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EXERCÍCIOS UNESC
COISAS
02. Maurício arrendou para Luciano a parte alagada de um terreno seu, para que
o arrendatário cultivasse arroz. Maurício permaneceria em outra parte para criar
gado leiteiro. Em razão de uma seca, Maurício precisa que seus animais entrem na
parte alagada da fazenda para terem acesso à água. Luciano se opõe porque os
animais poderão destruir a plantação de arroz. Maurício disse que não precisa
pedir autorização de Luciano para usar o terreno que é dele. Eis que Maurício
colocou seus animais na parte alagada, os quais acabaram comendo uma parte da
plantação de arroz e derrubaram algumas barracas feitas por Luciano. Maurício
tem colocado os animais no espaço arrendado por Luciano duas vezes por dia, nos
últimos 15 dias. Formule um parecer abordando: as posses de Maurício e Luciano;
se Luciano tem algum direito ante os atos praticados por Maurício; e quais as
providências jurídicas que deverão ser tomadas por Luciano para a garantia de
seus direitos, se houver.
exercício da posse. Maurício possui a posse indireta da área alagada e Luciano a posse
direta. Ocorreu que em razão da seca, Maurício passou a esbulhar a posse de Luciano,
tendo, contra a sua vontade, colocado seu gado na área alagada, o qual acabou por
causar danos ao arrendatário. Nesse caso, Luciano possui direito de exercer sua
composse plena, eis que havia divisão no exercício dela, podendo, inclusive, se valer
dos interditos proibitórios, para fazer cessar o esbulho de Maurício, assim como
requerer dele as perdas e danos por ter perdido parte de sua plantação. (Art.1199 CC e
ss)
04. Mauro invadiu um terreno de 190m2 na cidade, contíguo à casa onde mora, em
julho de 2007, tendo ali construído uma área de lazer com piscina, churrasqueira e
área de jogos. O dono do terreno foi morar na Espanha em 2005 e desde então não
retornou ao Brasil. Em 2014, Mauro procura você, advogado, para consultá-lo se
poderia se tornar dono do terreno invadido e o que poderia fazer para efetivar sua
pretensão. Que parecer você daria ao cliente?
ALUNA: PAMMELAN MARIE PROCOPIO FONTES RUFINO
No caso em tela, emitiria parecer a Mauro de que possui direito a Usucapião Especial
Urbano, eis que possuiu como seu, terreno de 190m2, ou seja, área urbana de até 250m2
por sete anos – 2007 a 2014, sem oposição, utilizando-a para sua moradia e de sua
família, como área contígua de seu imóvel, podendo intentar a ação para obtenção da
propriedade da referida área.
de forma natural e sem intervenção humana, é fato gerador de aluvião, o que não
correu no caso em apreço. No caso em tela, houve a intervenção humana, eis que o ente
municipal desviou e canalizou o curso do Rio Igarapé, sendo que o acréscimo de terra
não se deu por fenômeno natural, o que impediu a aplicabilidade do Aluvião positivado
no Art.1250 do CC.
07. Em 2005, Tadeu compra uma casa de Rubens para alugar para Glória, sem
que conste na escritura de compra e venda que o vendedor era casado, omitindo
assim a outorga da esposa de Rubens. A escritura é registrada no Cartório
competente. Em 2012, Rubens se divorcia de sua esposa e essa pretende a anulação
do negócio feito entre seu ex-marido e Tadeu. Nesse caso, Tadeu poderá alegar
usucapião para evitar a perda da propriedade? Se sim, em que ano se daria a
usucapião?
Nesse caso, se o imóvel adquirido por Tadeu possuir até 250m², poderia ser enquadrado
na Ação de Usucapião Especial Urbano, através da posse ininterrupta e sem oposição
por 05(cinco) anos, de modo que teria usucapido o imóvel em 2010. Outrossim, a
questão relativa à outorga uxória, relativa ao Art.1647 do CC não encontra
aplicabilidade no caso em tela, na medida em que o legislador constituinte permitiu que
para o caso da usucapião constitucional urbano, a titularidade do bem fosse alcançada,
independentemente do regime de bens de casamento, criando uma espécie de bem
reservado, cuja alienação, no futuro, também independeria de outorga uxória.