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Guia de Estudos

Gabinete Executivo Prussiano


A Unificação Alemã

Isabella Bastos Cardoso da Cunha e Silva


Quincas Carneiro Silva
Rômulo Barbosa da Silva
Vinicius Bertolo Silva

1. Carta aos Delegados


2. Contexto Histórico
2.1. O Povo Germânico
2.2. Formação do Reino da Prússia
2.3. Rivalidade Austro-Prussiana (Guerras da Silésia)
2.4. Congresso de Viena
2.5. Segunda Guerra do Eslésvico
2.5.1. Contexto (Breve)
2.5.2. O Conflito
2.5.3. Fim da Guerra e Consequências
2.6. Início da Guerra Austro-Prussiana (1866)
3. Situação Atual da Prússia
3.1. Política Interna
3.1.1. Governo do Reino da Prússia
3.1.2. Áreas Germânicas Envolvidas
3.2. Política Externa
3.3. Econômica
3.4. Militar
4. Dados Militares
4.1. Inteligência
4.2. Contra-Inteligência
4.3. Objetivo Estratégico
4.4. Doutrina Militar
4.4.1. Conceitos Gerais
4.4.2. Infantaria
4.4.3. Cavalaria
4.4.4. Artilharia
5. Orientações e Procedimentos para o Gabinete
5.1. O Ambiente

5.2. Ordens e Documentos


5.2.1. Ordens Políticas
5.2.2. Ordens Militares
5.2.3. Exemplos de Ordens
5.2.3.1. Exemplo 1
5.2.3.2. Exemplo 2
5.2.3.3. Exemplo 3
5.2.3.4. Exemplo 4
6. Materiais Complementares
7. Mapas
8. Referências Bibliográficas

1. Carta aos Delegados


2. Contexto Histórico
2.1. O Povo Germânico

Os povos germânicos consistem em, principalmente, tribos que habitavam a Germânia


(região representada, atualmente, pela Alemanha, Bélgica, Holanda e parte da França). A
referência ao povo germânico geralmente está interligada a uma visão de uma série de
diferentes tribos, as quais os romanos denominavam bárbaros. Era uma forma preconceituosa
de se referir àqueles povos com linguagens/culturas diferentes das suas.
Os povos germânicos eram constituídos por diferentes tribos: francos, visigodos,
anglos, alamanos, ostrogodos, saxões. Apesar das diferenças, podemos encontrar
características em comum entre elas, por exemplo, estabeleceram uma economia agrária de
subsistência, sua economia era amonetária e sua sociedade estava dividida, basicamente, em
camponeses e guerreiros. Além disso, a cultura militar influenciou os germânicos a
realizarem invasões e saques, os quais se tornaram uma ótima fonte de renda. Levando em
conta seus aspectos políticos, não havia uma política centralizada tão forte, cada tribo tinha
suas decisões tomadas por líderes de guerra. A ordem social dos germânicos era composta,
geralmente, por clãs e tribos patriarcais, sendo que as relações existentes entre eles eram
consanguíneas. Na sociedade, se acontecesse de uma decisão ser tomada por uma grande
parte da população, quem decidiria seria uma assembleia de guerreiros. Essa relação existente
entre os proprietários de terra e guerreiros germânicos era denominada comitatus, a qual foi
uma das relações que dariam origem ao sistema de suserania e vassalagem existente na Idade
Média.
Durante séculos de existência do Império Romano, ele teve de coexistir com as
diversas invasões realizadas pelos povos germânicos. Conforme a instabilidade do Império se
consolidava, mais difícil ficava o controle da entrada desses povos na região. Essa situação
atingiu seu ápice com a queda do império Romano Ocidental, o que permitiu de vez a
ocupação e o controle dos povos germânicos das antigas regiões romanas. Por exemplo, os
francos estabeleceram-se na Gália e deram origem a um dos maiores reinos germânicos,
liderado por Clóvis I. Esse estabelecimento de diversos povos contribui para a formação da
Europa medieval, havendo uma combinação entre os aspectos culturais germânicos e
romanos.

2.2. Formação do Reino da Prússia

A Prússia, antes de sua formação, era uma região localizada na Polônia com a
presença de tribos, vivendo principalmente como criadores de gado e caçadores. Sua
sociedade continha alguns indícios de estratificação e eles eram pagãos. No século XI, houve
as primeiras tentativas de catequizar essa população, sem obtenção de sucesso. A partir do
século XIII, a região foi conquistada e o cristianismo imposto pela Ordem Teutônica (força
militar cristã da Era Medieval). O estabelecimento da ordem proporcionou uma mudança no
território prussiano, o qual passou a receber a nobreza alemã e seus camponeses para o
cultivo da terra. Dessa forma, por volta do século XIV, já havia uma parte considerável da
população naquela região que falava alemão.
O século XIV trouxe um grande conflito entre eslavos e bálticos contra os alemães.
Assim houve uma união entre a Polônia e Lituânia em 1386, as quais no próximo século
derrotaram a Ordem Teutônica. Em 1466, foi assinado o Tratado de Torun, no qual a coroa
polonesa adquiriria soberania sobre as antigas posses da Ordem Teutônica. A parte da Prússia
Oriental permaneceu com a ordem, mas com as condições de que eles permanecessem como
um feudo da coroa. Dessa forma, o rei da Polônia controlaria diretamente a parte ocidental e
indiretamente a oriental, por meio da Ordem.
Em 1525, Alberto de Hohenzollern (último mestre da Ordem Teutônica) se converteu
ao luteranismo e fez o mesmo com o feudo, transformando a Prússia Oriental em um ducado,
esse território ficou conhecido como Prússia Ducal até 1701. No ano de 1618, esse ducado foi
unificado com o reino de Brandemburgo, essa união foi fundamental para a ascensão da
família de Hohenzollern e para o fim do controle polonês sobre a Prússia Ducal no ano de
1660, o que foi realizado por Frederico Guilherme, estabelecendo uma administração
centralizada na Prússia e retirando a nobreza do controle dos recursos financeiros do
território.
Frederico I reinou até 1688, após sua morte, Frederico III assume o poder, anulando a
divisão de terras de seu pai. Ele pagou uma grande soma de dinheiro ao imperador da Áustria,
a qual o território pertencia. Se comprometeu a ajudar militarmente a Áustria, tomar seu lado
em questões de negócios/políticos e seu reino ficaria sob tutela do Sacro Império Romano.
Assim, em 1701, ele foi coroado Frederico I do Reino da Prússia, consolidando a formação
do Reino da Prússia. Depois disso, seu neto, Frederico II (Frederico, o Grande) conseguiu
tomar Prússia Ocidental da Polônia em 1772, transformando a Prússia em uma grande
potência europeia.

2.3. Rivalidade Austro-Prussiana (Guerras da Silésia)

O Imperador Carlos VI não tinha herdeiros do sexo masculino, então ele emitiu, em
1713, a Sanção Pragmática, com o intuito de garantir as posses dos Habsburgos a suas filhas
mulheres. Em outubro de 1740, Carlos faleceu e sua filha, Maria Teresa, o sucedeu. Ela teria
direito aos domínios da família, mas seu marido seria eleito como Sacro Imperador Romano.
Durante o mesmo ano, Frederico II se tornou rei da Prússia após a morte de seu pai.
Nesse período, legalmente, o reino prussiano ainda deveria submeter-se ao governo do Sacro
Império Romano, mas essa autoridade, conforme os anos, estava se tornando cada vez mais
fraca e simbólica. Frederico II se recusou a aceitar a Sanção Pragmática, pois ele tinha
interesse em unificar suas terras desconectadas e desejava, também, a província austríaca,
rica em recursos e localizada em uma região estratégica denominada Silésia. Então, ele
passou a mobilizar um exército e emitiu um ultimato à Maria Teresa para que cedesse a
região da Silésia à Prússia em troca do seu reconhecimento da Sanção Pragmática, o qual foi
recusado. Isso foi determinante para o início da Guerra de Sucessão Austríaca, iniciada em
dezembro de 1740, quando Frederico II invadiu a província.

As duas primeiras Guerras da Silésia correspondem ao período desencadeado pela


Guerra de Sucessão Austríaca. A primeira Guerra da Silésia (1740-1742), após Frederico II
invadir a região, aconteceram uma série de contra-ataques austríacos, até uma trégua em
outubro de 1741. Após a retomada nos próximos meses, Maria Teresa, a partir do Tratado de
Breslau, cedeu toda a Silésia à Prússia, tirando três distritos. Após isso, houve a Segunda
Guerra da Silésia, podendo ser considerada uma continuação da primeira, teve origem a partir
do ano de 1744 quando a Prússia invade a Boêmia, apresentando um risco para os territórios
austríacos. Ela foi constituída por uma série de vitórias prussianas seguidas, culminando na
conquista definitiva da região por Frederico, a partir do Tratado de Dresden em dezembro de
1745. A terceira guerra silesiana corresponde ao período entre 1756 e 1763, ela foi a última
guerra em que Frederico II e Maria Teresa disputaram pela região, ocorrendo durante o
período da Guerra dos Sete Anos. A guerra começou a partir da invasão prussiana na Saxônia
e finalizou com o estabelecimento do Tratado de Hubertusburg, o qual garantia a soberania
prussiana definitiva sobre a Silésia.

2.4. Congresso de Viena

A partir do momento em que o Império Francês passou a entrar em colapso, durante


as Guerras Napoleônicas, as potências existentes na época (Prússia, Rússia, Áustria e
Inglaterra) iniciaram um planejamento de como ficaria o mundo após o fim da guerra. O
Congresso de Viena veio como uma forma de reestabelecer o equilíbrio de poder e a paz no
território europeu, dissolvendo o mundo napoleônico e tentando restaurar as monarquias
derrubadas por Napoleão. Sendo assim, os países se comprometeram em realizar uma série de
conferências, com o objetivo de restaurar as antigas fronteiras e redimensionar os principais
poderes de cada país. Ele foi o responsável por estabelecer a conformação europeia política
até a eclosão da Primeira Guerra Mundial em 1914.

O congresso deseja retomar o modelo político existente no Antigo Regime,


eliminando os indícios de ideais liberais e manifestações revolucionárias, os quais tiveram
um grande papel durante a Revolução Francesa e posteriormente na Era Napoleônica. Dessa
forma, foi proposto o princípio de legitimidade, no qual o poder político seria devolvido às
antigas famílias/dinastias europeias (que tinham poder durante o período antes do processo
revolucionário francês), com o intuito de resguardar a paz e suprimir a propagação de ideias
revolucionárias. Além disso, ele também tinha o objetivo de defender o equilíbrio de poder na
Europa, ou seja, uma reorganização equilibrada de poderes econômicos/políticos faria com
que nenhuma nação europeia fosse mais poderosa que outra. Assim, a divisão territorial
realizada, não abrangia de forma específica os aspectos culturais ou nacionais de cada região,
sendo que diversos territórios foram anexados ou divididos. Por exemplo, a região que
corresponde, atualmente, ao território alemão, durante o Congresso de Viena era composta
por uma série de pequenos reinos e ducados. O congresso estabeleceu que o Sacro Império
Romano Germânico se transformaria na Confederação Germânica (contendo 39 estados), um
agrupamento dessas todas as regiões, as quais teriam suas diretrizes políticas/econômicas
limitadas pela Áustria, visando evitar a autonomia desses estados. Além disso, levando em
conta as novas conformações, foi adicionado à Prússia uma série de estados alemães (metade
da Saxônia, grão-ducado de Berg, parte do Ducado de Vestfália), contribuindo para o seu
fortalecimento. A Rússia recebeu a maior parte da Polônia, Finlândia e Bessarábia. A Áustria,
a Lombardia e Veneza, adquirindo a supremacia na Itália. A Inglaterra foi uma das maiores
beneficiadas, já que a incorporação de diversos territórios coloniais (ilha de Malta, no
Mediterrâneo; Colônia do Cabo, no sul da África; Ceilão, no Oceano Índico; a Guiana e ilhas
nas Antilhas) firmou sua hegemonia naval.

Para garantir que as fronteiras seriam instituídas e visando a manutenção da ordem e


do equilíbrio europeu, foi criada a Santa Aliança, uma aliança político-militar que abrangeria
os exércitos da Prússia, Áustria e Rússia. Essa aliança seria responsável por intervir em
eventualidades capazes de interferir no modelo do Antigo Regime, prestando auxílio a todos
os reinos que tivessem as suas soberanias ameaçadas. Em 1818, a França se juntou
formalmente à aliança, que passou a ser denominada Quádrupla Aliança. Apesar de ser
utilizada como uma manobra de contenção, reprimindo movimentos, efetuando prisões,
censurando a imprensa, ela foi limitada pela rivalidade existente entre seus países
constituintes e pela oposição, principalmente da Inglaterra.

2.5. Segunda Guerra do Eslésvico


2.5.1. Contexto

A região de Schleswig-Holstein, localizada na fronteira norte das atuais Alemanha e


Dinamarca, possui uma longa história de ocupação por diferentes povos, como Angles (que
eventualmente migraram para a atual Inglaterra), dinamarqueses e alemães. Durante séculos,
a região foi parte dos domínios da coroa dinamarquesa, possuindo um nível mais alto de
autonomia, devido principalmente à esmagadora maioria alemã da região de Holstein e uma
porcentagem alta desses na região de Schleswig.
Com a ideia do nacionalismo varrendo a Europa durante o século XIX, a região
procurou se tornar independente durante a Primeira Guerra de Schleswig, quando se revoltou
contra a Dinamarca, mas eventualmente foi suprimida. A Prússia, uma das duas grandes
potências alemãs e a que no futuro iria unificar a região, não pode prestar apoio aos
revoltosos por causa da ameaça de intervenção de outras potências. No final do conflito, foi
assinado pelas 5 grandes potências europeias (Grã-Bretanha, França. Rússia, Áustria e
Prússia), Suécia e Dinamarca um acordo chamado Protocolo de Londres, onde era
reconhecida a soberania dinamarquesa sobre os dois condados por meio de uma união de
coroas, onde eles seriam iguais na relação com a Dinamarca. Esse último ponto é importante,
pois é exatamente por causa dessa parte do acordo que a guerra em 1864 teve início.
Com a morte do rei Frederico VII da Dinamarca, teve início uma disputa dinástica
pelo trono dinamarquês, com duas famílias buscando a coroa: uma com o apoio da população
alemã e outra apoiada pela população dinamarquesa. Em novembro de 1863 o novo rei da
Dinamarca, após Holstein recusar a constituição passada em Copenhagen, decreta que esta
iria vigorar na Dinamarca e em Schleswig, em violação direta ao protocolo de 1852. Essa
quebra do acordo concede às duas potências alemãs um casus belli contra a Dinamarca, algo
que o chanceler prussiano Otto Von Bismarck fez bom uso, assegurando a não intervenção
das outras potências e ainda conseguindo apoio militar austríaco. Sendo assim, em Fevereiro
de 1864, após a Confederação Alemã aprovar a resolução de Bismarck, começa a Segunda
Guerra dos Ducados de Elba (também chamada de guerra Dano-Prussiana ou Dinamarquesa).

2.5.2. O Conflito

Ainda no final de 1863, tropas da Saxônia e de Hanôver, com ajuda de alemães


residentes em Holsácia, ocuparam o ducado e colocaram o pretendente alemão ao trono
dinamarquês no trono. Essa ocupação foi feita sem problemas pois os dinamarqueses optaram
por fazer sua linha defensiva no ducado de Eslésvico, onde rios e outras defesas naturais
permitiam uma defesa melhor, além de não precisar se preocupar muito com a população
local suportando os seus inimigos, algo que era bem mais provável de acontecer na Holsácia.
Como a Confederação Alemã só tinha aprovado a ocupação da Holsácia, apenas tropas
prussianas e austríacas participaram na guerra ofensivamente a partir de então.
Em fevereiro de 1864 começa a ofensiva no Eslésvico, onde as tropas alemãs bateram
de frente com a linha defensiva dinamarquesa de Danevirke. O problema dessa linha era que
ela dependia de terrenos pantanosos e corpos de água para uma melhor defesa, algo que
durante o inverno era negado pois esses congelavam e permitiam que tropas inimigas
passassem por eles. Os dinamarqueses contavam com aproximadamente 38,000 homens em 4
divisões (a linha de Danevirke precisava de 50,000 homens para ser defendida com sucesso),
enquanto a Prússia tinha uma quantidade parecida com a Dinamarca, mas que durante a
guerra foi reforçada com mais 20,000 homens, com a Áustria investindo 23,000 soldados
para a guerra.
Enquanto os austríacos bateram de frente com a linha defensiva, os prussianos
tentaram, sem sucesso, ultrapassar o Danevirke por um pequeno corpo de água congelado.
Depois de uma batalha no dia 3 de fevereiro, os soldados austríacos conseguiram empurrar os
dinamarqueses, que recuaram com receio de serem cercados. Essa retirada foi muito custosa
para a Dinamarca, abandonando várias peças de artilharia pesada e perdendo mais de 600
homens (mortos ou capturados). No dia 6 de fevereiro os prussianos conseguiram tomar a
posição defensiva que eles tinham falhado antes e, durante isso, os austríacos perseguiram os
dinamarqueses que recuavam, travando pequenas batalhas e uma maior onde os
dinamarqueses, apesar de segurarem os inimigos, sofreram muitas casualidades. A perda do
Danevirke sem luta abalou a moral dos dinamarqueses, causando a resignação do comandante
geral do exército dinamarquês.
Na segunda quinzena de fevereiro as forças alemãs já se encontravam na fronteira
norte de Eslésvico, com algumas tropas prussianas já avançando no território da própria
Dinamarca. As tropas austríacas estavam relutantes em avançar mais a fundo na península da
Jutlândia, mas Bismarck conseguiu, depois de um tempo, convencer a Áustria a continuar
avançando junto com a Prússia. Durante março a Prússia continuou a ir mais fundo em
território dinamarquês, parando na fortaleza de Dybbøl, onde a artilharia prussiana iria
bombardear durante aproximadamente 1 mês, além de uma tentativa falha de quebrar o
bloqueio naval dinamarquês pela marinha prussiana. Em abril, após uma tentativa sem
sucesso de tomar Dybbøl, a artilharia prussiana voltou a bombardear a fortaleza até essa ser
tomada no dia 18 de abril, com tropas austríacas ocupando Fredericia após a guarnição
dinamarquesa recuar da cidade.
No quarto mês de guerra, ocorre mais uma batalha naval, desta vez perto da ilha
britânica de Heligoland, onde apesar da vitória da Dinamarca, essa retira o bloqueio naval, o
que pode ser visto como uma vitória tática para os alemães. Do final de abril ao final de
junho houve uma tentativa de acordo de paz em uma conferência em Londres, com
momentos de cessar-fogo, além de bombardeamentos prussianos quando estes não estavam
em vigor. Com a decisão austro-prussiana de retirar todo o domínio dinamarquês de
Eslésvico e da Holsácia, as negociações em Londres desabam e o ataque alemão continua no
final de junho, com a tomada da ilha de Als pelos prussianos no dia 29 do mesmo mês e pelo
último combate da guerra no dia 3 de julho entre forças dinamarquesas e prussianas no norte
da península. No dia 14 de julho toda a península se torna ocupada pelos alemães, forçando o
governo dinamarquês a pedir por paz.

2.5.3. Fim da Guerra e Consequências

Com a vitória das forças austro-prussianas no continente e a ameaça de invasão às


ilhas principais, o rei da Dinamarca assinou um acordo de paz preliminar em 1 de agosto de
1864, onde ele abria mão da posse dos dois ducados. O acordo final foi assinado no dia 30 de
outubro de 1864 em Vienna, com as regiões de Lauenburgo e Eslésvico passaram a ser
administradas pela Prússia e a Holsácia pela Áustria. Esse tratado foi pesado para a
Dinamarca, que perdeu aproximadamente 40% de suas terras e população, com a guerra se
tornando um trauma na memória coletiva da nação.
Para os prussianos a guerra foi uma vitória completa, comprovando a efetividade de
seu exército reformado, além de adquirir mais território e pessoas para o futuro Império
Alemão. Essa demonstração de poder prussiano também teve impacto na visão dos outros
estados alemães, que agora viam a Prússia como uma candidata mais capaz de defender o
povo alemão de ameaças externas. Outro país que não gostou muito do desenrolar da guerra
foi o Reino Unido, que teve suas tentativas de segurar a Prússia diplomaticamente terminando
em falhas.
Um pequeno ponto importante de se falar é sobre a Cruz Vermelha, que teve a guerra
como sua primeira participação na ajuda humanitária, atraindo voluntários em ambos os lados
da guerra.

2.6. Início da Guerra Austro-Prussiana (1866)

Após a Segunda Guerra do Eslésvico, os ducados de Eslésvico e Holsácia ficaram sob


administração conjunta da Prússia e da Áustria, porém essa não durou muito tempo. Pouco
mais de um ano após o fim da guerra, uma nova crise tomou conta da região, quando os
austríacos permitiram que o governador da Holsácia chamasse uma assembleia geral, algo
que os prussianos viram como uma quebra no acordo.
Com a tensão aumentando, tropas austríacas começaram a se mobilizar na divisa entre
a Holsácia e Eslésvico, com tropas prussianas fazendo o mesmo do seu lado da fronteira.
Com a notícia da aliança entre Prússia e Itália, a Áustria mobilizou seu Exército do Sul,
causando um chamado por mobilização geral por parte dos italianos no dia 26 de abril, com
os austríacos conduzindo a sua própria mobilização no dia seguinte. Já a Prússia mobilizou
seu exército em ondas, com várias mobilizações convocadas durante o mês de maio, tornando
a guerra quase que inevitável.
A Áustria, usando sua maior influência na Confederação Alemã, trouxe à tona o
problema na região para discussão, além de convocar uma assembleia na Holsácia para 11 de
junho de 1866. Porém essa nunca iria acontecer pois tropas prussianas invadiram o ducado no
dia 9 do mesmo mês, com a Assembleia Alemã concordando em uma mobilização parcial
contra a Prússia, com Bismarck respondendo que a Confederação Alemã tinha sido
dissolvida, com tropas prussianas invadindo territórios de alguns de seus participantes, como
a Saxônia, Hanôver e Hesse, e a Itália declarando guerra na Áustria pouco tempo depois.

3. Situação Atual da Prússia


3.1. Política Interna
3.1.1. Governo do Reino da Prússia

O Reino da Prússia, iniciado em 1701, e com capital em Berlim, foi governado sob
duas maneiras. A primeira, praticada desde seu início até 1848, era de uma monarquia
autocrática. Com a eclosão de diversas revoluções, a Prússia passou a ser governada por uma
monarquia constitucional, com a presença do Primeiro-Ministro. Uma observação
interessante é que todos os Reis da Prússia foram da Casa de Hohenzollern, sendo que, em
1866, o governante era o Rei Guilherme I.
Em 1850, em um cenário ainda tomado pela força das Revoluções de 1848, o então
rei Frederico Guilherme IV outorga a Primeira Constituição da Prússia, um marco político
importante para o Reino. Neste documento, instalava-se um parlamento bicameral, com as
Câmaras Alta e a Baixa. A primeira seria a principal forma de exercício do poder do Rei, já
que todos os membros eram seus indicados, prevalecendo a presença de grandes proprietários
de terra e a elite das grandes cidades.
Em contrapartida, a Câmara Baixa era composta por políticos eleitos pela parte da
população que pagava impostos. Vale ressaltar que havia o critério da proporcionalidade, ou
seja, quem pagava mais, possuía um voto com maior peso. O sistema proposto reforçava as
diferenças sociais já presentes, mantendo a elite prussiana inalterada.
Em 1861, com a morte de Frederico Guilherme IV, a Prússia elevou Guilherme I a
Rei. Obcecado pelo Exército, uma de suas primeiras medidas, bloqueada pelo Parlamento, de
maioria liberal, foi aumentar o número de regimentos. Fragilizado politicamente, o Rei toma
uma decisão importante, a nomeação de Otto Von Bismarck para Primeiro-Ministro da
Prússia.
Conservador, o novo Chefe de Governo, assume com dois grandes objetivos:
solucionar o orçamento do Reino e unificar a nação. Em relação a sua primeira meta, Otto
Von Bismarck foi certeiro. Argumentou que a Constituição de 1850 não era clara o suficiente
acerca deste ponto, o que garantiu a continuidade do antigo modo de arrecadação, ponto
muito atacado pela maioria liberal. Assim, o Governo conseguiu realizar as reformas
militares desejadas pelo Rei.
A fim de conter a insatisfação e o imbróglio político para com os liberais, o Primeiro-
Ministro propôs uma lei indenizatória retroativa que, apesar de provocar uma racha entre os
políticos liberais do Parlamento, foi aprovada.
Em relação a unificação da nação, deve-se voltar um pouco ao tempo. Em 1834 surge
a Confederação Germânica, que proporcionou uma união entre os povos germânicos política
e economicamente. A hegemonia desta associação, composta por 39 estados, era disputada
tanto pelo Reino da Prússia, quanto pelo Império Austríaco.
A partir desta união propiciada pela Confederação Germânica, surgem dois grandes
movimentos pró-unificação dos povos germânicos: a Grande Solução Alemã, que lutava pela
Grande Alemanha (união dos germânicos incluindo o Império da Áustria) e a Pequena
Solução Alemã, que visava a Pequena Alemanha (formação de uma nação dos povos
germânicos sem a presença dos austríacos).
O então Primeiro-Ministro Otto Von Bismarck, conservador, e seu partido, brigavam
no Parlamento pela Pequena Solução Alemã. Além disso, Von Bismarck considerava que a
unificação era inevitável e, por isso, devia ser controlada pelos conservadores. Em 1866, esta
discussão ainda está muito presente e a questão que fica é: qual lado irá prevalecer?
3.1.2. Áreas Germânicas em Disputa

a. Baden

O Grão-Ducado de Baden, comandado pelo Grão-Duque Frederico I, está localizado


às margens do Rio Reno, ao sul da Baviera e a oeste do Reino de Württemberg e possui a
cidade de Karlsruhe como capital.
Por conta do predomínio da religião protestante, muitas vezes a religião e a política se
misturam em Baden, que é regulada pela Constituição de 1818, de caráter liberal. Está
organizada em torno de uma monarquia constitucional e de um Parlamento dividido em
Câmara Alta e Baixa. A maior fonte de renda de Baden é oriunda dos tributos e do controle
das ferrovias, sendo que o Grão-Ducado faz parte da Confederação Germânica.

b. Baviera

O Reino da Baviera, governado pelo recém-empossado Rei Luís II, é um dos maiores
reinos da região, com capital em Munique, e é governado por uma monarquia constitucional,
com o Parlamento dividido em uma Câmara Superior (Herrenhaus) e uma Casa Menor
(Abgeordnetenhaus).
A Constituição adotada foi criada em 1818 em meio a uma série de controvérsias, o
que gerou uma instabilidade política. Um ponto importante é a importância do Palatinado,
uma espécie de organização lateral ao Estado. O Reino faz parte da Confederação Germânica,
possuindo forte aliança com o Império Austríaco.

c. Brunsvique

O Ducado de Brunsvique, com capital em Braunschweig, é governado pelo Duque


Guilherme VIII. Ao assumir o poder, diversas medidas liberais foram adotadas, fortalecendo
o Parlamento. Localizado em volta do Reino de Hanôver e da Saxônia e às margens do Rio
Oker, houve no Ducado um aumento populacional considerável após o começo da
industrialização, que obteve grande sucesso na região, tornando-se uma das principais fontes
de renda ao lado da mineração e da agricultura. A maior parte da população está localizada na
capital e é de religião luterana.

d. Frankfurt

A cidade-livre de Frankfurt, membro da Confederação Germânica, foi assim definida


com o Congresso de Viena. Em 1848, um episódio marcante: a criação do Parlamento de
Frankfurt, uma tentativa de unificação alemã malsucedida por conta da recusa de participação
da Prússia por parte do Rei Frederico Guilherme IV. Está localizada às margens do Rio
Meno.

e. Hanôver

O Reino de Hanôver foi criado em 1814 pelo Congresso de Viena e se juntou à


Confederação Germânica logo após. Governado por Jorge V, o Reino sofreu uma série de
disputas pelo poder entre o Rei e o Parlamento, dada suas posições discordantes em alguns
aspectos. A economia de Hanôver é forte, com um bom desenvolvimento industrial, muito
apoiado pelo monarca.

f. Hesse

O Grão-Ducado de Hesse é um dos membros da Confederação Germânica, sendo


governado pelo Grão-Duque Luís III. Com capital em Darmstadt, o território está limitado
geograficamente pelo Rio Reno e pelas províncias de Baden e da Baviera. Prejudicado pelo
Congresso de Viena, tratado pelo qual perdeu uma série de territórios, o Grão-Ducado foi
alvo também de revoluções liberais que modificaram o sistema de Hesse.

g. Nassau

O Ducado de Nassau, membro da Confederação Germânica, com capital em


Wiesbaden, é uma monarquia constitucional governada pelo Duque Adolfo I. Regulada pela
Constituição de 1814, que sofreu reformas em 1849, uma das mais modernas e liberais da
região, o Ducado possui uma população bem dividida entre protestantes e católicos. A
economia de Nassau gira em torno da agricultura e da mineração, enquanto a política interna
possui o Parlamento como seu ponto principal. Por ser mais fraco que os demais Estados da
região econômica e politicamente, o Ducado de Nassau está muito exposto externamente.

h. Saxe-Coburgo-Gota

O Ducado de Saxe-Coburgo-Gota é um dos chamados “ducados ernestinos”, devido a


sua linhagem de duques da Casa de Wetlin. Governado pelo Duque Ernesto II, o Ducado
apresenta uma curiosa característica: a presença de sua realeza em diversas casas reais
europeias, incluindo a do Reino Unido e a do Brasil. Por conta de seu fascínio pelo
liberalismo, Ernesto II era considerado um progressista, que buscava apoiar um projeto
político que unificasse os povos germânicos com sucesso. O Ducado de Saxe-Coburgo-Gota
é um Estado com forte presença externa e muito diplomático, sendo sempre orientado pelos
interesses do Duque.

i. Saxônia

O Reino da Saxônia, integrante da Confederação Germânica, é governado pelo Rei


João por meio de uma monarquia constitucional. Com capital em Dresden, a Saxônia possui
uma complexa rede de ferrovias e operou à base da liberdade nas trocas comerciais.
Politicamente, o Rei João, juntamente com seu Primeiro-Ministro Friedrich Ferdinand von
Beust, trabalharam em prol de um acordo imperial que resolvesse a questão alemã, por meio
da Grande Alemanha, o que demonstra sua proximidade com o Império Austríaco.

j. Schleswig-Holstein

Os territórios de Schleswig-Holstein, disputados anteriormente pela guerra de mesmo


nome, são os principais alvos de disputa da Guerra Austro-Prussiana. Ambas estão situadas
ao norte, sendo que foram, por algum tempo, ducados autônomos sob a tutela da Coroa
Dinamarquesa. Em 1864, porém, os territórios foram repartidos pela Prússia e pela Áustria,
na Guerra dos Ducados de Elba. Entretanto, a configuração proposta está sob risco com o
início da Guerra Austro-Prussiana.
k. Württemberg

O Reino de Württemberg, membro da Confederação Germânica, é uma monarquia


constitucional governada por Carlos I. Com capital em Stuttgart, o Reino faz fronteiras a leste
com a Baviera e com Baden. A elevação de Carlos I a Rei se dá em um momento de grande
instabilidade, já com diversas tensões entre a Prússia e o Império Austríaco. Então, o Rei
escolhe por continuar com o apoio à Áustria, medida tomada pelos seus antecessores.

l. Bremen, Hamburgo e Lübeck

As cidades de Bremen, Hamburgo e Lübeck são cidades-independentes que se uniram


por meio da Liga Hanseática. Alguns séculos depois, as três cidades ainda continuam com
esse senso de união. Mesmo sofrendo com as investidas de Napoleão no início do século, as
cidades, sobretudo Hamburgo, atingiram seu auge econômico na década de 1840. São cidades
muito bem estabelecidas, interna e externamente, com considerável influência, localizadas ao
norte dos povos germânicos.

3.2. Política Externa

Para a Prússia do século XIX, a maior preocupação na rota de unificar a Alemanha era
a interferência de alguma das outras potências europeias. Caso isso acontecesse, poderia
atrasar a unificação em anos, como aconteceu na Primeira Guerra do Eslésvico, onde a Rússia
e o Reino Unido ameaçaram intervir do lado dinamarquês caso a Prússia não se retirasse da
guerra. Otto von Bismarck sabia desse perigo e fez de tudo para garantir que, assim como
ocorreu na guerra contra a Dinamarca em 1864, ninguém interferisse na guerra entre Áustria
e Prússia.
No período anterior ao conflito, a Áustria se via muito isolada diplomaticamente, com
pouca chance de ajuda externa. A amizade entre Áustria e Rússia foi severamente danificada
após a primeira não ajudar a segunda durante a Guerra da Crimeia, onde a Rússia sofreu uma
derrota humilhante. Em 1866, essa amargura russa persistia, então dificilmente existiria apoio
do leste. Para o oeste, a França, após uma conversa entre Bismarck e Napoleão III, garantiu a
neutralidade da França no evento de uma guerra entre as duas potências germânicas, mas
ainda pretendia usar essa promessa de neutralidade para tentar alguma concessão na margem
oeste do Reno. Além de assegurar uma não-intervenção francesa, Bismarck ainda forjou uma
aliança com o crescente Reino da Itália, prometendo Veneza para os italianos em troca de
ajuda na guerra, oferta aceita pelos italianos que já vinham lutando contra os austríacos nos
últimos anos. Com isso, é possível compreender a composição dos dois lados da guerra.

3.3. Econômica

A situação econômica na Prússia do século XIX é de suma importância para a


compreensão total do momento. Incentivada por conflitos e revoluções, a industrialização se
tornou uma peça-chave para o Reino. Sobretudo por conta da construção de ferrovias, a
década de 1840 é considerada o ponto fundamental para o avanço econômico prussiano.
O setor industrial foi altamente apoiado pelo governo, já que antes de qualquer
iniciativa estatal, os investidores privados buscavam outros mercados, dada a insegurança
causada pela falta de investimento. Assim, boa parte do capital privado era destinado ao
comércio e a medidas governamentais externas.
Pressionado pela iniciativa privada, o Governo canalizou seus recursos para o
desenvolvimento de ferrovias, bancos, canais, estradas e outras facilidades. Assim, a
economia interna passou a ser alvo de investimentos internos privados e a gerar rendas
externas, via exportações, sobretudo com a indústria de metais.
Além dessa função do Estado de patrocinador econômico, a Prússia passava por outro
importante aspecto econômico: o Zollverein. Fundado em 1834, este era uma espécie de
aliança aduaneira com o objetivo de diminuir barreiras alfandegárias entre os 39 estados
germânicos membros, tornando o comércio mais fácil e rentável.
A criação do Zollverein, que excluía o Império Austríaco e Hamburgo, e a adoção de
uma tarifa única facilitaram o processo de industrialização e impulsionaram a economia
prussiana, além de aumentar a influência política do Reino, outro aspecto muito valorizado
pelos governantes. Assim, a força econômica da Prússia aumentou rapidamente e ferozmente,
tornando-se um dos estados mais industrializados à época.
Internamente, o Governo de Otto Von Bismarck foi responsável pela diminuição de
taxas e impostos, pela facilitação na obtenção de empréstimos e pelo avanço dos setores de
carvão e ferro, além de melhorar as condições de trabalho. Portanto, a situação econômica da
Prússia era de enorme vantagem em relação aos demais estados da região.

3.4. Militar
Após as humilhantes derrotas sofridas pela Prússia na Guerra da Quarta Coalizão, os
comandantes militares perceberam que era necessário uma reforma militar na Prússia. Com
isso, durante o século XIX, o exército prussiano procurou sempre estar mais preparado e
atualizado com as táticas de guerra, enviando observadores para guerras da época, como por
exemplo a Guerra Civil Americana. Uma reforma considerada essencial para o sucesso
militar prussiano nas guerra de unificação foi a coordenada por Albrecht von Roon em 1862,
que proveu a Prússia com um grande número de conscriptos que poderiam ser convocados
em ocasião de guerra, além de tornar obrigatório o serviço militar por 3 anos, com esse sendo
de constante treinamento e aprimoramento.
Outro fator importante foi o uso inteligente de ferrovias, que na época se espalharam
por todo o território prussiano, permitindo assim que as tropas mobilizadas para guerra
conseguissem ser transportadas para o fronte em um período de tempo bem menor
comparado com o das outras potências. O pioneiro dessa ideia de utilização das ferrovias foi
o Helmuth von Moltke, considerado um dos maiores estrategistas militares de sua época. Já
os austríacos, apesar de ter uma porção de seu exército na região da Boêmia (atual Czechia),
não possuíam forma de juntar todo seu exército de campo na mesma velocidade, impedindo
assim que eles tomassem a iniciativa que sua posição inicial permitia. Caso eles tentassem, a
mais rápida mobilização prussiana poderia levar um exército para o flanco e assim cortar a
linha de comunicação dos austríacos com o resto do país, forçando assim uma atitude
defensiva.
Por último, mas com certeza não menos importante, é o fuzil Dreyse prussiano. O
diferencial desse fuzil com os seus contemporâneos era a sua menor velocidade de recarga, o
que permitia uma maior quantidade de tiros disparados por minuto. Além disso, por ser
possível que ele fosse recarregado enquanto o soldado estivesse agachado, permitia que se
atirasse em linhas, com a linha de trás atirando enquanto a linha de frente se agachava para
recarregar. Em contraste, os austríacos eram equipados com o fuzil Lorenz, mais devagar e
que só poderia ser recarregado em pé, diminuindo ainda mais a frequência de tiros.

4. Dados Militares
4.1. Inteligência
Para que se possa realizar qualquer tipo de ação, política ou militar, é importante que
sejam obtidas informações que possam ajudar a saber o que é esperado à frente. É obtendo
essas informações que se pode de fato avaliar meios de que o que se pretende realizar seja
feito com mais facilidade, ou que pelo menos sejam evitadas dificuldades.
No meio militar, o estudo de terreno, preparo para clima, vantagem ou desvantagem numérica
e observação de fraquezas inimigas são informações que, se bem utilizadas, podem ser o
determinante entre uma vitória decisiva ou uma derrota custosa. Um alto comando militar
pode usufruir de informações privilegiadas de duas maneiras.
A primeira sendo o envio de batedores. Um destacamento de 1 a 10 cavaleiros leves,
que é enviado à frente do restante do exército para observar e analisar as informações que
conseguir. Sua tarefa não envolve que entre em conflito, mas sabendo que pode se encontrar
próximo de todo um exército inimigo, seu trabalho acaba se tornando perigoso, e para
algumas situações, pouco prático, favorecendo a utilização de outro meio.
A segunda maneira de se obter inteligência é por meio de espionagem. Desenvolver
uma rede de espiões é custoso e trabalhoso, e a lealdade dos mesmos não tende a ser
confiável. Para recrutar espiões, envia-se um Oficial de Caso à nação-alvo. Este oficial,
então, busca cidadãos insatisfeitos para recrutá-los como espiões. Como tais cidadãos já estão
inseridos na cultura local, sua atuação é efetiva. Estes espiões reportam suas descobertas para
o Oficial de Caso, que as transmite para seus superiores.
O meio político pode também usufruir de uma rede de espionagem, tanto interna
quanto externa, avaliando a oposição ao governo ou estudando possibilidades comerciais que
possam vir a surgir. Além disso, é sempre possível obter inteligência por meio de diálogos
com a população em diferentes segmentos sociais.

4.2. Contra-Inteligência
Assim como se busca obter inteligência, muitas vezes o lado com o qual se está em
guerra está tentando obter inteligência do seu lado. Ações de contra-inteligência buscam
aumentar a incerteza do inimigo quanto ao cenário estratégico. Isso pode ser feito por meio
de desinformação (transmitir peças de informação falsas), recrutamento de agentes-duplos
(descoberta de espiões e recrutamento deles para sua própria causa), operações anti-
espionagem, criação de rumores falsos, entre outras medidas.

4.3. Objetivo Estratégico


Toda operação militar é uma forma de atingir um objetivo estratégico. Normalmente
este objetivo não é a destruição das forças inimigas - de fato, é comum que as baixas de um
exército derrotado sejam uma fração pequena deste. O exército inimigo se trata, portanto, de
um obstáculo a ser vencido para que o objetivo estratégico - a missão - possa ser cumprida.
Esta missão pode ser a captura de uma cidade ou fortaleza, a guarda de um território, a
obtenção de superioridade naval, entre outras.
4.4. Doutrina Militar
4.4.1. Conceitos Gerais
● Surpresa: Arma de grande importância no cenário tático. Uma unidade
surpreendida sofrerá impacto na sua moral, e um comandante surpreendido
estará mais sujeito a cometer erros. Situações desse tipo podem ser causadas
por falhas de inteligência ou por obstruções visuais no terreno.

● Flanquear: Atacar os flancos e a retaguarda de uma unidade, deixando-a


desprevenida ou mesmo cercada, dependendo do avanço simultâneo de outras
unidades junto com aquelas que flanqueiam.
● Moral: A moral (ou, como dito nas ruas, “as moral”) é a vontade de atuar por
parte dos efetivos. Soldados desmoralizados podem não obedecer ordens,
correr do campo de batalha (rout) ou até mesmo desertar. Os fatores que
influenciam a moral das tropas se incluem em todos os graus da guerra, desde
o andamento da campanha, derrotas e vitórias passadas até no cenário tático,
como unidades abandonando o campo de batalha, o sofrer de uma carga na
retaguarda ou a perda de um oficial. Uma unidade que tem a moral quebrada
normalmente foge do campo de batalha. Esta ação tem um efeito nefasto sobre
a moral das unidades próximas; um mass rout pode se desencadear se a moral
geral das tropas cair a níveis críticos, resultando nas forças batendo em
retirada e em derrota, mesmo que seus números ainda fossem suficientes para
resistir.

● Fuga: Homens em fuga podem se reagrupar depois de conseguir alguma


distância do inimigo, por isso são alvos comuns para cavalaria leve e
escaramuçadores, que podem fazer proveito da sua mobilidade para infringir
grandes perdas nessas unidades vulneráveis.

● Baixas: Perda de efetivos, seja por morte, ferimentos ou deserção.

4.4.2. Infantaria
A infantaria consiste na força principal de um exército, sendo a mais facilmente
recrutável, treinável e mobilizável. Seu trabalho principal é o de avançar, ganhar terreno e
causar o maior número de casualidades frente ao exército inimigo.
O início do Século XIX contemplou durante as Guerras Napoleônicas a Era dos Mosquetes.
Formações em linha, avançando abertamente ombro-a-ombro, disparando saraivadas de tiros
com mosquetes de pouca precisão e alcance. Uma vez que dada quantidade de saraivadas
fosse disparada, eventualmente calavam-se baionetas na ponta dos mosquetes e avançava-se
para um conflito corpo a corpo com um grupo inimigo.
Napoleão Bonaparte foi uma das grandes lideranças militares que soube se utilizar
deste meio de combate. Entretanto, a partir de meados do século XIX, a Europa contemplou
um vasto avanço tecnológico e industrial que começava a mudar a forma de se fazer guerra.
Fuzis se tornavam mais potentes, canhões se tornavam mais destrutivos e cada vez mais,
teóricos militares começavam a perceber que as guerras estavam de se distanciando mais e
mais do combate corpo a corpo, e o agrupamento de soldados em fileiras tornava-se uma
manobra cada vez mais custosa.
Recente ao período do comitê, conflitos como a Guerra Civil Americana trouxeram
conflitos armados cada vez mais caracterizados por fortificações defensivas e formações de
fogo espaçadas. Formações de deslocamento e de fogo ainda eram utilizadas, e tinham seu
valor no momento em que se buscava realizar manobras de flanqueamento, evasão ou mesmo
em combate aberto.
A seguir, abordar-se-ão de maneira mais detalhada. táticas e formações de infantaria
do período do comitê, 1866.
● COLUNA: Formação longa e estreita, ideal para marchas em estradas e
campos abertos. Apesar de superior mobilidade, unidades em coluna ficam
mais vulneráveis a tiros de canhão e com maiores flancos.
● LINHA: Principal formação em combate, na qual os soldados se organizam
em duas ou três linhas para maximizar o poder de fogo da unidade.
● FORMAÇÃO ESPAÇADA: Os soldados mantêm maior distância entre eles,
diminuindo assim as chances de algum disparo atingir vários homens.

4.4.3. Cavalaria
Nos conflitos da segunda metade do Século XIX, a cavalaria realizava operações de
combate variadas, atuando com enorme velocidade e poder de ataque. Sendo uma unidade
montada, a cavalaria tem grande vontade em investidas contra flancos, retaguardas ou
unidades desprevenidas, emboscadas ou em retirada. Para o comitê, elas podem se classificar
em diferentes tipos, sendo eles:
● Cavalaria Hussarda (Leve): Armada com Sabres e Espadas de pequeno porte e
equipada com pouca armadura, a cavalaria leve do exército prussiano tem seu
emprego em ações de reconhecimento, ações diversionárias, patrulhas, comunicação
em campo de batalha ou de escaramuça
● Dragões (Infantaria Montada): Unidades a cavalo armadas principalmente com
carabinas e sabres e nível de armadura mediano. Seu emprego ocorre principalmente
em ações de escaramuça ou para repelir outras unidades de cavalaria, tendo a
vantagem de não precisarem se aproximar em combates corpo a corpo.
● Cavalaria Couraceira (Pesada): Também referidos como Cuirassers, Cavalaria
fortemente equipada com armaduras, equipada com lanças e armas de combate corpo
a corpo embora inicie-se a utilização de armas de fogo dentre os coiraceiros. São mais
frequentemente utilizados em ataques direcionados a flancos ou retaguardas, tendo
menor capacidade de movimentação e maior resistência a armas de fogo de unidades
inimigas. Couraceiros tem também grande utilização para repelir outras unidades à
cavalo.
● Cavalaria Lanceira: Atuando de forma similar à Cavalaria Couraceira, a Cavalaria
Lanceira difere-se por utilizar menos peças de armadura que os Cuirassers e
utilizarem lanças de porte longo, que favorecem seus avanços em linhas que podem
estar posicionadas diretamente a frente. Lanças fornecem a esse grupamento também
vantagem defensiva contra outras unidades de cavalaria.

4.4.4. Artilharia
A artilharia tem seu emprego principalmente na realização de cercos e como arma de
apoio ao exército principal. No tempo em que se passa o comitê, cada vez mais a artilharia
aumenta sua capacidade e seu poder de fogo, com a invenção e utilização de canhões obuses
howitzer e canhões de cano estriado. Esses dois modelos trouxeram a possibilidade de
disparos muito mais longos e precisos, e a utilização de munições explosivas trouxeram um
índice de letalidade consideravelmente maior em relação às tradicionais esferas maciças de
ferro.
Com isso, bombardeios de artilharia passaram a impactar não só na destruição física
de construções e fortificações, mas também inflingindo quantidades substanciais de
casualidades e abalando a moral da unidade inimiga, que pode se ver obrigada a buscar
proteção, mudar sua formação ou mesmo sofrer as casualidades, caso não opte por nenhuma
das outras alternativas. Em situações em que essa mesma unidade inimiga já está em
proteção, muitas vezes ela pode se ver pressionada em sua posição, não podendo realizar
movimentações ou ataques organizados em grande escala.
5. Orientações e Procedimentos para o Gabinete
5.1. O Ambiente

Os delegados da simulação estarão dispostos como membros do alto-escalão do


governo prussiano, dentre políticos do poder executivo a comandantes militares. A
plataforma de comunicação a ser utilizada pelo Gabinete Executivo Prussiano é o Discord.

Estando na sala, cabe aos representantes discutir a melhor maneira de agir dentro do
cenário em que estão, cujas informações são fornecidas pela diretoria periodicamente, em
momentos de “briefing”. Cabe à diretoria, também referenciada como Grupo Controle ou só
“Grucon”, a decisão dos acontecimentos que virão, baseado em estatísticas e nas decisões
tomadas pelo Gabinete, como movimentações, reformas econômicas ou ataques. A partir do
momento em que o Grupo Controle define os acontecimentos e os informa nos briefings, os
representantes devem pensar sobre o próximo passo a se dar para o sucesso da Nação.

É importante ressaltar que no ambiente virtual de discussão não haverá moderação a


não ser que o comitê solicite para a mesa. Isso permite aos delegados completa liberdade de
fala e circulação pelas salas virtuais onde podem comparecer. Todavia, é importante lembrar
que todos têm igual direito à opinião em cima dos assuntos que vem à tona ao Gabinete,
independentemente de diferenças hierárquicas ou funcionais. O respeito deve sempre
prevalecer entre os delegados e qualquer forma de assédio, desrespeito ou discriminação será
punida.

5.2. Ordens e Documentos

As ordens são o meio de transmissão de ideias para sua execução de fato,


diversificadas de acordo com a função de cada delegado. Sua elaboração é feita a partir de
um ou mais comandos, a ser seguido por uma unidade militar, funcionários do governo ou
pela própria população de uma ou mais cidades sob influência do autor da ordem. Para a
elaboração de uma boa ordem, deve-se refletir nos seguintes aspectos: Quem? O quê? Onde?
Quando? Como? Para quê?

Durante a simulação, utilizaremos a plataforma do Google Forms para o recebimento


de ordens. Abre-se um formulário onde serão solicitados os autores/envolvidos na ordem, o
conteúdo da ordem e a palavra-chave de um dos autores. A fim de evitar falsificações ou
enganos no envio de ordens, será enviada a cada delegado uma palavra-chave única e
individual, a ser inserida no formulário de ordens de autoria deste delegado. Não
compartilhe a sua palavra-chave com ninguém.

A partir disso, existem diferentes tipos de ordens para o que pode ser feito,
dependendo de qual a representação que que está submetendo a ordem, e ao final da Ordem,
são exigidas assinaturas de quem está envolvido na ordem para sua legitimação.

5.2.1. Ordens Políticas

O papel das lideranças políticas é o de manter a segurança e o bem-estar do povo em


espectros como o de saúde, infraestrutura, educação e economia. No ambiente do Gabinete
Executivo Prussiano, encontram-se presentes autoridades desde o Ministro da Fazenda e o
Ministro do Interior até a própria autoridade do Rei e do Primeiro-Ministro. Dessas
autoridades, esperam-se ordens e decretos de Inovação e Pesquisa, Recrutamento,
Mobilização, Reforma Política ou Legislativa, Alteração de Orçamento, Reforma Econômica,
Transação Comercial ou Diplomacia. Todas essas ordens têm papel fundamental para a
integridade do estado prussiano e da nação germânica, sabendo que cada decreto tem seu
tempo oportuno e devido impacto na sociedade.

5.2.2. Ordens Militares

Os comandantes militares têm o papel de liderar suas unidades para combater as


forças inimigas do país. Suas ordens consistem principalmente em Ordens de Movimentação,
Formação, Fortificação, Emboscada, Ataque ou Pilhagem, podendo também elaborar
Operações, ofensivas ou defensivas, que compilam alguns dos elementos anteriores
5.2.3. Exemplos de Ordens
5.2.3.1. Exemplo 1 (Ordem Militar)
Gabinete dos Aliados – Segunda Guerra Mundial

29 de Junho de 1944

Ordem de Resgate

O alto comando do exército americano ordena:

1. Que um esquadrão de sete soldados seja destacado para a região de Ramelle para
resgatar o soldado James Ryan

1.1. O esquadrão deve ser constituído por um comandante, um médico, um atirador


de elite, um tradutor, um operador de armas pesadas e outros dois soldados à livre
escolha do comandante do esquadrão

1.2. Ao encontrar o soldado, deve ser informado a ele a situação de sua família e
ordenar o seu retorno para as linhas aliadas

1.3. O esquadrão deve se deslocar de maneira cautelosa por trás das linhas
inimigas, entrando em combate somente se for o último recurso

1.4. Caso encontre inimigos próximos a Ramelle, o esquadrão e demais aliados que
possam estar na cidade devem fortificar sua posição com trincheiras e minas anti-
tanque e se preparar para defender a cidade

2. Um esquadrão de aviões P-41 deve prestar apoio aéreo na cidade dentro de cinco dias, se
preparando para destruir quaisquer veículos blindados alemães ou unidades de solo.

Assinaturas: Comandante George C. Marshall, General Montgomery

5.2.3.2. Exemplo 2 (Ordem Militar)

Alto Comando da Aliança Rebelde – Obtenção dos Planos da Estrela da Morte

17 de Outubro de 0 BBY

Ordem de Ataque

A fim de ajudar os esforços do esquadrão Rogue One no Planeta Scarriff, o alto-comando da


Aliança Rebelde ordena:

1. Que seja emitido um sinal criptografado de ajuda convocando todos os núcleos e


células rebeldes para apoiar a ofensiva em Scarriff

2. A mobilização e deslocamento de toda a frota de naves de combate operacionais da


Aliança Rebelde na base de Yavin para Scarriff

2.1. Todas as naves de desembarque de infantaria devem ser carregadas de


soldados em capacidade máxima
2.2. Esse deslocamento há de ser feito em velocidade da luz

3. Uma vez que as naves cruzadoras e de transporte estiverem em órbita, metade do


efetivo de naves caça x-wing devem fazer a escolta de naves bombardeiras y-wing,
que por sua vez, devem se concentrar em eliminar naves do império que possam estar
na órbita do planeta

4. A outra metade do efetivo de naves x-wing deve se concentrar em conseguir adentrar


a atmosfera de Scarriff, permitindo o desembarque de tropas em solo

4.1. As tropas em solo devem se concentrar em proteger e ajudar o esquadrão


Rogue One a obter os planos da Estrela da Morte

4.2. Uma vez que o desembarque seja feito, as x-wings devem se manter voando
baixo na atmosfera do planeta, ajudando as tropas em solo com bombardeios
nas posições inimigas

5. Todas as Fragatas e Cruzadores da Aliança Rebelde devem posicionar suas antenas


a fim de receber o sinal de transmissão dos planos da Estrela da Morte

5.1. Quando o sinal for recebido, a nave que o recebeu deve comunicar todas as
demais para que a operação de retirada possa ser feita

Que a força esteja conosco

Assinaturas: Mon Mothma, Senador Bail Organa, Almirante Ackbar, General Syndulla

5.2.3.3. Exemplo 3 (Decreto Político)


Gabinete da Aliança Francesa – Guerras Napoleônicas

18 de Abril de 1805

Decreto de Reforma

O governo espanhol, na autoridade de seu monarca Rei Carlos IV, decreta:

1. Que o orçamento do Cofre Real que estava para ser destinado para o treinamento de
novos soldados do exército seja realocado para a ampliação e reparação da marinha
espanhola, de maneira a contribuir com os esforços da marinha francesa que está se
reunindo em Trafalgar

2. Que nas escolas espanholas, sejam implementadas no ensino os valores da


Grandiosa Monarquia Espanhola, bem como aulas práticas sobre táticas de
guerrilha

3. Que campanhas de propaganda sejam feitas, divulgando os feitos e as vitórias do


exército e marinha franceses e espanhóis até então

Assinaturas: Rei Carlos IV da Espanha, Ministro da Fazenda do Reino da Espanha Juan


Cortez
5.2.3.4. Exemplo 4 (Carta Diplomática)

Gabinete da Tríplice Aliança – Gabinete da Guerra do Paraguai

2 de Outubro de 1866

Carta Diplomática

Vossa Majestade Rainha Vitória

Recentemente, as nobres nações do Brasil, Argentina e Uruguai foram covardemente


atacadas pela tirania do Presidente Solano López do Paraguai. Nossos países têm
fortíssimos interesses com o Império Britânico, como parceiros comerciais e aliados
militares no continente americano. Por isso, a Tríplice Aliança vem solicitar o apoio do
Reino Unido no estado de Guerra em que estamos, enviando se possível unidades militares
treinadas bem como equipamentos de ataque e de cerco, para que possamos livrar a
América do Sul deste mal que é o Paraguai. Honra e gratidão desde já.

Assinaturas: Imperador D. Pedro II, Presidente Bartolomé Mitre

6. Materiais Complementares
- 1864 (Minissérie): Série Dinamarquesa retratando diferentes núcleos situados
envolvidos ou ao redor das Guerras dos Ducados de Elba (Schleswig-Holstein), na
frente alemã e dinamarquesa.
- A unificação alemã e as guerras da Prússia | Nerdologia (Vídeo no youtube):
A unificação alemã e as guerras da Prússia | Nerdologia
- Ten Minute History - German Unification and Empire (Vídeo no youtube):
Ten Minute History - German Unification and Empire (Short Documentary)
- Battle of Königgrätz 1866 - Austro-Prussian War DOCUMENTARY (Vídeo no
youtube): Battle of Königgrätz 1866 - Austro-Prussian War DOCUMENTARY
- Otto von Bismarck (1815–1898) / German Unification (Vídeo no youtube):
Otto von Bismarck (1815–1898) / German Unification
- A Guerra Franco-Prussiana e a Unificação Alemã (Vídeo no youtube):A Guerra
Franco-Prussiana e a Unificação da Alemanha

7. Mapas
Mapa das Partes Germânicas nêutras e em conflito no início da Guerra Austro-Prussiana de 1866.
Fonte do Mapa Original: Wikipédia, Legendas: Vinicius Bertolo Silva, diretor do GEP
Mapa de época delimitando fronteiras do que viria a ser o Império Alemão, porém com as divisões territoriais de
1866. Fonte: David Rumsey Map Collection
8. Referências Bibliográficas

1. Clodfelter, M. (2017). Warfare and Armed Conflicts: A Statistical Encyclopedia of Casualty and Other
Figures, 1492–2015 (4th ed.). Jefferson, North Carolina: McFarland.
2. McElwee, William (1974). The Art of War: Waterloo to Mons. Bloomington: Indiana University Press.
3. Prussian General Staff (1872). The Campaign of 1866 in Germany. Translated by Colonel von Wright;
Henry M. Hozier. London: Clowes & Sons.
4. Michael., Embree (2006). Bismarck's first war : the campaign of Schleswig and Jutland 1864. Solihull:
Helion.
5. https://www.youtube.com/watch?v=tq91I3TnWu4&t=404s - Ten Minute History - German Unification
and Empire (Short Documentary)
6. Martin Kitchen. "A History of Modern Germany 1800–2000"(PDF). Blackwell.
7. BRITANNICA. Prussia. [S. l.], 3 jul. 2021. Disponível em:
https://www.britannica.com/place/Prussia/The-kingdom-from-1815-to-1918. Acesso em: 4 jul. 2021.
8. BBC. Why unification was achieved in Germany. [S. l.], 3 jul. 2021. Disponível em:
https://www.bbc.co.uk/bitesize/guides/zqp3b9q/revision/1. Acesso em: 4 jul. 2021.
9. TILLY, Richard. The Political Economy of Public Finance and the Industrialization of Prussia, 1815–
1866. [S. l.]: Cambridge University Press, 2011. Disponível em: https://www.jstor.org/stable/2115904.
Acesso em: 4 jul. 2021.

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