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para Supervisores
PDCA Editora
TPM
para
Supervisores
Como maximizar a produtividade nas
áreas produtivas
Haroldo Ribeiro
Autor de vários Best-Sellers sobre o tema
Copyright © 2016 por PDCA Editora
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reproduzida por qualquer meio, sem autorização prévia do autor. O Código
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Autor: Haroldo Ribeiro
Capa: Haroldo Ribeiro
Produção Técnica: PDCA Editora
Consulte o site da PDCA para mais informações sobre TPM
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CATALOGAÇÃO NA FONTE DO DEPARTAMENTO NACIONAL
DO LIVRO
Ribeiro, Haroldo
TPM para Supervisores – Como maximizar a produtividade nas áreas produtivas
/Haroldo Ribeiro - São Caetano do Sul: PDCA Editora, 2016
ISBN: 978-85-63402-17-2
1. Administração de empresas 2. Ambiente de trabalho – Administração
3. Controle de qualidade 4. Manutenção Industrial – Administração 5. Manutenção
Autônoma I. Título
I. Título
"A condição de acompanhar a evolução das ciências e ao mesmo tempo manter-se fiel aos
conceitos e princípios dos seus pesquisadores, não é unicamente a capacidade de adaptação
técnica às novas exigências de clientes e mercados, mas acima de tudo o reconhecimento e o
respeito àqueles que as pensaram, desenharam e implantaram. Alheio a modismos
passageiros, caracterizados por distintas denominações do mesmo, de procedimentos que
sugerem caminhos que levam ao mesmo lugar e de abordagens que se confundem com as
propostas originais, o autor e consultor Haroldo Ribeiro, com o rigor e a fidelidade
científica do desenvolvimento de processos, promove o ambiente para o seu aprendizado,
decifra os seus detalhes, alarga o campo do seu uso, simplifica a técnica da sua aplicação e
amplia a interpretação dos resultados alcançados. Planejar, programar, executar,
coordenar e interpretar a manutenção de máquinas, instalações e equipamentos fica
sobremaneira facilitado pela observação da metodologia proposta e pelo rigor e disciplina
descritas com simplicidade e sabedoria pelo autor. Acredito que esta nova obra
do Haroldo Ribeiro, não só contribui para a evolução técnica e administrativa das
empresas, como auxilia na criação de uma cultura empresarial e social voltada para a
eficácia, a determinação, a disciplina e a busca da melhoria contínua. A
documentação científica ficou mais rica com esta publicação e a
Manutenção Produtiva Total (TPM) menos complicada e mais acessível."
Em Junho de 2013, tive o privilégio de receber autografada, com muita honra, sua então
recente obra "A Certificação 5S" que é um verdadeiro compêndio sobre a matéria e
apresenta propostas inéditas como a Certificação 5S e a Auditoria 5S onde inova
conceitos que somados a sua larga experiência contribuem para o aprimoramento e
inovação do assunto.
Finalizo fazendo duas citações de Confúcio que me parecem muito adequadas neste
caso: "o que quer, o sábio busca em si mesmo" e "pela natureza, os homens
são muito parecidos entre si, o que os diferencia é a experiência e o saber".
Assuntos Página
Introdução 09
Entenda os conceitos e os benefícios do
Passo 1 TPM 12
1 Origem 13
2 Conceitos 14
3 Principais objetivos de cada Pilar 18
4 Resultados do TPM 24
Faça um plano para colocar em prática as
Passo 2 ações proposta por cada Pilar 25
I O pilar de Manutenção Planejada 26
II O pilar de Manutenção Autônoma 57
III O pilar de Melhorias Específicas 113
IV O pilar de Melhorias no Projeto 129
V O pilar de Manutenção da Qualidade 132
VI O pilar de Educação e Treinamento 135
VII O pilar de Segurança e Saúde 137
VIII O pilar de Meio Ambiente 139
IX O pilar de TPM em Áreas de Apoio 141
Saiba vender a ideia para a sua equipe e
Passo 3 conseguir os recursos de que você precisa 143
Coloque em prática o seu plano, faça
Passo 4 follow-up e divulgue os resultados. 147
Conclusões 151
Anexos 158
Referências 186
Obras e Produtos do Autor 188
Se analisarmos com rigor as diversas perdas que ocorrem nas diversas etapas
dos processos produtivos chegamos a valores impactantes. O
aproveitamento de tempo das pessoas da base da pirâmide, sem levar em
conta a eficiência com que elas executam as suas atividades, dificilmente
atinge 50%. Quando fazemos um diagnóstico em um processo de
manufatura verificamos uma eficiência média que não ultrapassa 70%. Em
processos contínuos e automatizados este índice é maior, mas as perdas,
quando ocorrem são mais volumosas, e podem ser até impactantes em
relação à segurança e aos impactos ambientais. Neste ínterim, não são
contabilizados os níveis de stress gerado em todos os níveis de hierarquia da
empresa e que se refletem em desmotivação e problemas de saúde que
muitas vezes extrapolam os limites da empresa. Com o aumento incessante
da competitividade entre as empresas, as metas em busca de aumento de
produtividade são cada vez mais arrojadas. Estas metas devem estar
alinhadas com vários fatores que afetam direta e indiretamente os resultados
das empresas, tais como os custos, a qualidade, o meio ambiente, a
segurança, a saúde ocupacional e a motivação.
A leitura das dicas deste livro é apenas um começo para este novo rumo na
vida dos supervisores que colocá-las em prática.
Sucesso!
Haroldo Ribeiro
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1. Origem
2. Conceitos
1º) O 5S tratado como uma base, e não como um pilar do TPM, uma vez
que as melhorias físicas e comportamentais resultante da prática de cada “S”
ajudam, e muitas delas estão intrínsecas, nas atividades de cada pilar.
Pode ser que sua empresa dê algumas outra denominação para este Pilar,
como: Melhorias Individuais, Melhorias Focadas, Lean ou de Kaizen. Este Pilar
foca o gerenciamento do equipamento e do processo, especialmente a sua
melhoria. Ele tem a particularidade de aplicar técnicas de solução de
problemas a pequenos grupos, além de necessitar da participação de
operadores, pessoal da Manutenção, supervisores e engenheiros (podendo
envolver também o pessoal da Logística). Na prática, é um pilar que visa
identificar, medir e atacar as perdas.
Pode ser que sua empresa dê alguma outra denominação para este Pilar,
como: Prevenção da Manutenção, Melhoria Inicial, Controle Inicial, Gestão
do Equipamento e Gestão Antecipada.
Ele consiste em incrementar a interface entre as Engenharias da empresa
(Projeto, Produção ou Processo e Manutenção) com os objetivos de (1)
reduzir a necessidade de manutenção do equipamento e (2) produzir
equipamentos com confiabilidade, facilidade de operação e de manutenção,
de implementação de Manutenção Autônoma, com tempos curtos de
partida após a instalação e com segurança. A meta desejada com a aplicação
deste pilar é a redução do Custo do Ciclo de Vida (LCC) do equipamento.
Como foi dito, o TPM busca a falha zero e quebra zero das máquinas e
equipamentos, ao lado do defeito zero nos produtos e perda zero no
processo. Isto representa um incremento da produtividade e, por
consequência, uma maior competitividade para a empresa.
Uma vez que você supervisor tenha conhecido o que realmente é o TPM e
refletido no que ele pode trazer de benefícios para você, a sua equipe e a
empresa vamos ao Passo 2 onde eu vou dar as dicas para você planejar as
ações que promoverão a máxima produtividade em sua área. Vamos lá?
Se você respondeu NÃO para uma ou mais das perguntas acima, convido-
lhe a ler as abordagens a partir de agora, pois vamos discutir alguns temas e
fazer recomendações que ajudarão a você gerenciar melhor o seu processo
produtivo.
Compare as suas respostas com o gabarito abaixo e veja seu nível de acerto.
“Manutenção é assegurar que os ativos físicos continuem a fazer o que os usuários querem
que eles façam”.
Vale a pena conhecer outros conceitos definidos pelo Gil Branco Filho:
Estruturas da Manutenção
Manutenção Centralizada – Tipo de organização da Manutenção na qual
o âmbito de atuação de cada uma das profissões, especialidades ou oficinas
estende-se a toda a área mantida.
Manutenção Descentralizada – Tipo de organização da Manutenção que
consiste em dividir a totalidade da área mantida em áreas, zonas, unidades,
etc. designando a cada uma delas um determinado contingente de pessoal.
Manutenção Mista – Tipo de organização em que existem a Manutenção
Centralizada e a Manutenção Descentralizada.
Alguns indicadores
MTBF – Tempo Médio entre Falha – Média aritmética dos tempos entre
a entrada em funcionamento de uma peça, máquina ou equipamento, até a
falha de itens não reparáveis.
MTTR – Tempo Médio para Reparo – Média aritmética dos tempos
gastos nos reparos de mesmo escopo de uma máquina, lote de máquina ou
instalação.
Backlog – Tempo que uma equipe de manutenção deve trabalhar para
concluir todos os serviços pendentes, com toda a sua força de trabalho, e se
não forem adicionadas novas pendências durante a execução dos serviços
até então registrados e pendentes.
Down-Time – Tempo em que uma máquina está fora do serviço por
problemas de Manutenção.
Confiabilidade
Manutenibilidade
Disponibilidade
Uma vez conhecidos estes conceitos, vamos lhe ajudar a melhorar a sua
rotina e atingir mais facilmente as metas, entendendo melhor a relação entre
a Função Manutenção e o Sistema de Produção, e praticando ações voltadas
a maximização da produtividade do(s) processo(s) produtivo(s) de sua
responsabilidade.
Além destes impactos diretos nos custos, para manter estes altos estoques
na empresa ela precisa de espaços que poderia não existir, ou poderia estar
sendo ocupados para atividades produtivas (o que significa custos que
poderiam ser evitados).
Às vezes parece que os ativos são vingativos. Eles falham no momento que
mais precisamos, ou no final de tarde de uma sexta-feira, ou na véspera de
um feriado.
Vou considerar aqui a falha por parada de função. Como vimos nas
definições apresentadas, isto ocorre quando interrompe a função para o qual
o equipamento foi concebido. É a parda total, gerando a impossibilidade de
funcionamento ou impossibilidade de produzir dentro dos padrões
requeridos.
Gostaria de lhe fazer as seguintes perguntas:
1) Você acha que estas paradas repentinas são realmente imprevistas?
2) Você acha que antes do equipamento falhar, na maioria das vezes ele
vem apresentando sintomas de desgaste acelerado?
3) Você acha que as pessoas relacionadas aos ativos, Produção e
Manutenção, têm habilidade e consciência para perceber estes
sintomas ainda em sua fase precoce à falha?
4) Você acha que, uma vez percebidos estes sintomas, na prática, as
ações destas pessoas estão voltadas para evitar que ocorra a falha?
Aqui vale a pena relembrar o que são falhas aleatórias, ou acidentais, e o que
são falhas crônicas (ou sistemáticas).
2.3. Por que não liberar o ativo para a Manutenção antes que ele
quebre (situação “d”)?
Observe que neste caso estamos falando de um ativo que está com desgaste
acelerado. Provavelmente deve estar promovendo perda de performance e
prováveis problemas de qualidade, riscos de acidentes e até impactos
ambientais. A questão é que sempre imaginamos que ele poderá suportar um
pouco mais de trabalho. Esta postura tende a provocar desgastes cada vez
mais acelerado em peças vitais, catalisando o aumento de paradas e os
problemas de qualidade, riscos de segurança e impactos ambientais. Como
nesta hipótese, o ativo não falhou (como ocorreria na condição “c”), os
prejuízos poderão ser custo com trocas ou com recuperação de
sobressalentes que se desgastaram indevidamente e aumento do tempo de
indisponibilidade, além dos citados anteriormente.
2.4. Por que liberar os ativos para uma parada programada antes
de apresentar desgaste acelerado (situação “e”)?
Sem dúvida, esta seria a situação ideal, pois ainda não houve perda de
performance e prováveis problemas de qualidade, riscos de acidentes e até
impactos ambientais. A dificuldade, além das questões culturais (“para que vou
liberar para a Manutenção um ativo que está funcionando normalmente?”), é garantir
que a intervenção seja feita exatamente no momento em que o desgaste
passa a ser anormal, evitando indisponibilidade desnecessária e aumento de
custos de manutenção (homem-hora, serviços e sobressalentes antes da
hora).
Agora que você entendeu qual o momento adequado para liberar o ativo
para a Manutenção, mostrarei a seguir algumas informações da Função
Manutenção que considero relevantes para você. Que tal?
Será que a Manutenção de sua empresa estará cumprindo o seu papel se:
a) Não entender quais são as funções e padrões de desempenho de cada
ativo levando em consideração o seu contexto operacional?
b) Não entender de que maneira o ativo falha em cumprir suas funções?
c) Não analisar o que causa cada falha do ativo?
d) Não sabe o que acontece quando ocorre cada falha e quais as suas
consequências?
e) Não sabe o que pode ser feito para evitar cada falha?
f) O que deve ser feito se não há como fazer uma manutenção
preventiva adequada?
Analisando a pergunta “e” a Manutenção imagina que sabe como fazer para
evitar cada falha, pois tende a se basear em fontes não científicas
(“achismos”). Prefere ter uma postura conservadora, solicitando a liberação
do equipamento bem antes do momento economicamente adequado para se
fazer uma manutenção preventiva.
Vamos resgatar o que disse o consultor John Moubray a quem citei no inicio
deste passo:
“Manutenção é assegurar que os ativos físicos continuem a fazer o que os usuários querem
que eles façam”.
Desta forma, a definição de uma política de Manutenção não deve ter como
fundamento o equipamento em si, mas a utilidade dele para a empresa.
Nesta etapa, portanto, você deve ajudar a Manutenção a classificar os
equipamentos em A, B e C, para, a partir disto, a empresa , e não a
Manutenção, definam o tratamento que será dado para os equipamentos de
cada categoria.
A seguir está detalhada cada uma das sete etapas propostas com as dicas
para os supervisores implementá-las junto á sua equipe.
Alguns cuidados devem ser tomados neste dia, para evitar perdas de
produção além do previsto. Outros cuidados devem ser tomados relativos à
segurança, pois esta atividade é atípica e, por uma possível empolgação
demasiada, as pessoas podem cometer alguns atos inseguros. Portanto, a
presença de um profissional de Segurança no planejamento e na execução
desta limpeza evitará qualquer contratempo.
Alguns preparativos estruturais devem ser feitos para ajudar na eficácia deste
dia:
Instrumentos de TPM
Etiquetas de anomalias com arames ou cordões de fixações
Sacos plásticos para a proteção de etiquetas
Cadernos de controle de etiquetas
Caderno para registro de correções sem necessidade de etiquetas (este
mesmo livro servirá para o registro de todas as intervenções feitas
pelos operadores ao longo da Manutenção Autônoma)
Materiais de apoio
Canetas
Cola bastão
Bancada para disponibilização e preenchimento das etiquetas
EPI’s
Os mesmos recomendados para utilização no dia a dia da atividade
de rotina
Luvas de PVC e sapatos de borracha (para contatos com líquidos)
Creme para proteção da pele
Profissionais de apoio
Técnico de segurança (parcial)
Mecânico e eletricista
Componente(s) do Comitê de TPM
Recomendações
Formar duplas
Fazer preleção dando as orientações de como fazer a limpeza com
postura de inspeção
Diferenciar identificação de problemas (etiquetagem) e sugestões de
melhorias (Lições Ponto a Ponto)
Limpar o equipamento de cima para baixo
Fazer limpeza do ambiente no final da atividade, deixando o
equipamento pronto para operar
Riscos
Desenergizar o equipamento (apoio de eletricista)
Cuidar para não acionar o equipamento sem antes avisar aos demais
Cuidar com cortes durante os esfregões ou manuseio com partes da
máquina
Evitar batida de cabeça contra partes do equipamento ao levantar
bruscamente a cabeça
Cuidar para não esmagar ou machucar pontas dos dedos durante a
movimentação de componentes
Dois pontos são importantes para garantir que o sistema terá sucesso:
• Todas as decisões devem ser consensadas e transparentes;
• O ciclo de controle deve ser amplamente exercitada.
Sistema Mecânico
Marcar parafusos e porca indicando a posição de aperto
Indicação do tipo e quantidade das correias e correntes na tampa de
proteção
Indicação do sentido de rotação das correias e correntes na tampa de
proteção
Instalação de janelas de inspeção de acrílico ou policarbonato para
visualização das partes internas
Instalação de etiquetas térmicas adesivas para identificação de
superaquecimentos.
Lubrificação
Código de cores para locais a serem lubrificados
Indicação dos tipos de óleo/graxa e periodicidade de lubrificação
Indicação de limites máximos e mínimos
Indicação do consumo por unidade de tempo
Indicação do lubrificante para cada ponto de lubrificação.
Sistema Pneumático
Indicação de faixa de trabalho dos manômetros
Indicação da quantidade de gotejamento de óleo lubrificante
Indicação das posições das válvulas (normal aberto/fechado) e da
situação atual
Indicação do sentido de fluxo do ar nas tubulações
Alinhar todos os instrumentos de medição de campo, permitindo ao
operador visualizá-los rapidamente e sem desgastes físicos.
Sistema hidráulico
Indicação da faixa de trabalho dos manômetros
Indicação dos medidores do nível de óleo
Sistema elétrico
Indicar a tensão de equipamentos elétricos
Sinalizar a faixa de trabalho nos amperímetros
Após aprovada pelo grupo e pelo líder as Lições Ponto a Ponto (LPP) são
expostas em flip-charts ou porta-cabide próximos ao equipamento, na sala de
controle ou em uma sala específica na própria área de Produção. Também
podem ficar armazenadas eletronicamente, desde que sejam fáceis de serem
Geral
Identificar todas as tubulações, indicando o produto que passa no seu
interior, bem como o sentido de fluxo. Esta identificação pode ser
facilitada por meio de cores diferentes para cada produto. Neste caso,
pode-se pintar anéis distanciados ao longo da tubulação, reduzindo-
se custos de estoques de tintas, ou investimento elevado para repintar
todas as tubulações. Há normas nacionais e internacionais que
estabelecem estes padrões de cores;
Identificar todos os equipamentos, facilitando a sua visualização;
Sinalizar, com tinta luminosa, saídas e/ou pontos utilizados em caso
de emergência;
Pintar com cores de segurança (geralmente faixas diagonais de cores
preta e amarela), pontos que merecem uma maior atenção, como:
primeiro e último degraus de escadas, batentes, área de abertura de
portas, instalações suspensas e baixas (menos de dois metros do
piso) e área de acesso a equipamentos de emergência;
Instalação de mecanismos à prova de “bobeira”;
Identificação de equipamentos que estão fora de operação;
Introduzir sistema de alarme sonoro, ou por meio do acionamento
de uma luz vermelha, sempre que ocorrer anormalidades que
justifiquem ação imediata.
Controle de reposição
Materiais apoiados em superfícies verticais ou inclinadas
verticalmente – Pintar a silhueta do material na superfície de apoio.
Neste caso quando se retira o material a silhueta acusa sua falta e
induz a reposição no local adequado;
Materiais apoiados em superfícies horizontais ou inclinadas
horizontalmente – Pintar silhueta, demarcar área ocupada, fazer furos
para apoiar o material ou fazer gabaritos de isopor, madeira ou aço,
de acordo com o perfil do material. Estes gabaritos são apropriados
quando a superfície horizontal suporta o material;
Utilização de etiquetas de acrílico com a identificação do usuário do
material. Ao retirar o material, o usuário afixa a etiqueta no local
onde estava o material. Isto possibilita que um possível interessado
identifique quem está usando o material. Caso queira aperfeiçoar-se,
podem-se utilizar cores para cada usuário. Neste caso, ao lado do
nome, ou no fundo, teria a respectiva cor. A vantagem é que ao
longo do tempo as pessoas vão gravando a relação entre a cor e a
pessoa, possibilitando uma identificação a distância.
Uma forma que permite uma boa racionalização de espaços e acesso rápido
aos materiais necessários, é uma análise crítica de layouts, tanto de todo o
ambiente quanto da guarda de todos os materiais. A participação do
operador é de fundamental importância para o desenvolvimento de layouts
práticos e eficientes.
Estas auditorias podem ser feitas pelos Supervisores (não confundir com as
inspeções pelos operadores), para monitorar e avaliar se as atividades
implantadas nas etapas fazem parte de rotina da área. Normalmente é
verificado:
Se há etiquetas disponíveis e se são preenchidas adequadamente
Por exemplo:
• A Manutenção deverá concluir a programação anual e os critérios de
manutenção (padrões e referências para monitoramento, inspeção,
substituição, desmontagem) concomitantemente com o término da etapa 6
por parte da Produção;
• É provável que os critérios e padrões contenham diversas imperfeições ou
seja incompletos;
• O staff da Manutenção deverá comparar estes critérios com as
recomendações originais para sugerir correções e os aperfeiçoamentos
necessários, e fazer a delimitação e a divisão do trabalho, de modo que o
resultado seja algo significante;
• A autoavaliação deverá ser dividida em atividades diárias, semanais,
mensais e trimestrais;
• A inspeção diária deverá se limitar aos detalhes imprescindíveis para a
manutenção e a preservação da qualidade e de bloqueio contra a
degeneração do desempenho dos equipamentos.
O pilar que mostrarei a seguir tem como missão eliminar perdas para que,
desta forma, tenhamos a máxima produtividade possível no processo
produtivo. Vamos à ele.
Antes de apresentar quais as ações que o supervisor deve planejar para cada
etapa deste Pilar, eu gostaria de comentar sobre as perdas relacionadas a
eficiência dos equipamentos.
Uma análise de causa e efeito poderá demonstrar quais são os fatores que
estão contribuindo para estes problemas (habilidade, tecnologia,
procedimento, matéria-prima, contaminação, instrumentos de controle,
falhas etc.). Ver o Pilar Manutenção da Qualidade no Capítulo 15.
Da mesma forma que o item 3.7, uma análise detalhada deve ser feita para
atacar as fontes dos problemas que impedem a obtenção das especificações
na primeira tentativa.
Não sei se você observou, mas algumas ações estão relacionadas também à
sua equipe.
Faça desta nova prática um hábito. Para tal é importante que os resultados
obtidos com o novo sistema sejam divulgados para a equipe e para o
Gerente da área (redução de set-up, facilidade para operar, inspecionar e
limpar, redução de incidentes, melhorias das condições de trabalho, etc.)
Este Pilar não pretende cobrir o que prega a Norma ISO 9001. Ele trabalha
de maneira objetiva para melhorar a Eficiência Global do Equipamento
(OEE). É normal as empresas deixarem de lado este pilar acreditando que o
Sistema de Qualidade atual já trata os problemas da qualidade. Mas quando
este pilar é colocado em prática ele fortalece os demais pilares técnicos do
TPM. Por exemplo, pode ser que problemas de conservação e limpeza do
equipamento gerem impactos na qualidade do produto, tais como:
Folgas e desbalanceamentos
Sei que não á fácil suprir as necessidades atuais de qualificação por vários
motivos:
Profissionais com baixa qualificação e por vezes com baixa formação
acadêmica
Mesmo com estes problemas, cabe aos supervisores ter a determinação para
investir na qualificação e conscientização da equipe. Fazendo aquilo que está
ao seu alcance e buscando o apoio do seu Gerente e da área de Recursos
Humanos.
Produto refugado
Além dos problemas anteriores, geração de maior volume de
resíduos.
Setups desnecessários
Maior consumo de energia para desaceleração (frenagem,
resfriamento, operação em vazio) e retomada (aquecimento,
operação em vazio)
É normal não haver uma boa receptividade das áreas de apoio criticadas.
Inicialmente o supervisor de produção deve ser humilde, até para reconhecer
as deficiência de sua própria área. Caso necessitar, recorra ao apoio de seu
gerente para garantir de os problemas serão tratados pela áreas que
influenciam negativamente os seus resultados.
O primeiro passo para vencer tais dificuldades é que as pessoas alvos das
mudanças reconheçam que as suas atitudes não estão gerando os resultados
necessários ou desejados. O segundo passo é que as pessoas tenham o
desejo de mudar. O terceiro é que elas contem com uma metodologia que
seja de fácil entendimento, aplicação e que apresentem resultados com o
menor sacrifício possível. Este processo de provocar a reflexão para o
problema, despertar o desejo para a mudança e apresentar a metodologia
deve ser provocado pelo leitor deste livro.
Muitas vezes o domínio do conteúdo e uma boa estratégia vão por água
abaixo, quando o supervisor não dá o exemplo com a prática do TPM em
seus locais de trabalho e na prioridade dada para as melhorias do dia a dia.
Mostre os benefícios
Feita esta reflexão, segue algumas recomendações básicas para fazer o TPM
acontecer:
Boa sorte.
Data de Tempo
N° Conteúdo da Etiqueta Prioridade Justificativa Prazo Resp. Status
instalação Estimado
Dia 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 Tempo
Item Verificar Estima
do
Mês J F M A M J J A S O N D
Turno A
Turno B
1
Turno C
Tempo
Turno A
Turno B
2
Turno C
Tempo
X - Item de acordo com o padrão
estabelecido O - Item NÃO está de acordo com o padrão estabelecido
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A Bíblia do TPM
É o livro de TPM mais completo de autor brasileiro. Tem
aproximadamente 600 páginas e detalha todas as etapas de implantação e
todos os pilares.
Tem 600 páginas e capa dura em baixo relevo.
Desmistificando o TPM
É um livro de simples leitura indicado para supervisores de manutenção e
produção. Aborda os pilares do TPM, dando ênfase para os pilares
técnicos.
Tem 254 páginas.
A Certificação 5S
O mais completo livro de 5S do mundo. É o 10º livro de 5S do autor
desde 1994.
Uma verdadeira obra de pesquisa e experiência prática. Recomendada
para Consultores, Professores e alunos de graduação e pós-graduação em
Engenharia e Administração e coordenadores de 5S.
Tem 440 páginas e capa dura em baixo relevo.
Guia de Implantação do 5S
Um roteiro para a implantação do 5S. Este trabalho é fruto de pesquisas
e experiência do Consultor desde 1990. O livro é modulado por público
alvo: Alta Direção, Pessoas Estratégicas, Supervisores, Multiplicadores,
Auditores e Gestor do 5S.
Tem 184 páginas.
Manual do Auditor de 5S
Uma cartilha de bolso, em papel couché, colorida, com dicas de como o
auditor deve se comportar antes, durante e depois de uma auditoria de
5S. Recomendada para aplicar quaisquer critérios de avaliação de 5S.
Tem 64 páginas em 4 cores, em formato de bolso (11x15).