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O texto de Decio Zylbersztajn, “Organização Ética: um Ensaio sobre

Comportamento e Estrutura das Organizações”, provoca uma reflexão


incomum sobre os estudos de responsabilidade social. No artigo, ele mostra a
Nova economia Institucional como ferramenta de estudo, ressalta que é
importante que os integrantes da organização sigam a ética não por fatores
normativos, mas vindos do próprio senso crítico, além de trazer a pauta a
importância de analisarmos não só organizações lucrativas, mas também as
ONG’s e estatais.
O autor começa o raciocínio explicando que a visão de Friedman, que
dizia ser a função da organização apenas o lucro, e a de Sen, que dizia que
deveria levar em conta os aspectos motivacionais, estão um pouco distantes do
que são as organizações hoje. Deve-se ter estruturas que suportem o
comportamento dos agentes. Ele explica que ética e arquitetura são conceitos
relacionados, que o conceito de racionalidade limitada se encaixa no modelo
atual, e então introduz a ideia da nova economia institucional, e duas vertentes,
a de Williamson e a de North. O primeiro, parte do pressuposto de que os
agentes podem se corromper por interesses próprios, que podem afetar a
organização, e por isso deve haver uma estrutura que suporte isso. O segundo,
analisa macroeconomicamente, enfatizando o papel das instituições sobre os
indivíduos e organizações, e dizendo que, conflitos não resolvidos
espontaneamente precisam ser solucionados nas próprias instituições. Então o
autor faz um espectro dos mecanismos de controle das ações oportunistas:
Ameaça a reputação, ameaça financeira, sentimento de culpa, exclusão social,
sanções legais, ameaça de quebra de contrato e consequências, como por
exemplo, demissão.
Os códigos de conduta são formas de proteger oportunismos por parte
dos agentes, e assim melhorar a imagem externa com os acionistas. Além
disso, podem haver outras vantagens como: Incentivos legais, facilidade maior
de internacionalização, diminuição de riscos de reputação e cria-se um
ambiente interno de mais fácil coordenação. O Estado pode atuar como um
reforço, buscando fazer valer direitos de propriedade implícitos nas leis.
Zylbersztajn foi muito inteligente ao lembrar-nos das quase inevitáveis
atitudes aéticas do cotidiano, envolvidas nas organizações, bem como mostrar
a aplicação da ideia da nova economia institucional, e suas vantagens. É uma
análise crucial da ética organizações.

Rafael Mendes do Rosário – GRR: 20203547

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