBRAS N-1556, N-1557, N-1817, N-2090 e N-2092, conforme o caso.

4.3.2 Como regra geral, as RMs devem ser baseadas na folha de dados do projeto
mecânico completo ou parcial do vaso, que deve ser anexado à RM. A RM pode ser
também baseada no projeto de processo ou nos dados básicos de processo em casos
especiais que exigem garantia de desempenho do fabricante.

4.3.3 A RM deve indicar a revisão ou data da edição das normas citadas. Em caso de
omissão, aplicam-se as edições em vigor na data de emissão ou revisão aplicável da RM.

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4.3.4 Nos documentos anexos à RM devem ser indicados a natureza, composição e


propriedades de todas as correntes fluidas que entram ou que saem do vaso, exceto quando
essas informações não forem fornecidas no Projeto Analítico do Vaso de Pressão.

4.4 Apresentação do Projeto

4.4.1 O projeto mecânico deve ser apresentado com os requisitos mínimos do Capítulo 5. O
projeto de fabricação deve ser apresentado com os requisitos mínimos do Capítulo 6. As
propostas de fornecimento de vaso de pressão devem ser apresentadas com os requisitos
mínimos do Capítulo 7.

4.4.2 Na apresentação do projeto mecânico, do projeto para fabricação e da proposta de


fornecimento, deve ser seguida a norma regulamentadora nº 13 (NR-13), do Ministério do
Trabalho.

4.4.3 Além do exigido no item 4.4.1, deve ser fornecido pelo fabricante, conforme a norma
regulamentadora nº 13 (NR-13), do Ministério do Trabalho, um documento denominado
Prontuário de Vaso de Pressão, contendo as seguintes informações:

a) código de projeto e ano de edição;


b) especificação dos materiais;
c) procedimentos na fabricação, montagem e inspeção final e determinação da
PMTA;
d) conjunto de desenhos e demais dados necessários para o monitoramento da
sua vida útil;
e) características funcionais;
f) dados dos dispositivos de segurança;
g) ano de fabricação;
h) categoria do vaso.

5 PROJETO MECÂNICO

5.1 O projeto mecânico deve obedecer às normas PETROBRAS N-253, N-466, N-1281,
N-1704, N-1705, N-1706, N-1707, N-1734, N-1858 e N-1862, conforme o caso.

5.2 O projeto mecânico de vasos de pressão inclui, obrigatoriamente, desenhos e outros


documentos com a definição ou o cálculo dos seguintes dados, referentes ao vaso:

a) especificação completa de todos os materiais do vaso (cascos e tampos) e de


todas as suas partes e acessórios, tais como: flanges, bocais, suportes,
espelhos e tubos internos, peças internas e externas, parafusos, juntas e
revestimentos; a especificação deve ser feita com a identificação completa,
segundo a organização normalizadora (ABNT, ASME, ASTM, API e outras),
incluindo classe, tipo e grau do material;
b) definição das dimensões finais do vaso;
c) seleção do tipo de tampos, se não for definido por exigência de processo;
d) definição das normas de projeto, construção e inspeção que devem ser
empregadas;
e) definição das eficiências de soldas e do tipo e grau de inspeção das soldas;

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f) cálculo mecânico (estrutural) completo do vaso, incluindo as espessuras de


todas as partes do vaso, reforços, flanges especiais, suportes, espelhos, peças
internas e externas, e outros;
g) dimensões e espessuras das chapas de base da saia, colunas, berços ou
outros suportes do vaso;
h) posição cotada, tipo e diâmetro de todos os parafusos chumbadores;
i) definição das posições finais (elevação e orientação) de bocais, bocas de
visita, instrumento, peças internas e externas, e outros;
j) cálculo da pressão máxima de trabalho admissível e da pressão de teste
hidrostático;
k) cálculo dos pesos aproximados do vaso quando vazio, em operação, em
parada e em teste hidrostático;
l) definição das condições de transporte do vaso (vaso transportado inteiro ou em
seções);
m) desenho mecânico completo do vaso, incluindo os detalhes padronizados pelas
normas PETROBRAS N-2012, N-2013, N-2014, N-2049 e N-2054;
n) diagrama de carga sobre as fundações, contendo:
- grandeza, direção e sentido de todas as forças e momentos que o
equipamento exerce sobre as suas fundações em qualquer situação de
operação normal ou eventual, em teste hidrostático, em montagem e em
manutenção; essas forças e momentos devem ser referidos a 3 eixos
coordenados ortogonais, 1 dos eixos coincidente com a linha de centro do
vaso;
- amplitude e freqüência de vibrações transmitidas às fundações, quando for o
caso.

5.3 O projeto mecânico deve incluir também, em todos os casos que forem aplicáveis:

a) especificação de tratamento térmico;


b) especificação e detalhamento de revestimento (ou pintura especial) interno ou
externo, incluindo-se revestimento anticorrosivo, refratário, ou para qualquer
outra finalidade;
c) seleção e especificação de isolamento térmico, dos tipos de suporte de
isolamento térmico e distância entre esses suportes;
d) especificações para montagem no campo e para testes e inspeção no campo;
e) espaços necessários que devem ser previstos ou deixados livres para a
montagem do vaso, desmontagem, remoção de peças internas (feixes
tubulares, por exemplo) e para a operação;
f) especificação de soldagem.

5.4 Sempre que for julgado necessário devem ser feitas as seguintes verificações:

a) tensões nos bocais do vaso, devido a reações de tubulação e outros esforços


externos;
b) deslocamentos dos bocais do vaso, devido à dilatação térmica;
c) tensões localizadas devido a suportes de tubulação, plataformas, ou outros
esforços;
d) análises especiais (exemplo: dinâmica e de fluência).

Nota: Essas verificações constituem atribuição do projetista, a não ser que seja definido
em contrário no contrato ou na RM.

5.5 Quando aplicável, o projeto mecânico deve ainda incluir especificações contendo
exigências ou recomendações especiais relativas a:

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a) processos especiais de soldagem e de inspeção;


b) tratamentos térmicos especiais;
c) revestimentos especiais;
d) tolerâncias dimensionais não usuais;
e) seqüência de montagem ou de soldagem;
f) desmontagens especiais;
g) outras exigências não cobertas por normas.

5.6 Quando exigido na RM ou no contrato, o projeto mecânico deve ainda incluir a relação
da matéria-prima necessária à fabricação total ou parcial do vaso, com detalhes suficientes
para permitir a sua compra antecipada. A RM deve conter, no mínimo, as seguintes
informações para cada item de material:

a) quantidade;
b) especificação completa;
c) dimensões;
d) acabamento;
e) ensaios exigidos;
f) condições de entrega;
g) outros requisitos.

5.7 O desenho mecânico do vaso deve obedecer aos seguintes requisitos:

a) o desenho deve, também, ser feito usando-se sempre os formulários


padronizados pelas normas citadas no item 4.2 que se aplicarem a cada caso;
b) os desenhos devem ser feitos, tanto quanto possível, com as dimensões gerais
do vaso em escala;
c) nos formulários padronizados, devem obrigatoriamente ser preenchidos todos
os espaços, deixando-se em branco somente os que não forem aplicáveis;
d) em qualquer caso, é indispensável que sejam claramente indicadas as
seguintes informações relativas aos fluidos contidos no vaso:
- natureza;
- concentração;
- peso específico;
- impurezas ou contaminantes presentes;
e) o desenho mecânico deve mostrar todas as cotas (diâmetros, comprimentos,
raios de curvatura, distâncias, projeções, elevações, espaçamentos e outros),
espessuras e demais dimensões do vaso propriamente dito e também de seus
suportes, acessórios e peças internas e externas;
f) locação, diâmetro nominal, classe de pressão (“rating”) e faceamento de todos
os flanges externos do equipamento, onde se ligam tubulações, instrumentos e
outros; tratando-se de flanges de dimensões não normalizadas, devem ser
indicadas, também, todas as dimensões da face e da furação;
g) locação, diâmetro nominal e classe de pressão de todos os bocais externos
rosqueados ou para solda de encaixe, onde se ligam tubulações, instrumentos
e outros; no caso de bocais rosqueados deve ser indicado também o tipo de
rosca;
h) locação da saia, colunas, berços ou outros suportes do equipamento com
posição e dimensões dos furos para chumbadores;
i) espaços necessários que devem ser previstos ou deixados livres para a
montagem, desmontagem, remoção de feixe tubular ou outras partes, ou para
a operação do vaso;
j) informações sobre possíveis interferências com estruturas, tubulações,
instrumentos ou outras instalações externas ao vaso.

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5.8 Quando previsto no escopo do fornecimento devem ser apresentadas, juntamente com
o projeto mecânico, memórias de cálculo abrangendo os seguintes cálculos:

a) cálculos de espessura, para pressão interna ou externa, de corpos cilíndricos,


tampos, tubos, espelhos, peças de transição ou de concordância;
b) cálculo de espessura e dimensionamento de saias, berços, colunas e outras
espessuras de suporte, bem como de parafusos chumbadores;
c) cálculos de espessura e demais dimensões de reforços de bocais, reforços
locais para cargas concentradas e reforços para pressão externa;
d) cálculo de espessuras e demais dimensões de flanges (inclusive flanges
cegos) para o corpo de equipamento ou para bocais e bocas de visita; os
cálculos desses flanges só podem ser dispensados no caso de serem
adotados flanges de aço forjado, com dimensões e materiais normalizados;
e) cálculo de suportes de internos (bandejas, panelas, leitos);
f) verificação das soldas nos bocais;
h) análises especiais.

5.9 Todas as folhas de cálculo devem indicar claramente as normas, critérios de cálculo e
fórmulas adotadas, bem como mostrar os cálculos com clareza suficiente para que possam
ser conferidos.

5.10 No caso de cálculos por computador, devem ser apresentadas as seguintes


informações:

a) nome do programa de computador;


b) autor do programa;
c) linguagem em que está escrito o programa;
d) descrição do programa, indicando todos os métodos e critérios de cálculo
utilizados, incluindo referências bibliográficas básicas utilizadas e histórico
anterior de sua utilização, se houver;
e) descrição das folhas de impressão de resultados, incluindo todos os formatos
utilizados e definição de todas as variáveis de entrada e de saída;
f) folhas de impressão de dados de entrada;
g) folhas de impressão de resultados.

5.11 Para os equipamentos projetados de acordo com a Divisão 2 do Código ASME,


Seção VIII, exige-se a apresentação de análise de tensões e da análise de fadiga para
esforços cíclicos, sempre que for o caso. São também aplicáveis as exigências relativas a
cálculos por computador.

5.12 Os detalhes de vaso de pressão devem ser os padronizados pelas normas


PETROBRAS N-2012, N-2013, N-2014, N-2049 e N-2054.

6 PROJETO DE FABRICAÇÃO

6.1 Norma de Fabricação

O projeto de fabricação deve ser feito conforme a norma PETROBRAS N-268.

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6.2 Documentos Constantes do Projeto de Fabricação

Os projetos para fabricação de vasos de pressão devem incluir:

a) desenhos dimensionais;
b) diagrama de cargas sobre fundações, quando solicitado, de acordo com o item
5.2 alínea n);
c) desenhos de fabricação;
d) desenhos de detalhes de soldagem e inspeção de soldas;
e) procedimento de fabricação, conforme norma PETROBRAS N-268;
f) procedimentos de montagem, conforme norma PETROBRAS N-269;
g) memórias de cálculo, quando exigido, de acordo com os itens 5.8 a 5.11;
h) especificações nos casos descritos no item 5.5.

Nota: Em vasos de pequeno porte, os desenhos de fabricação podem ser englobados


em um mesmo desenho juntamente com os desenhos mecânicos.

6.3 Desenhos Dimensionais

Esses desenhos devem conter todas as informações do item 5.7 das alíneas e) a j).

6.4 Desenhos de Fabricação

6.4.1 Os desenhos devem ser feitos em tantas vistas, cortes e detalhes que forem
necessários, para mostrarem, pelo menos, o seguinte:

a) diâmetro interno e comprimento de cada corpo cilíndrico ou seção de


concordância;
b) espessuras de todos os cascos, tampos, pescoços de bocais e todas outras
peças;
c) tipo de tampos e raios de curvatura dos tampos (quando forem hemisféricos ou
torisféricos) e das seções de transição ou de concordância;
d) dimensões e espessuras de reforços externos ou internos;
e) posição, elevação, orientação e projeção cotadas de todos os bocais e bocas
de visita do vaso;
f) diâmetro nominal, tipo, classe de pressão (“rating”), faceamento e norma
dimensional de todos os flanges tanto no corpo do vaso como dos bocais e
bocas de visita, quando se tratar de flanges normalizados; tratando-se de
flanges não normalizados é necessário incluir todas as dimensões do flange;
g) diâmetro nominal, tipo, classe de pressão (“rating”), tipo de rosca, das luvas e
outros bocais rosqueados ou para solda de encaixe;
h) dimensões e detalhes completos de todos os bocais para solda de topo ou
outros não convencionais, bem como de quaisquer outros acessórios;
i) dimensões e espessuras de saias e colunas para vasos verticais e para
esferas, e das chapas de alma e de sela dos berços para vasos horizontais,
bem como dimensões e espessuras das chapas de base em qualquer caso;
para os berços é necessário ainda indicar distância entre berços, número,
dimensões e espessuras dos reforços e ângulos abrangidos pela alma do
berço e pela sela;
j) quantidade, diâmetro, projeção e posição cotada dos parafusos chumbadores;

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k) posição, elevação, orientação e desenho de detalhes de todos os anéis,


orelhas, parafusos e demais ferragens de fixação de escadas, plataformas,
tubulações, instrumentos, isolamento térmico, revestimentos refratários, e
outros;
l) posição, elevação, orientação e desenho de detalhe dos turcos ou outros
aparelhos de manobra de cargas;
m) localização e tipo de todas as soldas, incluindo soldas longitudinais e
circunferenciais, soldas nos tampos, flanges, pescoços, reforços, saias, berços,
colunas, peças internas e externas e outros; os detalhes de todas essas soldas
devem ser mostradas nos desenhos referidos no item 6.5;
n) dimensões completas, espessuras e todos os detalhes de peças internas tais
como bandejas, anéis de suporte e vigas de sustentação de bandejas,
borbulhadores, distribuidores, vertedores, defletores, quebra-jatos, espelhos,
feixes tubulares, suportes internos, bocas de visita, alçapões e passagens
internas, revestimentos internos e outros;
o) listagem de todas as partes, devidamente identificadas nos desenhos, com
indicação de especificação de material, espessura, dimensão e peso.

6.4.2 Os desenhos de fabricação devem ainda conter as seguintes informações, repetidas


dos desenhos mecânicos:

a) serviço do vaso;
b) natureza e composição de todos os fluidos que entram ou que saem do vaso;
(ver Nota)
c) peso específico do(s) fluído(s); (ver Nota)
d) elevação do nível de operação normal do fluído (para vasos que trabalhem
parcialmente cheios);
e) pressão e temperatura de operação; (ver Nota)
f) pressão e temperatura de projeto; (ver Nota)
g) pressão parcial de hidrogênio (no caso de vasos em serviço com hidrogênio ou
com fluídos contendo hidrogênio); (ver Nota)
h) pressão de abertura e válvula de segurança e pressão máxima de trabalho
admissível (PMTA) (“Maximum Allowable Working Pressure”); (ver Nota)
i) peça que limita a pressão admissível (casco, tampos, bocais e outros);
j) pressão de teste hidrostático, ponto de medição e local do teste (fábrica ou
campo);
k) normas ou códigos para projeto, fabricação e inspeção do equipamento;
l) sobreespessuras para corrosão (para cada serviço e cada material); (ver Nota)
m) quantidade, diâmetro, espessura, espaçamento e arranjo dos tubos do feixe
tubular;
n) número de passes no casco e no carretel;
o) número, corte e arranjo das chicanas e quebra-jatos;
p) tipo de ligação tubos-espelhos;
q) tratamentos térmicos que devam ser feitos e para que peças;
r) testes de impacto: exigência ou não de testes de impacto, indicação das partes
a que se aplicam e da norma e temperatura do teste; (ver Nota)
s) eficiência de solda adotada para cascos e tampos;
t) testes exigidos de inspeção de soldas: tipo de testes, extensão dos testes
(parcial ou total), indicação das partes a que se aplicam;
u) existência ou não de isolamentos térmicos ou de revestimentos refratários, e
respectivos tipos e espessuras;
v) existência ou não de revestimentos anticorrosivos e tipo a ser utilizado;
w) pesos do equipamento quando vazio sem os internos desmontáveis, quando
em operação e quando cheio de água; pesos de peças internas e externas e
pesos de isolamento térmico e de revestimentos refratários, e respectivos tipos
e espessuras;

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x) equipamento entregue inteiro ou desmontado.

Nota: As alíneas b), c), e), f), g), h), l) e r) devem ser fornecidas para os 2 circuitos do
equipamento (fluxo pelo casco e pelos tubos), no caso de equipamentos de troca
de calor.

6.5 Desenhos e Detalhes de Soldagem e de Inspeção de Soldas

Deve ser apresentado um desenho mostrando os detalhes de soldagem e exigências de


inspeção de soldas para todas as soldas do vaso. Esse desenho deve ser feito de acordo
com o formulário padronizado pela norma PETROBRAS N-133, devendo-se preencher
todos os espaços em branco que se aplicarem.

6.6 Memórias de Cálculo

Quando for previsto na RM, o projeto para fabricação inclui o fornecimento da memória de
cálculo. Esta inclusão pode ser total ou parcial conforme definido na RM.

6.7 Documentos Certificados

Todos os documentos que após a aprovação pela PETROBRAS ou por projetista


contratada, devem ser assinados pelo projetista do vaso, garantindo que todas as
informações neles contidas são corretas e definitivas.

6.8 Livro de Documentação Técnica de Fabricação

O fornecedor deve entregar um Livro de Documentação Técnica de Fabricação, no número


de exemplares exigido, constando, no mínimo, dos seguintes documentos:

a) RM;
b) folhas de dados, conforme construído;
c) desenhos de arranjo geral e desenhos de montagem certificados;
d) desenhos de fabricação certificados;
e) especificações dos procedimentos de soldagem, qualificação de procedimentos
de soldagem e de soldadores e operadores de soldagem;
f) certificados de qualificação dos processos de soldagem e dos soldadores e
operadores de soldagem;
g) certificados de testes de produção;
h) certificados de qualidade dos materiais;
i) instruções de montagem no campo;
j) memórias de cálculo, quando exigidas na RM;
k) mapa de defeitos reparados
l) mapa de identificação de chapas e demais componentes;
m) certificado de liberação de inspeção.

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7 PROPOSTA DE FORNECIMENTO

7.1 Escopo de Fornecimento

As propostas, exceto se especificado em contrário, incluem como escopo mínimo de


fornecimento a elaboração do projeto para a fabricação do vaso. Quando indicado na RM ou
no contrato, as propostas podem ainda incluir o projeto mecânico ou parte dele, o projeto
térmico, a montagem no campo e a garantia de desempenho.

7.2 Proposta Contendo Somente Projeto de Fabricação e a Fabricação

7.2.1 São os seguintes os dados técnicos mínimos necessários nessas propostas:

a) espessuras nominais finais a serem adotadas para todas as partes do vaso;


b) especificações completas de materiais, de acordo com o item 5.2 alínea a) e
espessuras nominais finais para todas as partes do equipamento, caso sejam
diferentes do especificado no projeto mecânico;
c) pesos estimados do vaso quando vazio, sem peças internas desmontáveis, em
operação e em teste hidrostático;
d) escopo de fornecimento: especificação precisa do escopo de fornecimento, isto
é, o detalhamento de tudo o que está e o que não está incluído na proposta;
e) discriminação completa de todos os acessórios externos e internos que façam
parte do fornecimento, tais como: escadas, plataformas, suportes para
isolamento térmico, defletores, distribuidores, quebra-jatos, serpentinas,
bandejas, grades, vertedores; discriminação completa também de todas as
peças avulsas ou sobressalentes incluídas no fornecimento, tais como: flanges
companheiros, flanges cegos, juntas, parafusos; propostas contendo
referências a apenas alguns acessórios ou peças avulsas, significam que não
incluem as peças omitidas e não podem ser aceitas sem os esclarecimentos
necessários;
f) processo de obtenção de revestimentos metálicos anticorrosivos: chapas
cladeadas, cladeamento por explosão, soldagem de chapas de recobrimento
(“lining”), deposição da solda;
g) procedimentos de soldagem a serem empregados;
h) procedimentos de inspeção de soldas;
i) tratamentos térmicos: natureza do tratamento, procedimentos, partes do vaso a
serem tratadas e isolamento necessário;
j) isolamento térmico, revestimentos refratários e outros revestimentos, pinturas,
indicar se estão ou não incluídos no fornecimento; em caso positivo, detalhar
materiais e procedimentos de aplicação;
k) indicar se o vaso é entregue inteiro ou em seções.

7.2.2 A proposta deve apresentar obrigatoriamente 1 das 2 informações seguintes:

a) declaração expressa de que a proposta atende integralmente e exatamente a


tudo o que está pedido na respectiva RM;
b) lista detalhada de divergências ou de exclusões, em relação ao que está
pedido na RM.

Nota: Em qualquer caso, a proposta não precisa incluir a repetição de dados e


informações iguais às contidas na RM.

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7.2.3 A proposta deve especificar detalhadamente quaisquer alternativas apresentadas.

7.2.4 A proposta pode vir acompanhada de desenhos, caso o proponente ache necessário
ou conveniente. Esses desenhos não são entretanto obrigatórios, exceto quando forem
expressamente exigidos na RM.

7.2.5 Para equipamentos de troca de calor deve ser indicado o sistema de ligação dos
tubos aos espelhos.

7.3 Propostas Incluindo Montagem no Campo

Além das informações discriminadas no item 7.2, devem ser fornecidas as seguintes,
seguindo a norma PETROBRAS N-269:

a) inclusão ou não do transporte do vaso ou de suas seções;


b) necessidade ou não de fornecimento local de energia elétrica, água, ar
comprimido, alojamento, facilidade de transporte e de elevação de cargas, e
outros; no caso do proponente deixar a cargo da PETROBRAS o fornecimento
de qualquer um dos itens citados, deve ser especificado detalhadamente em
que condições deseja que seja feito esse fornecimento;
c) procedimentos de soldagem no campo incluindo qualificação dos
procedimentos de soldagem e dos operadores e soldadores;
d) procedimentos de ensaios não-destrutivos no campo;
e) procedimento de teste hidrostático.

7.4 Proposta Incluindo Projeto Mecânico

Além dos dados discriminados no item 7.2, as seguintes informações adicionais devem ser
fornecidas:

a) normas de projeto, construção e inspeção a serem adotadas, quando não


especificadas;
b) especificação completa dos materiais como exigido no item 5.2 alínea a);
c) dimensões finais (dimensões, comprimentos, raios de curvatura e outros), de
todas as partes do vaso;
d) tipo de tampos (elipsoidais, torisféricos, hemisféricos);
e) pressão e temperatura de projeto, quando não especificadas;
f) eficiência de soldas;
g) tabela contendo para todos os bocais, bocas de visita e outras aberturas do
vaso os seguintes dados:
- quantidade;
- diâmetro nominal;
- tipo, norma dimensional, classe de pressão e faceamento dos flanges;
- tipo de rosca.

7.5 Proposta Incluindo Projeto Térmico

Além dos dados discriminados no item 7.2, as seguintes informações adicionais devem ser
fornecidas:

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a) tipo de equipamento (para trocadores de calor padronizados pela TEMA, o tipo


pode ser indicado abreviadamente pelas siglas da norma da TEMA;
b) número de cascos por unidade e arranjo dos cascos;
c) área de troca de calor;
d) tipo de tubos (lisos, aletados e outros);
e) diâmetro, espessura, quantidade, espaçamento e arranjo dos tubos;
f) coeficientes de troca de calor (normal e limpo);
g) quantidade, tipo e arranjo de chicanas e quebra-jatos;
h) velocidade e perda de carga (calculadas) para cada corrente fluída.

7.6 Proposta Incluindo Desempenho Garantido

Além dos dados discriminados nos itens 7.2 a 7.5, conforme o caso, é obrigatório que sejam
declaradas as condições de desempenho garantidas pelo fabricante.

8 MANUAL DE OPERAÇÃO

O projetista e o fabricante devem fornecer todos os dados de sua competência, necessários


para a elaboração do Manual de Operação, conforme exigências da norma regulamentadora
nº 13 (NR-13), do Ministério do Trabalho.

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ÍNDICE DE REVISÕES

REV. A, B, C e D
Não existe índice de revisões.

REV. E
Partes Atingidas Descrição da Alteração
Revalidação

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IR 1/1

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